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1. Doença Legg-Calvé-Perthes
- Osteodistrofia da cabeça femoral, OCD da cabeça do fêmur
- Necrose avascular, necrose asséptica não inflamatória da cabeça do
fêmur
- 4-12 meses (média de 7 meses) antes do fechamento fisário da cabeça
do fêmur
- Menores de 12kg
- Raças: Min Pin, Poodle, Chihuahua, Terrier
- 90% é unilateral
- Resulta no colapso da epífise femoral em virtude de uma interrupção do
fluxo sanguíneo
- Revascularização → enfraquecimento ósseo → forças de sustentação e
peso fisiológicas normais causam colapso e fragmentação da epífise femoral →
incongruência entre epífise femoral e acetábulo → DAD
- Sinais
● Claudicação, evolui para impossibilidade de sustentar o peso
● Dor: hiperextensão, rotação interna, abdução da articulação
coxofemoral, atrofia
● Irritabilidade, redução de apetite e ato de morder a pele sobre o
membro afetado
● Encurtamento do membro afetado
- Diagnóstico radiográfico
● Deformidade da cabeça do fêmur
● Encurtamento ou lise do colo femoral e focos de redução da
opacidade na epífise femoral
- Tratamento
● Excisão artroplastia de cabeça e colo femoral
● Tratamento conservador pode aliviar a dor
● Tratamento feito antes do colapso da cabeça do fêmur consiste na
limitação da sustentação de peso no membro durante o período de
revascularização
2. Panosteíte / Enostose
- Doença de cães jovens
● Claudicação
● Dor óssea
● Produção endosteal de osso / subperiosteal
- Doença autolimitante em cães de raças grandes
- Sinonímias: enostose, panosteíte eosinofílica, osteomielite juvenil e
osteomielite de pastores alemães jovens
- Entidade idiopática que causa formação de osso novo endosteal
- Afeta ossos tubulares longos
- Síndrome de compartimento ósseo devido à dieta rica em proteínas e
calorias (causa em potencial)
● Excesso de proteína pode causar edema intra ósseo e aumento
secundário da pressão medular e isquemia
- Alteração predominante: formação de osso endosteal com invasão
medular por trabéculas ósseas
● A medula permanece altamente celular com graus variáveis de
fibrose e não é evidenciada inflamação crônica, infecção aguda ou
malignidade observada
- Machos são mais acometidos que fêmeas
- Raças: pastor alemão, rottweiler, são bernardo, labrador, terra nova,
basset hound
- Cães com menos de 2 anos (5-12 meses) ou mais velho
- Sinais
● Claudicação aguda, algumas vezes sem suporte do peso →
inicialmente
● Dor a palpação óssea profunda dos membros
● Consiste em claudicação crônica, intermitente que troca os
membros
● Cíclica, episódios de 2-14 dias, com intervalo de 4 semanas entre
os episódios
- Radiografia
● Sinais radiográficos progressivos, normais durante estágio inicial
● Primeiros sinais: alargamento do forame nutriente e borramento
acentuação dos padrões trabeculares, seguidos pelo aparecimento de
osso radiopaco, mosqueado ou irregular dentro dos canais medulares
● Fase aguda
● Fase intermediária
● Fase tardia: remodelação, ao longo de 2-3 semanas e
espessamento cortical pode permanecer como único achado residual
● Córtex indefinido
● Centrado ao redor dos forames nutrícios
● Rugosidade endosteal
● Novo osso periosteal e endosteal
● Padrão trabecular grosseiro
- Histopatologia
● Células hematopoéticas normais e gordura substituído por tecido
fibroso
● Reabsorção óssea e formação de tecido ósseo e fibroso
● Formação de osso endosteal mais proeminente
● Remodelamento ostial do córtex e novo osso ao redor do forame
nutrício
- Etiologia
● Desconhecida
● Vírus da cinomose tem sido isolado em alguns pacientes
- Tratamento
● AINEs (controle da dor) administrados durante episódios agudos
de claudicação
● Não existe indicação para tratamento cirúrgico
