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Choque

Perda da estabilidade, com baixa perfusão tecidual (↓O2 e glicose).


Perfusão depende do fluxo sanguíneo total e distribuição adequada
pelos órgãos.

Avaliação Inicial
1. Reconhecer o Choque: 4/6 dos abaixo:
I. Alteração do estado mental/sofrimento
II. Taquicardia (FC > 100 bpm)
III. Taquipneia (FR > 22 irpm)
IV. Hipotensão por mais de 20 min (PA < 90/60)
V. Gasometria: base excess<-5 mEq/L; ou lactato
sérico>4 Mm; ou PACO2<32 mmHg)
VI. Débito urinário < 0,5 ml/kg/h
Correção da hemorragia/perdas não hemorrágicas, reposição
2. Identificar a Causa Provável
volêmica, avaliação da resposta. Normalização da gasometria,
Pensar em choque hipovolêmico no trauma.
hemoglobina, débito urinário (>0,5ml/kg/h), satO2, PA, FC e PVC
(8-15 mmHg).
Fisiologia Cardíaca
O que determina a perfusão e a PA são o DC e a RVP. Choque Cardiogênico
PA=DCxRVP Cardiomiopática: disfunção da fibra cardíaca

DC=FCxVS – volume bombeado/minuto. Arritmogênica: taqui e bradiarritmias podem provocar ↓PA

VS – volume de sangue/contração – determinado pela Obstrução Mecânica: defeitos valvares ou arteriais


contratilidade, pré e pós-carga.
Trat.: correção da causa. O2, inotrópico, acesso central
Pré-carga: estiramento – volume de sangue na diástole.
Choque Distributivo
Pós-carga: pressão para ejetar. Hipotensão e vasodilatação periférica.
RVP – depende do comprimento e diâmetro do vaso e da Choque séptico: mais comum (febre+sintomas de choque).
viscosidade do sangue.
Choque inflamatório: queimaduras, pós-IAM, revasc.
Fisiologia da Hemorragia
Choque neurogênico: perda do tônus simpático. Hipotensão sem
↑FC (preservar DC) e RVP (catecolaminas) p/ manter a PA.
taquicardia ou vasoconstrição.
Met. Anaeróbico: ↑ lactato (>2x=choque) e acidose metabólica
Choque anafilático: alergias
(↓pH, ↓HCO3-, ↑PCO2).
Choque Obstrutivo
Reconhecimento do Choque
CO pulmonar vascular: TEP, hipertensão pulm., etc.
Estágios iniciais mais reversíveis. Pré-choque, choque e choque
progressivo. CO mecânico: pneumo/hemotórax, tamponamento, pericardite, etc.
Apresenta-se como o choque hipovolêmico.
Pré-choque (compensado): -10% volume. Taquicardia e
hiperlactatemia leve a moderada.
Pré-Operatório
Choque: -20-25% volume. Taquicardia, dispneia, agitação,
Período entre a indicação cirúrgica e a cirurgia. Indicação cirúrgica
sudorese, acidose metabólica, hipotensão, oligúria, ↓pressão de
é relacionado à técnica e indicação. Decisão cirurgica leva tudo em
pulso, pele fria e úmida.
consideração. Investigar alergia.
Choque progressivo: danos irreversíveis. Anúria, IRA, hipotensão
Avaliação pré-anestésica 1 semana antes.
grave, etc.

Choque Hipovolêmico Idade


Risco aumenta linearmente com a idade. Não é fator preditivo de
↓Volume=↓Pré-carga. Pode ser hemorrágico ou não. Não
risco cardíaco, mas pacientes idosos apresentam mais
hemorrágico responde à reposição de volume. Hemorrágico deve
complicações pulmonares.
corrigir o problema além de dar volume.

Abordagem: ABCDE, acesso vascular (2VC), sondagem vesical. Capacidade Funcional


Incapacidade é preditivo de complicações, risco cardíaco e
Ringer lactato aquecido 1-2L (adulto) ou 20ml/kg (criança) em mortalidade. Acamados, cadeirantes, etc.
todas as classes.

Regra 1:1:1 classe 3 e 4: 300ml de conc. de hemáceas, 7-10U de Obesidade


plaquetas e 200ml de plasma. Aumenta o risco de TEP e TVP.

Álcool e Drogas
Aumenta risco de complicações e interações medicamentosas.
Parar 1 mês antes.
Tabagismo Plaquetas
Importante para a raquianestesia.
Aumenta risco de morbidade geral, infecções, complicações
respiratórias, cardíacas e neurológicas. Maior risco de CTI. Parar 1 Função Renal
mês antes. >50 anos, história de nefropatia ou cirurgia de grande porte.

Histórico Familiar Pedir creatinina em uso de nefrotóxicos ou risco de hipoperfusão.


Hipertermia maligna (autossômica domin.) e coagulopatias Creatinina>2 aumenta o risco cardiopulmonar e a mortalidade.

Ajustar doses se insuficiência renal.


Medicamentos em Uso
AAS, ibuprofeno, AINE, anticoagulantes, hipoglicemiantes Eletrólitos
Uso de diuréticos/corticoides; nefro, cardio ou hepatopatias.
Medicamentos no Pré-Operatório
Coagulograma
Sistema Cardiovascular Histórico de sangramento anormal, operação vascular,
B-Bloq. (atenolol, etc.): manter. Efeitos adversos potenciais são hepatopatia, neoplasias e esplenomegalia.
hipotensão e bradicardia.
Glicemia
Agonista A2 (clonidina): manter >40 anos, HP ou HF de DM, uso de hiperglicemiantes (corticoide,
tiazídico), pancreatopatia, nutrição parenteral.
Bloq. Canal de Ca (anlodipino, verapramil, diltiazem): manter
Enzimas Hepáticas
Bloq. da Angiotensina (BRA e IECA – losartana, captopril):
Se houver hepatopatias ou alcoolismo.
individualizar a decisão. ↑hipotensão peroperatória e ↓hipertensão
pós-operatória. Pode-se interromper na manhã da cirurgia e Beta-HCG
retomar o mais rápido possível (até 48h). Toda mulher em idade fértil.
Diuréticos: interromper na manhã da cirurgia e retomar o mais ECG
rápido possível. Tiazídicos provocam hipocalemia e hipovolemia H > 40 anos e M > 50 anos, cardiopatas, sintomas de angina, DM,
(↑risco de arritmia e hipotensão). hipertensos, drogas cardiotóxicas, e cirurgia de grande porte.
Derivados da Niacina e Fibratos: parar temporariamente. Podem Rx de Tórax
causar miopatia e rabdomiólise. >50 anos, cirurgia abdominal ou torácica, doença cardiopulmonar,
tabagismo (>20 cigarros/dia).
Digoxina: manter

Estatinas: manter. Pode individualizar a decisão. Risco Cirúrgico


ASA 1: saudável e normal
Trato Gastrointestinal
Bloq. H2 e IBP: manter. Reduzem o risco de pneumonite por ASA 2: doença sistêmica leve a moderada
aspiração.
ASA 3: doença sistêmica grave com limitação
Sistema Respiratório
B-Agonista (salbutamol)/Anticolinérgico (ipratrópio): manter. ASA 4: doença sistêmica grave incapacitante
Reduz complicações em pacientes c/ asma e DPOC.
ASA 5: moribundo. Cirurgia não muda taxa de sobrevida
Teofilina: parar na noite anterior. Provoca arritmias e
ASA 6: morte cerebral
neurotoxicidade.

Glicocorticoides inalatórios: manter. Pós-Operatório


Inibidores de Leucotrienos: interromper na manhã da cirurgia e Deve-se prevenir complicações clínicas (TEP), auxiliar a
retomar o mais rápido possível. recuperação, aliviar a dor, reestabelecer a nutrição, estimular
alimentação e deambulação precoce, realizar avaliações clínicar
Sistema Endócrino repetidas, conversar com a enfermagem e outros especialistas,
Hipoglicemiantes Orais (metformina): parar 2 dias antes. Usar reconhecer sinais de evolução, orientar parentes e amigos, orientar
insulina regular, se necessário. sobre curativos e drenos e devolver o pacientes às suas atividades
rotineiras.
Anticoncepcionais: parar 1 mês antes em cirurgias de maior risco
de trombose. Pós-operatório imediato: 12-24hs
Hemostasia Pós-operatório mediato: 24h até alta hospitalar.
AAS: depende da cirurgia. Previne trombo e aumenta a
hemorragia. Pós-operatório tardio: da alta até a cicatrização.

