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30/05/2023 Clínica Equinos

AULA 13 – Afecções clínico - cirúrgicas do sistema músculo – esquelético

Obs: Miosite lesão muscular, mioglobina é a


hemoglobina do musculo

Laminite – Pois o casco é composto por lâminas com muita vascularização

Praticamente tudo pode levar a laminite, desde problemas neurológicos até digestório, pois os vasos
sanguíneos podem ser infectados por substancias endotoxicas, infeccionando a lamina

• Sinominia: aguamento – pododermatite asséptica


• Inflamação dos tecidos moles do casco
• Casos graves: afastamento das lâminas do casco:
- Falange distal rotacional ou afunda
• Membros mais afetados: membros torácicos
• Pôneis: 4 x mais frequente
• Causas:
- Vasoconstrição periférica - liberação de endotoxinas, mediadores químicos e rotação da terceira
falange
- Privação de glicose nos tecidos dos cascos, falência celular por ausência de energia e devido à
ativação de metaloproteinases - separação lamelar
- Outras enfermidades:
* Síndrome metabólica equina
* Doença de Cushing
* Doenças do trato gastrointestinal, principalmente as envolvidas em processos estrangulatórios
obstrutivos ou inflamatórios,
* Pleuropneumonias
* Excesso de grãos na dieta
* Problemas associados à endo toxemia
* Traumas
* Laminite do membro oposto
• Sinais :
- Claudicação
- Relutante para se mover
- Relutante para deitar e levantar
- Dor (sudorese, taquicardia, taquipnéia)
- Elevação de temperatura no casco
- Pulso aumentado e mais forte no casco
• Tratamento :
- AINES
- Gelo
- Repouso
- Fisioterapia
- Ferrageamento
- Eutanasia

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Osteocondrose
• Importante causa de claudicação em atletas jovens
• Distúrbio da diferenciação celular na cartilagem de crescimento associada à força biomecânica sobre
a articulação fragilizada
• A cartilagem retida não recebe irrigação adequada → necrose
• Causas:
- Crescimento rápido
- Raças grandes
- Genética
- Excesso de energia na alimentação
- Excesso de peso
- Exercício precoce

Osteocondrite dissecante (OCD)

• É a manifestação clínica mais frequente da osteocondrose e a que mais comumente necessita de


tratamento cirúrgico
• Em regiões com atrito
• Articulações mais acometidas : femoropatelar, tibiotársica e boleto
• Caracteristicas :
- Fissura na área de necrose da cartilagem
- Flap ou fragmento condral/osteocondral livre na articulação
- Inflamação
• Sinais clínicos variáveis de acordo com a extensão e localização da lesão
- Dor associada à exposição do osso subcondral e a fragmentos livres em determinadas posições -
- Aumento de volume articular
- Claudicação
• Sinais aparecem normalmente antes dos 5 anos
• Diagnóstico: radiografia
• Tratamento: debridamento e remoção de fragmento por artroscopia (artrotomia)
• Pós: 90 dias de repouso
• Prognóstico para esporte: variável

Lesão subcondral cística

• Necrose da cartilagem retida – cisto subcondral


• Em regiões com forças compressivas
• Regiões mais acometidas : côndilo medial do fêmur, extremidade distal do
metacarpo/metatarso, extremidade distal da primeira falange
• Sinais e diagnóstico : como na OCD
• Tratamento : conservativo ou cirúrgico
- Artroscopia :
* Debridamento
* Infiltração do cisto
* Triancinolona
* Preenchimento da lesão com osso esponjoso, células mesenquimais, fatores de crescimento,
enxerto de condrócitos
* Parafuso cortical transcondilar
• Prognóstico : variável

