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Ortopedia

1. Doença Legg-Calvé-Perthes
- Osteodistrofia da cabeça femoral, OCD da cabeça do fêmur
- Necrose avascular, necrose asséptica não inflamatória da cabeça do
fêmur
- 4-12 meses (média de 7 meses) antes do fechamento fisário da cabeça
do fêmur
- Menores de 12kg
- Raças: Min Pin, Poodle, Chihuahua, Terrier
- 90% é unilateral
- Resulta no colapso da epífise femoral em virtude de uma interrupção do
fluxo sanguíneo
- Revascularização → enfraquecimento ósseo → forças de sustentação e
peso fisiológicas normais causam colapso e fragmentação da epífise femoral →
incongruência entre epífise femoral e acetábulo → DAD
- Sinais
● Claudicação, evolui para impossibilidade de sustentar o peso
● Dor: hiperextensão, rotação interna, abdução da articulação
coxofemoral, atrofia
● Irritabilidade, redução de apetite e ato de morder a pele sobre o
membro afetado
● Encurtamento do membro afetado
- Diagnóstico radiográfico
● Deformidade da cabeça do fêmur
● Encurtamento ou lise do colo femoral e focos de redução da
opacidade na epífise femoral
- Tratamento
● Excisão artroplastia de cabeça e colo femoral
● Tratamento conservador pode aliviar a dor
● Tratamento feito antes do colapso da cabeça do fêmur consiste na
limitação da sustentação de peso no membro durante o período de
revascularização
2. Panosteíte / Enostose
- Doença de cães jovens
● Claudicação
● Dor óssea
● Produção endosteal de osso / subperiosteal
- Doença autolimitante em cães de raças grandes
- Sinonímias: enostose, panosteíte eosinofílica, osteomielite juvenil e
osteomielite de pastores alemães jovens
- Entidade idiopática que causa formação de osso novo endosteal
- Afeta ossos tubulares longos
- Síndrome de compartimento ósseo devido à dieta rica em proteínas e
calorias (causa em potencial)
● Excesso de proteína pode causar edema intra ósseo e aumento
secundário da pressão medular e isquemia
- Alteração predominante: formação de osso endosteal com invasão
medular por trabéculas ósseas
● A medula permanece altamente celular com graus variáveis de
fibrose e não é evidenciada inflamação crônica, infecção aguda ou
malignidade observada
- Machos são mais acometidos que fêmeas
- Raças: pastor alemão, rottweiler, são bernardo, labrador, terra nova,
basset hound
- Cães com menos de 2 anos (5-12 meses) ou mais velho
- Sinais
● Claudicação aguda, algumas vezes sem suporte do peso →
inicialmente
● Dor a palpação óssea profunda dos membros
● Consiste em claudicação crônica, intermitente que troca os
membros
● Cíclica, episódios de 2-14 dias, com intervalo de 4 semanas entre
os episódios
- Radiografia
● Sinais radiográficos progressivos, normais durante estágio inicial
● Primeiros sinais: alargamento do forame nutriente e borramento
acentuação dos padrões trabeculares, seguidos pelo aparecimento de
osso radiopaco, mosqueado ou irregular dentro dos canais medulares
● Fase aguda
● Fase intermediária
● Fase tardia: remodelação, ao longo de 2-3 semanas e
espessamento cortical pode permanecer como único achado residual

● Córtex indefinido
● Centrado ao redor dos forames nutrícios
● Rugosidade endosteal
● Novo osso periosteal e endosteal
● Padrão trabecular grosseiro
- Histopatologia
● Células hematopoéticas normais e gordura substituído por tecido
fibroso
● Reabsorção óssea e formação de tecido ósseo e fibroso
● Formação de osso endosteal mais proeminente
● Remodelamento ostial do córtex e novo osso ao redor do forame
nutrício
- Etiologia
● Desconhecida
● Vírus da cinomose tem sido isolado em alguns pacientes
- Tratamento
● AINEs (controle da dor) administrados durante episódios agudos
de claudicação
● Não existe indicação para tratamento cirúrgico
● Restrição de exercícios quando apresenta claudicação
- Melhor prognóstico entre todas as doenças ortopédicas juvenis
- Pode recorrer, mas geralmente é resolvida quando cão chega aos 2 anos
de idade

