Você está na página 1de 116

ARTROGRIPOSE

REVISÃO TEOT 2018 HC-UFPR

Ribera, 1642, Le Pied bot


Querem aula???
Mas ninguém...
NINGUÉM me
pediu pra dar ...
UMA aula se quer
esse ano!
INTRODUÇÃO
• Arthro = articulacao e gryp = encurvada
• Diversas entidades clínicas com evolução e
história natural conhecidas e que apresentam
em comum a limitação do arco de
movimento /contraturas ao nascimento.

• Não é progressiva
DEFINIÇÃO
• Associações de achados clínicos para o
diagnóstico: Fisher et al.
– Contratura e limitação de ADM envolvendo 2 ou mais
articulações em 2 áreas diferentes do corpo
– Membros com aspecto fusiforme
– Ausência/distribuição anormal de pregas cutâneas
– Deformidades angulares dos membros
– Pterígio cutâneo
– Ausência de alteração neurológica progressiva
INCIDÊNCIA
• Artrogripose (várias formas)
– 1: 3.000
• Amioplasia (+ COMUM – 1/3 dos casos)

• Porém, 1:200 apresentam formas clínicas


isoladas de contratura articular
• PTC, DDQ - não são artrogripose!
ETIOLOGIA
• Desconhecida
• Relacionada a acinesia fetal
– Alterações não são relacionadas a formação
embrionária, mas secundárias a restrição de
movimentos fetais a partir de 8 a 10 semanas de
gestação (USG pré-natal pode ajudar dx)
• Principalmente quando associado polidrâmnia
– Acinesia → contratura articular
– Quanto mais precoce = mais grave
Fatores relacionados a acinesia fetal

1. Anormalidades da estrutura/função nervosa


2. Alterações da estrutura/função muscular
3. Alterações do tecido conjuntivo
4. Limitação do espaço uterino
5. Comprometimento vascular intra-uterino
6. Doenças maternas
ACINESIA FETAL
1. Alterações da estrutura/função nervosa
– Falha na formação, maturação ou função
– Centrais ou periféricas
– Padrão de herança indeterminado

– Corno Anterior da Medula alterado


– Forma Neuropática (+ comum)
– Alterações na altura dos plexos
ACINESIA FETAL
2. Alterações da estrutura/função muscular
– Raras, forte fator hereditário
– Similar às distrofias musculares e doenças
mitocondriais
– Deformidades comuns em coluna e tórax

– Alterações na estrutura muscular


– Forma Miopática
ACINESIA FETAL
3. Alterações do tecido conjuntivo
– Desenvolvimento anormal dos tendões,
ligamentos, ossos e articulações
– Ex. nanismo condrodiastrófico
ACINESIA FETAL
4. Limitação do espaço uterino
– Gemelares
– Oligodrâmnio
ACINESIA FETAL
5.Comprometimento vascular intra-uterino
– Déficit de irrigação das estruturas neuromusculares
-> contratura musculoligamentar isquêmica
ACINESIA FETAL
6. Doenças maternas
– Diabetes
– Esclerose Múltipla
– Miastenia
CLASSIFICAÇÃO DE HALL
• TIPO I – ENVOLVIMENTO PRIMÁRIO DOS MEMBROS
– Amioplasia (ARTROGRIPOSE MULTIPLAS CONGENITA)
– Artrogripose distal tipo I e II
– Sinostoses
– Aracnodactilia
• TIPO II – MEMBROS E OUTRAS PARTES DO CORPO
– Pterígio múltiplo
– Síndrome de Freeman-Sheldon
– Osteocondrodisplasias
– Pterígio poplíteo
• TIPO III – ASSOCIADAS À DISFUNÇÃO DO SNC
– Pterígio múltiplo letal
– Síndrome alcoólica fetal
– Anomalias cromossômicas
CLASSIFICAÇÃO DE GOLDBERG
Baseia-se na anamnese e no exame clínico e é
também chamada de classificação clínica das
Síndromes Artrogripóticas:

