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CHOQUE CARDIOGENICO
FC ↑ RVS ↑ DC ↓ PAOP ↑
INSTABILIDADE HEMODINAMICA
A má perfusão é resultado do baixo débito
cardíaco oriundo de uma patologia cardíaca
CHOQUE CIRCULATÓRIO propriamente dita. A causa mais comum é o
CONCEITO infarto, no entanto há outras causas como
valvopatias, dentre outras. Considerando a
Estado de perfusão tecidual inadequada que falência da bomba teremos:
gera suprimento insuficiente de oxigênio (O2) e
nutrientes aos tecidos e impede a remoção dos • Redução do débito cardíaco;
produtos de excreção celular • Aumento da resistência vascular sistêmica;
• Pressão capilar pulmonar via de regra
☒ CUIDADO: a hipotensão NÃO é critério nem elevada (considerando o IAM como
obrigatória para definição do choque, inclusive principal causa);
pode correr com PA normal.
☒ CUIDADO: falamos que a pressão capilar
CLASSIFICAÇÃO FISIOPATOLÓGICA pulmonar é elevada pois consideramos como
Em relação às alterações hemodinâmicas, protótipo o choque causado pelo IAM. Aqui, com o
podemos dividir o choque em dois grandes comprometimento do ventrículo esquerdo,
grupos, de acordo com o débito cardíaco e resultaria em aumento da pressão capilar
a resistência vascular sistêmica: pulmonar. Porém cuidado, se houver
comprometimento do VD, a pressão capilar
• Hipodinamicos: relacionados ao baixo estará normal ou baixa.
débito cardíaco e aumento da resistência
vascular sistêmica (vasoconstricção). São CHOQUE OBSTRUTIVO
eles: choque hipovolêmico, cardiogênico e
FC ↑ RVS ↑ DC ↓ POAP ↓
obstrutivo;
• Hiperdinamicos: alto débito cardíaco e ou
redução da resistência vascular sistêmica normal
(vasodilatação). Representado pelos Ocasionado por uma obstrução ou uma
choques distributivos (séptico, anafilático, compressão dos grandes vasos ou do próprio
neurogênico). coração. Pode ocorrer por diversas causas, porém
três merecem destaque: PNEUMOTÓRAX
✪ COMO CAI NA PROVA: Além do débito cardíaco HIPERTENSIVO, TAMPONAMENTO CARDÍACO e
e da resistência vascular sistêmica, um dos índices TROMBOEMBOLISMO PULMONAR. Teremos:
hemodinâmicos cobrados é a pressão capilar
pulmonar, que reflete diretamente as pressões de • Débito cardíaco baixo;
enchimento dos ventrículos, especialmente do • Resistencia vascular sistêmica elevada
ventrículo esquerdo (circulação sistêmica). (compensação)
• Pressão capilar variável conforme
CHOQUE HIPOVOLEMICO etiologia:
o Pneumotórax hipertensivo: pela
FC ↑ RVS ↑ DC ↓ POAP ↓ compressão da veia cava, os
É causado por uma redução do volume sanguíneo, parâmetros hemodinâmicos são os
sendo o mais frequente dos tipos de choque. Essa mesmos do choque hipovolêmico
redução pode ser devida a uma hemorragia ou a (POAP baixa);
uma perda isolada de plasma (desidratação por o Tamponamento cardíaco: tende a
exemplo). Por consequência desta perda de normalidade;
volume teremos: o Tromboembolismo pulmonar:
pressão normal ou baixa.
• Redução do débito cardíaco (já que o fluxo
do sistema sera baixo); CHOQUES DISTRIBUTIVOS
• Aumento da resistência vascular sistêmica
(efeito compensatório); A má́ perfusão é resultado de uma vasodilatação
periférica global, comprometendo o
[GABRIEL CAVALCANTE DE AZEVEDO]
Culturas DEFINIÇÃO
Coleta de dois pares de hemoculturas de sítios Síndrome clinica resultante da incapacidade do
distintos antes do início de antimicrobianos sistema respiratório de manter a troca gasosa
(preferencialmente). Aproximadamente 30% a adequada seja pela dificuldade na oferta de
50% dos pacientes com sepse terão os agentes oxigênio aos tecidos ou pela inadequada remoção
etiológicos identificados. de gás carbônico pelos pulmões.