Antiplaquetários (clopidogrel): parar 5 dias antes. Prescrição Pós-Operatória


AINES: parar 3 dias antes. • Nome completo do paciente
• Data e hora
Anticoagulantes (Warfarin): discutir com o cardiologista. • Dieta
• Dados vitais
Psicotrópicos
• Drenos e curativos
Discutir com o psiquiatra e anestesista.
• Medicamentos sintomáticos

Exames Complementares Medicamentos específicos
• Soroterapia
Pacientes jovens e saudáveis não precisam.
• Acompanhamento de equipe
Hemoglobina • Recados adicionais para enfermagem
>65 anos ou cirurgia com risco de sangramento.
Cirurgia do Idoso infecção da ferida, hematoma e seroma, uso crônico de corticoide,
deiscência anterior, subnutrição, radio ou quimio, e doenças
Idoso apresenta menor reserva fisiológica, coexistência de sistêmicas.
doenças, limitações funcionais, etc.
Tratamento cirúrgico com fechamento em massa (3 camadas)
Fratura do fêmur, doença arterial periférica, ruptura de aneurisma, + ATB + cinta ou faixa de contenção.
perfuração de divertículo intestinal ou neoplasia de cólon
aumentam a taxa de mortalidade. Tratar infecção antes de fechar. Tratamento da incisão depende do
estado da fáscia. Se intacta, fechamento primário. Se infectada ou
Alterações Fisiológicas do Envelhecimento necrótica, desbridamento e aproximação das margens (uso de tela
ou próteses).
Cardiovascular
Hiperplasia das camadas íntima e média dos grandes vasos → ↑ Sutura pode ser contínua ou interrompida em saudáveis e deve ser
rigidez das artérias → ↑ PA sistólica → hipertrofia miocárdica e interrompida em pacientes de alto risco.
espessamento e calcificação do endocárdio.
No caso de evisceração, cobrir vísceras com compressas
Menor resposta às catecolaminas e maior dependência da pré- umedecidas com solução salina, correr fluidos, preparar para
carga (dilatação). Aumento das arritmias e baixa tolerância à peritoniostomia com bolsa de Bogotá.
hipovolemia e choque.
Prevenção: não fezer força ou pegar peso.
Respiratório
↑ Rigidez da parede torácica → ↑ volume residual pulmonar Seroma
Complicação mais benigna após a cirurgia. Lesão de linfáticos com
Diminuição da função ciliar, pressão arterial do O2, volume acúmulo de gordura liquefeita, soro e linfa. Líquido claro,
expiratório e velocidade de fluxo de ar, e aumento do espaço morto amarelado, um pouco viscoso. É um edeme localizado e bem
→ aumento do risco de atelectasias e pneumonia circunscrito, com desconforto à pressão.
Renal Ocorre quando se cria um grande retalho de pele (mastectomia,
↓ Função renal → ↓ TFG (creatinina normal porque perde músculo dissecção axilar, dissecção inguinal, grandes hérnias anteriores).
também). Mais susceptível à IRA. Pode predispor à infecção (menos que o hematoma).
Gastrointestinal Prevenção: dreno de sucção no espaço morto.
↓ Motilidade esofágica (plesbiesôfago) → chance de aspiração e
disfagia. ↓ Secreção ácida e de pepsina, e atrofia da mucosa Tratamento: calor local e drenagem.
gástrica. ↓ Altura das vilosidades → ↓ absorção. Atrofia da mucosa
e hipertrofia da camada muscular do cólon → constipação, Hematoma
diverticulite e fecaloma. ↑ Colesterol e ↓ sais biliares → cálculos Mais preocupantes que os seromas (infecção). Relacionado à
biliares. hemostasia, depleção dos Fcoag e à coagulopatia.

Endocrinológico Tratamento: imobilização + compressão + drenagem


Resistência à insulina → hiperglicemia. ACTH inalterado. Queda
Prevenção (princ. pct de alto risco p/ trombose):
dos níveis séricos de renina e aldosterona.
• Warfarina (Marevan): parar 3 semanas antes p/ RNI
Nervoso
ficas < 1,5.
Perda progressiva com o passar dos anos. Quadros demenciais.
• Heparina: parar 2-3h antes.

Avaliação do Paciente Idoso Enoxaparina (HBPM): parar 12-15h antes.
• Clopidogrel: parar 5-6 dias antes.
Estado Funcional: Inatividade associada à complicações pós-
operatórias (atelectasia, pneumonia, TVP, TEP, delirium). Retomar 24h após a cirurgia.
Estado Cognitivo: delirium (estado confusional agudo) é Infecção da Ferida
associado a aumento da mortalidade. Categorias das feridas: superficial (pele e SC), profunda (fáscia e
musc.) e espaço orgânico (órgãos).
Estado Nutricional: 15-65% dos idosos são desnutridos. Risco
para pneumonia e outras complicações. Etiologia: contaminação por perfuração de víscera oca, flora da
pele, contaminação da equipe cirurgica ou equipamentos. Maioria
Cuidados Pós-Operatórios do Idoso Staphylococcus (coagulase-negativo), Enterococcus (grupo D) e
Deambulação precoce (TEP), monitorização dos dados vitais, Staphylococcus aureus.
antibioticoprofilaxia, retorno das medicações, fisioterapia
respiratória (atelectasia), função cardíaca, cuidados nutricionais e Ocorrem normalmente no 5º-º6 DPO, com eritema, sensibilidade
com as sondas, avaliação laboratorial e profilaxia com elevada, edema e drenagem purulenta (talvez). Ferida mole e
anticoagulantes (TEP). flutuante no local da infecção.

Ferida cirúrgica infectada: drenagem purulenta; ferida abre e drena


Complicações Cirúrgicas pus; drenagem com cultura positiva, ou positivo para bactéria no
Gram; observação clínica do cirurgião.
As complicações podem ser peroperatórias, pós-operatórias
imediatas, pós-operatórias recentes/mediatas ou pós-operatórias Classificação das feridas cirúrgicas:
tardias. Podem ainda ser complicações médicas (erro), cirúrgicas
(comp. cir.) ou mistas (erro + comp. cir.). • Limpa: s/ penetrar víscera oca; fechamento 1º; s/
inflamação; s/ falhas na assepsia; procedimento eletivo.
Complicações de Feridas • Limpa contaminada: penetração de víscera oca
Deiscência de Sutura da Ferida (controlada); s/ inflamação; fechamento 1º; pequena falha
Geralmente no 7-10 DPO, com drenagem serosanguinolenta. asséptica; uso de dreno mecânico; preparação intestinal
Ocorre por erro técnico na sutura, emergência, infecção ou no pré-operatório.
aumento da pressão intra-abdominal, idade avançada, obesidade,
• Contaminada: penetração de víscera oca • Pode culminar em CIVD, ICC, isquemia intestinal e
(descontrolada); inflamação aparente; ferida aberta ou síndrome compartimental.
traumática; grande falha na assepsia.
• Suja: penetração de víscera oca (descontrolada) ou ferida Prevenção: HF e HP de mialgia após exercícios, tendência a
não tratada; pus na ferida; ferida aberta supurativa; desenvolvimento de febre, doença muscular e intolerância à
inflamação grave. cafeína.

