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22/03/2023

Fisiologia geral do sistema


nervoso
Profa. Dra. Camila Ferreira Roncari
camilafroncari@ufc.br

“O sistema nervoso é o mais complexo e


diferenciado do organismo, sendo o primeiro a se
diferenciar embriologicamente e o último a
completar o seu desenvolvimento”
(Cordeiro, 1996)

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Funções do sistema nervoso


O sistema nervoso representa uma rede de comunicações e
controle que permite que o organismo interaja, de modo
apropriado, com o seu ambiente (interno e externo).

Centro de integração
(compare com o set point)

Via aferente Via eferente

Receptor Efetor

Início
Estímulo Resposta
-
Retroalimentação negativa
(Fisiologia Humana, Vander)

Funções do sistema nervoso


CENTRO DE INTEGRAÇÃO

Neurônio específicos no cérebro


Compara com o set point; modifica as taxas de disparo

VIA AFERENTE
(nervos) VIA EFERENTE
(nervos)

Neurônios Músculo liso nos vasos


RECEPTORES termossensíveis sanguíneos da pele Músculo esquelético
 Taxa de sinalização EFETORES
Contração (reduz o Contração (calafrios)
fluxo de sangue)

Início
Temperatura corporal
ESTÍMULO reduzida

-  Perda de calor  Produção de calor

(Fisiologia Humana, Vander)

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Funções do sistema nervoso


O sistema nervoso representa uma rede de comunicações e
controle que permite que o organismo interaja, de modo
apropriado, com o seu ambiente (interno e externo).

Dessa forma, as funções gerais do sistema nervoso incluem:


• detecção sensorial;
• processamento das informações;
• expressão do comportamento.

Divisões do sistema nervoso


Sistema nervoso

Sistema nervoso periférico Sistema nervoso central

(EFETORES) (SENSORES)

Divisão eferente Divisão aferente

Sistema nervoso autônomo Sistema nervoso somático

Simpático Parassimpático

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Neurônio

O neurônio é a unidade
morfofuncional
fundamental do sistema
nervoso. É dividido em
corpo celular (ou soma),
dendrito e axônio.

(Anatomia Humana, Martini) (Human Physiology, Vander)

Neurônio
Neurônio bipolar Neurônio pseudounipolar Neurônio multipolar

(Anatomia Humana, Martini)

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Classes funcionais de neurônios

SNC Corpo
SNP
celular
Corpo
celular Neurônio aferente Dendritos
Receptor sensorial
Axônio
(processo central) Axônio
Interneurônios (processo periférico)

Axônio Axônio Axônio terminal

Músculo, glândula

Neurônio eferente

(Human Physiology, Vander)

Classes funcionais de neurônios


1) Neurônios aferentes
a) Transmitem informações para o SNC a partir dos receptores
nas suas terminações periféricas;
b) Pseudounipolares: emitem um processo único a partir do
corpo celular que se ramifica em processo periférico e
processo central.
2) Neurônios eferentes
a) Transmitem informações a partir do SNC em direção às
células efetores, particularmente músculo, glândulas e outras
células;
b) Corpo celular com múltiplos dendritos e um axônio.
3) Interneurônios
a) Funcionam como integradores e modificadores do sinal;
b) Integram grupos de neurônios aferentes e eferentes em
circuitos reflexos;
c) Ficam restritos ao SNC;
d) São a maioria dos neurônios.

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Células da glia
Atualmente sabe-se que as células da glia (ou gliócitos) participam
da regulação da concentração de íons e nutrientes, formam a bainha
de mielina, sistema imune, arcabouço para a regeneração de fibras
nervosas lesionadas, etc.

(Fisiologia humana, Silverthorn)

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Astrócitos – barreira hematoencefálica

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Astrócitos – barreira hematoencefálica


A barreira hematoencefálica
protege o encéfalo de
patógenos circulantes, como as
bactérias, toxinas e flutuações
hormonais, de íons e
substâncias neuroativas.

(Fisiologia humana, Silverthorn)

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Astrócitos – barreira hematoencefálica


Órgãos circunventriculares

(Fisiologia médica, Boron & Boulpaep)

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Oligodendrócito
A mielina é um material isolante (lipídios) que faz parte
da membrana de certas células da neuroglia.
Nódulo de Ranvier

Bainha de
mielina
Axônio

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Oligodendrócito
A mielina é um material isolante (lipídios) que faz parte
da membrana de certas células da neuroglia.

