EQUILIBRIUM VESTIBULARES – CIÊNCIAS DA NATUREZA - BOTÂNICA – ENEM – 2021
PROFESSOR – ERINALDO SILVA – FISIOLOGIA VEGETAL
A FISIOLOGIA VEGETAL
As Pteridófitas, as Gymnospermas e as Angiospermas
são plantas vasculares, dotadas de um sistema especializado
de transporte. Esse sistema, permitindo, por exemplo, um
rápido deslocamento de água pelo corpo vegetal, contribui
para a adaptação da planta à vida terrestre.
Água e sais minerais
Água e sais minerais constituem os nutrientes minerais da
plantas. Nas plantas terrestre em geral, a água e os minerais
são absorvidos do solo, que, portanto, abriga a nutrição
mineral do vegetal. O órgão-sede da absorção é a raiz, que
também promove a fixação da planta no solo.
Nutrição orgânica x nutrição mineral
Por meio da fotossíntese, as plantas produzem a matéria
orgânica necessária para construir seus corpos e para obter a
energia metabólica. Esse processo é denominado nutrição
orgânica.
Além de água, as plantas retiram do solo sais minerais,
necessários por conter elementos químicos essenciais ao
organismo vegetal. A absorção de sais minerais pelas plantas
constitui sua nutrição mineral
Macronutrientes e Micronutrientes
O gás carbônico, a água e os sais minerais fornecem às
plantas todos os elementos químicos necessários à síntese
das substâncias que compõem seu corpo e ao funcionamento
das células. Alguns elementos são necessários em
quantidades relativamente grande: Os macroelementos e
outros são necessários em quantidades pequenas: os
microelementos
Elementos químicos essenciais às plantas
Por ordem de requerimento; segundo Taiz e Zeiger, 2002
Hidroponia
Os conhecimentos sobre a nutrição vegetal permitiram
concluir que as plantas poderiam se desenvolver na ausência
de solo, desde que suas raízes estivessem mergulhadas em
uma solução aquosa com os nutrientes minerais necessários.
A aplicação desses conhecimentos levou ao desenvolvimento
de um interessante método de cultivo: a Hidroponia,
empregada na produção comercial de hortaliças.
Adubação
Nos ambientes naturais e a decomposição dos seres vivos
devolvem ao solo os elementos retirados pelas plantas, o que
possibilita sua constante reciclagem. Em um campo de cultivo,
porém a situação é diferente, pois as plantas são removidas,
inteiras ou em parte, e utilizadas como alimento pelas pessoas
ou por animais domésticos. Com isso, o solo vai
gradativamente empobrecendo em elementos químicos
essenciais, exigindo, portanto o uso de adubos, ou
fertilizantes, que podem ser de dois tipos: orgânicos e
inorgânicos
Adubos inorgânicos
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Os adubos inorgânicos são compostos produzidos industrialmente
que contêm, em geral, sais minerais constituídos de três
macroelementos químicos: nitrogênio, fósforo e potássio.
Adubos orgânicos
Os adubos orgânicos são constituídos por restos ou partes de
animais ou de plantas, como fezes e sobras de alimentos.
Muitos agricultores adubam o solo cultivando plantas leguminosas
e deixando-as apodrecer no campo, processo conhecido como
adubação verde.
Absorção de água e sais pelas plantas
Água e sais minerais penetram na planta pelas extremidades das
raízes, principalmente na zona dos pêlos absorventes, em que as
paredes das células são altamente permeáveis. Depois de
atravessar a epiderme, a água e os sais nela dissolvidos
deslocam-se para a região central da raiz.
A água e os sais podem passar pelos espaços externos às
membranas celulares: O Apoplasto, ou através dos citoplasmas
das células epidérmicas e corticais: O Simplasto.
Os termos apoplasto e simplasto foram proposto pelo botânico
alemão Ernest Munch em 1930.