Para que ocorram as trocas gasosas, é necessário São as causas mais comuns:
que as áreas ventiladas sejam perfundidas em
• V/Q baixa: parte do sangue que chega aos
uma proporção apropriada, o que é denominado
pulmões passa por alvéolos pouco
relação ventilação/perfusão (V/Q).
ventilados (ou não ventilados), portanto
✪ COMO CAI NA PROVA: Como veremos a com níveis baixos de O2, o que ocasiona
seguir, as desproporções entre as áreas oxigenação insuficiente. Chamamos de
ventiladas e as perfundidas são o principal shunt as situações em que o sangue passa
mecanismo de desenvolvimento da IrpA. por alvéolos não ventilados (V/Q = 0);
• V/Q alta: sentido inverso, com áreas
FISIOPATOLOGIA alveolares ventiladas adequadamente,
porém mal perfundidas (ou não
Entendendo a fisiologia fica fácil entendermos que perfundidas). Quando isso ocorre em
a IRpA pode ocorrer por diferentes mecanismos
grandes extensões, funciona como
fisiopatológicos, basicamente:
hipoventilação, pois a ventilação alveolar
está sendo “perdida” para áreas onde não
• Hipoventilação;
há trocas gasosas, com consequente
• Distúrbios de difusão
hipoxemia e hipercapnia.
• Distúrbios na relação ventilação/perfusão;
Convencionalmente, chamamos de
• Inalação de gás com baixa concentração
espaço-morto as situações em que a
de oxigênio.
ventilação ocorre em alvéolos não
HIPOVENTILAÇÃO perfundidos
do efeito shunt, que está diretamente associado à • Hipercapnia permissiva: tolerada pelo
piora nas trocas gasosas. Podemos dividir sua benefício do uso de baixas pressões de
evolução em 3 fases: distensão ou Driving Pressure. Portanto,
devemos tolerar uma PaCO2 até 70-80
• Exsudativa (dano alveolar difuso): dura mmHg, desde que mantenhamos o pH
de 7-10 dias, caracterizada por dano acima de 7,20
alveolar difuso, uma reação não especifica • Pressão de platô: deve ser monitorada
a diversas causas, caracterizada por continuamente e não deve exceder 30
EDEMA INTERSTICIAL; cmH2O.
• Proliferativa: após o período inicial, o • Posição prona: é capaz de melhorar a
estágio proliferativo desenvolve-se, oxigenação. Seu impacto na
caracterizado por RESOLUÇÃO do edema mortalidade foi comprovado, porém com
pulmonar porém com DEPOSIÇÃO benefício penas nos pacientes portadores
PRECOCE DE COLÁGENO; de SDRA grave (PaO2/FiO2 < 150mmHg).
• Fibrótica: obliteração da citoarquitetura • Corticoides: pode ser benéfica em
pulmonar, fibrose e formações císticas. O pacientes com SRDA grave. Não deve ser
grau de fibrose pode variar. utilizada, de maneira sistemática, em
sepse sem choque séptico, nem deve ser
AVALIAÇÃO CLÍNICA utilizada para SDRA leve.
QUADRO CLÍNICO ☒ CUIDADO: Sobre o uso da ECMO: vem
Deve ser suspeitada em pacientes com sintomas ganhando importância no tratamento de
respiratórios progressivos e necessidade pacientes com hipoxemia refratária.
crescente de oxigênio associado a infiltrado
alveolar bilateral à radiografia de tórax após 6- VENTILAÇÃO MECANICA
72 horas do evento inicial, que pode ocorrer em um
período de até 7 dias após o insulto.
