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PREFEITURA MUNICIPAL DE VILA VELHA/ ES

SECRETARIA MUNICPAL DE MEIO AMBIENTE

PROGRAMA DE REQUALIFICAÇÃO URBANA E


MELHORIAS AMBIENTAIS EM VILA VELHA ES

“VILA VELHA VIDA NOVA”

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL DO


PROGRAMA
- Identificação de Impactos Ambientais -
- Licenciamento Ambiental -
- Plano de Gestão Ambiental e Social -

FONPLATA
Banco de Desenvolvimento

VILA VELHA
SETEMBRO 2022
Revisado

Relatório de Avaliação Ambiental – Programa de Requalificação Urbana e Melhorias Ambientais em Vila Velha ES.
PREFEITURA MUNICIPAL DE VILA VELHA/ ES
SECRETARIA MUNICPAL DE MEIO AMBIENTE

PROGRAMA DE REQUALIFICAÇÃO URBANA E MELHORIAS


AMBIENTAIS EM VILA VELHA ES

“VILA VELHA VIDA NOVA”

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL DO PROGRAMA

Controle de Alterações:
Versão Data Descrição
Revisão 0 Agosto de 2020 Apresentada ao FONPLATA
Revisão 1 Setembro de 2022 Revisão da gestão e do escopo de obras do Programa:
- Item 3: descrição das obras;
- Item 4.3.2: abrangência/alcance do Programa após
alteração do escopo;
- Item 6.1: grupos de obras licenciáveis;
- Quadro 02: obras e enquadramento das licenças;
- alteração do órgão executor das obras e requerente das
licenças de SEMOB para SEMOPE, onde houver, em
especial, no item 6.2 e seus fluxos;
Melhorias gerais:
- Item 4.3: acréscimo de destaques ao Plano de
Comunicação Socioambiental das Obras;
- Item 6.3: acrescidos parágrafos 3º ao 6º;
- Acrescido último parágrafo ao subitem 3.8 do referencial
de PGAS, item 6.3;
- Acrescido item 6.4 sobre monitoramento, supervisão e
fiscalização das obras.

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Equipe Técnica
Elaboração (2020):
José Vicente de Sá Pimentel
Secretário Municipal de Meio Ambiente

Marjorye Boldrini da Silva


Subsecretária - Bióloga, Mestre Engª Ambiental

Giovana Martinelli Simões


Coord. Licenciamento Ambiental - Engª Civil, Mestre Engª Ambiental

Aline Sartório
Analista Ambiental - Tecnóloga em Saneamento, Especialista em Gestão Ambiental

Equipe revisora (setembro/2022)

Giancarlo Bissa Marchezi


Coordenador Técnico da UGP - SEMOPE

Vanderlúcia Coelho Salles


Assessora Técnica da SEMOPE – Engª Sanitarista e Ambiental

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 4
2. O MUNICÍPIO DE VILA VELHA ................................................................................................ 6
3. O PROJETO ................................................................................................................................. 8
4. IDENTIFICAÇÃO, AVALIAÇÃO E MEDIDAS DE MITIGAÇÃO DOS IMPACTOS
AMBIENTAIS, SOCIOECONÔMICOS E PLANO DE COMUNICAÇÃO SOCIOAMBIENTAL9
4.1 IMPACTOS AMBIENTAIS ................................................................................................... 9
4.2 IMPACTOS SOCIOECONÔMICOS ................................................................................ 15
4.3 PLANO DE COMUNICAÇÃO SOCIOAMBIENTAL ....................................................... 17
5. REQUISITOS LEGAIS AMBIENTAIS APLICÁVEIS ........................................................... 20
6. LICENCIAMENTO AMBIENTAL ............................................................................................. 23
6.1 LICENCIAMENTO MUNICIPAL AMBIENTAL ............................................................... 24
6.2 FLUXO E TRAMITAÇÃO DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL
DAS OBRAS. .................................................................................................................................. 32
6.3 PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL DA OBRA (PGAS) ............................ 34
6.4 MONITORAMENTO, SUPERVISÃO E FISCALIZAÇÃO ............................................. 45
7 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES ................................................................................... 48
7.1 CONCLUSÃO ..................................................................................................................... 48
7.2 RECOMENDAÇÕES.......................................................................................................... 48

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1. INTRODUÇÃO

A análise dos impactos ambientais em áreas urbanas tornou-se fundamental para o


planejamento, desenvolvimento e ordenamento das cidades, uma vez que a expansão
da sociedade atual propõe um modelo de uso e ocupação do solo que se apropria do
espaço geográfico por meio da utilização dos recursos naturais em grande proporção.
Baseado nesse modelo de desenvolvimento, observa-se a crescente demanda por
espaços ainda não ocupados, assim, áreas que deveriam ser amplamente
preservadas devido à função ambiental passam a serem degradadas de forma
irreparável. Como consequência, o somatório dessas intervenções acarreta diversos
problemas ambientais urbanos, como inundações, proliferação de doenças veiculadas
a água, despejo de efluentes sanitários nos corpos hídricos, deslizamentos de terra,
enchentes, aumento do escoamento superficial, industrias, dentre outros. Algumas
ações humanas não consideram nem mesmo os riscos que podem ocorrer com as
próprias pessoas que realizam a ocupação irregular, que por vezes se apropriam de
espaços às margens de córregos e rios ou encostas. De maneira geral, tem-se um
contexto que faz com que as cidades tenham que se reinventar por meio de um uso e
manejo distintos do espaço.

Considerando o acima exposto, torna-se imprescindível que as políticas públicas que


estruturam os mecanismos de gestão e regulam as atividades urbanas cotidianas, tais
como o zoneamento urbano, o transporte, as obras públicas e privadas, o setor de
energia, o saneamento e a gestão dos recursos hídricos, sejam periodicamente
revisadas a fim de reduzir os impactos ambientais negativos. Entre as inúmeras
alternativas propostas de melhorias e amenização dos impactos ambientais negativos
destaca-se a criação de oportunidades construtivas que visam aumentar a atratividade
da área metropolitana, conciliando-a com a adoção de medidas mitigáveis para
redução desses impactos.

Portanto, o presente documento se propõe a apresentar de forma sintética as


intervenções planejadas pela Prefeitura Municipal de Vila Velha (PMVV), no âmbito

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do Programa de Requalificação Urbana e Melhorias Ambientais em Vila Velha ES, a


partir da assinatura do financiamento com o FONPLATA, e descrever os impactos
socioambientais ocasionados por essas intervenções, bem como propor medidas de
mitigação correspondentes.

O projeto trará um impacto extremamente positivo do ponto de vista socioambiental


devido a melhorias em vias de circulação já existentes, criará áreas de convivência,
ampliará a malha de ciclovia, incentivará a visitação e educação ambiental nas
unidades de conservação, ampliará as áreas de recreação e fomentará o turismo
ambiental.

No que diz respeito aos impactos negativos, entende-se que são todos de intensidade
baixa ou média, temporários e reversíveis, considerando que serão adotadas as
medidas mitigadoras sugeridas neste documento.

Este documento está estruturado em 07 (sete) capítulos, a saber:


- Este Capítulo 01, que apresenta o documento;
- O Capítulo 02, que trata da caracterização do Município de Vila Velha;
- O Capítulo 03, que trata da caracterização do Programa de Requalificação
Urbana e Melhorias Ambientais em Vila Velha ES;
- O Capítulo 04, que relaciona os impactos ambientais e sociais estimados e as
medidas de mitigação e de controle identificadas preliminarmente;
- O Capítulo 05, que traz a legislação ambiental aplicável;
- O Capítulo 06, que expõe acerca do processo de licenciamento ambiental,
incluindo tanto o disposto no nível federal, quanto no nível municipal. O Capítulo 06
também demonstra a estrutura a ser seguida para a elaboração do Plano de Gestão
Ambiental e Social da Obra (PGAS), contendo itens introdutórios do documento;
diretrizes para as ações a serem estruturadas em Programas, no modelo de ficha
proposto pelo FONPLATA e; itens de conclusão dos Planos;
- O Capítulo 07, com as conclusões e recomendações finais deste Relatório.

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2. O MUNICÍPIO DE VILA VELHA

Vila Velha é o mais antigo município do estado do Espírito Santo e a segunda cidade
mais antiga do Brasil. Foi fundada em 23 de Maio de 1535 com o nome de Vila do
Espírito Santo pelo português Vasco Fernandes Coutinho, donatário da Capitania do
Espírito Santo, e foi sede da capitania até 1549 quando esta foi transferida para
Vitória, e o município passou a ter o nome atual. A ocupação do município foi bem
lenta até o ano de 1951, já nas décadas seguintes, grandes obras de infraestrutura
contribuíram para o crescimento do Município, como a conclusão da rodovia Carlos
Lindenberg, a construção da Rodovia do Sol ao longo do litoral na década de 70, e a
construção da Ponte Castelo Mendonça (3ª Ponte), encurtando consideravelmente a
distância entre Vila Velha e a capital. Essas obras provocaram uma valorização da
orla de Vila Velha e a consequente explosão demográfica, que praticamente
multiplicou por 10 a população da cidade em menos de 50 anos.

Vila Velha é um município populoso, com uma ocupação majoritariamente urbana.


Situa-se a apenas 12 km da capital do estado e possui 32 quilômetros de litoral, sendo
praticamente todo recortado por praias, as quais constituem importantes ícones
turísticos e paisagísticos. Por ser a cidade mais antiga do estado, possui construções
do século XVI, como o Convento da Penha e a Igreja do Rosário; construções do
século XVII, como o Forte de São Francisco Xavier e do século XIX, como o Farol de
Santa Luzia.

A área de abrangência do Município de Vila Velha compreende cerca de 210 km²,


representando uma participação na Região Metropolitana da Grande Vitória de
aproximadamente 9,0%, limitando-se ao norte com o município de Vitória, ao sul com
Guarapari, a leste com o Oceano Atlântico e a oeste com os municípios de Viana e
Cariacica (Figura 01).

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Figura 01: Localização do Município de Vila Velha no território estadual.

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3. O PROJETO

O Programa de Requalificação Urbana e Melhorias Ambientais em Vila Velha/ES


propõe a melhoria da qualidade de vida da população mediante intervenções
integradas na Reurbanização e no Meio Ambiente natural preservado da cidade de
Vila Velha, a partir do desenvolvimento e execução das atividades de drenagem,
pavimentação de vias, calçadas, ciclovia/ciclofaixas, sinalização, mobiliário urbano,
implantação de unidade de conservação e de um parque urbano.

As intervenções a serem realizadas podem ser divididas em dois grandes grupos:


“requalificação urbana” e “melhorias em unidades de conservação e parque urbano”.
São elas:
 Parque Natural Municipal Morro da Manteigueira (RA–01): implantação de
estrutura para recebimento de visitantes (construção de portal e mirante,
reforma de centro de visitantes, recuperação de trilhas, dentre outros);
 Parque Urbano Sítio Batalha (Antigo Marista) (RA–01): elaboração de projetos
de engenharia visando a implantação de infraestrutura para recebimento de
visitantes (construção de portal e mirante, sede administrativa, ambientes de
vivência, jardins, dentre outros);
 Requalificação em vias urbanas de Bairros das Regiões 01, 02, 04 e 05:
implantação/recuperação/complementação de drenagem de vias, recuperação
da pavimentação asfáltica, ciclovias/ciclofaixas, construção de calçadas e
sinalização;
 Requalificação de Corredores Viários nas Regiões 01, 02, 04 e 05:
implantação/recuperação/complementação de drenagem de vias,
pavimentação, instalação ou revitalização de ciclovias/ciclofaixas, implantação
de calçadas e sinalização;

A execução das atividades acima pode causar impactos de cunho ambiental, social
e/ou econômico.

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4. IDENTIFICAÇÃO, AVALIAÇÃO E MEDIDAS DE MITIGAÇÃO DOS


IMPACTOS AMBIENTAIS, SOCIOECONÔMICOS E PLANO DE
COMUNICAÇÃO SOCIOAMBIENTAL

4.1 IMPACTOS AMBIENTAIS

A descrição dos impactos inerentes às atividades citadas é apresentada por etapa


(planejamento, implantação e operação), bem como o meio afetado. Apresenta-se
abaixo a avaliação sucinta dos possíveis impactos ambientais e socioeconômicos.
Identificados e avaliados os impactos, indicam-se ações e medidas mitigadoras que
poderão ser incluídas futuramente nos estudos prévios que subsidiarão os projetos
específicos das obras.

a) Processos erosivos e assoreamento de corpos d’água: podem ocorrer durante


a fase de implantação/operação das obras/atividades a serem executadas às
margens dos canais, devido à movimentação de terra.

Medidas de Controle:
 Realizar as atividades/obras preferencialmente em períodos de menores
índices pluviométricos;
 Realizar a supressão da vegetação conforme o andamento do trabalho para
evitar a exposição desnecessária de solo por longo período;
 Instalar sistema de drenagem provisório (canais), ao longo do qual deverão ser
inseridas cercas silte (silte fences), pequena bacia de decantação e cerca silte
próximo ao curso d’água; realizar, periodicamente, a limpeza do sistema de
drenagem (canais e bacia de decantação) e substituir as cercas silte que forem
colmatadas;
 Cobrir o material removido em escavações com lona plástica;
 Utilizar outro local da obra ou enviar o material removido em escavações para
descarte adequado o mais rápido possível.

