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Prof.

Leandro Nobre
Fisiologia Vegetal
ABSORÇÃO
Ocorre a partir da zona pilífera das raízes e pode seguir por duas vias alternativas:
simplasto e apoplasto
Fisiologia Vegetal
CONDUÇÃO DA SEIVA BRUTA
Ocorre por meio dos vasos lenhosos (xilema) em um fluxo contínuo ascendente
(da raiz para as folhas).
Fatores que contribuem para a condução da seiva bruta
1) Capilaridade
Ocorre devido à adesão das moléculas de água, que fluem espontaneamente por
capilares, parando apenas quando o peso da coluna de água for maior que a adesão
dessas moléculas na coluna do vaso.

2) Pressão positiva da raiz


Está relacionada ao transporte ativo de sais para o
interior dos traqueídes do xilema da raiz, o que
provoca aumento da concentração osmótica em
relação à solução aquosa do solo. Com isso há
grande entrada de seiva bruta para cima.
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3) Transpiração
(Coesão-tensão ou Teoria de Dixon)

A atividade transpiratória corresponde a cerca


de 95% da absorção radicular o que gera uma
sucção (tensão) a partir das folhas, elevando a
coluna de água pelo xilema, que se mantém
contínua devido à coesão entre as moléculas
(coesão).

Segundo a teoria da coesão-tensão, portanto, os


processos de absorção e condução de seiva
bruta estão relacionados com a transpiração,
estabelecendo um elo entre solo-planta-
atmosfera.
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CONDUÇÃO DA SEIVA ELABORADA
Também denominada translocação, ocorre por meio dos elementos crivados
(floema) em um fluxo descendente e decrescente.
Teoria do fluxo em massa ou Teoria do fluxo por pressão

Segundo essa teoria, proposta por Ernst Munch


em 1972, a seiva elaborada move-se pelo floema,
ao longo de um gradiente decrescente de
concentração, desde o local onde é produzida
(concentração alta) até o local onde é consumida
(concentração baixa), por pressão osmótica.
Modelo de Munch

O açúcar produzido nas folhas passa por transporte ativo para o interior dos tubos
crivados. Com isso, a concentração nesse local aumenta e ocorre entrada de água
por osmose do xilema para o floema, o que “empurra” a seiva elaborada pelas
células do floema.
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Nos caules de Gimnospermas e Angiospermas dicotiledôneas, os vasos liberianos
localizam-se externamente aos vasos lenhosos. Assim, retirando-se um anel
completo ao redor do tronco de um caule (Anel de Malpighi), podemos notar após
algumas semanas que a periferia do tronco logo acima do corte fica aumentada.
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TRANSPIRAÇÃO
Corresponde a perda de água sob a forma de vapor que se processa por meio das
lenticelas (pequena porcentagem), da cutícula e principalmente dos estômatos.

Na folha, a transpiração cuticular é menos intensa do que


a estomática e independe do controle da planta,
obedecendo apenas fatores externos (condições
atmosféricas severas)

A transpiração estomática é a principal forma de


transpiração (90%) e é regulada pela planta, que
abre e fecha os estômatos, controlando a
quantidade de água liberada pela planta conforme
condições externas e internas.
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Movimentos estomáticos e fatores limitantes
A transpiração estomática depende do turgor das células estomáticas que
quando túrgidas, abrem os estômatos, e quando murchas fecha-os.

A atividade transpiratória é regulada pelos seguintes fatores:


Água (movimentos hidroativos)
Luz (movimentos fotoativos)
Concentração de CO2
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Movimentos hidroativos
Com o suprimento hídrico insuficiente, as células-guardas perdem água para as
células adjacentes e conseqüentemente perdem o turgor, fechando o ostíolo. Essa
atividade é regulada pelo hormônio ácido abscísico.

ácido abscísico

K+

K+
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FOTOSSÍNTESE X RESPIRAÇÃO
A planta utiliza parte dos produtos da fotossíntese como fonte de energia para o
funcionamento de suas células. Isso ocorre por meio da respiração celular.
Durante o dia a planta faz fotossíntese e respira, enquanto que a noite apenas
respira. Do equilíbrio desses dois processos depende em grande parte o
crescimento e o desenvolvimento da planta.