ANATOMIA DA RAIZ
 Coifa: tecido que protege a ponta da raiz. É formada de um
tecido denominado caliptrogênio
 Zona de multiplicação: Zona do meristema 1º, tecido com
grande capacidade mitótica
 Zona de alongamento: Zona as células armazenam nutrientes
e alongam
 Zona pilífera ou de absorção: Zona onde ocorre a absorção
de nutrientes
 Zona de ramificação: zona onde ocorre a formação das raízes
laterais
FISIOLOGIA DA RAIZ
A raiz absorve sais do solo por transporte ativo, tornando-
se hipertônica em relação ao solo. Com isso, a água entra nas
células por osmose. Essa entrada de água junto com sãos gera
uma pressão – a pressão de raiz – que empurra a seiva para cima
pelos vasos lenhosos da planta.
No entanto, essa pressão de raiz não é suficientemente
forte para levar água ao topo de árvores altas. Além disso, muitos
vegetais não desenvolvem uma pressão de raiz significativa.
Entra em jogo, então, outra força, causada pela
transpiração nas folhas e que é o fator mais importante nessa
subida. Para que a planta efetue uma boa fotossíntese, os
estômatos das folhas devem abrir-se, ocorrendo, então uma
inevitável perda de água por transpiração. Como consequência, a
células das filhas tornam-se mais concentradas e, por osmose,
absorvem água dos vasos lenhosos próximos, juntamente com
sais minerais. Essa absorção de água cria uma constante tensão
na coluna líquida, puxando- a para cima. Como a água faz pontes
de hidrogênio entre as moléculas mantêm a coesão entre as
moléculas de água, fazendo com que a coluna líquida forme uma
rede tridimensional contínua e não se arrebente. A Absorção de
água do solo pelas raízes repõe a quantidade perdida na
transpiração e garante a continuidade desse processo. Essa teoria
recebeu o nome de teoria da tensão ou teoria de Dixon.
TRANSPORTE DE SEIVA BRUTA (ÁGUA E MINERAIS)
RELEMBRE!!! - As células da zona de absorção absorvem
minerais por transporte ativo e tornam-se hipertônica, assim elas
absorvem água por osmose . A força osmótica faz com que água
e minerais penetre na raiz, alcance o xilema e seja impulsionada
até dois metros acima do nível do solo (pressão de raiz ou teoria
de Dixon).
Os estômatos e o controle da transpiração
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O estômato é formado por duas células clorofiladas em
forma de rins: as células-guardas. A entrada de água provoca
mudanças na forma dessas células; com isso, abre-se u
espaço entre elas. Esse espaço é chamado ostíolo. Na perda
de água, as células-guardas murcham e o ostíolo se fecha.
A absorção de água pelas células-guardas é resultado
da entrada de íons potássio (K+) através de um transporte
ativo da membrana. Quando a célula acumula potássio, sua
pressão osmótica aumenta e, por osmose, ela absorve água
das células vizinhas. Se o transporte ativo é interrompido, o
potássio acumulado sai por difusão, a pressão osmótica
diminui e a célula perde água. Os fatores que estimulam a
entrada e saída do íon potássio e, consequentemente a
abertura e fechamento dos estômatos são a luz, a
concentração de gás carbônico e o grau de hidratação da
planta.
Os estômatos normalmente estão abetos de dia e
fechados e noite. A absorção de energia luminosa estimula o
transporte ativo do íon potássio, que se acumula na célula.
Sem a luz, não há transporte ativo de potássio e esse íon, que
estava concentrado dentro da célula, sai, provocando o
fechamento do estômato.
Quando as células do parênquima clorofiliano perdem
água, elas secretam um hormônio – o ácido abscísico – que
inibe o transporte ativo do íon potássio, fechando o estômato.
Já a baixa concentração de gás carbônico na folha estimula o
transporte ativo do íon potássio e a abertura do estômato.
O efeito do ácido abscísico supera o estímulo de
abertura provocado pela luz e pela baixa concentração de gás
carbônico. Isso garante que, na iminência de uma
desidratação, o estômato se feche. Com o fechamento do
estômato, a transpiração passa a ocorrer apenas pela cutícula
e a perda de água é muito pequena.
RELEMBRANDO!!! - A anatomia do estômato
 O estômato é um anexo da epiderme formado de
duas células anexas e duas células guardas.