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Ações de Mitigação: em situações de acúmulo de sedimentos é importante


providenciar sua remoção e destinação de forma adequada e imediata correção,
observada a legislação ambiental vigente.

b) Desestabilização de terreno – recalque: pode ocorrer durante a fase de


implantação/operação das obras relacionadas.

Medidas de Controle:
 Utilizar equipamentos modernos que emitam vibrações de baixa intensidade;
 Realizar escavações profundas de forma lenta para evitar acomodações
abruptas do solo.

Ações de Mitigação: Executar reparos em estruturas de superfície ou subsuperfície


caso sofram danos decorrentes de vibrações ou escavações profundas.

c) Poluição Atmosférica: - pode ocorrer devido a etapas de implantação e operação


do empreendimento, tais como: remoção de solo (reservatórios) e terraplanagem, bem
como a execução de serviços preliminares, que podem gerar emissão de partículas.

Medidas de Controle:
 Utilizar equipamentos modernos que emitam a menor quantidade possível de
partículas sólidas e gases para a atmosfera;
 Realizar a manutenção dos equipamentos de acordo com orientação do
fabricante;
 Deixar a superfície do solo exposta sem proteção superficial o menor intervalo
de tempo possível;
 Realizar umectação do terreno, de acordo com as condições do tempo e
diretrizes da Agência Estadual de Recursos Hídricos - AGERH, inclusive dos
acessos à obra.

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Ações de Mitigação: em caso de emissão de particulados em elevada proporção, a


execução das obras deve ser paralisada até que as medidas de controle elencadas
proporcionem a redução das emissões. No caso da incidência de gases em
desconformidade com as legislações pertinentes, os equipamentos deverão ser
desligados e as manutenções pertinentes deverão ser realizadas, inclusive em local
devidamente licenciado para esse fim.

d) Alteração do nível do lençol freático pela remoção de solo e/ou escavações


profundas: pode ocorrer durante a fase de implantação nas atividades de
terraplanagem, nas obras de intervenções de melhoria do sistema viário e implantação
de redes de microdrenagem. Possibilidade também de afetar as comunidades
próximas.

Medidas de Controle:
 Utilizar equipamentos que permitam o controle gradual do nível do lençol
freático;
 Realizar a sondagem do terreno a fim de verificar os níveis do lençol freático
existente e assim avaliar os efeitos no mesmo e promover o retorno da água
ao solo com vistas a alimentação do lençol freático existente.

Ações de Mitigação: realizar reparos em estruturas que, eventualmente, sejam


danificadas por recalques de solo provocados pelas escavações.

e) Poluição Hídrica: pode ocorrer durante a fase de implantação/operação das


obras/atividades relacionadas. Está relacionada a: execução de serviços preliminares;
construção das estruturas e fundações em concreto; serviços de drenagem superficial
das estruturas de apoio; utilização de banheiros químicos; manutenção de máquinas
e equipamentos; geração de resíduos sólidos; exposição do solo, alteração da
geometria do terreno e concentração das águas pluviais; geração de efluentes
contaminados; limpeza dos reservatórios e canais.

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Medidas de controle:
 Realizar as atividades em períodos de menos índices pluviométricos;
 Realizar a supressão da vegetação conforme o andamento do trabalho para
evitar a exposição desnecessária de solo por longo período;
 Instalar sistema de drenagem provisório (canais), ao longo do qual deverão ser
inseridas cercas silte (silte fences), pequena bacia de decantação e cerca silte
próximo ao curso d’água;
 Realizar, periodicamente, a limpeza do sistema de drenagem (canais e bacia
de decantação);
 Cobrir o material de demolição e insumos com lona plástica;
 Enviar o material de demolição para reciclagem ou descarte adequado o mais
rápido possível;
 Destinar de forma adequada os efluentes dos banheiros químicos;
 Priorizar que a manutenção dos equipamentos e máquinas seja realizada por
empresas específicas e devidamente licenciada para este fim, promover a
coleta, tratamento e destinação dos efluentes gerados.

Ações de Mitigação: disponibilizar próximo aos locais de manutenção, bandeja


plástica, pó de serra, pá e tambor para recolher solo eventualmente contaminado por
óleos, graxas ou combustíveis; realizar, em área do próprio empreendimento, o
tratamento do solo eventualmente contaminado, ou encaminhar para tratamento por
empresa terceirizada.

f) Intervenção em Áreas de Preservação Permanente (APP): devido ao processo


de urbanização instalado no município de Vila Velha, já ocorreram impactos em vários
trechos de abrangência do Programa sobre as áreas de preservação permanente. No
entanto, o disposto em legislação vigente deve ser observado pontualmente, durante
o desenvolver das atividades. Cabe ressaltar que intervenção em APP segue normas
muito mais exigentes e podem ser acompanhadas de medidas de compensação
ambiental.

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g) Geração de Resíduos Sólidos: entende-se por resíduos sólidos todo material,


substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em
sociedade. As intervenções propostas no Programa podem gerar diversos tipos de
resíduos, desde recicláveis até perigosos, e a gestão ambientalmente adequada
desse material deve ser obrigatoriamente observada.

Medidas de Controle e Mitigação:


 Realizar a segregação, armazenamento temporário, transporte e destinação
final dos resíduos gerados em conformidade com a Resolução CONAMA nº
307/2002 e suas Resoluções complementares.

Ações de Mitigação: reduzir sempre que possível a geração dos resíduos a partir da
adoção de técnicas e métodos mais eficientes.

h) Geração de Poluição Sonora: é o excesso de ruídos que afeta a saúde física e


mental da população, pode ser causado pelo alto nível de decibéis provocado por uma
fonte sonora ou pelo somatório de sons provenientes de várias fontes.

Medidas de Controle e Mitigação:


 Realizar as intervenções em horários compatíveis com o zoneamento do
entorno da área (residencial, comercial, industrial...);
 Realizar a adequada manutenção dos equipamentos;
 Utilizar equipamentos com abafadores de ruídos e, quando possível, dispô-los
em locais confinados.

Ações de Mitigação: utilizar equipamentos com selo INMETRO e observar as


condições de manutenção dos equipamentos.

i) Supressão Vegetal: é a retirada de indivíduos vegetais, arbóreos ou não, de


espécies nativas ou exóticas, com a finalidade de promover uma nova ocupação do
solo.

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Medidas de Controle e Mitigação:


 Solicitar previamente autorização para supressão vegetal junto ao órgão
ambiental competente;
 Destinar adequadamente o material resultante;
 Realizar o plantio de novas espécies nas proximidades da área afetada pela
supressão.

Ações de Mitigação: utilizar métodos e técnicas que garantam a retirada segura da


árvore; promover a retirada das raízes e promover a compostagem dos resíduos
gerados (tronco, galhos e folhas).

j) Contaminação do Solo: pode ocorrer durante a fase de implantação/operação das


obras/atividades previstas. Está relacionada a deposição ou lançamento de
materiais/substâncias/resíduos diretamente no solo, podendo ocasionar a
contaminação do solo, afetando as condições necessárias para manutenção de seres
vivos ali presentes e o desenvolvimento de vegetais.

Medidas de Controle e Mitigação:


 Manutenção adequada nos maquinários e equipamentos;
 Instalação de equipamentos e estruturas de contenção de resíduos oleosos,
plano de ação em caso de contaminação.

Ações de Mitigação: elaborar dentro do plano de contingência da empresa com ações


de contenção de derramamento de resíduos, treinamento dos trabalhadores para
atuar em caso de derramamento.

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4.2 IMPACTOS SOCIOECONÔMICOS

O anúncio de intenções por parte do poder público de intervir com obras em


determinadas regiões, seja por reação a demandas ou por decisões de planejamento,
gera por certo inquietudes e expectativas por parte das comunidades locais, tanto para
as que serão beneficiadas quanto para as que podem sofrer incômodos com as
intervenções. O fenômeno é tanto maior quanto menor o grau de disseminação de
informações e de participação a respeito do que efetivamente acontecerá no tempo e
no espaço que envolve seus cotidianos. Os incômodos tendem a se agravar em face
da movimentação de técnicos nas áreas em estudo, seja para simples levantamentos
primários (topografia, sondagens, mapeamentos etc.), mas principalmente pelas
entrevistas, cadastramentos físicos e socioeconômicos. Em regiões onde já estejam
instalados possíveis conflitos preexistentes quanto ao uso e ocupação do solo ou
ocorrência de sítios considerados relevantes (ambientais, paisagísticos, históricos,
entre outros), o nível de tensão social pode se agravar. O fenômeno pode se
intensificar pela extensão do horizonte temporal das intenções de empreender e pela
ausência de foros adequados de informação recíproca entre as partes envolvidas
(empreendedor e comunidades afetadas). Trata-se de um impacto de natureza
adversa, com ocorrência difusa (uma vez que, pela ausência de informações, as
comunidades não têm clareza quanto à extensão físico-territorial e temporal das
intervenções pretendidas). Ou seja, mesmo não havendo informações mais precisas
quanto à abrangência espacial, duração, manifestação, magnitude, a ocorrência é
certa, pela natureza do fenômeno.

Medidas de Mitigação: Implementar um Plano de Comunicação Social com o objetivo


principal de disponibilizar as informações sobre as obras e seu andamento para a
população em geral, assim como os cuidados e práticas ambientais adotados.

Ações de Mitigação: estabelecer no Plano de Comunicação Socioambiental os


seguintes objetivos específicos:

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 Permitir a correta divulgação de informações do empreendimento,


contribuindo para a formação de conhecimento da população sobre o
empreendimento e seus benefícios;
 Facilitar a sinergia entre o responsável pelo empreendimento e as demais
partes interessadas servindo como instrumento de interação entre o poder
público, população e as representações da sociedade civil organizada;
 Permitir a participação organizada da sociedade civil, de modo que haja
participação da comunidade durante todo o processo e seu embasamento
coerente para um posicionamento crítico sobre a implantação do
empreendimento;
 Educar a população afetada sobre as formas de uso e benefícios oferecidos
pelos novos serviços.

a) Indenização ou desapropriação de Imóveis: para as intervenções previstas no


programa de financiamento não será necessário realizar indenização imobiliária.

b) Valorização Imobiliária: a escassez de áreas verdes nas cidades valoriza os


imóveis que se localizam próximos dessas áreas, uma vez que o preço final do imóvel
é resultado de características físicas e de efeitos externos.

c) Melhoria das condições de salubridade e habitabilidade das habitações: esse


potencial impacto poderá promover melhorias da qualidade de vida das comunidades
residentes com reflexo sobre a redução da mortalidade infantil e de doenças de
veiculação hídrica. A melhoria da qualidade de vida urbana está diretamente ligada a
fatores de infraestrutura, desenvolvimento econômico-social e àqueles ligados à
questão ambiental.

d) Criação de nova área de lazer: os parques urbanos são áreas verdes que podem
trazer qualidade de vida para a população, pois, proporcionam contato com a natureza
e são determinantes para a realização de atividade física e o lazer. Estas atividades
trazem diferentes benefícios psicológicos, sociais e físicos à saúde dos indivíduos,

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como, por exemplo, a redução do sedentarismo, além de amenizar o estresse do


cotidiano urbano.

e) Geração de postos de trabalho e geração de renda: a construção civil é uma


forte empregadora, sendo uma atividade na qual a mão de obra humana é muito
necessária. Deste modo, a implementação das melhorias propostas contribuirá para
a manutenção e/ou ampliação de postos de trabalho e geração de renda.

f) Melhoria das condições de circulação urbana e de mobilidade das pessoas: o


crescente número de veículos individuais promove o inchaço do trânsito, dificultando
a locomoção principalmente nas regiões da cidade que concentram a maior parte dos
serviços e empregos. Promover uma mudança dessa situação com a melhoria da
circulação urbana e oferecer condições para garantir a mobilidade de pessoas entre
as suas diferentes áreas é um dos desafios para a cidade de Vila Velha. Melhorar a
circulação urbana e a mobilidade das pessoas inclui além da pavimentação das vias
e implantação de acessos, a sinalização, a drenagem pluvial, a iluminação pública, o
que melhora a qualidade de vida garantindo ao munícipe o direito de ir e vir com
segurança, com oportunidade de escolha do modal e fluidez. A implantação de
binários, melhora a circulação do transporte público de massa nos bairros, o que
diminui a quantidade de veículos individuais. O aumento do uso da bicicleta com maior
segurança, considerando a topografia plana da cidade de Vila Velha, também será
estimulado a partir de uma requalificação urbana adequada, principalmente nos
bairros de elevada vulnerabilidade social.

4.3 PLANO DE COMUNICAÇÃO SOCIOAMBIENTAL

O envolvimento da comunidade desde a fase de planejamento de implantação de um


equipamento público, a divulgação de informações claras e objetivas, antes, durante
e após a execução de um Programa que proponha intervenções urbanas e que
interfira positiva ou negativamente na vida da população é imprescindível para a
assimilação das mudanças e da nova realidade a que os usuários estarão sujeitos,

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além, da apropriação de todas as benfeitorias promovendo o cuidado com o que é


público. A disponibilização de canais de comunicação adequados à comunidade
torna-se ferramenta indispensável para a efetivação de tal envolvimento.

4.3.1 - Objetivo
Desenvolver um conjunto de atividades de forma participativa, de caráter informativo,
educativo e de promoção social, visando ao desenvolvimento comunitário, à gestão
participativa e a sustentabilidade da população beneficiada pelo Programa de
Requalificação Urbana e Melhorias Ambientais em Vila Velha ES.