Tratamento: depende da profundidade. Complicações Pulmonares


↓ Capacidade resudual funcional em quase todos os pct. Pela
• Superficial: remoção dos pontos na área infectada + distensão abdominal, obesidade, tabagismo + DPOC, decúbito
drenagem + limpeza com solução salina + ATB dorsal prolongado e sobrecarga de líquidos, levando a edema
• Profunda: drenagem + ATB ou possível reoperação. pulmonar. 25% das mortes pós-operatórias são por causa
Prevenção: cessar tabagismo, perder peso, controlar glicose. ATB pulmonar.
profilático 30 min antes IV. • PaO2 < 60 mmHg: risco ↑ comp. pulmonares.
Feridas Crônicas (Não Cicatrizam) • PaCO2 > 45-50 mmHg: maior morbimortalidade.
Não cicatrizam dentro de 30-90 dias. Comuns em uso de altas • VEF1 > 2L: não terá problemas pulmonares.
doses de corticoide, imunossuprimidos com CA, desnutridos, • VEF1 < 50%: terão dispneia de esforço.
obesos, deiscência de sutura.
Testes de Função Pulmonar
Tratamento: desbridamento + enxerto cutâneo fenestrado, Indicado para histórico de tabagismo pesado, uso de O2
retalhos de rotação ou dispositivo a vácuo → acelera cicatrização suplementar, idosos desnutridos, terapia broncodilatadora crônica.

Hérnias Incisionais (Eventração) Principais Complicações


Mais frequente em incisões verticais, na linha mediana em sua Atelectasia e Pneumonia: prevenção com controle da dor e
porção infraumbilical e após cirurgias ginecológicas e obstétricas. fisioterapia respiratória pós-operatório.

Distúrbios Cicatriciais Pneumonite Aspirativa-: Rx com infiltrado nos segm. post. dos
Queloide e cicatriz hipertrófica. lobos sup. e os segm. apicais dos lobos inf.

Complicações da Regulação Térmica Pneumotórax e Derrame Pleural

Hipotermia Edema Pulmonar, Lesão Pulmonar Aguda e Síndrome da


Em 80% dos pcts cirúrgicos e 50% dos traumatizados. Angústia Respiratória do Adulto: mais imediatos. Causam
aumento da pressão hidrostática, insuficiência do VE aguda, ICC
Vasoconstrição periférica e ↑ PA, com sensação de frio e tremor, ↑ crônica, obstrução da via de saída do VE, sobrecarga de volume,
risco de sangramento, ↓ função dos macrófagos, ↓ tensão de O2 insuficiência linfática torácica.
tecidual e ↓ deposição de colágeno.
TEP e TVP: a prevenção consiste na deambulação precoce. Os
Corrigir com cobertores, infusão de fluidos aquecidos, lavagem fatores de risco são idade avançada,
peritoneal com fluidos aquecidos, dispositivos de infusão com hospitalização/institucionalização, cateteres venosos, doença
reaquecimento, e aquecimento e umidificação de gases inalatórios. neurológica, cardiomiopatia, IAM ou IC, DPOC, varizes,
trombofilias (hereditárias e adquiridas).
Febre Pós-Operatória
Temperatura maior ou igual a 38ºC. • Exemplos de trombofilia adquirida: malignidade, DII,
trombocipenia induzida por heparina, cirurgia de grande
Infecções mais comuns: infecção do local operatório, ITU,
porte, gravidez/pós-parto, síndrome nefrótica, síndrome
pneumonia e infecção relacionada com cateter intravascular.
de Behçet, LES.
Hematoma, atelectasia e TEP podem cursar com febre. • Sintomas do TEP/TVP: dor pleurítica (ventilatório-
dependente), dispneia súbita, taquipneia, hemoptise,
• Febre no 1º DPO: resposta ao trauma, atelectasia, falha taquicardia, inchaço das pernas, dor à palpação da perna,
na eliminação de secreções pulmonares. disfunção ventricular direita aguda, hipóxia, 4ª bulha, 2º
• Febre até o 2º DPO: complicações respiratórias som alto pulmonar, crepitações inspiratórias.
(atelectasia) ou com os cateteres. • Diagnóstico da TEP/TVP: dímero D (preditivo negativo),
• Febre após 2º-3º DPO: atelectasia (até o 3º), infecção da cintilografia pulmonar, angiografia pulmonar, TC
ferida ou ITU. helicoidal, US duplex venoso de MI.
• Febre após 5º-8º DPO: mais preocupante. Complicações • Tratamento do TEP/TVP: Heparina em doses
infecciosas e abscesso. terapêuticas (↑ ativ. antitromb. da antitrombina III e fator
Xa); Enoxaparina (inativa o fator Xa); Marevan (ant. da vit.
Hipertermia Maligna K); trombolíticos (na TEP maciça / estreptoquinase,
Crise metabólica potencialmente fatal relacionada à anestesia alteplase).
geral. Doença autossômica dominante (HF).

Anestésicos inalatórios halogenados causam ↑ Ca mioplasmático. Complicações Cardíacas


Hipertensão Pós-Operatória
• Em susceptíveis ocorre liberação anormal de Ca → Relacionado à procedimentos CV, torácicos e intra-abdominais.
ativação muscular prolongada → rigidez e Sobrecarga de fluidos e agentes farmacológicos também podem
hipermetabolismo → esgotamento do ATP → geração causar ↑ PA.
excessiva de calor.
• Inicia-se nos primeiros 30 min de anestesia → ↑CPK, Pacientes de alto risco (DAC ou risco de DAC): B-bloq. iniciado dias
hipercapnia e acidose metabólica antes da cirurgia e mantido no per e pós-operatório. ↓ Isquemia
• Glicose descontrolada + metabolismo anaeróbico → miocárdica em 50% dos pct de risco.
hipóxia celular, acidose lactica progressiva e hipercapnia.
Fatores associados ao ↑ PA no pós-operatório: dor, hipotermia,
• Se não tratada, ocorre morte dos miócitos e a
hipóxia, sobrecarga de fluidos no período pós-anestésico,
rabdomiólise → hipercalemia e mioglobinúria
descontinuação da terapia no pré-operatório, sangramento intra- Diagnóstico: hiponatremia não responsiva à tentativa de correção
abdominal, TCE, síndrome da abstinência de clonidina e crise de com diuréticos. Hiponatremia com hipotonicidade do plasma,
feocromocitoma. osmolaridade da urina, maior excreção renal de sódio, ausência de
edema ou depleção do volume e função renal normal.
Isquemia e Infarto Peroperatório
Controle com B-bloq., AAS e heparinização. Nitroglicerina se Complicações Gastrointestinais
necessário. Contraindicado trombolíticos no pós-operatório.
Íleo
Choque Cardiogênico Íleo Primário (Pós-Operatório): cura no 2º-4º DPO.
Corrigir causa base.
Íleo Secundário (Paralítico): fator precipitante. Pancreatite,
Arritmias e ICC infecção intra-abdominal, hemorragia e inflamação retroperitoneal
Controlar quadro clínico para reduzir incidência de isquemia e ou visceral, distúrbios eletrolíticos, extensão da cirurgia, exposição
infarto peroperatório. prolongada do conteúdo abdominal, medicamentos ou pneumonia.

Complicações Renais e do TGU Obstrução


Funcional: íleo
Retenção Urinária
Controle do débito urinário. Mecânica: aderências (92%), flemão/abcesso, hérnia interna,
isquemia intestinal ou intussescepção (segmento do intestino
Insuficiência Renal Aguda (IRA) desliza por cima do outro).
Redução súbita do débito urinário, com acúmulo sistêmico de
resíduos nitrogenados. Mais comum após cirurgias vasculares, Síndrome Compartimental Abdominal
transplante renal, circulação extracorpórea, cirurgias urológicas e Pressão intra-abdominal normal: 5 mmHg (0,2-16,2 mmHg).
grandes cirurgias abdominais associadas com choque séptico.
Pode ocorrer também em grandes perdas volêmicas, com reações Pressão IA acima de 12 mmHg (constante), associada a ↑ pressão
transfusionais, DM submetido à cirurgia, trauma, grande queimado de pico da via aérea, hipóxia, ventilação difícil e oligúria ou anúria
e falência múltipla de órgãos. que melhora com a descompressão. Mais comum no ambiente de
UTI.
Ajustar dose dos medicamentos. Evitar hipovolemia, hipotensão e
drogas nefrotóxicas. Hidratação e acetilcisteína, ou o uso do Deslocamento superior do diafragma → ↓ volume torácico → ↑
gadolíneo diminuem o risco de nefropatia por contraste. pressão de pico da via aérea, hipóxia, hipercapnia e acidose.

