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• Hospitalizações frequentes
• Deterioração da capacidade física
• Menor expectativa de vida
• Condição altamente letal – taxa de mortalidade
em 5 anos de aproximadamente 50%.
CLASSIFICAÇÕES:
• A IC crônica tem sido classicamente categorizada
• A alteração da função cardíaca pode ser com base na intensidade de sintomas em 04
causada por qualquer das seguintes classes, propostas pela New York Heart
modificações: Association (NYHA):
o Estado contrátil do miocárdio o Classe I: ausência de sintomas (dispneia)
o Pré-carga do ventrículo (volume sanguíneo durante atividades cotidianas. A limitação é
intraventricular) semelhante a indivíduos normais.
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ESTRATÉGIAS TERAPÊUTICAS:
• A IC crônica é tratada geralmente com limitação
de líquidos (menos de 1,5-2L/dia)
• Ingestão de dieta com baixo sódio (menos de
2g/dia)
• Tratamento de comorbidades
• Uso criterioso de diuréticos, inibidores do
sistema renina-angiotensina-aldosterona e
inibidores do sistema nervoso simpático.
• Fármacos inotrópicos são reservados contra
sinais e sintomas de IC aguda na maioria dos
pacientes hospitalizados.
• Fármacos que podem precipitar ou agravar a IC,
como AINES, álcool, bloqueadores dos canais de
cálcio não dii-hidropirimidinas e alguns
antiarrítmicos, devem ser evitados, se possível.
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO:
• Os objetivos são:
o Melhorar o estado clínico
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IECAS:
• Os IECAs diminuem a resistência vascular (pós-
carga) e o tônus venoso (pré-carga), resultando
em aumento do débito cardíaco.
• Eles também diminuem o aumento da epinefrina
e aldosterona mediado pela angiotensina II,
observado na IC.
• Os IECAs melhoram os sinais e sintomas clínicos
da IC e aumentam significativamente a sobrevida
do paciente na IC.
• Reduz o metabolismo da bradicina, com
propriedade vasodilatadora que continui para o
efeito global dos IECAs.
• Exceção captopril, os IECAs são pró-fármacos.
• Furosemida é mais efetiva no tratamento dos especialmente para pacientes com IC classe I ou
sintomas congestivos. II.
• Furosemida:
o Dose inicial: 20-40 mg (1x/dia) HIDRALAZINA:
o Dose alvo: 40-240 mg (1x/dia)
• Vaso dilatador direto, atua como agonista de
DIURÉTICOS TIAZÍDICOS: canais de cálcio.
• Reduz principalmente a pós-carga por redução
• Indicados no tratamento de IC Classe II da resistência vascular sistêmica e pulmonar.
• Ineficaz se a taxa de filtração glomerular for • Indicada para pacientes com doença renal e
menor que 40 mL/min. intolerância aos IECAs por diminuição da
• Hidroclorotiazida: resistência vascular e aumentar o fluxo
o Dose inicial: 25 mg (1x/dia) sanguíneo renal.
o Dose alvo: 12.5-100 mg (1x/dia). • Biodisponibilidade oral varia entre 30 e 50%
• Meia-vida plasmática de 2 a 8 horas
DIURÉTICOS POUPADORES DE POTÁSSIO: • Início de ação: VO – 20 a 30 min; EV – 5 a 20 min.
• Apresolina.
• Indicados bloqueadores de receptores de
aldosterona; NITROPRUSSIATO E NITRATOS ORGÂNICOS:
• Espironolactona:
o Dose inicial: 25 mg (1x/dia) • Efeito vasodilatador comum por aumentarem a
o Dose alvo: 50 mg (1x/dia) concentração de óxido nítrico (NO) circulante.
• Esplerenona: • Promovem vasodilatação e diminuindo tanto pré
o Dose inicial: 25 mg (1x/dia) quanto a pós-carga
o Dose alvo: 50 mg (1x/dia). • Agentes orais de curta duração como dinitrato de
isossorbida (Isordil); agentes orais de longa
VASODILATADORES: duração como mononitrato de issosorbida
(Monocordil)
• Hidralazina e nitratos. • Sofrem intenso metabolismo de 1ª passagem
• A dilatação dos vasos sanguíneos venosos causa • Se o paciente é intolerante aos IECAs ou aos BBs,
diminuição na pré-carga cardíaca por aumentar a ou se é necessária uma resposta vasodilatadora
capacitância venosa. adicional, pode usar a associação hidralazina +
• Os nitratos são dilatadores venosos comumente dinitrato de issosorbida.
usados para reduzir a pré-carga em pacientes • Usados principalmente em descompensação
com IC crônica. aguda.
• Dilatadores arteriais como a hidralazina • Nitroprussiato:
diminuem a resistência arteriolar sistêmica e o Via EV por infusão contínua de 0,3 a 0,5
diminuem a pós-carga. mcg/kg/min com aumento de 0,5 até a dose
• O uso combinado destes fármacos reduz a usual de 3 mcg/kg/min.
mortalidade, em associação com a diminuição de
eventos de morte súbita, sendo indicados
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• Nitroglicerina:
DIGOXINA:
o Administração SL (cp e aerossol), tópica,
transdérmica e EV. • Atualmente, a digoxina continua sendo o único
o Início de ação: agente inotrópico oral disponível para uso em
▪ SL: início de 1 a 3 min; duração de 25 min. pacientes com ICC.