4.3.2 - Justificativa
Visando melhorar a qualidade de vida da população, integrando a cidade, com
desenvolvimento e execução das atividades de drenagem, pavimentação de vias,
calçadas, ciclovia/ciclofaixas, sinalização, mobiliário urbano, implantação e
estruturação de unidades de conservação e parque urbano, abrangendo diretamente
mais de 41 (quarenta e um) bairros de Vila Velha, e cerca de 175.000 (cento e setenta
e cinco mil) habitantes, como também, indiretamente, outro público muito maior de
usuários indiretos (eventuais ou não), visitantes e turistas, que utilizarão estas vias ou
os equipamentos de meio ambiente envolvidos.

O desenvolvimento de um trabalho de comunicação social concomitantemente às


intervenções parte do princípio de que, para o sucesso da ação, além de realizar as
intervenções de engenharia, é necessário que se promova o envolvimento da
comunidade nas atividades em curso. Esta participação permite que as ações do
poder público tenham uma maior transparência, que a percepção da população a
respeito das intervenções seja mais compreendida pela administração municipal e que
haja uma melhor relação dos moradores com os recursos naturais existentes na
cidade.

A abordagem busca mostrar o papel da sensibilização no processo da educação e


ampliar os conhecimentos sobre a questão ambiental, enfatizando atividades

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relacionadas à preservação dos recursos hídricos e a disposição adequada dos


resíduos sólidos.

As diferentes ações integrantes do programa permitirão o desenvolvimento humano e


social, a sustentabilidade socioeconômica e ambiental das intervenções a serem
realizadas incluindo a organização comunitária, visando comprometer os beneficiários
diretos e moradores do entorno, levando-os a exercerem seus direitos e deveres
sociais, propiciando a compreensão e manifestação da população atendida.

Cabe ressaltar a importância de mobilizar as comunidades beneficiárias por meio de


ações informativas, fazendo com que o trabalho a ser realizado seja entendido e
valorizado, estimulando a relação de parceria e corresponsabilidade. Essa
necessidade é ainda maior no grupo de obras nos Corredores Viários da Cidade, que
envolvem regiões de urbanização consolidada e com intensas atividades de comércio
e serviços. Esse processo de comunicação e mobilização, tanto previamente às obras
quanto durante à execução, objetivo causar o menor impacto possível nas atividades
econômicas. O adequado planejamento das obras e a estratégia de sinalização e
desvio do tráfego são essenciais para este processo.

Além dos canais oficiais da Prefeitura já disponíveis para a comunidade (Ouvidoria),


que deverão estar preparados para atender e monitorar as demandas específicas das
obras do Programa, deverão ser previstos outros mecanismos que garantam a
mobilização e comunicação da comunidade afetada, como por exemplo: reuniões,
audiências, disponibilização do projeto executivo das obras e do diário de obra social
ou semelhante nos canteiros. Também, deverão estar em local visível no canteiro e
nas placas de sinalização de obras, o contato da Ouvidoria Municipal.

Faz parte da estratégia de comunicação nas obras da Prefeitura, a instalação da placa


de obra padrão contendo além das informações básicas sobre o contrato de execução
da obra, o endereço da página eletrônica onde o cidadão poderá acompanhar
informações mais detalhadas da execução.

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5. REQUISITOS LEGAIS AMBIENTAIS APLICÁVEIS

No Quadro 01 é possível destacar a legislação ambiental aplicável às atividades que


serão implantadas no contexto do licenciamento ambiental.

Quadro 01: Legislação Ambiental Aplicável


ESFERA NORMA EMENTA

Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente


Lei n° 6.938, de 31 de seus fins e mecanismos de formulação e aplicação,
agosto de 1981. constitui o Sistema Nacional do Meio Ambiente
(SISNAMA) e institui o Cadastro de Defesa Ambiental.

Resolução CONAMA n° Dispõe sobre a revisão e complementação dos


237, de 19 de dezembro procedimentos e critérios utilizados para o
de 1997. licenciamento ambiental.
FEDERAL Fixa normas, nos termos dos incisos III, VI e VII do
caput e do parágrafo único do art. 23 da Constituição
Federal, para a cooperação entre a União, os Estados,
Lei Complementar n° 140, o Distrito Federal e os Municípios nas ações
de 08 de dezembro de administrativas decorrentes do exercício da
2011. competência comum relativas à proteção das
paisagens naturais notáveis, à proteção do meio
ambiente, ao combate à poluição em qualquer de suas
formas e à preservação das florestas, da fauna e da
flora; e altera a Lei 6.938, de 31 de agosto de 1981.

Define a tipologia das atividades ou empreendimentos


Resolução CONSEMA n° considerados de impacto ambiental local, normatiza
002, de 03 de novembro aspectos do licenciamento ambiental de atividades de
de 2016. impacto local no Estado, e dá outras providências.
ESTADUAL

Atualiza as disposições sobre o Sistema de


Decreto nº 4039-R, de 07 Licenciamento Ambiental e Controle das Atividades
de dezembro de 2016. Poluidoras ou Degradadoras do Meio Ambiente -
SILCAP.
Lei Complementar nº 065,
Institui a revisão decenal da Lei 4.575/2007 - Plano
de 09 de novembro de
Diretor Municipal (PDM) e dá outras providências.
2018.
Institui o Código Municipal do Meio Ambiente, dispõe
Lei n° 4999, de 15 de sobre a Política de Meio Ambiente e sobre o Sistema
outubro de 2010. Municipal do Meio Ambiente para o Município de Vila
MUNICIPAL Velha.
Regulamenta o Capítulo III - Do Licenciamento
Ambiental - Do Livro II, da Lei N° 4.999, de 20.10.2010,
Decreto n° 027, de 15 de que “Institui o Código Municipal do Meio Ambiente,
março de 2018. dispõe sobre a Política de Meio Ambiente e sobre o
Sistema Municipal do Meio Ambiente para o Município
de Vila Velha”.

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Na esfera federal destacamos a Lei n° 6.938/1981, que estabelece a Política Nacional


de Meio Ambiente (PNMA). Nela constam os objetivos, instrumentos e diretrizes da
Política e a criação do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) bem como
sua estrutura básica e também do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA).
A PNMA instituiu, no art. 6°, o SISNAMA, constituído pelos órgãos e entidades da
União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, além das
fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela proteção e melhoria da
qualidade ambiental.

A Resolução CONAMA n° 237 delibera sobre as competências dos entes federativos,


estabelece a competência do órgão ambiental municipal para o licenciamento
ambiental de empreendimentos e atividades de impacto ambiental local,
regulamentando o Licenciamento Ambiental Municipal.

A Lei Federal Complementar n°140 foi sancionada com o objetivo de fixar normas à
cooperação entre os entes federativos nas ações administrativas decorrentes do
exercício da competência comum à proteção ambiental. Em seu art. 5°, definiu como
órgão ambiental capacitado aquele que possui técnicos próprios ou em consórcio,
devidamente habilitados e em número compatível com a demanda das ações
administrativas a serem delegadas. No que concerne ao Licenciamento Ambiental
Municipal, definiu que é competência dos Municípios, observadas as atribuições dos
demais entes federativos, o licenciamento ambiental das atividades ou
empreendimentos que causem ou possam causar impacto ambiental de âmbito local,
segundo as tipologias definidas pelos respectivos Conselhos Estaduais do Meio
Ambiente (Art. 9º, XIV, “a”).

Em 2010, Vila Velha instituiu o Código Municipal de Meio Ambiente, através da Lei n°
4.999, que dispõe sobre a Política Municipal de Meio Ambiente e sobre o Sistema
Municipal do Meio Ambiente para o Município de Vila Velha.

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Em consonância com a legislação estadual e de acordo com as diretrizes da


CONSEMA 002/16, a relação de atividades passíveis de licenciamento municipal
ambiental foi atualizada em março de 2018. O do Decreto Municipal nº 27/2018
fundamenta os procedimentos, tramitação dos processos de licenciamento ambiental
bem como o enquadramento e grau de impacto de cada atividade. É através deste
Decreto que as atividades a serem implantadas no Programa financiado parcialmente
com recursos do FONPLATA, foram classificadas.

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6. LICENCIAMENTO AMBIENTAL

A Constituição Brasileira de 1988 contém um capítulo dedicado ao meio ambiente: o


Capítulo VI, Art. 225, que define os direitos e deveres do Poder Público e da
coletividade em relação à conservação do meio ambiente como bem de uso comum.
No Parágrafo 1º, Inciso IV do Art. 225, a avaliação de impacto ambiental foi
recepcionada pela Constituição Federal, devendo assim ser exigida pelo Poder
Público para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de
significativa degradação do meio ambiente.

A evolução das experiências de licenciamento nos órgãos de meio ambiente do País


em pouco tempo demonstrou a necessidade de revisão dos procedimentos e critérios
utilizados no sistema de licenciamento, dando ensejo à publicação, em 19 de
dezembro de 1997, da Resolução do Conama nº 237. A Resolução regulamentou, em
normas gerais, as competências para o licenciamento nas esferas federal, estadual e
distrital, além das etapas do procedimento de licenciamento, entre outros fatores a
serem observados pelos empreendimentos passíveis de licenciamento ambiental.
Além disso, a Resolução conferiu ao órgão ambiental a competência para a definição
de outros estudos ambientais pertinentes ao processo de licenciamento, verificando
se o empreendimento não é potencialmente causador de significativa degradação
ambiental.

No ano seguinte, a edição da Lei nº 9605, de 12 de fevereiro de 1998, Lei de Crimes


Ambientais, elevou à condição de crime aquelas condutas lesivas ao meio ambiente,
provenientes da não observância da regulamentação referente ao licenciamento
ambiental. Foram constituídos em crime ambiental a construção, reforma, ampliação,
instalação ou funcionamento, em qualquer parte do território nacional, de
estabelecimentos, obras ou serviços potencialmente poluidores, sem licença ou
autorização dos órgãos ambientais competentes ou contrariando as normas legais e
regulamentares pertinentes ao licenciamento (Art. 60 da Lei nº 9605/98). A
criminalização das práticas danosas ao meio ambiente, incorporada ao sistema de

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licenciamento ambiental, constitui marco representativo no processo de


responsabilização social e consolidação institucional do licenciamento como efetivo
instrumento de gestão ambiental.

Em 2011, a fim de melhor esclarecer as competências para o licenciamento ambiental


atribuídas à União, aos Estados, Distrito Federal e Municípios, foi publicada a Lei
Complementar Federal nº 140. Segundo a mesma, caberá aos municípios o
licenciamento de atividades e empreendimentos de impacto local, sendo
comprovados os critérios mínimos, elencados pela referida lei, da estrutura dos órgãos
ambientais municipais para a realização do licenciamento. Os empreendimentos e
atividades de competência da União obedecem situações específicas dispostas no
artigo 6º da referida Lei Federal. E os processos de licenciamento atribuídos aos
estados figuram entre os que extrapolam a competência municipal, mas não são
cabíveis à União, adotado o critério da competência licenciatória residual.

No que tange ao desencadeamento do processo de licenciamento ambiental no país,


os órgãos ambientais estaduais dispõem de autonomia para definição dos próprios
procedimentos e critérios para o licenciamento ambiental, embasados em legislações
específicas, respeitados os limites estabelecidos por instrumentos normativos
federais, como prazos de validade e de análise de cada tipo de licença.

No caso do Município de Vila Velha, os procedimentos adotados estão definidos em


legislação própria, em consonância com os procedimentos definidos pelo Conselho
Estadual de Meio Ambiente – CONSEMA.

6.1 LICENCIAMENTO MUNICIPAL AMBIENTAL

Licenciamento ambiental é o procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental


competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de atividades
e/ou empreendimentos utilizadores de recursos ambientais, consideradas efetiva ou

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potencialmente poluidoras, ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar


degradação ambiental.

Compete à Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMMA) o controle e o


licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades de impacto local, ou de
outras atividades que lhe forem delegadas, ouvido, quando legalmente couber, os
órgãos ambientais da esfera estadual e federal.

As atividades de impacto ambiental local, são aquelas definidas em normas técnicas


instituídas pelo Conselho Estadual de Meio Ambiente – CONSEMA, cujo impacto
ambiental seja considerado direto e restrito, exclusivamente, à área de circunscrição
territorial do Município, obedecidos os limites de porte que sejam fixados e
observando-se o potencial poluidor/degradador inerente à atividade.

Publicada em 03 de novembro de 2016, a Resolução do CONSEMA N° 002 atualizou


as tipologias das atividades consideradas de impacto local, para fins de exercício da
competência do licenciamento municipal ambiental. Além das atividades listadas no
Anexo II, foi definido também pelo CONSEMA, o porte limite de competência
municipal, potencial poluidor/degradador e parâmetro de enquadramento para cada
atividade.