Pressão IA = 25 mmHg → colaba a VCI e a V. porta → ↓ RV, ↑


Complicações Metabólicas RVP e ↓ DC
Insuficiência Adrenal
Potencialmente letal (não produz glicocorticoide). Pct com fadiga, Compressão dos rins e TGU → ↓ TFG e débito urinário
fraqueza, perda de peso, tontura ortostática, dor abdominal,
Diagnóstico: aferição da pressão IA com sonda de Foley (> 15-20
diarreia, depressão, hiponatremia, hipoglicemia, eosinofilia, e ↓ da
mmHg).
libido e potência. ↑ Corticotropina plasmática → hiperpigmentação
de pele e mucosas. Tratamento: no grau 3 (26-35 mmHg) a descompressão deve ser
considerada.
Primária (Doença de Addison): atrofia adrenal autoimune, onde o
córtex adrenal é destruído por linfócitos citotóxicos. Hemorragia GI
Estômago: doença ulcerosa péptica, erosão por estresse, ruptura
Secundária: longos períodos de adm de glicocorticoides.
de Mallory-Weiss e varizes gástricas. Melena
Diagnóstico: medida do cortisol plasmático pela manhã. >19 µg/dL
Delgado: malformações arteriovenosas ou hemorragia de
exclui IA e <3 µg/dL indica presença de IA.
anastomose. Melena ou sangue vivo.
Tratamento: ↑ doses de corticoide e correção da hipovolemia e
Grosso: hemorragia de anastomose, diverticuloses, malformações
hiponatremia.
arteriovenosas e varizes. Sangue vivo.
Hipotireoidismo
Tratamento: deve realizar reposição líquida agressiva (melhor
Pode ser acentuado no pós-operatório. Sintomas comuns são
liberação de O2) e profilaxia antiácida (pH > 4 → benefício p/ insuf.
intolerância ao frio, constipação, cabelos quebradiços, pele seca,
resp. e coagulopatia).
sonolência, ganho de peso e fadiga. Apresentam bradicardia,
hipotensão, anormalidade na condução cardíaca, maior risco de Complicações do Estoma
derrame pericárdico e DAC. Própria ostomia: local ruim, retração, necrose isquêmica,
deslocamento, abcesso, erro técnico (precoce); prolapso,
Coma mixedematoso: coma, perda dos reflexos tendinosos
estenose, hérnia paraostomia, fístula, gás e odor (tardia).
profundos, colapso CV e alta mortalidade (40-50%). Tratamento
com levotiroxina + hidrocortisona IV (impedir crise addisoniana). Pele periostomia: escoriação, dermatite (precoce); varizes
paraostomia, dermatoses, CA, manifest. cutâneas de DII (tardia).
Hipertireoidismo
Crise tireoidiana por tireotoxicose com adenoma tóxico ou bócio Sistêmica: débito alto (precoce); obstrução intestinal ou não
multinodular tóxico (Graves) é uma emergência. Sintomas são fechamento da ostomia (tardia).
nervosismo, fadiga, palpitações, intolerância ao calor, perda de
peso, fibrilação atrial (idosos) e oftalmopatia. Colite Pseudomembranosa / Por ATB
Proliferação não oposta da C. difficile. 90% dos pacientes
Início súbito com acentuação dos sintomas e sinais da recceberam ATB.
tireotoxicose, com hiperpirexia, taquicardia fora de proporção à
febre, desidratação, disfunção do SNC (convulsão, coma), Deiscência de Anastomose
manifestações cardíacas, GI e hepáticas Inúmeros fatores envolvidos

Síndrome da Secreção Inadequada do ADH (SIADH) Fístulas


Causa mais comum de hiponatremia normovolêmica crônica. Comunicação entre órgão oco e outra superfície epitalizada. Pode
Apresenta-se com anorexia, náusea, vômito, obnulação e letargia. ocorrer entre dois órgãos do TGI ou entre um órgão e a pele.
Comumente iatrogênicas, decorrentes da ruptura anastomótica,
lesão intestinal e iatrogenia não observada.

Complicações Hepatobiliares
Lesão do Ducto Biliar
Tx de lesão do ducto biliar pós colecistectomia VL: 0,4-0,7%

Tx de lesão do ducto biliar pós colecistectomia aberta: 0,2%

Insuficiência Hepática Aguda


Hepatopatia prévia

Complicações Neurológicas
Convulsões, AVE, AIT.

Complicações Psiquiátricas
Delírio, demência, psicose.

História da Medicina

Acesso Vascular
Acesso Vascular Periférico
Indicação
Coleta de sangue; adm de medicam.; repos. de vol. e correção dos
dist. hidroelet.; transf. de hemoderivados.

Referências Anatômicas
• V. radial superf. + V. mediana cefálica → V. cefálica
• V. ulnar superf. + V. mediana basílica → V. basílica
• M venoso: + V. mediana do antebraço

Veias medianas cefálica e basílica não são boas para manter


acesso pra infusão, medicamentos IV, sangue e hemoderivados.
→ V. radial superficial ou ulnar superficial.

Impossibilidade de puncionar o MS: VJE – V. Femoral – VJI – V.


Subclávia. Nessa ordem. VJE = V. auricular post. + V. retromandib.,
entre o ang. da mandib. e a clavícula.

Nunca usar acessos venosos superf. nos MI p/ injetar soluções e


medicamentos (princ. hipertônicos) → risco de tromboflebite.

Coleta de sangue: agulha 25x7 ou 8.

Manutenção do acesso: usar cateter ou jelco (24-14, de 2 em 2).


Fluxo de reposição volêmica = calibre/1 e 1/comprimento do cateter

Técnica
• Pct decúbito dorsal ou sentado
• Escolha da veia (V. radial superficial)
• Garroteamento
• Assepsia com álcool e algodão
• Bisel superior + 30º até perfurar → muda pra 10º
• Avança cateter (agulha parada) + retirar agulha
• Retirar torniquete
• Conectar equipo e fixar cateter V. Femoral

V. Jugular Externa Tredelemburg reverso → Lig. Inguinal + palpar A. femoral (inf. p/


evitar hemorragia retroperit.) → V. femoral está medial à A.
• Tredelemburg + rotação da cabeça contralateral.
• Antissepsia + compressão da VJE sobre a clavícula • Vantagem: superf. e fácil acesso, ↓ complic. imediata,
• Punção com cateter + seringa compressível, fácil acesso cirúrgico.
• Desvantagem: móvel, úmido e contaminável, ↑ complic.
Vantagens infecciosas e tromboembolicas.
Poucas complicações graves, compressível e simples.
Cateter de Longa Permanência
Desvantagens Semi-implantáveis: longe da punção. Duram 30 dias.
Dificuldade em baixo DC, perda de acesso, máximo 72hs (flebite e
infecção), várias punções em internação. Totalmente implantáveis: fixado na fáscia do M. peitoral (quimio)

Complicações Complicações
Hematoma, celulite, tromboflebite, esclerose da veia (hipertônicos, Lesão pleural (hemo/pneumotórax): Rx de controle pós-punção
inflam. e obstrução / “cordão duro”).
Lesão arterial: compressão ou cirurgia
Acesso Venoso Central Hemorragia/hematoma local: compressão por 10 min
Indicação
S/ acesso perif., nutrição parenteral (hiperosmolaridade), Arritmias: retirar cateter e adm medicação
hemodiálise, PVC, colocar marcapasso, quimioterapia, Embolia aérea: usar seringa com SF e ocluir os orifícios p/
endovascular, cateter A. Pulmonar (Swaz-Ganz). prevenir. O2 + decúbito lat. + Trendelemburg (↓ entrada de O2)
Contraindicação Laceração de V. central ou AD: medir cateter; cirurgia imediata
Absoluta: alteração anat., infec. local, trombose da veia
Trombose venosa: uso prolongado. Anticoag. sist./ trombólise e
Relativa: coagulopatia (RNI<2; plaq<50.000; e anticoag sist.) retirar cateter
Sítios de Punção Estenose venosa: uso prolongado. Tratamento endovascular.
• V. subclávia: infra ou supraclavicular (- pneumotórax)
• VJI: central, anterior ou posterior Fístula arteriovenosa / pseudoaneurisma: uso prolongado.
• V. femoral Tratamento endovascular.

