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Amanda Fernandes- Turma XX

Choque hipovolêmico
Conceito • Hemorrágico: Perda de sangue, seja para o meio
interno (EX: hemotórax) ou externo
Condição clínica aguda, representada pela incapacidade • Não hemorrágico: Diarreia, poliúria, queimaduras
do sistema cardiovascular em manter perfusão suficiente extensas, desidratação intensa
para atender a homeostase.
Variáveis hemodinâmicas e
Haverá deficiência de nutrientes, incluindo oxigênio, nos
tecidos, além de dificuldade de retirar escórias que respiratórios no choque
devem ser excretadas.

Classificação da hipóxia
• Hipóxia estagnante: Baixo débito cardíaco
• Hipóxia anêmica: Queda da hemoglobina (é o
caso do choque hipovolêmico)
• Hipóxia hipóxia: Baixa saturação de O2 Fisiologia cardíaca básica
• Hipóxia citotóxica: Disfunção mitocondrial
Débito cardíaco = FC x Volume sistólico.
Classificação do choque
Débito cardíaco é o sangue bombeado pelo coração a
cada minuto.
Hipovolêmico: Redução abrupta do volume circulante
Cardiogênico: Disfunção miocárdica O volume sistólico é o volume ejetado a partir da sístole.
Esse volume depende de 3 fatores:
Distributivo: Profundo desajuste do tônis vascular e/ou da
microcirculatório • Pré-carga: O que voltou de sangue pelo retorno
venoso
O choque obstrutivo passou a ser classificado dentro • Contratilidade cardíaca
dos demais choques. Portanto, só existem 3 • Pós-carga: O que sai de sangue do coração,
classificações atualmente. dificultado pela resistência vascular periférica
Quando diminui o retorno venoso, diminui o volume
Evolução do choque circulatório circulante e, consequentemente, diminui o volume
sistólico.

Etiologia do choque hipovolêmico


Amanda Fernandes- Turma XX
Fisiopatologia da perda de Avaliação inicial do paciente
sangue Reconhecer que o paciente está em choque:

A perda sanguínea determina resposta circulatória Lembrar que existem mecanismos de compensação e
precoces e mecanismos de compensação, que são que o paciente pode ter até 30% de perda da volemia
limitados. e não ter alterações visíveis.

Após a perda sanguínea, o paciente apresenta: Atenção para:

• Progressiva vasoconstrição, a fim de preservar a • Frequência cardíaca:


chegada de fluxo sanguíneo em órgãos alvo ✓ Infância: Maior que 160
• Aumento da frequência cardíaca (taquicardia) > ✓ Pré-escolar: Maior que 140
Sinal precoce ✓ Puberdade: Maior que 120
✓ Adulto: Maior que 100
• Aumento das catecolaminas endógenos, a fim de
aumentar a resistência vascular periférica, para • Frequência respiratória
manter o débito cardíaco • Perfusão cutânea
• Pressão de pulso
• Pressão sistólica: Usado como parâmetro mais
fidedigno
• Taquicardia e vasoconstrição > SINAIS MAIS
PRECOCES

Atenção ao paciente que chega frio e taquicárdico


no PS > Pode ser choquec

Idosos e portadores de marca passo podem não


apresentar taquicardia.

Choque hipovolêmico: Hipovolemia > Diminui retorno Hemoglobina e hematócrito não são confiáveis, no
venoso > Diminui débito cardíaco > Hipoperfusão e primeiro momento, para diagnóstico de choque
hipotensão hemorrágico.
Choque traumático (comum causa do choque
hemorrágico): Liberação de substâncias vasoativas >
Depressão miocárdica e vasodilatação arterial e venosa
> Hipotensão

Imagem: Resposta neuro humoral à hipotensão arterial


e à hipoperfusão do SNC
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Identificar a provável causa do choque: A principal causa
do choque do paciente traumatizado é a hemorragia
Pesquisar:

• História clínica
• Exame físico cuidadoso
• Testes diagnósticos adicionais
O choque pode ser:

• Não hemorrágico Imagem: Classificação do choque hemorrágico


✓ Cardiogênico: Normalmente, é
A classe 4 tende a ser irreversível (poucos pacientes
decorrente de um trauma direto sobre
conseguem retornar).
a região cardíaca e determina mal
contratilidade do coração Fatores que influenciam na
✓ Pneumotórax hipertensivo: Também
funciona como um choque, mas não resposta hemodinâmica ao
pela perda sanguínea, mas pela
diminuição do retorno venoso (aumenta choque hemorrágico
a pressão do lado acometido,
empurrando todas as estruturas para o • Idade: Extremos de idade têm algumas
outro lado, diminuindo a oxigenação dos características particulares
tecidos) ✓ Criança tem maior resistência à perda
✓ Neurogênico: Se tem uma lesão volêmica e demoram para apresentar
neurológica grave, com acometimento alterações clínicas, mas quando
da medula espinhal, o paciente tem um apresentam, evolui de forma rápida
choque determinado pela vasoplegia ✓ Idosos não apresentam boa resposta a
abaixo do nível da lesão (vasos dilatam perda volêmica (capacidade funcional
e determinam hipotensão) reduzida)
✓ Séptico • Gravidade do trauma
• Hemorrágico: Quadro de hipoperfusão tecidual • Intervalo entre o trauma e o começo do
decorrente de hemorragia com redução aguda tratamento: Hora de ouro
do volume sanguíneo • Reposição volêmica e aplicação do PASG
✓ Volume sanguíneo adulto: 7% do peso • Uso crônico de medicamentos: Diuréticos,
corporal Betabloqueador etc
✓ Volume sanguíneo criança: 8-9% do
peso corporal Abordagem inicial do paciente
✓ Pode acontecer através de lesões
extensas de partes moles e fraturas que no trauma
levam a grande perda de sangue:
▪ Úmero ou tíbia: 750mL Conforme ATLS.
▪ Fêmur: 1500mL
A. Via aérea
▪ Pelve: Vários litros
B. Respiração
C. Circulação: Aqui que identifica o choque
D. Alterações neurológicos
E. Exposição do paciente para identificar lesões
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Objetivos do tratamento no • Marca-passo: Não deixa alterar a frequência >
Sempre perguntar se o paciente usa
choque hemorrágico
• Otimizar a volemia, para reestabelecer a
perfusão tecidual
• Otimizar a pós carga
• Ajustar a frequência cardíaca
• Otimizar a contratilidade cardíaca
• Aumentar o conteúdo arterial de oxigênio
• Parar a hemorragia

A mortalidade do choque hemorrágico é tempo


dependente.

Reposição de fluidos no choque


hemorrágico
Pegar 2 acessos venosos calibrosos:

• Borda anticubital dos membros superiores


• Em crianças, por dificuldade punção venosa,
pode fazer intraósseo
Reposição de fluidos:

• Soluções isotônicas aquecidas, em bolus


✓ Adulto: 1 litro
✓ Criança: 20mL/kg

Imagem: Resposta à reposição de fluidos


Condições especiais no choque hemorrágico:

• Idade
• Atletas: Capacidade funcional cardíaca grande,
demorando para ter alterações clínicas do
choque, e quando tem, evolui mais rápido
• Gravidez: Hipervolemia fisiológica
• Medicamentos: Duréticos, Betabloqueadores
• Hipotermia: Muito comum no trauma e
determina mal funcionamento orgânico (não dá
temperatura adequada para as enzimas
funcionarem)

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