Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Sampaio e Current
Sintomas articulares com ou sem sinovite ativa ocorre em mais de 90% dos pacientes,
sendo freqüentemente a manifestação mais precoce.
A participação cutânea no LES ocorrer em até 80% dos casos, sendo que em 25% deles
é a manifestação inicial. A erupção característica “asa de borboleta” afeta menos da
metade dos mesmos. Outras manifestações cutâneas são o lúpus discóide, lesões típicas
das extremidades dos dedos, eritema peri-ungueal, infartos de unhas. Alopecia é comum.
Lesões das mucosas tendem a ocorrer durante os períodos de exacerbação.
O fenômeno de Raynaud, presente em 20% dos pacientes, freqüentemente se antecipa a
outros achados da doença.
O comprometimento renal clinicamente significativo ocorre em 50% dos pacientes.
Diversas formas de glomerulonefrite podem ocorrer. Alguns pacientes podem também
apresentar nefrite intersticial. Com terapia adequada a taxa de sobrevida, mesmo em
pacientes com doença renal séria (glomerulonefrite proliferativa) é favorável.
Outros achados clínicos (que não estão nos critérios diagnósticos) incluem: trombose
venosa e arterial, linfadenopatia, esplenomegalia, tireoidite de Hashimoto, anemia
hemolítica e púrpura trombocitopenica.
Sampaio
A transmissão das dermatoses bolhosas dermolíticas podem ser dominante ou recessiva,
sendo distintos os quadros clínicos:
Epidermólise bolhosa distrófica dominante ou distrófica hiperplasica – inicia-se
precocemente. As lesões são bolhas tensas, serosas ou hemorrágicas. Localizadas
predominantemente nas extremidades. Com a evolução surgem alterações distróficas. O
estado geral é bom.
Embora possam existir lesões orais, a mucosa esofagiana nunca é atingida e os dentes
são normais.
Histologicamente, a clivagem é demoepidérmica e, a microscopia eletrônica o demonstra,
abaixo da lâmina basal.
Porém, a microscopia óptica, com coloração PAS, pode-se encontrar fragmentos da
membrana basal no teto da bolha, no assoalho, ou em ambas localizações.
Ultraestruturalmente observam-se, nas áreas de clivagem, fibrilas de ancoragem
alteradas. É muito provável que, na gênese da enfermidade, estejam envolvidas
mutações no gene que codifica colágeno tipo VII, que corresponde às microfibrilas da
ancoragem.
Nesta forma, verificam-se alterações bioquímicas praticamente específicas: aumento de
condroitinsulfato na pele e urina, sugerindo nestes doentes alteração no metabolismo das
glicosaminoglicanas. Verificou-se também, em culturas de fibroblastos, que há síntese
aumentada de proteoglicanas sulfatadas. O acumulo destas substâncias interferiria com o
colágeno, levando à formação de fibrilas anômalas, o que explicaria a deficiência
funcional da junção dermoepidermica.
Epidermólise bolhosa distrófica recessiva ou distrófica displásica – as lesões estão
presentes desde o nascimento com bolhas hemorrágica e erosões.
As lesões da mucosa oral determinam o aparecimento de cicatrizes sinequiantes. Lesões
esofágicas podem resultar em estenoses graves. As mãos e pés podem estar
deformados.
Histologicamente, não há diferenças entre as formas dominantes e recessivas.
Na gênese desta forma de epidermólise bolhosa, consideram-se várias possibilidades:
anormalidades enzimáticas determinando exacerbação da colagenólise, defeitos na
estrutura do colágenos tipo VII e defeitos na secreção do colágeno intracelularmente
sintetizado.
Tem sido demonstrado aumento da colagenase tanto in vivo como in vitro através de
cultura de fibroblastos de portadores desta afecção. Além de aumentada, a colagenase é
mais termolábil e qualitativamente diferente. Esta, em níveis aumentados promoveria
degeneração do colágeno, colagenólise, com posterior fagocitose das fibrilas pelos
macrófagos, como tem sido observado nos doentes.
Além dessas alterações da colagenase, verifica-se que, na epidermólise bolhosa
recessiva e dominante, não se detecta, na zona da membrana basal, antígeno que reaja
com o anticorpo monoclonal KF 1, que está presente na pele normal e na pele de doentes
com epidermólise bolhosa simples e juncional. Este fato sugere a hipótese de ausência de
alguma estrutura protéica nas formas dermolíticas de epidermólise bolhosa.
Além disso, a utilização de anticorpos monoclonais dirigidos contra fibrilas de ancoragem
de colágeno tipo VII demonstra diminuição ou ausência deste, indicando ou defeito na
síntese ou degradação aumentada desta proteína. Outras vezes, estes anticorpos
monoclonais demonstram a presença intracelular do colágeno VII, indicando possível
defeito na sua secreção.
Rook
Consiste em áreas de degeneração do colágeno com eventual depósito secundário de
lípides.
A doença ocorre em qualquer idade sendo mais freqüente em adultos de meia idade
sendo três vezes mais comum nas mulheres em relação aos homens. As lesões
localizam-se caracteristicamente nas superfícies anteriores e laterais da porção inferior
das pernas. Caracterizam-se por uma ou mais placas de cor violácea na periferia e
amareladas no centro, bem demarcadas. Após algum tempo, há lento crescimento
centrífugo, com involução central, o aspecto da superfície é atrófico ou
esclerodermiforme, podendo chegar a ulceração (um estudo relaciona ulceração com
alteração sensorial local). Chamam atenção as telangectasias da superfície da lesão.
As lesões usualmente têm poucos sintomas. Anestesia e hipoidrose são sintomas que
podem afetar a pele. Lesões tipo comedos-like podem ocorrer na periferia das lesões.
Em muitos casos as lesões são bilaterais, e são similares na aparência tanto em
diabéticos como não diabéticos.
Podem ocorrer em outras áreas do corpo, incluindo tronco e pênis, e raramente são
difusas. Podem ocorrer também em áreas de cicatriz cirúrgica.
Há uma forma descrita como “anular atípico” que afeta face e scalp. A maioria é mulheres
e desenvolve lesões de necrose lipoidica em outro local.
O curso é crônico, ocorrendo em raros casos, regressão espontânea. Pode desenvolver
CEC em lesões de longa duração.
Rook
Pioderma gangrenoso é uma dermatose neutrofilica não infecciosa comumente associada
com doenças sistêmicas.
O diagnóstico é baseado em carcterísticas típicas e exclusão de outras úlceras cutâneas.
Várias formas clínicas de PG têm sido descritas, incluindo ulcerativa, pustular, bolhosa e
vegetante.
O quadro típico inicia com pápulas ou pústulas pequenas e tensas que evoluem para
úlceras dolorosas com bordos violáceos. Há tecido de granulaçâo, necrose ou exsudato
purulento na base da úlcera.
As lesões podem ser únicas ou múltiplas. Geralmente evoluem com cicatriz atrófica
ceribriforme.
