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MARC 6 – CHOQUE E SEPSE

PEDRO BONALDI BRITTO NILO ARAUJO

ABORDAGEM AO PACIENTE EM CHOQUE

v O choque é uma disfunção circulatória aguda que resulta em


perfusão tecidual inadequada.
v Exige diagnóstico e intervenção imediatos para evitar colapso
circulatório, falência de múltiplos sistemas e órgãos e morte.
v Existem 4 tipos de choque:
1. Choque cardiogênico;
2. Choque distributivo;
3. Choque hipovolêmico;
4. Choque obstrutivo.
v O choque cardiogênico é decorrente de uma falha da bomba
causada mais comumente por IAM, mas também pode ocorrer por
disfunção valvar, arritmias, miocardite, ruptura da parede FISIOPATOLOGIA CARDIOVASCULAR NO CHOQUE HIPOVOLÊMICO
ventricular, entre outros.
v A diminuição do volume sanguíneo circulante reduz o retorno
v O choque distributivo é causado pela perda de tônus vasomotor
venoso e, portanto, a pré-carga cardíaca.
periférico, mais comumente em razão da sepse.
v Com a diminuição da pré-carga, o coração de desloca para a
v O choque hipovolêmico é causado pela perda de volume
esquerda na curva de Starling até que o volume sistólico, o débito
circulante por desidratação, extravasamento vascular profundo ou
cardíaco (DC) e o fornecimento de O2 caem.
hemorragia.
v As reduções no DC e na oferta de O2 são detectadas por
v O choque obstrutivo, que é menos comum, é causado pelo
barorreceptores e quimiorreceptores que estimulam alterações
bloqueio intrínseco de um vaso importante, como embolia
compensatórias autonômicas e endócrinas no coração e na
pulmonar, ou compressão extrínseca, como tamponamento
vasculatura.
cardíaco, estado do mal asmático ou pneumotórax hipertensivo.
v O tônus vasomotor é aumentado, reduzindo a capacitância total e
v Os pacientes podem apresentar formas combinadas de choque, o
aumentando efetivamente o volume circulante, o retorno venoso e
choque séptico, por exemplo, pode incluir perda do tônus
a pré-carga.
autônomo (distributivo), depressão miocárdica (cardiogênico) e
v A estimulação simpática do coração, gera taquicardia e aumenta
perda do volume vascular (hipovolêmico).
o inotropismo para aumentar o DC.
v A compensação inicialmente sustenta o fornecimento necessário
de O2, à medida que o volume sanguíneo diminui, a
compensação falha e ocorre hipoperfusão de tecidos e órgãos
vitais.
FISIOPATOLOGIA CARDIOVASCULAR NO CHOQUE CARDIOGÊNICO BIOPATOLOGIA CELULAR E DOS ÓRGÃOS