Técnicas Infecção (muito comum): cuidado com antissepsia; solicitar


Paramentação, antissepsia, ref. anat., anestesia local (pele e hemocultura; ATB
trajeto), punção c/ agulha 18G + seringa c/ SF 0,9% + olhar fluxo
sang, passar fio-guia, tirar agulha + pequena incisão, passar Cateter c/ defeito
dilatador rodando, passar cateter + retirar fio guia, testar fluxo +
fixar à pele com ponto. Dissecção Venosa
Utiliza-se as V. basílica, safena proximal ou distal (maléolo medial)
Com monitor cardíaco: extrassístole com cateter no AD
Indicação
Sem monitor cardíaco: atrio 6cm do manúbrio esternal Inexistência de V. periférica ou impossibilidade de acesso central.
Distúrbios de coag., politrauma grave.
V. Jugular Interna
Desvantagem
Forame jugular → bainha carotídea (+ ACI e NC10) → post. e med.
Requer lig. distal da V. periférica e tem ↑ infecção que a punção
ao ECM (cervic. sup.) → desce post. à parte esternal → ápice do
triângulo formado p/ partes do ECM e clavícula. A. Carótida fica Técnica – V. Basílica
med. e prof. à VJI. Na VJI direita o cateter segue direto p/ VCS. V. basílica tem trajeto medial no antebraço e superior ao epic.
medial do úmero, perf. a fáscia braquial e continua como V. braquial
Tredelemburg + rotação da cabeça contralateral, palpa 2 feixes do
ECM e clavícula, agulha na direção do mamilo ipslat. Linha do epic. medial à fossa cubital, no ponto médio 3 cm acima.
Incisão de 2cm no ápice do triângulo formado, dissecando por
• Vantagem: ↓ complicação grave (subclávia), ↑ superf. e planos até a V. basílica.
compressível, acesso cirurgico fácil.
• Desvantagem: anat. variável, dificil c/ hipovolemia, ↑móvel Decúbito dorsal e abdução do MS em 90º, antissepsia, anestesia
local (trajeto), incisão transversa, dissecção da veia, reparo
V. Subclávia proximal e distal, ligadura distal da veia, contra-abertura cutânea
distal, introdução do cateter e lig. do coto distal, síntese e fixação
Borda lat. da 1ª costela (cont. V. axilar) → segue med., post. à
do cateter à pele.
clavícula, inf. e ant. à A. Subclávia (entre a clavícula e a 1ª costela).

Tredelemburg + rotação da cabeça contralateral + coxin Punção Arterial


interescapular. Técnica mais difícil (infra e supraclavicular). Indicação
Sangue para gasometria, monitorização da pressão arterial
• Supraclavicular: entre o feixe clav. do ECM e a clav.,
invasiva (PIA), acesso p/ cirurgia hemodinâmica ou endovascular
agulha p/ mamilo contralat., punção lat. ao feixe.
• Infraclavicular: 1-2cm inf. ao 1/3 medial da clav., apontar Sítios de Punção
agulha p/ junção esternoclav. (agulha rente à clav.). A. radial, pediosa e femoral (nessa ordem). Evitar A. braquial
• Vantagem: anatomia fixa, não colaba, ↑ imóvel (tromboembolia).
• Desvantagem: ↑ complic. Graves, não compressível,
acesso cirúrgico + difícil, ↑ experiência técnica. Técnica – A. Radial
Teste de Allen (p/ testar anastomose da A. ulnar) → A. radial do
lado não dominante, pulso em dorsiflexão, palpar trajeto da A.
Antissepsia e anestesia da área. Dispositivo de plástico sobre Indicação: drenagem difícil p/ gravidade ou diferença de pressão.
agulha (20G p/ adultos) + seringa 2ml. Punciona-se a 30º, c/ retorno ↓ Espaço morto (hernioplastia).
sang. Muda p/ 10º e avança o cateter.
Contraindicação: cavidade peritoneal ou perto de vasos sang.
Cateter mantido heparinizado + tala e curativo fixador
Dreno de Kehr
Complicações Via biliar quando não se sabe se a via distal está pérvia. Feito de
Hematoma, embolo distal, pseudoaneurisma, injeção inadvertida látex (trajeto). Menor precipitação de bile e formação de cálculos.
de medicamento, trombose arterial, infecção e fístula
arteriovenosa. Dreno Pig-Tail
Drenagem pleural e de abcessos intra-abdominais (guiada).

Sondas e Drenos Sondas e Cateteres


Definições Sonda Nasogástrica
PVC cristal siliconizado. Da cavidade nasal ao estômago. Medir:
Dreno: esvaziar
Nariz-orelha-apêndice xifoide.
Sonda: encher e esvaziar
Indicação: descompressão gástrica, descompressão da obstrução
Drenos intestinal, aspiração de conteúdo gástrico, adm de medicamentos
enterais, nutrição em pct c/ disfagia.
Função
Manter canal de drenagem. Pode ser sangue, pus, bile, ar, Contraindicação: TCE base de crânio, cirurgia nasal recente
exsudação ou secreção entérica. (absolutas); distúrbio de coag., varizes esofág. (exceto baixo
grau), estenose esofág., trat. recente de varizes gástricas, e
Indicação de Drenagem ingestão de subs. alcalina (relativas)
• Profilática: ↓ Espaço morto → evitar acúmulo de ar,
sangue ou serosidade Complicações: dor local, vômitos e aspiração, sondagem da VA,
• Diagnóstica: Identificar fístula (observar débito). Análise epistaxe, perfuração esofágica e sinusite.
bioquímica da secreção. Se for pancreática, pedir amilase
Sonda Nasoentérica
pancreática.
De silicone, destinada à nutrição enteral, sendo mais fina e
• Terapêutica: Drenagem de fístula ou abcesso.
maleável (fio-guia). Confirmação radiológica com fita radiopaca.
Tipos de Drenagem Sondas 8 e 12.
• Aberta: abre p/ meio externo. Gaze, ostomia, etc. + Infec.
Sonda de Gastrostomia
• Fechada: sistema fechado da pele ao coletor. – Infec. Sondagem gástrica (cirúrgica ou endoscópica), com sonda de
• Ativa: p/ aspiração (c/ -P) ligado à fonte de vácuo. Não Foley, pela parede abdominal. Nutrição p/ período mais
deve ser usado na cav. peritoneal. prolongado. Trocada a cada 30 dias ou se obstruir.
• Passiva: p/ gravidade ou diferença de pressão. Maior
risco de acúmulo de secreção. Sonda de Jejunostomia
Sondagem jejunal (cirúrgica), com sonda nasoentérica, pela
Composição dos Drenos parede abdominal. Menos risco de aspiração.
• Silicone: ↓ reação tecidual, ↓ adesão bact. e ↓ coef. de
atrito. Mais caro que o látex. Sonda Vesical de Alívio
• Látex: ↑ reação tecidual. Útil p/ criar trajeto. PVC cristal siliconizado. Esvaziar a bexiga (temporária).

Complicações do Dreno Sonda Vesical de Demora (Foley)


Contaminação ascendente da ferida, lesão tecidual adjacente ou p/ Látex siliconizado ou silicone. Esvaziar a bexiga e mensurar
aspiração, corpo estranho retido, dreno interiorizado (Penrose) diurese por períodos + longos.

