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Semiologia e clínica de Módulo cardiologia

pequenos animais
Insuficiência cardíaca

• Síndrome clínica – secundária as cardiopa3as


• Coração não é capaz de desenvolver por completo sua função
• Abrange anormalidades da função sistólica, diastólica ou ambas
• Causadas por enfermidades como:
• Cardiomiopa3as

• Valvulopa3as

• Cardiopa3as congênitas

• Taquiarritmias persistentes
Mecanismos compensatórios da IC

• Mecanismos neuro-hormonais – SRAA


• Bom a curto prazo
• Maléfico a longo prazo
• Contribuem para o remodelamento cardíaco:
• Alterações no tamanho, forma e rigidez do
miocárdio
• Ex. Fibrose do miocárdio

• ObjeKvo do tratamento é frear os processos


IC Congestiva (ICC)

• Alta pressão de preenchimento cardíaco


• Congestão - acúmulo anormal de fluido
nos tecidos
• Sangue “parado”

• Ex: insuficiência de mitral – edema


pulmonar
Cardiopatia
Disfunção cardíaca progressiva
Início da IC
Rins ( DC e PA) Cérebro
Perfusão renal
Tráfego nervoso adrenérgico Liberação de
Renina vasopressina
ECA
Remodelamento
AT I
Angiotensina II
cardíaco

Aldosterona Vasoconstrição
Reabsorção de H20
Reabsorção de Na+

Pressão venosa

Pré-carga Pós-carga
(edema e derrames)
Cortesia: Frederico Soares
IC Direita X Esquerda
• Esquerda: congestão e edema pulmonar
• Direita: efusões abdominal, pleural, pericárdica, edema de membros,
pulso jugular
• Pode ser bilateral
• IC Esquerda crônica pode levar a IC direita
(hipertensão venosa pulmonar Hipertensão arterial pulmonar)
Classificação da IC

• Importante para definição de prognós7co e


tratamento
• Novo consenso American College of Veterinary
Internal Medicine para cães com degeneração
valvar – endocardiose (março 2019)
• Obje7vo:
• Reduzir a formação de edema
pulmonar e efusão
Tratamento • Aumentar o débito cardíaco
• Reduzir trabalho cardíaco
• MELHORAR A QUALIDADE DE VIDA
DO PACIENTE
Eficácia da droga

• FÁRMACO IDEAL
• diminuir as pressões de preenchimento ventricular
• aumentar o débito cardíaco
• não diminuir a pressão arterial
• aumentar a contraNlidade
• não aumentar o consumo de oxigênio pelo miocárdio
• não ser arritmogênica
Tratamento da ICC aguda
• Oxigênio suplementar
• Diuré7co (Furosemida IV 1-4 mg/kg, reforçadas a cada 2h de acordo com a
necessidade)
• Sedação leve: butorfanol, morfina, acepromazina
• Vasodilatação
• Suporte inotrópico (Pimobendan 0,2-0,3 mg/kg VO, digoxina 0,003-0,005 mg/kg
VO)
• An7arrítmico e drenagem de efusões (quando necessário)
Tratamento da ICC crônica

• Vasodilatadores (IECA)

• Diuré7cos

• Inotrópicos +
Diuréticos
• Diminuição de edema e efusões
• Furosemida (diuré7co de alça), 1-3 mg/kg VO
• Posologia varia muito de acordo com o
paciente
*Obs: Cuidado com a função renal
• principal diuré7co u7lizado na ICC
• inibe a reabsorção de Na+, K+ e Cl-
• mais potente agente natriuré7co
• venodilatador (IV)
DIURÉTICO
• Outras classes podem ser associadas:
• Espironolactona (antagonista compe77vo da aldosterona), 1-2 mg/kg SID

• Hidrocloro7azida (casos de efusões refratárias ao tratamento com outros


diuré7cos)
Efeitos esperados

• diminuição da tosse
• FR e esforço respiratório
• TPC e coloração de mucosas
VASODILATADOR • resolução do edema pulmonar

HIPOTENSÃO

• Nitratos – relaxa musculatura


lisa – venodilatação sistêmica
Inotrópicos posiEvos
• Alteram a função autonômica
• Causam diurese
• Pimobendan, fármaco inodilatador (aumento da
contratilidade e provoca vasodilatação
sistêmica/pulmonar), 0,1-0,3 mg/kg BID
• Preferência administrar 1h antes refeição
• Estudo (2016): cães com endocardiose mitral e
aumento cardíaco, pode prolongar o período pré-
clínico em 15 meses.
Inotrópicos posi7vos
• Digoxina (0,003-0,005 mg/kg)

