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23/03/2021

Aterogênese
 A aterosclerose é uma doença degenerativa, inflamatória e crônica
que acontece como resposta da camada íntima de artérias de médio
e grande calibres a inúmeros agentes agressores.

 É caracterizada por disfunção endotelial, inflamação vascular,


acúmulo de lipídeos e dendritos celulares na camada íntima das
células vasculares

Cardiopatias Isquêmicas

Profª Msc. Clícia Cordeiro

Aterogênese Aterogênese
 As placas ateroscleróticas podem ser estáveis ou
instáveis.
 Placas estáveis têm predomínio de colágeno, têm uma capa
fibrosa espessa e poucas células inflamatórias,
 Placas instáveis apresentam uma intensa atividade inflamatória,
predomínio lipídico, apresentam uma capa fibrosa fina, pouco
colágeno, núcleo necrótico, e defeitos estruturais na superfície,
como rotura da cápsula ou ulceração;
 Exige maior atenção do ponto de vista clínico > caso elas se rompam,
todo o material necrótico, altamente trombogênico, estará exposto na
corrente sanguínea, levando à formação de um trombo e que poderá
obstruir vasos sanguíneos de menor diâmetro. Este processo é
conhecido como aterotrombose.

Aterogênese > Aneurisma Aterogênese > Fatores de risco


 Complicação importante da aterosclerose  Diabetes mellitus
 A exposição crônica do leito vascular a altas concentrações de
glicose causa formação e deposição de produtos finais de glicosilação
 Aneurisma é uma dilatação permanente, localizada e tem
avançada,
tamanho maior que 1,5 vez o diâmetro normal.
 Promove a oxidação do LDL em LDL-ox, prejudica o transporte de
colesterol dos macrófagos arteriais ao fígado e contribui para
formação das células espumosas.

 Tabagismo
 Libera radicais livres que são altamente agressivos para o endotélio
vascular, acelera a oxidação da LDL e induz o processo inflamatório.
 Reduz significativamente as concentrações sanguíneas de HDL,
piorando a disfunção endotelial.

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Aterogênese > Fatores de risco Fisiopatologia da isquemia cardíaca


 Decorre do desequilíbrio entre a oferta e o consumo de
 Hipertensão arterial sistêmica oxigênio pelo miocárdio:
 A exposição contínua de altos níveis pressóricos gera alterações no  Diminuição do fluxo sanguíneo nas coronárias > diminui oferta de O2 ao
leito vascular que mantém a vasoconstrição. coração > isquemia.
 Estimula o crescimento de músculo liso e ativa as fosfolipases C >  Aumento do consumo de O2 e a oferta do O2 não aumentada >
isquemia.
aumenta as concentrações de cálcio intracelular > causa
vasoconstrição > aumenta a síntese de proteínas > aumenta o  Oferta de O2 ao miocárdio:
processo inflamatório e a oxidação do LDL.  Pode ser prejudicada devido à diminuição do fluxo sanguíneo ou
diminuição do conteúdo arterial de oxigênio > hipoxemia.

Fisiopatologia da isquemia cardíaca Fisiopatologia da isquemia cardíaca


 Fatores que podem causar a redução da oferta de O2:  A demanda aumentada de O2 também pode gerar isquemia
 Grau de obstrução arterial, cardíaca.
 Presença de lesões em outros vasos,
 Presença de circulação colateral,  Fatores que podem aumentar a demanda de O2 pelo
 Durante quadros de asfixia, miocárdio, por exemplo:
 Intoxicação por monóxido de carbono,  Taquicardia – situações como estresse emocional, ansiedade, febre,
estados dolorosos e insuficiência cardíaca aumentam a frequência
 Insuficiência respiratória, cardíaca e, consequentemente,a demanda de oxigênio;
 Cor pulmonale,  Aumento da contratilidade do miocárdio – acontece durante a atividade
 Aterosclerose e física, em pessoas sob efeito de drogas vasoativas e descarga
 Trombose. adrenérgica;
 Aumento da pressão intraventricular – na presença de patologias como
hipertrofia ventricular.

Fisiopatologia da isquemia cardíaca Fisiopatologia da isquemia cardíaca


 Síndrome isquêmica > alteração na demanda e/ou oferta  Duração da isquêmica é proporcional à gravidade:
de O2 ao músculo cardíaco.  Duração inferior a 2min > não haverá comprometimento
miocárdico;
 Duração entre 2 e 20min > haverá comprometimento
 A isquemia miocárdica pode se manifestar de forma miocárdico;
aguda ou lenta:  Duração superior a 20min > haverá necrose > infarto do
 Manifestação aguda da isquemia > causa as síndromes coronárias miocárdio.
agudas e instáveis, nas quais a redução do fluxo sanguíneo
acontece de forma abrupta em situação em que há baixa  Extensão da área acometida:
demanda de oxigênio.  Toda a parede miocárdica transmural;
 Manifestação insidiosa (lenta) > causa síndromes coronárias  Apenas a região subendocárdica;
crônicas e estáveis.  Pode acometer diferentes regiões do miocárdio.