3. Osteodistrofia hipertrófica
- Ruptura das trabéculas metafisárias nos ossos longos de cães jovens de
crescimento rápido
- Escorbuto esquelético, osteopatia metafisária, displasia metafisária
- Animais debilitados: tratamento intensivo
- Etiologia: não se sabe de certeza
● Deficiência de vitamina C
● Excesso de cálcio na dieta
● Organismos infecciosos
● Vacinação
● Cinomose
- Raças de cães grandes e gigantes: são bernardo, labrador, golden,
rottweiler, weimaraner
- Patogênese: distúrbio aparente do suprimento sanguíneo leva a
alterações na fise e no osso metafisário adjacente, causando retardo de
ossificação da zona hipertrófica fisária
- Fase aguda: dura de 7-10 dias
- 3-4 meses
- Sinais
● Reluta caminhar e se levantar
● Claudicação severa
● Dor extrema em todos os membros, especialmente em zona
metafisária
● Metáfise dos ossos longos ficam edemaciadas, quentes e com dor
● Febre alta (>40º)
● Anorexia, pirexia
● Letargia
● Episódico
● Machos são mais acometidos que fêmeas
● Histórico recente de doença ou vacinação
● Macroscopicamente: regiões metafisárias dos ossos longos estão
alargadas com edema peri metafisário dos tecidos moles
● Microfraturas histológicas das trabéculas são evidentes e
circundadas por células inflamatórias e necrose
● Evidente falha da deposição óssea em treliça na cartilagem
calcificada do osso metafisário
- Radiografia
● Linha radiolúcida na região metafisária dos ossos
● Espessamento periosteal
● Mudanças na placa fisária
● Deformidades esqueléticas residuais
- Zona radiotransparente irregular na metáfise, paralela à fise (aparência
de linha fisária dupla)
- Estágios tardios: alargamento metafisário com aumento de opacidade
óssea
- Tratamento
● Analgésicos (controle de dor)
● Corticosteróides
● Antibióticos
● Tratamento de suporte
● Maioria se recupera de 7-10 dias

4. Osteopatia crânio-mandibular
- Tecidos de proliferação óssea substituindo o osso normal: endosteal e
periosteal
- Mandíbula, calota craniana e bula timpânica (outros ossos também podem
ser afetados
- Mandíbula de leão

- Etiologia
● Desconhecida
● Vírus da cinomose tem sido isolado em alguns pacientes
● Terries brancos, Caim Terries e Scottish Terries
- 4-10 meses
- Proliferação do novo osso causa dilatação irregular das mandíbulas e
bolhas timpânicas
- O osso lamelar existente é reabsorvido por osteoclasia e substituído por
osso novo que se expande além dos bordos periosteais
- A destruição osteoclástica do osso lamelar é acompanhada pela invasão
de células inflamatórias
- Medula óssea normal desaparece, sendo substituída por um estroma
vascular e fibroso
- Estágio proliferativo que é acompanhado por febre intermitente,
desconforto durante as refeições e dor quando a boca é aberta contra a
resistência
- Acomete machos e fêmeas
- Desidratação, anorexia, pirexia, reluta em se alimentar, salivação
excessiva e problema em mastigar alimento
- Episódica e pode ser visto com ODH
- Auto-limitante (11-13 meses): proliferação diminui quando o cão atinge a
maturidade e a fise fecha

- Aumento irregular da densidade óssea das mandíbulas caudais incluindo


as bolhas timpânicas
- Calvária pode estar espessada
- Tratamento
● Tratamento de suporte
➢ Analgésicos: controle de dor
➢ Animais que não conseguem abrir a boca: nutrição oral
líquida ou tubo de alimentação
➢ Antibióticos e corticóides: durante estado febril
● Eutanásia: animais que tem fusão mandibular e bolhas timpânicas,
restringindo o movimento mandibular o suficiente para impedir
alimentação
● Tratamento cirúrgico não é indicado

