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COLÉGIO TOBIAS DE AGUIAR

BIOLOGIA

GABRIELLA FERREIRA DA SILVA

TRABALHO DE BIOLOGIA

SÃO PAULO- SP
2023
Movimentos Vegetais
Os movimentos vegetais são respostas direcionadas e adaptativas exibidas pelas plantas em
relação a estímulos externos ou internos. Esses movimentos são uma parte fundamental da
vida das plantas, pois lhes permitem otimizar sua capacidade de sobrevivência e crescimento,
ajustando seu comportamento de acordo com as condições ambientais.
As plantas não são capazes de se locomover como os animais, mas têm a capacidade de
realizar uma variedade de movimentos específicos em resposta a diferentes estímulos.

-Tropismo
O tropismo é um fenômeno fundamental nos movimentos vegetais, no qual as plantas
respondem de maneira direcional a estímulos ambientais. Esses movimentos permitem que as
plantas otimizem seu crescimento e adaptem-se às condições ao seu redor. Dois exemplos
comuns de tropismos incluem o fototropismo, onde as plantas se movem em resposta à luz, e
o geotropismo, onde as plantas respondem à gravidade. Esses mecanismos demonstram a
capacidade das plantas de interagir dinamicamente com o ambiente para seu benefício.

Fototropismo: O fototropismo é o movimento das plantas em resposta à luz. Quando as


plantas exibem fototropismo positivo, seus órgãos, como caules e folhas, crescem em direção
à fonte de luz. Isso ocorre porque as células do lado oposto à fonte de luz se alongam mais
rapidamente, fazendo com que a planta se incline na direção da luz. Por outro lado, o
fototropismo negativo ocorre quando as plantas crescem longe da luz.

Geotropismo: O geotropismo, também conhecido como gravitropismo, é o movimento das


plantas em resposta à gravidade. O caule das plantas exibe geotropismo negativo, o que
significa que cresce na direção oposta à gravidade, para cima. As raízes, por outro lado,
exibem geotropismo positivo, crescendo na direção da gravidade, em direção ao solo. Esse
comportamento ajuda as plantas a estabelecer uma base sólida no solo para absorver
nutrientes e água.

-Nastismo
O nastismo é um tipo especializado de movimento vegetal que não é direcionado por um
estímulo externo específico, como luz, gravidade ou toque. Em vez disso, é uma resposta
rápida e temporária a estímulos internos ou variações no estado da planta. Esse movimento
não é direcionado de maneira previsível e não segue uma trajetória fixa em relação ao
estímulo.

Nastismo por turgescência: Esse tipo de nastismo ocorre em resposta a mudanças na pressão
da água nas células da planta. Um exemplo notável é o movimento de certas plantas
carnívoras, como a Dionaea muscipula, também conhecida como planta carnívora "Dioneia"
ou "Dente de Leão". Quando um inseto entra em contato com as estruturas sensoriais da
planta, como as "presas" em suas folhas, a planta fecha rapidamente suas armadilhas em uma
fração de segundo devido à perda súbita de pressão da água nas células, capturando o inseto
para digestão.

Nastismo por variação de temperatura: Algumas plantas exibem nastismo em resposta a


variações de temperatura. Por exemplo, as flores de certas espécies de plantas, como a flor de
Maranta, exibem um tipo de nastismo conhecido como termonastismo. As flores da Maranta
se abrem durante o dia, quando a temperatura aumenta, e se fecham à noite, quando a
temperatura diminui. Esse movimento ajuda a proteger as partes reprodutivas da planta dos
danos causados pelo frio durante a noite.

-Tactismo
O tactismo é um tipo de movimento vegetal que ocorre em resposta ao toque ou ao contato
físico com objetos ou organismos externos. Diferente dos tropismos, que são respostas a
estímulos direcionados, como luz ou gravidade, o tactismo envolve uma reação temporária e
localizada a estímulos táteis. As plantas podem exibir o tactismo em suas partes sensíveis,
como folhas ou caules, quando são tocadas, acariciadas ou de alguma forma estimuladas
mecanicamente. Esse movimento permite que as plantas respondam a interações físicas com o
ambiente, o que pode ser importante para sua sobrevivência e adaptação.