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Síndrome Isquêmica Aguda Síndrome Isquêmica Aguda - sintomatologia


 Manifestações clínicas classificadas como  Depende da intensidade das manifestações clínicas como:
angina instável ou infarto agudo do  Calibre do vaso;
miocárdio.  Rotura da placa aterosclerótica;
 Acontecem quando a redução do fluxo  Grau de trombose;
sanguíneo acontece de forma súbita;  Presença de circulação colateral.
 Exemplo: quando há rotura de uma placa
aterosclerótica formando trombos.
 A obstrução é aguda > gera redução do  Obstrução coronária parcial > angina instável e infarto
fluxo sanguíneo coronariano; agudo do miocárdio sem supradesnivelamento de ST
 Pode acontecer mesmo durante o
repouso.  Obstrução coronariana total > Infarto com supradesnível
de ST

Síndrome Isquêmica Aguda - sintomatologia Síndrome Isquêmica Aguda - diagnóstico


 Desconforto torácico – retroesternal*  Sintomatologia
 Irradiando-se para a face ulnar do membro superior esquerdo,  Eletrocardiograma
mandíbula, pescoço e face dorsal do tórax.
 Queimação
 Marcadores bioquímicos de necrose miocárdica
 Troponinas T e I
 São proteínas presentes na corrente sanguínea apenas quando há
 Opressão destruição de fibras miocárdicas, sendo assim, detectam lesão nas
células cardíacas.
 Elas estão aumentadas no plasma após cerca de seis horas do início
 Compressão dos sintomas e podem permanecer elevadas por alguns dias.
 Fração MB da creatina fosfoquinase (CK-MB)
 Dispnéia  Detecção precoce de IAM devido à sua alta sensibilidade e
especificidade.
 Melhores preditoras de mortalidade.
 Tontura e síncope

Angina Instável Angina Instável


 Redução súbita do fluxo sanguíneo para o miocárdio.
 Diagnóstico:
 Causa:  Tem base na história de infarto agudo do miocárdio (IAM)
 Redução do calibre da artéria coronária > devido à presença prévio, de angioplastia ou revascularização miocárdica,
de ateromas, trombos ou espasmos  Alteração do segmento ST ou da onda T durante a dor
torácica,
 Presença de troponina T,
 Sintomas:
 Presença de isquemia miocárdica em teste ergométrico,
 Podem aparecer em repouso ou aos mínimos esforços;
 Cintilografia miocárdica ou
 Duração maior que 10 minutos.
 Ecocardiograma de estresse.

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Angina Instável – estratificação de risco Angina Instável – estratificação de risco


 Primeira estratificação de risco
 Durante a internação hospitalar, o paciente com angina  Acontece no momento da admissão em que o paciente é
instável é caracterizado em grupos de risco: classificado como “alto risco” ou “não alto risco” de evolução
da angina instável para IAM.
 Objetivo > determinar a probabilidade de apresentar
recorrência dos sintomas da angina instável, progredir para  É considerado angina de alto risco quando há:
IAM ou morte súbita.  insuficiência mitral e ventricular esquerda com manifestação clínica,
 fração de ejeção < 40%,
 hipotensão arterial,
 arritmia ventricular,
 refratariedade do tratamento antisquêmico,
 presença de troponinas e
 alterações nos segmentos ST e onda T.

Angina Instável – estratificação de risco Angina Instável – classificação


 Segunda estratificação de risco
Classe Descrição
 Acontece no período entre 24 e 48 horas do evento inicial;
 Paciente é classificado como “refratário” ou “passivado”. Angina de início recente (< dois meses), frequente ou de
I
intensidade acentuada (≥ 3x/dia).
 Terceira estratificação de risco
 Acontece na pré-alta hospitalar; Angina de repouso subaguda – acontecem um ou mais episódios
II
 Paciente é classificado como “sem isquemia grave” ou “com em repouso nos últimos de 30 dias.
isquemia grave”.
Angina de repouso – um ou mais episódios de angina nas últimas
III
 As estratificações de risco têm base nos resultados dos 48 horas.
marcadores bioquímicos, do teste ergométrico, Holter, teste
funcional, coronariografia e na resposta terapêutica. Sociedade Brasileira de Cardiologia – Diretriz Sul-Americana de
Prevenção e Reabilitação Cardiovascular (2014).

