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Assistência de Enfermagem ao paciente com

mobilidade física e deambulação prejudicada

Profª Drª Paula C Nogueira


pcnogueira@usp.br
Objetivos da aula
• Conceituar mobilidade física e deambulação prejudicada

• Descrever os processos patológicos que levam à mobilidade física e deambulação


prejudicadas

• Discorrer sobre os diagnósticos de enfermagem mais frequentes

• Discutir as Intervenções de enfermagem junto às pessoas com mobilidade física e


deambulação prejudicada
Mobilidade física prejudicada
“Limitação no movimento independente ee e proposital do
corpo ou de uma ou mais extremidades.”
(NANDA, 2021-2023 - Domínio 4 Atividade/descanso; Classe 2 Atividade/exercício)
Mobilidade física prejudicada
“a mobilidade afetada é vista, dentro de uma perspectiva funcional, pela
inabilidade do indivíduo em se mover livremente”

“A limitação física pode se manifestar de forma súbita ou lentamente,


conforme sua extensão e duração”

(Costa et al., 2010)


Caminhada prejudicada
“Limitação do movimento independente dentro do ambiente a
pé.”
Alterações da mobilidade física e deambulação

 Processos patológicos que afetam o sistema


músculo-esquelético e/ou neurológico: traumáticos,
inflamatórios, degenerativos

• Geram dependências

• muitas vezes são cirúrgicos


tratamentos conservadores como imobilizações ,
trações , fixadores externos , uso de próteses ou
de órteses para auxiliar na função do segmento
afetado
Processos patológicos traumáticos

• TRM (traumaraquimedular) – paraplegia ou tetraplegia – nível


neurológico da lesão

• TCE – traumatismo crânio-encefálico

Causas: ferimentos por arma de fogo e arma branca, acidentes


automobilísticos, quedas e mergulhos.

• Amputações
CUIDADOS PREVENTIVOS

Enfatizar a prevenção
Inflamatórios e degenerativos
Osteoartrose e artrite reumatóide
• Artrite é a inflamação nos tecidos que formam a articulação e

• Artrose é a degeneração da articulação.

• É muito comum observar que a artrite mal tratada evolui para artrose, e que a artrose crônica
pode tornar-se aguda e originar um novo quadro de artrite.

• Todas as articulações do corpo podem sofrer com artrite


e/ou artrose, mas as mais afetadas são aquelas que são
mais utilizadas durante o trabalho como ocorre por
exemplo no motorista de ônibus que após alguns anos
de trabalho é diagnosticado com artrite e/ou artrose nos
ombros.
Lombalgia

• Presença de dor

• Causada por esforço físico e postura inadequada

• Relacionada a certos tipos de movimento

• Súbita

• Incapacitante

• Afastamentos no trabalho
Outros processos patológicos relacionados à Mobilidade física
prejudicada :

Tumores cerebrais

Aneurismas cerebrais

AVEh/AVEi
Lesão medular não
Hérnia de disco traumática

Sindromes degenerativas Cirurgias ortopédicas


neurológicas (fraturas)
Consequências:
• A imobilidade pode trazer consequências sobre os níveis de saúde, independência e
estado funcional dos indivíduos acometidos.

• Maior dependência para realização das AVD e AIVD

• Maior risco de quedas

• Déficit do autocuidado e interação social prejudicada

• Impossibilidade de retorno às atividades laborais

• Dificuldade para movimentar-se no próprio domicílio


ASSISTÊNCIA DE
ENFERMAGEM ÀS
PESSOAS
COM MOBILIDADE
FÍSICA PREJUDICADA
Principais diagnósticos de enfermagem

• Mobilidade física prejudicada


• Caminhada prejudicada
• Mobilidade na cama prejudicada
• Mobilidade na cadeira de rodas prejudicada
• Capacidade de transferência prejudicada
• Déficit no autocuidado para banho/higiene/alimentação
• Risco de integridade da pele prejudicada
• Risco ou Constipação
• Padrão respiratório ineficaz
• Risco de baixa autoestima situacional
• Distúrbio na imagem corporal
O que avaliar ? Busca pelas alterações estruturais