v O DC cai em razão da falha da bomba primaria, em vez da v com a diminuição do aporte de O2, os leitos teciduais
redução da pré-carga. hipoperfundidos aumentam a extração de O2, o que diminui o
v A insuficiência ventricular esquerda quando associada ao edema conteúdo de O2 venoso, mas preserva o metabolismo aeróbico.
pulmonar pode levar a uma hipoxemia arterial, que compromete v As células mudam para glicólise, gerando acido láctico e um
ainda mais a oferta de O2. déficit de base.
v Os mecanismos compensatórios são semelhantes aos do choque v Um ambiente acido ajuda o O2 a se dissociar da hemoglobina.
hipovolêmico, porém o aumento da contratilidade com v As células também diminuem a atividade mitocondrial, para um
estimulação simpática tem efeito limitado. hipometabolismo protetor para diminuir a demanda de O2.
v Quando as células estão estressadas ou lesadas pela isquemia, elas
FISIOPATOLOGIA CARDIOVASCULAR NO CHOQUE OBSTRUTIVO liberam moléculas que sinalizam por meio de receptores de padrão
molecular associado a danos (DAMP), que estimulam as células
v O mecanismo que reduz o débito cardíaco depende da causa:
imunes inatas a liberar uma cascata de mediadores inflamatórios
1. Embolia pulmonar maciça aumenta a pós-carga do VD,
que alteram a função endotelial e a permeabilidade, a
mas reduz a pré-carga do VE.
coagulação e a fibrinólise e o recrutamento e a atividade dos
2. Pneumotórax hipertensivo e tamponamento cardíaco
leucócitos.
reduzem principalmente o DC via pré-carga reduzida.
v A hipoxia tecidual também estimula diretamente a liberação de
v O choque obstrutivo pode ser acompanhado por oxigenação
mediadores vasoativos, como óxido nítrico e adenosina,
prejudicada, comprometendo ainda mais o fornecimento de O2.
contribuindo ainda mais para a desregulação vasomotora.
v Após isquemia prolongada, a reperfusão pode agravar esses
FISIOPATOLOGIA CARDIOVASCULAR NO CHOQUE DISTRIBUTIVO
efeitos por meio de espécies reativas de oxigênio, que induzem
v A autorregulação do tônus vasomotor periférico esta prejudicada. lesão de isquemia-reperfusão local.
v Os mecanismos compensatórios dependem da razão. v Independentemente da causa inicial do choque, a isquemia
v Os efeitos sobre o DC são variáveis, mas o fornecimento de O2 tecidual prolongada gera alterações locais características do
para os órgãos vitais ainda pode ser comprometido. choque distributivo, e essas alterações podem persistir por horas ou
v O choque séptico é uma forma de choque distributivo dias após a reanimação.
desencadeado inicialmente pela liberação de mediadores v A isquemia prolongada não tratada, acaba esgotando as reservas
circulantes que têm efeitos locais nos vasos periféricos, causando de ATP e como resultado, as células do tecido sofrem falhas
vasodilatação e extravasamento de líquidos. Isso faz reduzir a pré- bioenergéticas, o que desencadeia morte celular apoptótica e
carga, a pós-carga e o DC. necrótica generalizada.
v Os mediadores inflamatórios também têm efeitos depressores do
miocárdio diretos. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS INICIAIS
v O choque distributivo pode persistir mesmo com aporte de O2
v Antes do quadro clínico franco do choque, as manifestações
adequado e o sangue que retorna do leito periférico pode ter O2
clínicas dominantes são aquelas do evento desencadeante, como
normal ou elevado.
dor torácica de um IAM ou febre, tosse e produção de
expectoração purulenta de uma pneumonia em processo de v A cianose central também é comum nos choques cardiogênico e
agravamento. obstrutivo.
v Durante essas fases iniciais, os mecanismos compensatórios do v Casos de choque hipotensivo ou séptico, a extração profunda de
corpo para garantir o fornecimento adequado de oxigênio oxigênio associada ao comprometimento da respiração promove
produzirão apenas sinais e sintomas sutis e inespecíficos. cianose central.
v A frequência respiratória tipicamente aumenta para gerar alcalose v Os fluxos esplâncnico e hepático estão muito diminuídos,
respiratória compensatória para a acidose metabólica incipiente. resultando frequentemente em íleo paralítico e isquemia hepática.
v As respostas autônomas simpáticas à hipovolemia absoluta ou
relativa incluem taquicardia, às vezes elevação temporária da MANIFESTAÇÕES DO CHOQUE CRÍPTICO
pressão arterial e vasoconstrição periférica, que pode resultar em
v Os sinais de hipoperfusão e hiperlactemia se desenvolvem apesar
pele fria, cianose periférica e enchimento capilar lento.
da PA temporariamente normal.
v Em pacientes com choque distributivo iminente, o controle
vasomotor prejudicado pode, paradoxalmente, apresentar-se
DIAGNÓSTICO DE CHOQUE
como periferias quentes e coradas.