● Restrição de exercícios quando apresenta claudicação
- Melhor prognóstico entre todas as doenças ortopédicas juvenis
- Pode recorrer, mas geralmente é resolvida quando cão chega aos 2 anos
de idade
3. Osteodistrofia hipertrófica
- Ruptura das trabéculas metafisárias nos ossos longos de cães jovens de
crescimento rápido
- Escorbuto esquelético, osteopatia metafisária, displasia metafisária
- Animais debilitados: tratamento intensivo
- Etiologia: não se sabe de certeza
● Deficiência de vitamina C
● Excesso de cálcio na dieta
● Organismos infecciosos
● Vacinação
● Cinomose
- Raças de cães grandes e gigantes: são bernardo, labrador, golden,
rottweiler, weimaraner
- Patogênese: distúrbio aparente do suprimento sanguíneo leva a
alterações na fise e no osso metafisário adjacente, causando retardo de
ossificação da zona hipertrófica fisária
- Fase aguda: dura de 7-10 dias
- 3-4 meses
- Sinais
● Reluta caminhar e se levantar
● Claudicação severa
● Dor extrema em todos os membros, especialmente em zona
metafisária
● Metáfise dos ossos longos ficam edemaciadas, quentes e com dor
● Febre alta (>40º)
● Anorexia, pirexia
● Letargia
● Episódico
● Machos são mais acometidos que fêmeas
● Histórico recente de doença ou vacinação
● Macroscopicamente: regiões metafisárias dos ossos longos estão
alargadas com edema peri metafisário dos tecidos moles
● Microfraturas histológicas das trabéculas são evidentes e
circundadas por células inflamatórias e necrose
● Evidente falha da deposição óssea em treliça na cartilagem
calcificada do osso metafisário
- Radiografia
● Linha radiolúcida na região metafisária dos ossos
● Espessamento periosteal
● Mudanças na placa fisária
● Deformidades esqueléticas residuais
- Zona radiotransparente irregular na metáfise, paralela à fise (aparência
de linha fisária dupla)
- Estágios tardios: alargamento metafisário com aumento de opacidade
óssea
- Tratamento
● Analgésicos (controle de dor)
● Corticosteróides
● Antibióticos
● Tratamento de suporte
● Maioria se recupera de 7-10 dias
4. Osteopatia crânio-mandibular
- Tecidos de proliferação óssea substituindo o osso normal: endosteal e
periosteal
- Mandíbula, calota craniana e bula timpânica (outros ossos também podem
ser afetados
- Mandíbula de leão
- Etiologia
● Desconhecida
● Vírus da cinomose tem sido isolado em alguns pacientes
● Terries brancos, Caim Terries e Scottish Terries
- 4-10 meses
- Proliferação do novo osso causa dilatação irregular das mandíbulas e
bolhas timpânicas
- O osso lamelar existente é reabsorvido por osteoclasia e substituído por
osso novo que se expande além dos bordos periosteais
- A destruição osteoclástica do osso lamelar é acompanhada pela invasão
de células inflamatórias
- Medula óssea normal desaparece, sendo substituída por um estroma
vascular e fibroso
- Estágio proliferativo que é acompanhado por febre intermitente,
desconforto durante as refeições e dor quando a boca é aberta contra a
resistência
- Acomete machos e fêmeas
- Desidratação, anorexia, pirexia, reluta em se alimentar, salivação
excessiva e problema em mastigar alimento
- Episódica e pode ser visto com ODH
- Auto-limitante (11-13 meses): proliferação diminui quando o cão atinge a
maturidade e a fise fecha
5. Osteopatia hipertrófica
- Reação periosteal difusa resultando em formação de osso novo ao redor
de metacarpos, metatarsos e outros ossos longos
- Sinônimos: osteoartropatia pulmonar, osteoartropatia pulmonar
hipertrófica e osteopatia pulmonar hipertrófica
- Síndrome paraneoplásica (associada a neoplasia)
- Secundário ao tumor geralmente no tórax, mas poderia ser em outro
lugar (carcinoma esofágico, rabdomiossarcoma, carcinoma de células
transicionais, nefroblastoma..)