• coluna vertebral
Considerar:
• MMSS  Paraplegia
• MMII  Tetraplegia
 Hemiplegia
• mãos  Paraparesia
• pés  Tetraparesia
 Hemiparesia
• queixas
 Parestesias

MONTEIRO, C. R.; FARO, A. C. M. E. Avaliação Musculoesquelética. In: Eduarda Ribeiro dos Santos. (Org.). Exame físico na
prática clínica da enfermagem. 1ed.Rio de Janeiro: Elsevier, 2015, v. 1, p. 209-230.
 Sistema Motor

• É a perda da função motora e ou sensitiva


nos segmentos cervicais da medula espinhal.
A tetraplegia, resulta em alteração das
funções dos membros superiores, tronco,
membros inferiores e órgãos pélvicos.

http://vod.img.estaticos.tv.br/media/imagens/244505c59b7c4ceeba868d
(ASIA/IMSOP, 1996) b8388f87fd.jpeg
• A paraplegia refere-se à perda da função
motora e ou sensitiva nos segmentos torácicos,
lombares e sacrais da medula espinhal.

https://encrypted-tbn2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQfdjHDHLWQiFhQ8jXbhr4O58ltgxJFVtorcBcMMf82geew0R9p
Sistema motor:
Tetraparesia: refere-se à diminuição da função motora e/ou sensitiva nos MMSS e
MMII.
Paraparesia: refere-se à diminuição da função motora e/ou sensitiva nos MMII.
Resultado: o movimento pode estar limitado e a força diminuida;
Ataxia: marcha instável, claudicação.
Tônus: pela palpação dos músculos e a partir da movimentação verifica-se a presença
de hiper ou hipotonia.

Parestesia: sensação de formigamento ou adormecimento referida pelo paciente –


avaliação da função sensitiva
Intervenções de enfermagem
Considerar:

Deambulação com auxílio

Imobilidade no leito - mudança de decúbito

Espaço físico

Ergonomia aluno/profissional/paciente
Mudança de decúbito e posicionamento

• Medida de proteção e conforto para o paciente acamado

Finalidades
• aliviar áreas de pressão
• manter o alinhamento do corpo
• distribuir o peso corporal uniformemente
• Conforto
• Manutenção da integridade da pele – prevenção de LP

ATENÇÃO: a periodicidade e bem como as variedades do posicionamento


dependerão das condições clínicas do paciente!!!
Posicionamentos possíveis de serem prescritos
• Decúbito dorsal e horizontal - DDH

• Decúbito lateral direito - DLD

• Decúbito lateral esquerdo - DLE

• Decúbito ventral – DV - Prona

• Posição de Fowler - sentado

• Posição de semi-Fowler - semisentado


Recursos materiais e equipamentos – Superfícies de Suporte

Coxins
almofadas
travesseiro

Camas comuns
Recursos humanos
camas elétricas
lençol
forro impermeável
Trapézio
guindaste
suportes
DDH –os calcanhares não devem ficar em contato direto com o colchão, colocar um travesseiro
sob as panturrilhas para que os calcanhares permaneçam elevados e colocar um coxim para os
pés não ficarem caídos. Embaixo dos cotovelos também tem um travesseiro para apoio.

Calcanhares
livres

Fonte: http://www.sbn.pt/Default.aspx?tabid=247&itemId=6861
Foto extraída do curso online sobre “ÚLCERA
POR PRESSÃO”, de autoria de: PERES, Heloisa
Helena Ciqueto; BAPTISTA, Cleide Maria
Caetano; ROGENSKI, Nomei Marisa Bruneti;
COSTA, Juscilynne Barros da. Curso on line
sobre Úlcera por Pressão para Enfermagem –
Registro de Propriedade. Protocolo no.
2841/10. 2010.