CONCEITOS E DEFINIÇÕES
GASOMETRIA FASES DO CICLO RESPIRATÓRIO
Por definição, a gasometria arterial apresenta
hipoxemia e:
• ALCALOSE RESPIRATÓRIA;
• AUMENTO DO GRADIENTE ALVÉOLO-
ARTERIAL;
RADIOLOGIA
Pode ser heterogênea a depender da causa. De
maneira geral apresenta opacidades alveolares
difusas e bilaterais com atelectasias. Em alguns
casos, as alterações imaginológicas podem ser
sutis, principalmente em quadros iniciais. Segue a sequencia:
TRATAMENTO 1. Disparo;
2. Inspiração;
VENTILAÇÃO PROTETORA 3. Ciclagem;
4. Expiração;
Os principais pontos são:
✱ DICA: quem foi que “DICE” que a parte mais
• Uso da PEEP: é benéfica pois minimiza o difícil do entendimento da VMI é sua
dano alveolar, de maneira que se evita a interpretação gráfica?
lesão dinâmica de via aérea. Deve ser
titulada com cautela; DISPARO
• Volume corrente: geralmente utiliza-se um
É a mudança da fase expiratória para a fase
volume de ate 6ml/kg (baixo volume
corrente). Essa estratégia permite menores inspiratória. A variável que determina o disparo (a
pressões e risco de barotrauma, além de pressão ou a fluxo) é a SENSIBILIDADE. Pode ser
auxiliar na estratégia de hipercapnia desencadeado pelo ventilador ou pelo paciente
permissiva. (controlado ou assistido, respectivamente).
[GABRIEL CAVALCANTE DE AZEVEDO]
✪ COMO CAI NA PROVA: Qual é melhor? aquele ESCALA COM PUPULAS (ATUALIZAÇÃO)
com que você̂ estiver mais familiarizado, visto que
Uma nova escala foi criada e incorporou a
não há diferença em relação à mortalidade, bem
avaliação da reatividade pupilar (miose) ao
como ao tempo de ventilação mecânica, quando
estímulo luminoso. De acordo com essa nova
comparados os dois modos ventilatórios.
escala, além da pontuação tradicional, a
reatividade pupilar é contabilizada da seguinte
VOLUME CONTROLADO (VCV)
forma:
Modo mais utilizado no mundo. São informações
principais: • Ausência de reatividade pupilar bilateral:
menos dois pontos (-2).
• Disparo: pode ser a tempo (se modo • Presença de reatividade pupilar unilateral:
controlado, geralmente setado pela menos um ponto (-1).
frequência respiratória) ou por • Presença de reatividade pupilar bilateral:
pressão/fluxo (quando assistido); zero ponto (0).
• Limite: como próprio nome diz, definimos
um fluxo de volume corrente que será Dessa forma, a escala de coma de Glasgow com
fornecido pupilas varia de 1 a 15 pontos.
• Ciclagem: quando o volume corrente (VC)
ajustado pelo operador é fornecido ao REBAIXAMENTO DO NÍVEL DE
paciente pelo ventilador mecânico. CONSCIENCIA
ENCEFALOPATIA DE WERNICKE-KORSAKOFF
Ela surge em indivíduos com deficiência de
tiamina (vitamina B1) que recebem reposição
de glicose no serviço de emergência para o
tratamento do rebaixamento do nível de
consciência. Os principais fatores desencadeantes
são o etilismo crônico, a desnutrição e o pós-
operatório de cirurgia bariátrica.
[GABRIEL CAVALCANTE DE AZEVEDO]
MORTE ENCEFÁLICA
DEFINIÇÃO
Processo de lesão irreversível, incompatível com a
vida, cujo diagnóstico é baseado em legislação
específica e na Resolução n° 2.173/17 do
Conselho Federal de Medicina (CFM).