▪ Via tópica: início de 15 a 30 min; duração • A digoxina aumenta a força de contração
de 7 horas. cardíaca, causando um débito cardíaco mais
▪ Via transdérmica: início de 30 min; próximo ao do coração normal.
duração de 10 a 12 horas.
INOTRÓPICOS:
• Fármacos inotrópicos positivos aumentam a
contratilidade cardíaca e, dessa forma,
aumentam o débito cardíaco.
• Embora os inotrópicos atuem por mecanismos
diferentes, a ação inotrópica é resultado do
aumento da concentração de cálcio
citoplasmático, o qual aumenta a contratilidade • Farmacocinética:
do músculo cardíaco. o A digoxina está disponível para
• Disponíveis na forma de Elixir, suspensão, administração oral (cp, elixir, suspensão) ou
comprimidos e EV. EV
• Os glicosídeos cardíacos são frequentemente o Posologia inicia-se com 0,125 ou 0,25
chamados de digitálicos ou glicosídeos mg/dia, com dose alvo de 0,5-0,8 ng/mL
digitálicos, pois a maioria dos fármacos são (1x/dia)
provenientes da planta conhecida como digital o Biodisponibilidade oral de 70-80%, pico de
(dedaleira). 01 a 03 horas.
• Indicações: o Efeito terapêutico é considerado ótimo entre
o Em pacientes com IC com fração de ejeção 0,7 e 1,2 ng/mL
reduzida sintomática, na vigência de o Meia-vida longa entre 24 e 36 horas (1x/dia)
tratamento otimizado ou fibrilação atrial com o Sofre redistribuição para o tecido muscular,
frequência ventricular aumentada. devendo ser calculada com base na massa
• Benefícios: magra do paciente.
o Inibição de Na+/K+ - ATPase da membrana o Janela terapêutica estreita, muitos efeitos
plasmática em miócitos adversos e risco de intoxicação
o Efeito inotrópico positivo no miocárdio com IC o Baio índice terapêutico.
o Supressão da resposta à taxa ventricular • Efeitos adversos:
rápida na fibrilação atrial associada à ICC o Anorexia, náusea e emese podem ser
o Regulação de efeitos deletérios à jusante de indicadores iniciais de toxicidade
superativação do sistema nervoso simpático. o A toxicidade pode ser controlada
descontinuando a digoxina.
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o Os pacientes também podem apresentar o Nas taxas de infusão que resultam em efeito
visão turva, visão amarelada (xantopsia) e inotrópico positivo, o efeito b1 – adrenérgico
várias arritmias cardíacas. no miocárdio predomina.
o A intoxicação grave, que pode resultar em o O principal efeito hemodinâmico da
taquicardia ventricular, necessita da dobutamina é o aumento do volume sistólico
administração de antiarritmíacos e do uso de devido a sua ação inotrópica positiva, há
anticorpos à digoxina (digoxina imuno Fab), relativamente pouco efeito cronotrópico.
que se ligam e inativam o fármaco. o Efeito colateral: taquicardia e arritmias
supraventriculares ou ventriculares.
DOPAMINA E DOBUTAMINA:
MILRINONA E INANRINONA:
• Disponíveis para o uso emergencial e atual por
aumento de AMPciclico intracelular • Os inibidores da PDE do AMPc reduzem a
• Podem auxiliar na manutenção da função degradação do AMPc celular, resultando em
cardíaca em pacientes que estão aguardando níveis elevados de AMPc
transplante ou sob suporte mecânico. • Os efeitos fisiológicos são inatropismo
• Dopamina: miocárdico positivo e dilatação dos vasos de
o Baixas doses: induz vasodilatação do músculo resistência e capacitância.
vascular liso dependente de AMPc. • A inibição de PDE melhora o débito cardíaco por
o Dose intermediária: estimula receptores B meio da inotropina e reduzindo a pré e pós-
cardíacos e os neurônios simpáticos carga.
vasculares, aumentando contratibilidade • Milrinona:
miocádica e liberação neuronal de o Usada para o suporte circulatório de curto
norepinefrina. prazo na ICC avançada
o Doses mais altas: constrição arterial e venosa o A dose de ataque geralmente é de 50 ug/kg
periférica por estimulação dos receptores e a taxa de infusão contínua varia de 0,25 a 1
alfa-adrenérgicos. ug/kg/min.
• Dobutamina: o Meia-vida de eliminação é de 0,5 a 1 hora
(dobradas em ICC).
ANTIAGREANTES PLAQUETÁRIOS E
ANTICOAGULANTES:
• IC é fator de risco para tromboembolismo, pois
o Atua indiretamente, por ação agonista sobre determina estase sanguínea nas câmaras
receptores beta-adrenérgicos (mistura cardíacas e nos vasos periféricos em decorrência
racêmica estimula receptores b1 e b2) do baixo débito, aumentando a produção de
o Via EV; infusão lenta, início de ação de 1 a 2 trombina.
min, meia-vida de 2 min. • Antiagregante plaquetário, como aspirina, está
o É um b-agonista usado no tratamento de indicado quando há miocardiopatia de origem
pacientes com ICC com disfunção sistólica. isquêmica.
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