De acordo com o Decreto Municipal n° 027/2018, o licenciamento ambiental das


atividades/empreendimentos potencialmente poluidores ou degradadores do meio
ambiente possui os seguintes instrumentos:

 Licença Municipal Prévia (LMP): ato administrativo pelo qual a autoridade


licenciadora competente, na fase preliminar do planejamento do
empreendimento ou atividade, aprova sua localização e concepção, atestando
a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes
a serem atendidos nas próximas fases de sua implementação;

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 Licença Municipal de Instalação (LMI): ato administrativo pelo qual a


autoridade licenciadora competente permite a instalação do empreendimento
ou atividade de acordo com as especificações constantes dos planos,
programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e
demais condicionantes, da qual constituem motivo determinante;

 Licença Municipal de Operação (LMO): ato administrativo pelo qual a


autoridade licenciadora competente permite a operação da atividade ou
empreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento do que consta das
licenças anteriores, com as medidas de controle ambiental e condicionantes
determinados para a operação e, quando necessário, para a sua desativação;

 Licença Municipal Ambiental de Regularização (LMAR): ato administrativo


pelo qual a autoridade licenciadora competente emite uma única licença,
mediante celebração de um Termo de Compromisso Ambiental, que congrega
todas as fases do Licenciamento, para empreendimento ou atividade que já
esteja em funcionamento ou implantação, independente da classe de
enquadramento, estabelecendo restrições e medidas de controle ambiental,
adequando o empreendimento as normas ambientais vigentes.

 Licença Municipal Simplificada (LMS): ato administrativo por meio do qual a


autoridade licenciadora emite apenas uma licença, que consiste em todas as
fases do licenciamento, precedida de rito simplificado, previamente
estabelecido através de atos normativos específicos editados pela autoridade
licenciadora competente, onde estão instituídos regramentos e condições
técnicas, de acordo com normas e legislação vigentes, para empreendimentos
ou atividades utilizadoras de recursos ambientais consideradas de pequeno
potencial de impacto ambiental que se enquadrem no procedimento
simplificado de licenciamento;

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 Dispensa de Licenciamento Ambiental: procedimento administrativo pelo


qual a autoridade licenciadora isenta determinada atividade da necessidade de
obter a licença ambiental tendo em vista seu impacto ambiental não
significativo, não desobrigando o empreendedor da necessidade de
regularização quanto aos aspectos ambientais, inerentes à atividade.

Considerando o exposto no Decreto Municipal nº 027/2018, no que concerne ao


enquadramento ambiental1 das obras previstas nas diferentes localidades do
município, conforme a descrição do projeto em questão tem-se 5 (cinco) grupos
principais licenciáveis:
 “Empreendimentos desportivos, turísticos, recreativos ou de lazer, públicos ou
privados (parque aquático, haras, clubes, complexos esportivos ou de lazer em geral,
entre outros)”;
 “Atracadouro, ancoradouro, píeres e trapiches, sem realização de obras de dragagem,
aterros, enrocamento e/ou quebra-mar”;
 “Urbanização em margens de corpos hídricos interiores (lagunares, lacustres, fluviais
e em reservatórios)”;
 “Implantação de obras de arte especiais”; e
 “Microdrenagem (redes de drenagem de águas pluviais com diâmetro de tubulação
requerido menor que 1.000 mm e seus dispositivos de drenagem), sem necessidade
de intervenção em corpos hídricos (dragagens, canalização e/ou retificações, dentre
outros). Não inclui canais de drenagem”.

O enquadramento é realizado para a atividade de maior impacto ambiental de


determinado pacote de obras. Portanto, caso não ocorra a construção do elemento de
maior impacto, as demais obras podem ser dispensadas de licenciamento ambiental
ou enquadradas em outro grupo de menor impacto, conforme o caso.

1Enquadramento Ambiental: ferramenta constituída a partir de uma matriz que correlaciona porte e potencial
poluidor/degradador por tipologia, com vistas à classificação do empreendimento/atividade, definição dos estudos
ambientais cabíveis e determinação dos valores a serem recolhidos a título de taxa de licenciamento ambiental.

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No Quadro 02 encontra-se as propostas de intervenção de cada obra contemplada no


Programa de Financiamento do FONPLATA, e seus respectivos planos de trabalho.
Para cada atividade descrita foi realizado o enquadramento pertinente, com definição
da tipologia de licença a ser requerida, código de enquadramento e respectivo
potencial poluidor/degradador, bem como o parâmetro de enquadramento, em
consonância com a Resolução CONSEMA n° 002/2016 e o Decreto Municipal n° 027,
de 15 de março de 2018. Observa-se assim que o exercício do licenciamento
ambiental destas obras é de competência do Município, exceto o item 2.2.9.9, no qual
as obras que margeiam ou interferem no Canal do Congo tiveram o licenciamento
através do IEMA, órgão estadual. Assim, em atendimento à legislação municipal
ambiental, deverá ser requerido junto à SEMMA/PMVV, previamente às etapas de
instalação, o licenciamento ambiental pertinente a cada atividade.

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Quadro 02: Quadro Resumo das Obras e Respectivas Licenças Ambientais (Atualização 12/05/2021)
Licenciamento Responsável pela
Etapa da Enquadramento (Decreto Municipal n° Parâmetro do Concedente do Status do Data de Data de Validade do
Obra Plano de Trabalho Potencial Ambiental a ser Solicitação de Observações
Obra 027/2018 – Anexo XVII) Enquadram. Licenciam. Licenciamento Solicitação Emissão Licenciamento
Requerido Licenciamento
Conforme
LMO - Licenciamento
Pórtico na entrada; guarita; estacionamentos; Código 18.10 Empreendimentos desportivos, PMVV/Secretaria PMVV/Secretaria cronograma, sendo
Municipal Ordinário (Licença Protocolado processo
edifício administrativo, centro de apoio aos Preparação Médio turísticos, recreativos ou de lazer, públicos ou - Municipal de Obras ou Muncipal de Meio 12/08/2022 - no máximo 5 anos na
Prévia e Licença de 63003/22
visitantes; mirante natural e trilha natural. privados. Empresa executora Ambiente. Prévia e 6 anos na
Instalação)
Instalação
Conforme
LMO - Licenciamento Código 21.04: “Atracadouro, ancoradouro,
NE (número PMVV/Secretaria PMVV/Secretaria cronograma, sendo
2.1.1.1 - Parque Natural Morro da Municipal Ordinário (Licença píeres e trapiches, sem realização de obras Protocolado processo
Píer de atracação visando à fiscalização. Preparação Médio embarcação) < Muncicipal de Obras ou Muncipal de Meio 12/08/2022 - no máximo 5 anos na
Manteigueira (RA-01) Prévia e Licença de de dragagem, aterros, enrocamento e/ou 63003/22
5 Empresa executora Ambiente. Prévia e 6 anos na
Instalação) quebra-mar”.
Instalação
Conforme
LMO - Licenciamento
PMVV/Secretaria PMVV/Secretaria cronograma, sendo
Trilha suspensa por dentro do mangue e pista de Municipal Ordinário (Licença Protocolado processo
Preparação Item sem enquadramento específico - Muncicipal de Obras ou Muncipal de Meio 12/08/2022 - no máximo 5 anos na
caminhada. Prévia e Licença de 63003/22
Empresa executora Ambiente. Prévia e 6 anos na
Instalação)
Instalação
Conforme
Implantar Parque Urbano com 48,000m² de área, LMO - Licenciamento
Código 18.10 Empreendimentos desportivos, PMVV/Secretaria PMVV/Secretaria cronograma, sendo
2.1.4.1 - Parque Urbano Sítio com Portal de Acesso, estacionamento, sede Municipal Ordinário (Licença Protocolado processo
Preparação Médio turísticos, recreativos ou de lazer, públicos ou Área total (ha) Muncicipal de Obras ou Muncipal de Meio 06/06/2022 - no máximo 5 anos na
Batalha (RA-01) administrativa, praça e ambientes de vivência, Prévia e Licença de 44903/22
privados. Empresa executora Ambiente Prévia e 6 anos na
parque infantil, jardins, trilhas e mirante. Instalação)
Instalação
Obras de drenagem, pavimentação, calçadas e Código 21.01 Microdrenagem (Redes de Licença Original nº 041/20
PMVV/Secretaria PMVV/Secretaria Emitido
ciclovias no bairro Darly Santos: Av. União; Av. LMS - Licença Municipal drenagem de águas pluviais com diâmetro de transferida da SEMOB para
Execução Baixo - Muncicipal de Obras ou Muncipal de Meio LMS nº 056/21 01/04/2020 16/07/2020 22/07/2025
Sempre Viva, R. Apostolo Paulo, R. Apóstolo Pedro, Simplificada tubulação requerido menor que 1.000 mm e a SEMPLAPE, com emissão
2.2.9.2 - Obras de requalificação Empresa executora Ambiente processo 17167/20
R. Apóstolo Lucas e R. Apostolo João. seus dispositivos de drenagem) de nova licença.
urbana nos Bairros Darly Santos e
Obras de drenagem, pavimentação, calçadas e Código 21.01 Microdrenagem (Redes de Licença Original nº 036/20
Pontal das Garças (RA-02) PMVV/Secretaria PMVV/Secretaria Emitido
ciclovias no bairro Pontal das Garças: Av. Gaivotas, LMS - Licença Municipal drenagem de águas pluviais com diâmetro de transferida da SEMOB para
Execução Baixo Muncicipal de Obras ou Muncipal de Meio LMS nº 054/21 29/04/2020 01/06/2020 21/07/2025
R. Canário, Av. das Garças, R. Pavão, R. Tucano, Simplificada tubulação requerido menor que 1.000 mm e a SEMPLAPE, com emissão
Empresa executora Ambiente processo 18569/20
R. Pelicano, R. Jacamim. seus dispositivos de drenagem) de nova licença.
Obras de drenagem, pavimentação, calçadas e Código 21.01: “Microdrenagem (Redes de Licença Original nº 070/20
2.2.9.5 - Obras de requalificação PMVV/Secretaria PMVV/Secretaria Emitido
sinalização na Av. Marmelo, Av. Tâmara, R. LMS - Licença Municipal drenagem de águas pluviais com diâmetro de transferida da SEMOB para
urbana no bairro Balneário Ponta da Execução Baixo - Muncicipal de Obras ou Muncipal de Meio LMS nº 052/21 01/09/2020 23/09/2020 21/07/2025
Francisco Rodrigues Pinto, R. do Limão e R. Simplificada tubulação requerido menor que 1.000 mm e a SEMPLAPE, com emissão
Fruta (RA-05). Empresa executora Ambiente processo 33903/20
Tamarino seus dispositivos de drenagem) ...” de nova licença.
Obras de pavimentação, drenagem, sinalização,
Código 21.01: “Microdrenagem (Redes de Licença Original nº 049/20
calçadas e ciclovia no bairro Santa Paula I: Rua Ipê PMVV/Secretaria PMVV/Secretaria Emitido
LMS - Licença Municipal drenagem de águas pluviais com diâmetro de transferida da SEMOB para
(I), Rua Cajueiro (C), Rua Camará (K), Rua Execução Baixo - Muncicipal de Obras ou Muncipal de Meio LMS nº 050/21 23/06/2020 29/07/2020 19/07/2025
Simplificada tubulação requerido menor que 1.000 mm e a SEMPLAPE, com emissão
Figueiras (F), Av. Jacarenema (J), Rua Bromélia Empresa executora Ambiente processo 23668/20
2.2.9.6 - Obras de requalificação seus dispositivos de drenagem) ...” de nova licença.
(B);
urbana nos bairros Santa Paula I e
Obras de pavimentação, drenagem, sinalização,
Santa Paula II (RA-05) Código 21.01: “Microdrenagem (Redes de Licença Original nº 050/20
calçadas e ciclovia no bairro Santa Paula II: Rua PMVV/Secretaria PMVV/Secretaria Emitido
LMS - Licença Municipal drenagem de águas pluviais com diâmetro de transferida da SEMOB para
N.S. da Penha, Rua Santa Carolina, Rua Santa Execução Baixo - Muncicipal de Obras ou Muncipal de Meio LMS nº 048/21 23/06/2020 29/07/2020 19/07/2025
Simplificada tubulação requerido menor que 1.000 mm e a SEMPLAPE, com emissão
Edwirges, Rua Santa Maria, Rua Santa Paula e Rua Empresa executora Ambiente processo 23629/20
seus dispositivos de drenagem) ...” de nova licença.
Santa Teresa
Código 21.01: “Microdrenagem (Redes de Emitido Licença Original nº 064/20
Obras de drenagem, pavimentação, sinalização e PMVV/Secretaria PMVV/Secretaria
LMS - Licença Municipal drenagem de águas pluviais com diâmetro de LMS nº 049/21 transferida da SEMOB para
calçadas no Bairro Riviera da Barra: Guarapari, Execução Baixo - Muncicipal de Obras ou Muncipal de Meio 05/08/2020 08/09/2020 19/07/2025
Simplificada tubulação requerido menor que 1.000 mm e processo 30089/20 a SEMPLAPE, com emissão
Liberdade. Empresa executora Ambiente
seus dispositivos de drenagem) ...” de nova licença.
2.2.9.7 - Obras de requalificação Código 21.01: “Microdrenagem (Redes de Emitido Licença Original nº 037/20
Obras de drenagem, pavimentação, sinalização e PMVV/Secretaria PMVV/Secretaria
urbana nos Bairros Riviera da Barra; LMS - Licença Municipal drenagem de águas pluviais com diâmetro de LMS nº 051/21 transferida da SEMOB para
calçadas no Bairro Cidade da Barra: Olegário Execução Baixo - Muncicipal de Obras ou Muncipal de Meio 29/04/2020 01/06/2020 19/07/2025
Cidade da Barra e São Conrado (RA- Simplificada tubulação requerido menor que 1.000 mm e processo 18568/20 a SEMPLAPE, com emissão
Mariano e Graciliano Ramos. Empresa executora Ambiente
05). seus dispositivos de drenagem) ...” de nova licença.
Código 21.01: “Microdrenagem (Redes de Emitido Licença Original nº 066/20
Obras de drenagem, pavimentação, sinalização, PMVV/Secretaria PMVV/Secretaria
LMS - Licença Municipal drenagem de águas pluviais com diâmetro de LMS nº 055/21 transferida da SEMOB para
calçadas e ciclovia no Bairro São Conrado: Radium e Execução Baixo - Muncicipal de Obras ou Muncipal de Meio 05/08/2020 14/09/2020 22/07/2025
Simplificada tubulação requerido menor que 1.000 mm e processo 30086/20 a SEMPLAPE, com emissão
Rua do Pescador. (RA-05). Empresa executora Ambiente
seus dispositivos de drenagem) ...” de nova licença.
Obras de drenagem, pavimentação, sinalização e
calçadas nas vias Rua Domingos Ribeiro Pinto; Rua Código 21.01: “Microdrenagem (Redes de Emitido
2.2.9.8 - Obras de requalificação PMVV/Secretaria PMVV/Secretaria Licença em processo de
C; Rua Muriaé; Rua B; Rua Jurandir Ferreira; Rua LMS - Licença Municipal drenagem de águas pluviais com diâmetro de LMS nº 073/21
urbana no Bairro Barra do Jucú (RA- Execução Médio - Muncicipal de Obras ou Muncipal de Meio 19/07/2021 30/11/2021 30/11/2025 transferência para a
Nadir Vieira; Rua Cecília de Oliveira Santos; Rua Simplificada tubulação requerido menor que 1.000 mm e processo 40909/21
05). Empresa executora Ambiente empresa executora.
Ademir Giro; Rua Augusta Ferrichk; Rua Agenor seus dispositivos de drenagem) ...”
Queiros.