(Princípios de Anatomia e Fisiologia, Tortora)

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Oligodendrócito
A mielina é um material isolante (lipídios) que faz parte
da membrana de certas células da neuroglia.
Sistema nervoso periférico Sistema nervoso central

Célula de
Mielina
Schwann

Axônio

Nódulo de
Corpo
Terminal Ranvier
celular
axônico

Oligodendrócito

(Human Physiology, Vander)

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Célula de Schwann

(Anatomia Humana, Martini)

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Célula de Schwann - regeneração neural

(Anatomia Humana, Martini)

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Fisiologia sensorial

Profa. Dra. Camila Ferreira Roncari


camilafroncari@ufc.br

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Divisões do sistema nervoso


Sistema nervoso

Sistema nervoso periférico Sistema nervoso central

Divisão eferente Divisão aferente

Sistema nervoso autônomo Sistema nervoso somático

Simpático Parassimpático

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Fisiologia sensorial
Estímulos com processamento consciente
Sentidos especiais Sentidos somáticos
Visão Tato
Audição e equilíbrio Vibração
Gustação Temperatura
Olfação Dor
Estímulos com processamento inconsciente
Estímulos somáticos Estímulos viscerais
Comprimento muscular Pressão sanguínea
Tensão muscular Distensão do trato gastrintestinal
Propriocepção Concentração de glicose no sangue
Temperatura corporal interna
Osmolaridade dos líquidos corporais
pH do líquido cerebroespinhal
Oxigênio e pH do sangue

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Sensações somáticas ou somestesia


Soma = corpo
+
Aesthesia = sensibilidade
Submodalidades:
• Sensações somáticas mecanorreceptivas;
• Sensações termorreceptivas;
• Sensação de dor.

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Transdução sensorial
Conversão da energia do estímulo em potencial
bioelétrico

(Fisiologia humana, Silverthorn)

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Como ocorre a transformação da


energia do estímulo em potenciais
de ação?

Como ocorre o processo de


transdução?

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Transdução sensorial
Alteração do potencial de
Estímulo induz direta ou
membrana do receptor
indiretamente a abertura ou
sensorial: potencial receptor
fechamento de canais iônicos
(despolarização)

Propagação dos potenciais de Deflagração de potencial de ação


ação no sistema nervoso no neurônio aferente primário

Integração da informação pelo


sistema nervoso central

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Transdução sensorial

(Fisiologia, Costanzo)

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Propagação
mV mV mV

Potencial local

(limiar)
10 mV

Potencial de ação

(limiar)
60 mV

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Características do potencial receptor

• O potencial receptor é um potencial local


(ocorre próximo ao local de aplicação do
estímulo);

• Amplitude variável/dependente do estímulo.

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Codificação da informação sensorial


Estímulo

Receptor de Intensidade do estímulo


membrana

Primeiro nódulo Potencial receptor (mV)


de Ranvier

Potencial de ação no nódulo de Ranvier

SNC

Potencial de ação no axônio

Liberação de
neurotransmissor
no terminal axônico (Fisiologia Humana, Vander)

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Codificação da informação sensorial


• Intensidade do estímulo

Estímulo Potencial receptor Potencial de ação

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Codificação da informação sensorial


• Intensidade do estímulo

(Fisiologia Humana, Vander)

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Codificação da informação sensorial


• Duração do estímulo

Estímulo Potencial receptor Potencial de ação

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Adaptação
Receptor de adaptação rápida ou Receptor de adaptação lenta ou
fásico tônico

Início estímulo Final estímulo Início estímulo Final estímulo

(limiar de disparo)

Potencial receptor Potencial receptor

Potencial de ação no neurônio aferente primário Potencial de ação no neurônio aferente primário

(Fisiologia Humana, Vander)

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Experimento prático

Experimento 1: Com o auxílio de uma caneta,


mova apenas 1 pelo do seu braço em sentido
contrário à sua posição natural. Mantenha o pelo
nessa nova posição por alguns segundos e, em
seguida, solte-o para que ele retorne à sua
posição natural. O que você sentiu?

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Adaptação

Potenciais de ação

Estímulo vibratório

Tempo

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Adaptação
Adaptação lenta
Adaptação rápida
Potenciais de ação

Indentação da pele ou
movimento articular

Tempo

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Codificação da informação sensorial


• Localização do estímulo
A área do corpo que, quando estimulada, altera a
frequência de disparos de um determinado neurônio
aferente é chamada de campo receptor.

Unidade sensorial

(Anatomia Humana, Martini)

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Codificação da informação sensorial


• Localização do estímulo
SNC

Tamanho do
campo
receptor vs.
acuidade

Pele

(Fisiologia Humana, Vander)


Estímulo Estímulo

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Experimento prático

Experimento 2: Toque o indicador de um colega


com a ponta de uma caneta. Em seguida, o seu
colega de olhos fechados deverá colocar a ponta
de outra caneta (cor diferente) no mesmo local
estimulado anteriormente. Repita o experimento
para o tronco.