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DO CHOQUE FRANCO

v As características principais do choque franco são hipotensão


juntamente com evidências de perfusão inadequada.
v Tipicamente, uma pressão arterial sistólica (PAS) inferior a 90 mmHg
ou pressão arterial média (PAM) inferior a 60 mmHg supera os
mecanismos autorreguladores, de modo que a vasoconstrição
seletiva não consegue mais preservar o fluxo sanguíneo adequado
para os órgãos vitais.
v Ocorrem confusão, desorientação, alteração da consciência ou
coma; sinais focais ou localizados são atípicos e sugerem um
diagnóstico alternativo ou doença cerebrovascular preexistente
sensível a estados de baixo fluxo.
v Oliguria é uma consequência, mas pode não ser observada
imediatamente.
v O aspecto do paciente é, tipicamente, frio, úmido e cianótico,
com perda ou diminuição dos pulsos arteriais periféricos.
v A hipotermia é comum, mesmo no choque séptico.
v Embora a taquicardia seja típica, o agravamento da hipotensão e
da isquemia miocárdica no choque avançado pode resultar em
bradicardia paroxística.
TRATAMENTO DO CHOQUE

PRIMEIRA HORA
v O objetivo é restaurar a perfusão tecidual adequada o mais rápido
possível.
v As primeiras etapas se concentram em estabelecer o fornecimento
de oxigênio adequado, garantindo pré-carga, débito cardíaco e
oxigenação arterial adequados.
v A reanimação começa com acesso intravenoso para reposição
volêmica (incluindo hemoderivados quando indicado) e agentes
vasoativos (tipicamente vasopressores), bem como a instituição de
suporte ventilatório (oxigênio suplementar ou ventilação
mecânica).
v O posicionamento corporal ideal (p. ex., a posição de
Trendelenburg – elevação dos membros inferiores para aumentar a
pressão venosa) e outros procedimentos de emergência (p. ex.,
toracostomia com agulha para aliviar pneumotórax hipertensivo)
também são recomendados, dependendo da situação clínica.
ACESSO VENOSO suficientes para aumentar a contratilidade miocárdica e proteger o
coração contra o aumento da pós-carga causado pela
v O acesso venoso é uma prioridade.
vasoconstrição.
v Acesso venoso de grande calibre facilitará a reposição volêmica
v A vasopressina não é superior à norepinefrina como agente único
rápida.
para choque séptico, mas é útil como vasopressor de segunda
v O cateterismo venoso central, geralmente em uma veia subclávia
linha quando a pressão arterial permanece inadequada apesar de
ou jugular interna e de preferência usando a orientação por
altas doses de norepinefrina.
ultrassonografia, não necessariamente facilita a infusão mais
v A vasopressina também pode ser uma alternativa útil à
rápida, porque os acessos centrais são mais longos e a velocidade
norepinefrina no choque distributivo não séptico.
de infusão depende do diâmetro e do comprimento. No entanto, o
v Agentes inotrópicos adrenérgicos (p. ex., dobutamina) e não
acesso venoso central é preferido para a administração de
adrenérgicos (milrinona) são usados no choque cardiogênico, mas
vasopressores.
não são úteis como agentes de rotina em outras formas de
choque.
SOLUÇÕES PARA REPOSIÇÃO VOLÊMICA
v O volume escolhido para o bolus inicial deve ser feito SUPORTE RESPIRATÓRIO
empiricamente, mas uma dose de 500 mℓ de solução cristaloide (p.
v O oxigênio suplementar por máscara facial é encorajado para
ex., soro fisiológico, solução de Ringer com lactato) por 20 a 30
todos os pacientes com suspeita de choque, com maior ênfase na
minutos é tipicamente usada.
ventilação mecânica invasiva por meio de intubação