Infarto Agudo do Miocárdio Infarto Agudo do Miocárdio

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Infarto Agudo do Miocárdio Infarto Agudo do Miocárdio


 Caracteriza-se pela redução do fluxo sanguíneo para uma ou  Altas taxas de mortalidade > cerca de 30%
mais artérias coronarianas, levando a um desequilíbrio entre a  Metade dos óbitos acontecem nas primeiras duas horas do início
oferta e a demanda de oxigênio, gerando necrose miocárdica. dos sintomas
 Cerca de 14% dos pacientes morrem antes do atendimento médico
 Elevações da troponina I ou T > que o percentil 99 do ensaio
utilizado ou elevação ≥ 20% se já previamente alterada:  Dor torácica
 Sintomas sugestivos de isquemia OU  Sintoma mais comum do IAM > dor prolongada (20 a 30 minutos),
 Novas alterações isquêmicas no ECG ou BRE (bloqueio de ramo intensa, em aperto ou queimação.
esquerdo) novo OU  Tipicamente retroesternal > podendo irradiar para regiões de
 Evidências angiográficas de nova oclusão coronariana OU ombro, axila, braços, mandíbula, dorso e abdome, pode iniciar em
 Exame de imagem mostrando nova perda de miocárdio ou alteração repouso ou durante um esforço físico.
contrátil segmentar.  Pode ser acompanhada de outros sinais e sintomas como: palidez
cutânea, sudorese, tonteira, dispneia, náusea, vômito e fadiga.

IAM – ECG IAM – marcadores bioquímicos


 Acompanhar alterações como:
 Supra e infradesnível de ST,  Auxiliar no diagnóstico de IAM > alterados na presença de
 Bloqueio de ramo e alterações na onda T necrose miocárdica.

 Em alguns casos o ECG > normal ou com pequenas  Dosagem de troponina I ou T e CK-MB associadas a:
alterações.  Sintomas de isquemia,
 Atenção! Considerar a história clínica e o exame físico do  Desenvolvimento de onda Q patológica no ECG e
paciente para diagnóstico de IAM quando o ECG não apresentar  Alteração no segmento ST fecham o diagnóstico de IAM.
alterações.

 Nas primeiras 24 horas do IAM, o ECG deve ser realizado de


forma seriada e diariamente após este período.

IAM – subcategorias IAM – subcategorias


 IAM com supradesnível de ST  IAM sem supradesnível de ST
 Também chamado de infarto subendocárdico  Caracterizado por um desequilíbrio abrupto entre a oferta e a
 Causado por uma oclusão total da artéria coronária por trombos demanda de oxigênio, gerando dor precordial e pelo menos mais
ou placa aterosclerótica, por isso, quanto mais rápido for o uma das seguintes características:
atendimento, maior a sobrevida. a) Dor em repouso ou aos mínimos esforços, com duração maior que vinte
minutos.
 Necessária abertura imediata da coronária ocluída por meio de b) Dor intensa de início recente (inferior a um mês).
uso de substâncias fibrinolíticas ou pela angioplastia com stent. c) Apresentar caráter progressivo de intensidade, duração e frequência.
 Característica:
 Dor precordial intensa, mesmo em repouso, com duração superior a  ECG > pode estar normal ou com alterações sugestivas de isquemia
vinte minutos, como infradesnivelamento do segmento ST e/ou alteração na onda T.
 Supradesnivelamento de ST ao eletrocardiograma e
 Fisiopatologia > o IAM sem supradesnível de ST acontece devido à
 Elevação de marcadores de necrose miocárdica formação de trombo não oclusivo limitando o fluxo sanguíneo
coronário.

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Síndromes isquêmicas crônicas Doença Coronária Obstutiva – Angina Estável


 Acontecem quando há uma redução do fluxo sanguíneo para
as coronárias que se instala de forma lenta.  Principal forma de manifestação clínica das síndromes
 Exemplo: as lesões ateroscleróticas geram obstrução significativa nas isquêmicas crônicas obstrutivas.
coronárias à medida que a lesão aumenta limitando a oferta de O2 >
com o aumento da demanda > a oferta insuficiente gerará isquemia.
 Exemplo: durante algum esforço físico.  Acontece devido a um desequilíbrio entre a oferta e o
consumo de O2 em pacientes com doença arterial
coronariana, valvopatias, cardiomiopatia hipertrófica ou
 São divididas em:
hipertensão descontrolada.
 Obstrutivas (angina estável);
 Não obstrutivas (doença coronariana não obstrutiva).