Continua

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Quadro 02: Quadro Resumo das Obras e Respectivas Licenças Ambientais (Atualização 12/05/2021)
(Continuação)

Obras de drenagem, pavimentação, sinalização e Código 21.01: “Microdrenagem (Redes de Emitido


PMVV/Secretaria PMVV/Secretaria Licença em processo de
calçadas das vias A, B, F, Luiz Antônio Dias, Santo LMS - Licença Municipal drenagem de águas pluviais com diâmetro de LMS nº 055/21
Execução Médio - Muncicipal de Obras ou Muncipal de Meio 06/01/2022 07/06/2022 06/06/2026 transferência para a
Antônio, R. Linhares, R. Serra e R. Antônio Elias do Simplificada tubulação requerido menor que 1.000 mm e processo 30086/20
2.2.9.9 -Obras de requalificação Empresa executora Ambiente empresa executora.
Esp. Santo e Parque Linear de Ulisses Guimarães. seus dispositivos de drenagem) ...”
urbana nos bairros Ulisses
Guimarães, Terra Vermelha e 23 de Obras de drenagem, pavimentação, calçadas, PMVV/Secretaria
LIO - Licenciamento Emitido
maio (RA-05). sinalização e ciclovia na R. Prudente de Moraes, R. Urbanização em margens de corpos hídricos Muncicipal de Licença Original IEMA nº
Ordinário do IEMA Estado do Espírito Licença 046/22
Getúlio Vargas e R. Ayrton Senna. (margens do Execução interiores (lagunares, lacustres, fluviais e em - Planejamento e Projetos 30/11/2005 05/11/2020 24/05/2026 122/20 prorrogada, com
(Licença Prévia, Instalação Santo / IEMA processo 32272626
Canal do Congo). Implantação de Gabião e reservatórios) Estruturantes ou emissão de nova licença.
e Operação)
substituição de galeria. empresa executora
Obras de urbanização, sinalização, calçadas e
ciclovia na Av. Ministro Salgado Filho, Av. João
Mendes, R. Itagarça, R. Itaoca, Av. Capixaba, R.
Guarajás e R. Alberto de Oliveira Santos, R.
PMVV/Secretaria
2.2.10.1 - Obras de requalificação Almirante Tamandaré, R. Machado de Assis, R. São Código 21.01: “Microdrenagem (Redes de
Muncicipal de PMVV/Secretaria
urbana no Corredor Salgado Filho X Bento, R. Isabel dos Santos. Implantação de LMS - Licença Municipal drenagem de águas pluviais com diâmetro de
Preparação Médio Todos Planejamento e Projetos Muncipal de Meio Não iniciado 4 anos
João Mendes e vias auxiliares (RA- Ciclovia na Av. Gonçalves Ledo, R. Aguiar Lemos Simplificada tubulação requerido menor que 1.000 mm e
Estruturantes ou Ambiente
01) (Agenor de Souza Lé), R. Ernani de Souza e Av. seus dispositivos de drenagem) ...”
empresa executora
Juscelino Kubstcheck. Revisão de microdrenagem
existente e recapeamento, se necessário apenas
em alguns pequenos trechos específicos, conforme
indica o Projeto Executivo.
Urbanização, sinalização, calçadas e ciclovia na Av.
Sérgio Cardoso, Rua Montevidéo, Rua Lima, Rua
Santiago, Rua Rosa de Ouro, Rua Crisântemo, Av. PMVV/Secretaria
Código 21.01: “Microdrenagem (Redes de
Vitória Régia, Rua Azaléia, Rua Leila Diniz, Rua Jorge Muncicipal de PMVV/Secretaria
LMS - Licença Municipal drenagem de águas pluviais com diâmetro de
Risk, Rua Maria de Oliveira Maresguia e Rua Copo Preparação Médio Todos Planejamento e Projetos Muncipal de Meio Não iniciado 4 anos
Simplificada tubulação requerido menor que 1.000 mm e
de Leite, com revisão de microdrenagem existente Estruturantes ou Ambiente
seus dispositivos de drenagem) ...”
e recapeamento, apenas em alguns trechos empresa executora
específicos, se necessário, conforme indicar o
Projeto Executivo.
Extensão de via existente através da implantação
2.2.10.2 - Obras de requalificação
de novo trecho de via compreendendo: drenagem,
urbana no Corredor Sérgio Cardoso PMVV/Secretaria
pavimentação, urbanização, calçadas e ciclovia. Código 21.01: “Microdrenagem (Redes de
e vias auxiliares (RA 01 e 02). Muncicipal de PMVV/Secretaria
Bairro Jockey de Itaparica: Rua Beira do Canal do LMS - Licença Municipal drenagem de águas pluviais com diâmetro de
Preparação Médio Todos Planejamento e Projetos Muncipal de Meio Não iniciado 4 anos
Guaranhuns/R. Piauí (entre a Rua Rio Grande do Sul Simplificada tubulação requerido menor que 1.000 mm e
Estruturantes ou Ambiente
e Rod. Darly Santos); Rua Cel. Otto Neto (entre o seus dispositivos de drenagem) ...”
empresa executora
Canal e a Rotatória) e Rua Rondônia (entre o Canal
e a Av. Amazonas).
PMVV/Secretaria Conforme
LMO - Licenciamento
Construção de ponte sobre o Canal do Guaranhuns, Muncicipal de PMVV/Secretaria cronograma, sendo
Municipal Ordinário (Licença Código: 21.09: " Implantação de obras de Comprimento da
alinhada à Rua João Cipreste Filho, em Praia das Preparação Médio Planejamento e Projetos Muncipal de Meio Não iniciado no máximo 5 anos na
Prévia e Licença de arte especiais". estrutura (m)
Gaivotas. Estruturantes ou Ambiente Prévia e 6 anos na
Instalação)
empresa executora Instalação

Continua

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Quadro 02: Quadro Resumo das Obras e Respectivas Licenças Ambientais (Atualização 12/05/2021)
(Continuação)

Urbanização, sinalização, calçadas e ciclovia na Rua


Código 21.01: “Microdrenagem (Redes de PMVV/Secretaria
Itapetininga (Dylio Penedo), Rua Moacir Gonçalves, PMVV/Secretaria
LMS - Licença Municipal drenagem de águas pluviais com diâmetro de Muncicipal de
Rua Dório Silva, com revisão de microdrenagem Preparação Médio Todos Muncipal de Meio Não iniciado 4 anos
Simplificada tubulação requerido menor que 1.000 mm e Planejamento e Projetos
existente e recapeamento, se necessário Ambiente
seus dispositivos de drenagem) ...” Estruturantes
(conforme indicar o Projeto Executivo).
Obras de Drenagem, Pavimentação, Urbanização,
Sinalização, Calçadas e Ciclovia da Rua Rosa
Código 21.01: “Microdrenagem (Redes de PMVV/Secretaria
Vermelha (trecho 01 e 02); Rua Rosa Amarela PMVV/Secretaria
LMS - Licença Municipal drenagem de águas pluviais com diâmetro de Muncicipal de
(entre a Rotatoria e a Rua Leila Diniz), Rua Rosa de Preparação Médio Todos Muncipal de Meio Não iniciado 4 anos
Simplificada tubulação requerido menor que 1.000 mm e Planejamento e Projetos
Ouro (entre a Rua Manoel de Abreu e Rua Leila Ambiente
seus dispositivos de drenagem) ...” Estruturantes
Diniz) e Rua Glauber Rocha (entre a Rotatória e a
Rua Rosa de Prata).
2.2.10.3 - Obras de requalificação Extensão de via existente através da implantação
urbana do Corredor Moarcir Gonçalves de novo trecho de via compreendendo:
e vias auxiliares (RA-01, 02 e 04). terraplanagem, drenagem, pavimentação,
urbanização, posteamento, calçadas e ciclovia. PMVV/Secretaria
Código 21.01: “Microdrenagem (Redes de
Bairro Polo Empresarial Novo México: Rua Rosa de Muncicipal de PMVV/Secretaria
LMS - Licença Municipal drenagem de águas pluviais com diâmetro de
Ouro (entre a Rua Manoel de Abreu e Rod. Darly Preparação Médio Todos Planejamento e Projetos Muncipal de Meio Não iniciado 4 anos
Simplificada tubulação requerido menor que 1.000 mm e
Santos); Rua Moacir Gonçalves (entre a Rua Rosa Estruturantes ou Ambiente
seus dispositivos de drenagem) ...”
de Prata e a Rod. Darly Santos). Bairro Praia da empresa executora
Gaivotas: ajuste de traçado de 100m da Rua
Itapetininga (Dylio Penedo) para alinhamento à
ponte da Rua Moacir Gonçalves.
Conforme
LMO - Licenciamento PMVV/Secretaria
PMVV/ Secretaria cronograma, sendo
Construção de ponte sobre o Canal do Guaranhuns, Municipal Ordinário (Licença Código: 21.09: " Implantação de obras de Comprimento Muncicipal de
Preparação Médio Municipal de Meio Não iniciado no máximo 5 anos na
alinhada à Rua Dório Silva, em Guaranhuns. Prévia e Licença de arte especiais". da estrutura (m) Planejamento e Projetos
Ambiente Prévia e 6 anos na
Instalação) Estruturantes
Instalação
Urbanização, sinalização, calçadas e ciclovia na Av. Código 21.01: “Microdrenagem (Redes de PMVV/Secretaria
2.2.10.4 - Obras de requalificação PMVV/ Secretaria
Califórnia e Av. Alvares de Azevedo, com revisão LMS - Licença Municipal drenagem de águas pluviais com diâmetro de Muncicipal de
urbana da Av. Alvares de Azevedo e A iniciar Médio Todos Municipal de Meio Não iniciado 4 anos
de microdrenagem existente e recapeamento, se Simplificada tubulação requerido menor que 1.000 mm e Planejamento e Projetos
Av. Califórnia. (RA-05) Ambiente
necessário (conforme indicar o Projeto Executivo). seus dispositivos de drenagem) ...” Estruturantes

Implantação de nova via municipal, classe Arterial


Conforme
2.2.10.5 - Implantação de trecho do 01, com terraplanagem, drenagem, pavimentação, LMO - Licenciamento Código 21.01: “Microdrenagem (Redes de PMVV/Secretaria
PMVV/ Secretaria cronograma, sendo
Corredor Central - Sul (Ligação Rodovia posteamento, urbanização e ciclovia, ligando a ES- Municipal Ordinário (Licença drenagem de águas pluviais com diâmetro de Muncicipal de
A iniciar Alto Todos Municipal de Meio Não iniciado no máximo 5 anos na
do Sol à ES-388 via Normília da Cunha) 060, na altura da Fazenda Camping Barra do Jucú, Prévia e Licença de tubulação requerido menor que 1.000 mm e Planejamento e Projetos
Ambiente Prévia e 6 anos na
(RA-05) à ES-388, margeando os Bairros Ulisses Guimarães Instalação) seus dispositivos de drenagem) ...” Estruturantes
Instalação
e Normília da Cunha.

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6.2 FLUXO E TRAMITAÇÃO DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL


DAS OBRAS.

O requerimento de licença ou dispensa deverá ser feito nos termos do Decreto


Municipal nº 027/2018, com preenchimento de formulário próprio e, por se tratar de
obra da própria administração municipal, a Secretaria Municipal de Obras,
Planejamento e Projetos Estruturantes deverá ser a requerente. Os enquadramentos
ambientais para as obras do Programa, seguirão o estabelecido no Quadro 02
apresentado no item anterior, devendo ser analisado e reavaliado o respectivo
enquadramento quando da solicitação do requerimento e apresentação dos projetos
por parte da Secretaria Municipal de Obras, Planejamento e Projetos Estruturantes.