Tactismo por toque: Muitas plantas têm folhas que se fecham ou se retraem quando são
tocadas ou agitadas. Um exemplo notável é a planta sensitiva, também conhecida como
Mimosa pudica. Quando as folhas da planta sensitiva são tocadas, elas rapidamente se fecham
como uma resposta ao estímulo tátil. Esse mecanismo pode ser uma adaptação para proteger a
planta contra predadores, como insetos herbívoros.
Tactismo por suporte: Algumas plantas têm a capacidade de enrolar seus caules ou folhas
em torno de objetos ou estruturas físicas, como suportes ou grades, quando entram em contato
com eles. Um exemplo é a hera, que pode envolver seus caules ao redor de um poste ou
parede à medida que cresce, usando o suporte como um guia para alcançar a luz solar e
otimizar o espaço de crescimento.

Ciclos Biogeoquímicos
Os ciclos biogeoquímicos são processos naturais que envolvem a circulação e reciclagem de
elementos químicos essenciais, como carbono, nitrogênio, oxigênio, fósforo e outros, entre os
componentes bióticos (seres vivos) e abióticos (componentes não vivos) do ecossistema.
Esses ciclos desempenham um papel fundamental na manutenção da vida na Terra, pois
garantem que os nutrientes necessários para o crescimento e o funcionamento dos organismos
sejam continuamente disponíveis. Cada ciclo biogeoquímico envolve processos de absorção,
assimilação, liberação e reciclagem de elementos químicos, formando uma rede
interconectada que sustenta a biosfera e o equilíbrio ecológico. Esses ciclos incluem o ciclo
do carbono, ciclo do nitrogênio, ciclo da água, ciclo do fósforo, entre outros, e são essenciais
para a saúde dos ecossistemas e do planeta como um todo.

-Água
O ciclo da água, também conhecido como ciclo hidrológico, é um dos ciclos biogeoquímicos
mais fundamentais e essenciais para a vida na Terra. Ele descreve o movimento contínuo da
água através dos diversos compartimentos da Terra, incluindo a atmosfera, os oceanos, a
superfície terrestre e os organismos vivos. Aqui está uma explicação simplificada do ciclo da
água:

Evaporação: O ciclo começa quando a energia solar aquece a superfície da Terra, fazendo
com que a água dos oceanos, rios, lagos e outros corpos de água se evapore na forma de vapor
de água. Esse vapor sobe na atmosfera.

Condensação: À medida que o vapor de água sobe na atmosfera, ele esfria e se condensa em
pequenas gotas de água, formando nuvens. As nuvens são compostas por essas gotículas de
água.
Precipitação: Quando as gotas de água nas nuvens se acumulam e se tornam grandes o
suficiente, a precipitação ocorre na forma de chuva, neve, granizo ou outros tipos de
precipitação. A água retorna à superfície terrestre.

Escoamento e Infiltração: A água que atinge a superfície terrestre tem várias opções. Parte
dela flui sobre a superfície na forma de escoamento superficial, seguindo rios e córregos,
eventualmente chegando aos oceanos. Outra parte da água infiltra no solo, recarregando os
aquíferos subterrâneos.

Transpiração e Evapotranspiração: As plantas absorvem água do solo por meio de suas


raízes e a liberam na atmosfera através de um processo chamado transpiração. Além disso, a
combinação da evaporação da água diretamente da superfície terrestre e da transpiração das
plantas é chamada de evapotranspiração.

Retorno à Atmosfera: A água que entra nos rios e lagos, bem como a água subterrânea que
alimenta nascentes, eventualmente retorna à atmosfera por meio da evaporação e transpiração.
Esse processo completa o ciclo da água.