Retirada do Dreno
Resolução do abcesso ou fechamento da fístula, aspecto seroso Carcinogênese
da secreção, pct c/ quadro clínico estável, s/ febre, leucometria
normal, etc. Mensurar débito do dreno (>25-50 ml/dia).
Definição
Carcinogênese: mutações que leve à tranf. maligna.
Drenos Mais Utilizados
Drenos laminares (Penrose), de aspiração contínua (Portovac), Tumor maligno: Multiplicação celular anormal, desord., contínua e
tubulares (tórax), túbulolaminares (Penrose siliconado). ilimitada, c/ perda da diferenciação e especialização celular.

Dreno de Penrose Grupos de Neoplasias Malignas


Maleável e seguro, inerte e de fácil manipulação. Drenagem por Carcinomas
diferença de pressão. Origem no tec. epitelial → 1 das 3 camadas germinativas
Indicação: drenagem aberta, mantendo aberto o orifício. Sarcomas
Dreno Tubular Origem no tec. mesenquimal, são carnosos.
Mais rígido (PVC cristal siliconado). Drena maiores volumes e não Outros Grupos
colaba, mas pode provocar irritação da pele ou celulite SC ao redor • Tumores do SNC
do dreno, e isquemia e erosão de tecidos vizinhos. 1º orifício
• Linfomas e leucemias
sempre acima da faixa azul.
• Tecido hematopoiético
Dreno com Aspiração Contínua (Portovac)
Aspiração por pressão negativa (vácuo da parede ou reservatório). Estágios da Carcinogênese
↓ Espaço morto e boa possibilidade de monitorização do volume Fumo atua nos 3 estágios (carcinógeno completo).
drenado.
Iniciação Radiação Ionizante: ioniza o átomo celular (lesão DNA em base,
Mutação inicial no gene p/ agentes carcinógenos. Maioria das quebra em 1 ou 2 hélices)
mutações gera apoptose. Algumas células ganham vantagem
proliferativa com mutação. Células iniciadas não são cancerosas, Luz UV: distorce a hélice do DNA. Interfere na replicação.
mas têm predisposição p/ novas mutações.
Vírus: HIV (sarcoma de Kaposi), hepatite C (hepatocarcinoma),
Promoção HPV (colo do útero) e HTLV (linfoma).
Celulas iniciadas sofrem ação dos agentes cancerígenos
Inflamação Crônica: dano ao DNA pelas células imunes.
(oncopromotores) e são transf. em célula maligna (dura anos) p/
acúmulo de mutações. Longo e continuado contato com oncoprom.
Síndrome de Câncer Familiar
O efeito dos oncopromotores não é genotóxico.
Câncer colorretal hereditário não poliposo (HNPCC), polipose
Progressão adenomatosa familiar (PAF), retinoblastoma (RB),
Multiplicação descontrolada e irreversível das células alteradas neurofibromatose tipo 1, síndrome de câncer de mama e ovário
(CA instalado). hereditários (HBOC), síndrome do câncer de mama e colorretal
hereditários (HBCC), doença de von Hippel-Lindau (VHL),
Surgimento do Câncer síndrome de Li-Freumeni, etc.
Perda mutacional de vários genes (reg. da apoptose e
Teoria da Dupla Lesão
senescência). Ex: CA de cólon: hiperplasia epitelial colônica →
Tumores hereditários: 1 mutação herdada
adenoma colônico → Carcinoma de cólon (perda do supressor APC
e RAS). Tumores adquiridos: 2 mutações ao longo da vida

Genes Supressores de Tumor (GST) Alterações da Transformação Maligna


Impedem o cresc. e a prolif. celular anormal (rede de pontos de Sinalização Proliferativa Sustentada
checagem) → RB e p53: reconhecem estresse genotóxico com fim Burla o controle dos fatores de cresc. (FC) por ↑ prod. de FC
da proliferação. Preservam a integridade genômica, se inativados (autócrino) ou ↑ dos FC que estimulam células vizinhas (parácrino).
permitem mutações e carcinogêse. Os GST têm caráter recessivo. Ativ. (mesmo s/ FC) e superexpressão dos receptores de FC.
p53 – Guardião do Genoma ↑ FC → ↑ mutações
50% dos tumores têm mutação nesse gene. Mutações (em ambos Oncoproteínas: mimetizam prot. transd. de sinais. Ex.: RAS e GTP
alelos) são adquiridas. Percebem estresse celular como dano ao
DNA, encut. de telômeros, ativ. de oncogenes, ↓ ribonuc. e estresse Evasão dos Supressores de Crescimento
oxidativo p/ hipóxia. Possui meia-vida curta (lig. à MDM2). Falha da inibição do crescimento (escape da p53 e RB).
Mutações da lig. da p53 à MDM2 pode prolongar a meia-vida.
Repara a célula quando possível e induz à apoptose quando Fuga da Destruição Imunológica
inviável. Falha na prod. de antígenos, mut. nos genes de processamento e
apresentação, ou prod. de prot. que inibem a ativ. das células T.
Oncogenes Invasão Metastásica
Promovem crescimento celular autônomo (indep. de FC). Suas Cél. Tumor primário → vasos sang. ou linf. → cresc. à distância
contrapartes celulares não mutadas são os proto-oncogenes.
Criados por mutações (“ganho de função”) nos proto-oncogenes. Transição Epitélio-Mesenquimal (TEM): comum à todos os tum.
Têm caráter dominante. epit., é como as cél. neoplásicas se comportam p/ invadir o
estroma. CA rompe a memb. basal → atrav. tec. conj. → circulação.
Reparo do DNA e Instabilidade Genética Relax. (-adesão) das interações cél-cél do tumor → degrad. da
Em células normais há mínimas mutações (checkpoints), nas MEC → lig. a comp. da MEC → migração das cél. tumorais.
cancerosas ocorre defeito nos mecanismos de checkpoint (10-20x
Intravasamento: entra no vaso sanguíneo
+ mutações).
Extravasamento: sai do vaso sang. e entra no parênq. de órgão.
Mecanismo de Reparo do DNA
Reparo de Excisão de Bases: remove base alterada. Imortalidade Replicativa
Em 85-95% dos CA a telomerase (enc. telômero) está ausente.
Reparo de Excisão de Nucleotídeo: remove parte de 1 filamento.
Angiogênese
Reparo de Quebras na Fita Dupla de DNA: recombinação
Tumores sólidos não crescem + que 1-2mm se não forem vasc.
homóloga (não prod. mutação) ou união de extrem. não homólogas
Prod. de VEGF p/ cél. cancerosas → neoangiogênese → vasc.
(prod. mutação). Se não corrigir leva a degrad. do DNA.
anormal (vazam e dilatados)
Mecanismos de Ativação dos Resistência à Apoptose
Oncogenes/Inativação dos GST Via extrínseca: CD95/Faz + receptor → ativ. caspase 8 →
apoptose (inibidores de proteínas da apoptose)
A mutação é o principal mecanismo de ativ. e inativ. dos genes.
Pode ser pontual (1 nucleot./ subs., inser., ou del.), por Via intrínseca: perm. da memb. mitocond. ext. (BCL2) → apoptose
amplificações (cópias), deleções (região crom.), ou translocações
(troca / fusão oncogenes ABL e BCR). No caso de perda ou ganho Desregulação Energética
de crom. pode perder um GST ou ganhar um oncogene. Alterações Efeito Warburg: cél. cancerosas fazem glicólise anaeróbica mesmo
epigenéticas. na presença de O2. Vantagem no ambiente hipóxico (vasos
malformados)
Carcinogênese Química
Obesidade: inflamação crônica Vias de Disseminação Tumoral
Dieta: conservantes 3 vias: implante direto, dissem. linfática e dissem. hematológica.