• Efeito inotrópico < Pimobendan

• Uso como antiarrítmico para arritmias


supraventriculares
Inibidores da ECA
• SRAA
• Angiotensina II
• potente vasopressor
• es3mula a liberação de aldosterona (adrenal)
• es3mula liberação de vasopressina (pituitária)
• facilita os efeitos centrais e periféricos SNS
• preserva a filtração glomerular quando o fluxo
renal está diminuído
• dilatação arteriolar e venosa
• diminuem a aldosterona plasmá3ca
• furosemida (perda da ação com o tempo)
Inibidores da ECA
• Benekcios
• Melhora dos sinais clínicos – qualidade de vida
• aldosterona e AII
• aumentam a síntese miocárdica de colágeno
• AII - necrose e fibrose dos miócitos
• induz hipertrofia
• Previne fibrose
• Melhora performance cardíaca
Inibidores da ECA

• Indicados na maioria dos casos de IC crônica


• Melhora clínica e melhora na sobrevida de cães estágios C e
D.
• Gatos com disfunção diastólica também se beneficiam
• Enalapril (0,25-0,5 mg/kg BID)
• Benazepril, lisinopril (0,25-0,5mg/kg SID)
• Pode ser u7lizado nos casos de hipertrofia
concêntrica, melhora oxigenação miocárdio

Beta- • β1
• aumentam a FC
bloqueadores • condução AV
• contra7lidade
(anE- • β2
arrítmico) • vasodilatação
• broncodilatação
• Efeitos
• Aumento da fração de ejeção
• Efeito protetor
Beta- • Diminui a FC

bloqueadores • Consumo de oxigênio


• Aumenta a performance contrá7l
(anE- • An7arrítmicos

arrítmico) • Efeitos Colaterais


• Bradicardia
• Hipotensão
• Propranolol
• não- sele7vo
Beta- • β1 e β2
– 0,25-2,0mg/kg TID
bloqueadores • Atenolol – β1
• 6,25-12,5mg/gato BID ou SID
(anE- • 12,5-50mg BID ou SID (cães)
arrítmico) • Carvedilol – α1 e β1
• reduz a mortalidade
Outras recomendações
• Evitar atividades físicas intensas

• Dieta (adjuvante ao tratamento)


• Moderada restrição de sal (não é comprovado que funcione como prevenção no
desenvolvimento de IC)
• Boa qualidade de calorias e proteínas adequadas (restrição de proteína apenas se IR
concomitante)
• Nutrientes: taurina, L-carnitina, antioxidantes
Cardiomiopa)as
• Classificação

• Dilatada
• Hipertrófica
• RestriNva
• Arritmogênica do ventrículo direito

• Primárias
• Secundárias
Baixa contra+lidade miocárdica
(disfunção sistólica)
Hipertrofia ventricular excêntrica
Cardiomiopa)a
dilatada (CMD) Dilatação progressiva de câmaras
cardíacas
Pode evoluir para insuficiência
cardíaca (IC) ou não
Alta prevalência de arritmias (fibrilação atrial,
arritmias ventriculares)

Pode ocorrer óbito em qualquer estágio da doença

Base hereditária, mutação genéBca em Dobermann


CMD
Grupo de risco: cães adultos (>4 anos) de raças
grandes e gigantes

DiagnósBco diferencial - CM secundária: miocardite,


taquiarritmia primária, toxicidade por doxorrubicina
Disfunção sistólica

Diminui DC
CMD -
Patogenia
Hipotensão arterial

Pode levar a ICC


• Intolerância ao exercício, fraqueza
ou síncope, tosse
• Detecção de arritmia ou sopro à
ausculta
CMD - sinais • Ecocardiograma detecta disfunção
sistólica e hipertrofia excêntrica
• ECG detecta possíveis arritmias
• ICC direita e esquerda
CardiomiopaEa dilatada (CMD) – tratamento
• ObjeNvos: melhorar DC, redução da sobrecarca cardíaca, controle de
edemas, normalizar arritmias
• AssintomáNco: considerar IECA, pimobendan
• IECA – Diminui vaso construção periférica; diminui reabsorção de sódio e
água
• Pimobendam – inotrópico posi7vo e vasodilatador
CMD – tratamento