- Secundária a outras doenças: Dirofilaria, endocardite bacteriana, ducto
arterioso patente
- Fisiopatologia: desconhecida
● Sugestão: alteração na função pulmonar aumenta o fluxo sanguíneo
periférico causando congestão de tecido conjuntivo que é mediado
neuralmente, o periósteo responde formando osso novo que pode ser
difuso ou nodular
- Cães velhos (raro em gatos)
- Sinais
● Letargia, relutância em andar, edema nas extremidades distais
● Aparecimento agudo ou gradual
● Membros quentes e edemaciados por ser secundário a doenças em
outros partes do corpo
- Diagnóstico por imagem: radiografia e US
● Proliferação periosteal uniforme, visto inicialmente nas falanges e
nos ossos do metacarpo e metatarso
● Conforme a doença progride a proliferação progride
proximalmente (rádio e ulna, tíbia e fíbula)
● As superfícies articulares dos ossos longos geralmente são
preservadas e parecem normais
● RX tórax: identificar doença pulmonar ou mediastinal subjacente
● US: identificar doença abdominal subjacente se a doença torácica
não for identificada
- Alterações laboratoriais
● Refletem a doença subjacente
● Trombocitose em alguns casos (não se sabe a causa)
- Tratamento
● Direcionado para a doença subjacente
● Remissão da proliferação: após a ressecção da lesão primária
- Prognóstico
● Resolução completa da doença subjacente: se for resolvida a
osteopatia hipertrófica secundária se resolve
● Sinais clínicos desaparecem 1-2 semanas após tratamento, as
lesões ósseas demoram meses para sofrerem remodelação
6. Tumor
- Osteossarcoma
● Tumor ósseo primário mais comum
● Longe do cotovelo, perto do joelho (em direção ao joelho)
● Não cruzam a articulação
● Amputação e quimioterapia: sobrevida de 1 ano
● A amputação não prolonga o tempo de sobrevivência
● Com ou sem amputação: sobrevida de 4-6 meses
● Radiação é paliativo
● Prognóstico para gatos é bom com a amputação
7. Osteocondrose
- Distúrbio na ossificação endocondral, que leva à retenção da cartilagem
devido a um espessamento da cartilagem
- Etiologia
● Genética
● Falha de ossificação endocondral: retenção da placa de cartilagem
● Carga na cartilagem retida: fissura (aumento na espessura resulta
em condrócitos desnutridos e necróticos causando uma fissura na junção
do tecido calcificado e não calcificado)
● Produtos inflamatórios alcançam a articulação e o osso: leva a
formação de flap → osteocondrite dissecante
- Os retalhos de cartilagem livre podem se alojar nas articulações e
também aumentar em tamanho com a calcificação, até se tornarem fragmentos
articulares radiograficamente visíveis
- Localização das lesões
● Cabeça do úmero: caudal
● Aspecto medial do côndilo umeral
● Aspecto medial e lateral do côndilo femoral
● Aspecto medial e lateral da crista talar
- Geralmente ocorre bilateralmente
- Histórico
● Claudicação: moderada a severa
● Cães grandes e gigantes
● 4-6 meses de idade
● Machos mais acometidos
- Exame ortopédico
● Ombro
➢ Claudica depois do exercício
➢ Dor na extensão e flexão do ombro
➢ Passo curto
➢ Atrofia muscular
● Joelho
➢ Claudicação moderada a severa
➢ Passo curto
➢ Jarretes hiperestendidos ou posição agachada
➢ Efusão articular palpável
➢ Dor a hiperextensão e flexão
➢ Radiografia: simples
➢ Tratamento: curetagem osteocondral
➢ Prognóstico: bom
● Tarso
➢ Claudicação moderada a severa
➢ Efusão articular moderada a severa
➢ Dor à flexão e extensão
➢ Rottweiler fêmea pode ter um risco aumentado
➢ Radiografia com vistas especiais: crânio caudal, lateral,
craniocaudal flexionado, oblíquo
➢ Tratamento: remoção do fragmento e reunir fragmentos
➢ Prognóstico: reservado a ruim (claudicação e osteoartrose)
PARTE 2
- DISPLASIA DO COTOVELO
Principal causa de claudicação de membros dianteiros. Componentes hereditários e
ambientais influenciam no seu desenvolvimento.É um conjunto de doenças que inclui a
osteocondrose, fragmentação do processo coronoide (FPC), doença compartimental medial,
não união do processo ancôneo (NUPA).
- DISPLASIA COXOFEMURAL
Não congênita, disparidade entre a massa muscular e o esqueleto. Atinge raças gigantes,
grandes , médias e pequenas, pode ocorrer em gatos também (raro). Galgos são
protegidos.
Fatores hereditários (“pacote genético para desenvolver”) e ambientais. Ganho de peso,
crescimento acelerado, sinovite (instabilidade articular), piso liso (segundo Durval, não!).
DIAGNÓSTICO)
Predisposição - raças grandes, animais jovens com lassidão do quadril ou idosos com
osteoartrite.