Angina Estável – classificação Angina Estável – sintomatologia


Classe Descrição  Dor ou desconforto torácico, mandibular, na região do dorso,
braço, ombro e região epigástrica,
Atividades físicas habituais não desencadeiam angina, apenas atividades
I
extenuantes ou prolongadas.
 De caráter constritivo, em aperto ou queimação.

Discreta limitação durante atividades físicas habituais como caminhada  Desencadeada por esforço físico, estresse emocional ou início
II rápida (mais de dois quarteirões no plano) e subir mais de um lance de súbito
escadas.
 Aliviada com repouso ou nitrato sublingual.
Importante limitação durante atividades físicas habituais como caminhadas
III em velocidade habitual (inferior a duas quadras) e subir um lance de  Duração > entre 2 a 10 minutos;
escadas em passo normal.
 Apresenta uma periodicidade diária, semanal ou mensal.

IV Todas as atividades geram desconforto, angina pode acontecer no repouso.  É previsível, consistente, acontece durante o esforço ou
estresse e alivia com repouso ou nitrato sublingual.

Angina Estável Angina Estável


 ECG pode estar normal em 50% dos casos.
 Tratamentos invasivos:
 Cirurgia de revascularização miocárdica
 Tratamento clínico:
 Estenose da artéria coronária em grau ≥ 50%,
 Terapia medicamentosa
 Estenoses nos principais vasos cardíacos,
 Mudança no estilo de vida.  Isquemia moderada a grave, em pacientes que apresentaram quadro de parada
cardiorrespiratória ou taquicardia ventricular sustentada.

 Objetivo:
 Eliminar o desequilíbrio entre a demanda e a oferta de oxigênio,
impedir a progressão da placa aterosclerótica,
 Reduzir sintomas e eventos anginosos,
 Prevenir IAM e
 Reduzir a mortalidade.

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Doença Coronariana Não Obstrutiva Doença Coronariana Não Obstrutiva


 Causas:
 É uma síndrome isquêmica crônica na qual não há obstrução  Anomalias congênitas das artérias coronárias,
da luz vascular;  Espasmo coronário,
 Há um desequilíbrio entre a oferta e a demanda de oxigênio fazendo  Hipertrofia de ventrículo esquerdo,
os pacientes apresentarem sintomas de angina.
 Estenose aórtica,
 Tireotoxicose (ingestão excessiva de hormônios tireoidianos),
 Cardiopatia hipertrófica,
 Diabetes mellitus,
 Síndrome X cardíaca,
 Uso de cocaína e anfetaminas

Doença Coronariana Não Obstrutiva Doença Coronariana Não Obstrutiva


 Anomalias congênitas das artérias coronárias  Espasmo coronariano
 Afetam cerca de 1% da população;  É caracterizado por uma vasoconstrição intensa e súbita de uma
 É de difícil diagnóstico. artéria coronária reduzindo a perfusão miocárdica.
 Causam redução da perfusão miocárdica e sintomas anginosos.  Esse espasmo pode acontecer devido ao uso de drogas ilícitas,
estresse emocional, tabagismo e exposição ao frio extremo.

 Os pacientes podem apresentar-se assintomáticos durante anos e


subitamente, apresentarem quadros de infarto agudo do miocárdio,  Síndrome X cardíaca
arritmias graves e até morte súbita.  É uma angina estável crônica, recorrente e sem alterações visíveis na
angiografia.
 Etiologia não está bem definida
 Estuda-se a presença de disfunção na microvascularização coronária devido a
respostas anormais de vasodilatação e vasoconstrição, responsáveis pelo
quadro de isquemia e angina.

Revascularização do miocárdio Revascularização do miocárdio


 Cirurgia de revascularização do miocárdio (CRVM)  Para realização dessa anastomose entre a artéria aorta e a
coronária obstruída, são utilizados enxertos arteriais.
 Realização de anastomose (ponte) entre a artéria aorta e a  Enxertos podem ser:
coronária obstruída com o intuito de redirecionar o fluxo  Autoenxerto > do próprio paciente
sanguíneo.  Sintéticos > pouco utilizados

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CRVM – autoenxerto CRVM – autoenxerto


 Podem ser arteriais ou venosos.  Definição do número de pontes a serem realizadas:
 Veia safena, da artéria torácica interna (chamada de mamária), da  É feita no momento pré-operatório por meio da avaliação prévia dos
artéria radial ou da artéria epigástrica inferior. exames do paciente e não tem correlação com a gravidade.