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Experimento prático

Experimento 3: Com um compasso toque os


lábios e as costas de um colega utilizando
diferentes aberturas. As duas pontas devem tocar
a pele simultaneamente. Pergunte ao colega se
ele sente 1 ou 2 pontos?

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Codificação da informação sensorial


• Localização do estímulo

Lábios Costas

Apenas 1 ponto
2 pontos distintos
(Fisiologia Humana, Vander)

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Codificação da informação sensorial


• Localização do estímulo

(Fisiologia médica, Boron & Boulpaep)

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Codificação da informação sensorial


• Localização do estímulo

Receptores

Neurônio sensorial
Corpo celular do
neurônio sensorial

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Codificação da informação sensorial


• Localização do estímulo – inibição lateral

(Fisiologia Humana, Vander)

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Experimento prático

Experimento 4: Faça pressão com a ponta de um


lápis no seu dedo. Você consegue determinar
exatamente onde a ponta da caneta está
tocando? O que aconteceu com a região ao redor
do ponto onde a caneta tocou sua pele? Você
tem alguma sensação tátil nessa região?

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Inibição lateral

(Fisiologia humana, Silverthorn)

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Inibição lateral
Área de sensação
Área de excitação sensorial
Excitação

Sem inibição lateral


Inibição

Com inibição lateral


Área de inibição da
informação aferente

Área de ativação
sensorial
(Fisiologia Humana, Vander)

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Vias sensoriais ascendentes


Linha média

Córtex cerebral Neurônio de


quarta ordem

Neurônio de
terceira ordem

Tálamo

Neurônio de
segunda ordem

Medula espinhal ou
Receptor tronco encefálico
Neurônio de
primeira ordem
(Fisiologia, Costanzo)

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Receptores somestésicos – pele glabra

Superfície
da pele

Derme
Epiderme

A – Corpúsculo de Meissner
B – Corpúsculo de Merkel D – Corpúsculo de Pacini
C – Terminação neuronal livre E – Corpúsculo de Ruffini
(Fisiologia Humana, Vander)

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Receptores somestésicos – pele pilosa

A – Terminação neuronal em
torno do folículo piloso
B – Corpúsculo de Merkel D – Corpúsculo de Pacini
C – Terminação neuronal livre E – Corpúsculo de Ruffini
(Fisiologia Humana, Vander)

51

Receptores somestésicos - mecanoceptores

Corpúsculo de Corpúsculo de Corpúsculo Corpúsculo Cápsula preenchida


Meissner Merkel de Pacini de Ruffini de fluidos e fibras de
colágeno
envolvendo a
terminação nervosa

(Fisiologia médica, Ganong)

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Receptores somestésicos - mecanoceptores

Superfície
da pele

Derme Epiderme

Corpúsculo de Meissner

Adaptação: rápida;
Sensibilidade: movimento de objetos na superfície da
pele, ondulações e vibração de baixa frequência.
(Fisiologia Humana, Vander)

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Receptores somestésicos - mecanoceptores

(Princípio de neurociências, Kandel)

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Receptores somestésicos - mecanoceptores

Superfície
da pele

Derme Epiderme

Corpúsculo de Merkel

Adaptação: lenta;
Sensibilidade: toque contínuo dos objetos e
pressão (indentação vertical da pele).
(Fisiologia Humana, Vander)

55

Receptores somestésicos - mecanoceptores

Superfície
da pele

Derme Epiderme

Corpúsculo de Pacini

Adaptação: rápida;
Sensibilidade: vibração e pressão profunda.

(Fisiologia Humana, Vander)

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Receptores somestésicos - mecanoceptores

Superfície
da pele

Derme Epiderme

Corpúsculo de Ruffini

Adaptação: lenta;
Sensibilidade: pressão intensa e prolongada,
estiramento e rotação articular.
(Fisiologia Humana, Vander)

57

Receptores somestésicos - mecanoceptores

Terminação neuronal em
torno do folículo piloso
Adaptação: rápida;
Sensibilidade: movimento de objetos na superfície
do corpo e contato inicial do objeto com o corpo.
(Fisiologia Humana, Vander)

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Padrão de atividade dos mecanoceptores

Corpúsculo de Merkel

Corpúsculo de Meissner

Corpúsculo de Ruffini

Corpúsculo de Pacini

(Neuroscience, Purves)

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Receptores somestésicos - termoceptores

• Calor (30 - 50 °C; pico 43 °C);


• Frio (10 - 40 °C; pico 25 °C);
• Acima ou abaixo dessas temperaturas são ativados receptores de dor.
(Tratado de fisiologia médica, Guyton & Hall)

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Receptores somestésicos - termoceptores

Termoceptores são terminações nervosas livres.