5. Osteopatia hipertrófica
- Reação periosteal difusa resultando em formação de osso novo ao redor
de metacarpos, metatarsos e outros ossos longos
- Sinônimos: osteoartropatia pulmonar, osteoartropatia pulmonar
hipertrófica e osteopatia pulmonar hipertrófica
- Síndrome paraneoplásica (associada a neoplasia)
- Secundário ao tumor geralmente no tórax, mas poderia ser em outro
lugar (carcinoma esofágico, rabdomiossarcoma, carcinoma de células
transicionais, nefroblastoma..)
- Secundária a outras doenças: Dirofilaria, endocardite bacteriana, ducto
arterioso patente
- Fisiopatologia: desconhecida
● Sugestão: alteração na função pulmonar aumenta o fluxo sanguíneo
periférico causando congestão de tecido conjuntivo que é mediado
neuralmente, o periósteo responde formando osso novo que pode ser
difuso ou nodular
- Cães velhos (raro em gatos)
- Sinais
● Letargia, relutância em andar, edema nas extremidades distais
● Aparecimento agudo ou gradual
● Membros quentes e edemaciados por ser secundário a doenças em
outros partes do corpo
- Diagnóstico por imagem: radiografia e US
● Proliferação periosteal uniforme, visto inicialmente nas falanges e
nos ossos do metacarpo e metatarso
● Conforme a doença progride a proliferação progride
proximalmente (rádio e ulna, tíbia e fíbula)
● As superfícies articulares dos ossos longos geralmente são
preservadas e parecem normais
● RX tórax: identificar doença pulmonar ou mediastinal subjacente
● US: identificar doença abdominal subjacente se a doença torácica
não for identificada
- Alterações laboratoriais
● Refletem a doença subjacente
● Trombocitose em alguns casos (não se sabe a causa)
- Tratamento
● Direcionado para a doença subjacente
● Remissão da proliferação: após a ressecção da lesão primária
- Prognóstico
● Resolução completa da doença subjacente: se for resolvida a
osteopatia hipertrófica secundária se resolve
● Sinais clínicos desaparecem 1-2 semanas após tratamento, as
lesões ósseas demoram meses para sofrerem remodelação

6. Tumor
- Osteossarcoma
● Tumor ósseo primário mais comum
● Longe do cotovelo, perto do joelho (em direção ao joelho)
● Não cruzam a articulação
● Amputação e quimioterapia: sobrevida de 1 ano
● A amputação não prolonga o tempo de sobrevivência
● Com ou sem amputação: sobrevida de 4-6 meses
● Radiação é paliativo
● Prognóstico para gatos é bom com a amputação
7. Osteocondrose
- Distúrbio na ossificação endocondral, que leva à retenção da cartilagem
devido a um espessamento da cartilagem
- Etiologia
● Genética
● Falha de ossificação endocondral: retenção da placa de cartilagem
● Carga na cartilagem retida: fissura (aumento na espessura resulta
em condrócitos desnutridos e necróticos causando uma fissura na junção
do tecido calcificado e não calcificado)
● Produtos inflamatórios alcançam a articulação e o osso: leva a
formação de flap → osteocondrite dissecante
- Os retalhos de cartilagem livre podem se alojar nas articulações e
também aumentar em tamanho com a calcificação, até se tornarem fragmentos
articulares radiograficamente visíveis
- Localização das lesões
● Cabeça do úmero: caudal
● Aspecto medial do côndilo umeral
● Aspecto medial e lateral do côndilo femoral
● Aspecto medial e lateral da crista talar
- Geralmente ocorre bilateralmente

- Histórico
● Claudicação: moderada a severa
● Cães grandes e gigantes
● 4-6 meses de idade
● Machos mais acometidos
- Exame ortopédico
● Ombro
➢ Claudica depois do exercício
➢ Dor na extensão e flexão do ombro
➢ Passo curto
➢ Atrofia muscular

➢ Radiografia do ombro: simples e contrastada (artrogama)

➢ Tratamento: curetagem osteocondral (conservador, se não


cirúrgico)
➢ Prognóstico: bom a excelente
● Aspecto medial do côndilo do úmero
➢ Claudica especialmente depois do exercício
➢ Derrame articular palpável
➢ Dor à flexão, extensão e supinação da pata
➢ Radiografia simples oblíqua
➢ Tratamento: curetagem osteocondral
➢ Prognóstico: bom a reservado

● Joelho
➢ Claudicação moderada a severa
➢ Passo curto
➢ Jarretes hiperestendidos ou posição agachada
➢ Efusão articular palpável
➢ Dor a hiperextensão e flexão
➢ Radiografia: simples
➢ Tratamento: curetagem osteocondral
➢ Prognóstico: bom

● Tarso
➢ Claudicação moderada a severa
➢ Efusão articular moderada a severa
➢ Dor à flexão e extensão
➢ Rottweiler fêmea pode ter um risco aumentado
➢ Radiografia com vistas especiais: crânio caudal, lateral,
craniocaudal flexionado, oblíquo
➢ Tratamento: remoção do fragmento e reunir fragmentos
➢ Prognóstico: reservado a ruim (claudicação e osteoartrose)

PARTE 2

- DISPLASIA DO COTOVELO
Principal causa de claudicação de membros dianteiros. Componentes hereditários e
ambientais influenciam no seu desenvolvimento.É um conjunto de doenças que inclui a
osteocondrose, fragmentação do processo coronoide (FPC), doença compartimental medial,
não união do processo ancôneo (NUPA).

