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➢ Fatores de risco:
➢ Mecanismo de formação:
Os vários fatores de risco modificam a funcionalidade do endotélio, tornando-o mais
permeável e ativo, facilitando a entrada de LDL oxidada para o espaço subendotelial, dando
origem ao processo aterosclerótico.
As três principais alterações que levam à formação de um trombo são chamadas de tríade
de Virchow:
Robbins
Um êmbolo é uma massa intravascular solta, sólida, líquida ou gasosa que é transportada
pelo sangue para um local distante do seu ponto de origem. Quase todos os êmbolos
representam uma parte de um trombo desalojado, por isso o termo tromboembolismo é
frequentemente utilizado. As formas raras de êmbolos incluem as gotículas de gordura, as
bolhas de nitrogênio, os detritos ateroscleróticos (êmbolos de colesterol), os fragmentos de
tumor, os fragmentos da medula óssea ou até mesmo corpos estranhos. Contudo, a menos
que especificados de outra forma, os êmbolos devem ser considerados de origem
trombótica.
Robbins
65% das dissecções têm início na aorta ascendente, 20%, na descendente, 10%, no arco e
5%, na aorta abdominal.
➢ Fisiopatologia:
O primeiro evento que ocorre na dissecção aguda de aorta é a ruptura da camada íntima,
fazendo com que o sangue passe através dessa ruptura alcançando a camada média e
criando um lúmen falso. Este lúmen falso aumenta de volume ao longo do tempo, para que
a parede se estenda e alcance a pressão necessária para comportar a pressão sanguínea
aórtica. Ao mesmo tempo, a luz verdadeira do vaso colaba devido à diferença nas pressões.
De acordo com a extensão da lesão, ocorre má perfusão dos ramos da aorta
toracoabdominal.
A dissecção pode se estender distalmente ou proximalmente, envolvendo a valva aórtica e
podendo entrar no espaço pericárdio ou em ramos arteriais. Nesses casos, podem ocorrer
manifestações como regurgitação aórtica, tamponamento cardíaco ou isquemia.
Existem algumas variantes das condições da dissecção aórtica, como por exemplo:
➢ Manifestações clínicas:
Os sintomas dependem da extensão da dissecção, assim como das estruturas afetadas. A
dor (de início súbito; com pico de intensidade inicial - rasgante, cortante ou
dilacerante; migratória) é a queixa mais comum (>90% dos casos), podendo ser torácica
ou dorsal; geralmente é intensa e abrupta, relatada como diferente de qualquer dor já
experimentada. A dor torácica ocorre de forma mais comum quando a dissecção é na aorta
ascendente, enquanto a dor nas costas está mais associada ao envolvimento da aorta
descendente. Em pacientes que relatam dor no abdome, deve-se suspeitar de
comprometimento vascular mesentérico.
A dissecção de aorta ascendente causa mais hipotensão, síncope e/ou choque, que está
associado ao tamponamento cardíaco, regurgitação aórtica, isquemia miocárdica ou
hemotórax/hemoperitônio.
Pode ocorrer o surgimento de um novo sopro diastólico associado a dor torácica aguda, o
que sugere uma regurgitação aórtica. Podem ocorrer déficits neurológicos focais
secundários à AVC.
➢ Diagnóstico:
O diagnóstico pode ser suspeitado pelas características clínicas do quadro, somado aos
fatores de risco do paciente, porém a confirmação é feita com imagens demonstrando
a dissecção (o falso lúmen e o lúmen verdadeiro).
Com relação à necropsia feita no IML, existem duas indicações clássicas previstas em lei
nos casos de:
- Morte comprovada ou supostamente violenta - resultante de trauma acidental,
homicídio ou suicídio- , os casos de morte comprovada ou supostamente decorrente
de intoxicação exógena e os casos de morte causada por suposto erro médico, em
especial se resultante de negligência ou má-fé; e
- Morte suspeita ou morte natural de pessoa não identificada.
http://www.rmmg.org/artigo/detalhes/609