 As células guardas absorvem potássio por transporte
ativo e tornam – se hipertônicas, absorvendo água
por osmose
 A entrada de água nas células faz o estômato abrir
 Ocorre uma inevitável perda de água para a
atmosfera na forma de vapor
 Como a água faz ponte de hidrogênio, forma-se uma
coluna de água que vai desde a raiz até a folha
 Esse processo é denominado força de tensão e
coesão
Nas plantas de clima úmido, em que a saída de vapor de água
pelos estômatos é difícil, encontramos na borda da folha
pequenas aberturas, os hidatódios, que eliminam água na
forma líquida. Esse fenômeno, chamado gutação ou
sudação, pode ser considerado excreção uma vez que o
excesso de água não desempenha nenhuma função na
planta. A sudação ocorre também em dias nublados, quando o
estômato não abre completamente. Assim, parte da água
impulsionada pelas raízes é eliminada pelos hidatódios.
OBS- A perda de água em decorrência de uma lesão
traumática, por exemplo um corte em uma galho, é
denominada: exsudação
Fatores que controlam o estômato
 LUZ = estômato abre
 [CO2] = quando baixa = estômato abre
 Grau de hidratação = Quando uma célula perde
muita água e começa a desidratar, ela secreta o ácido
abscísico que bloqueia a absorção de potássio, causando o
fechamento do estômato.
CONFIE NO EQUILIBRIUM, NÓS CONFIAMOS EM VOCÊ!!!
- Quando estômato fecha a célula continua perdendo uma
quantidade mínima de água através da cutícula
- Se o estômato estiver permanentemente fechado, a planta morre
devido a falta de CO2 para a fotossíntese.
Importância da transpiração
- Perda do excesso de calor
- Manutenção do equilíbrio térmico corporal
- Absorção de CO2
- Liberação do O2
O transporte de seiva orgânica
A matéria orgânica produzida na folha deverá ser
distribuída para as partes da planta que não fazem fotossíntese,
como raízes, caules, flores e frutos. Esse transporte é realizado
pelos vasos liberianos (floema), indo da fonte produtora de seiva
orgânica para a fonte consumidora.
No mesófilo da folha, a fotossíntese produz glicose e outros
glicídios. Nessas células, forma-se sacarose, que se difunde pelas
células do parênquima clorofiliano até o floema. Lá, é absorvida
por transporte ativo das células companheiras dos vasos liberianos
e passa para o interior da célula do vaso. Com a chegada da
sacarose, a célula do aso aumenta a sua pressão osmótica e
absorve água do xilema vizinho.
A entrada de sacarose e água no vaso do órgão produtor
(folha) provoca um aumento do volume da seiva dentro do vaso,
aumentando a pressão da água. Observe que se trata da pressão
da um líquido dentro de um vaso, ou seja, de uma pressão
hidrostática, e não de uma pressão osmótica.
Na outra extremidade do floema, onde está o órgão
consumidor, o fluxo se faz no sentido contrário: as células
companheiras bombeiam a sacarose do vaso liberiano para as
células do órgão consumidor – um fruto ou uma raiz, por exemplo.
Com a saída da sacarose, a célula do vaso diminui a sua pressão
osmótica e, portanto, perde água para o órgão consumidor.
Consequentemente, a pressão hidrostática nessa região diminui.
Assim, a seiva se move da região onde a pressão hidrostática é
mais alta para onde essa pressão é menor. Essa teoria para a
seiva elaborada é conhecida como teoria do fluxo de pressão.
Anel de Malpighi
Os vasos liberianos estão situados mais próximos à
superfície do caule, na parte interna da casca. Se fizermos um
corte em anel nessa casa, o floema e a parte abaixo do corte
deixam de receber seiva orgânica, o que provocará a morte de
suas células por falta de nutrientes. De fato, um corte no tronco
acaba provocando a morte da planta, uma vez que suas raízes
morrem por falta de seiva orgânica. Essa experiência, realizada
inicialmente pelo biólogo italiano Marcelo Malpighi, em meados do
século XVII, demonstra o papel do floema no transporte de seiva
orgânica. Em homenagem ao cientista, a experiência foi chamada
de anel de Malpighi.