Sintomas associados incluem fere, mal estar, mialgia e artralgia.
Envolvimento extracutâneos tem sido descrito, com infiltrado neutrofílico e manifestações
de pioderma gangrenoso em ossos e pulmões.
Há quatro tipos de PG descritos:
Ulcerativo – é a forma clássica, onde as ulceras tem bordas descoladas e halo
eritematoso e provem de um papula ou pústula inflmatória ou pode ser secundária a
patergia.
Tipicamente iniciam nas pernas ou tronco, mas podem ocorrer em qualquer local.
Freqüentemente está associada com doença intestinal, artrite e gamopatia monoclonal.
Pustulosa – é uma variante que ocorre freqüentemente durante exacerbação aguda da
doença intestinal.
Pústulas discretamente dolorosas, com halo eritematoso, surgindo em pele normal. Essas
pústulas comumente surgem nas areas extensoras dos membros e podem evoluir para
formas típicas de PG. Essas lesões costumam resolver com o controle da doença
intestinal.
Bolhosa – ou PG “atípico”, inicia com rápido surgimento de bolha hemorrágica,
freqüentemente localizado nos braços.
Compartilha sinais clínicos e histopatológicos com Síndrome de Sweet, mas tipicamente
ulcera e fica com cicatrizes.
PG bolhosa é comumente associada com desordes mieloproliferativa.
Vegetante – ou pioderma granulomatoso superficial presente como úlcera superficial não
dolorosa com base não purulenta e geralmente sem bordos violáceos. É freqüentemente
solitária, com progressão lenta e que se resolve com tratamento menos agressivo e que
usualmente não está associada com doenças sistêmicas.
a) 2, 2, 1, 1
b) 1, 2, 1, 2
c) 2, 1, 2, 1
d) 1, 1, 2, 2
Sampaio
As doenças do tecido adiposo são genericamente denominadas paniculites. Clinicamente,
a apresentação das paniculites é muito semelhante, todas se expressando por nódulos ou
placas eritematosas e violáceas freqüentemente localizadas nas pernas e que podem ou
não evoluir para ulceração.
Às vezes, a anamnese, a distribuição das lesões ou mesmo os aspectos morfológicos
podem orientar a diagnose, mas o estudo das paniculites repousa na sua interpretação
em bases anatomo-patológicas.
Paniculite nodular idiopática - caracterizada por paniculite nodular. Alguns casos são
acompanhados por febre, mal estar, dor abdominal e artrite. Muitos casos de paniculite
nodular agora podem ser atribuídos a causas específicas.
Histopatologia – alterações não específica, mas primriamente lobular.
Nos estágios iniciais, os lóbulos de gordura são infiltrados com células inflamatórias
agudas, produzindo reações pseudopiogênicas. Mais tarde, linfócitos e macrófagos
ingerem a gordura das células adiposas danificadas. A cicatrização é com fibrose, e os
fibroblastos invadem os lóbulos dos septos fibrosos e acabam por produzir fibrose lobular
completa.
Quadro clínico:
Aproximadamente 50% dos casos de paniculite nodular são idiopáticos. Pode atingir
todas as idades, mas é muito raro em crianças.
A maioria dos casos ocorre em mulheres jovens que desenvolvem nódulos subcutâneos
tensos vermelho escuros, usualmente de 1-2 cm de diâmetro. Ocorrem mais nos
membros inferiores, porém face e tronco podem ser afetados.
Sintomas sistêmicos incluem febre, mal estar, artralgia e perda de peso quando existem
muitas lesões.
Muitos dos nódulos eventualmente resolvem, deixando uma área pimentada ou
depressão atrófica. Em alguns casos existem necrose com drenagem de fluido seroso
acastanhado. Raramente há envolvimento de gordura visceral, incluindo coração, pulmão,
fígados e rins podendo levar a morte.
Os sintomas laboratoriais são inespecíficos, pode haver anemia, leucocitose ou
leucopenia, trombocitopenia e elevação do VHS.
1. Paniculite septal:
Eritema nodoso
Eritema nodoso migratório
Paniculite Eosinofílica
2. Paniculite lobular
Paniculite nodular não supurativa febril
Paniculite nodular idiopática
Paniculites lipoatróficas ( Síndrome Rothman-Makai)
Paniculites associadas com deposição de cristais – esclerema neonatorum;
factícea e pós-corticóide; necrose gordurosa do recém nascido
Paniculite pancreática
Paniculite por deficiencai de alfa 1 antitripsina
Paniculite linfomatosa
Paniculite histiocítica citofágica
Rook
A Paniculite lúpica é uma condição rara em que alterações inflamatórias afetam derme
profunda e gordura subcutânea.
A pele adjacente pode estar associada com lúpus discóide em 20% dos casos.
O anticorpo antinuclear é positivo em 70% dos casos, mas somente 25-50% dos casos
preenchem critérios para lúpus sistêmico.
A maioria dos pacientes com paniculite lúpica tende a ter um curso relativamente
moderado mais crônico da doença.
Quadro clinico: As lesões iniciam com nódulos ou placas subcutâneas, e a pele superficial
pode estar normal, eritematosa ou mostrar características de lúpus discóide.
As lesões podem ser dolorosas e ulcerarem, deixando cicatriz atrófica.
Locais comuns dos nódulos incluem braços, tórax, mamas e face.
Quando o tecido mamário é envolvido (mastite lúpica), pode ser difícil distinguir de
carcinoma mamário. Mastite lúpica pode ocorrer em 10% dos pacientes com paniculite
lupica.
Muitos casos de paniculite lupica podem apresentar leves sintomas extracutâneos, mas a
coexistência de fotosensibilidade, artrite, pericardite, envolvimento renal e
neuropsiquiátrico podem ocorrer.
A PL pode mimetizar lesões de morféia ou outras formas de paniculite
PL é rara em crianças, mas uma variante linear tem sido descrita.
Há tipicamente uma paniculite mista septal-lobular, com uma predominância de linfócitos
em uma distribuição difusa e perivascular. Podem estar presentes agregados nodulares
de linfócitos, circundados por plasmócitos ou folículos linfóides, e a deposição de mucina
ou hialinização pode ocorrer. Alterações epidérmicas suprajacentes associadas a LED
são observadas em metade dos casos.
Os tratamentos para a incluem corticosteróides intralesionais, terapia antimalárica
sistêmica ou dapsona.
Baixas doses de talidomida podem ser efetivas nos casos de LED resistente a drogas
antimaláricas ou lúpus profundo
Sampaio
Cloroquina – Efeitos colaterais
Gastrointestinais: náuseas, vômitos e diarréia.
Oculares: depósitos corneanos, diminuição da capacidade de acomodação ocular,
retinopatia com pigmentação da mácula, que pode ser irreversível.
SNC: cefaléia, confusão mental, convulsões, miastenia, desencadeamento de psicose.