Tabaco: carcinógeno completo (3 fases)


Implante Direto nas Superfícies ou Não pedir para screening ou diagnóstico (só p/ complementar).
Serve para controle de cura e recidiva (valor prognóstico: ↑CEA =
Cavidades Corporais ↑ tumor).
Cav. peritoneal, pleural, pericárdica, subaracnóidea e do esp. artic.
Normalmente ocorre nos carcinomas. Alfafetoproteína (AFP)
Proteína do soro fetal, sintetizada pelo fígado, saco vitelínico e
Pseudomixoma Peritoneal
intestino fetal. ↑ AFP (normal=5-25ng/ml) na vida adulta =
Carcinomas mucossecretores do apêndice ou ovário que
alteração. Meia vida: 5-7 dias. ↑ AFP em CA do TGI,
preenchem a cav. peritoneal c/ massa neoplásica gelatinosa. Fluido
hepatocarcinoma (hepatite C), tumor testicular ñ
mucinoso comprimindo o abd., com obstrução do TGI.
seminomatoso (70% - mesmo assim é contraind. p/ screening),
Peritoniectomia.
DII, hepatite e cirrose, e gestantes.
Disseminação Linfática Bom p/ avaliar resp. ao trat. e recidiva. ↑ Rápido tem pior
Via + comum de disseminação de carcinomas (linfáticos adj.). prognóstico no CHC.
Segue rota da drenagem linfática. Mapeamento de linfonodo
sentinela por injeção de sonda radiomarcada e de corantes (azul CA 19-9
metileno). Antígeno (carboidrato) de superf. cél. que é liberado pela cél.
cancerosa p/ penetrar na corrente sanguínea. VR: >37U/ml
Disseminação Hematogênica
Típica dos sarcomas. Artérias menos penetraveis que as veias. 10% da pop. não produz. Não pedir p/ screening (↓sens. p/ tumor
Dissem. art. ocorre nos leitos capilares ou shunts AV pulmonares. precoce). Valor prognóstico (↑CA 19-9 = ↑tumor).
Dissem. ven. é mais comum no fígado e pulmões. Tumores da col.
>1000U/ml no pré-operatório = tumor irressecável
vertebral (tireoide ou próstata) chegam p/ plexo paravertebral.
Carcinoma renal invade a V. renal e pode chegar a VCI (cobra). Acomp. de recidiva (↑VR antecede 2-9 meses da recidiva) e
tratamento (↓redução CA 19-9 = pior sobrevida).
Sistema TMN 1ª escolha: estadiam. e monitor. de CA de pâncreas e trato biliar.
Sítio de origem + características histológicas + extensão anatômica Especif. de 81-94% para CA de pâncreas (diag. dif. c/ pancreatite).
Se o CA estiver avançado, fica ↑ apenas em 70%.
T (Tumor Primário)
2ª escolha: estadiam. e monitor. de CA colorretal.
Extensão do tumor primário. Tx (ñ deu p/ ver); T0 (s/ tumor); Tis
(tumor in situ); T1, T2, T3, T4 (extensão crescente). ↑ Em outros CA: vesícula (95%), colorretal (15%), pulmão (13%) e
estômago (5%).
N (Número de Linfonodos)
Presença e extensão de metástase linfonodal. Nx (ñ deu p/ ver); N0 Outras doenças que ↑ CA 19-9 (↓120U/ml): cirrose, pancreatite, DII,
(s/ metástase); N1, N2, N3 (tamanho, local e/ou quantidade). fibrose cística, doenças autoimunes e das vias biliares (agudas e
crônicas – até 400U/ml se obstruir).
M (Metástases)
M0 (s/ metástase) ou M1 (c/ metástase).
Antígeno Prostático Específico (PSA)
Secretado no lúmen dos ductos prost., presente no liq. seminal
R (Tumor Residual) (~2mg/ml), liquefaz o coag. seminal.
Resposta após o tratamento. Rx (ñ deu p/ ver); R0 (s/ tumor); R1 Marcador de ↑ utilidade clínica → órgão-específico (prostatite,
(tumor microscópico); e R2 (tumor macroscópico). HPB ou CA de próstata). ÚNICO marcador p/ screening
(↑PSA=↑risco de CA), tem valor prognóstico. Pode aumentar por
Marcadores Tumorais trauma prostático ou uretral e infecção. Outros fatores: biópsia
prostática (1-42 D), massagem prostática (36h), ejaculação (48h).
Macromol. pres. no tumor, no sangue ou em outros liq. biológicos.
Podem ser produzidas pelo tumor ou em resposta ele. PSA pode ser livre (5-40% do total) ou conj. à prot. plasm. (ACT ou
A2M). O PSA-L não é proteolítico (inativ. p/ epitélio). ↑PSA-L=↓risco
Marcador ideal: prod. exclusiv. pelo tumor; ↑ sens. e especif.;
de CA.
correlação c/ vol. do tumor e prognóstico; detectar recidiva
precocemente; fácil mensuração e baixo custo. >60 anos elevado se ↑4ng/ml (4-10ng/ml=HPB – 75% – ou CA).
Biopsia hepática: >10ng/ml (realizar); 4-10ng/ml (↓fração PSA-
Tipos de marcadores: proteínas ou pedaços. Por teste bioquímico
L=↑risco de CA).
(sangue) ou genético. Marcadores presentes no sangue têm maior
aplicação clínica e possibiltam a avaliação seriada (resp. ao trat.). Medicações em HPB
PSA relacionado à andrógenos.
Antígeno Carcinoembrionário (CEA)
Glicoprot. (imunoglobulina) localizada no lado luminal da memb. Inibidores da 5-Alfa-Redutase (finasterida e dutasterida): ↓50%
cel. das cél. intestinais. Secretada no sangue e muco do TGI. do PSA após 6 meses (considerar o dobro). PSA-L não se altera.

VR: < 2,5 (normal); 2,5-5 (limítrofe); e >5 (alterado) Bloqueadores Alfa-1-Adrenérgicos (doxazosina e tensulosina):
não alteram o PSA. Relaxa a musc. da uretra e colo vesical no HPB
Elevações também ocorrem na cirrose, DII, pancreatite, DPOC,
tabagismo e insuficiência renal. Análogos do LH-RH: inibe prod. de testosterona. PSA em valores
indetectáveis em 90 dias.
Níveis ↑ em 9% dos teratomas testic., 85% dos carcinomas
colorretais, 65% dos CA de pulmão, 65% CA de pâncreas, 50% Drogas que ↑ a Testosterona: ↑ discreto no PSA.
CA de TGI, 80% dos CA de trato biliar, 60% CA de tireoide, 46% CA de Próstata
CA de colo do útero e em 40% dos CA de mama. ↑PSA-C e ↓PSA-L. Fração 25% (8% risco), 20% (16% risco), 15%
(28% risco), 10% (56% risco)…

PSA<4ng/ml: 80% dos tumores confinados na glândula.


PSA 4-10ng/ml: 70% dos tumores confinados na glândula
Anatomia Cirúrgica do Pescoço
Limites
PSA>10ng/ml: apenas 35% estão confinados.

Metástase ganglionares em 20% dos pct c/ PSA>20 e 75% dos pct Inferior
c/ PSA>50ng/ml. PSA>20ng/ml=cintolografia óssea (corpo todo) + Fúrcula esternal, clavículas e proc. esp. da 7ª vért. cervical.
TC ou RM.
Superior
Classificação de risco c/ PSA: baixo (<10), intermediário (10-20) Borda inf. da mand., proc. mastoide e protub. occip. externa.
ou alto (>20). Risco p/ estadiamento clínico: baixo (ct1c ou cT2a),
intermediário (Ct2b) ou alto (>cT2c). PSA+toque em pct de 50-75 Laterais
anos (45 em negros ou HF+) Bordas anteriores do M. trapézio.