Os termoceptores sofrem adaptação, mas nunca em 100%.
Respondem a estados constantes e alterações da temperatura.
(Tratado de fisiologia médica, Guyton & Hall)

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Receptores somestésicos - nociceptores

A dor é uma experiência sensorial e emocional


desagradável, associada ou não a um dano tecidual.

• Dor rápida: é sentida em até 0,1 segundo após a aplicação


do estímulo doloroso. Sensação de pontada, agulhada.

• Dor lenta: é sentida em 1 segundo ou mais após a aplicação


do estímulo doloroso. Sensação de latejamento, queimação,
náusea. Normalmente está associada com lesão tecidual.

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Receptores somestésicos - nociceptores

Os receptores de dor
(nociceptores) são terminações
nervosas livres localizadas na
pele, periósteo, músculo,
parede das artérias,
articulações, membranas
cerebrais.

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Receptores somestésicos - nociceptores

• A dor pode ser causada por diferentes tipos de estímulos:


mecânico, térmico e químico. De maneira geral, a dor rápida é
causada por estímulos mecânicos e térmicos, enquanto a dor
lenta é causada por todos os tipos de estímulos.

• Estímulos químicos que ativam vias de dor: bradicinina,


serotonina, histamina, ácidos, enzimas proteolíticas, etc.

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Receptores somestésicos - nociceptores

• A dor rápida é transmitida por fibras Aδ com velocidade de


condução de 6 a 30 m/s.

• A dor lenta é transmitida por fibras C com velocidade de


condução de 0,5 a 2 m/s.

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Receptores somestésicos - nociceptores

• Os nociceptores não sofrem adaptação. Em alguns casos, a


sensibilidade dos nociceptores ao estímulo doloroso é
aumentada, causando o que se chama alodinia.

Alodinia

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Receptores somestésicos - nociceptores

Injúria tecidual causa Mastócito Fibra C libera CGRP e substância


liberação de substância P, que estimula os mastócitos a
que estimulam a fibra C liberarem histamina
Substância P
CGRP
Histamina
Bradicinina Fibra C
Serotonina
Prostaglandina
Injúria tecidual K+ Substância P
CGRP
Vaso sanguíneo
CGRP e substância P
causa dilatação dos
vasos sanguíneos

(Neuroscience, Krebs) CGRP – peptídeo relacionado ao gene da calcitonina

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Inervação do corpo - dermátomos

(Tratado de fisiologia médica, Guyton & Hall) (Fisiologia, Berne & Levy)

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Inervação do corpo - dermátomos

(Cem bilhões de neurônios?, Lent) (Fisiologia, Berne & Levy)

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Inervação da face
Ramos do nervo trigêmeo (nervo craniano V)

(Cem bilhões de neurônios?, Lent)

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22/03/2023

Vias sensoriais ascendentes


Linha média

Córtex cerebral Neurônio de


quarta ordem

Neurônio de
terceira ordem

Tálamo

Neurônio de
segunda ordem

Medula espinhal ou
Receptor tronco encefálico
Neurônio de
primeira ordem
(Fisiologia, Costanzo)

71

Vias sensoriais ascendentes


Sistema da coluna dorsal Sistema anterolateral
(tato fino, pressão, vibração e propriocepção) (tato não discriminativo, dor e temperatura)

(Fisiologia, Costanzo)

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Sistema da coluna dorsal


Lesão da coluna dorsal

Marcha tabética
Tálamo

Bulbo

(Cem bilhões de neurônios?, Lent)

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Córtex somestésico

(Tratado de fisiologia médica, Guyton & Hall)

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Somatotopia

Somatotopia é a
representação da superfície
cutânea ou do interior do
corpo nas vias e núcleos
somestésicos. É o mapa do
corpo no cérebro.