• Sintomático: furosemida, pimobendan, IECA, espironolactona


• Furosemida – Diurético
• Espironolactona – antagonista de aldosterona
• Tratamento das complicações: drenagem de efusões
• Arritmias - (digoxina – atriais, amiodarona – ventriculares)
• Prognóstico reservado, média de sobrevida é de 6 meses. Menos de
30% vivem até 2 anos
Cardiomiopa)a arritmogênica
do ventrículo direito (CAVD)
• “Cardiomiopa7a do Boxer”, rara em
outras raças
• Alta prevalência de arritmias
ventriculares (foco em ventrículo
direito)
• Subs7tuição dos cardiomiócitos do
VD por infiltrações gordurosas que
geram os focos de arritmia
Síncopes e morte súbita são comuns

Cardiomiopa)a Ecocardio pode estar normal


arritmogênica
do ventrículo
direito (CAVD)
ECG Holter (24h) é o exame que
sugere o diagnósCco, de acordo com
a forma e frequência das arritmias
(CAVD) - TRATAMENTO

Uso de antiarrítmicos
Sotalol, amiodarona (an7arrítmicos classe III),
cuidado se houver disfunção sistólica
Podem desenvolver alterações estruturais e
mecânicas, desenvolvendo IC
ICC tratada de acordo com o desenvolvimento

Prognós7co reservado, sobrevida média 6 meses


CardiomiopaEas em
felinos
• Cardiomiopa9a hipertrófica
(CMH)

• Cardiomiopa9a restri9va (CMR)


• Doença cardíaca mais comum que
acomete felinos
• Causa desconhecida,
hereditariedade comprovada em
algumas raças
CMH • Maine Coon, Ragdoll, Persa
• Caracterizada por uma hipertrofia
concêntrica com disfunção
diastólica
• Dilatação de átrio esquerdo ou
biatrial
CMH

não disfunção
HVE câmara rígida
complacente diastólica

aumento de
dilatação atrial
ICCE pressão na
esquerda
veia pulmonar
CMH

• Doença silenciosa (indicado ecocardio check-up anual)


• gato pouco sintomá7co, ritmo de galope, sopro
• Sinais de ICC – normalmente esquerda
• Hipertensão venosa e edema pulmonar, dispneia, taquipneia.
• Sinais de tromboembolismo arterial (arrasta membro(s), dor, início
agudo)
• TPC aumentado e cianose
CMH

• Diferencial com hiper7reoidismo e hipertensão


arterial
• Dosar T4 e mensurar pressão arterial
• Radiografia: edema, efusão, “coração de
namorado”
• Diagnós7co presun7vo pelo ecocardiograma
• Avalia diâmetro e rigidez
veterinarywebinars.com

vetstream.com
CMH
• Tratamento: sinais de ICC (IECA, furosemida)

• Atenolol ou diltiazem (melhorar função diastólica, oxigenação do miocárdio)

• Beta bloqueador adrenérgico (atenolol), bloqueador de canais de cálcio (diltiazem)

• Reduz pré-carga, reduz frequência.

• Profilaxia antitrombótica com antiplaquetários

• (clopidogrel – inibe agregação plaquetária)

• aspirina

• Sobrevida média 1-2 anos, manifestação clínica de ICC e tromboembolismo pioram


prognóstico
CARDIOMIOPATIA RESTRITIVA
(CMR)
• 2ª cardiomiopaKa mais comum em gatos
• Gatos de meia-idade a idade avançada
• Alta deposição de fibrina no miocárdio
• Dificuldade na sístole e diástole.
• Causa desconhecida, pode ser consequência de
CMH
• Dilatação das câmaras atriais bilaterais
CMR