• GRUPO I = Generalizada/4 membros


• GRUPO II = Extremidades/mãos e pés
• GRUPO III = Pterígio
• GRUPO IV = Sinostoses
CLASSIFICAÇÃO DE GOLDBERG
• GRUPO I = Generalizada/4 membros
– Amioplasia
– Síndrome de Larsen
– Síndrome unha-patela
– Aracnodactilia
• GRUPO II = Extremidades/mãos e pés
• GRUPO III = Pterígios
• GRUPO IV = Sinostoses
CLASSIFICAÇÃO DE GOLDBERG
• GRUPO I = Generalizada/4 membros
• GRUPO II = Extremidades/mãos e pés
– Artrogripose distal
– Síndrome de Freeman-Sheldon
– Síndrome de Möebius
• GRUPO III = Pterígios
• GRUPO IV = Sinostoses
CLASSIFICAÇÃO DE GOLDBERG
• GRUPO I = Generalizada/4 membros
• GRUPO II = Extremidades/mãos e pés
• GRUPO III = Pterígios
– Pterígio múltiplo
– Pterígio poplíteo
• GRUPO IV = Sinostoses
CLASSIFICAÇÃO DE GOLDBERG
• GRUPO I = Generalizada/4 membros
• GRUPO II = Extremidades/mãos e pés
• GRUPO III = Pterígios
• GRUPO IV = Sinostoses
– Sinostose umerorradial
– Síndrome de Nievergelt-Pearlman
GOLDBERG I / HALL 1
Generalizada/4 membros
Membros
CLASSIFICAÇÃO DE GOLDBERG
• GRUPO I = Generalizada/4
membros
– Amioplasia
– Síndrome de Larsen
– Síndrome unha-patela
– Aracnodactilia
• GRUPO II =
Extremidades/mãos e pés
• GRUPO III = Pterígios
• GRUPO IV = Sinostoses
AMIOPLASIA
(ARTROGRIPOSE CLÁSSICA)
(ARTROGRIPOSE MÚLTIPLA CONGÊNITA)
(CONTRATURAS CONGÊNITAS MÚLTIPLAS)
AMIOPLASIA
• Forma mais comum (1/3 de todos os casos)
• Etiologia desconhecida, incidência esporádica,
não progressiva
• Substituição do tecido muscular estriado por
tecido fibro-adiposo
• Anquilose fibrosa
• Redução do número de células no corno
anterior da medula (semelhante a polio),
especialmente na região lombossacra
AMIOPLASIA
• 4 membros envolvidos
• Simétrica (+comum)
• ↓ massa muscular, contraturas articulares
múltiplas, membros de aspecto fusiforme
• Pregas cutâneas diminuídas
• Hemangiomas na linha média da face são comuns
• 10% tem anomalias viscerais (gastrosquise, atresia
intestinal, defeito de parede abdominal)
• Cognitivo normal
– Tendem a apresentar desempenho físico e
mental satisfatório na maturidade
MEMBROS SUPERIORES
(grande comprometimento funcional)

• OMBROS
– Caídos em rotação interna
– Força muscular reduzida
– Limitação de rotação externa e abdução
• COTOVELOS
– Atitude viciosa em flexão ou EXTENSÃO (mais comum)
– Se em extensão, bíceps e braquial fracos
• PUNHOS
– Flexão e desvio ulnar Mesma posição da
• MÃOS Paralisia Obstétrica
WAITER´S TIP
– Polegar na palma
– MTC-F extendidas
– IF semi-fletidas
AMIOPLASIA
O que mais cai nas provas…
COTOVELO EM EXTENSÃO !!!
MEMBROS INFERIORES
• PREDOMINA A ROTAÇÃO EXTERNA
• QUADRIS
– Flexão, abdução e RE
– 35% luxados (uni ou bilateral)
• JOELHOS
– Atitude viciosa em flexão ou extensão
• PÉS
– PTC (equinovaro) é mais comum >90% dos casos
– Talovertical/talo oblíquo
– Equinovaro/equino
– Deformidades dos dedos
COLUNA
• 10-30% têm escoliose
• Deformidades complexas
• 20 a 35 % com curvas rígidas
– Tipo mais comum de curva: toracolombar de raio longo - carcteriza-se por
rigidez e progressão.
RADIOGRAFIA
• Inicialmente: articulações
normais (ósseo)

