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Sampaio
Angeíte alérgica granulomatosa ou Sindrome de Churg-Strauss é uma vasculite sistêmica.
São critérios diagnósticos:
Antecedentes crônicos de alergia (asma)
História alérgica sazonal a alimentos ou alergenos
Eosinofilia (>10%)
Mono ou polineuropatia em mãos ou pés
Infiltrados pulmonares transitórios ou migratórios e sinusite crônica
Essa afecção acomete principalmente pessoa de meia-idade (45 a), igualmente ambos os
sexos.
As manifestações respiratórias podem preceder há longa data outras manifestações de
vasculite que pode acometer, SNC, digestivo, cardíaco e cutâneos (de púrpura a nódulos)
A biópsia mostra vasculite de pequenos vasos e artérias, com infiltrado extravascular de
eosinófilos.
Rook
A patogênese das vasculites é complexa, pois são diferentes fatores patológicos atuando
de diversas formas. Fatores que fazem parte da patogênese incluem: mecanismos
antígenos anticorpo, células inflamatórias e suas enzimas, complemento, citocinas,
moleculas de adesão, fatores de necrose tumoral, influência genética e sistema
fibrinolítico, assim como a parede dos vasos.
A teoria da patogenese da vasculite de pequenos vasos é bem descrita e ocorre da
seguinte forma:
Complexos imunes interagem com o sistema de complementos, que geram anafilotoxina
C3 e C5 que estimulam:
Degranulação dos mastócitos. Estas estimulam a produção de fatores quimiotáxico com
subseqüente quiomiotaxia de neutrófilos.
Ativação das aminas vasoativas (histamina), que causa retração endotelial.
Ativação das enzimas pró-inflamatórias ( IL-1, FNT-alfa), que induz a adesão moléculas
( células endoteliais “selectin”P e E)
Complexos imunes são depositados na parede vascular após retração endotelial induzida
pela histamina.
Neutrófilos são atraídos para o local do depósito do complexo imune e líberam enzimas
na tentativa de fagocitar os depósitos, então:
Os neutrófilos são ativados pela fração Fc e degranulados com destruição conjunta do
colágeno e elastina e produção de peroxidase.
Inflamação posterior e coagulação causa necrose fibrinóide no vaso sanguíneo.
4.Qual das doenças abaixo se caracteriza por eritema nodoso, uveíte e aftas:
a) Síndrome de Reiter
b) Síndrome de Sweet
c) Penfigóide cicatricial
d) Síndrome de Behçet
e) Síndrome de Stevens-Johnson
Sampaio
A Sindrome de Reiter pode ocorrer após infecção intestinal ou após uretrite não-
gonocócica.
Consiste em poliartrite, uveite anterior/conjuntivite, uretrite/diarréia e alterações
mucocutâneas (queratodermia blenorrágica)
Sindrome de Sweet – vasculite da derme média e superior, caracterizada por alteração da
parede vascular e inflamação maciça de neutrófilos.
Apresenta febre, lesões cutâneas nodulares e placas eritematosas brilhantes,
edematosas e dolorosas + leucocitose e aumento de VHS.
Penfigóide cicatricial – Doença bolhosa crônica que acomete principalmente mucosa oral
e ocular. Menos freqüentemente acomete mucosa genital, faringe e trato respiratório
superior.
As lesões se rompem, exulceram e evoluem com cicatrizes fibróticas permanentes.
Doença acomete mais idosos.
Síndrome de Behçet consiste na tríade uveíte posterior e/ou anterior, ulceras orais e
genitais. Ocorrem lesões cutâneas em 80%, sendo as mais sugestivas lesões pustulosas
de vasculite, tipo eritema nodoso, pioderma gngrenoso e púrpura palapável. 20% dos
casos têm alterações do SNC. As lesões vasculares podem produzir aneurismas e
oclusões arteriais e venosas.
Stevens-Johnson – acometimento cutâneo-mucoso múltiplo associado com sinais
prodrômicos de infecção, tais como: febre, cefaléia, mialgia. A área mais acometida é a
boca com lesões labiais, linguais e mucosa oral, surgindo bolhas hemorrágicas ou
purulentas que, rompendo-se, deixam áreas erosivas recobertas por crostas. O
acometimento ocular é freqüente ocorrendo de conjuntivite a panoftalmite.
Sampaio
A Síndrome de Löfgren ou sarcoidose aguda é de bom prognóstico, caracterizada por
febre, artralgias, adenopatia hilar bilateral e eritema nodoso. A sarcoidose que se
apresenta desta forma tem aproximadamente 80% de chance de resolução dentro de 2
anos.
A Síndrome de Heerfordt-Waldernstron é uma variante de sarcoidose que apresenta-se
com febre, aumento de parótidas, uveite anterior e paralisia do nervo facial.
O envolvimento do SNC também é mais comum nesta apresentação.
Fitzpatrick
Granuloma anular apresenta granuloma típico em paliçada, associado à destruição do
colágeno (granuloma necrobiótico) e aumento da mucina dérmica.
O granuloma actínico, também chamado granuloma de células gigantes elastolítico
anular, é um processo granulomatoso que tende a ocorrer em pacientes idosos ou na pele
exposta ao sol da face, pescoço ou braços. Clinicamente, as lesões são anulares e
lembram o granuloma anular, embora alguns casos demonstrem atrofia sutil no centro da
lesão.
Histologicamente também é similar ao GA por demonstrar granulomas necrobióticos, mas
difere por usualmente ser mais superficial, demonstrar mais células gigantes de corpo
estranho e elastofagocitose (macrófagos engolfando e rompendo fibras elásticas) e não
haver aumento de mucina. Alguns especialistas consideram-no um variante do GA, mas a
maioria acredita ser ”outra doença”.
Obs: segundo Lis essa lesão deveria ter sido anulada já que Granuloma Anular também
pode apresentar elastofagocitose.
Nódulos reumatóides apresentam granulomas em paliçada bem delimitados, com
macrófagos circundando áreas de degeneração fibrinóide do colágeno profundamente na
derme ou subcutâneo. Um quadro sismilar pode ser observado no granuloma anular,
necrobiose lipóidica e nódulos de febre reumática. O diferencial do granuloma entre
nódulo reumatóide e granuloma anular profundo é difícil mas possível na maioria dos
casos. O GA demonstra aumento da mucina dérmica, enquanto os nódulos reumatóides
apresentam alterações fibrinóides marcantes que são muito eosinofílicas.
Fitzpatrick
Doença de Fox-Fordyce também chamada de miliaria apócrina ou de erupção pápulo-
pruriginosa crônica das axilas e púbis. Resulta de obstrução e ruptura da porção intra-
epidérmica do ducto das glândulas apócrinas.
A maioria são mulheres entre 14 e 35 anos, comprometendo áreas das glândulas
apócrinas, isto é: axilas, púbis, aréola mamaria e região inguino-crural.