Diante disso, e considerando ainda que a pessoa jurídica requerente da licença é


necessariamente um órgão público municipal, que é diferente da pessoa jurídica
executora da obra (no caso a licitante vencedora) tem-se o fluxo processual abaixo.
Cabe à Secretaria Municipal de Obras, Planejamento e Projetos Estruturantes incluir
nos editais de licitação como anexo o Relatório de Avaliação Ambiental do Programa
(inclusive com as diretrizes do Plano de Gestão Ambiental e Social da Obra-PGAS) e
as licenças ambientais ou sua dispensa.

Figura 02: Fluxo do Licenciamento Simplificado. NOTA: Fluxo Sintético do Licenciamento do


Programa, sem prejuízo do fluxo básico decorrente do Decreto Municipal nº 027/2018, disponível em:
<https://www.vilavelha.es.gov.br/paginas/meio-ambiente-licenciamento-ambiental>

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Figura 03: Fluxo do Licenciamento Ordinário. NOTA: Fluxo Sintético do Licenciamento do Programa,
sem prejuízo do fluxo básico decorrente do Decreto Municipal nº 027/2018, disponível em:
<https://www.vilavelha.es.gov.br/paginas/meio-ambiente-licenciamento-ambiental>.

Caberá ainda à Secretaria Municipal de Obras, Planejamento e Projetos Estruturantes


fazer constar no edital de licitação e contrato de obras, onde, esteja determinado que
a licitante vencedora (contratada) será responsável pelo cumprimento das
condicionantes ambientais e pela elaboração e execução do Plano de Gestão
Ambiental e Social (PGAS) da Obra e seus programas (conforme modalidade de
licenciamento). No prazo fixado no Edital, a empresa construtora deverá fazer a
transferência da titularidade da licença ambiental, caso esta já tenha sido previamente
protocolada e obtida pela Secretaria Municipal de Obras, Planejamento e Projetos
Estruturantes.

A licitante vencedora (contratada), além de cumprir com as condicionantes ambientais


deverá antes do início das obras, apresentar a Declaração Ambiental e Social, exigida
no âmbito do Edital de Licitação.

Todas as licenças ambientais ou dispensas deverão conter, no que couber,


condicionantes ambientais para os temas a seguir: Comunicação Social (obrigatório);

__________________________________________________________________________________
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Gestão de Resíduos Sólidos (obrigatório); Gestão de Efluentes Líquidos (obrigatório);


Supressão Vegetal e Compensação (a critério do órgão licenciador); Controle da
Qualidade Ambiental (obrigatório); Trabalho em Canteiro de Obras (a critério do órgão
licenciador ou da contratante); Saúde e Segurança dos Trabalhadores (obrigatório);
Controle de Tráfego (obrigatório) e Interferência em Redes de infraestrutura (a critério
do órgão licenciador ou da contratante), independentemente da exigência de
apresentação de Plano de Gestão Ambiental e Social da Obra (PGAS), que será
tratado no próximo item.

6.3 PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL DA OBRA (PGAS)

O Plano de Gestão Ambiental e Social das Obras (PGAS) é parte integrante do


processo de licenciamento ambiental, podendo ser exigido pela Secretaria Municipal
de Meio Ambiente, conforme grau de impacto, magnitude e relevância para fins das
obras inerentes ao Programa de Requalificação Urbana e Melhorias Ambientais em
Vila Velha ES.

Portanto, conforme enquadramento preliminar constante no Quadro 02 acima, nem


todas as obras terão a exigência da apresentação do Plano de Gestão Ambiental e
Social da Obra, o que não significa afirmar que no âmbito das licenças ambientais ou
dispensas, as condicionantes ambientais aplicáveis vão deixar de tratar as soluções,
remediações e mitigações dos impactos ambientais e sociais.

O sistema de gestão do PGAS tem como premissa a definição de uma política por
parte da empresa executora, entendida como uma expressão de suas diretrizes
sociais e ambientais, tendo em vista sua visão de futuro e seu planejamento
estratégico, observadas a Política Ambiental e Social do FONPLATA, o presente
Relatório e as licenças ambientais de cada obra. Também prevê que a empresa
executora deva estabelecer e manter os objetivos e metas ambientais e sociais
documentados, coerentes com a sua política ambiental, e levando-se em conta a
identificação e priorização dos seus impactos ambientais e forma de gestão.

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Nesse sentido, alguns compromissos inerentes à política ambiental devem ser


assumidos pela organização ao estruturar o seu sistema de gestão socioambiental.
Através da ferramenta (PGAS) é possível gerir as tarefas da empresa no que diz
respeito às políticas, diretrizes e programas relacionados ao meio ambiente:

a) Manter um sistema que assegure que suas atividades atendam à legislação


vigente e aos padrões estabelecidos pelo FONPLATA;
b) Estabelecer e manter um diálogo permanente com seus colaboradores e a
comunidade, visando o aperfeiçoamento de ações ambientais conjuntas;
c) Educar e treinar seus colaboradores para que atuem sempre de forma
ambientalmente correta;
d) Exigir de seus fornecedores produtos e componentes com qualidade ambiental
compatível com a de seus próprios produtos;
e) Manter, em geral, em conjunto com a área de segurança do trabalho, a saúde dos
trabalhadores;
f) Colaborar com setores econômicos, comunidade e órgãos ambientais para que
sejam desenvolvidos e adotados processos produtivos que evitem ou minimizem
agressões ao meio ambiente.

Aos diversos impactos ambientais, sejam estes manifestações positivas ou negativas,


deverá ser proposto medidas de mitigação, de compensação e de monitoramento
(denominadas medidas de controle), bem como medidas potencializadoras, dando
base para a formatação dos Programas Socioambientais que irão estruturar o PGAS.

Dessa forma, a sistematização das medidas permite organizá-las com a configuração


de Programas contendo: Objetivos, Impactos a Mitigar/Potencializar, Ações
Propostas, Indicadores de Acompanhamento, Responsável técnico e Cronograma.
Cada programa deverá contar com um ou mais indicadores para acompanhar sua
aplicação e sua efetividade no Plano socioambiental. Com base nesses indicadores
poderá ser avaliado o andamento dos programas e implementação de ações de ajuste
se os mesmos mostrarem falhas na execução ou na obtenção dos resultados
esperados.
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Portanto, como parte do processo de licenciamento ambiental, caberá a licitante


vencedora (contratada), quando solicitado no edital de licitação, elaborar e apresentar
o Plano de Gestão Ambiental e Social, com foco nas principais questões afetas ao
empreendimento/obra licitada, devendo atender aos aspectos técnicos aqui
apresentados e estruturá-lo conforme preceitos estabelecidos na Resolução
CONAMA nº 001/86 de 23/01/1986, Decreto Estadual nº 1.777 de 09/01/2007 e
Decreto Municipal nº 027/2018, deste Relatório Ambiental e no formato de formulário
abaixo apresentado, contendo no mínimo as informações técnicas abaixo solicitadas.

Objetivamente o PGAS visa levantar dados e informações que permitam uma


adequada gestão ambiental a partir da elaboração de programas para mitigar e
compensar os impactos negativos decorrentes da fase de execução das obras. Além
de prever e avaliar os possíveis impactos ambientais e sociais que possam os
eventuais impactos negativos, em atendimento ao que dispões as políticas de meio
ambiente.

A licitante vencedora (contratada) será responsável pela execução do Plano de


Gestão Ambiental e Social da Obra, e deverá colaborar com a contratante,
diretamente ou através da empresa contratada para a Supervisão das Obras do
Programa, para o registro de evidências necessárias a comprovação do cumprimento
das condicionantes ambientais, e no que tange ao atendimento às demandas das
outras Instituições envolvidas no processo de licenciamento ambiental, assim como
será responsável também por outros programas que possam vir a surgir devido a
novas orientações do Órgão Licenciador.

Ocasionalmente as medidas mitigadoras deverão ser inseridas em programas


específicos, em soluções de engenharia, na fase de planejamento e projeto da obra.
Assim, os respectivos programas deverão ser objetivamente detalhados, a nível
executivo, para a realidade da obra em estudo.

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O Plano de Gestão Ambiental e Social da Obra será composto por programas


específicos e próprios de cada intervenção e etapa da obra. A definição dos
programas a serem elaborados está diretamente relacionada às características de
cada obra, ao meio ambiente em que estará inserida, e aos impactos que deverá
causar, aspectos estes que serão identificados somente por ocasião do
desenvolvimento do Plano a partir da análise do projeto. Diante disso, o PGAS terá
programas obrigatórios e outros que deverão ser elaborados quando exigidos na
forma de condicionantes ambientais, ou seja, na licença ambiental. Os programas são:
 Programa de Comunicação Social (obrigatório);
 Programa de Gestão de Resíduos Sólidos (obrigatório);
 Programa de Gestão de Efluentes Líquidos (obrigatório);
 Programa de Supressão Vegetal e Compensação (a critério do órgão
licenciador);
 Programa de Controle da Qualidade Ambiental (obrigatório);
 Programa de Trabalho em Canteiro de Obras (a critério do órgão licenciador ou
da contratante);
 Programa de Saúde e Segurança dos Trabalhadores (obrigatório);
 Programa de Controle de Tráfego (obrigatório);
 Programa de Interferência em Redes de infraestrutura (a critério do órgão
licenciador ou da contratante).

A seguir é apresentada uma itemização básica do Plano de Gestão Ambiental e Social


da Obra (PGAS), com algumas considerações e recomendações para a sua
elaboração e posterior cumprimento.

1 – INTRODUÇÃO

1.1 Informações Gerais

• Identificação do empreendimento/obra, apresentando a denominação oficial do mesmo;


• Identificação e qualificação da contratada: nome ou razão social, número dos registros legais,
endereço completo, telefone, responsáveis legais (nome, CPF, endereço, telefone, e-mail) e
pessoas de contato (nome, CPF, endereço, telefone, e-mail);
• Identificação da empresa consultora responsável pela elaboração do Plano de Gestão Ambiental
e Social da Obra, discriminando: o nome completo, CNPJ, endereço, telefone, fax, representante
legal (nome, CPF, endereço, telefone, fax, representante legal (nome, CPF, endereço, telefone,
e-mail) e nome do profissional para contato (nome, CPF, endereço, telefone, e-mail).
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2 - IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO/OBRA

2.1 - Localização:

Localizar os bairros, vias que receberão as obras e também aquelas que serão utilizadas para acesso
e trânsito.

2.2 – Descrição do empreendimento:

Descrever as principais características, objetivo, atividades e ações da obra, (pré-início, durante


execução e pós término), apresentando documentos, tais como planilha de obras, cronograma físico,
registros de controle e supervisão das obras, relação de profissionais responsáveis, necessários à
análise ambiental.

2.3 – Área de Influência:

As áreas de influência (direta e indireta*) deverão ser definidas de tal forma que abranjam a região
afetada pelos impactos gerados, demarcando seus limites e os das áreas objeto da intervenção. As
áreas de influência deverão ser apresentadas em figuras, indicando os atributos naturais existentes
(nascentes, unidades de conservação, cursos d’água, áreas de APP, etc.) e vias de circulação.

*A área de influência indireta será composta por uma borda de 200m a partir das margens da área
de influência direta, incluindo-se, em ambas, as vias de uso para transporte e carga de material,
equipamentos, canteiro de obra, cuja origem se dará a partir da via de trânsito rápido, arterial e
coletora definida nos projetos.

3 – PROGRAMAS:

3.1 - Programa de Comunicação Social

Deve ter por objetivo prestar informações permanentes às comunidades instaladas na área de
influência direta a respeito do andamento das obras, implementação de desvios temporários,
interrupção eventual de serviços de infraestrutura, intervenções em cercas e propriedades, entre
outros. Deve informar a respeito das medidas que serão adotadas para não comprometer as
edificações/instalações de terceiros próximas ao empreendimento, deve realizar sinalização da
movimentação de máquinas e veículos no entorno do empreendimento, para evitar possíveis
acidentes entre os usuários das vias e os veículos utilizados na obra. Deve prever um canal de
comunicação entre a empresa e a comunidade. Sugere-se que também seja incluído neste programa
a divulgação dos procedimentos a serem adotados pela empresa na seleção, contratação e
desmobilização da mão-de-obra e aquisição de materiais e serviços, com prioridade para o mercado
local.

3.2 – Programa de Gestão de Resíduos Sólidos

Deve ser elaborado conforme Termo de Referência disponibilizado pela Secretaria Municipal de Meio
Ambiente de Vila Velha, e necessariamente apresentar a classificação dos resíduos em
conformidade com a legislação ambiental e as normas da ABNT aplicáveis, e acessível no link:
<https://www.vilavelha.es.gov.br/midia/paginas/Termo_referencia_PGRCC.pdf>.

Quando da necessidade de instalação de canteiro de obras no local deve ser registrada no presente
programa, assim como as seguintes informações: layout, estruturas a serem instaladas (tapumes,
contêiner, cobertura, etc.) e os procedimentos a serem adotados para destinação dos resíduos e
efluentes gerados no canteiro.

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O programa deve informar o nome dos fornecedores de insumos e materiais (areia, brita, asfalto,
material de empréstimo, material betuminoso, etc.) e estes deverão possuir licença ambiental válida
e as mesmas deverão ser apresentadas.

O programa deve prever a apresentação de relatórios fotográficos demonstrando as informações


acima solicitas, o quantitativo gerado (volume ou peso), bem como a apresentação de comprovantes
de destinação final ambientalmente adequada dos efluentes.