• Evolução: alterações locais

• Não aumenta o número de


articulações envolvidas

• Perda de gordura e TCSC


TRATAMENTO
• MULTIDISCIPLINAR

• Ortopédico
– Objetivo: correção das deformidades fixas e ganho
de mobilidade das articulações envolvidas
– Fisioterapia precoce
– Se houver indicação cirúrgica, esta deve ser
precoce = favorece correção
TRATAMENTO
• Ortopédico (cont.)
– Cirurgias ósseas tem tendência a recidiva =
realizar no final do crescimento
• Flexo de joelho é o que tem mais risco
– Utilizar órtese para manutenção da correção
e iniciar mobilização precoce
– Deformidades recidivadas são mais rígidas
que as primárias
• Ocorrem rapidamente
TRATAMENTO MMSS
• OBJETIVO = Independência para própria
higiene e alimentação
• Primeiros meses = conservador → grande
capacidade de adaptação!!!!
– FST
– Órteses/adaptações
• Cirurgia = exceção
– Cuidar para não perder adaptação adquirida
– Ombros com limitação de abdução e RE =
liberação de partes moles/osteotomias
derrotadoras
TRATAMENTO MMSS
– Cotovelos em extensão
• Avaliar necessidade de muletas; se não precisar
= corrigir de um lado para flexão e deixa o outro
em extensão
• Flexão ajuda na alimentação, extensão para
higiene perineal
• FST, liberação posterior, transposição do peitoral
maior (deteriora com o tempo), transplante
microcirúrgico do m. grácil – flexor do cotovelo
• Objetivo: 90° de flexão passiva
– Deformidade em flexão raramente precisa
de correção!
TRATAMENTO MMSS
– Punhos e mão: de maneira geral
conservador (FST, órteses)

– Se polegar na palma impossibilitando pinça


• Plástica da 1ª comissura + liberação do adutor
do polegar + transposição tendínea/artrodese
da metacarpo-falângica
TRATAMENTO QUADRIL
• 2/3 apresentam acometimento do Quadril

• Displasia/ Luxação /Contratura

• Diferenciar Contratura de Luxaçao!!!

• CONTRATURA
= Flexão/abdução/rotação externa (maioria)
– Inicialmente FST (manipulação + alongamento) + gesso
– Cirurgia tto Contratura → se contratura em flexão > 45°
TRATAMENTO QUADRIL
• Luxação (1/3 dos pacientes)
– Teratológica: fraqueza muscular, alt. estrutural da
articulação, deformidade em joelho associada,
grande tendência a rigidez pós-op
– Unilateral = cirurgia
(corrigir dismetria/obliquidade pélvica/escoliose)
– Bilateral – controverso!
• Maioria é conservador (bom desempenho funcional)
• Cirurgia com risco de rigidez articular, reluxação,
necrose avascular
TRATAMENTO JOELHO
• Atitude viciosa em FLEXÃO
= + comum e pior deambulaçao
– Iniciar FST já no RN → objetivo < 20° de flexo
– > 20 ° = cirurgia (1° ano de vida)
• Liberação de partes moles posteriores + capsulotomia
• Pode necessitar trocas sucessivas de gesso após
– Contraturas graves → correção progressiva com F.E. ou
osteotomia encurtadora femoral
• OSTEOTOMIAS EXTENSORAS TENDEM A RECIDIVAR
EM CRIANÇAS PEQUENAS
• Porém, pode ser a única opção
• Recidiva frequente
TRATAMENTO JOELHO
• Atitude viciosa em EXTENSÃO
– Respondem bem ao tratamento conservador
– Nos refratários: alongamento do quadríceps +
capsutotomia anterior, por volta dos 6 meses de
idade
– PO imediato ir até 90° se neurovasc permitir!
– Ideal é ADM passivo de 60°!
TRATAMENTO PÉ
• PTC artrogripótico (mais comum)
– Mesma abordagem do PTC típico
– Maior necessidade de CIRURGIA (partes moles,
talectomia, artrodese)
– Deformidades são mais rígidas → tendem a
recidiva
– Objetivo é pé plantígrado rígido
TRATAMENTO PÉ
• PTV (2º mais comum)
– Raro na amioplasia (se presente, considerar
diagnóstico de artrogripose distal ou sd. de
pterígio)
– Inicialmente conservador → maioria ineficaz
– Cirurgia aos 6 meses
• Em 2 tempos: Coleman (1º libera antero-lateral,
corrigindo talonavicular e subtalar; 2º tempo libera
posterior para corrigir equino
• Em 1 tempo: incisão de Cincinatti
• Deformidades dos dedos = cirurgia
TRATAMENTO COLUNA
• ESCOLIOSE – 1/3 dos pacientes
– Maioria curvas com padrão neuromuscular (C
longa – toracolombar)
– Rígida e progressiva → não responde bem à
órteses
– Se curva flexível <40° em crianças pequenas =
indicar órtese, mas acompanhar periodicamente
– > 50° = cirurgia (independente da idade)
• Artrodese anterior + posterior
GOLDBERG I / HALL 2
Generalizada/4 membros
Membros e Outras Areas
CLASSIFICAÇÃO DE GOLDBERG
• GRUPO I =
Generalizada/4
membros
– Amioplasia
– Síndrome de Larsen
– Síndrome unha-patela
– Aracnodactilia
• GRUPO II =
Extremidades/mãos e
pés
• GRUPO III = Pterígios
• GRUPO IV = Sinostoses
SÍNDROME DE LARSEN
SÍNDROME DE LARSEN
• Luxação congênita de grandes articulações
(Principal característica)
• Grande frouxidão ligamentar
• Face: fronte alargada, aplanamento da ponte
nasal
• Rara
• Herança autossômica (dominante ou recessiva)
SÍNDROME DE LARSEN
• ALTERAÇÕES ORTOPÉDICAS:
– Luxação de quadril, joelho e cotovelo
– PTC, pé eqüinovalgo, pé em “serpente” – skewfoot
• Adução do antepé, desvio lateral do navicular e tornozelo
valgo
– Centro de ossificação acessório no calcâneo =
PATOGNOMÔNICO
– MTT e MTC encurtados
– Múltiplos centros de ossificação no carpo
– Instabilidade cervical → pode levar ao óbito***
SÍNDROME DE LARSEN
TRATAMENTO ORTOPÉDICO
• Objetivo: estabilização articular e correção das
deformidades associadas