Caracteriza-se por pápulas arredondadas, foliculares, individualizadas e pruriginosas.
Pode haver ausência ou diminuição de pêlos axilares e transpiração. O quadro tende a
melhorar com a gestação.
Tratamento mais efetivo são os anovulatório. Corticóies intralesional, AR 0,1% podem ser
úteis diminuindo o prurido e promovendo o reapareciemnto dos pêlos.
Sampaio
CIVD é causada pela ativação imprópria do sistema de coagulação.
Causas de púrpura por distúrbios de coagulação (CIVD) são observada em grande
número de infecções (principalmente meningocócica, pneumocócicas, Gram negativos),
tumores malignos e linfomas, doenças sistêmicas, picadas de animais venenosos,
queimaduras e outros.
Hemangiomas gigantes cavernosos nos membros, tronco ou face com trombocitopenia,
petéquias e sangramento de mucosas (síndrome de Kasabach-Merrit). O quadro
hemorrágico ocorre quando os tumores excedem 10% do peso corporal e é devido a
coagulação intravascular com consumo de plaquetas, fibrinogênio e outros fatores de
coagulação.
Mieloma múltiplo – neoplasia maligna dos plasmócitos caracterizada por substituição da
medula óssea, destruição óssea e formação de paraproteína. A substituição da MO leva a
anemia e posterior falência total. A causa da púrpura é por plaquetopenia.
11.Lesões purpúricas por perda de apoio tecidual não ocorrem em qual das doenças
abaixo:
a) Síndrome de Ehlers-Danlos
b) púrpura neoplásica
c) Síndrome de Cushing
d) pseudoxantoma elástico
e) Síndrome de Marfan
Sampaio
Cistos triquilemais ou pilares são de predisposição familiar, autossômico dominantes. São
cistos com queratina e parede compostas por epiderme cuja queratinização é semelhante
à bainha externa do folículo piloso.
Cisto epidermóide – proliferação de células epidérmicas produtoras de queratina no
interior da derme. Pode originar-se da oclusão do folículo pilossebáceo, da implantação
de células epidérmicas na derme por traumatismo ou a partir de células despreendidas ao
longo das fendas embrionárias.
Nem cisto mixoide, nem milium têm relações genéticas.
Sebocistomatose também tem relação genética – autossômico dominante.
L: leiomioma
E: espiradenoma
N: neurilemoma
D: dermatofibroma
A: angiolipoma
N: neuroma
E: endometriose
G: glomus tumor
G: granular cell tumor (Abrikosof)
16. - A vasculite cutânea em que têm sido relatado vários casos com infecção pelo
HIV é:
a) dermatose neutrofílica febril aguda (Sweet)
b) papulose linfomatóide
c) vasculite nodular
d) poliarterite nodosa
e) Erythema elevatum diutinum
Azulay, Sampaio
Erythema elevatum diutinum
– Forma crônica de vasculite leucocitoclástica.
– Doença rara, > adultos, mas pode ocorrer em qualquer idade.
– Etiologia desconhecida.
– Patogenia: parece estar relacionada a um mecanismo de hipersensibilidade ao
estreptococo.Acredita-se que esteja relacionada com imunocomplexos no soro dos
pacientes. A doença é exacerbada com infecções estreptocóccicas espontâneas ou
com testes cutâneos utilizando estreptoquinase-estreptodornase.
– As lesões são múltiplas, simétricas, com predileção para a pele sobre articulações
das mãos e joelhos, sobre a superfície extensora dos cotovelos, nádegas, calcâneo.
A face e as orelhas podem ser afetadas, mas o tronco e mucosas são geralmente
poupados.
– As lesões progridem de pápulas para placas / nódulos, podem ser arredondadas ou
ovais, com descamação ocasional. São móveis à palpação, não aderidas a planos
profundos.
– As lesões iniciais (fase aguda) são eritêmato-purpúricas e amolecidas, podem ser
sensíveis e dolorosas.
– Lesões antigas (fase crônica) podem se tornar endurecidas, róseo-amareladas,
fibróticas e duras.
– Podem involuir espontaneamente, aparecer e desaparecer no mesmo local, ou
permanecer indefinidamente. Geralmente deixam área atrófica, hiper ou
hipopigmentada.
– A sintomatologia é variável. As lesões podem ser assintomáticas ou muito dolorosas,
com sensação de queimação.
– Vesículas, bolhas, ulcerações podem ocorrer no centro das lesões.
– Artralgia é uma manifestação constante.
– Pode estar associado a gamopatias monoclonais por IgA e IgG (raramente),
mieloma,doença inflamatória intestinal, infecções estreptocócicas pulmonares e
faríngeas recorrentes. Ocorre exacerbação das lesões cutâneas durante o surto do
quadro infeccioso.
– Foi relatada a associação de erythema elevatum diutinum com pacientes infectados
com HIV. É desconhecido se as lesões ocorrem como uma conseqüência direta do
vírus ou em conseqüência das infecções bacterianas associadas.
– Exames complementares:VHS elevado, ocasionalmente níveis aumentados de IgA,
IgM e IgG e IFdireta com deposição de imunoglobulinas e complemento no interior e
ao redor dos vasos sanguíneos.
– Teste intradérmico com estreptoquinase-estroptodornase positivo 4 a 24h após
biopsia: 4 a 6 h após a injeção.
– O frio pode agravar o quadro.
– Histo: lesões recentes: achados clássicos de vasculite leucocitoclástica,vasculite com
neutrófilos e intensa hialinização da parede dos vasos sanguíneos e degeneração
fibrinóide.Lesões crônicas: fibrose com acúmulo de lipídios no interior de histiócitos,
quantidades variáveis de depósitos extracelulares de colesterol. Esse é o caso das
lesões clinicamente amareladas, xantomatosas (não está associado a distúrbios do
metabolismo dos lipídios). Nenhuma destas alterações é patognomônica.
– Diagnóstico diferencial: Sd Sweet, granulomatose alérgica de Churg-Strauss,
xantomas, reticulose multicêntrica (histiocitose), granuloma anular, granuloma facial.
– Trat: sulfona (dapsona) ou sulfapiridina. Geralmente ocorre recorrência após retirada
da dapsona. Niacinamida mostrou bons resultados.
– Corticóides sistêmicos não são efetivos. Corticóides intralesionais podem ser
bastante efetivos na diminuição das lesões e são tratamento de escolha para
pacientes com formas limitadas da doença.
Resposta: d (?)
Azulay e Sampaio
Paniculite histiocítica citofágica
– Existem 2 formas:
– forma histiocítica citofágica pura: hipodermite predominantemente lobular, com
infiltrado de histiócitos e linfócitos T maduros. Há macrófagos que contém
fragmentos de eritrócitos, leucócitos ou linfócitos com seus citoplasmas, chamados
de saco de feijão. Trat: imunossupressores (prednisona e ciclosporina).