ETIOLOGIA) Disparidade do crescimento entre o rádio e a ulna; rádio>ulna ou ulna>rádio;


genética - Bernese mountain dog, labrador retriever.
SINAIS) Cães de médio a grande porte, 4-6 meses.
Exame físico (EF) - claudicação (leve a grave), dor na hiperextensão e flexão do cotovelo,
redução da amplitude de movimento, dor na rotação interna, efusão articular, atrofia
muscular, rotação externa dos pés quando sentado ou em pé.
DIAGNÓSTICO) RX simples (3 projeções → vista medial-lateral neutra com Â=120º, vista
medial-lateral neutra com Â=45º, crânio-caudal oblíqua com pronação a 15º), Tomografia
computadorizada (TC).
Achados da FPC → esclerose na parte distal da incisura troclear, perda do padrão fino
trabecular, aumento da opacidade, achatamento do processo coronóide, osteófitos, PC
fragmentado (difícil), osteoartrite, incongruência articular.
TRATAMENTO) Depende do problema associado.
NUPA - remoção do fragmento, reimplantação, osteotomia da ulna.
FPC - remoção cirúrgica, conservativo.
Incongruência do cotovelo - osteotomia da ulna, osteotomia e fixação do rádio.
PROGNÓSTICO) Reservado a ruim - prevenção da osteoartrose; bom a reservado - função.

- RETENÇÃO DAS CARTILAGENS ENDOCONDRAIS


Rara. Defeito na ossificação endocondral da placa metafisária. Raças grandes e gigantes,
4-8 meses.
SINAIS) Inchaço de área metafisária, curvamento cranial do rádio com desvio varo dos
dígitos, geralmente bilateral, dor à palpação profunda.

DIAGNÓSTICO) RX - defeito radioluscente da placa metafisária distal ulnar.


TRATAMENTO) Conservativo, cirúrgico.

- DISPLASIA COXOFEMURAL
Não congênita, disparidade entre a massa muscular e o esqueleto. Atinge raças gigantes,
grandes , médias e pequenas, pode ocorrer em gatos também (raro). Galgos são
protegidos.
Fatores hereditários (“pacote genético para desenvolver”) e ambientais. Ganho de peso,
crescimento acelerado, sinovite (instabilidade articular), piso liso (segundo Durval, não!).
DIAGNÓSTICO)
Predisposição - raças grandes, animais jovens com lassidão do quadril ou idosos com
osteoartrite.
Sinais - dificuldade para levantar, intolerância ao exercício, claudicação (contínua ou
intermitente, piora com o esforço), atrofia da musculatura, marcha cambaleante com
movimentação anormal dos MPs, pula como coelho, levanta com esforço e se joga para
sentar, dor na articulação do quadril.
EF - dor na extensão, rotação e abdução, musculatura mal desenvolvida, ortolani positivo.
RX - projeção ventrodorsal (da pelve com os membros estendidos simetricamente e
flexionados medialmente, patelas centralizadas nos sulcos trocleares) → arrasamento
acetabular, osteófitos, colo femural espessado, cabeça do fêmur irregular.
Penn Hip - avalia susceptibilidade à displasia, 4 meses de idade, postura neutra e com
alavanca entre as pernas.
Artroscopia e citologia do fluido (osteoartrose).
TRATAMENTO)
Médico - exercício regular e controlado, redução do peso, medicamentoso (antiinflamatório -
dor, laser, acupuntura).
Cirúrgico - sinfisiodese púbica juvenil (até 4-5 meses), osteotomia pélvica tripla, prótese
total, colocefalectomia, denervação (idosos).
- LUXAÇÕES TRAUMÁTICAS
COTOVELO) Lateral é mais comum (tem mais recidiva e a anatomia favorece). Medial (usa
mais força para reduzir, mas tem melhor resultado).
Redução fechada (24-48h, anestesia geral + relaxante muscular), fixação com tala em
Spica, redução aberta.
COXOFEMURAL) Crânio-dorsal é mais comum (recidiva), ventro-caudal é rara.
Redução aberta - limpeza do acetábulo, remoção do ligamento remanescente. Técnicas
(capsulorrafia, parafuso e sutura, pino de Vita, perfurações ósseas com suturas), cirurgia
(Toggle pino, excisão da cabeça e colo femoral).
Redução fechada - 24-48h, anestesia geral, bandagem de Ehmer (rotação interna da
cabeça do fêmur, rotação externa do jarrete).
OMBRO) Lateral é mais comum. Bandagem de Velpeau (lateralizar a cabeça do úmero,
movimento do tendão do bíceps para reparação).

