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Técnica Cirúrgica – Drª Roberta Higa e não são eternos. Principal é o sistema simpático.

Diag-
nóstico não pode demorar.
CHOQUE
• HIPODINÂMICOS: ativação do simpático >> va-
Estado de hipoperfusão efetiva generalizada. Fluxo
soconstrição arterial, vasoconstrição venosa,
sanguíneo inadequado para atender às demandas tissu-
aumento da FC e força de contração – aumenta
lares de oxigênio. Síndrome de choque circulatório é o
pré-carga, pós-carga, inotropismo e FC.
conjunto de sinais e sintomas que caracterizam a falên-
o Cardiogênico: problema na bomba.
cia circulatória aguda e, consequentemente, má perfu-
o Obstrutivo: pressão sobre bomba ou
são tecidual. É MÁ PERFUSÃO TECIDUAL, NÃO HIPOTEN-
nos grandes vasos.
SÃO ARTERIAL!
o Hipovolêmico: maior causa de choque
FISIOPATOLOGIA que existe.
• HIPERDINÂMICOS: choque distributivo. Ativa-
• Bomba cardíaca: força, velocidade, pressão. ção do simpático, porém não consegue atuar –
• Sistema arterial: resistência vascular periférica, devido a causa, músculo liso dos vasos não
primeiro que sofre a ação da bomba cardíaca. obedecem, não há aumento de RVP – vasodila-
• Sistema venoso de capacitância: 70% do vo- tação.
lume sanguíneo. o Séptico: mais causa óbito.
• Rede capilar: microcirculação. o Anafilático
o Neurogênico
Fatores que determinam a função cardíaca: inotro-
o Endócrino
pismo (força de contração do coração – sobretudo VE),
• DIVISÃO GERAL:
pré-carga (antes da contração, resistência da parede do
o Cardiogênico
VE, o que cabe dentro dele, depende da volemia do pa-
o Obstrutivo
ciente), pós carga (logo depois da contração, é que fi-
o Hipovolêmico
cou).
o Distributivo
Microcirculação: arteríola, capilar e vênula. Pressão
Hipodinâmicos: pele fria, pálida e cianótica, cianose
que chega no capilar é muito importante – forças hidros-
(pode aparecer mais cedo) e pulso rápido e fraco (fili-
tática e oncótica, equilíbrio entre ela mantém a pressão
forme). Velocidade do aparecimento dos demais sinto-
do capilar que permite as trocas gasosas. Pressão e ve-
mas depende causa. Altera bastante a pressão arterial
locidade são baixas no capilar, mas precisa ter pressão.
(sempre tende a cair conforme evolução do choque). Dé-
No choque, pressão de preenchimento do capilar está
bito cardíaco diminui.
inadequada – troca inadequada.
Hiperdinâmico/Distributivo: pulso mais amplo, mas
Metabolismo celular: importante na evolução do
também não tão forte, velocidade não tão acelerada; ex-
choque. Anaerobiose – acidose metabólica por grande
tremidades ruborizadas e quentes; hipotensão não tão
quantidade de ácido lático. No choque, há grande estí-
importante; taquicardia mais inicial. SOMENTE ELE TEM
mulo celular, com gasto muito grande de energia, aero-
VASODILATAÇÃO!
biose não dá conta da demanda, sendo necessário ana-
erobiose, que gera lactato, liberando ácido láctico na CHOQUE HIPOVOLÊMICO
corrente e gerando acidose metabólica.
Sangramentos volumosos – principal causa é
Cateter se Swan-Ganz: acesso venoso central com trauma. Perda excessiva de líquidos (diarreia, vômitos,
três pontos de medida, entrar no ventrículo direito >> poliúria, queimaduras extensas e febre). Sequestro de lí-
veia cava >> artéria pulmonar. Função?? quidos em tecidos inflamados (pancreatite, peritonite,
colite, pleurite) – principal causa é a pancreatite aguda,
TIPOS DE CHOQUE
paciente choca muito fácil, em questão de horas em ca-
Possui várias causas e, independente delas, há redu- sos graves, por edema, cacifo ao lado do umbigo. Drena-
ção da pressão de enchimento capilar, SEMPRE – MÁ gem de grandes volumes de transudatos (ascite, hidro-