– linfoma com aparência clínica de hipodermite: forma rara, com 40 casos descritos na
literatura. Há presença de linfócitos atípicos envolvendo o subcutâneo, formando um
anel ao redor dos adipócitos necróticos. Trat: doença de base.
Paniculite pancreática
– Acompanha pancreatites ou carcinomas pancreáticos (geralmente tumores acinares).
– Predomina em homens alcoolistas.
– Formas associadas ao câncer: 1: 5
– Formas associadas às pancreatites: 1: 3
– As pancreatites geradoras de paniculites podem ter várias etiologias: traumáticas,
associadas à colecistite, císticas ou pancreatite crônica (mais comum).
– Patogenia: ação de lípases pancreáticas que atingem a pele por via hematogênica,
provocando necrose da gordura do sc. Amilase/ lípase hidrolizam a gordura e
formam ácidos graxos livres e glicerol.
– São nódulos eritêmato-violáceos, dolorosos, depressíveis, ocorrem em surtos.
– Acomete MMSS e II (regiões pré-tibiais) e tronco.
– Pode ocorrer drenagem de material oleoso.
– Em muitos casos associam-se artrites, serosites, pleurites, pericardites e sinovites.
– Histo: paniculite lobular, presença de células fantasmas, calcificação da gordura
saponificada.
– Diagnóstico: clínica, histo, aumento de amilase/ lípase no sangue e urina.
– Trat: da doença de base (clínico ou cirúrgico).
Bromidrose
– É a sudorese de odor desagradável. Só se manifesta após a puberdade.
– Resulta da decomposição do suor por bactérias encontradas nas axilas/pés.
– Há 2 tipos (Azulay):
– Apócrino: região axilar, decorrente da formação de ácidos graxos por efeito de
atividade enzimática bacteriana.
– Écrino: pés, associado à hiperidrose, com maceração da queratina e pululação
bacteriana.
– Trat: solução de bicloreto de mercúrio 1/1000; solução de sais de alumínio,
compostos de zinco/zircônio, neomicina.
Sampaio
Púrpura pós-transfusão
– Púrpura trombocitopênica grave, eventualmente fatal.
– Pode surgir dentro de 1 semana após transfusão.
– É devido à formação de Ac antiplaquetários.
– Trat: plasmaférese (para a remoção de anticorpos).
Azulay, Sampaio
* penfigóide bolhoso
Sampaio
Heroína
– A heroína (diacetilmorfina) é rapidamente convertida em 6-monoacetilmorfina e
morfina.
– A via de administração mais empregada pelo usuário é EV, embora possa ser
fumada ou aspirada.
– Adulterantes como açúcares e quinino, potentes agentes esclerosantes, promovem
tromboflebite, trombose e necrose tissular.
– São comuns abscessos decorrentes de infecção no local da injeção.
– Pode ocorrer urticária não mediada por IgE pela ação direta do opiáceo nos
mastócitos.
– O hábito de fumar pode provocar na língua lesões pigmentadas do tipo eritema
pigmentar fixo.
Crack
– Pode causar madarose dos cílios, sobrancelhas e pêlos do lábio superior devido a
elevada temperatura dos vapores desprendidos.
– Ceratite e abrasões da córnea produzidas pelo ato de coçar os olhos irritados e
insensíveis.
Poppers
– São nitritos voláteis usados por inalação.
– Produzem taquicardia, vasodilatação, rubor facial, cefaléia.
– São irritantes e sensibilizantes, produzem quadros eczematosos e de urticária de
contato na face.
Cocaína
– Inalação: eritema da mucosa nasal e rinorréia, necrose e perfuração do septo.
– Via subcutânea: cicatrizes atróficas, em saca-bocado, nos locais de injeção.
– Via EV: cicatrizes, puntiformes ou lineares, nos locais das picadas; lesões
hiperpigmentadas ao longo do trajeto venoso; segmento vascular trombosado e
inelástico; fenômenos tromboembólicos/ necrose podem ocorrer.
Comprimento de onda: UV: entre 200 e 400 nm, luz visível: entre 400 e 760 nm; acima
deste espectro até 17000 nm está o infra vermelho, que é um indutor de calor.
As fotodermatoses são, na gde maioria, devidas ao UV que compreende: UVC (200-
290nm); UVB (290-320nm) e UVA (320-400nm).
O UVC é basicamente germicida, pelo fato de ser absorvido por proteínas e aminoácidos
O UVB causa eritema, pigmentação e principalmente alterações que induzem ao câncer
cutâneo
O UVA de maior penetração, além da pigmentação e alterações que induzrm o câncer, é
o principal indutor de fotossensibilidade.
32. M10 - A doença de Paget extramamária tem como localização mais freqüente a:
a) região anogenital
b) região cervical
c) região umbilical
d) pregas flexurais dos membros
e) região acral
33. M11 - O corno cutâneo é uma expressão clínica que se caracteriza pela
produção exagerada de camada córnea; das afecções abaixo qual não possui esta
característica?
a) verrugas
b) nevo verrucoso
c) queratose seborréica
d) carcinoma basocelular
e) carcinoma espinocelular
CBC: o tipo clínico mais encontrado é o chamado CBC nódulo infiltrativo: pápula rósea,
perlada, que cresce progressivamente a nódulo, c/ post. ulceração central, recoberta por
crosta q, retirada, determina sangramento. A lesão, então, é típica, c/ as bordas
cilíndricas, translúcidas, mostrando formações perláceas e ás vezes, finas telangiectasias.
C/ a evolução do quadro pode haver extensão em superfície, muitas vezes c/ cicatrização
central (forma plano cicatricial), ou em profundidade, c/ invasão e destruição de músculos,
cartilagem, osso ou outra estrutura (formas terebrantes), ou há proliferação central (forma
vegetante).
O tipo esclerosante é variante clínica, caracterizada por placa branco amarelada,
escleroatrófica, dura, lisa, às vezes, c/ telangiectasias, bordas mal definidas, lembrando
esclerodermia. A evolução é muito lenta e nunca se ulcera.
CBC superficial ou pagetóide: lesão única ou múltiplas, eritêmato-escamosas,
discretamente infiltradas, c/ bordas irregulares e ligeiramente elevadas: semelhante à
psoríase, lupus, dça de Bowen ou de Paget e a localização é g// no tronco
CBC pigmntado: forma nódulo-ulcerativa c/ variável pigmentação melânica: semelhante
ao melanoma maligno: diferenciar
Sd de Stewart Trèves: é o linfangiossarcoma que ocorre sobre linfedema crônico: tem pior
prognóstico, ocorrendo óbito por metastatização , pp pulmonar, 1 a 2 anos após o
surgimento do tumor. Clinicamente sobre o linfedema crônico, surgem nódulos azulados
ou violáceos, devendo ser feito o diagnóstico diferencial c/ o Sarcoma de Kaposi. É mais
freqüente em linfedemas pós mastectomias radicais c/ esvaziamento ganglionar axilar.