• Estabilização articular
– Reduzir e estabilizar (conservador ou cirúrgico)
– Alto índice de reluxação em ambos (principalmente
quadril)
– Establizar joelhos para marcha (normalmente
cirúrgico
– Cervical = artrodese precoce!
SÍNDROME DE LARSEN
• Correção das deformidades
– Osteotomias para reorganizar biomecânica
– Ex. luxação anterior do joelho → osteotomia
extensora do fêmur
– Pés → procedimentos ósseos e de partes moles
SÍNDROME UNHA-PATELA
SÍNDROME UNHA-PATELA
Múltiplas displasias que acometem as unhas, os
joelhos, os cotovelos e o quadril.
– Herança autossômica dominante
– Fortemente ligado ao grupo sanguíneo (ABO)
• Displasia ungueal é o sinal mais comum (98% )
– Mãos > Pés
– Mais graves nos polegares
SÍNDROME UNHA-PATELA
SÍNDROME UNHA-PATELA
• Joelhos
– Ausência ou hipoplasia de PATELA
– Instabilidade femoro-patelar
– Luxação congênita da patela → compromete
função = cirurgia
• Cotovelos
– Aumento do ângulo de carregamento
– Subluxação/luxação da cabeça do rádio
• Quadril
– Asas do ilíaco proeminente em aspecto de “Orelha-
de-elefante” – 75%
SÍNDROME UNHA-PATELA
SÍNDROME UNHA-PATELA
SÍNDROME UNHA-PATELA
• Crianças
– Contraturas nos dedos, pterígio antecubital,
contratura nos joelhos, deformidades rígidas nos
pés, pigmentação na íris

• Adultos – nefropatia, insuficiência renal


GOLDBERG II/ HALL I
Extremidades/mãos e pés
MEMBROS
CLASSIFICAÇÃO DE GOLDBERG
• GRUPO I =
Generalizada/4 membros
• GRUPO II =
Extremidades/mãos e
pés
– Artrogripose distal
– Síndrome de Freeman-
Sheldon
– Síndrome de Möebius
• GRUPO III = Pterígios
• GRUPO IV = Sinostoses
ARTROGRIPOSE DISTAL
ARTROGRIPOSE DISTAL
• Deformidades e contraturas mais
predominantes em mãos e pés