PERFUSÃO TECIDUAL. Mecanismos compensatórios tórax). Cavidades abdominal e torácica suportam gran-
SEMPE serão ativados, mas nem sempre irão funcionar des volumes.
CHOQUE CARDIOGÊNICO Vasoconstrição não ocorre – mecanismo compensatório
não funciona por ausência de transmissão de estímulo.
Causa mais comum é o IAM. Parede de VE afetada:
bomba extremamente comprometida. Área pequena no Choque endócrino: problema é o cortisol – crise
átrio direito/esquerdo: sem grandes alterações hemodi- adrenal.
nâmicas – outras áreas conseguem começar. Compro-
Anafilaxia: muita liberação de histamina, que é vaso-
metimento da lâmina, mesmo que grande: pode não
dilatadora. Depende da sensibilidade do paciente ao
aguentar a pressão da contração – grave! Problema do
alérgeno.
IAM: maior força do VE, mais energia necessária – meca-
nismo compensatório melhora para o resto do corpo, TERMOS COMUNS
mas piora para a área cardíaca.
SARA: Síndrome Angústia Respiratória Aguda – não é
Outras causas: miocardiopatia dilatada, regurgita- uma sepse, é uma resposta inflamatória, não necessari-
ção mitral, ruptura do septo interventricular e arritmia. amente é infecciosa. Resposta inflamatória muito forte,
Problemas valvares agudos podem causar choque, crô- desnecessária, no tecido pulmonar. Todo paciente com
nicos é menos provável. algum tipo de choque tem chance de evoluir para SARA.
CHOQUE OBSTRUTIVO SIRS: Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica –
a infecção pode se tornar uma sepse, paciente choca e
Tamponamento cardíaco ocorre geralmente por
pode evoluir para disfunção de múltiplos órgãos e siste-
trauma, causando sangramento para dentro da cavi-
mas (DMOS). Não necessariamente é infeccioso.
dade – problema: tem evolução muito rápida. Ativação
de mecanismo simpático, que não adianta muito, pois a TRATAMENTO INICIAL
bomba cardíaca entra em colapso – semelhante a um
choque cardiogênico, mas não é pois não começa como Avaliar A-B-C. Verificar vias aéreas. Todo paciente
tal. chocado: aumentar aporte de oxigênio, se houver indi-
cação >> INTUBAR! Cuidar do acesso venoso – todo pa-
Tromboembolismo pulmonar maciço: pós e pré ciente chocado preciso de acesso BOM, calibroso (abo-
carga alterados, faz hipertensão pulmonar. Colapso de- cate 14, 16), sobretudo nos choques hipovolêmicos.
vido grande pressão aplicada em pouco tempo, muito
rápido. Para causar choque é preciso que seja de muitas TRATAMENTO
áreas ou áreas muito grandes. Reposição volêmica sempre será necessária, volume
Pneumotórax hipertensivo: aumento de pressão depende da causa. Oxigenação. Equilíbrio acidobásico.
muito grande que o ar vai estar fazendo na cavidade to- Glicemia. Drogas vasoativas. Específicos (antibióticos,
rácica, colapsando um lado inteiro do pulmão, afetando diuréticos, drenagens, cirurgias, etc).
grandes vasos. Faz choque sempre, igual o tampona- QUADRO: específico para choque hipovolêmico.
mento, mas a velocidade depende da causa (intensi-
dade do trauma).

CHOQUE DISTRIBUTIVO

Não há resposta simpática adequada.

Choque séptico: vasodilatação, aumento da perme-


abilidade vascular – resposta inflamatória generalizada
por estímulo do patógeno – mecanismo compensatório
não dá conta, conflito. Doença produz vasodilatação ar-
terial e venosa também, diminuindo o DC, fazendo gran-
des alterações. Fácil alteração para óbito, pois demora
para alterar pressão, atrasando o diagnóstico.

Choque neurogênico: trauma raquimedular, trauma- Diurese: passar sonda, dispensar o que estava na be-
tismo craniano, anestesia muito profunda. xiga e zerar, para fazer manutenção a partir de agora.

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