Ocorre também bem mais raramente em linfedema congênito crônico, linfedema
idiopático de início tardio e, mesmo, no causado por filariose.
A alopecia aerata, pelada, é freqüente = perda dos cabelos ou pêlos em áreas redondas
ou ovais, donde a denominação, sem áreas de inflamação ou atrofia da pele. Quase
sempre no couro cabeludo ou barba. Universal, ambos sexos, pp 20-50 a. Não se sabe a
causa: genética, imunológica?
O início é brusco c/ perda de cabelos em áreas circulares ou ovais, únicas ou múltiplas, s/
qq outra alteração. A placa é lisa e brilhante. Na borda, podem ser retirados pêlos q são
afilados e descorados p/ o lado da raiz q apresenta dilatação = cabelos peládicos, em
ponto de exclamação. Prognóstico g// benigno, após 2 a 6 meses pode haver reponta; os
cabelos são, no início, de cor branca, adquirindo, posteriormente a cor normal. Novas
áreas de pelada podem surgir comcomitante ou subseqüentemente. Pior prognóstico:
recidivas freqüentes, acometimento de cílios, sobrancelhas e barba, qdo surge antes da
puberdade, atopia, distrofias ungueais, história familiar, presença concomitante de outras
doenças autoimunes, forma ofiásica (inicia occipital e estende parietalmente) e o
desenvolvimento de alopecia total ou universal. A histologia revela miniatura de folículos
pilosos na fase anágena ou telógena, o que possibilita a distinção em alopecias
cicatriciais
44. J01 - As drogas que mais frequentemente desencadeiam porfiria cutânea tardia
são:
a) barbitúricos, fenilhidrazida, estrogênios
b) ácido acetilsalicílico, tetraciclinas e iodo
c) iodo, barbitúricos e etretinato
d) etretinato, fenilhidrazida e estrogênicos
e) tetraciclinas, etretinato e iodo
49. J06 - Qual das dermatoses abaixo não apresenta depósito de imunoglobulinas na
zona da membrana basal?
a) penfigóide bolhoso
b) pênfigo foliáceo endêmico
c) dermatite herpetiforme
d) dermatose bolhosa por IgA linear
e) lúpus eritematoso sistêmico
Penfigóide bolhoso (PB)– é uma doença cutânea bolhosa subepidérmica que acomete
geralmente idosos e caracteriza-se por bolhas grandes, tensas e achados
histopatológicos de C3 e IgG ao longo da membrana basal. As mucosas são
poupadas na maioria dos casos com exceção de bolhas não-cicatriciais ou erosões na
mucosa oral que aparecem em uma minoria dos pacientes. (F, 666)!
Pênfigo foliáceo (PF)– o termo pênfigo refere-se a um grupo de doenças bolhosas
auto-imunes da pele e mucosas que são caracterizadas histopatologicamente por
bolhas intra-epidérmicas devidas à acantólise e imunologicamente pelo achado in vivo
de IgG circulante e tecidual, contra a superfície dos ceratinócitos. No PF (ou
superficial) a bolha á na camada granulosa (IF - depósito de IgG na superfície celular
ao longo da epiderme) (F, 654 e 656)
Dermatite herpetiforme (DH) ou Dermatite de Duhring-Brocq – erupção
papulovesicular, pruriginosa, crônica, distribuída usualmente de forma simétrica em
superfícies extensoras. Pode iniciar-se em qualquer idade, incluindo a infância;
contudo, as segunda, terceira ou quarta décadas são as mais comuns. Após sua
apresentação, a DH persiste indefinidamente, com gravidade variável. As maiorias dos
pacientes têm associada uma enteropatia sensível ao glúten, geralmente
assintomática (F, 709). A IFD realizada em pele sã ou perilesional demonstra
depósitos de IgA, sob forma granular, na papila dérmica, ocasionalmente IgG, IgM e
complemento podem ser detectados. Tem-se observado também depósito de IgA ao
nível da membrana basal na mucosa jejunal (A, 109)
Dermatose por IgA linear – doença bolhosa rara, mediada imunologicamente,
caracterizada pela presença de depósitos lineares homogênoes de IgA na membrana
basal da epiderme; está nitidamente separada da DH baseada na sua imunopatologia,
imunogenicidade e ausência de associação com enteropatia sensível ao glúten.
Podem apresentar-se com características fenotípicas sugestivas de EBA, DH, PB ou
penfigóide cicatricial. Essas apresentações clinicas diferentes parecem resultar da
ligação de IgA à diferentes Ags epidérmicos (F, 680)
Lúpus eritematoso sistêmico – foram observadas imunoglobulinas (IgG, IgA, IgM) e
componentes do complemento depositados em um arranjo granular contínuo ou linear
em faixa na junção dermoepidérmica da pele lesada e não-lesionada de pacientes
com LE – teste da banda lúpica (TBL); que para alguns autores é a presença deste
arranjo em faixa nos achados imunopatológicos da JDE nas biópsias de pele não-
lesional (F, 2004)
Atrofia branca de Millian – doença recorrente cuja lesão inicial, que pode ser pápula,
petéquia ou bolha hemorrágica, evolui para pequenas ulcerações. A dor é achado
freqüente, e é muito mais intensa que a lesão sugeriria; em associação com livedo
reticular persistente. Resultantes da cicatrização, surgem áreas escleróticas
empalidecidas, cercadas por telangiectasias, a chamada atrofia alba. Vários pacientes
têm aterosclerose ou estase de extremidades. Acredita-se que a atrofia alba representa o
estágio final de várias formas de dano vascular na pele. Localiza-se no 1/3 inferior das
pernas, sobretudo de mulheres. Não é infrequente a piora do quadro no verão. Pode fazer
parte de doença sistêmica, cabendo investigação adequada (ex. vasculite livedoide pode
ocorrer em pacientes com LES que desenvolvem lesões do SNC)
Trata-se de vasculite trombosante de provável patogênese imunológica. Nas lesões
antigas, ocorre hialinização da parede dos vasos. (F, 2049 e A, 148)
A chamada vasculite hialinizante segmentar de Bard-Winkelman (vasculite livedóide) é
exatamente a atrofia branca de Millian.
Tratamento: aspirina e/ou dipiridamol e/ou pentoxifilina com bons resultados (A, 148).
A síndrome de Sneddon é uma condição na qual o livedo reticular ou a vasculite livedóide
são associadas a lesões cerebrovasculares isquêmicas, hipotensão e tromboses arteriais
e venosas extracerebrais (F, 2049).