• 2 tipos
I. Envolvimento somente de mãos e pés
II. Mãos e pés + deformidades associadas
ARTROGRIPOSE DISTAL
• Tipo I = Somente mãos e pés
– Autossômica dominante (cromossomo 9)
– Deformidades mais leves
– Sinal mais característico = deformidades das mãos
• Polegar empalmado → melhora espontânea significativa
• MTC-F: desvio ulnar
• MTC-F e IF: flexionadas
• Palma: em cúpula, prega única
• Polegar: flexionado e aduzido
ARTROGRIPOSE DISTAL
• Tipo I = Somente mãos e pés
– Boa resposta com FST
– Cirurgia ocasionalmente: correção da prega palmar-
polegar ou melhorar força de extensão dos dedos
– Pés → mais comuns: equino varo ou PTV
• Semelhante à amioplasia
– Envolvimento de outras articulações é raro e leve
– Sem anormalidade visceral, cognitivo normal
ARTROGRIPOSE DISTAL
• Tipo II = mãos e pés + outras anormalidades
clínicas
– Malformações faciais
• Fenda palatina/lábio leporino
• Língua pequena
• Abertura limitada da boca
– Baixa estatura
– Anomalias vertebrais
– Cognitivo limítrofe
ARTROGRIPOSE DISTAL
• Tipo IIA
Síndrome de Gordon
– Baixa estatura + fenda palatina
– PTC, camptodactilia e luxação congênita de quadril
(50%)
• Tipo IIB
• Tipo IIC
• Tipo IID
• Tipo IIE
ARTROGRIPOSE DISTAL
• Tipo IIA
• Tipo IIB
– Dismorfismo facial
– Doenças mitocondriais
– PTC grave, dedos das mãos afilados e lisos com
grande desvio ulnar
• Tipo IIC
• Tipo IID
• Tipo IIE
ARTROGRIPOSE DISTAL
• Tipo IIA
• Tipo IIB
• Tipo IIC
– Lábio leporino (com ou sem fenda palatina)
– PTC e dedos do pé em martelo
• Tipo IID
• Tipo IIE
ARTROGRIPOSE DISTAL
• Tipo IIA
• Tipo IIB
• Tipo IIC
• Tipo IID
– Escoliose
– Deformidade complexa das mãos e dos pés
• Tipo IIE
ARTROGRIPOSE DISTAL
• Tipo IIA
• Tipo IIB
• Tipo IIC
• Tipo IID
• Tipo IIE
– Relativamente freqüente
– Abertura limitada da mandíbula (trismo)
– Punho em flexão, MTC-F em extensão, IFP em
flexão
GOLDBERG II/ HALL II
Extremidades/mãos e pés
MEMBROS e Outras
CLASSIFICAÇÃO DE GOLDBERG
• GRUPO I =
Generalizada/4 membros
• GRUPO II =
Extremidades/mãos e
pés
– Artrogripose distal
– Síndrome de Freeman-
Sheldon
– Síndrome de Möebius
• GRUPO III = Pterígios
• GRUPO IV = Sinostoses
SÍNDROME DE FREEMAN-SHELDON
• “Face do assobiador”
– Fibrose muscular ao redor da boca → distúrbio
alimentar
– Face inexpressiva, olhos encovados, epicanto,
estrabismo, nariz pequeno, queixo com sulco
profundo em forma de H
• Congnitivo normal
• Complicações anestésicas – relatadas
– Dificuldade respiratória, hipertermia maligna
SÍNDROME DE FREEMAN-SHELDON
• Deformidades
– MÃOS
• Camptodactilia
• Dedos em “ventania” – desvio ulnar
• MTC-F – fletidas, com grave restrição para
extensão
• IF – fletidas = deformidade secundária em colo
de cisne
• Polegar aduzido com rigidez da MTC-F e IF
• Tratamento conservador com FST, tem pior
prognóstico que a artrogripose distal tipo I
SÍNDROME DE FREEMAN-SHELDON
• Deformidades
– PÉS
• Equinovaro (80%) – resistente ao tratamento
conservador e alto índice de recidiva após
cirurgia

– COLUNA
• Escoliose com abordagem semelhante a
amioplasia
GOLDBERG III/HALL II
Associadas a pterígio
Membros e Outras Áreas
CLASSIFICAÇÃO DE GOLDBERG
• GRUPO I =
Generalizada/4 membros
• GRUPO II =
Extremidades/mãos e
pés
• GRUPO III = Pterígios
– Pterígio múltiplo
– Pterígio poplíteo
• GRUPO IV = Sinostoses
Artrogriposes associadas a pterígio
• Característica
– Presença de membranas (pregas cutâneas) ao
longo das articulações