O calcanhar deve ficar elevado, com


auxílio de travesseiros, e não encostar no
colchão
Não utilize luvas d´agua pois elas não previnem a formação das LP e podem
escorregar e esquentar os calcanhares. A luva cheia de água ao invés de aliviar a
pressão dos calcanhares, aumenta a pressão.
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-07102009-145047/pt-br.php
Decúbito Lateral
Importante: colocar travesseiro de apoio
nas costas e entre os joelhos

Travesseiro de
apoio
Decúbito lateral - DL

Evitar permanecer períodos prolongados sobre o trocânter


Foto extraída do curso online sobre
“ÚLCERA POR PRESSÃO”, de autoria de:
PERES, Heloisa Helena Ciqueto; BAPTISTA,
Cleide Maria Caetano; ROGENSKI, Nomei
Marisa Bruneti; COSTA, Juscilynne Barros
da. Curso on line sobre Úlcera por Pressão
para Enfermagem – Registro de
Propriedade. Protocolo no. 2841/10. 2010.

As proeminências ósseas não devem ficar encostadas uma


com a outra, por exemplo, na foto acima, há um travesseiro
entre os joelhos, entre os pés e entre o pé direito e o
colchão!
Decúbito Ventral - DV

Utilizar almofadas/coxins para diminuir a sobrecarga de


peso nas proeminências ósseas
Figura extraída do site: http://dicasdeficientes.blogspot.com.br/2012/04/prevencao-de-escaras-ulcera-de-pressao.html
ATENÇÃO!!!
Posição em decúbito
elevado, paciente tende
a escorregar

Lençol enrugado, pode


machucar a pele devido
ao atrito do lençol com a
superfície do corpo

Favorece o cisalhamento
ATENÇÃO para o tempo que o paciente permanece na mesma posição!!!

Mas, a pressão sozinha, não causa a LP, ela é dependente do tempo.

Pressão não-aliviada Tempo prolongado


Superfícies de Suporte de alta tecnologia

• Superfícies de suporte de pressão alternada


• Grande variedade de profundidade das celas, solidez mecânica, tempo do ciclo da cela.

• Pressão Alternada x Colchão standard


• Diminuição significativa da incidência e severidade LP
• 3,8% x 22%
Sanada, 2003

McInnes E, Jammali-Blasi A, Bell-Syer SEM,


Dumville JC, Middleton V, Cullum N . Support surfaces
for pressure ulcer prevention (Review). Cochrane
Database of Systematic Reviews. 2015.
Recursos Materiais

Providenciar colchões apropriados


Recursos Materiais

Providenciar colchões apropriados

Colchão caixa de ovo


não é recomendado
Outras superfícies de apoio

• Superfícies para mesa cirúrgica

• Almofada de Polímero de Viscoelastico x standard –


Redução Incidência em 47% .1

• Coxins (almofadas) para assento


– Espuma alta especificidade – Diminuem
incidência

1. Nixon, 1998
Recursos Materiais

Providenciar cadeira de rodas apropriada e almofadas para


redução da pressão
Nunca utilizar almofadas tipo “argola”
• Utilizar equipamentos redutores da
pressão
Outras superfícies de suporte/apoio

• Coberturas

• Espuma de poliuretano e silicone com 05 camadas

• Redistribuição forças de pressão, cisalhamento,


fricção e microclima
Outras superfícies de suporte/apoio

• Coberturas

• Espuma de poliuretano e silicone


com 05 camadas

• 04 RCTs - Diminuição significativa da


incidência de LP
 Mudanças de posição na Cadeira de Rodas

 Descompressão isquiática a cada 15 minutos


durante 15 segundos (independente)

 Paciente totalmente dependente deve ser avaliado


o tempo de permanência sentado, não devendo
exceder 1 hora.
Aliviar a pressão a cada 15 minutos!!
Fonte: http://www.reservaer.com.br/saude/lesaomedular.html
Pode usar o relógio para lembrar os horários de mudar a pessoa de posição, mas
lembre-se que o intervalo entre as mudanças de decúbito vai depender da
condição clínica de cada paciente
Examinar a pele pelo menos duas vezes por dia
Prescrição de Enfermagem
da mudança de decúbito

Cabe ao enfermeiro prescrever e


considerar os seguintes aspectos :

• recursos humanos
• recursos materiais
• condições do paciente
e familiares
Periodicidade e posicionamento
Critérios
Avaliação do enfermeiro

Quantos pacientes têm prescrição


de mudança de decúbito ?