Epidermólise bolhosa simples (EBS) – existem vários subtipos, todos tendo em comum a
presença de bolhas serosas ou sero-hemorrágicas, localizadas na epiderme e cuja
ruptura não leva a cicatrizes. EBS generalizada: caráter genético dominante, primeiras
manifestações ao nascimento ou logo após, em áreas de pressão ou trauma: mãos, pés,
joelhos, cotovelos e coxas. Formas mais severas podem apresentar cicatrizes discretas,
leves lesões de mucosa oral e espessamento ungueal, porém nunca há comprometimento
do estado geral. EBS localizada: AD, lesões nos 2 primeiros anos de vida, com casos de
aparecimento tardio. Ocorre exclusivamente na mãos e pés, não há comprometimento
mucoso ou outras alterações orgânicas. EBS tipo Ogna: AD, observada em famílias
norueguesas, caracterizadas por vesículas serosas e hemorrágicas pequenas,
predominantemente localizadas nas mãos e pés, evoluem sem cicatrizes e se
acompanham de equimoses. EBS herpetiforme/ Dowling-Mera: AD, surge nos primeiros
dias de vida; vesículas e bolhas aparecem no tronco e extremidades por vezes com
disposição herpetiforme e acompanhadas de Milia, tardiamente os doentes podem
desenvolver lesões de hiperqueratose pontuada e leves distrofias ungueais (S, 789 e A,
456).
Cútis laxa – grupo de distúrbios que têm em comum a pele frouxa, redundante, e
manifestações difundidas em outros órgãos. São reconhecidas as formas AD, AR e ligada
ao X. a forma dominante é principalmente um problema estético, e o prognóstico é bom.
O inicio pode ser demorado, e a doença pode parecer um defeito adquirido. Uma forma
AR é associada a complicações cardiorrespiratórias graves e morte precoce. Outra forma
menos grave é caracterizada por retardo do crescimento, desnvolvimento demorado e
frouxidão de ligamentos. Cútis laxa ligada ao X é caracterizada por frouxidão articular
grave, divertículo vesical, hérnias, exostose e proeminência occipital. Foram relatadas
formas adquiridas, seguindo, frequentemente, doença febril. A melhor característica de
cútis laxa, e a única para a qual a patogênese é bem compreendida é a forma recessiva
ligada ao X, antigamente conhecida como Ehlers-Danlos tipo IX e agora conhecida como
cútis laxa ligada ao X ou síndrome do Corno Occipital (F, 1844-1845)
Síndrome de Papillon – Lefévre – displasia ectodérmica palmoplantar tipo IV: AR, surge
nos primeiros meses de vida, padrão focal, com acometimento da maior parte da
superfície palmo-plantar e acentuação puntiforme em algumas áreas, principalmente ao
longo da pregas palmo-plantares, a ceratodermia pode se estender para o dorso das
mãos, tendão e calcâneo, cotovelos e joelhos; com a erupção da dentição decídua ocorre
uma periodontite severa que recorre com a dentição permanente; ondulações transversais
das unhas, onicogrifose e hiperceratose folicular laminar; surdez, calcificação da dura-
máter, infecção e furunculose recorrentes, aracnodactilia e deformidades nas falanges
terminais; opalescência esbranquiçada, sutil e generalizada na mucosa oral já foi descrita.
(F, 608)
A Ictiose ligada ao sexo é rara e só ocorre no sexo masculino. É 1 forma recessiva ligad
ao X. As mulheres são portadoras do defeito genético e às vezes apresenta
manifestações mínimas do processo.
Há deficiência da ARILSULFATASE C E ESTERÓIDE SULFATASE. Isso aumenta o
sulfato de colesterol no soro, hemácias e escamas cutâneas.
O exame eletroforético do soro permite o diagnóstico.
Outras alterações lipídicas ocorrem na ictiose ligada ao sexo: Aumento do sulfato de
colesterol e redução do colesterol livre.
A alteração genética é perda do material genético do braço curto do cromossomo X.
A dça ocorre após o nascimento e acomete dobras, poupando palmas e plantas.
Há alteração característica na córnea (opacidades pontuadas e em vírgula), surgem entre
os 10 e 30 anos de idade e ñ interferem na visão.
Sd de Netherton: Dça autossômica recessiva com eritema difuso sobre a qual surgem
áreas de descamação policíclica miratória. Há freqüente associação com atopia,
aminuacidúria e defeitos nos cabelos, cabelos em bambu ou tricorrexis invaginata.
SAMPAIO E ROOK
LESA: forma cutânea disseminada do LE com importante componente de
fotossensibilidade e lesões cutâneas que involuem sem atrofia cicatricial, deixando
hipopigmentação residual com lesões vitiligoides.
O comprometimento sistêmico é discrteo e as alterações laboratoriais são peculiares. Em
50% preenchem critérios p/ LE sistêmico (artrite é a manifestação mais importante)
Mesmo nas formas sistêmicas, o comprometimento do SNC e vasculite são raros e o
comprometimento é menos severo.
É + freqüente em mulheres jovens e tem relação com HLA B8 e DR3. O HLADR2 ocorre
em pessoas mais idosas e com forma papuloescamosa.
PATOGENIA DAS LESÕES CUTÂNEAS:
Ac anti-Ro, mediadores liberados por céls mononucleraes e queratinócitos, fatores
hormonais e genéticos, luz UV e drogas. O Ac anti-Ro/ SS-A é um achado quase
universal no LESA. A luz UV facilita a expressão antigênica do Ro pelos queratinócitos e
pode interferir na migração de células mononucleares p/ a pele (permite a liberação dos
mediadores dos queratinócitos e céls de Langerhans). O estrogênio estimula a ação da
luz UV com o Ro.
Esta dça acomete +/_ 10% dos pctes com LE. Podem ter lesões papuloescamosas não
cicatrizantes (2/3) ou lesões anulares policíclicas (1/3).
A dça afeta predominantemente adultos, mas já foi descrita em crianças. As lesões
geralmente ocorrem acima da cintura e particularmente ao redor do pescoço, no tronco e
porção externa dos braços.
As bordas podem mostrar vesículas e crostas.
Plugs foliculares e hiperceratose não são proeminentes e as lesões se resolvem deixando
pigmentação branco acizentada e telangiectasias.
As alterações pigmentares geralmente se resolvem completamente
Alopecia não cicatricial difusa e fotossensibilidade ocorrem em aproximadamente 50%
dos pctes e outros achados incluem:
Úlcera oral (principalmente no palato)
Livedo reticular
Telangiectasia periungueal
Fenômeno de Raynaud
Lesões pitiriasiformes
Eritrodermia
Poiquilodermia generalizada
Morfea e calcinose distrófica da pele têm seguido LECSA.
Tbém tem sido relatado pneumonite intersticial crônica e tetraparesia hipocalêmica.
Ocasionalmete as lesões anulares podem lembrar a Sd de Rowell ou eritema girato
secundário ou ca oculto.