3.3 – Programa de Gestão de Efluentes Líquidos

Deve ter por objetivo prestar informações quali-quantitativas dos efluentes que serão gerados
durante as intervenções. Deve-se informar as tipologias de efluentes gerados (doméstico e/ou
industrial); estimar o volume ou a vazão a ser gerada; informar sobre a metodologia de coleta,
afastamento e destinação final que serão adotados. No caso de geração de efluente oleoso, em
decorrência da lavagem de máquinas e equipamentos, a atividade somente poderá ocorrer em local
com piso impermeabilizado, presença de canaletas e condução para reservatório próprio, onde será
encaminhado a um sistema separador de água e óleo, ou encaminhado para destinação final ao
aterro sanitário, devendo compor o programa de Canteiro de Obras e ser objeto de licenciamento
específico. O documento deve apresentar o nome das empresas que prestarão serviços e
saneamento, tais como, caminhões limpa-fossa e locação de banheiros químicos, sempre
acompanhado de cópia da licença ambiental para a atividade contratada.

O programa deve prever a apresentação de relatórios fotográficos demonstrando as informações


acima solicitas, os quantitativos produzidos, bem como a apresentação de comprovantes de
destinação final ambientalmente adequada dos efluentes.

3.4 – Programa de Supressão Vegetal e Compensação

O presente programa deve ser elaborado quando a licença ou autorização ambiental assim o exigir,
pois sua necessidade está vinculada a supressão significativa de árvores. O documento deve
apresentar as seguintes informações:
• Quantidade a ser suprimida (número de indivíduos arbóreos por espécie);
• Destinação final do material proveniente da supressão (galhos, folhas, troncos e raízes);
• Motivo/justificativa da supressão;
• Proposta de compensação.

A proposta de compensação deve informar a quantidade de árvores que serão plantadas, as


espécies, as características das mudas (tamanho, idade ou condição vegetativa), os locais de plantio
indicados em mapa, a metodologia de plantio, e prever a manutenção das mudas por pelo menos 12
meses. O presente programa estará sujeito à aprovação da SEMMA previamente a sua execução.

3.5 – Programa de Controle da Qualidade Ambiental

O Programa de Controle Ambiental deve apresentar as medidas que serão adotas para evitar os
seguintes impactos negativos ou ocorrências durante as obras, na forma de ações, contendo no
mínimo a identificação e localização do impacto, o instrumento a ser utilizado, quando deverá ser
adotada a ação mitigadora, a sua periodicidade, além da forma de registro do tratamento aplicado:
• Suspensão de particulado em decorrência do tráfego de veículos pesados;
• Suspensão de particulado em decorrência da movimentação de matéria-prima;
• Suspensão de particulado em decorrência do manejo dos resíduos sólidos;
• Derramamento de material sólido ou líquido nas vias públicas;
• Acúmulo de água, originada ou não pela chuva;
• Poluição sonora – emissão de ruído acima da NBR 10151;
• Erosão de canais e corpos hídricos;
• Carreamento de materiais para canais, corpos hídricos e áreas de preservação permanente ou
unidades de conservação.

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Para cada medida preventiva adotada deverá ser informada a periodicidade de execução e o
profissional encarregado de sua observação e/ou execução.

3.6 – Programa de Trabalho em Canteiro de Obras

Os Canteiros de Obras são instalações destinadas a abrigar escritórios, refeitórios, ambulatórios,


sanitários, oficinas, almoxarifados, armazenamento de materiais, etc. As instalações do canteiro de
obras deverão obedecer as normas regulamentadoras NR-18 e NR-24, portarias, instruções e outros
atos disciplinadores de segurança e medicina do trabalho, oriundo do Ministério do Trabalho, regras
gerais estabelecidas neste documento e demais dispositivos legais pertinentes.

O canteiro de obras deverá ser delimitado de modo a impedir o ingresso de pessoas não autorizadas
naquela área, assegurando, em qualquer hipótese, o livre trânsito e a integridade física de pedestres
e veículos nas vias públicas, e a proteção dos bens de terceiros estacionados ou localizados nas
adjacências do canteiro. A implantação do canteiro de obras deve estar contemplada na licença ou
autorização ambiental do projeto como um todo. E caso seja necessário, as áreas de bota fora e
empréstimo deverão estar autorizadas ou licenciadas por órgão ambiental competente.

Em caso de intervenções de terraplanagem, providenciar medidas de controle ambiental que não


permitam o carreamento de materiais para os cursos d’água próximos.

Da Implantação
A escolha do local para implantação do canteiro de obras deverá considerar os seguintes aspectos:
• O local deve ser de fácil acesso, livre de inundações, ventilado e com insolação adequada;
• Deve-se preservar as árvores de grande porte, propondo-se o menor desmatamento possível;
• Deve-se- escolher locais onde não serão necessários grandes movimentos de terra;
• Deve-se levar em conta a direção dos ventos dominantes no caso do canteiro de obras se situar
próximo a núcleos habitacionais.

A escolha dos locais para implantação do canteiro de obras deve contar com a participação das
Secretarias de Meio Ambiente e de Obras, de modo a propiciar a integração dessas instalações com
a infraestrutura existente. Não é aconselhável e deve-se evitar a implantação de canteiros próximos
a unidades de conservação, áreas de preservação permanente e áreas com cobertura natural
preservada. Para a instalação do canteiro deve-se, preferencialmente, escolher área já alterada. A
localização do canteiro não deve interferir com o sistema viário e de saneamento básico.

Restringir o tráfego de caminhões e de equipamentos pesados aos horários que causem a menor
perturbação na vida cotidiana da população.
O canteiro de obras deverá observar às diretrizes da Legislação Brasileira de Segurança e Medicina
no Trabalho, especialmente o Plano de Emergência Médica e Primeiros Socorros, para eventuais
remoções de acidentados para hospital da região.

Dos Controles Ambientais


O Programa deve apresentar o layout do canteiro (com identificação das áreas operacionais e de
convivência), projeto executivo dos dispositivos de controle ambiental a serem adotados, tais como:
canaletas, caixas retentoras e de passagem, filtros, sistemas de tratamento e destinação final.

O Programa deve apresentar as medidas que serão adotas para:


• Tratamento dos efluentes líquidos,
• Armazenamento temporário e destinação final dos resíduos sólidos,
• Contenção de óleos e graxas;
• Armazenamento e disposição final de produtos perigosos (NBR 10004);
•Instalação de sistemas de abastecimento d’água e de esgotamento sanitário.

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A critério da empresa executora da obra, e sob sua responsabilidade, poderão ser utilizados
banheiros químicos, desde que sejam fornecidos por empresa licenciada para essa atividade. Esses
banheiros deverão ter seus reservatórios de esgotos esvaziados periodicamente, ou substituídos por
outros, sendo seus efluentes enviados para tratamento por empresas especializadas devidamente
licenciadas. Em nenhuma hipótese tais efluentes podem ser lançados diretamente na rede de
drenagem pluvial.

Quando o houver pretensão de utilizar o espaço do canteiro de obras para lavagem de máquinas e
equipamentos, deverá ser apresentado um projeto, em áreas devidamente dimensionadas para este
fim, com caneletas de contenção, para o caso de vazamentos acidentais, sendo que o material
oleoso, após a sua separação em sistema de separação água-óleo (SAO), deverá ser coletado e
encaminhado para destinação apropriada, conforme previsto na legislação vigente. Nas áreas com
possibilidade de acúmulo de resíduos de óleos e de combustíveis, como as áreas de lavagem dos
pneus dos veículos e de veículos, se existir, serão instaladas canaletas para encaminhamento dos
efluentes ao separador água e óleo de alta eficiência no processo de remoção do óleo,
separadamente da drenagem de águas pluviais; As caixas, tanques e grades deverão passar por
limpezas periódicas, onde deve ser removido todo o material acumulado para posterior disposição
final adequada;

O armazenamento dos resíduos sólidos deve ser realizado em locais que sejam:
• Pavimentados ou com base de lona;
• Dotados de sistemas de contenção, com barricadas (sacos) de areia ou palha;
• Com equipamentos de combate a incêndios;
• Corretamente identificados;
• Autorizados pelo responsável pelo meio ambiente.

Da Desmobilização
A remoção deve ser feita adequadamente, de modo a não caracterizar “passivos ambientais”. Após
o término das atividades de implantação, toda a infraestrutura utilizada durante a construção das
obras, caracterizada essencialmente por canteiro de obras, deverá ser removida, exceto nos casos
em que essas estruturas forem aproveitadas na fase de operação do sistema, pelo empreendedor
ou pela comunidade. Não será permitido o abandono da área de canteiro sem recuperação do uso
original, nem o abandono de sobras de materiais de construção, de equipamentos ou partes de
equipamentos inutilizados. Os resíduos devem ser acondicionados em locais apropriados, os quais
devem receber tratamento adequado, conforme suas características. Documentação fotográfica,
retratando a situação original das áreas do canteiro, deve ser obrigatoriamente elaborada e utilizada
durante a execução dos serviços de restauração, visando a comparação da situação dessas áreas
antes e depois da construção das obras. Além da restauração definitiva das instalações
eventualmente danificadas pela obra, os serviços devem englobar a execução de proteção vegetal
nas áreas alteradas, de forma a garantir a estabilidade do terreno, dotando as faixas de obras de
uma proteção permanente

3.7 – Programa de Saúde e Segurança dos Trabalhadores

Além de garantir a legalidade das ações de segurança do trabalho e saúde ocupacional, o Programa
de Saúde e Segurança Ocupacional visa controlar a qualidade dos ambientes de trabalho sob a ótica
de higiene, saneamento e ergonomia, a segurança de todos os funcionários, assim como de
transeuntes e moradores de áreas próximas aos locais de implantação de infraestrutura e o controle
médico da saúde ocupacional. O Programa de Saúde e Segurança Ocupacional têm por objetivo
principal garantir a conformidade das contratadas com a legislação sobre a matéria.

A metodologia do Programa de Saúde e Segurança Ocupacional durante as obras inclui as seguintes


medidas, que deverão ser implementadas pelas contratadas para a execução das obras:

a) Gestão de Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional


Devem ser desenvolvidas algumas atividades mínimas previstas na legislação vigente, tais como:

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• Constituição do SESMT (Serviço Especializado de Engenharia de Segurança e Medicina do


Trabalho);
• Constituição da CIPA;
• Elaboração do PCMSO;
• Elaboração do documento-base do PPRA.

b) Treinamento em Saúde Ocupacional e Segurança do Trabalho


Será responsabilidade permanente da empresa contratada treinar sua equipe para o cumprimento
das normas de segurança, uso de EPIs e procedimentos de trabalho seguro. Para isso, as empresas
deverão contar com técnicos em segurança do trabalho na quantidade estipulada pela legislação.

Todos os trabalhadores, durante o processo admissional, receberão treinamento de integração em


questões de segurança do trabalho, que será ministrado em conjunto com o treinamento ambiental
admissional.

Durante as obras, todo o pessoal das frentes de trabalho receberá orientação semanal em segurança
do trabalho por período mínimo de 15 minutos.

Treinamentos específicos deverão ser realizados considerando as especificidades das obras.

Os chefes de frente de obra e engenheiros das empresas contratadas também deverão receber
treinamento e estarem em condições de supervisionar o cumprimento das normas de segurança.

Em casos de ocorrência de acidentes e/ou do lançamento de não-conformidades relativas à


segurança do trabalho pela equipe de supervisão de obras da contratante, o treinamento semanal
será reforçado, com foco nos procedimentos cuja inobservância tenha sido verificada.

c) Elaboração do Código de Conduta para os Trabalhadores


As contratadas deverão orientar e disciplinar os seus colaboradores quanto a ética no ambiente de
trabalho, como também, sobre segurança do trabalho, uso de Equipamentos de Proteção Individual
(EPI), relacionamento com a comunidade, respeito ao meio ambiente, higiene e limpeza, consumo
de bebidas alcoólicas e drogas, hábitos saudáveis, ou seja, valores de sustentabilidade de forma
geral.

d) Especificação das Responsabilidades no Atendimento a Emergências


Deverá estar determinado claramente as responsabilidades das contratadas nas situações de
emergências que possam se apresentar durante as obras. Para tanto, será exigido a disponibilidade
de acesso a equipamentos/dispositivos para realizar as primeiras ações de combate, considerando
as seguintes hipóteses acidentais:
• Incêndio na área de implantação do empreendimento ou em áreas lindeiras;
• Vazamento de combustíveis ou produtos químicos;
• Escorregamento em área escavada ou terraplenada para execução das obras.

Dentre os equipamentos que as contratadas deverão disponibilizar nas frentes de obra para atuação
emergencial, devem constar:
• Extintores, em quantidade compatível com as características das instalações a proteger;
• Manta plástica de alta resistência nas proximidades das frentes de obra com maior risco de
instabilidade do solo (quando em projetos de contenção de encostas);
• Espumas absorventes, nos locais de armazenagem de combustíveis ou produtos químicos.

e) Protocolos de biossegurança para prevenir o contágio da COVID-19

3.8 – Programa de Controle de Tráfego

Durante a etapa de obras, a população usuária das vias utilizadas nas obras e os usuários do sistema
de transportes que por elas trafeguem deverão ser prévia e devidamente informados, mediante

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mensagens claras e objetivas, sobre as mudanças temporárias que serão introduzidas em itinerários,
locais de estacionamento, paradas de ônibus, passarelas de pedestres, desvios de tráfego,
alterações de limite de velocidade, surgimento de novos pontos perigosos de passagem e travessia,
entre outros.