Quais atividades o paciente desempenha sozinho?

Quais incapacidades apresenta no momento ?

Quanto e qual auxílio precisa para desempenhar


as suas atividades ?

Quais as condições clínicas do paciente - exame físico ?

Recebe visitas e/ou está com acompanhante ?


CUIDADOS de ENFERMAGEM

•Movimentar o paciente em bloco


•Apoiar nas grandes articulações (ombro e quadril)
•Solicitar a participação do paciente quando possível
•Não realizar esta atividade sozinho
•Estar atento aos drenos e cateteres
•Oferecer privacidade e conforto
•Observar os princípios de biomecânica
•Usar os recursos materiais disponíveis
Princípios de biomecânica /ergonomia
• Pés afastados e totalmente no chão
• Ter segurança e calma
• Manter as costas eretas
• Usar o peso corporal como contrapeso ao do paciente
• Flexionar os joelhos e não curvar a coluna
• Abaixar a cabeceira da cama ao elevar o paciente
• Realizar movimentos sincrônicos
• Trabalhar o mais próximo possível do corpo do paciente
• Usar roupas confortáveis
• Solicitar ajuda de colegas
• Usar lençol móvel
• Usar trapézio, se possível
“Grande parte dos danos e dores lombares podem ser prevenidos se os trabalhadores de
enfermagem usarem a própria mecânica do corpo adotando boa postura ao movimentar e
erguer o paciente e se as condições de trabalho forem adequadas”
Demonstração da movimentação utilizando o
lençol móvel

Lençol móvel
Fonte: http://www2.eerp.usp.br/site/grupos/feridascronicas/index.php?option=com_content&view=article&id=4&Itemid=11
Lençol móvel

Quando o indivíduo tiver força nos


braços, pode ajudar segurando em
trapézio ou na grade do leito

Fonte: Alexandre NAC, Rogante MM, 2000: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62342000000200006


IMPORTANTE!!
 Manter os lençóis sempre limpos, secos e bem esticados para não machucar a pele do paciente;

 Usar lençol móvel fazer as mudanças de decúbito ou transferências dos pacientes, principalmente
para os tetraplégicos (não pegar diretamente no paciente e arrastá-lo);

 Fazer a mudança de decúbito ou transferência sempre em duas ou mais pessoas para não
sobrecarregar o profissional ou cuidador;

 Sempre usar almofadas, travesseiros ou rolinhos de pano (coxins) macios para colocar entre as
regiões de proeminência ósseas, por exemplo, entre os joelhos se estiver em DL, para apoio das
costas, sob as panturrilhas se estiverem DDH, para elevar os calcanhares...
Recursos materiais
Elevador de pacientes
Recursos materiais
Recursos materiais

https://www.youtube.com/watch?v=-qM8cmSjrsQ
Recursos materiais
Recursos materiais – prancha de transferência
(passante)

http://www.passante.com.br/2014/
Outras Intervenções de Enfermagem
• remover obstáculos
• disposição do mobiliário
• piso seguro
• suporte de soro ao lado da cama
• elevar/abaixar a altura da cama
• travar rodas da cama/cadeira/maca
• usar equipamentos auxiliares
• colocar barras de apoio no banheiro
• elevar/compensar a altura do vaso sanitário
• usar cadeira própria para banho
• usar cadeira de rodas própria para transporte
• observar largura de portas
ATENÇÃO!!

• Os cuidados para pacientes com alterações da mobilidade


física e deambulação, envolve não somente o paciente, mas
também o profissional e o cuidador/ família.