Ponto de Compensação Fótico (P.C.F.)

Corresponde na intensidade luminosa na


qual a taxa de fotossíntese se iguala à
taxa de respiração. Nessa intensidade de
luz, os produtos da fotossíntese são
prontamente consumidos na respiração e
vice-versa.
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Conforme o P.C.F. as plantas classificam-se em: umbrófilas (têm baixo P.C.F.) e
heliófilas (têm alto P.C.F.)
Fatores que regulam a taxa de fotossíntese
Concentração de CO2
Luminosidade
Temperatura

Plantas de metabolismo CAM (Crassulacean Acid Metabolism)


Algumas plantas adaptadas a ambientes de clima
seco, mantêm seus estômatos fechados durante o
dia e abertos durante a noite. Armazenam CO2 a
noite, sob a forma de ácidos carbônicos e os
degradam durante o dia para a fotossíntese.
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EFEITOS DA LUZ SOBRE O DESENVOLVIMENTO
Os principais efeitos morfogenéticos da luz referem-se à germinação da semente,
ao estiolamento versus desenvolvimento normal e à floração. Todos estes estão
relacionados à captação da luz por um pigmento azul-esverdeado, denominado
fitocromo.
O fitocromo ocorre sob duas formas: uma inativa chamada fitocromo R e outra
ativa, chamada fitocromo F.
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Luz e germinação das sementes
O efeito da luz na germinação das sementes é denominada fotoblastismo;

Algumas sementes só germinam na presença de luz (fotoblásticas positivas),


enquanto outros têm germinação inibida pela luz (fotoblásticas negativas)

Luz e estiolamento
Estiolamento é o conjunto de características
apresentadas por uma planta que cresce e se
desenvolve no escuro.

Principais características:
- ausência de clorofila;
- folhas pequenas;
- caule muito longo e
- ápice caulinar em forma de gancho.
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Luz e floração: fotoperiodismo
Fotoperiodismo são respostas biológicas relacionadas com a duração do dia e da
noite, duração esta que varia ao longo das estações do ano. As plantas percebem
essas variações por meio do fitocromo e têm a floração influenciada por elas.

Classificação das plantas quanto ao fotoperiodo crítico


Plantas neutras: florescem independentemente da duração da noite. Ex: tomate,
feijão e milho.

Plantas de dias curtos (PDC): florescem quando são submetidas a períodos de


escuro iguais ou maiores que determinado valor crítico. Ex: picão, crisântemo e
prímula.

Plantas de dias longoa (PDL): florescem quando submetidas a períodos de escuro


inferior ao fotoperíodo crítico. Ex: espinafre, alface, trigo e cevada.
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HORMÔNIOS VEGETAIS
AUXINAS (Ácido-Indolil-Acético)
É sintetizado no meristema apical, em folhas jovens e em sementes, transportado de
forma polarizada através dos parênquima que rodeiam os vasos condutores.

Principais efeitos da auxina na planta

Produção de raízes adventícias


Formação de frutos
Abscisão foliar
Dominância Apical
Crescimento do caule e da raiz
Tropismos
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Principais tipos de tropismos
Fototropismo: corresponde ao efeito da
luz no crescimento do caule.

O fototropismo é positivo no caule e


negativo na raiz.

Geotropismo ou graviotropismo: corresponde ao efeito da gravidade no


crescimento da raiz que possui geotropismo positivo, enquanto que o caule tem
geotropismo negativo..
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Quimiotropismo: corresponde ao efeito de substâncias químicas no
crescimento de estruturas. Ex: germinação do tubo polínico

Tigmotropismo: corresponde ao
crescimento do caule de algumas
plantas em função de um contato físico
ou mecânico.

Outros movimentos vegetais


Nastismos: São movimentos não orientados que ocorrem segundo um determinado
padrão, dependendo apenas da organização dos tecidos e dos órgãos que reagem.
Os principais casos de nastismos são: fotonastismo, tigmonastismo e
termonastismo.
Tactismos: São movimentos de deslocamento orientados por agentes externos.
Assim como os tropismos, podem ser positivos ou negativos. Os principais casos de
tactismos são: fototactismo, quimiotactismo e aerotactismo.
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Quimionastismo Termonastismo Tigmonastismo Fotonastismo

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