Sinais - dificuldade para levantar, intolerância ao exercício, claudicação (contínua ou
intermitente, piora com o esforço), atrofia da musculatura, marcha cambaleante com
movimentação anormal dos MPs, pula como coelho, levanta com esforço e se joga para
sentar, dor na articulação do quadril.
EF - dor na extensão, rotação e abdução, musculatura mal desenvolvida, ortolani positivo.
RX - projeção ventrodorsal (da pelve com os membros estendidos simetricamente e
flexionados medialmente, patelas centralizadas nos sulcos trocleares) → arrasamento
acetabular, osteófitos, colo femural espessado, cabeça do fêmur irregular.
Penn Hip - avalia susceptibilidade à displasia, 4 meses de idade, postura neutra e com
alavanca entre as pernas.
Artroscopia e citologia do fluido (osteoartrose).
TRATAMENTO)
Médico - exercício regular e controlado, redução do peso, medicamentoso (antiinflamatório -
dor, laser, acupuntura).
Cirúrgico - sinfisiodese púbica juvenil (até 4-5 meses), osteotomia pélvica tripla, prótese
total, colocefalectomia, denervação (idosos).
- LUXAÇÕES TRAUMÁTICAS
COTOVELO) Lateral é mais comum (tem mais recidiva e a anatomia favorece). Medial (usa
mais força para reduzir, mas tem melhor resultado).
Redução fechada (24-48h, anestesia geral + relaxante muscular), fixação com tala em
Spica, redução aberta.
COXOFEMURAL) Crânio-dorsal é mais comum (recidiva), ventro-caudal é rara.
Redução aberta - limpeza do acetábulo, remoção do ligamento remanescente. Técnicas
(capsulorrafia, parafuso e sutura, pino de Vita, perfurações ósseas com suturas), cirurgia
(Toggle pino, excisão da cabeça e colo femoral).
Redução fechada - 24-48h, anestesia geral, bandagem de Ehmer (rotação interna da
cabeça do fêmur, rotação externa do jarrete).
OMBRO) Lateral é mais comum. Bandagem de Velpeau (lateralizar a cabeça do úmero,
movimento do tendão do bíceps para reparação).
- JOELHO
LUXAÇÃO DE PATELA) Raças pequenas (Yorkshire terrier, poodle, chihuahua), mas pode
acometer raças grandes (brittany, springer spaniel, golden retriever, terra nova). Origem
traumática e congênita.
Graus → 1 - luxa, mas reduz sozinha, flexão e extensão da articulação normais.
2- fica luxada, mas reduz manualmente com facilidade ou quando o animal estender o
membro.
3- fica luxada, com difícil redução. Luxa novamente com a flexão e extensão do joelho,
deformidade de tecidos moles e rotação da tíbia de 30-60º.
4- fica luxada e não é possível reduzir. Deformidade de tecidos moles e rotação tibial de
80-90º.
– Genu varum, coxovara (luxação medial)
– Genu valga, coxovalga (luxação lateral)
TRATAMENTO → Graus 1 e 2 apenas claudicação. Trata obrigatoriamente nos graus 3 e 4.
Conservador ou cirúrgico (aprofundamento do sulco troclear, liberação da fáscia medial,
transposição da crista da tíbia, imbricação lateral, correção das deformidades femorais e
tibiais - G4).
DOENÇA DO CRUZADO) Ruptura do ligamento cruzado cranial (LCC) é mais comum, ele
previne a hiperextensão e rotação interna do membro.Pode atingir cães de qualquer idade e
raça, mas é mais comum em raças grandes, animais jovens e ativos (akita, chow chow,
rottweiler, pastor alemão, labrador retriever).
DIAGNÓSTICO)
Histórico - início súbito de claudicação sem sustentação ou com sustentação parcial de
peso, melhora gradual, mas piora com o exercício. Dificuldade para sentar e levantar, o cão
senta com o membro acometido para o lado de fora do corpo. Se houver lesão de menisco,
há claudicação constante sem sustentação ou com sustentação mínima.
EF - apreensão na manipulação, efusão articular, dor na hiperextensão, espessamento do
joelho, gaveta positivo (movimentação craniocaudal além de 0-2mm), teste de compressão
tibial (a tíbia avança cranialmente).