LESA pode estar associado com:
Sd de Sjögren
Artrite Reumatoide
Deficiência de C2, C3 e C4
Sd de Sweet
Dça de Chron
Liquem plano
Angioedema hereditário
Porfiria cutânea Tarda
Enteropatia sensível ao Glúten
NET
Paniculite lúpica
Ca de mama
Ca hepatocelular
Meningeoma
Dça de Hodking
Ca de pulmão
Pctes podem desenvolver associação com LES com dça visceral severa
Drogas que precipitam LECSA
Tiazidicos
Griseofulvina
Terbinafina
Cinarizina
Bloq canal de Ca
Etarnecept
Procainamida
Oxprenol
Penicilina
Sulfoniuréia
LESA pode ocorrer durante:
PUVA no tto de psoriase
Radioterapia
Tto com IFN-β 1
A dça geralmente é controlada com corticoides tópicos ou intralesional + filtro solar
Aos que não respondem ao tto inicial: hidroxicloroquina ou cloroquina (avaliação inicial e
continuada do oftalmo). A mepacrina (quinacrina) não faz lesão ocular, mas deixa a pele
com coloração amarelada. Há evidência que a associação de antimaláricos é melhor e
fumantes respondem menos ao tto.
Os pctes que não respondem aos anti-maláricos podem responder a:
Corticoide VO
Etretinato
Acitretin
Micofenolato mofetil
Axetil cefuroxime
Isotretinoina
Dapsona
MTX
Talidomida
UVA
IFN-α
60. F06 - Os grupos musculares mais freqüentemente acometidos na
dermatomiosite são:
a) cintura escapular, cintura pélvica e porção proximal dos membros
b) cintura escapular, músculo sural e interósseos
c) cintura pélvica, cintura escapular e músculo sural
d) cintura escapular, interósseos e occipital
e) occipital, sural e interósseos
APOSTILA MEDCURSO
A Dermatomiosite (DM) é uma miopatia inflamatória crônica.
Característica: fraqueza muscular proximal e simétrica 2 mulheres: 1 homem e pico de
incidência é 50-60 anos.
A fraqueza proximal muscular é o sinal + comumente observado nas fases iniciais.
Geralmente desenvolve-se durante meses antes do paciente se consultar. Raramente o
início é agudo (mtas vezes acompanhado de rabdomiólise e mioglobinúria).
Distribuição: simétrica e proximal, acomete os músculos da cintura pélvica e escapular e
progredindo p/ musculatura proximaçl dos membros. Característica importante: Pode
comprometer os flexores do pescoço.
A musculatura esquelética da parede posterior da faringe e do 1/3 proximal do esôfago é
comprometida com freqüência. Podendo levar à disfagia, broncoespasmo e disfonia.
Manifestações dermatológicas:
Pápulas de Gottron
Heliótropo
Hemorragias das cutículas
Mãos de mecânico: (espessameto e descamação da pele na face lateral e
palmar dos dedos)
Erupções eritematosas: Em face, ao contrário do LE, envove reg
nasolabial, queixo e ponte nasal. Tbém ocorre em pecoço, tórax ou
superfície estensora das extremidades. Muitas vezes assumem forma de V
na região anterior do tórax (em 10% dos casos associação com anti Mi2)
DM tem > associação com Câncer:
MAma
PUlmão
Testículo “ MAPUTO ME RECOE”
Utero
MElanoma
REto
COlon
Estômago
DM e PM na infância:
DM 20X mais freq que PM
5 mulheres: 1 homem
Sintomas e sinais sistêmicos mais exuberantes (febre e perda de peso). Dado impte é
vasculite do tubo digestivo (dor, distenção abdominal, sangramento e perfuração). A
calcinose tbém é mais comum: presente em 40% dos caso de DM juvenil.
LABORATÓRIO:
1) ANTICORPOS
FAN: + em 80% dos casos de DM e PM, mas ñ é específico
U1RNP: Sd de superposição: DM/ PM + esclero+LES
Anti-Jo-1: pulmão, artrite, Raynaud e mãos de mecânico
Anti-Mi 2 : DM aguda e rash em V
2) ENZIMAS:
CPK: + sensível. Pode ser usada como indicador de atividade da dça (ou resposta
ao tto)
LDH
AST e ALT
Soliciatr enzimas antes da eletromiografi (EMG)
3) EMG
4) BX MUSCULAR: padrão ouro!!!!!
5) RNM e RNM com espectroscopia
TTO:
-Corticoide VO e imunossupressores
- Com Rash: corticóide tópico e antimaláricos
61. F07 - Dos exames abaixo qual o menos específico para dermatomiosite?
a) biopsia da pele lesada
b) eletromiografia do músculo lesado
c) dosagem de aldolase e DHL
d) exame histopatológico do músculo lesado
e) dosagem de CPK e transaminases
Os xantomas eruptivos são lesões papulosas amareladas, envoltas por halo eritematoso,
surgem em surtos, atingem principalmente superfícies extensoras (joelhos, cotovelos,
nádegas, abdome). Para diagnóstico preciso: lípides sg. Há aumento de triglicerídeos e
quilomicrons.
Dupla imunodifusão
Contraimunoeletroforese
Imunoeletroforese
Aglutinação
Imunofluorescência
Imunoenzimática
Western-Blot
Outras
Lactentes devem ser tratados como sífilis congênita presumida, independente de uma
avaliação, se nascidos de mães com:
Sífilis não-tratada no momento do parto.
Tx outro que não penicilina.
Tx antes da gravidez sem registro de queda dos títulos sorológicos de 4 vezes.
Tx de sífilis no mês anterior do parto.
Documentação não adequada do tratamento.
Evidencia sorológica de recaída ou reinfecção.
Ausência de diminuição da titulação na proporção de 4 vezes após o tx durante a
gestação.
Se o lactente tiver sinais clínicos de sífilis congênita ou sorologia positiva, a avaliação
deve incluir: HMG, LCR (contagem de céls. Proteínas e RPR), Rx de ossos longos,, Rx de
tórax, US de crânio, exame oftalmológico, testes de função hepática e testes de resposta
auditiva cerebral.
O segmento neurológico é indicado para lactentes com exame liquórico inicialmente
anormal. Em caso de pleocitose e VDRL positivo no LCR a punção lombar deve ser
realizada de 6/6 meses até que a contagem das células seja normal e diminuição dos
títulos ocorra. Se isso não ocorrer em 2 anos a criança deve ser retratada.
Esquemas de tratamento:
* RN: Penicilina G cristalina 50.000 UI/kg EV de 12/12 h por 7 dias, depois a cada 8/8
horas por mais 3 dias ou Penicilina G procaína IM 50.000 UI/kg 1 x ao dia por 10-14 dias.
* Pós-natal: Penicilina G benzatina (até 2,4 milhões) IM se LCR normal.Se LCR alterado
Penicilina G cristalina 50.000 UI/ kg a cada 4-6 h EV por 10-14 dias.