Cutâneos: hiperpigmentação, particularmente nas regiões tibiais, unhas, palato e face,
clareamento dos cabelos e pêlos, exantemas, erupções eczematosas, liquenóides,
eritrodermia, exacerbação da psoríase.
Psoralênicos
Efeitos colaterias podem ser agudos e crônicos, sendo os últimos mais importantes.
Os efeitos colaterais agudos compreendem eritemas, fotossensibilidade, prurido, cefaléia
e náuseas.
Os efeitos colaterais tardios são de várias ordens, sendo o mais grave a possível indução
de tumores cutâneos.
Outras desordens tardias são: alterações oftálmicas representadas principalemente por
catarata; máculas hipercômicas, LE, penfigóide bolhoso, alterações poiquilodérmicas,
onicólise, erupção acneiforme, poroqueratose actínica disseminada superficial, prurido.
Penicilina -
Reações de hiperssensibilidade imediata, desde discretas até choque anafilático, mais
freqüentes com a via parenteral do que com a via oral de administração.
Podem ocorrer exantemas morbiliformes, eritrodermia, Síndrome de Steven-Johson,
doença do soro.
11. As principais causas de morte nos pacientes com necrólise epidérmica tóxicas
são:
a) embolismo pulmonar e arritmia cardíaca
b) sangramento gastrointestinal e desidratação
c)alterações respiratórias e falência de múltiplos órgãos
d)hipertermia e desnutrição
Rook
A mortalidade nos casos de Steven-Jonhson é de 5%, na transição entre STJ e NET 10-
15% e em NET de 30-40%.
A Síndrome da angustia respirtória no adulto e a falência de múltiplos órgãos são as
causas mais comuns de morte. Elas são freqüentemente precipitadas por septicemia, na
maioria das vezes resultadas de infecções por S aureus e Pseudomonas aeruginosas.
Outras causas de morte são tromboembolismo pulmonar ou hemorragia intestinal.
A retirada precoce da possível droga causadora melhora o prognóstico, e drogas com
longa meia-vida aumentam o risco de óbito.
Há um score relacionado com prognóstico de gravidade para NET, avaliado no primeiro
dia de internamente. São os parâmetros:
Idade >40 anos
Presença de malignidade associada
Acometimento epidérmico maior que 30%
Freqüência cardíca >120 bpm
Bic <20
Uréia >10 mmol/l
Glicemia > 14 mmol/l
Soma-se 1 ponto para cada item. Quanto maior o score maior o risco de óbito.
Por exemplo um score >= a 5 a probabilidade de óbito é de 90%
12. Um paciente comprovadamente sensibilizado ao timerosal (tioercurial salicilato)
precisa receber vacina intramuscular para febre amarela, que contém esse
alérgeno. Chamado a opinar como dermatologista do paciente, sua decisão é:
a)autorizar a vacinação, uma vez que os riscos de manifestação sistêmica da
alergia são mínimos
b)autorizar a vacinação apenas após a desensibilização do paciente ao
timerosal
c)contra-indicar a vacinação, já que os riscos de reação sistêmica superam o
benefício da imunização
d)contra-indicar a vacinação e prescrever quimioprofilaxia
Rook
Sensibilidade por mercúrios orgânicos inclui sais de fenilmercurio e timerosal
(tiomersal,mertiolate).
Timerosal é composto de um mercúrio orgânico e tiosalicilato. Alergia pode ocorrer por
um outro componente.
Mercúrios orgânicos são usados como preservantes em vacinas e extratos antigênicos,
colírios, soluções de lentes de contato, sombras de olhos e produtos removedores de
maquiage. Seu uso em qualquer outros cosméticos foi abolido na Europa.
Sais de fenilmercúrio têm sido usados em contraceptivos, tratamentos antifúngicos e
cosméticos.
Prevalência – reação positiva ocorre em 4-5% dos indivíduos testados com timerosal; taxa
maior tem sido vista nos Estados Unidos (10,9%) e Japão (9,5%)
Alergia a colírios e conservantes de lentes de contato irá induzir uma dermatite afetando
as pálpebras, com extensão periorbital. Dermatite palmar e ponta dos dedos, conjuntivite
isolada, e eventual neovascularização de córnea tem sido descritas com soluções de
lentes de contato.
Muitas pessoas com teste positivo para timerosal não demonstram relevância.
A sensibilização pode ocorrer ainda devido a vacinação e imunoterapeuticos preservados
com timerosal.
Reações locais nos locais de injeção são raras, mas têm sido observadas, com um caso
evoluindo com dermatite generalizada.
Alergia a tiosalicilico tem sido associado com fotoalergia a piroxicam
Sais de fenilmercúrio são testados a 0,01% a 0,05% em petrolato ou água. Timerosal a
0,1% em petrolato.
13. Um teste de contato (patch test) positivo para o alérgeno X permite concluir,
afastadas todas as causas de falsa positividade, que o paciente está sensibilizado
a essa substância. No entanto, não é possível concluir automaticamente que a
dermatite de contato presente no paciente foi desencadeada pela substância X.
Tal fato decorre da:
a) alta sensibilidade do teste
b) baixa especificidade do teste
c)relevância variável do teste
d)inconstância do valor preditivo negativo do teste
Rook
Na realização do patch, o alergeno é absorvido em quantidade suficiente para induzir uma
reprodução da inflamação na pele no local da aplicação da substância.
Uma reação positiva com preparo correto e aplicação do patch test confirma que a pessoa
tem sensibilidade de contato alérgica, entretanto isto não significa necessariamente que a
substancia é a causa da dermatite clinicamente presente,e esta relevância deve ser
sempre ser considerada cuidadosamente.
Fitz
Acantose nigricante
– É um marcador cutâneo, mais comumente para resistência a insulina e menos
freqüentemente de malignidade.
– É reconhecido clinicamente por hiperpigmentação, hiperceratose e placas
verrucosas que dão uma textura aveludada à pele acometida.
– Tipicamente tem distribuição simétrica, geralmente acomete axilas, pescoço,
genitália externa, região inguinal, face, região interna da coxa, fossa antecubital e
poplítea, umbigo e área perineal.
– Ocasionalmente ocorre na mucosa oral, esofagiana, faríngea, laríngea, conjuntival
e anogenital.
– Afeta ambos os sexos igualmente. É mais freqüente em negros, pacientes obesos,
de meia-idade ou mais velhos.
– Patogênese:
– Existe forte evidência para implicar o papel etiológico da insulina na acantose
nigricante.
– A insulina, em altas concentrações, liga-se com maior afinidade a receptores do
fator de crescimento tipo-insulina (IGF) e promove efeitos na proliferação celular. A
insulina pode alcançar a pele, onde pode afetar os fibroblastos e ceratinócitos
(ambos expressam receptores para insulina e IGF).
– Resistência tissular a insulina leva à hiperinsulinemia, o que favorece aumento da
ligação da insulina a receptores IGF, o que pode estimular a proliferaação de
ceratinócitos e fibroblastos dérmicos de forma que produza acantose nigricans.