• Pode ser assintomáNco


• Em casos sintomáNcos
• Dispneia, arritmias, sopro
• Taquicardia e taquipneia
• Tromboembolismo
• Diccil tratamento pois as alterações aparecem em
estados avançados ou irreversíveis.
CM RestriEva
• Profilaxia anNtrombóNca (aumentos atriais importantes, clopidogrel)
• Tratamento da ICC quando presente (IECA, furosemida)
• Em caso de disfunção sistólica, considerar pimobendan
• Atenolol prejudica disfunção sistólica
• Tratamento de arritmias quando presentes
• PrognósNco reservada a mau, média de sobrevida 6 meses
CM Hipertrófica X CM Restri)va
Degeneração valvar mixomatosa (DVM)
• Doença degenera7va de válvulas atrioventriculares
• “Endocardiose”
• Causa mais comum de ICC nos cães
• Valva acome7da:
• Mitral 60%
• Mitral + Tricúspide 30%
• Tricúspide 10%
Degeneração valvar mixomatosa (DVM)

• Grupo de risco, cães de pequeno porte > 8 anos de idade


• Obs: rara em gatos

• Poodle, Schnauzer miniatura, Daschund Teckel, Pinscher, Fox Terrier, Cocker Spaniel,
Pomerania, Bichon Frise, Chihuahua, Boston Terrier e Cavalier King Charles Spaniels

• SRD
Endocardiose (DVM)
• ENologia desconhecida
• Fator genéNco (base hereditária)
• Estresse mecânico e esfmulos químicos no folheto valvar
• Degeneração e desorganização de colágeno e elasNna, deposição de
mucopolissacarídeos
vetmed.ucdavis.edu

vetmed.ucdavis.edu
Endocardiose (DVM)

• Lesão progressiva
• Os folhetos mudam a conformação e se prolapsam para o
AE
• Colágeno é subsNtuído por tecido mixomatoso
• Cordas tendíneas fracas
• Dilata AE, VE
• O Jato do refluxo pode levar a ruptura
• Regurgitação valvar por meses a anos (reduz
fluxo para artérias)
• Regurgitação – dilatação AE - dilatação VE - IC

Endocardiose • Início do quadro de IC (mecanismos neuro-


hormonais)
(DVM) • Função sistólica pode aumentar no início e
geralmente se mantém normal. Estágios
terminais pode desenvolver disfunção sistólica
• Complicações: arritmias, hipertensão pulmonar
Fonte: h4ps://www.evz.ufg.br/up/66/o/Cardiopa>ascaes.pdf
Fonte: h4ps://www.evz.ufg.br/up/66/o/Cardiopa>ascaes.pdf
Endocardiose (DVM)

• Pode ser assintomáKco por meses / anos

• Tosse, dispneia, intolerância ao exercício

• Dificuldade para dormir, cianose, síncopes

• Complicação mais grave: edema pulmonar

• Sopro sistólico na região de foco da valva afetada

• Crepitação no final da inspiração (casos de edema)


Endocardiose - diagnóstico
• Exame clínico
• Radiografia: avalia aumento cardíaco e presença de congestão /
edema pulmonar
• ECG: aumento de duração da onda P; fibrilação atrial
• Ecocardio sugere o diagnósNco. Mostra a estrutura alterada da valva,
grau de insuficiência, dilatação de câmaras cardíacas, esNma pressão
AE
Endocardiose (DVM)
• Cura seria cirúrgica, ainda pouco viável em medicina veterinária;
• Tratamento clínico para manejar dos sinais clínicos e retardar a evolução da
doença;
• Depende do grau de ICC
• Definição:
• Iden7fica cães com alto risco de desenvolver
doença cardíaca, mas que, no momento, não
7veram iden7ficada nenhuma desordem
Endocardiose estrutural no coração (por exemplo, todo
Cavalier King Charles Spaniel ou outra raça
(DVM) – predisposta sem sopro cardíaco).

estágio A • Tratamento:
• Não é recomendado tratamento
medicamentoso ou com dieta para nenhum
paciente.
• Definição:
• Descreve cães com a doença, assintomá3cos e que não
possuem evidência radiográfica ou ecocardiográfica de
remodelamento cardíaco em resposta à doença.
Endocardiose
(DVM) – • Tratamento:
• Não existe evidência de que o tratamento é efe3vo neste
estágio B1 estágio inicial, portanto, não é recomendado tratamento
medicamentoso ou com dieta para nenhum paciente.
• É recomendada reavaliação ecocardiográfica (ou
radiográfica, se a ecocardiografia não es3ver disponível) a
cada 6 meses.
• Definição:
• Se refere aos cães assintomá4cos que têm uma degeneração
valvar mais avançada e acarreta alterações hemodinâmicas
suficientes para causar achados radiográficos ou
ecocardiográficos de aumentos atrial e ventricular esquerdo.