As vias deverão ser devidamente sinalizadas para garantir a operação dos sistemas de transporte e
de circulação, de todos os modais, especialmente, dos pontos provisórios de parada de ônibus.

Sempre que necessário, a empresa deverá implantar passeios ou passarelas provisórias que
permitam o trânsito seguro de pedestres nos locais de obras.

O programa deverá propor, ainda, a estratégia de desvios de circulação para cada fase da obra.
Para tanto, a contratada deverá prever as devidas solicitações de interdição e desvios de tráfego à
SEMDEST, autoridade municipal de trânsito, nos termos do Código de Trânsito Brasileiro. Toda
alteração nos sistemas de circulação e de transportes deverá ser previamente submetida à
SEMDEST.

Os obstáculos e escavações em locais de circulação de veículos e pedestres deverão ser


devidamente sinalizados, incluindo, sempre que necessário, sinalização luminosa.

Para garantir que os comerciantes e a população não sejam prejudicados quanto à segurança,
acessibilidade, fluidez de tráfego e outros, é importante ter um bom planejamento, a exemplo de
conciliar a execução das obras em ruas comerciais com o calendário do município (datas
comemorativas e eventos), evitando grandes transtornos. Portanto, é essencial um adequado
planejamento das obras e uma adequada estratégia de sinalização e desvio de trânsito,
considerando, prioritariamente, os serviços de transporte coletivo.

3.9 – Programa de Interferências em Rede de Infraestrutura

As obras a serem implantadas podem interferir nos sistemas de infraestrutura existentes nas áreas
de intervenção, como por exemplo, nas redes de abastecimento de água, nas redes de esgotos,
drenagem, telefonia, eletrificação e outros sistemas a cabo, sejam subterrâneos ou aéreos, indicando
a necessidade de deslocamento e readequação dos mesmos. Podem igualmente interferir em
equipamentos e mobiliários públicos existentes nas áreas diretamente afetadas, exigindo remoções
e recomposições.

O planejamento de obras deve considerar a necessária articulação com as concessionárias e órgãos


públicos responsáveis tanto para uma comunicação antecipada do início da obra respectiva quanto
para o acompanhamento da obra por técnico da empresa concessionária.

Deve-se prever, também, a divulgação de eventuais cortes de serviço, a toda população usuária da
concessionária do serviço em questão, com antecedência mínima de 5 dias úteis, utilizando-se os
meios de comunicação mais eficientes na área da intervenção, de forma a trazer o menor transtorno
ao seu cotidiano.

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3.10 – Modelo Síntese de apresentação dos Programas

ANEXO PARA O EDITAL: FORMATO DE APRESENTAÇÃO DOS PROGRAMAS DO PLANO DE GESTÃO


AMBIENTAL E SOCIAL DA OBRA (PGAS)

Os programas sociais e ambientais a serem incluídos no Plano de Gestão Ambiental e Social da obra (PGAS) deverão
contemplar, no mínimo e quando couber, os seguintes Programas resultantes do prognóstico ambiental das obras e das
recomendações emitidas no Relatório de Avaliação Ambiental do Programa e nas licenças ambientais:

- Programa de Comunicação Social (obrigatório);


- Programa de Gestão de Resíduos Sólidos (obrigatório);
- Programa de Gestão de Efluentes Líquidos (obrigatório);
- Programa de Supressão Vegetal e Compensação Vegetal (a critério do órgão licenciador);
- Programa de Controle da Qualidade Ambiental (obrigatório);
- Programa de Trabalho em Canteiro de Obras (a critério do órgão licenciador);
- Programa de Saúde e Segurança dos Trabalhadores (obrigatório);
- Programa de Controle de Tráfego (obrigatório);
- Programa de Interferência em Redes de Infraestrutura (a critério do órgão licenciador).

NOME DO PROGRAMA
NOME DO SUB-PROGRAMA
OBJETIVO.

IMPACTO AMBIENTAL A COMPONENTE AMBIENTAL AFETADO LOCALIZAÇÃO DA INTERVENÇÃO:


PREVENIR/MITIGAR/COMPENSAR/ (coordenadas georeferenciadas
REMEDIAR do trecho da obra)

METODOLOGIA OU ATIVIDADES A SEREM IMPLEMENTADAS

INDICADORES DE ACOMPANHAMENTO (Incluir linha de base, meta e prazo MEIO DE VERIFICAÇÃO


de cumprimento)

RESPONSÁVEL RECURSOS APLICADOS (técnicos, PRESSUPOSTO


administrativos, materiais e
equipamentos)

4 - APRESENTAÇÃO DE RELATÓRIOS E SUA PERIODICIDADE

O Plano de Gestão Ambiental e Social da Obra (PGAS) deverão ser apresentados segundo modelo
padrão (formulário em anexo) a ser avaliado e aprovado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente
antes da assinatura do contrato com a licitante vencedora.

Ao longo da execução das obras, a empresa deverá manter relatórios mensais que serão
consolidados e apresentados semestralmente à contratante. Tais relatórios demostrarão o
desenvolvimento das medidas propostas no plano, e devem conter evidências das ações mitigadoras
realizadas até aquele momento. Tais relatórios devem apresentar fotografias, comprovantes de
destinação final adequada dos resíduos sólidos e líquidos, recibos de aquisição de matéria-prima

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mineral (areia, argila, brita, etc.) ou vegetal (mudas), e outros documentos que o responsável técnico
julgue pertinentes, além dos índices e metas alcançados.

Ao final do contrato, a licitante deverá apresentar um Relatório de Controle Ambiental e Social,


contendo as informações consolidadas, comparando o que foi planejado pela empresa e
apresentado no formulário padrão com aquilo que efetivamente foi realizado. A análise dos
indicadores e metas é essencial no último relatório, que também será submetido e analisado pela
SEMMA.

A apresentação e aprovação do Relatório de Controle Ambiental e Social é condição para emissão


de Certificado de Conformidade Ambiental, que nada é mais que um aceite da Secretaria de Meio
Ambiente de que o órgão responsável pela licença ambiental e a empresa executora seguiu as
normas e legislações ambientais.

5 - CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

O Cronograma de execução do PGAS deverá ser apresentado pela LICITANTE VENCEDORA


(CONTRATADA) para todo o período da obra, incluindo-se a fase pré-operação, operação e pós-
operação, estruturados e organizados por programa, subprograma, atividades, com indicação dos
meses a serem aplicados. Deverá ainda incluir no referido cronograma os meses que serão
apresentados os relatórios de acompanhamento e cumprimento.

6 - EQUIPE TÉCNICA RESPONSÁVEL

Citar os profissionais responsáveis pela elaboração do presente plano, aqueles que serão
responsáveis pelo gerenciamento técnico da obra e elaboração e entrega dos relatórios finais. A
citação deve conter: nome pessoal, formação básica e especialização (quando houver), número do
registro no conselho de classe, função que exerceu ou exercerá.

7 – LEGISLAÇÃO

Citar as legislações e normas utilizadas para elaborar o presente Plano.

8 – ANEXOS

Anexar as anotações de responsabilidade técnica, mapas e projetos pertinentes.

6.4 MONITORAMENTO, SUPERVISÃO E FISCALIZAÇÃO

Sem prejuízo das competências legais do órgão licenciador e do órgão executor das
obras do Programa, a UGP poderá contar com o apoio de empresa contratada para a
Supervisão das Obras do Programa, aqui denominada Supervisora, visando o
monitoramento e a fiscalização do cumprimento do PGAS e das licenças ambientais,
conforme dispuser os Termos de Referência e o Edital de Licitação para contratação
da Supervisora.
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A equipe da empresa Supervisora responsável pelas áreas ambiental e social,


supervisionará a empresa executora das obras quanto aos requisitos de legislação,
garantindo que os procedimentos de saúde e segurança estejam em conformidade
para todas as atividades, controlando a qualidade dos ambientes de trabalho sob a
ótica de higiene, saneamento e ergonomia.

Em relação ao tráfego, a Supervisora deverá supervisionar sua gestão, prezando pela


segurança e bem-estar coletivo, acompanhando a implantação das medidas de
segurança de trânsito adotadas, apontando, quando imprescindível, a necessidade de
revisão dos projetos e condições de manutenções dos desvios de tráfegos visando à
diminuição de transtornos. A Supervisora deverá disponibilizar equipe tecnicamente
capacitada para atender eventuais correções e/ou ajustes do projeto, de forma a não
comprometer o cronograma estabelecido pelas obras.

A equipe deverá monitorar se os serviços prestados pela empresa executora estão


sendo realizados prezando a segurança da população, dos colaboradores e do
trânsito, respeitando legislações e normativas correlatas, alertando, instruindo os
envolvidos, relatando os casos de inconformidades à UGP e propondo soluções.

O responsável da empresa Supervisora pela supervisão das condicionantes


ambientais e da aplicação da legislação, observará rigorosamente as normas legais
de proteção ambiental, adotando medidas necessárias para o cumprimento dessas
normas por todos os colaboradores envolvidos, na área de influência direta e indireta
das obras, definida no licenciamento ambiental.

A equipe trabalhará na supervisão de toda temática ambiental pertinente, visando à


sustentabilidade das obras e a mitigação de impactos ambientais causados no
decorrer de qualquer etapa. Supervisionará os levantamentos de impactos adversos
ao meio ambiente, acompanhará a disposição e destinação final dos resíduos sólidos
gerados (de construção civil e outros) e qualquer tipo de poluição (atmosférica, hídrica,
solo, sonora e visual), em conformidade aos parâmetros encontrados nas legislações
vigentes.

A equipe supervisionará todo e qualquer serviço resultante das obras que cause
impactos negativos ao meio ambiente e danos à segurança e saúde pública, além de
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informar em caráter emergencial sobre inconformidades e assessorar à UGP junto a


Construtora na solução de problemas e proposição de medidas mitigadoras.

A equipe assegurará que a Construtora possua todas as licenças e autorizações


ambientais necessárias e certificará da veracidade destas, e jazer-se-á disponíveis no
local das obras.

A Supervisora deverá acompanhar e supervisionar o cumprimento dos Planos


Ambientais, particularmente, aqueles voltados para a mitigação e compensação dos
impactos ambientais causados pela execução das Obras, estabelecidas nos termos
de licenciamento do Projeto, como:

(a) Canteiro de Obras;


(b) Áreas de proteção ambiental (Reserva Legal e Preservação Permanente);
(c) Recuperação de áreas de empréstimo e/ou jazidas de material construtivo;
(d) Desmatamento das áreas e faixas de construção das obras;
(e) Acompanhar o cumprimento das medidas de educação ambiental para serem
seguidas pelo pessoal alocado às obras e pelas Consultoras, Construtoras e
Fornecedores;
(f) Avaliar e emitir parecer sobre os relatórios produzidos pelas Consultoras,
Construtoras e Fornecedores, relativo às atividades ambientais, informando seu
andamento e sugerindo correções e/ou adequações;
(g) Fazer cumprir os programas e subprogramas apresentados no PGAS;
(h) Acompanhar se está sendo mitigados os impactos ambientais e/ou social;
(i) Fazer cumprir todas as condicionantes impostas pelo órgão licenciador
competente.
(j) Acompanhar a execução da obra de acordo com o exposto em projeto executivo,
em caso de alterações e/ou mudança no projeto, informar imediatamente ao órgão
licenciador para aprovação da mesma.
A Supervisora deverá seguir o disciplinado no Sistema de Gestão Ambiental (SGA)
do Contratante, no que se referem aos manuais, procedimentos, formulários de
controle e uma tabela de impactos e, também, no presente Relatório de Avaliação
Ambiental do Programa, respeitadas as situações específicas tratadas neste.

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7 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES

7.1 CONCLUSÃO

O projeto trará um impacto extremamente positivo do ponto de vista socioambiental


devido a melhorias em vias de circulação já existentes, criará áreas de convivência,
ampliará a malha de ciclovia, incentivará a visitação e educação ambiental nas
unidades de conservação, ampliará as áreas de recreação e fomentará o turismo
ambiental.

No que diz respeito aos impactos negativos, entende-se que são todos de intensidade
baixa ou média, temporários e reversíveis, considerando que serão adotadas as
medidas mitigadoras sugeridas neste documento.

As licenças ambientais necessárias para execução das intervenções serão emitidas


pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMMA) uma vez que o Município de
Vila Velha possui competência para licenciar. As tipologias de licença identificadas
para as intervenções previstas no programa são: Dispensa ou Simplificada ou
Licenciamento Ordinário, sendo apenas o último com exigência de elaboração de
estudos ambientais.

Nas áreas que receberão as intervenções, não se prevê desapropriações ou


negociações de terreno.

7.2 RECOMENDAÇÕES

Caberá à empresa contratada e, responsável pelas intervenções, a execução das


condicionantes ambientais impostas nos termos das licenças ambientais.

Independentemente da obtenção das licenças ambientais, as empresas deverão


observar as normas e diretrizes das leis brasileiras federal, estadual e municipal,
estando sujeitas a qualquer tempo a fiscalização dos órgãos de controle.

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Ao final das intervenções, a empresa contratada deverá informar a Secretaria de Meio


Ambiente do encerramento dos trabalhos e apresentar os documentos
comprobatórios do cumprimento de todas as condicionantes ambientais impostas nas
licenças.

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