- JOELHO
LUXAÇÃO DE PATELA) Raças pequenas (Yorkshire terrier, poodle, chihuahua), mas pode
acometer raças grandes (brittany, springer spaniel, golden retriever, terra nova). Origem
traumática e congênita.
Graus → 1 - luxa, mas reduz sozinha, flexão e extensão da articulação normais.
2- fica luxada, mas reduz manualmente com facilidade ou quando o animal estender o
membro.
3- fica luxada, com difícil redução. Luxa novamente com a flexão e extensão do joelho,
deformidade de tecidos moles e rotação da tíbia de 30-60º.
4- fica luxada e não é possível reduzir. Deformidade de tecidos moles e rotação tibial de
80-90º.
– Genu varum, coxovara (luxação medial)
– Genu valga, coxovalga (luxação lateral)
TRATAMENTO → Graus 1 e 2 apenas claudicação. Trata obrigatoriamente nos graus 3 e 4.
Conservador ou cirúrgico (aprofundamento do sulco troclear, liberação da fáscia medial,
transposição da crista da tíbia, imbricação lateral, correção das deformidades femorais e
tibiais - G4).
DOENÇA DO CRUZADO) Ruptura do ligamento cruzado cranial (LCC) é mais comum, ele
previne a hiperextensão e rotação interna do membro.Pode atingir cães de qualquer idade e
raça, mas é mais comum em raças grandes, animais jovens e ativos (akita, chow chow,
rottweiler, pastor alemão, labrador retriever).
DIAGNÓSTICO)
Histórico - início súbito de claudicação sem sustentação ou com sustentação parcial de
peso, melhora gradual, mas piora com o exercício. Dificuldade para sentar e levantar, o cão
senta com o membro acometido para o lado de fora do corpo. Se houver lesão de menisco,
há claudicação constante sem sustentação ou com sustentação mínima.
EF - apreensão na manipulação, efusão articular, dor na hiperextensão, espessamento do
joelho, gaveta positivo (movimentação craniocaudal além de 0-2mm), teste de compressão
tibial (a tíbia avança cranialmente).
RX - inespecífico; extensão caudal da cápsula articular (efusão), osteófitos, espessamento
da cápsula articular, avulsão da inserção do LCC com fragmento ósseo.
TRATAMENTO)
Conservador - repouso e antiinflamatórios (raças pequenas, cães com menos de 10kg).
Cirúrgico - sutura do fabelo tibial, transposição da cabeça da fíbula, osteotomia de
nivelamento do platô tibial (TPLO), avanço de tuberosidade tibial (TTA).
Artrite
INTRODUÇÃO:

● As artropatias comuns em cães e gatos são, geralmente, classificadas como


inflamatórias e não inflamatórias;
● Artropatias inflamatórias ainda são classificadas como infecciosas ou não
infecciosas;
● Não infecciosas = erosivas ou não erosivas;
ARTROPATIA INFLAMATÓRIA:

● Bactérias, espiroquetas (p. ex., Borrelia burgdorferi);


● Riquétsias (Anaplasma phagocytophilum, Ehrlichia ewingii, Neorickettsia
risticii e Rickettsia rickettsii);
● Micoplasmas, fungos, calicivírus (gatos) e protozoários

ARTROPATIA NÃO INFLAMATÓRIA:


● Displasia;
● Doença articular degenerativa;
● Trauma;
● Neoplasia

ARTROPATIA NÃO INFECCIOSAS E NÃO EROSIVA:

● Poliartrite não erosiva imunomediada idiopática;