v Quando o médico tem certeza de que os ventrículos estão “vazios”
endotraqueal para pacientes com dificuldade respiratória
(hemorragia grave, desidratação grave ou choque séptico), a
significativa ou hipotensão ou acidose graves.
reposição volêmica começa com um grande volume de líquido –
v No choque cardiogênico, a ventilação mecânica fornece o
20 a 30 mℓ/kg administrado em bolus.
benefício adicional de melhorar o recrutamento alveolar e
aumenta a pressão transmural no coração, reduzindo, assim, a pós-
SANGUE E HEMODERIVADOS carga cardíaca e facilitando a função ventricular.
v A anemia pode comprometer o fornecimento de oxigênio, mas a
transfusão de concentrado de hemácias começando com um MONITORAMENTO DA ADEQUAÇÃO DA REANIMAÇÃO
nível de hemoglobina de 7 g/dℓ é tão boa quanto começar com
v Medidas simples da adequação da reanimação incluem
um nível de 9 g/dℓ.
restauração da pressão arterial normal, melhora nos sinais clínicos
de hipoperfusão (p. ex., débito urinário sustentado e melhora do
VASOPRESSORES estado mental) e melhora no déficit de base e hiperlactatemia.
v Os agentes vasopressores são frequentemente necessários. v A restauração da pressão arterial não significa que o fornecimento
v Pode ser necessário iniciar vasopressores concomitante a reposição de oxigênio tenha melhorado ou que a perfusão tecidual tenha
volêmica. sido restaurada.
v O vasopressor preferido para choque distributivo é a norepinefrina, v Um cateter de artéria pulmonar pode monitorar as pressões
porque é um vasoconstritor forte com efeitos beta-adrenérgicos capilares direita e pulmonar, volume sistólico, débito cardíaco e
saturação venosa mista de oxigênio.
v As recomendações atuais, portanto, enfatizam: suspeita precoce
de choque; baixo limiar para verificar o nível de lactato sérico;
administrar antibióticos se a sepse for uma causa possível; e um
bolus inicial de 20 a 30 mℓ/kg de soluções intravenosas, seguido por
monitoramento rigoroso da adequação da reanimação usando o
exame clínico.
v Várias vias amplificam-se mutuamente: a inflamação desencadeia
a coagulação, a coagulação desencadeia a inflamação e a
hipoxia tecidual amplifica tanto a inflamação quanto a
coagulação, resultando, assim, em ciclos de feedback pró-
inflamatório e pró-coagulante positivos.
v A lesão endotelial generalizada é uma característica importante
do choque séptico; o endotélio lesado é mais permeável.
v O líquido do edema rico em proteínas flui para os tecidos, como o
pulmão, onde leva à SARA.
v As células endoteliais lesadas liberam óxido nítrico, um potente
vasodilatador.
v A lesão epitelial intestinal aumenta a permeabilidade intestinal e a
translocação epitelial de bactérias intestinais e endotoxinas,
SÍNDROMES DO CHOQUE RELACIONADAS À SEPSE aumentando ainda mais o fenótipo inflamatório do choque
séptico.
v A sepse é uma disfunção orgânica potencialmente fatal, causada
por resposta desregulada do hospedeiro à infecção.
v A disfunção orgânica é definida como alteração aguda de dois ou
mais pontos no escore1 total da Sequential Organ Failure
Assessment (SOFA).
v Bacteriemia é definida como o crescimento de bactérias em
hemoculturas, mas a infecção não precisa ser comprovada para
diagnosticar a sepse no início.
v O choque séptico é um subconjunto de sepse com hipotensão
persistente exigindo o uso de vasopressores para manter a pressão
arterial média (PAM) igual ou superior a 65 mmHg acompanhada
por um nível sérico de lactato superior a 18 mg/dℓ (2 mmol/ℓ),
apesar de reposição volêmica adequada.