(Cem bilhões de neurônios?, Lent)

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Somatotopia

Homúnculo sensorial

(Cem bilhões de neurônios?, Lent)

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Somatotopia

(Tratado de fisiologia médica, Guyton & Hall)

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Somatotopia - plasticidade

Córtex somestésico

Representação da mão

Normal Representação
2 meses após
amputação do
3º dedo
Rostral
Caudal

(Neuroscience, Purves)

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Somatotopia - plasticidade

Treinamento com uso


intenso dos dedos 2, 3 e
Normal eventualmente do 4

(Neuroscience, Purves)

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Sistema anterolateral

(Cem bilhões de neurônios?, Lent)

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Dor referida

(Fisiologia humana, Silverthorn)

81

Dor referida

(Princípios de Anatomia e Fisiologia, Tortora)

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Vias sensoriais ascendentes

(Princípios de Anatomia e Fisiologia, Tortora)

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Vias sensoriais ascendentes


Córtex somatossensorial

Tálamo

Projeções
para a formação
reticular

Tronco
encefálico
Núcleo do tronco
encefálico
Coluna dorsal da
medula espinhal Medula espinhal
Coluna anterolateral
da medula espinhal

Neurônio aferente a partir do


Discriminação do tato fino, pressão, receptor de dor e temperatura
(Fisiologia Humana, Vander)
vibração e propriocepção

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Perda sensorial dissociada

Sensação normal
Coluna dorsal
Lesão (unilateral)
Coluna
anterolateral Perda total da sensação

Lesão
Redução da Redução da
sensação de dor e sensação tátil
temperatura

Aferências nociceptivas Aferências


e termoceptivas mecanoceptivas
Síndrome de
Brown-Séquard
(Neuroscience, Purves)

85

Vias ascendentes da dor


Perceptiva-discriminativa Aversivo-cognitivo-motivacional

Córtex
somatossensorial Córtex cingulado anterior e ínsula
Desconforto

Amígdala Medo

Tálamo (núcleo Ansiedade


ventralposterior) N. talâmico
Hipotálamo Ativação do SNA
medial
Colículo
superior
Núcleo
M. cinzenta parabraquial
periaquedutal

Formação
reticular

Sistema anterolateral
(Neuroscience, Purves)

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Tomografia de paciente com dor aguda

ACC – córtex cingulada anterior


Thal – tálamo
Cb – cerebelo
PMv – córtex pré-motor ventral
Ins – ínsula

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Transtornos de processamento sensorial

• Insensibilidade congênita à dor: ausência das fibras Aδ


e C relacionadas à nocicepção;
• Indiferença congênita à dor: alteração na via
relacionada ao componente aversivo-cognitivo-
motivacional.

• Esquizofrenia: maior tolerância à dor ou falta de


processamento do componente aversivo-cognitivo-
motivacional?

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Transtornos de processamento sensorial

• Dor nociceptiva: resulta da estimulação química ou


física dos nociceptores;
• Dor neuropática: lesão do sistema nervoso central ou
sistema nervoso periférico causado por trauma,
infecção, isquemia, doença degenerativa, invasão
tumoral, injúria química ou metabólica ou radiação;
• Dor psicogênica: prevalência de fatores psicológicos na
gênese da dor desde seus estágios iniciais. As formas
mais comuns são dor lombar, abdominal, facial e
cefaleia.

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Sistemas endógenos de controle da


dor (analgesia)

(Fisiologia humana, Silverthorn)

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Sistemas endógenos de controle da


dor (analgesia)

(Fisiologia Humana, Vander)

91

Sistemas endógenos de controle da


Cognitivos
dor (analgesia)
Emocionais Córtex cingulado
Autonômicos anterior e ínsula

Amígdala Hipotálamo
Sistema
anterolateral

Matéria cinzenta periaquedutal

Núcleo Formação Locus Núcleo da


parabraquial reticular ceruleus rafe

Raiz dorsal da medula espinhal


(Neuroscience, Purves)

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22/03/2023

Efeito placebo
56 indivíduos

Comprimido sedativo Comprimido estimulante

2/3 dos pacientes sentiram sono Maioria se sentiu menos cansada


1/3 relatou efeitos adversos 1/3 relatou efeitos adversos

Todos receberam comprimidos inertes

Apenas 3 indivíduos relataram que não sentiram nada

Injeção de salina estéril – alívio da dor nos pós-operatório em 75% dos


pacientes

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Efeito placebo
Córtex pré-
frontal
Ínsula

Tálamo

Córtex cingulado
anterior
M. cinzenta
periaquedutal

Atividade diminuída em
áreas relacionadas a Atividade aumentada em áreas
sensibilidade à dor relacionadas à supressão da dor

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22/03/2023

Tolerância à dor
12
Sensibilidade à dor (desvio da média)

Mais sensível
0
Menos sensível
-3

-6
HPS/ APS/ HPS/ APS/ LPS/
APS APS LPS LPS LPS
Combinações genéticas

95

Tolerância à dor
Balde de água gelada
80

60
Tempo (segundos)

40

20

Dançarinos Controle

96

48
22/03/2023

Determinantes multifatoriais da dor

Processos centrais de controle

Sistema Mecanismos
motivacional motores

Sistema de Sistema sensorial


comporta discriminativo

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