• Pterígio pode ser isolado


– Pescoço → sd. Klippel-Feil
– Região antecubital → sd. Unha-Patela e Freeman-
Sheldon
– Poplíteo → agenesia sacral
SÍNDROME DO PTERÍGIO MÚLTIPLO
SÍNDROME DO PTERÍGIO MÚLTIPLO
• Autossômica recessiva
• Vários pterígios com
distribuição variável
• Aparecem durante o
desenvolvimento
– Mobilidade articular
progressivamente
limitada
• Conginitivo normal
• Baixa estatura
SÍNDROME DO PTERÍGIO MÚLTIPLO
• DEFORMIDADES
– Coluna → escoliose
(>50%)
• Associada com defeitos de
formação/segmentação
• Resistente a órteses
– Pés
• PTV
– Dedos das mãos
SÍNDROME DO PTERÍGIO POPLÍTEO
SÍNDROME DO PTERÍGIO POPLÍTEO
• Autossômica dominante
• Síndrome
Fasciogênitopoplítea
– Defeitos faciais congênitos
• Fenda palatina/labioleporino
– Anomalias genitais
– Pterígio políteo
• Presente já no nascimento
• Banda fibrosa no seu interior
(ísquio-calcânea) – RNM
• Tratamento precoce = melhor
resultado
• Os vasos são mais profundos
ao nervo que o normal
GOLDBERG IV/HALL I
Síndromes de sinostoses
MEMBROS
CLASSIFICAÇÃO DE GOLDBERG
• GRUPO I = Generalizada/4
membros
• GRUPO II =
Extremidades/mãos e pés
• GRUPO III = Pterígios
• GRUPO IV = Sinostoses
– Sinostose umerorradial
– Síndrome de Nievergelt-
Pearlman
SÍNDROME DE SINOSTOSES
SÍNDROME DE SINOSTOSES
• Fusões cartilaginosas ou ósseas
• Ausência de pregas cutâneas normais
• Hipoplasia muscular
• Limitação de ADM
• Mais comum – umerorradial

• Rx inicial pode demonstrar linha entre os 2


ossos envolvidos, que ossifica posteriormente
Tabelinha Campbell
QUESTÕES
TEOT 2013
• 36. Na artrogripose o Membro superior fica
normalmente em qual posição:

• A. Extensão do cotovelo e flexão do punho com desvio


ulnar
• B. Extensão do cotovelo e flexão do punho com desvio
radial
• C. Flexão do cotovelo e flexão do punho com desvio
radial
• D. Flexão do cotovelo e flexão do punho com desvio
ulnar
TEOT 2013
• 36. Na artrogripose o Membro superior fica
normalmente em qual posição:
• A. Extensão do cotovelo e flexão do punho
com desvio ulnar
• Rotacão interna do
ombro

• Extensão do cotovelo

• flexão do punho com


desvio ulnar
Questões

Para não
esquecer!!!!!

93
QUESTÕES
• 642 – Na poliomielite, as células do corno
anterior da medula são destruídas na mesma
proporção que as do corno posterior
• Certo ( ) Errado ( )
• 642 – Na poliomielite, as células do corno
anterior da medula são destruídas na mesma
proporção que as do corno posterior
• Certo ( ) Errado ( )

• A disease caused by viral destruction of the


anterior horn cells in the spinal cord and brain
stem motor nucleihallmark is motor weakness
with normal sensation.
• 674 – Na artrogripose múltipla congênita, a
redução da luxação do quadril é prioritáira
para manutenção da capacidade de
deambulação
• Certo ( ) Errado ( )
• 674 – Na artrogripose múltipla congênita, a
redução da luxação do quadril é prioritáira
para manutenção da capacidade de
deambulação
• Certo ( ) Errado ( )
• Tto cx é eventual. Reservado p/ casos em que
persista contratura > 45° e lx unilaterais
associadas à obliquidade pélvica e escoliose..
etc
Taro 2006
• 714 – Na artrogripose, as deformidades típicas
do quadril são: flexão, adução e rotação
interna
• Certo ( ) Errado ( )
Taro 2006
• 714 – Na artrogripose, as deformidades típicas
do quadril são: flexão, adução e rotação
interna
• Certo ( ) Errado ( )

