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Choque no trauma

Grijalva Costa
Doutor em Ciências Médico-Cirúrgica Universidade Federal do Ceará
Mestre em Cirurgia Universidade Federal do Ceará
State Faculty, American College of Surgeons
Preceptor da Residência de Cirurgia Geral do Instituto Dr. José Frota
Professor de Medicina da Centro Universitário Christus

Bibliografia

ATLS – Suporte Avançado de Vida no Trauma. 10a Edição, American College of Surgeons, 2018.
ATLS – Suporte Avançado de Vida no Trauma. 9a Edição, American College of Surgeons, 1997., cap 3.
Choque no trauma
Objetivos

Definir choque e a sua fisiopatologia


Reconhecer e correlacionar os sinais clínicos com o volume de
sangue perdido
Descrever as etiologias do choque
Avaliar e interpretar a reposição volêmica inicial
Reconhecer a reposição adequada de sangue
Choque no trauma
Definição

O que é choque?
Choque no trauma
Definição

Síndrome caracterizada pela perfusão orgânica e oxigenação


tecidual inadequada
Choque no trauma
Fisiologia Cardíaca
Fisiopatologia da perda sanguínea
Volume sangüíneo
diminuído

Retorno venoso
diminuído

Volume sistólico
diminuído

Débito cardíaco
diminuído

Liberação de
catecolaminas
Fisiopatologia da perda sanguínea
Liberação de
catecolaminas

Frequência
Taquicardia
cardíaca

Resistência
Aumento pressão diastólica
vascular periférica

Perfusão tecidual
diminuída
Fisiopatologia da perda sanguínea
Oxigenação
inadequada celular

Metabolismo
anaeróbio

Integridade
membrana celular

Lesão das
organelas

Morte celular
Choque no trauma

Como e quando diagnosticar o choque no trauma?


Choque no trauma
Avaliação inicial – Diagnóstico

Exame primário
Reconhecimento do Choque
Sinais e sintomas
Classificação do choque
Choque no trauma
Hemorragia

Cálculo do volume sanguíneo


7% do peso corporal - adultos
8 a 9 % do peso corporal - crianças
Choque no trauma
Etiologia do Choque
Hemorrágico

Não Hemorrágico
Cardiogênico
Pneumotórax Hipertensivo - Obstrutivo
Neurogênico
Séptico
Choque no trauma
Classificação do choque quanto a perda volêmica.

Classe I - > 750 ml


Classe II - 750 a 1500 ml.
Classe III - 1500 a 2000 ml.
Classe IV - > 2000 ml.
Choque no trauma
Classe I – (menos de 15%) Perda de até 750ml

Sinais vitais estão mantidos dentro dos parâmetros


normais.
Choque no trauma
Classe II - (15% a 30%) Perda de 750ml a 1500ml

A resposta compensatória não é capaz de manter os sinais


vitais dentro dos limites da normalidade, entretanto a
perfusão dos órgãos nobres está mantida
Choque no trauma
Classe III - (31% a 40%) Perda de 1500ml a 2000ml

A perfusão dos órgãos nobres não está mais mantida


Choque no trauma

Classe IV - (mais de 40%) Perda maior que 2000ml

Choque terminal
Choque no trauma
Choque no trauma
Cálculo das perdas secundárias

Fraturas de úmero e tíbia – até 750ml


Fratura de fêmur – até 1500ml
Fratura da bacia – muitos litros
Considerar o edema dos tecidos moles
Choque no trauma
Como tratar inicialmente ?
 Via aérea e respiração
 Circulação e controle do sangramento
 Exame neurológico
 Exposição – Exame completo
 Dilatação gástrica – sonda nasogástrica
 Colocação sonda vesical
Choque no trauma - Como tratar ?
 Acesso venosos periféricos
 Reposição volêmica inicial

 Redução do volume da pelve


 Compressão direta PARAR
o
 Imobilização das fraturas
sangramento!
 Operação
 Agentes hemostáticos
 Angioembolização
Choque no trauma - Como tratar ?
Acesso venosos periféricos
Choque no trauma - Como tratar ?
Reposição volêmica inicial
Cristalóide, Quantidade 1000 ml ou 20ml/kg
Reanimação balanceada
•Aceitar pressão arterial mais baixa do que o normal
•Papa de hemácias, plasma fresco congelado, plaquetas
•Não substitui o controle definitivo do sangramento
Choque no Trauma
Reanimação hipotensiva permissiva

Hypotensive resuscitation during active hemorrhage: Impact on in-


hospital mortality
Dutton RP, MacKenzie CF, Scalea TM,
R Adams Cowley Shock Trauma Center, and the Departments of
Anesthesiology and Surgery,
University of Maryland School of Medicine, Baltimore, Maryland.
J Trauma 2002 June;52(6):1141-1146
Choque no Trauma
Monitorização e avaliação da resposta volêmica

Sinais vitais
Debito urinário
Choque no Trauma

Avaliação e significado da resposta volêmica

Rápida - Sangramento do pequena quantidade

Transitória
Perda de sangue subestimada
Perda de sangue continua.
Choque não hemorrágico - Tamponamento cardíaco
Pneumotórax hipertensivo
Choque no Trauma
Avaliação e significado da resposta volêmica
Nenhuma
Choque classe III ou IV - Sangramento intra-abdominal
Choque não hemorrágico - Tamponamento cardíaco
Pneumotórax Hipertensivo
Trauma cardíaco fechado
Choque no Trauma
Reposição de sangue

Provas cruzadas
1 hora
Preferível
Choque no Trauma
Reposição de sangue

Sangue tipo específico


Compatível com ABO e Rh
10 min
Ideal para resposta transitória
Choque no Trauma
Reposição de sangue

Concentrado de hemácias tipo O


Possível na hemorragia exsanguinante.
Nenhuma resposta
Grávidas - Glóbulos Rh negativos
Choque no Trauma
Traumas complexos
Choque no Trauma
Reposição de sangue

Autotransfusão – Hemotórax maciço


Coagulopatia - politransfundido
Administração de cálcio
Choque no Trauma
Lesões do Anel Pélvico
Tratamento
 Reposição volêmica moderada
 “PASG”
 Manobra de rotação interna dos membros inferiores
 Tração longitudinal dos membros inferiores
 Pressão lateral do anel pélvico
Choque no Trauma
Fratura do anel pélvico
Choque no Trauma
Síndrome compartimental abdominal
Choque no Trauma Abdominal
Situações especiais:
Idosos e crianças
Atletas
Gravidez
Medicamentos e comorbidades
Hipotermia
Marca Passo

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