RX - inespecífico; extensão caudal da cápsula articular (efusão), osteófitos, espessamento
da cápsula articular, avulsão da inserção do LCC com fragmento ósseo.
TRATAMENTO)
Conservador - repouso e antiinflamatórios (raças pequenas, cães com menos de 10kg).
Cirúrgico - sutura do fabelo tibial, transposição da cabeça da fíbula, osteotomia de
nivelamento do platô tibial (TPLO), avanço de tuberosidade tibial (TTA).
Artrite
INTRODUÇÃO:
● Deformante;
● Artrite reumatoide;
● Poliartrite progressiva crônica felina;
● Poliartrite erosiva dos galgos;
● Artropatia periosteal proliferativa
Osteoartrite:
CONSIDERAÇÕES GERAIS:
● Osteoartrite primária: distúrbio do envelhecimento, no qual há degeneração
cartilaginosa por razões desconhecidas;
● Osteoartrite secundária ocorre em resposta às anormalidades que causam a
instabilidade articular ou sobrecarga anormal da cartilagem articular = é a
mais comum;
FISIOPATOLOGIA:
● Mobilidade articular anormal aumenta as cargas fisiológicas exercidas em
algumas porções da cartilagem articular normal, dando início a alterações
moleculares que levam à osteoartrite;
● Inicialmente, a fibrilação da camada cartilaginosa superficial torna a
superfície articular áspera, com fissuras estendendo-se, eventualmente, ao
osso subcondral;
● Fragmentos livres de cartilagem podem iniciar uma resposta inflamatória da
sinóvia, com a formação de mediadores inflamatórios (i.e., citocinas e
prostaglandinas);
● A degradação da cartilagem resulta da alteração dos condrócitos, da
depleção dos proteoglicanos da matriz e da lesão da rede de fibrila de
colágeno;
● A ruptura do colágeno é induzida pelas citocinas (interleucina 1 [IL-1] e fator
de necrose tumoral [TNF]) e pela suprarregulação da liberação de enzimas
destrutivas (metaloproteinases da matriz [MMPs] e agrecanase) pelos
condrócitos, sinoviócitos e células inflamatórias;
● A cartilagem afetada é mais suscetível à ruptura a partir de cargas e
sobrecargas;
● O resultado é um círculo vicioso de inflamação e destruição da cartilagem;
● Portanto, a fibrilação articular, a perda de cartilagem, a esclerose do osso
subcondral, a formação de osteófitos, a fibrose de tecidos moles
periarticulares e a inflamação da membrana sinovial causam dor e perda de
função na osteoartrite.
DIAGNÓSTICO:
Histórico:
● Claudicação = aguda ou crônica, persistente ou intermitente
● Viagem.
Exame físico e ortopédico
Radiografia:
● Esclerose óssea subcondral;
● Formação de osteófito articular e periarticular;
● Estreitamento do espaço articular;
● Efusão articular;
● Maior proeminência de tecido mole periarticular;
● Atrofia muscular
Citologia
● Aspiração articular;
● Células fagocíticas mononucleares (6.000 a 9.000 leucócitos por microlitro
[Leucócitos /µl])
Culturas:
● Sangue, fluido articular, urina
Mudanças no fluido sinovial:
● Celularidade aumentada = Sinoviocitos, macrofagos, neutrofilos;
● Aumento na proteína;
● Diminuição da viscosidade e perda de xitotropia;
● Aumento na viscosidade com aumento do teor de proteína;
● Teste do coágulo de mucina
TRATAMENTO:
● Depende da causa
● Reumatóide:
○ Terapia esteróide
○ Imunomodulação
● Lúpus eritematoso sistêmico:
○ Terapia esteróide
○ Imunoterapia – azatioprina
● Séptica
○ Lavagem cirúrgica da articulação
○ Antibióticos
○ Antifúngicos
● Osteoartrose
○ AINES, GAGS
○ Fusão articular ou prótese
RAÇAS:
● Sheltie;
● Collie;
● Dachshunds;
● Fraqueza inerente
CLÍNICA:
● Cães adotam posição plantígrada
Localização:
● Avulsão de fabela;
● Ruptura de músculos;
● Ruptura do tendão do calcâneo;
● Fratura do calcâneo;
TRATAMENTO:
● Re –implantar e suturar;
● Parafuso temporário ou fixação com pino;
● tala;
● artrodese
TENDÃO DO BÍCEPS:
● Ruptura ou bursite
Diagnóstico:
● Exame ortopédico
● Citologia
● Artroscopia
● Radiografia
Tratamento:
● Manejo médico –Depo Medrol??