Estadiamento Clínico: cT1c (não palpável), cT2a (até ½ do lobo), Regiões Cervicais
cT2b (+ de ½ do lobo), cT2c (ambos lobos), cT3 (passa cápsula)
Triângulo Anterior do Pescoço
ou cT4 (invade outras estruturas).
Relação c/ os M. digástrico, estilo-hióideo e omo-hióideo.
Trat. de CA de baixo risco: cirurgia, radio ou braquiterapia;
Trígono Submentoniano: tec. linf e veias, nada de importante.
monitorização controlada.
Limites: ventres ant. do digástrico, mento e hióide.
Trat. de CA de risco intermédio ou alto: + de 1 modal. de trat.
Trígono Submandubular: gl. submand., A. e V. facial, N. marg. da
Prostatectomia radical: PSA prox. a 0 (<0,2ng/ml). Recidiva bioq. mand., NC12 (língua p/ lado da lesão), N. lingual, ducto da gl.
se PSA>0,2ng/ml. submand. Limites: ventres ant. e post do digástrico, e borda inf. da
mandíbula.
Pós-radio: ↓PSA lento e gradual. Nadir (menor PSA pós-radio/1-
4ng/ml) em meses ou anos. Recidiva bioq. se PSA>2ng/ml do nadir Trígono Carotídeo: bainha carotídea (ACC/ACI e ACE – ACC
bifurca na alt. do hióide, ACI + lateral neste nível –, VJI e NC10),
CA 125 alça cervical (sup. à bainha), tronco simpático (post. à bainha), NC
Glicoprot. de alto peso molec. Acomp. de trat. e recidiva de CA de 11 e 12. Limites: borda ant. do ECM, ventre sup. do omo-hióideo,
ovário (VR=35-65U/ml – ↓CA125=resp. ao trat. e ↓recidiva. ). Não ventre post. do digástrico. ACE emite seus 6 1ºs ramos nesse
é bom p/ screening, mas tem valor prognóstico (↑CA 125=pior trígono (A. tireódea superior, faríngea ascendente, lingual, facial,
prognóstico e recidiva em 2-12 meses). Não serve p/ estadiar. occipital e auricular posterior). Alça cervical é parte do plexo
cervical e supre os M. infra-hióideos (esterno-hióideo,
↑ Em cirrose, cisto ovariano, endometriose, DIP, fibrose uterina, esternotireóideo e omo-hióideo). M. tireo-hiódeo direto de C1 pelo
hepatite e pancreatite. Sens. de apenas 50% no estádio 1 de CA. NC12.
Pode ↑ no CA de pulmão, mama, pâncreas, fígado e cólon, e em
pessoas que já tiveram CA. Trígono Muscular: tireóide, M. esterno-hióideo e esternotireóide,
laringe e traquéia. Limites: linha mediana do pescoço, ventre sup.
do omo-hióideo e borda ant. do ECM.
Biópsias
Retirada de cél. ou tec. p/ estudo anatomopat. Princ. diag. p/ CA.

Princícios: avaliação clínica; evitar áreas ruins p/ coleta; usar


fixador adeq. (formol 10%, álcool 95% ou congelar em SF); máx.
de info, possível p/ patologista; manup. delic. o material e partir se
grande; biópsia de acordo c/ lesão (difusa em área + import. e em
susp. Excisional); retirar amostra significativa (punção em + de 1
local, biopsia incisional ou excisional, remover linfonodo ou CA SC
c/ cápsula).

Biópsia por Punção


PAAF
Nódulos da tireóide. Diag. citol. (↓preciso que hist.). Local. p/
palpação, US, TC, RM ou estereotaxia (marcação 3D - neuro).

Agulha de Vim Silverman (Manual)


Biópsia hepática. Agulha ponta bífida, trocarte e cânula externa.

Agulha de Cope (Manual)


Biópsia pleural. Agulha ponta romba, trocarte e cânula externa.
Usada em derrame pleural.

Agulha Tru Cut (Semi-Automática)


Pistola automática de impulsão à mola. Sistema gaveta. Triângulo Posterior do Pescoço
Relação com o M. omo-hióideo.
Biópsia de Pele
Trígono Occipital: NC11, N. transverso do pescoço e supraclavic.,
Em suspeita de neoplasia (melanoma), sempre excisional. 1-2 mm
parte sup. do plexo braquial, N. frênico. Limites: borda ant. do
de margem no 1º momento incluindo as 3 camadas da pele. No 2º
trapézio, borda sup. do omo-hióideo e borda post. do ECM.
momento pesquisa linfonodo sentinela e ↑ as margens (1-2 cm).
Trígono Supraclavicular: 3ª parte da A. subclávia, A. supraesc. e
Biópsia Aberta da Cavidade cervic. transv., N. frênico (sobre o M. escaleno ant.) e plexo
Em exceções, se não der por punção guiada ou irresec. do tumor braquial. Limites: borda post. do ECM, borda inf. do omo-hióideo e
(cél. em anel de sinete). clavícula.
• 2B: trígono carotídeo + ECM (nível jug. alto sup. ao NC11)
• 3: trígono carotídeo + ECM (nível jug. médio)
• 4: trígono carotídeo + ECM (nível jug. baixo)
• 5A: trígono occipital / 5B: trígono supraclavicular
• 6: trígono muscular (espaço visceral)

Anatomia das Fáscias Cervicais


Divisão Anatômica
Fascia Cervical Superficial: reveste o M. platisma.

Fascia Cervical Profunda: 3 níveis

• Superficial: reveste ECM, trapézio, gl. submand., gl.


parótida, N. facial, ramo term. da ACE, V. retromand. e linf.
• Média: lâmina musc. (reveste esterno-hióide, tireo-hióideo
e omo-hióideo) e lâmina visc. (tireóide, traqueia e esôfago)
• Profunda: lâmina alar e lâmina pré-vertebral (M. do
triângulo post. do pescoço (escalenos) e vértebras)
Níveis Cervicais • Bainha Carótida: elementos das 3 camadas.
• 1A: tríg. submentoniano / 1B: tríg. submandibulares Importância Clínica
• 2A: trígono carotídeo + ECM (nível jug. alto inf. ao NC11) Abcessos em região cervical se estendem p/ mediastino (drenar).

Músculos Cervicais
Vasos Sanguíneos Cervicais
Nervos Cervicais
O nervo frênico é ramo terminal do plexo cervical superficial. A lesão dele eleva a cúpula diafragmática do lado lesado (pior no DPOC).

Lesão do tronco simpático provoca sínd. de Horner. Lesão N. faciais e oculares que fazem parte do SNS. Ptose, miose, enoftalmia e anidrose.

Normalmente emergência: não consegue IOT, INT ou traqueo


Acesso às Vias Aéreas demora. Depois de feita, a traqueo deve ser feita em 24h (risco de
Temporária: cricotireoidostomia por punção. estenose glótica ou subglótica).

Definitiva: cricotireoidostomia cirúrgica, IOT e traqueostomia. Por Punção


Controle manual da ventilação. Eficaz até 45min (acúmulo de CO2
Via Aérea Definitiva: sonda endotraqueal (naso ou orotraqueal) → em TCE leva à hipovent. e ↑ da PIC).
com balonete insuflado, conectado a ventilação assistida.
Complicações: pneumotórax, enfisema SC ou mediast., hemorr.,
Instalar VA Definitiva: apneia, proteção contra aspiração, perf. esofágica e acidose resp. p/ hipovent. (curto prazo); e
comprometimento iminente (lesão p/ inalação, fraturas faciais, estenose subglótica ou lesão da corda vocal (longo prazo).
convulsões), TCE Glasgow<9, incapacidade de oxigenar com
máscara de O2, ou anestesia geral. Cirúrgica
Máx. 48-72hs, por risco de complicações.
Intubação Orotraqueal (IOT)
Complicações: intubação esofágica ou seletiva, trauma das VA, Traqueostomia
da coluna cervical ou dos dentes, arritmias, etc. Difícil e demorado. Cânula plástica só em ventilação mecânica.
Cânula metálica mais fácil higiene, mas risco de lesão obstrutiva.
Intubação Nasotraqueal (INT)
Indicado em fratura da coluna cervical ou p/ liberação da cav. oral.
Contraindicado em apneia ou fraturas graves médio faciais ou de
base de crânio.

Cricotireoidostomia
Jelco 14. Por punção ou dissecção aberta ou percutânea da pele e
memb. cricotireoidea. Vantagens (traqueo): simples, rápida,
↓hemorragia e s/ hiperextensão do pescoço (lesão cervical).

Indicação: Obstrução prox. à glote, insuf. resp., traumas faciais


graves, sangramento oral intenso.

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