Se avaliação clínica e sorológica do lactente for normal e houver aderência incontestável
por parte da mãe, dose única de penicilina benzatina 50.000 UI/kg IM.
68. T04 - A síndrome de Vogt-Koyanagi-Harada caracteriza-se por:
a) uveíte, manchas acrômicas disseminadas e hipercromias localizadas
b) uveíte, alterações psiconeurais e manchas acrômicas na face
c) uveíte, manchas acrômicas nos tornozelos e ausência de distúrbios
psiconeurais
d) alterações neurológicas, com distúrbios mentais graves, muito freqüentes,
manchas acrômicas na face e pálpebras, associadas a hiperpigmentações
e) raramente, uveíte e muito freqüentemente, manchas acrômicas na face,
associadas a manifestações psiconeurais, com lesões irreversíveis do cerebelo
É uma alteração pigmentar que pode ocorrer após uso prolongado de hidroquinona, fenol,
resorcina. A cor é castanha escura e o quadro resulta da inibição da oxidase do ácido
homogentísico na pele (formando pigmento ocronótico). Tratamento: excluir a causa,
corticóide tópico e FPS. Resultados insatisfatórios.
Há uma relação entre os níveis de invasão (Clark) e metástase para linfonodos. Para nível
II (8%), III (35%), IV e V (50%). Na classificação de Breslow (espessura do tumor) a
probabilidade de disseminação varia de acordo com a espessura do tumor. Tumores com
menos de 0,75 mm têm prognóstico excelente. Geralmente há concordância entre os
níveis de Breslow e Clark. Caso isto não ocorra o prognóstico deve ser dado pela
espessura (Breslow).
77. P04 - A cardiotoxicidade é mais freqüentemente causada por qual dos agentes
utilizados nos "peelings"?
a) resorcina
b) ácido salicílico
c) ácido glicólico
d) fenol
e) ácido tricloroacético
80. P07 - A leucoplasia pilosa oral que ocorre em paciente com AIDS é atribuída a:
a) vírus Epstein - Barr
b) papilomavírus
c) citomegalovírus
d) parapoxvírus
e) herpesvírus 8
Leucoplasia Pilosa Oral: é praticamente um marcador da AIDS, mas tb em
imunossuprimidos transplantados e em indivíduos leucêmicos submetidos à
quimioterapia. É mais freqüente em homossexuais. Parece relacionar-se à infecção dos
queratinócitos da mucosa pelo Epstein-Barr vírus. Freqüentemente há associação c/
candidose. QC característico = placas brancas em faixas confluentes dispostas
paralelamente nas bordas laterais da língua, g// assintomáticas. Pode haver disseminação
das lesões p/ parte ventral da língua, assoalho da boca, faringe e papilares amigdalianos.
Histo: acantose, hiperqueratose. Há coilocitose c/ vacuolização dos queratinócitos: por
técnicas identifica-se o vírus.
81. P08 - Segundo os estudos clássicos da história natural da sífilis, que
porcentagem aproximada de doentes não tratados evoluirão para sífilis
cardiovascular?
a) 50%
b) 40%
c) 60%
d) 10%
e) 20%
Ptiríase versicolor: infecção comum do estrato córneo pela Malessezia furfur, levedura
lipofílica, manchas de cor variável: do castanho a brancas. A levedura converte ácidos
graxos da pele em ácido azelaico, que, penetrando na pele, inibe a atividade da tirosinase
e causa a hipocromia. Esta ocorre durante atividade da afecção, mas persiste semanas a
meses após a eliminação da levedura.
83. P10 - A acantose nigricante maligna está mais freqüentemente associada com:
a) adenocarcinoma gástrico
b) sarcoma
c) linfoma
d) câncer de tireóide
e) leucemia
Acantose nigricante maligna: nessa forma, as lesões são clinicamente mais expressivas e
sempre há associação c/ neoplasias malignas, configurando verdadeira manifestação
cutânea paraneoplásica. Ocorre pp em adultos e, em 20 % dos casos, precede o
diagnóstico de neoplasia, em 60% dos casos, ocorre sincronicamente ao tumor e, em
20% dos casos, ocorre após o diagnóstico do tumor. As neoplasias mais comumente
associadas são adenocarcinomas, pp abdominais, particularmente adenocarcinoma
gástrico (60%). 30% são adenocarcinomas abdominais não gástricos: pâncreas, vesícula
biliar, colon, reto, útero, ovários, bexiga e próstata. 10% a neoplasia é extra-abdominal, pp
esôfago, pulmões e mama. Ocorre ainda, mas raro, associação c/ neoplasias endócrinas:
carcinóide, feocromocitoma, tumores tireoidianos e testiculares; sarcomas, melanomas e
linfomas. As neoplasias associadas são em geram de curso bastante agressivo, de curso
rapidamente fatal.
QC: placas papilomatosas, vegetantes ou liquenificadas, hiperpigmentadas, de coloração
castanho escura, localizadas simetricamente nas axilas, pescoço, dobras antecubitais,
inguino crurais, regiões umbilicais, genital, perianal e em outras áreas intertriginosas.
Podem ocorrer lesões associadas (pp nas f. maligna): acrocórdon, hiperqueratose palmo
plantar, papilomatose reticulada e confluente de Gougerot-Carteaud e exagero das
impressões palmoplantares (paquidermatoglifia). Diagn: clínico e histop; sempre procurar
por neoplasia.
Pênfigo induzido por drogas: podem apresentar aspecto clínico e laboratorial de pênfigo
foliáceo e pênfigo vulgar, sendo mais a freqüente manifestação de PF. São detectados
anticorpos antiepiteliais na circulação e nos tecidos que costumam aparecer com a
suspensão da droga. (S, 241)
87. C04 - Neurite periférica é mais freqüentemente associada com o uso de:
a) ciclosporina
b) dapsona
c) talidomida
d) metotrexate
e) clorambucil
MTX: os mais comuns são náusea, anorexia, fadiga, cefaléia e alopecia, desenvolvimento
de leucopenia e trombocitopenia indica séria disfunção da medula óssea e pode ser um
sinal de superdosagem de MTX. Nesse caso, a reposição de ácido folínico (25mg de
leucovorina IM) pode ser realizada dentro de 4 horas preferencialmente. No caso de
disfunção renal, leucovorina é dada repetidamente até a melhora da função renal. Um
efeito colateral raro, porém extremamente grave do MTX é a pneumonite intersticial
aguda, a qual se acredita ser uma reação de hipersensibilidade. A hepatotoxicidade é a
maior preocupação no tto com MTX. O risco de desenvolvimento de fibrose hepática e
cirrose aumenta com a dose total acumulada de MTX. (F,516)
Cloranfenicol: pode produzir anemia reversível, anemia aplástica fatal, síndrome cinzenta
dos recém-nascidos. Outros efeitos colaterais menos graves: erupções cutâneas, glossite,
náuseas, vômitos e diarréia. (S, 1044)
90. C07 - A terapêutica mais eficaz para os casos graves do distúrbio psiquiátrico
"ilusão parasitária (delírio de parasitose)" é a administração por via oral de:
a) prometazina
b) pimozide
c) fenobarbital
d) litio
e) benzodiazepinicos
Ilusões de parasitose ( Doença de Ekbom): pode ocorrer em qualquer idade, com maior
incidência entre os 50 e 80 anos com pico no final dos 60 anos. Prurido e parestesia a
partir de fontes ambientais ou somáticas – por exemplo, xerose senil, eletrecidade
estática, doença sistêmina, ou uma infestação previamente tratada – pode ser o estágio
para a elaboração ilusionária. Isolamento social, impedimento vusual ou auditivo, e
recente estresse psicossocial podem ser fatores contribuintes.