Prescrição de Enfermagem
• Fazer mudança de decúbito vai muito além de virar o Mudança de decúbito

paciente. E este “paciente” não é tão paciente assim. Ele


participa ativamente dos seus cuidados.

• Evitem incapacitar ainda mais as pessoas. Deixem que elas


mostrem os limites delas para vocês.

• A maior incapacidade é a do profissional ao fazer uma


avaliação fragmentada .
ATENÇÃO AO CUIDADOR!!

 Conhecimento familiar deficiente relacionado à falta de recursos de informação


 As famílias apresentam uma grande necessidade de informação e a informação é um importante
mecanismo de prevenção da crise na família.

 Tensão do papel de cuidador relacionado à gravidade da doença do familiar e o compromisso com


vários papéis concomitantes de cuidador.
 Dificuldade para desempenhar o papel de cuidador na família.

 Processos familiares interrompidos relacionado à mudança do estado de saúde de um membro da


família
REABILITAÇÃO
REABILITAÇÃO
A reabilitação é o conjunto de procedimentos que visam restabelecer, quando possível, uma
função perdida pelo paciente temporária ou permanentemente, realizada por uma equipe
multidisciplinar (médico, enfermeiro, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, nutricionista, assistente
social, psicólogo).

A reabilitação deve ser iniciada desde a primeira internação, visando prevenir complicações
secundárias. Orientando o paciente e o cuidador.

O programa de reabilitação influencia o modo de enfrentamento dos participantes, podendo


mobilizar os sujeitos a buscar estratégias que viabilizem uma melhor adaptação à situação
Metas da reabilitação junto ao paciente ortopédico ou com agravos da locomoção e
mobilidade e Com implicações para a realização das AVDs e AIVDs ao longo da vida

• Conhecer limites

• Identificar as reais necessidades


de cuidados

• Identificar e potencializar aspectos


positivos da pessoa e família/cuidador
em reabilitação
REABILITAÇÃO

•Melhora da ADM para o desempenho do autocuidado


•Redução do risco de quedas
•Promoção da saúde pelo alcance da melhor independência funcional
•Promoção de segurança e acessibilidade no ambiente doméstico e comunitário
•Prevenir o agravamento das incapacidades já instaladas
•Assistir ao binômio paciente e família
•Cuidar de quem cuida (cuidador familiar)
•Conhecer a rede de suporte social do paciente em reabilitação
Independência funcional envolve
a realização da AVDs básicas e
instrumentais

Capacidade de autocuidado

Participação social
Autonomia
Tomada de decisão
Liberdade para agir e tomar
decisões sobre a própria vida

Independência

ser capaz de realizar as AVD sem


ajuda ou auxílio
Auxiliares nas AVDs
• Materiais de Auxílios para a vida diária – Tecnologias Assistivas

Fotos retiradas do google imagens


• Recursos de acessibilidade ao computador

Fotos retiradas do google imagens


• Projetos arquitetônicos para acessibilidade

Fotos retiradas do google imagens


• Prótese: dispositivo permanente ou transitório que substitui total ou parcialmente um membro.

• Órtese: dispositivo permanente ou transitório, utilizado para auxiliar as funções de um membro,


evitando deformidades ou sua progressão e/ou compensando insuficiências funcionais.
Acessibilidade
Facilitar o acesso
Inclusão social
Estados de saúde

Situações de vida
Instrumentos de avaliação da capacidade funcional - Mobilidade

Índice de KATZ - Escala de Independência em das atividades de vida diária

Avalia as atividades de autocuidado:


• banhar-se
• vestir-se
• uso do sanitário
• transferência
• continência
• alimentação

A classificação do Índice de Katz se dá pelo número de


funções nas quais o indivíduo avaliado é dependente. A
classificação vai de zero a seis que reflete o número de
áreas de dependência, onde zero significa que o indivíduo é
dependente em todas as funções e 6, independente em
todas as funções.