 Escolha do enxerto:  CRVM > indicação:


 Comprimento necessário para realizar a revascularização,  Casos em que há obstrução total ou parcial de pelo menos dois
 Diâmetro interno do enxerto (que deve possuir entre 2 e 3 mm), vasos coronarianos, com o intuito de aliviar os sintomas, proteger o
 Espessura da parede vascular (deve ser < 1 mm), miocárdio isquêmico e prolongar a vida do paciente.
 Ausência de placas ateroscleróticas, calcificações e/ou fibroses
 Preferência e habilidade do cirurgião.  Pode ser realizada com ou sem circulação extracorpórea
(CEC), cerca de 70% das CRVM são realização com utilização
de CEC.

CRVM – circulação extracorpórea (CEC) CRVM – circulação extracorpórea (CEC)


 Consiste de um conjunto de equipamentos e técnicas que  No momento da cirurgia, o paciente é submetido à anestesia geral e
substituem temporariamente as funções do coração e dos pulmões decidido se será ou não utilizado CEC.
durante a realização da CRVM
 O coração permanece parado e o cirurgião pode visualizar diretamente  É realizado punção da artéria radial, acesso venoso central, controle
as anormalidades a serem corrigidas durante a cirurgia.
do ritmo cardíaco por meio do monitor de eletrocardiograma e
colocação da sonda vesical.
 Todos os parâmetros hemodinâmicos, metabólicos e de troca gasosa
são controlados pelo sistema de CEC.
 Após a definição de qual vaso utilizar para realização da ponte, o
cirurgião realiza sua dissecção.
 Equipamento é composto por:  Em seguida, o cirurgião realiza uma esternotomia mediana
 Uma bomba (que substitui a função do coração), longitudinal de 12 a 14 cm.
 Um oxigenador (que substitui a função dos pulmões),  Cirurgias com uso de CEC > o cirurgião realiza a canulação atriocaval
 Bombas aspiradoras, para desvio do sangue e a canulação da aorta ascendente para o retorno
 Tubos, do sangue oxigenado, desviando assim, o sangue para o sistema CEC.
Após o desvio do sangue, é dada a parada cardíaca e iniciada colocação
 Reservatório de cardiotomia, cardioplegia, termopermutadores, do enxerto.
 Filtros e sistemas de ultrafiltração.

CRVM – sem circulação extracorpórea Reabilitação precoce no paciente infartado


 Utilizadas em pacientes que possuem doença pulmonar obstrutiva  Diretriz de Reabilitação Cardiovascular
crônica, insuficiência renal grave, distúrbios neurológicos e doenças
malignas.  Apenas 30% dos pacientes pós-infarto agudo do miocárdio
 Cirurgia é realizada com o coração batendo, são utilizados buscam por programas de reabilitação cardiovascular, sendo
estabilizadores de superfície, posicionamento corporal e técnicas que muitos desses pacientes abandonam o programa*
anestésicas que permitem intervir no coração sem que ter que pará-lo.
 Dura cerca de 4 a 6 horas, após o procedimento, o paciente é
encaminhado para uma unidade de terapia intensiva.  Encaminhamento do cardiologista para o programa de
reabilitação > habilidade do fisioterapeuta em transmitir
 Alguns riscos estão relacionados com a CRVM como presença de conhecimento e segurança ao paciente.
coágulos, hemorragias, parada cardíaca, acidente vascular cerebral e
infecções.
 Fisioterapia > Avaliação minuciosa > diagnóstico
 A recuperação pós-cirúrgica é demorada, lenta e dolorosa (devido à fisioterapêutico > protocolo de reabilitação.
secção do esterno).

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Exercícios Exercícios
 Com relação a aterogênese, ou seja, todo o processo de  As cardiopatias isquêmicas são divididas em agudas e
formação de uma placa aterosclerótica e viu que elas crônicas, ambas apresentam desequilíbrios entre a oferta
podem ser classificadas como placas ateroscleróticas e demanda de oxigênio. Como podemos distinguir a
estáveis e instáveis. Quais as características que te
angina instável da estável?
permite diferenciá-las?

 A isquemia cardíaca acontece devido a um desequilíbrio  A reabilitação cardiovascular tem sido indicada aos
entre a oferta e a demanda de oxigênio pelo músculo pacientes pós-infarto agudo do miocárdio e apresenta
cardíaco. Se a oferta é baixa ou o consumo é alto, diversos benefícios. Cite os benefícios que a RCV pode
diminuirá a quantidade de oxigênio para os proporcionar a estes pacientes.
cardiomiócitos. Descreva os fatores que podem diminuir
a oferta de oxigênio ao miocárdio.

Obrigada!

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