– Quando associada à malignidade, é provável que exista um fator humoral
produzido pelo tumor, visto que a desordem cutânea pode melhorar ou até se
resolver após o tratamento para doença de base.
– Pode estar associada a acrocórdons, hiperceratose palmoplantar, acantose palmar
ou paquidermatoglifia (exacerbação das impressões digitais).
– Pode ser generalizada, particularmente nos casos associados à malignidade.
– Associações:
– Estados de resistência à insulina : obesidade (associação mais comum),
leprechaunismo, síndrome de Lawrence-Seip (lipodistrofia congênita), pseudo-
acromegalia, síndrome de Rabson-Mendenhall e síndrome tipoA.
– Malignidade: a acantose nigricans tende a ser mais extensa e acometer mucosas.
Adenocarcinoma gástrico é o principal. Outros: carcinóide, feocromocitoma, câncer
de tireóide/cervical/bexiga, melanoma, sarcoma, cacinomas de pulmão,
linfomas,entre outros.
– Drogas: testosterona, ácido nicotínico, dietilestilbestrol, ACO, glicocorticóides,
ácido fusídico tópico, injeção subcutânea de insulina.
– Idiopática: pode ser familiar, herança autossômica dominante com penetração
variável.
– Trat eliminar /tratar causa básica. Retinóides tópicos e sistêmicos: sucesso
variável.
Síndromes de resistência à insulina
Tipo A
– Mulheres jovens negras com acantose nigricante grave e generalizada, virilização
e hiperandrogenismo.
– Caracterizada por receptores insulínicos defeituosos.
Tipo B
– Mulheres mais velhas (geralmente negras) com acantose nigricante menos
extensa e doenças auto-imunes (LES).
– Presença de Ac contra receptores insulínicos.
Leprechaunismo
– Face com aparência de duende, pele espessada, ausência de gordura
subcutânea, hirsutismo.
Síndrome de Rabson-Mendenhall
– Displasia dentária, distrofia ungueal, puberdade precoce, acantose nigricante.
Doença de Kawasaki
– Vasculite multissistêmica, etiologia desconhecida (especula-se a hipótese de
superantígeno), mais prevalente no Japão, acomete lactentes e crianças com
menos de 5 anos de idade.
– 1:1,5
– Critérios diagnósticos:
– Febre com duração de 5 ou mais dias sem causa aparente e 4 dos 5 critérios
abaixo:
1) conjuntivite bilateral não exsudativa
2) no mínimo 1 das alterações de mucosa: edema ou fissuras labiais, edema difuso de
mucosa oral ou faríngea, língua “em framboesa”
3) no mínimo 1 das alterações das extremidades: eritema palmo-plantar, edema de
mãos e pés durante a fase aguda, descamação periungueal durante a fase de
convalescença
4) exantema polimorfo (no 1° dia de febre poupa tronco e extremidades proximais,
mas pode ser generalizado)
5) linfadenopatia cervical não supurativa aguda (>1,5 cm diâmetro)
– Casos atípicos de pacientes com febre e menos de 4 dos principais sintomas pode
ser considerado como diagnóstico de DK quando há doença coronariana
detectada por ecocardiograma ou angiografia. Ocorre em meninos com menos de
6 meses de idade (considerar em lactentes com febre > 2 semanas).
– Manifestações clínicas:
– Erupção perineal caraterística é um dos primeiros sinais na DK. Dentro de 48
horas as áreas eritematosas começam a descamar.
– Conjuntivite não exudativa é observada em 90% dos pacientes logo após o início
da febre e está associada à uveíte anterior.
– Lábios secos, cor vermelho-cereja, sujeitos a rachaduras ocorrem em quase todos
os pacientes.A língua “em framboesa” ocorre em 50% dos pacientes.
– Edema e eritema das mãos e pés ocorre nos primeiros dias da doença. Com a
evolução ocorre descamação do tipo foliácea que se inicia pela ponta dos dedos.
– Pode ocorrer eflúvio telógeno, linhas de Beau nas unhas.
– Artralgia/artrite ocorre em 1/3 dos pacientes. Pequenas articulações são afetadas
na fase aguda, grandes articulações na 2° e 3° semana da doença.
– Outros: uretrite,meningite asséptica, sintomas GI, otite, surdez neurossensorial,
paralisia de nervos cranianos, infartos de órgãos por trombose.
– Manifestações cardíacas: característico da DK. A miocardite é observada na 1°
semana após início da febre. Outros: derrame pericárdico, tamponamento
pericárdico (raro), ICC, aneurisma arterial, pericardite, insuficiência mitral ou
aórtica, arritmias ventriculares.
– Ectasia das artérias coronárias ou aneurisma ocorrem em 25% dos pacientes com
DK que não foram tratados com imunoglobulina EV.
– Alterações no ECG (arritmias, hipertrofia VE, aumento do intervalo PR), no
ecocardiograma e arteriografia coronariana (indicada para pacientes com
alteração persistente no eco com sinais de isquemia miocárdica).
– O paciente pode ter exacerbações clínicas, com recorrência da febre e outros
sinais clínicos (associado ao maior risco de doença coronariana).
– Trat fase aguda: AAS (80 a 100 mg/kg peso/dia) e imunoglobulina EV em doses
altas. Após a 2° semana, reduzir a dose do AAS para 3-5 mg/kg peso/dia. Se não
forem detectadas alterações coronarianas em 6-8 semanas, descontinuar o uso do
AAS.
– Digitálicos e diuréticos para pacientes com ICC.
– A terapia com anticoagulante e cirurgia cardíaca podem ser necessárias.
– É controverso o uso de esteróides.
– A maioria dos aneurismas regridem dentro de 6 meses a 2 anos após o início da
doença.
– Maior mortalidade está associada ao desenvolvimento de aneurismas gigantes.
Púrpura de Henoch-Schönlein
– Vasculite por deposição de imunocomplexos por IgA que afeta pequenos vasos.
– Envolve a pele, TGI e glomérulo, com ou sem artralgia/artrite.
– É mais comum em crianças, 75% dos casos ocorrem em pacientes abaixo de 10 anos
de idade.
– Ocorre aumento:
dos níveis de IgA no soro,
de imunocomplexos circulantes contendo IgA,
de depósito de IgA nas paredes dos vasos sanguíneos e no mesângio renal.
– Clinicamente a doença se manifesta com púrpura palpável, artralgia e dor abdominal.
– Urticária, vesículas, bolhas e úlceras necróticas podem aparecer.
– Envolve simetricamente a face extensora dos membros (cotovelos, joelhos) e
nádegas. Pode afetar o tronco e a face.
– As lesões podem recorrer por semanas ou alguns meses.
– O envolvimento cutâneo dura entre 6-16 semanas, mas a PHS pode ser crônica em 5-
10% dos pacientes.
– Raramente o envolvimento GI e artrite podem ocorrer na ausência de doença cutânea.
– Acometimento renal ocorre em 30-90% dos casos. Geralmente desenvolvem
proteinúria e hematúria mínimas.
– Apenas 1% destes pacientes evoluem para o estágio final da doença renal.
– Sangramento do TGI ocorre em 50-75% dos pacientes.
– Artrite (joelhos, tornozelo) é encontrada em 75% dos pacientes.
– O diagnóstico é clínico, confirmado com a imunofluorescência e histopatologia.
– Histo (lesão purpúrica): vasculite leucocitoclástica.
– IFD (lesão e perilesional): deposição de IgA, C3 e fibrina nas paredes dos vasos
sanguíneos na derme.
– Trat: suportivo (a doença é freqüentemente auto-limitada).
– Corticóides são efetivos no tratamento da dor abdominal e artrite.
– Dapsona reduz a duração da PHS e apresenta efeito benéfico nas lesões cutâneas.
– Ranitidina e reposição de fator XIII podem ser úteis no tratamento de dor abdominal e
sangramento do TGI.
– A presença de doença renal é o maior fator determinante de morbi-mortalidade.
– Corticóides em altas doses isolados ou associados a ciclofosfamida, azatioprina e
dipiridamol podem ser benéficos em pacientes com doença renal progressiva.
– Imunoglobulina EV pode melhorar a doença GI, cutânea e nefrite rapidamente
progressiva.
– AINH praticamente não tem indicação na PHS e devem ser evitados em pacientes
com doença renal.
OBS: Não achei correlação entre lesões purpúricas no tronco e acometimento renal na
púrpura de Henoch-Schönlein.
21. Assinale a alternativa que expressa a condição que se associa ao
eritema elevado diuturno (erythema elevatum diutinum).
a) Gamopatia monoclonal IgA.
b) Hipocomplementemia.
c) Leucemia de células pilosas.
d) Vasculite livedóide.
Fitz
Sd. Oro-óculo-genital
– Conhecida como uma síndrome semelhante à pelagra, porém sem a dermatose
característica (pellagra sine pellagra) causada por deficiência de riboflavina ( co-
enzima na cadeia de oxi-redução, da qual depende a respiração tecidual).
– Caracteriza-se por estomatite angular (perlèche), fissuras labiais verticais
(queilose), quadro semelhante à dermatite seborréica na face, glossite (língua
macia e cor magenta).
– Raramente pode ocorrer vascularização córnea e ceratite intersticial.
– Dermatose na área genital (lesões de escroto e vulva) é relatada como a mais
precoce e uma das mais comuns. Pode apresentar eritema em placas,
descamação e liquenificação.
– Trat: responde rapidamente à suplementação diária de 5 a 10 mg de riboflavina.
– A anemia sideropênica com lesões epiteliais (síndrome Plummer-Vinson), a qual
mantém relação com carcinoma pós cricóide, pode ser acompanhada de
deficiência de riboflavina, ferro e outras vitaminas do complexo B.
Acrodermatite Enteropática
– Doença rara, hereditária, autossômica recessiva, distribuição mundial, sem
predileção por raça ou sexo.
– O zinco no leite materno está muito mais biodisponível para as crianças do que no
leite de vaca, apesar de a concentração de zinco ser a mesma em ambos.
– Outros fatores como estado nutricional do paciente também influencia na
absorção do zinco. O cobre, chumbo, ferro, cádmio e drogas quelantes também
podem alterar sua absorção.
– Tríade: dermatite acral (face, mãos, pés, área anogenital), diarréia e alopecia.
Amiloidose
– São depósitos extracelulares, na pele ou em outros órgãos, de uma proteína
anormal, resultante da união de polissacarídeo com globulina.
– A proteína amilóide apresenta característica de birrefringência verde-maçã à luz
polarizada, quando corada com vermelho Congo.
– A microscopia eletrônica revela que a sustância amilóide é composta de fibrilas
longas, não ramificadas que se dispões isoladamente ou em feixes.
– A amiloidose está envolvida na patogenia do envelhecimento, mal de Alzheimer e
AVCs.
– Pode ocorrer em vários órgãos (sistêmica) ou estar restrita a um único sítio
(localizada).
Amiloidose sistêmica
1. primária e associada ao mieloma múltiplo
– É conseqüente a discrasia de plasmócitos e as fibrilas são compostas por cadeias
leves de imunoglobulinas (proteína AL). Apresenta envolvimento clinicamente
evidente da pele. Também envolve língua, coração, trato GI, musculatura lisa e
esquelética, ligamentos do carpo e nervos.
– Várias formas com caráter familiar têm sido descritas: febre mediterrânea familiar
(autossômica recessiva, evolui para síndrome nefrótica progressiva); forma
associada à nefropatia, surdez, urticária e angioedema; formas caracterizadas por
neuropatias periféricas associadas a doença cardíaca e alterações digestivas.
– Causas de morte: insuficiência cardíaca e renal.
2. secundária
– As fibrilas são compostas por proteína não-imunoglobulina (proteína AA).
– Associada a infecções agudas recorrentes e crônicas, artrite reumatóide, artrite
juvenil crônica, espondilite anquilosante, síndromes de Reiter, Behçet, Sjögren,
LES, DII, leucemia, doença Hodgkin, tumores sólidos não linfóides, doença de
Castleman.
– Pode se originar como complicações de úlcera venosa, psoríase generalizada,
artrite psoriásica, MHV, tuberculose, hidradenite supurativa, queimaduras
cronicamente infectadas, infecções cutâneas em drogaditos, paniculite nodular
não supurativa, CBC gigante, ulcerado ou metastático, acne conglobata,
epidermólise bolhosa tipo distrófica ou adquirida, displasia ectodermica anidrótica
ligada ao X.
– Afetam fígado, rim, baço e adrenais.
– A amiloidose renal produzindo síndrome nefrótica é freqüentemente encontrada
em pacientes com MHV.
– O elemento clínico fundamental na amiloidose sistêmica é a hemorragia
(petéquias, equimoses, hematomas) decorrente do depósito de substância
amilóide nas paredes vasculares.
– Acomete qualquer parte do tegumento, especialmente pálpebras, face e pescoço.
– Sinal diagnóstico da doença: paasagem de material rombo sobre a pele determina
aparecimento de hemorragia linear.
– Histo: depósitos amilóides na adventícia de pequenos vasos e no colágeno
perivascular ao nível da derme papilar.
– Trat: doença de base.
Amiloidose cutânea
1. primária: nodular, macular, liquen amilóide.
2. secundária: relacionada com várias lesões cutâneas: nevos intradérmicos,
tumores de glândulas sudoríparas, pilomatrixoma, dermatofibroma, ceratose
seborréica, ceratose actínica, elastose solar, poroceratose, granuloma anular,
CBC, doença de Bowen, micose fungóide.
– Também pode ocorrer após terapia com PUVA.
– Histo: depósitos amilóides na derme papilar. Na amiloidose nodular, os depósitos
podem ser encontrados em toda espessura da pele até hipoderme.
– Trat amiloidose cutânea nodular: remoção cirúrgica, curetagem e cauterização,
laser de dióxido de carbono. Apresenta tendência à recorrência.
– Trat amiloidose cutânea macular e liquen amilóide: respondem pouco aos
corticóides tópicos e anti-histamínicos orais para aliviar o prurido. Dermabrasão
está indicada para liquen amilóide.
30) Das várias formas de líquen plano a de maior gravidade pela possibilidade de
evolução para CEC é a: (ANULADA)
a-) actínica.
b-)erosiva dos pés
c-)hipertrófica
d-) penfigóide.
ROOK 2004: - LP hipertrófico: podem surgir no decurso da doença, g// duram muitos
anos, ocorrem pp nos MMII, quando eventualmente clareiam, uma área de pigmentação e
cicatriz deve persistir. , g// c/ atrofia. Já foram descritas múltiplas lesões sobrepondo o
líquen plano verrucoso: queratoacantoma, transformação maligna sobre LP hipertrófico,
pp CEC e metas de Câ escamoso.
- LP actínico: lesões em áreas expostas ao sol: anulares ou discóides com centro
bastante pigmentado e área em torno despigmentada; já foi associado c/ LP oral erosivo e
hepatite crônica ativa.
- LP palmas e solas: lesões firmes, hiperqueratinizadas e amareladas, pode ter pápulo
vesículas; uma forma rara crônica c/ úlcera extensa na planta do pé dolorosa associada c/
perda gradual, permanente das unhas dos pés.
- LP penfigóide: o LP tende a ser agudo e generalizado, e é seguido pelo aparecimento
agudo de gdes bolhas em áreas de pele envolvida ou não, têm sido associado à Pênfigo
paraneoplásico.
PS: pelo HOOK os únicos associados à CEC são o LP hipertrófico e LP de lesões orais.
CEC em LP cutâneo ou anogenital é MUITO raro.
Pode originar-se em pele sâ, porém é mais freqüentemente em pele alterada por um
processo anterior. , como: ceratose actínica e tóxicas (pp arsenical), radiodermites,
úlceras crônicas, líquen erosivo de mucosa oral, lesões de sífilis tardia, doenças cutâneas
crônicas (lupus tuberculoso, eritematoso), cicatrizes antigas, sobretudo de queimaduras
(úlcera de Marjolin) e certas genodermatoses (xeroderma pigmentoso, albinismo), queilite
actínica, leucolplasia, vírus do papiloma humano, pp 6, 11 e 16 causadores de condiloma
acuminado: impt na gênese dos carcinomas genitais, líquen escleroso e atrófico de
genitais
ROOK 2004: circuncisão é um fator de proteção p/ o CEC peniano, países aonde esta
não é comum, a incidência é nuito maior, ou seja, fimose aumenta o risco.
Fatores de risco p/ CEC peniano: fimose, pcte não circuncizado, bx higiene,
irritação, inflamação ou úlcera crônica, fumo, líquen escleroso e atrófico, líquen
plano, HPV, HIV, hiperplasia escamosa, dça de Bowen, eritroplasia de Queyrat,
papulose Bowenóide, condiçoma gigante, fotoquimioterapia, imunossupressão
iatrogênica (lupus eritematoso sistêmico, transplantado renal).
Preditores da progressão para AIDS podem ser sumarizados à seguir (Rook, 26.6):
Idade de início da infecção: pacientes com idade entre 16-24 anos no momento da
aquisição têm o tempo médio para AIDS de 15 anos, enquanto que para aqueles
com idade acima dos 35 anos o tempo é de 6 anos.
Indicadores clínicos: pacientes com infecção primária sintomática progridem mais
rapidamente que aqueles com soroconversão assintomática. Outros marcadores
clínicos de progressão incluem o desenvolvimento de candidíase oral, leucoplasia
pilosa oral, herpes zoster, diarréia crônica, sintomas constitucionais e perda de
peso. {Quanto mais grave e numerosas as manifestações da infecção primária
pelo HIV, e quanto mais prolongada sua duração, mais provável e mais rápida é a
progressão para HIV-doença neste indivíduo. (Rook, 26.10)}
Contagem de células TCD4: a contagem de células TCD4 e seu declínio ao longo
do tempo são preditores muito importantes de progressão da doença. Na média, a
contagem das células TCD4 decresce de 40-80 x 10/ L anualmente; uma
aceleração no declínio das células TCD4 anuncia a progressão para a doença: se
<200x10/L é diagnóstico de AIDS e a sobrevida média dos pacientes não tratados
é 38-40 meses. A contagem média de células TCD4 para a maioria das condições
definidoras de AIDS está na faixa de 20-100 x 10/L.
Carga viral: a carga viral plasmática de RNA viral está bem correlacionada com a
extensão da replicação viral em um indivíduo infectado. A concentração de RNA
viral progressivamente aumentada pode sinalizar o desenvolvimento de
imunodeficiência avançada. Uma única mensuração da carga plasmática de RNA
viral no início da infecção é um poderoso preditor de risco para subseqüente
progressão para AIDS e morte. A mensuração combinada da contagem de células
TCD4 e da carga viral é um método extremamente acurado de avaliação
prognóstica dos pacientes infectados.
Outros fatores que podem ser preditores de progressão do HIV não foram bem
definidos. Além disso, co-infeccao com outros patógenos tais como
citomegalovírus (CMV), Epstein-Barr vírus, hepatite B ou malaria não mostraram
conclusivamente serem aceleradores da progressão da doença.
46. Uma paciente de 25 anos, taquicárdica, com pele quente e úmida, apresentava
hiperpigmentação apenas discreta das mucosas e mamilos, mas difusa da pele e
importante das pálpebras (sinal de Jellinek). O diagnóstico é:
(A) Síndrome de Cushing
(B) Doença de Addison
(C) Farmacodermia
(D) Hipertireoidismo
Histopatologia: a falha predominante reside nas fibras elásticas que estão fragmentadas,
encurtadas e, em algumas lesões, quase completamente ausentes. Presumivelmente, a
fragilidade da rede elástica provoca flacidez e herniação. As fibras colágenas aparentam
normais. Infiltrado mononuclear tem sido encontrado em todos os tipos de anetodermia
independente se as lesões estão clinicamente inflamadas. Estudos com IF mostraram C3
e Igs na zona da membrana basal, ao redor dos vasos e, em menor quantidade, em torno
das fibras elásticas.
Doenças relacionadas – muitos defeitos da elastina que foram descritos são similares à
anetodermia: alterações endócrinas podem produzir alterações no tecido conjuntivo da
derme resultando na perda localizada da elasticidade. Talvez as estrias da gravidez, da
puberdade, da doença de Cushing e do tratamento prolongado com glicocorticóides
estejam relacionadas com anetodermia. As estrias transversais do dorso também podem
estar relacionadas.
A oftalmologia contém diversos relatos sobre a flacidez palpebral após dermatite
palbebral crônica e recorrente, assim como de ocorrência espontânea. A flacidez
palpebral idiopática pode ocorrer isolada, associada ao aumento do lábio superior
(síndrome de Ascher) ou à cútis laxa. A flacidez palpebral também faz parte do processo
de envelhecimento.
A penicilamina é a única droga que produz anetodermia. É plausível que a droga produza
este efeito interferindo com a lisil oxidase, enzima dependente de cobre essencial à
produção normal das fibras elásticas. Não há evidências de outras alterações no
metabolismo do cobre nestes pacientes.
O dano difuso do tecido elástico, congênito ou adquirido, é chamado de cútis laxa, mas
pode existir a sobreposição da anetodermia e cútis laxa. “Elastose e cútis laxa pós-
inflamatória” foi descrita primariamente em crianças africanas que apresentavam lesões
semelhantes à picada de inseto e evoluíam com cicatrizes atróficas que lembravam
anetodermia. Ao mesmo tempo, estas desenvolviam atrofia mais difusa sem um evento
precedente definido.
Embora alterações da elastina fazem parte do dano actínico e do envelhecimento,
ocasionalmente essas alterações ocorrem de uma forma localizada em pacientes jovens.
Algumas mulheres jovens apresentam perda focal da elastina da derme média evoluindo
com rugas e protrusão de pequenas pápulas não-foliculares, processo conhecido como
“elastólise da derme média”. Lesões com aspecto clínico e histopatológico semelhantes
foram descritas em pacientes com carcinoma pancreático. Presumivelmente as elastoses
do tumor causaram dano à derme.
Por vezes, as alterações da elastina estão localizadas em torno dos folículos pilosos,
produzindo elastólise perifolicular. Processo similar é capaz de produzir cicatrizes
decorrentes da acne papulosa nas quais também falta elastina.
A epidermólise bolhosa adquirida (EBA) é uma doença crônica, com lesões bolhosas
subepidérmicas, associada à auto-imunidade ao colágeno VII dentro de estruturas de
ancoragem de fibrilas localizadas na junção dermoepidérmica.
Portadores de EBA têm depósitos de IgG e complemento na junção dermo-epidérmica,
semelhantes aos pacientes com penfigóide bolhoso (PB). Na EBA os depósitos de IgG
estão localizados dentro e abaixo da área de lâmina densa da zona da membrana basal,
enquanto os depósitos imunes do PB ficam dentro de hemidesmossomos a na porção
superior da lâmina lúcida.
A EBA nem sempre exibe a apresentação clinica clássica semelhante à EB (congênita) e
pode se manifestar com uma síndrome que lembra muito o PB, o penfigóide de Brunsting-
Perry, ou o penfigóide cicatricial.
A EBA é uma doença de difícil tratamento. Os pacientes são refratários a altas doses de
corticóides sistêmicos, azatioprina, MTX e ciclofosfamida, especialmente quando
portadores de forma clássica, mecanobolhosa da doença. Esses agentes ajudam um
pouco no controle da EBA quando ela aparece na forma semelhante ao PB inflamatório.
Alguns pacientes melhoram com dapsona, especialmente na presença de neutrófilos em
seus infiltrados dérmicos. (F, 702-707)
ROOK
O MTX é um antimetabólico e é um inibidor competitivo da dihidroredutase, e
outras enzimas envolvidas na síntese dos ácidos nucléicos.
É indicado no tto das seguintes dças dermatológicas:
Psoriase e artrite psoriática
Sarcoidose cutânea: menos efetivo na sarcoidose pulmonar
Dermatomiosite: introdução precoce de MTX em pcte com dermatomiosite juvenil
reduz significativamente o uso de corticoide.
LE cutâneo: há menos evidência no tto de LED crônico
Esclerose sistêmica e morfea:
Dermatite atópica: há outros ttos melhores. Poucos estudos mostrando efetividade
Outras dermatoses: PAN, Dça de Beceht, vasculite de peq vasos, Sd
antifosfolípede, pioderma gangrenoso, pitiriase liquenoide, penfigoide bolhoso,
pênfigos, reticulohistiocitose, scleromixedema, Histiocitose de cel de Langerhans
ROOK
É um análogo da pirimidina e um antimetabólico que inibe o metabolismo da
pirimidina e a síntese de DNA
Há eficácia no tto de Dça de Bowen e Eritroplasia de Queyrat
Combinação com corticoide fluorado tem mostrado redução da inflamaçõ sem
reduzir a efiácia
Deve haver pelo menos uma pequena inflamação no tto da ceratoses senão o
clareamento é ibncompleto.
OS* MUITO igual o Rook!! Segue a seqüência na explicação do 5-fluorouracil!!!
56. Um Dos Efeitos Colaterais Que A Toxina Botulinica Pode Causar Qdo Usada
Para O Tto Da Hipridrose Palmar É:
A) Garra Ulnar Temporária Por Paralisia Ascendente
B)Dificuldade Em Realizar O Movimento De Oposição Do Polegar
C)Dificuldade Em Realizar A Dorsiflexão Dos Quirodáctilos
D) Redução Temporária Leve De Musculaturatenar E Hipotenar.
ROOK
O tto da hiperidrose com Botox é feito com injeções intradérmicas a cada 1 cm2. é FEITO
COM BLOQUEIO NA PALMA E PLANTA E ANESTESIA LOCAL EM AXILA. Faz-se 12
injeções em axila (dura 8 meses) , 20 nas mãos e nos pés 24 a 36 (dura 6 m). PODE-SE
OBSERVAR UMA REDUÇÃO TRANSITÓRIA DA MUSCULATURA TÊNAR E
HIPOTENAR APÓS INJEÇÕES PALMARES.
58. Em Relaçoa Ao Conceito De Pele Como Parte Do Tecido Linfoide (Salt- Skin
Associated Lymphoid Tissue) É Correto Afrimar:
A) As Céls De Langerhans, Queratinócitos, E Linfócitos T Epidermotrópicos São
Partes Fundamentais Desse Sistema
B) A Produção De Interleucinas (Il-1, Il-2, Il-3, Il-4, Il-6 E Il-8) Pelos Queratinócitos
Ocorre Na Epiderme Normal
C) A Interleucina 1 É Produzida Pelos Queratinócitos Como Conseqüência De Dano
Tecidual Ou Celular
D) A Cél De Langerhans É Responsável Pela Produção De Interleucinas Na Epiderme
Normal E Sob Estímulos Diversos, Como UVA
SAMPAIO
Hipertricose lanuginosa adquirida: associada com neo de mama, útero, colo, bexioga e
pulmão,pâncreas, tu carcinoides, de vês biliar, e linfomas
Sd de Sweet: há associoação com dças linfoproliferativas, principalmente LMA e putros tu
malignos
Eritema palmar: ñ achei
Hiperprigmentação difusa ocorre em Tu adrenal
SAMPAIO
Na hiperidrose as gl sudoríparas são normais.
A bromidrose é caracterizada pelo odor desagradável, as vezes intenso, esultante da
decomposição do suor por bactérias encontradas nas axilas e pés.. A cromidrose tbém
ocorre pela ação de bactérias como Corynebacterium
Faz-se uso de anticolinérgicos VO e o efeito é temporário
Algumas formas de genodermatoses, como paroníquia congênita, epidermolise bolhosa
recessiva e eritrodermia ictiosiforme congênita apresentam hiperidrose palmo plantar
SAMPAIO:
Aparentemente há obstrução das gl apócrinas por tampões de queratina,
seguindo-se de dilatação dos ductos apócrinos, ruptura e colonização de bactérias, a
partir do folículo, com alterações inflamatórias intensas e acometimentoprogressivo de gl
adjacentes. Mais recentemente alguns estudos põem em dúvidaesta patogenia com
participação especial das gl apócrinas pois em certas localizações (inframamária, inguinal
e nádegas) freqüentemente ñ há gl apócrinas. Nesta hipótese o acometimento das gl
seria secundário à ruptura dos cistos foliculares e às foliculites
Áreas acometidas: axilas, inguinal, nádegas e inframamária.
Ps*: a)No Sampaio ñ fala que a gl estão hipersecretantes. Estão aumentadas pq estão
obstruídas.
b) Como citei acima há dúvidas na patogenia, se são as gl apócrinas obstruidas ou a
foliculite o evento primário.
c) a infeção ñ é o desencadeante, mas ocorre.
d) No Sampaio cita outtras localizações
---P/ mim ñ tem resposta correta
63) Para Realização De Criocirurgia Em Lesões Tumorais Malignas É De
Fundamental Importância O Monitoramento Do Congelamento. Pode-Se Dizer Que
O Ciclo De Congelamento Foi Efetivo Quando:
A) O Tempo De Descongelamento Do Halo Perilesional For > 60 Seg
B) A Temperatura Da Margem Profunda Do Tumor, Medida Através De Agulhas
Termogênicas For Inferior A -10 Graus
C) O Tempo De Descongelamento For Igual Ou Superior Ao Tempo De
Congelamento
D) O Tempo De Congelamento For > 2 Min
SAMPAIO
A temperatura de ebulição do nitrogênio líquido é de -196 graus (-195,8)
a) O método de descongelamento do halo é bem indicado para lesões malignas. Deve-se
fazer o crio até se formar um halo de +/- 0,5 cm perilesional e o tempo de
descongelamento de =vê ser de pelo menos 60´´. Normalmente faz-se 2 ciclos, mas se o
descongelamento durar menos que 60´´, faz-se 3 ciclos
b) A tem ao redor deve ser de – 25 a -60 graus
As cartilagens e os ossos são muito mais resistentes do que as estruturas sobrepostas
como derne e epiderme (lesões em nariz, pavilhão auricular e região esternal têm
indicações seletivas para criocirurgia).
ROOK
a) As alterações ungueais estão presentes em 25 a 50% dos casos
b) Piting são as alterações mais freq, seguida de: descoloração, hiperceratose
subungueal, onicólise e hemorragias em estilhaço. Ñ cita depressões transversais
c) Áreas circulares de descoloração do leito ungueal e hiponiquio podem lembrar
manchas de óleo ao longo da unha. No AP: psoriase. Não fala nada de oniciolise
localizada ou manchas salmão.
d) Pits, ridges e grooves são resultado de pso da matrix. Onicólise, hiperceratose
subungueal e hemorragia ocorrem por pso no hiponiquio ou no leito ungueal
68. Paciente de pele tipo III, 12 anos de idade, é encaminhado com múltiplas
lesões de queratose actínica e lesões suspeitas de carcinoma
espinocelular na face, pavilhão auricular e catarata. Sua hipótese
diagnóstica e conduta mais adequada seriam, respectivamente:
A- progéria por transformação maligna: exérese das lesões e isotretinoína
B- epidermodisplasia verruciforme: exérese das lesões e isotretinoína.
C- xeroderma pigmentoso; exérese das lesões e restrição radical a exposição
solar.
D- Sd de Bloom; exérese das lesões e restrição radical a exposição solar.
O xeroderma pigmentoso é uma doença autossômica recessiva que apresenta
sensibilidade a luz solar, fotofobia, aparecimento precoce de máculas
hiperpigmentadas semelhantes à efélides e tendência a aparecimento de neoplasias
cutâneas. Alguns pacientes apresentam degeneração neurológica progressiva (30%).
Em média a idade de aparecimento dos sintomas cutâneos é de 1 a 2 anos,
notavelmente limitadas às áreas de exposição solar. A exposição continuada ao sol faz
com que a pele torne-se seca e apergaminhada com pigmentação aumentada.
Ceratoses actínicas desenvolvem-se em idade precoce. A aparência da pele de uma
criança com XP é semelhante à de indivíduos com fotoexposição de longa data com
uma aceleração do fotoenvelhecimento.
Em média a idade de incidência de câncer de pele não melanona em pacientes com
XP é de 8 anos em comparação com 60 anos na população em geral. Outros tipos de
neoplasias que não cutâneas tem sido observada em poucos pacientes, sugerindo
uma incidência de 10-20 x maior. As anormalidades oculares são freqüentemente
observadas: fotofobia associada a proeminente injeção conjuntival, ceratite grave
podendo levar a opacificação da córnea, pálpebras com pigmentação aumentada e
perda dos cílios, ectrópio (atrofia da pele palpebral), entrópio e até perda total da
pálpebra.
O paciente com XP deve ser orientado à fotoproteção intensa, uso de óculos de sol e
auto-exame freqüente para detecção precoce de neoplasias.
69. O cancro tuberculoso resulta da:
A- introdução do M. tuberculosis por meio de injeção intravenosa.
B- Migração do M. tuberculosis de complexpo pulmonar para pele
C- Inoculação do M. tuberculosis diretamente na pele.
D- Propagação do M. tuberculosis por contigüidade.
A inoculação primária da tuberculose é o resultado da inoculação da micobactéria na
pele de um hospedeiro que não foi infectado anteriormente com tuberculose. O cancro
e os nódulos linfáticos regionais afetados constituem o complexo primário da Tb
cutânea. Localizadas principalmente em: face, mãos, extremidades inferiores e 1/3
encontrada em mucosas da conjuntiva e cavidade oral. Como o bacilo não pode
penetrar ativamente na pele intacta ele é introduzido em sítios de abrasão ou
ferimentos, raramente a inoculação pode ser via venérea de pacientes com Tb
genitourinária. Em mucosas a inoculação se deve a leite não pasteurizado contendo
bacilos bovinos. As lesões cutâneas aparecem 2 a 4 semanas após a inoculação,
ocorrendo disseminação para os nódulos linfáticos regionais levando a um quadro de
linfadenite tuberculosa.