LINO, VTS et al . Adaptação transcultural da Escala de Independência em Atividades da Vida Diária (Escala de Katz). Cad. Saúde
Pública, v. 24, n. 1, p. 103-112, Jan. 2008 .
Medida de independência funcional (MIF)

• Criada em 1984
• Academia Americana de Medicina de Reabilitação

• Objetivo
Padronizar conceitos, definições sobre incapacidade e de se obter um único
instrumento de reabilitação e medir o grau e solicitação de cuidados
que o paciente com deficiência exige para a realização de tarefas motoras e
cognitivas

Riberto M. et al. Validação da versão brasileira da medida da independência funcional. Acta Fisiátrica,11(2):72-76,2004.
Riberto M. et al. Reprodutibilidade da medida da independência funcional. Acta Fisiátrica, 8(1):45-52,2001.
Avalia 18 tarefas funcionais - 18 a 126 pontos

13 motoras
5 cognitivas
Cada item é pontuado de 1 a 7 conforme nível de dependência

Itens motores

Autocuidado 6 a 42 pontos
Controle de esfíncteres 2 a 14 pontos
Transferências 3 a 21 pontos
Locomoção 2 a 14 pontos

Itens cognitivos

Comunicação 2 a 14 pontos
Cognição social 3 a 21 pontos

Há dois subtotais um motor e outro cognitivo


Soma dos dois = MIF total
18 pontos = altíssimo nível de dependência
126 pontos = independência completa
Instrumento de Avaliação de Risco para o desenvolvimento de LP

ESCALA DE BRADEN
• A escala de Braden é considerada uma das mais adequadas para predizer o risco
de desenvolvimento da LP e foi traduzida e validada no Brasil em 1999.

• Possui seis subescalas: Escore 6-23

 percepção sensorial Escores menores > risco


Risco leve = 15 - 18.
 umidade Risco moderado = 13 - 14.
 atividade Risco alto = 10 - 12.
Risco muito alto = 9 ou abaixo
 mobilidade
 nutrição Paranhos WY, Santos VLCG. Avaliação de risco para úlceras de pressão
por meio da Escala de Braden, na língua portuguesa. Rev Esc Enferm
 fricção e cisalhamento. USP. 1999; 33 (nº esp): 191-206. Disponível em:
<http://143.107.173.8/reeusp/upload/pdf/799.pdf>.
Referências
Costa AGS, Oliveira ARS, Alves FEC, Chaves DBR, Moreira RP, Araujo TL. Diagnóstico de enfermagem: mobilidade
física prejudicada em pacientes acometidos por acidente vascular encefálico. Rev. esc. enferm. USP [periódico na
Internet]. 2010 Set [citado 2014 Out 28] ; 44( 3 ): 753-758. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62342010000300029&lng=pt.
http://dx.doi.org/10.1590/S0080-62342010000300029.

França MJDM, Mangueira SO, Perrelli JGA, Cruz SL, Lopes MVD. Diagnósticos de enfermagem de pacientes com
necessidade de locomoção afetada internados em uma unidade hospitalarRev. Eletr. Enf. [Internet]. 2013
out/dez;15(4):878-85. Disponível em: http://dx.doi.org/10.5216/ree.v15i4.24221. doi: 10.5216/ree.v15i4.24221.

Marlei DGO. AVC - Buscando a independência após o AVC. Disponível em: http://www.abavc.org.br/wp-
content/uploads/2013/12/montagem-unitaria-da-cartilha.pdf

Ministério da Saúde - Programa Nacional de Segurança do Paciente. Protocolo de Prevenção de Úlceras por Pressão.
Disponível em: http://homologacao-proqualis.icict.fiocruz.br/preven%C3%A7%C3%A3o-de-%C3%BAlcera-por-
press%C3%A3o

Smeltzer, SC; Bare, BG et al. Brunner & Suddarth, Manual de Enfermagem Médico - Cirúrgica. 13. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2016.
MUITO OBRIGADA!!
pcnogueira@usp.br

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