FISIOPATOLOGIA DA SEPSE E CHOQUE SÉPTICO

v Na fase inicial do choque séptico é ativado o processo de


inflamação, conforme evidenciado por neutrofilia e desvio para a
esquerda (neutrófilos imaturos) e um fenótipo pró-coagulante
(detectado por razão normalizada internacional aumentada e
trombocitopenia) devido a coagulação aumentada, plaquetas
ativadas e fibrinólise diminuída.
TRATAMENTO DA SEPSE E CHOQUE SÉPTICO

TRATAMENTO RESPIRATÓRIO
v Requerem ventilação mecânica porque a SARA é a complicação
mais comum do choque séptico.
v A sedação deve ser titulada por avaliação objetiva
v A retirada da ventilação mecânica está frequentemente
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA SEPSE E CHOQUE SÉPTICO associada à sobrecarga de fluidos da reanimação com fluidos
anterior e da redução da pressão intratorácica.
v Apresentam PAS igual ou inferior a 100 mmHg, acompanhada por
frequência respiratória elevada (> 22/mm) ou estado mental
alterado. TERAPIA CIRCULATÓRIA
v Cerca de 80% dos pacientes são febris, mas os pacientes podem v O tratamento precoce é a base do manejo de emergência, mas
ser normotérmicos ou mesmo hipotérmicos. tal tratamento não precisa atingir metas centrais hemodinâmicas
v A fonte de infecção pode ser óbvia, especialmente se os pacientes ou de oxigênio específicas, ou requer a colocação de um cateter
tiverem evidências anteriores de um local específico de infecção, venoso central ou a administração de agentes inotrópicos ou
como pneumonia ou infecção de sítio cirúrgico, ou estiver oculta. transfusões de sangue.
v A disfunção cardiovascular no choque séptico é caracterizada por v Visam aumentar a perfusão e o fornecimento de oxigênio aos
diminuição da pré-carga, diminuição da pós-carga e tecidos, elevando a pressão arterial profundamente baixa, o débito
frequentemente diminuição da contratilidade ventricular. cardíaco inadequado e a saturação arterial de oxigênio baixa.
v O objetivo geral é atingir a PAM adequada (> 65 mmHg) e outros
DIAGNÓSTICO DA SEPSE E CHOQUE SÉPTICO índices de perfusão, como débito urinário (> 0,5 mℓ kg/h), níveis de
lactato arterial (< 2 mmol/ℓ), estado mental e perfusão da pele.
v A meta de saturação venosa central de oxigênio maior que 70% ou
a depuração de lactato de pelo menos 10% são equivalentes.
v A meta da PAM de 65 a 70 mmHg geralmente é tão eficaz quanto
a meta de 80 a 85 mmHg, embora a meta de PAM mais alta (80 a
85 mmHg) possa diminuir o risco de lesão renal aguda.
v vasopressor. Os pacientes cuja SARA é tratada após 24 a 48 horas
com uma estratégia de fluidos conservadora.
v Os fluidos (30 mℓ/kg de cristaloide intravenoso balanceado, como
solução de Ringer com lactato) devem ser administrados nas
primeiras 3 horas seguidos por fluidos adicionais para atingir e
manter a PVC de 8 a 12 mmHg e perfusão adequada do tecido.
v Os vasopressores (p. ex., norepinefrina, 1 a 50 µg/min; epinefrina, 1
a 30 µg/min) devem ser adicionados se a PAM for inferior a 65
mmHg, apesar da reanimação com fluido adequado.
v A vasopressina (até 0,03 U/min) pode ser adicionada em pacientes
que não respondem adequadamente à norepinefrina para
aumentar a PAM e diminuir a dose de norepinefrina, mas a
selepressina (um agonista da vasopressina) não tem valor
incremental quando adicionada à norepinefrina.
v A infusão de angiotensina II (20 ng/kg/min inicialmente, ajustada
para um máximo de 200 ng/kg/min) pode diminuir as necessidades
iniciais de norepinefrina e melhorar o componente cardiovascular
do escore SOFA.
v O uso precoce de um agente inotrópico (p. ex., dobutamina,
inicialmente 2 a 5 µg/kg/min e aumentando para 20 µg/kg/min)
deve ser considerado para aumentar a contratilidade ventricular
esquerda.
v A febre é comum no choque séptico e pode ter efeitos benéficos
na resistência à infecção, mas também aumenta a demanda de
oxigênio.
v Reduzir a febre pode diminuir a necessidade de vasopressores e
possivelmente o risco de encefalopatia séptica.
v Manter a temperatura corporal central entre 36,5 e 37°C é seguro e
pode diminuir a necessidade de vasopressores e as taxas de
mortalidade em 14 dias.

TRANSFUSÃO DE HEMÁCIAS
v O nível de hemoglobina adequado para reanimação tem sido
controverso, um limite de transfusão de um nível de hemoglobina
de 7 g/dℓ é equivalente a um limite de 9 g/dℓ em termos de
eventos isquêmicos.
v As hemácias compatíveis mais recentes disponíveis não são
melhores do que hemácias padrão para pacientes com choque
séptico.

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