Manifestações clínicas: ansiedade e profunda preocupação com o pensamento ilusório
predominam. Pacientes são difíceis de engajar e recontam obsessivamente, nos mínimos
detalhes, a morfologia, o ciclo vital e os hábitos idiossincráticos de seus parasitas
pessoais e os esforços tomados para se livrar deles. Numerosos “espécimes” consistindo
restos, teias ou partes do inseto voador são apresentados, e muitos outros médicos,
entomologistas e agentes de saúde são ridicularizados. Caracteristicamente, mobília e
roupa são reduzidas ao mínimo, trocado o domicilio, família e amigos, evitados por medo
de contaminação. Inquisição na personalidade pré-morbida pode revelar ansiedade
crônica e traços paranóides, esquizóides ou obscessivos. Lesões cutâneas tais como
escoriações, pápulas escoriadas ou saca-bocados podem ou não estar presentes, porem
dermatite por irritante – secundária ao uso de cáusticos, abrasivos e inseticidas – é um
achado freqüente.
Raramente raspados para escabiose ou biópsia podem ser indicados. Todos serão
negativos. O quadro clínico é inconfundível.
Sofrimento é intenso, e a vida, incômoda; entretanto, tão firme é a convicção do
paciente que a consulta ao psiquiatra é uniformemente rejeitada. Desde que estes
sintomas refletem psicose e desde que sintomas psicóticos estão associados a receptores
dopamínicos, a droga apropriada será a que os bloqueará. Pimozide é a droga de
escolha, talvez devido à capacidade adicional de bloquear os receptores opióides e assim
a sensação de coceira, embora outros antipsicóticos possam ser efetivos. Um
antidepressivo pode ser prescrito, sozinho ou em combinação com pimozide, onde
indicado.
Curso e prognóstico: sem tratamento, a condição tornar-se-á crônica. Sessenta a 80%
dos pctes respondem ao pimozide; melhora sintomática ocorre dentro de 2 semanas,
embora vários meses possam ser necessários para o controle completo. Depressões pós-
psicótica ocorre em 10 a 15% dos pctes; esta responderá a adição de um antidepressivo
ao esquema de tto. Pctes mais velhos deprimidos podem responder aos antidepressivos
isoladamente e parecem ter um prognóstico melhor a longo prazo. A maioria dos pctes
requer terapia de manutenção; alguns atingem a remissão, e curas ocasionais ocorrem.
(F, 478-479)
93. S01 - Para os pacientes com hanseníase apresentando lesão única pode ser
utilizado esquema terapêutico com dose única. Neste tratamento são empregadas
as seguintes drogas:
a) rifampicina, dapsona e minociclina
b) clofazimina, ofloxacina
c) ofloxacina, rifampicina e protionamida
d) ofloxacina, rifampicina e minociclina
e) efloxacina, rifampicina, minociclina e clofazimina
Esquema ROM: utilizado p/ pctes paucibacilares com lesão única de pele sem
comprometimento neural. Não é recomendado p/ gestantes e crianças menores de 5
anos.
Esquema:
Recomendado apenas para unidades de referência. Os pctes que recebem ROM: alta por
cura da doença após dose única.
Deve-se dar atenção aos sintomas de Tb nos pctes com Hansen e iniciar
prontamente o tto a fim de se evitar cepas de M. tuberculosis resistentes A Rifampicina.
Recomenda-se administrar tto específico p/ Tb (rifampicina, isoniazida e pirazinamida),
acrescentando-se os medicamentos da Hanseníase nas doses e tempo previsto padrão:
95. S03 - Das doenças abaixo relacionadas, qual é indicativa da presença de AIDS
(critério CDC modificado)?
a) dermatofitose disseminada
b) criptococose extrapulmonar
c) púrpuras disseminadas
d) herpes zoster
e) sífilis secundária
SAMPAIO
A terbinafina tbém é efetiva e melhor tolerada. Dose: Adulto: 250 mg/d e criança 3-6
mg/Kg/d (62,5 mg p/ criança de 10-20 Kg// 125 mg p/ criança com 20 a 40 Kg/d // 250
mg/d criança > 40 Kg). Período de tto: 4-8 sem.
Fluco: criança > 6 meses 6 mg/Kg/d por 3 sem ou 5 mg/Kg/d por 4 sem.
Tinea favosa: prognóstico pior, > tempo de tto e pode deixar alopecia cicatricial.
97. S05 - Entre as principais drogas recomendadas pelo Ministério da Saúde para
o tratamento de pacientes masculinos com corrimento uretral temos:
a) ofloxacina - 400 mg, VO (dose única) + azitromicina - 500mg, VO (dose única)
b) ciprofloxacina - 500 mg, VO (dose única) + eritromicina - 2,0g, VO (dose única)
c) ceftriaxona - 250m, IM (dose única) + cifroploxacina - 400mg, VO (dose única)
d) ofloxacina - 250 mg, de 12 em 12 horas, durante 10 dias + azitromicina - 500mg,
de 12 em 12 horas, durante 10 dias
e) cefxima - 400 mg, VO (dose única) + azitromicina - 500mg, de 12 em 12 horas,
durante 8 dias
Tianfenicol 5 g DU
Espectinomicina 2 g DU IM
Azitro 1 g DU
A forma dimorfa oscila entre a Tb e a V. Pode ter lesões de pele bem delimitadas sem ou
com raros bacilos e ao mesmo tempo pode apresentar lesõs infiltradas mal delimitadas
com muitos bacilos Pode haver comprometimento neurológico e estados reacionais,
dando aos pacientes grande risco p/ desenvolver lesões incapacitantes. Baciloscopia
pode ser + ou –. É considerado como Multibacilar.
Forma Dimorfa e Virchoviana: pode apresentar sintomas gerais e acometer órgãos como
globo ocular, laringe, fígado, baço, supra-renais, sitema vascular periférico, linfonodos e
testículos.
A Hanseníase Indeterminada:
ENTÃO: