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ARTRITE SÉPTICA E

SINOVITE TRANSITÓRIA
Revisão TEOTHC 2019

CERQUEIRA
ARTRITE SÉPTICA
INTRODUÇÃO
• Invasão bacteriana do espaço articular

• Virulência e resposta imune determinam


agressividade
• Potencial de sérias complicações,
especialmente se atraso no diagnóstico e
tratamento
VIAS DE CONTAMINAÇÃO
• Hematogênica: secundária à Bacteremia (IVAS,
amigdalite, otite…)
• Mais comum!

• Contiguidade: osteomielite, erisipela, celulite


• Disseminação da osteomielite
• <2 anos (cruzamento de vasos pela fise) -> articulações
com fise intra-articular
• Adultos: extensão direta da metáfise para epífise

• Inoculação direta: trauma, cirurgia, punção art.


femoral ou articular
VIAS DE CONTAMINAÇÃO
• Articulações com
metáfise intra-articular
• Quadril
• Úmero proximal
• Rádio proximal
• Fíbula distal
EPIDEMIOLOGIA
• Mais comum que osteomielite
• É mais frequente em adultos
• Porém sequelas mais graves ocorrem em crianças
• Predomínio de 2:1 no sexo masculino
• Nas crianças
• 70% ocorrem entre 1 mês e 5 anos
• Metade destas ocorrem antes dos 2 anos
• 94% monoarticular
• Quadril (41%)
• Joelho (23%)
• Depois: tornozelo > cotovelo > punho = ombro
FATORES DE RISCO
• Artrite reumatóide
• Osteoartrose
• Artroplastia
• Baixo status socioeconômico
• Uso de drogas intravenosas
• Alcoolismo
• DM
• Infiltração prévia com CTC intraarticular
• Úlcera cutânea
• Trauma
• Outras causas de ↓ imunidade (câncer, cirrose, uremia)
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
• Causas de monoartrite
• AS (sempre suspeitar!)
• Deposito de cristais, trauma, hemartrose (ex. hemofilia),
osteomielite, sd. periarticulares (tendinite, bursite), cisto
de Backer roto, TVP, sinovite vilonodular pigmentada,
sinovite transitória

• Outros (de acordo com a idade)


• NAV, epifisiolise, , Perthes…

• Sempre pensar em tumor


• Neoplasia maligna mais comum da criança - LEUCEMIA
CARACTERÍSTICAS
Extremos de idade mais suceptíveis

• Crianças novas e idosos


• Principalmente se fator de risco associado

• Neonatos → Poliarticular
CARACTERÍSTICAS
Mais comum em adultos, porém com sequelas
mais graves em crianças

• Especialmente se envolvimento do quadril ou


atraso no tratamento
• Por variações anatômicas da idade, levando a
destruição da epífise e ON associada por ↑
pressão intra-capsular e efusão séptica
• Disseminação de foco de osteomielite
metafisária em < 2 anos
CARACTERÍSTICAS
Articulações de carga dos MMII são mais
afetadas (61-79%)

• Porém pode envolver qualquer articulação, e


pode ser múltipla (examinar)
CARACTERÍSTICAS
Diagnóstico difícil em neonatos – sinais
inflamatórios menos evidentes
• Febre, edema, eritema e dor podem ser mínimos
ou ausentes
• Únicos achados pode ser infecção em outro local
(ex. cateter umbilical), irritabilidade, assimetria
na posição dos membros, desconforto a
manipulação (sinal da fralda), pseudoparalisia
(MMSS)
• 50% são multifocais
FISIOPATOLOGIA
• Invasão bacteriana da cavidade sinovial
• 25% das crianças faz bacteremia ao escovar
dentes
✓Motivos da predileção
• Receptores de colágeno do S. aureus
• Falta de membrana basal nos capilares da
sinóvia, permitindo migração do espaço intra p/
extravascular
• Inibição da fagocitose pelos fibroblastos
sinoviais
FISIOPATOLOGIA
• Após infecção, sinóvia se torna hiperemiada e é
invadida por leucócitos polimorfonucleares
• Após 3 semanas, substituição por
monomorfonucleares e linfócitos

• Destruição articular inicia após 2 dias, devido a


enzimas inflamatórias de fase aguda, toxinas
bacterianas e estímulo dos linfócitos T
• Liberação na articulação de IL-1β, IL-6, TNF-α,
imunoglobulina G, enzimas lisossomais
• Evento precoce: perda de proteoglicanos da matriz
cartilaginosa
FISIOPATOLOGIA
• Destruição se torna aparente com 4-6 dias
• Exposição do colágeno, sofrendo ação de colagenases
e do próprio stress mecânico articular

• Destruição completa da cartilagem em 4 semanas


• Subluxação/luxação e osteomielite também podem
ocorrer

• Aumento da pressão intra-articular leva a


isquemia, aumentando dano
Cronologia
• Em 8horas - alteracoes moleculares
cartilagem(glicosaminoglicanos)
• Em 48hrs - degeneração de proteoglicanos
Já tem alterações irreversíveis!
• Em 2 a 3dias - destruicao cartilagem art.
• Em 4 a 6dias - destruicao aparente
• Em 9 dias - destruicao do COLAGENO
• Em 4 semanas - destruicao total com
subluxacao e osteomielite
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MICROBIOLOGIA
• Em todos os grupos, S. aureus é
o mais comum, seguido por
estreptococos do grupo A e
enterobacter

• Neonatos
• S. aureus, estreptococos,
BGN

• Até 5 anos
• S. aureus, H. influenzae (↓
com vacinação), Kingella
kingae
MICROBIOLOGIA
• Adultos saudáveis sexualmente ativos →
Neisseria gonorrhoeae (75%)
• <3% dos infectados fazem artrite
• Frequentemente poliarticular, podendo ter rash
papular associado
• Culturas frequentemente negativas (PCR pode
ajudar)
• Evolução favorável, usualmente não precisa
drenar se ATB adequado
MICROBIOLOGIA
• Adultos mais velhos com infecção não-
gonocóccica
• 50% por S. aureus, 50% por BGN e estrepto
• Sepse poliarticular por S. aureus é grave em
imunocomprometidos (AR, hemofilia)
• Mortalidade de 56%

• Anemia falciforme, lúpus → salmonella


• Drogas EV → pseudomonas
QUADRO CLÍNICO CLÁSSICO
• Dor intensa e progressiva
• Pela distensão cápsular – terminações nervosas
• Limitação da mobilidade (uma das 1as queixas)
• Dor piora com mobilização suave (diferencia de
osteomielite)
• Aumento de volume articular
• Mais difícil de evidenciar no quadril, SI e coluna
• Claudicação / posição de defesa
• No quadril, membro em flexão, abdução e rotação
externa
• Edema, calor, rubor
• Sintomas constitucionais - febre, queda do estado
geral, irritabilidade, anorexia
Recém-Nato
• Quadro atípico
• Pouca sintomatologia
• Afebril
• Quadril (+ comum, pode ser bilateral)
• Poliarticular
• Sinal da Fralda (dor à manipulação)
• Pode cursar com septicemia

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EXAMES LABORATORIAIS
• Hemograma
• Contagem de leucócitos não é confiável, pode
estar normal
• Diferencial mostra ↑ neutrófilos
• VHS
• Pico em 3-5 dias, normaliza em 3 semanas após
início do tratamento
• PCR
• Sobe após 6h de infecção, pico em 2 dias,
normaliza após 1 semana de tratamento
IDENTIFICAÇÃO DO PATÓGENO
• Hemocultura
• Pedir sempre – identifica bactéria em 30-60%
dos casos

• Punção articular
• Sempre realizar se suspeita de AS, antes de
iniciar ATB!!!
• De preferência guiado por US ou fluoroscopia
• Preparo cuidadoso de pele
• Enviar para gram, cultura, celularidade e cristais
IDENTIFICAÇÃO DO PATÓGENO
• Punção articular (cont.)
• Características da AS
• >50.000 leuc/mm3 (pode ser menor em
imunocomprometidos
• >90% neutrófilos
• Glicose 50mg/dl menor que a glicemia sérica (ou
<33%)
• Alto conteúdo proteico
• Até 75% das culturas podem ser negativas
• Maioria dos estudos → 18-48%
• Principalmente se ATB prévio
IDENTIFICAÇÃO DO PATÓGENO
• Outras possibilidades
• Detectar o antígeno – imunoeletroforese,
testes de aglutinação

• Diagnóstico molecular – DNA, RNA - PCR


(polymerase chain reaction)
• Em tempo real - pode dar o resultado em
horas
EXAMES DE IMAGEM
• Ajudam a confirmar, mas não são diagnósticos

• Radiografia

• Ultrassom

• Cintilografia

• RNM

• TAC
RADIOGRAFIA
• Nos primeiros dias → normal
• Pode mostrar edema de partes moles,
deslocamento do coxim gorduroso ou aumento
do espaço articular (derrame)

• Com a evolução, diminuição do espaço pela


destruição da cartilagem

• Se não tratada adequadamente, destruição


generalizada, artrose, osteomielite, perda
óssea, luxação
RADIOGRAFIA

M.P.S. 10a
ULTRASSOM
• Detecta precocemente pequenas coleções de
fluido intra-articular

• Realizar bilateral comparativo

• Pode guiar punção inicial, e monitorar o status de


compartimentos intra-articulares, cápsula,
superfície óssea e tecidos adjacentes

• Facil execução, baixo custo e sem radiação


• Porém examinador-dependente e pouco específico
ULTRASSOM
CINTILOGRAFIA
• Normalmente mostra área de inflamação
• Acúmulo de isótopos, em áreas osteoblásticas ou com
vascularização aumentada
• Captação deve estar igualmente aumentada em ambos
os lados da articulação

• Tecnécio 99, Gálio 67, Índio 111

• Pode estar normal nos primeiros


dias (24-72h)
TOMOGRAFIA
• Mais sensível que o Rx

• Mostra edema, derrame e abscessos

• Pode guiar punção e acesso cirúrgico

• Melhor resolução para estruturas ósseas


RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
• Útil em infecções de difícil
acesso

• Melhor resolução para


diferenciar infecção óssea e de
partes moles, e mostrar
derrame
TRATAMENTO
• Princípios
• Drenagem adequada
• Antibiótico para diminuir efeitos
sistêmicos
• Repouso em posição estável
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TRATAMENTO
• ATB empírico até resultado das culturas
• Baseado na idade e fator de risco
• No nosso meio: OXACILINA + GENTAMICINA
• Na gonocóccica: CEFTRIAXONA
• Se culturas forem negativas, terapia empírica é
continuada
ANTIBIOTICOTERAPIA
TRATAMENTO
• Tempo de antibiótico
• De maneira geral, EV 7-10 dias + VO 3 semanas
• Se melhora do estado geral, afebril há pelo
menos 24h, melhora da ADM e queda do
VHS e PCR)
• H. influenzae, Neisseria e Strepto precisam de
menos tempo (2 semanas); Estáfilo e BGN
precisam das 4-6 semanas
• Período maior se quadril/ombro,
imunocomprometidos ou resposta inadequada
TRATAMENTO
• Drenagem para todos (exceto gonoccócica)
• Resultados satisfatórios nos 1os 4 dias (Tachdjian)
• Artrotomia x artroscopia x punções múltiplas ->
literatura controversa
• Se articulação superficial (cotovelo, tornozelo), pode
fazer punções e ATB -> se não melhorar em 24-48h,
drenar aberto
• Pus em articulação profunda (quadril, ombro) =
drenagem cirúrgica
• Artroscopia é boa alternativa em joelho, tornozelo,
ombro e cotovelo
• Na fase residual, corrigir deformidades e restaurar
função
CONSIDERAÇÕES SOBRE ARTICULAÇÕES ESPECÍFICAS
TORNOZELO

• Edema torna difícil


identificação de flutuação

• Puncionar 2,5cm proximal e


1,3cm anterior a ponta do ML

• Acesso postero-lateral é o
melhor
CONSIDERAÇÕES SOBRE ARTICULAÇÕES ESPECÍFICAS
JOELHO

• Mais comum (na população


geral)

• Puncionar lateral, ao nível do


polo superior da patela

• Drenagem antero-medial
(preferir artroscopia)

• Se precisar abordar posterior


• Acessos de Klein, Henderson ou
Kelikian
CONSIDERAÇÕES SOBRE ARTICULAÇÕES ESPECÍFICAS
QUADRIL

• Grandes complicações em crianças


• Maior risco de ONCF, subluxação, separação
fisária, bilateralidade, osteomielite, abscesso
pélvico (extensão pelo psoas)

• Após drenagem em crianças, manter em


abdução para evitar luxação
CONSIDERAÇÕES SOBRE ARTICULAÇÕES ESPECÍFICAS
QUADRIL

• Puncionar anterior, lateral ou medial


• Crianças pequenas → drenar anterior
• Menor risco de lesão vascular ou luxação
• Adultos → drenar posterior
• Acesso mais familiar
• Girdlestone → último recurso em infecções
persistentes
CONSIDERAÇÕES SOBRE ARTICULAÇÕES ESPECÍFICAS
QUADRIL

• Punção lateral
• Entra com agulha a 45º, logo
inferior e anterior ao trocanter
maior
• Avança agulha medialmente por
5-10cm
• Punção anterior
• Palpa art. femoral junto ao lig.
inguinal
• Insere a agulha 2,5cm lateral e
2,5cm distal a este ponto, com
angulação de 45º
• Avança medial e proximal 5-
7,5cm
CONSIDERAÇÕES SOBRE ARTICULAÇÕES ESPECÍFICAS
OMBRO

• Em adultos debilitados ou
crianças
• Complicação de osteomielite da
metáfise proximal do úmero
• Puncionar entre processo
coracóide e acrômio
CONSIDERAÇÕES SOBRE ARTICULAÇÕES ESPECÍFICAS
COTOVELO

• Puncionar posterior, logo lateral ao olécrano


COMPLICAÇÕES
• Sepse sistêmica
• Artrose precoce
• ONCF
• Fechamento fisário
• Distúrbio de crescimento
• Sinovite
• Artrofibrose
• Rigidez articular
• Persistência da infecção
• Luxação
PIOR PROGNÓSTICO
• Principal fator → atraso no tratamento
• Não existem resultados insatisfatórios se
sintomas presentes há menos de 3 dias
• Outros
• Local → Quadril pior
• Presença de osteomielite adjacente
• Tratamento inadequado
• Prematuridade
CLASSIFICAÇÕES AS QUADRIL
(não sei aonde tá escrito…)

CLASSIFICAÇÃO DE CHOI
• IA – Quadril sem deformidade
• IB – Quadril com discreta coxa Magna
• IIA – Coxa Brevis com cabeça deformada
• IIB – Coxa Valga ou Vara progressiva
• III – Deformidades provenientes da metáfise e
da fise – OM do colo femural
• IIIA – Deslizamento epifisário proximal do
femur com coxa vara/valga com grande
retro/anteversão
• IIIB – Pseudartrose do colo femural
• IV – Deformidades produzidas pela destruição
da cabeça e do colo com ou sem luxação
• IV A- Destruição cabeça e colo com pequeno
fragmento medial remanescente
• IVB – Cabeça e colo destruídos com luxação
do segmento restante
CLASSIFICAÇÕES AS QUADRIL
(não sei aonde tá escrito…)

CLASSIFICAÇÃO DE FORLIN
1. Estáveis
• 1 A – reduzida, cabeça presente
• 1 B – reduzida, cabeça ausente
2. Instáveis
• 2 A – luxada, cabeça presente
• 2 B – luxada, cabeça ausente
Sinovite Transitória do Quadril

Que susto!!!! Achei que


tinha acabado!!!
SINOVITE TRANSITÓRIA DO QUADIRL
• QUADRIL EM OBSERVAÇÃO, COXITE FULGAZ, SINOVITE
TÓXICA
• Causa de dor mais comum no quadril e de claudicação
não traumática na infância
• Dos 9 meses a adolescência; Média de idade: 6 anos (3-
8)
• 1,1: 1000 pessoas/ano
• 2 H :1 M
• Mais comum em brancos
• 95% unilateral
ETIOLOGIA
• Causa específica é desconhecida

• Porém, existe consenso sobre a relação com


• Infecção recente
• Virais e bacterianas, principalmente foco
amigdaliano
• 30 a 42% casos
• Trauma
• Hiperssensibilidade alérgica
CLÍNICA
Semelhante a um quadro de artrite séptica,
porém em uma criança SAUDAVEL

• Dor aguda monoarticular


• Claudicação, diminuição da ADM
• Membro em flexão / RE
• Febre baixa, raramente > 38°C;
• Sintomas podem durar: 1 a 10 dias
EXAMES
• Exames de imagem
• Rx pode mostrar sombra muscular e edema capsular
• USG pode mostrar efusão articular, porém não é
diagnóstico
• Cintilografia com diminuição da perfusão da cabeça na
fase inicial
• Pode ajudar no diagnóstico diferencial com Legg-Perthes

• Laboratório inespecífico, geralmente normal ou próximo do


normal
• Leucócitos de 10 a 14 000
• VHS próximo de 20 mm
• Auxiliam o dg diferencial
DIAGNÓSTICO
• Não existe teste diagnóstico para
confirmação

• É de exclusão!!!
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
• Artrite piogênica, Osteomielite (febre alta, dor mais
intensa, sem melhora com repouso, progressivos,
alteração laboratorial, punção aspirativa positiva)

• Febre Reumática Aguda (sintomas migratórios, rubor


articular, muito doloroso; 2 a 4 sem após infecção
estreptocócica)

• Artrite Tuberculosa, A R Juvenil, Perthes (fase inicial),


Epifisiolise (geralmente são mais insidiosas e
prolongadas, ADM com menor limitação)

• Tumor
Sinovite transitória x AS
• Critérios de Kocher
• Temperatura> 38.5º
• Incapacidade de apoiar o membro
• VHS > 40mm
• Leucocitose > 12.000
• PCR >2mg/Dl (adicionado depois)

• Probabilidade de AS – 2 critérios – 35%


– 0 critérios – 2% – 3 critérios – 72,8%
– 1 critério – 9,5% – 4 critérios – 93%
HISTÓRIA NATURAL
• AUTOLIMITADA
• Sintomas com resolução gradual e completa após
10 dias a 8 semanas
• Recorrência de 4%
• Até 10%
• Sequelas/condições associadas (raras e leves)
• Coxa magna (↑ 2mm da epífise) em 32% dos
pacientes
• Legg-Perthes – 1-3%, porém relação direta nunca foi
comprovada
• Alt. degenerativas cisticas leves no colo femoral
TRATAMENTO
• Sintomático
• Repouso
• Retirado apoio, até melhora da dor e retorno do
movimento
• AINES

• Articulações sem repouso tem seus sintomas


prolongados
• Tração não é recomendada
• Pressão articular
• Quadril em extensão = máxima
• Flexão 30-45º = mínima
QUESTÕES
• 44. Com relação à artrite séptica, é correto afirmar
que:
• a) é rara a ocorrência de “pseudo paralisia”;
• b) no quadril e no ombro associa-se com a
osteomielite;
• c) o tratamento pela aspiração articular é seguro e
eficaz;
• d) o staphylococcus aureus e a pseudomonas são os
germes mais freqüentes;
• e) a lesão cartilaginosa decorre de ação direta das
bactérias.
• 44. Com relação à artrite séptica, é correto afirmar
que:
• a) é rara a ocorrência de “pseudo paralisia”;
• b) no quadril e no ombro associa-se com a
osteomielite;
• c) o tratamento pela aspiração articular é seguro e
eficaz;
• d) o staphylococcus aureus e a pseudomonas são os
germes mais freqüentes;
• e) a lesão cartilaginosa decorre de ação direta das
bactérias.
• Lowell e winter pag 500 resposta
• A) entre os sintomas esperados, a dor e consequentemente a recusa em
andar,descarregar peso ou desuso de parte do corpo; são os mais comuns
• b) articulações com metáfise intra articular: fêmur proximal, úmero proximal, tíbia
lateral distal, radio proximal
• c) aspiração repetida é ineficaz na drenagem da articulação e deve ser repetida pelo
menos 1 vez ao dia
• d) stc sim( já visto em outra questão)
• e) leucócitos liberam proteases, peptidases e colagenases- degradam a matriz e o
colágeno da cartilagem articular
• S aureue e bact gram negativas liberam enzimas proteolíticas extra celulares
• Iniciam a perda de gicosaminoglicanos, destruição do colágeno ocorre mais tarde e
essa e que e visível- o processo não requer permanebcia de organismos vivos para
serem mantidos
•  
• RESPOSTA: B
• 30. Com relação à sinovite transitória do quadril, é
correto afirmar que:
• a) é a segunda maior causa de dor no quadril infantil;
• b) há limitação dos movimentos, principalmente da
rotação lateral;
• c) o diagnóstico diferencial com a doença de PERTHES
se faz pela cintilografia;
• d) a tomografia computadorizada é o método de
eleição para se avaliar o tipo de derrame articular;
• e) a taxa de antiestreptolisina "O" está aumentada em
50% dos casos.
•  
• 30. Com relação à sinovite transitória do quadril, é
correto afirmar que:
• a) é a segunda maior causa de dor no quadril infantil;
• b) há limitação dos movimentos, principalmente da
rotação lateral;
• c) o diagnóstico diferencial com a doença de PERTHES se
faz pela cintilografia;
• d) a tomografia computadorizada é o método de eleição
para se avaliar o tipo de derrame articular;
• e) a taxa de antiestreptolisina "O" está aumentada em
50% dos casos.
•  
• Idade media = 6 anos (3-8anos) / CLN = dor aguda na virilha e
quadril, pode doer o joelho, restrição da abdução e RI. Atitude de
flexo- RE do quadril.Pode ter febre baixae ex lab normais (só
tachdjian fala que a ASO –anti estreptomicina O – esta normal) .
DIAG É DE EXCLUSÃO.
• Lowellwinter – cap de Perthes - pag 1067 cinilografia com
tecécio e colunação em pinhole pode ser útil nos estágios iniciais
da doença de Perthes para fazer particularmente diag diferencial
com sinovite transitoria do quadril. Alguns consideram a cintilo
útil na determinação da extensão do envolvimento epifisário e
no prog do Perthes.
•  
• RESPOSTA: C
76. Na artrite séptica, o quadril encontra-se
em flexão, abdução e rotação externa, pois
esta posição é a que corresponde à maior
capacidade volumétrica articular.
( ) Certo ( ) Errado ( ) Não sei
76. Na artrite séptica, o quadril encontra-se
em flexão, abdução e rotação externa, pois
esta posição é a que corresponde à maior
capacidade volumétrica articular.
( X ) Certo ( ) Errado ( ) Não sei
• Artrite séptica do quadril= Depois que um quadril
infectado em lactente ou criança foi drenado
cirurgicamente deve ser mantido em abdução para
reduzir o risco de luxação patológica. O quadro
clinico é limitação funcional grave do membro,
pseudoparalisia (por dor), calor , aumento de volume
local, a articulação assume posição de conforto que
maximiza o volume articular para diminuir a tensão
capsular e a dor. No caso do quadril há flexão,
abdução e rotação lateral. Na maioria das outras
articulações a posição de conforto é uma leve flexão.
• Resposta = CERTO
85. A artrite piogênica secundária à
osteomielite hematogênica é mais freqüente
no joelho do que no quadril.
( ) Certo ( ) Errado ( ) Não sei
 
85. A artrite piogênica secundária à
osteomielite hematogênica é mais freqüente
no joelho do que no quadril.
( ) Certo ( X ) Errado ( ) Não sei
 