● Tenodese
● Re-implantar
LIGAMENTOS PALMARES:
● Injúrias de hiperextensão
● Raças: Sheltie/Collie
● Cães de caça
● Determinar o nível de injúria carpal:
• Radiografia – sob estresse
● Tratamento:
• Artrodese parcial ou completa
CONTRATURA DO QUADRÍCEPS:
● Síndrome do compartimento
● Cães jovens
● Injurias multiplas
● Extensão prolongada
● Tratamento
• nenhum
● Prevenção
• Reparo precoce de fraturas de fêmur
• Uso precoce e flexão
CONTRATURA INFRAESPINHOSO:
● Cães de caça
● Incapacidade de girar internamente o ombro
Fraturas:
CLASSIFICAÇÃO:
● Aberta ou fechada
● Galho verde (a fratura incompleta na qual uma porção do córtex está intacta,
estabilizando o osso em alguma porção) ou completa;
● Transversa, oblíqua, espiral e compressão;
● Articular ou não articular.
LOCALIZAÇÃO NO OSSO:
● Diáfise, epífise e fise;
● Distal ou 1/3 proximal;
● A fisária é de acordo com a classificação de Salter Harris
FRATURA ARTICULAR:
● Y e T para fraturas do côndilo;
FRATURA SEVERITY:
● Simples (2 fragmentos);
● Cominutiva;
● Multiplas;
FRATURA FISÁRIA:
● A partir da classificação de Salter Harrys = identifica a localização da linha de
fratura;
● Tipo I ocorrem ao longo da própria fise;
● Tipo II ocorrem na fise e em uma porção da metáfise;
● Tipo III percorrem a fise e a epífise, e geralmente são fraturas articulares;
● Tipo IV também são fraturas articulares, que ocorrem na epífise, passando
pela fise e metáfise;
● Tipo V são lesões compressivas da fise não visíveis em radiografias, mas que
se tornam evidentes várias semanas depois, quando a função fisária cessa;
● Tipo VI tem sido utilizada para descrever fechamentos fisários parciais
resultantes de lesões a porções da fise e ocasionando fechamento fisário
assimétrico
CICATRIZAÇÃO:
Direta (reconstrução osteonal ):
● Estabilização rígida com contato;
● Primária (placa e parafuso);
● Secundária reconstrução osteonal;
● Secundária tem formação de calo (fixação com pino e cerclagem)
Indireta
● Formação de calo;
● Transformação de tecido fibroso e cartilagem em osso (inflamação, calo
mole, calo e remodelação
ESTABILIZAÇÃO DE FRATURAS:
● Neutralizar forças
● Ideal é compartilhamento de carga e não carregar a carga
● Preservar tecidos moles envolvidos
Ferramentas
● Pino e cerclagem
● Placa e parafuso
● Haste bloqueadas
● Fixador esquelético externo
Pinos:
● Prevenir flexão;
● Neutralizar força axial
Cerclagens:
● Compressão;
● No mínimo duas;
● Paralelo ao eixo longo dos ossos;
● Nenhum dos tecidos moles entre o fio e o osso
● ½ cm de fratura e 1 cm de distância
Placa e parafuso:
● neutralização
● suporte
● Compressão
● Feito sob medida para rosca
● 3 parafusos - proximal
● 3 parafusos - distal
Hastes bloqueadas:
● Anti rotação;
● Anti flexão;
● Anti-compressão;
● Neutraliza força axial
Fixador externo:
Aumentando o número aumenta a rigidez
Fixador esquelético:
Gesso e talas:
● Uma articulação acima e abaixo do local da fratura;
● Impedir o movimento das articulações;
● Doença do gesso:
○ Muito apertado
○ molhado
○ Crescimento do animal
○ abaixo do cotovelo e joelho
Tumores ósseos:
SARCOMA DE CÉLULAS SINOVIAIS:
● Envolve a articulação;
● Células mesenquimais ao redor da articulação;
● Amputação;
● Quimioterapia ? valor
FIBROSSARCOMA
HEMANGIOSSARCOMA
CONDROSSARCOMA
TUMORES SECUNDÁRIOS AO OSSO:
● Tumores múltiplos
MIELOMA MÚLTIPLO:
● Lesões osteolíticas puntiformes