O ciclo da água é contínuo e equilibrado, garantindo que a água esteja disponível para
abastecer os ecossistemas terrestres e aquáticos, sustentar a vida e atender às necessidades
humanas.

-Carbono
O ciclo do carbono é outro ciclo biogeoquímico fundamental que descreve o movimento do
elemento carbono na biosfera, geosfera, hidrosfera e atmosfera. Aqui está uma explicação
simplificada do ciclo do carbono:

Fixação de Carbono: O ciclo do carbono começa com a fixação de carbono atmosférico


pelas plantas durante a fotossíntese. As plantas retiram dióxido de carbono (CO2) da
atmosfera e o transformam em compostos orgânicos, como glicose, que são usados como
fonte de energia e para o crescimento.

Transferência para a Cadeia Alimentar: Os animais herbívoros se alimentam das plantas,


incorporando o carbono em seus próprios tecidos. Os carnívoros, por sua vez, obtêm o
carbono ao se alimentar de animais herbívoros. Isso transfere o carbono da planta para a
cadeia alimentar.

Respiração: Tanto plantas quanto animais realizam a respiração celular, liberando CO2 de
volta à atmosfera como resultado da quebra dos compostos orgânicos para obtenção de
energia.

Decomposição: Organismos decompositores, como fungos e bactérias, desempenham um


papel crucial no ciclo do carbono. Eles decompõem materiais orgânicos mortos, liberando
CO2 no processo. Isso completa o ciclo do carbono na terra.

Ciclo Aquático: O carbono também está presente nos oceanos. As trocas de CO2 entre a
atmosfera e os oceanos ocorrem através da dissolução direta de CO2 e do processo de
fotossíntese realizado por organismos marinhos, como as algas.

Fósseis e Combustíveis Fósseis: Uma parte do carbono orgânico pode ser enterrada e se
transformar em combustíveis fósseis ao longo de milhões de anos. Quando queimamos
combustíveis fósseis, como carvão, petróleo e gás natural, liberamos CO2 na atmosfera,
contribuindo para o aumento do efeito estufa e as mudanças climáticas.

O ciclo do carbono é essencial para a vida na Terra, pois o carbono é um componente


fundamental das moléculas orgânicas que formam os blocos de construção da vida.

-Oxigênio
O ciclo do oxigênio descreve a circulação e a transformação do elemento oxigênio (O2) na
biosfera, atmosfera, hidrosfera e geosfera. É essencial para a respiração de organismos
aeróbicos e desempenha um papel fundamental na manutenção da vida na Terra. Aqui estão
os principais componentes do ciclo do oxigênio:

Produção de Oxigênio: A principal fonte de produção de oxigênio na Terra é a fotossíntese


realizada por plantas, algas e algumas bactérias. Durante a fotossíntese, esses organismos
convertem dióxido de carbono (CO2) e água (H2O) em glicose (C6H12O6) e oxigênio (O2),
liberando o O2 na atmosfera.
Consumo de Oxigênio: O oxigênio é consumido por organismos aeróbicos (que requerem
oxigênio para a respiração) durante a respiração celular. Isso inclui plantas, animais e muitos
microorganismos.

Trocas Atmosféricas: O oxigênio é trocado entre a atmosfera e os organismos vivos através


da respiração e da fotossíntese. Esse processo é crucial para manter a concentração de O2 na
atmosfera.

Ciclo Aquático: A dissolução de oxigênio nos corpos d'água é importante para a


sobrevivência de organismos aquáticos. Os oceanos, lagos e rios absorvem oxigênio
atmosférico e liberam O2 dissolvido na água. A fotossíntese realizada por algas e fitoplâncton
também contribui para a produção de oxigênio nos oceanos.

Decomposição: A decomposição de matéria orgânica morta por bactérias e fungos consome


oxigênio durante o processo. Isso pode levar à diminuição do oxigênio dissolvido em
ecossistemas aquáticos, o que é particularmente crítico em áreas com acúmulo de matéria
orgânica, como pântanos.

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