• articulações com metáfise intra articular:
fêmur proximal, úmero proximal, tíbia lateral
distal, radio proximal
• Resposta errado
• 96. Na artrite séptica hematogênica,
• A) o infiltrado inflamatório inicial é pobre em
leucócitos mononucleares.
• B) a degradação da cartilagem não tem
relação com a concentração de linfócitos T.
• C) a ausência de membrana basal nos
capilares é fator predisponente.
• D) a fagocitose da bactéria é estimulada pela
presença de fibroblastos sinoviais.
• 96. Na artrite séptica hematogênica,
• A) o infiltrado inflamatório inicial é pobre em
leucócitos mononucleares.
• B) a degradação da cartilagem não tem
relação com a concentração de linfócitos T.
• C) a ausência de membrana basal nos
capilares é fator predisponente.
• D) a fagocitose da bactéria é estimulada pela
presença de fibroblastos sinoviais.
• A infecção hematogênicade uma articulação começa com uma bacteremia sistêmica qua
afinal invade a junção sinovial-carilagem a partir do espaço intravascular, e aseguir dissemina-
se por toda a sinovil e liquido sinovial. Não está esclarecido por que as articulações são
afetadas e outros órgãos não. Entretanto, os receptores de colágeno encontrados no
organismo S. Aureus (a causa mais comum de artrite séptica hematogênica não -gonocócica)
podem desempenhar este papel. Por outro lado, a ausência de uma membrana basal
limitante nos capilares da sinovial pode possibilitar qua as bactérias intravasculares atinjam
o espaço extravascular do tecido sinovial através dos espaços entre as células endoteliais
dos capilares. Além disso, os fibroblastos da sinovial inibem a fagocitose de bactérias.
• Logo depois ter sido infectada, a sinovial torna-se hiperêmica e infiltrada com leucócitos
polimorfonucleares que aumentam rapidamente durante os dias seguintes.
Histologicamente, o aspecto muda de inflamação aguda para crônica com um aumento nos
leucócitos mononucleares e linfócitos. Este se tornam as células inflamatórias predominantes
pelas próximas 3 semanas.
• A destruição da cartilagem articular, que resulta de degradação da substância fundamental, é
aparente 4-6 dias depois da infecção. A depleção de substância fundamental, de acordo com
Perry, começa aproximadamente 2 dias depois da inoculação e é causada pela ativação de
enzimas pelas bactérias, e estimulação dos linfócitos T durante a resposta imune retardada.
Antígenos bacterianos depositados na sinovial e toxinas específicas, como enterotoxina
estafilococica, produzidas pelas bactérias estimula a proliferação de linfócitos T . À medida
que os linfócitos T aumentam e degradam a dubstância fundamental, o colágeno fica
exposto às colagenases e as propriedades mecânicas da cartilagem articular são
alteradas, aumentando sua suscetibilidade ao desgaste. Destruição completa da
cartilagem articular ocorre aproximadamente com 4 semanas. Luxação ou subluxação da
articulação e osteomielite também pode ocorrer.
• De acordo com a classificação de CHOI para
seqüelas de artrite séptica consideramos o
tipo IIIB relacionado à:
• A.Coxa brevis com alterações articulares
• B.Pseudo-artrose do colo
• C.Pseudo-artrose do colo com alterações
artrósicas
• D.Destruição da cabeça e do acetábulo
• De acordo com a classificação de CHOI para
seqüelas de artrite séptica consideramos o
tipo IIIB relacionado à:
• A.Coxa brevis com alterações articulares
• B.Pseudo-artrose do colo
• C.Pseudo-artrose do colo com alterações
artrósicas
• D.Destruição da cabeça e do acetábulo
Classificação de Choi
• IA – quadril sem
deformidade
• IB – Quadril com discreta
coxa Magna
• IIA – Coxa Brevis com cabeça
deformada
• IIB – Coxa Valga ou Vara
progressiva
Classificação de Choi
• III – deformidades provenientes
da metáfise e da fise – OM do
colo femural
• IIIA – Deslizamento epifisário
proximal do femur com coxa
vara/valga com grande
retro/anteversão
• IIIB – Pseudartrose do colo
femural
Classificação de Choi
• IV – Deformidades produzidas
pela destruição da cabeça e
do colo com ou sem luxação
• IV A- Destruição cabeça e colo
com pequeno fragmento
medial remanescente
• IVB – Cabeça e colo
destruídos com luxação do
segmento restante
• 60. Cerca de metade dos pacientes com
sinovite transitória do quadril evoluirá para
doença de LEGG - PERTHES. ( ) Certo ( )
Errado ( ) Não sei