Endocardiose • Tratamento:
• Recomendado tratamento com pimobendan (na dose de
(DVM) – 0,25-0,3 mg/kg BID).
• Considerar uso de dieta terapêu4ca com leve restrição de
estágio B2 sódio, alta palatabilidade e adequadas quan4dades de
proteína e calorias para uma ó4ma manutenção da condição
corporal.
• Não há consenso sobre o uso de fármacos inibidores da ECA
neste estágio de IC (é defendido por 5 dos 10 par4cipantes
do consenso).
• Definição:
• Iden,fica cães com sinais clínicos presentes ou passados de
insuficiência cardíaca causada pela doença degenera,va de válvula
mitral.

• Tratamento de manutenção para o paciente que não necessita


Endocardiose internação:
• Manter o tratamento com pimobendan.
(DVM) – • Considerar o uso conBnuo de furosemida, principalmente quando
houver sinais ou histórico de congestão.
estágio C • Con,nuar ou iniciar o uso de inibidores de ECA (enalapril ou
benazepril).
• O uso de espironolactona pode ser considerado como tratamento
adjunto, principalmente pelo beneNcio de antagonista da
aldosterona.
• Recomendada dieta terapêu,ca.
• Definição:
• Cães em estágios finais da degeneração valvar mitral, em que os
sinais clínicos de insuficiência cardíaca são refratários ao tratamento
padrão.

Endocardiose
• Tratamento de manutenção para o paciente que não necessita
internação:
• Possibilidade de aumento nas doses ou na frequência de
(DVM) – administração dos fármacos já u,lizados (pimboendan, furosemida,
IECA).

estágio D • Considerar o uso de torsemida, um fármaco novo no mercado que


tem potente efeito diuré,co de alça (indicado para os pacientes não
responsivos a furosemida).
• Possibilidade do uso de hidrocloro,azida para efeito diuré,co
complementar.
• Recomendada dieta terapêu,ca.
Endocardiose (DMV)
• Tratamento de complicações:
• arritmias atriais (digoxina)
• arritmias ventriculares (amiodarona)
• Hipertensão arterial pulmonar (sildenafil 1-2 mg/kg BID), es7mada pela
insuficiência tricúspide

• Fatores complicantes: ruptura de cordas tendíneas, medicação insuficiente, alta


ingestão de sal.
Infeccioso por colonização valvular por micro-
organismos
Mitral e aórBca

Endocardite Turbulência – danifica endocárdio

bacteriana Bactérias da circulação adere a lesão


(EB)
Bactérias produzem proteases

Danifica endotélio
Endocardite bacteriana (EB)
• Prevalência < que endocardiose
• Cães > gatos
• Bacteremia é necessária para haver infecção do endocárdio (porta de entrada,
p.ex. doença periodontal, miíase,...)
• Lesões prévias do endocardio predispõe a infecção (estenose, degeneração)
• Mitral e aórtica mais acometidas
Endocardite bacteriana (EB)

• Pode soltar fragmentos das lesões vegeta@vas e causar infartos


em outros órgãos
• Diversos agentes e@ológicos (Staphylococcus spp.,
Streptococcus ssp., Corynebacterium ssp., E.coli, Bartonella ssp.)
• Profilaxia dentária e cirurgias podem ser porta de entrada
• Desenvolvimento de IC devido ao funcionamento valvar
inadequado
Endocardite bacteriana (EB)

• Sopro de aparecimento recente (súbito)


• Sinais clínicos inespecíficos (febre, letargia, anorexia...) - erro
• Leucocitose de origem desconhecida
• Radiografia torácica e eletro – inespecífico
• Eventos tromboembólicos podem estar associados
Endocardite bacteriana (EB)
• Ecocardiografia
• Deformação valvular
• Trombo
• Indicado hemocultura
• 3 coletas de diferentes locais, com assepsia cirúrgica da região
Endocardite bacteriana (EB)

• Tratamento
• Antibioticos (IV/IM, doses altas) - prolongado
• Escolha através do antibiograma
• Pode iniciar ATB de amplo espectro (p.ex. cefalexina + enrofloxacina)
ou de acordo com a suspeita enquanto espera resultado do
antibiograma
• Tratamento da ICC e de arritmias de acordo com a necessidade
• Prognóstico reservado a mau
Dirofilariose canina

• “Verme do coração”
• Doença parasitária cardiopulmonar
• Dirofilaria immi7s
• Cão é o hospedeiro natural e reservatório
• Zoonose
Dirofilariose canina
Quem está exposto ??
Microfilárias e larvas na circulação
sanguínea

Adultos presentes na artéria


pulmonar e ventrículo direito
Onde afinal onde tem risco ??