• flexão, abdução e rotacão externa


• 754 – As deformidades do “pé em serpentina”
skew foot são adução do antepé, desvio lateral
do navicular e tornozelo valgo
• Certo ( ) Errado ( )
• 754 – As deformidades do “pé em serpentina”
skew foot são adução do antepé, desvio lateral
do navicular e tornozelo valgo
• Certo ( ) Errado ( )
Skewfoot
• Discussion:
    - a type of flat foot described as a z foot or serpentine foot;
    - pathoanatomy:
           - forefoot:
                  - first metatarsal lies adducted and plantar flexed on the medial
cuneiform, w/ resultant marked adductus deformity of the 
                          forefoot;
           - midfoot:
                  - lies in abduction w/ lateral displacement of the navicular on
the head of the talus;
                  - navicular may also lie dorsally subluxed in relation to the talus;
           - hindfoot
                  - lies in valgus w/ pronation and inward rotation of the talus, w/
lateral subluxation of the navicular on the talar head;
                  - achilles tendon is contracted
• 783 – A artrogripose congênita múltipla é uma
síndrome que se caracteriza por articulações
com pouca mobilidade, atrofia muscular,
membros com forma tubular e inteligência e
sensibilidade cutânea normais
• Certo ( ) Errado ( )
• 783 – A artrogripose congênita múltipla é uma
síndrome que se caracteriza por articulações
com pouca mobilidade, atrofia muscular,
membros com forma tubular e inteligência e
sensibilidade cutânea normais
• Certo ( ) Errado ( )

• Praticamente AMC clássica…


• 556 – Com relação à artrogripose múltipla, é
correto afirmar que
• A – as deformidades, uma vez corrigidas, não
recidivam
• B – a obstrução do movimento é intra-articular
• C – no tipo distal, com a mão acometida, o polegar
encontra-se abduzido
• D – a deformidade mais freqüente é o pé eqüino-
varo
• 556 – Com relação à artrogripose múltipla, é
correto afirmar que
• D – a deformidade mais freqüente é o pé
eqüino-varo

• PTC é mais comum >90% dos casos


• 580 – A presença de osso acessório
justacalcâneo ou de um calcâneo bífido é um
achado radiológico característico da
• A – Síndrome de Marfan
• B – Síndrome de Larsen
• C – Síndrome de Ehlers-Danlos
• D – Onico-osteodisplasia hereditária
• 580 – A presença de osso acessório
justacalcâneo ou de um calcâneo bífido é um
achado radiológico característico da
• B – Síndrome de Larsen

• “… Existem múltiplos centros de ossificação...,


e o centro de ossificação extra, observado no
calcâneo, é considerado patognomônico da
doença…” Sizínio 5ª ed.
Taro 2008
• 89. Na artrogripose clássica (amioplasia), a
etiopatogenia é relacionada com alterações

• A) na placa motora.
• B) no corno anterior da medula.
• C) na cápsula articular.
• D) na cartilagem articular.
Taro 2008
• 89. Na artrogripose clássica (amioplasia), a
etiopatogenia é relacionada com alterações

• A) na placa motora.
• B) no corno anterior da medula.
• C) na cápsula articular.
• D) na cartilagem articular.
Teot 2008
• A característica clínica relacionada a Sd. De
artrogripose é :

A. rotação lateral do ombro


B. extensão dos cotovelos
C. rotação medial do quadril
D. extensão das mãos
•  
Teot 2008
• A característica clínica relacionada a Sd. De
artrogripose é :

A. rotação lateral do ombro


B. extensão dos cotovelos
C. rotação medial do quadril
D. extensão das mãos
•  
90. Artrogripose com amioplasia o
acometimento é:
a) isolado nos mmii
b) isolado nos mmss
c) simétrico em todos os membros
d) assimétrico em mmss e mmii
90. Artrogripose com amioplasia o
acometimento é:
a) isolado nos mmii
b) isolado nos mmss
c) simétrico em todos os membros
d) assimétrico em mmss e mmii
75- Cirurgia de Oberlin -Fletir cotovelo
na Artrogripose
 

76-Cirurgia de Steindeler - Objetiva fletir


cotovelo?
• OBERLIN Neurotização direta do ramo do nervo
musculocutâneo para o músculo bíceps braquial
por alguns fascículos do nervo ulnar

• STEINDLER– Reorientação da massa flexo pronadora


para região mais proximal e central do úmero.

• Steindeler – Ruim para Artrog. -> nao tem


extensores do punho e a cx aumenta a Flexao!
• Ambas objetivam Ganhar Flexao Cotovelo.

Você também pode gostar