• 60. Cerca de metade dos pacientes com
sinovite transitória do quadril evoluirá para
doença de LEGG - PERTHES. ( ) Certo ( X )
Errado ( ) Não sei
• ERRADO; STQ 2H – 1 M, 3 a 8 anos, etio
desc. Claudicação não traumática da
infância. Relação com IVAS. Somente alguns
casos de STP precedem DLCP. Correlação
direta entre os dois nunca foi provada. Sizinio
303
• 30. Na pioartrite do joelho a drenagem por
via posterior deve ser evitada pelo risco de
disseminação da infecção pelos planos das
fáscias da coxa e perna. ( ) Certo ( ) Errado ( )
Não sei
• 30. Na pioartrite do joelho a drenagem por
via posterior deve ser evitada pelo risco de
disseminação da infecção pelos planos das
fáscias da coxa e perna. ( X ) Certo ( ) Errado (
) Não sei
• CERTO; PORÉM, SE A LOJA DE PUS FOR
POSTERIOR OU FOR IMPOSSÍVEL DRENAR
PELA FRENTE,PODE-SE DRENAR POSTERIOR;
A ABORDAGEM PREFERENCIAL É
ANTEROMEDIAL
• 21. Na artrite piogênica, ocorre diminuição
dos níveis de glicose e aumento das
proteínas no líquido sinovial. ( ) Certo ( )
Errado ( ) Não sei
• 21. Na artrite piogênica, ocorre diminuição
dos níveis de glicose e aumento das
proteínas no líquido sinovial. ( X ) Certo ( )
Errado ( ) Não sei
• 21 - CERTO; geralmente 50 mg/dl menor que
a glicemia e há gde número de enzimas
bacterianas; leucócitos aumentam bastante,
sendo 90% PMN.
• SBOT PED 42.
• 29. A artrite séptica de ombro, secundária à
osteomielite do úmero proximal, decorre da
localização intra-articular da metáfise.
• ( ) Certo ( ) Errado ( ) Não sei
• 29. A artrite séptica de ombro, secundária à
osteomielite do úmero proximal, decorre da
localização intra-articular da metáfise.
• ( X ) Certo ( ) Errado ( ) Não sei
• CERTO; Metáfise no inferior da artic = artrite
séptica no início do processo, porque o
periósteo dentro da artic é fino e o pus
rapidamente irrompe através dele.
• Em crianças + velhas: fêmur prox, úmero
prox, tíbia lat distal e rádio prox.
• 33. Na artrite séptica do quadril do recém-
nascido, o quadro clínico característico é de
febre elevada, dor à mobilização e atitude
em adução e rotação interna do membro. ( )
Certo ( ) Errado ( ) Não sei
• 33. Na artrite séptica do quadril do recém-
nascido, o quadro clínico característico é de
febre elevada, dor à mobilização e atitude
em adução e rotação interna do membro. ( )
Certo ( X ) Errado ( ) Não sei
• ERRADO
• O neonato não apresenta resposta inflamatória
usual que dá origem aos sinais e sintomas tão
importantes para o diagnóstico precoce. Os achados
mais comuns são inchaço, seguido por
pseudoparalisia e dor à palpação. Frequentemente
o diagnóstico é tardio. Radiografias, exames
laboratoriais não apresentam grandes alterações.
VHS está elevado porem não é específico.
Hemocultura é positiva em 50 % dos casos
comprovados de artrite séptica.
• 75. A localização intra-articular da metáfise
favorece a ocorrência de artrite séptica
secundária a osteomielite aguda
hematogênica. Isto ocorre nos seguintes
locais: colo do fêmur, colo do úmero,
extremidade proximal do rádio. ( ) Certo ( )
Errado ( ) Não sei
• 75. A localização intra-articular da metáfise
favorece a ocorrência de artrite séptica
secundária a osteomielite aguda
hematogênica. Isto ocorre nos seguintes
locais: colo do fêmur, colo do úmero,
extremidade proximal do rádio. ( X ) Certo
( ) Errado ( ) Não sei
• CERTO
• Quatro locais:
• - Fêmur proximal,
• - Úmero proximal,
• - Tíbia lateral distal,
• - Rádio proximal.
• Uma criança prematura, afebril, não aceita bem a
alimentação e apresenta pseudoparalisia do MID. A
contagem de leucócitos é de 8400 com 40% de
neutrófilos, 45% de linfócitos de 5% de monócitos.
Exames radiográficos da pelve e MID são normais. A
criança reage e chora ao se testar a mobilidade do
quadril D. Recomenda-se:
• A) hemocultura
• B) cintilografia com Ga67
• C) cintilografia com Tc99m
• D) punção do quadril
• Uma criança prematura, afebril, não aceita bem a
alimentação e apresenta pseudoparalisia do MID. A
contagem de leucócitos é de 8400 com 40% de
neutrófilos, 45% de linfócitos de 5% de monócitos.
Exames radiográficos da pelve e MID são normais. A
criança reage e chora ao se testar a mobilidade do
quadril D. Recomenda-se:
• A) hemocultura
• B) cintilografia com Ga67
• C) cintilografia com Tc99m
• D) punção do quadril
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