Labarthe , 2015
Dirofilariose canina -
patogenia

• Hipertensão pulmonar
crônica
• Insuficiência do miocárdio
direito
• ICC direita
• Edema de células endoteliais
• Aumento de permeabilidade
endotelial
• Hiperemia, hemorragia
Fonte: http://www.vet.uga.edu/VPP/clerk/Lobeck/index.php
(Acesso em: 02 de maio de 2009).
Sinais clínicos

• “Gravidade dos sinais clínicos está diretamente


relacionada a quan5dade de parasitas no
hospedeiro.”

• LONGOS PERÍODOS - ASSINTOMÁTICOS


Sinais clínicos
• Congestão hepáNca crônica
• Cirrose
• Cães sintomáNcos – cronicidade
• Tosse crônica
• Dispnéia
• Taquipnéia
• Síncope
• Fadiga
Sinais clínicos
• Anorexia

• Ascite

• Trombocitopenia

• Sinais de ICC direita


Auscultação pulmonar
• Sibilos

Sopro
• Insuficiência de tricúspide
Sinais clínicos
Sinais de Síndrome da veia cava
• Grande concentração de vermes no átrio
direito, ventrículo direito e veia cava
cranial e caudal
• Choque
• 15 a 20% dos cães com dirofilariose
Dirofilariose – diagnósEco
• Direto – presença do verme
• Procura de microfilárias no sangue
• Indireto – teste sorológico (anNcorpo)
• Elisa – anfgeno
• 4DX
• PCR
Dirofilariose – diagnósEco
• RADIOGRAFIA
• Aumento ventricular direito
• ECOCARDIOGRAFIA
• dilatação ventricular direita, hipertrofia de parede no ventrículo direito, átrio
direito e artérias pulmonares
• A visualização do parasita pela ultrassonografia é diagnósNco
definiNvo da infecção
• Morte dos parasitas – cuidado
• Lesões pulmonares
• Deve-se limitar exercício
• Tratamento adul5cida
Dirofilariose - • Dicloridrato de melarsomina – risco para
grandes infestações
tratamento • NÃO DISPONÍVEL NO BRASIL
• Tratamento larvicida
• Ivermec5na
• Doxiciclina 10mg/kg/BID/30 dias
• 3 meses depois repete
Dirofilariose- tratamento
• Cirurgia tradicional
• Venotomia jugular direita
• Qual o segredo desta enfermidade?

• PREVENÇÃO
• PREVENÇÃO
• PREVENÇÃO

• LACTONA MACROCÍCLICA MENSAL (PROFILAXIA)


E a prevenção ??
Larvicida

Vetor
EFUSÕES PERICÁRDICAS

Não neoplásica Neoplásica

Efusão idiopá,ca Hemangiosarcoma


Trauma Mesotelioma
Cistos
ICC
• 40 a 60 % é neoplásica
• 30% é idiopáfca
Efusões
• 7 a 15 anos
pericárdicas
• Golden, Pastor Alemão -
hemangiosarcoma
Efusões pericárdicas
• Excesso de fluido
• Dificulta diástole
• Diminui DC
• Compromefmento hemodinâmico
• Aumento de pressão venosa
• ICCD - edema
• TAMPONAMENTO CARDÍACO
Efusões pericárdicas - sinais
• Sinais de insuficiência • Som cardíaco abafado
cardíaca • Pode ter ascite
• Cansaço fácil • Distensão da veia jugular
• Fraqueza
• Dispneia
• Taquipneia
• Síncope
• Radiografia
• ECG
Efusões • Ecocardiografia
pericárdicas - • Punção pericárdica e análise do
diagnós3co fluido
• Inflamatório
• Neoplásico
Efusões pericárdicas - tratamento
• Pericardiocentese
• Guiado pelo eco ou eletro

• Tratar a causa base

• Diuré5co ajuda em alguns casos

• Glicocor5cóide em casos idiopá5cos

• Remoção cirúrgica ou quimio em caso de tumor

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