Constrição do ligamento anular do boleto

• Exercício → tenossinovite crônica na região plantar/palmar do boleto → espessamento dos


tendões flexores ou do ligamento anular
• Inflamação leva ao espessamento do ligamento anular ou tendões e aderências → comprimem
prejudicam a biomecânica do TFDS e/ou TFDP
• Mais comum em membros pélvicos e animais adultos
• Claudicação leve a moderada
• Aumento de volume proximal ao ligamento anular
• Diagnóstico clínico e ultrassonográfico
Tratamento
• Cirúrgico – Desmotomia do Ligamento Anular do Boleto
- Técnica convencional aberta ou percutânea
- Minimamente invasiva → tenoscopia
• Pós operatório:
- Bandagem compressiva por 2 - 3 semanas
- Repouso por 5 dias
- Caminhadas progressivas a partir do 6º dia → evitar aderências
- AINE
- Complicações:
* Aderências
* Infecção
* Transecção dos tendões flexores

Doenças ortopédicas do desenvolvimento

• Neonatos, animais em crescimento


• Comuns
• Congênitas ou adquiridas → predisposição genética, desbalanço nutricional, exercício precoce,
trauma
• Alteração no processo de ossificação endocondral
Deformidades angulares e flexurais, fisites, osteocondrose (OCD e cistos subcondrais)

Deformidades angulares

• Potros
• Desvio do eixo vertical do membro no plano frontal
• Carpo valgus é o mais comum
• Causas
- Congênita: posicionamento intra - uterino, excesso de peso da mãe, ossificação incompleta de
ossos cuboides
- Adquirida: trauma, nutrição, crescimento assíncrono da metáfise
• Diagnóstico: exame físico (inspeção e palpação) e radiológico
Tratamento
• Conservativo :
Repouso em cocheira
Bandagens
• Cirúrgico : Ponte transfisária
- Retardo no crescimento
- Implante na superfície convexa do osso
*Valgus → medial, Varus → lateral
- Mais eficiente até os 8 meses de vida → crescimento acelerado
- Técnica :
* Anestesia geral
*Decúbito lateral ou dorsal
*Tricotomia da região onde será a incisão
*Antissepsia
Cirurgia
• Pós - cirúrgico:
- Radiografia para checar a posição de implantes
- Bandagem e repouso por 7 dias
- Radiografias ao longo das semanas para definir quando será a remoção
- Remoção do implante:
*Sedação ou anestesia geral curta
*Nova incisão de pele
*Remoção
*Nova sutura de pele
*Bandagem por 7 dias
- Complicações: infecção, quebra de parafuso ou cerclagem, fibrose sobre implante, retardo
excessivo
- Prognóstico favorável
- Desvantagens do uso de grampo
*Fratura de Salter - Harris
*Remoção difícil Page of

Transecção e elevação periosteal

• Estímulo do crescimento
• Procedimento na superfície côncava do osso:
- Valgus → lateral, Varus → medial
• Eficácia??

Deformidades flexurais

• Mais em potros, mas pode ocorrer em adultos por lesão grave no membro
• Desvio do membro visto pelo plano lateral → hiperflexão ou hiperextensão
• Congênitas ou adquiridas
- Posicionamento intra uterino, excesso de peso da mãe, nutrição, crescimento rápido, trauma
• Diagnóstico: exame clínico – inspeção e palpação
Tratamento
• Conservativo: Oxitetraciclina , Exercícios controlados, Fisioterapia, Talas, Ferrageamento ,
Mudança na dieta
• Cirúrgico
- Desmotomia do ligamento acessório do tendão flexor digital profundo :
- Distal check ligament
- Hiperflexão de articulação interfalangeana distal ou metacarpofalangeana
- Congênita ou adquirida
- Potros ou adultos
- Menos complicações do que tenotomia de Tendão Flexor Digital Profundo – re - união do
tendão – retorno da deformidade
- Anestesia geral, decúbito lateral ou dorsal, tricotomia, antissepsia
- Acesso lateral é mais fácil – evita vasos e nervos
- Sutura simples contínua 2 - 0 ou 3 - 0 absorvível – paratendão, subcutâneo, pele
- Resultado parcial imediatamente após a cirurgia – total em 7 - 10 dias
- Pós – bandagem compressiva, ferrageamento, AINE, repouso por 8 semanas
- Complicações – infecção
- Prognóstico favorável

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