● Poliartrite crônica induzida por processo inflamatório;
● Sinovite linfocítica plasmocítica;
● Artrite associada à doença sistêmica (lúpus eritematoso sistêmico [LES])
● Induzida por fármaco: Trimethoprim-sulfur

ARTROPATIA NÃO INFECCIOSA EROSIVA:

● Deformante;
● Artrite reumatoide;
● Poliartrite progressiva crônica felina;
● Poliartrite erosiva dos galgos;
● Artropatia periosteal proliferativa

Osteoartrite:

● Ou doença articular degenerativa (DAD);


● Degeneração não inflamatória, não infecciosa da cartilagem articular;
● Formação óssea nas margens sinoviais e fibrose do tecido mole periarticular;
● Secundaria a instabilidade articular por trauma
● Desgaste anormal da cartilagem articular devido instabilidade
● Inflamação dos tecido sinovial devido o alogamento

CONSIDERAÇÕES GERAIS:
● Osteoartrite primária: distúrbio do envelhecimento, no qual há degeneração
cartilaginosa por razões desconhecidas;
● Osteoartrite secundária ocorre em resposta às anormalidades que causam a
instabilidade articular ou sobrecarga anormal da cartilagem articular = é a
mais comum;

FISIOPATOLOGIA:
● Mobilidade articular anormal aumenta as cargas fisiológicas exercidas em
algumas porções da cartilagem articular normal, dando início a alterações
moleculares que levam à osteoartrite;
● Inicialmente, a fibrilação da camada cartilaginosa superficial torna a
superfície articular áspera, com fissuras estendendo-se, eventualmente, ao
osso subcondral;
● Fragmentos livres de cartilagem podem iniciar uma resposta inflamatória da
sinóvia, com a formação de mediadores inflamatórios (i.e., citocinas e
prostaglandinas);
● A degradação da cartilagem resulta da alteração dos condrócitos, da
depleção dos proteoglicanos da matriz e da lesão da rede de fibrila de
colágeno;
● A ruptura do colágeno é induzida pelas citocinas (interleucina 1 [IL-1] e fator
de necrose tumoral [TNF]) e pela suprarregulação da liberação de enzimas
destrutivas (metaloproteinases da matriz [MMPs] e agrecanase) pelos
condrócitos, sinoviócitos e células inflamatórias;
● A cartilagem afetada é mais suscetível à ruptura a partir de cargas e
sobrecargas;
● O resultado é um círculo vicioso de inflamação e destruição da cartilagem;
● Portanto, a fibrilação articular, a perda de cartilagem, a esclerose do osso
subcondral, a formação de osteófitos, a fibrose de tecidos moles
periarticulares e a inflamação da membrana sinovial causam dor e perda de
função na osteoartrite.

DIAGNÓSTICO:

Histórico:
● Claudicação = aguda ou crônica, persistente ou intermitente
● Viagem.
Exame físico e ortopédico
Radiografia:
● Esclerose óssea subcondral;
● Formação de osteófito articular e periarticular;
● Estreitamento do espaço articular;
● Efusão articular;
● Maior proeminência de tecido mole periarticular;
● Atrofia muscular
Citologia
● Aspiração articular;
● Células fagocíticas mononucleares (6.000 a 9.000 leucócitos por microlitro
[Leucócitos /µl])
Culturas:
● Sangue, fluido articular, urina
Mudanças no fluido sinovial:
● Celularidade aumentada = Sinoviocitos, macrofagos, neutrofilos;
● Aumento na proteína;
● Diminuição da viscosidade e perda de xitotropia;
● Aumento na viscosidade com aumento do teor de proteína;
● Teste do coágulo de mucina

TRATAMENTO:
● Depende da causa
● Reumatóide:
○ Terapia esteróide
○ Imunomodulação
● Lúpus eritematoso sistêmico:
○ Terapia esteróide
○ Imunoterapia – azatioprina
● Séptica
○ Lavagem cirúrgica da articulação
○ Antibióticos
○ Antifúngicos
● Osteoartrose
○ AINES, GAGS
○ Fusão articular ou prótese

Injúria dos tendões:


TERMINOLOGIA:
● Entorses para injúrias nos ligamentos;
● Estiramento para injúrias nos músculos;
● Comum no carpo, tendão do calcâneo ou tendão do biceps.

RAÇAS:
● Sheltie;
● Collie;
● Dachshunds;
● Fraqueza inerente

CLÍNICA:
● Cães adotam posição plantígrada
Localização:
● Avulsão de fabela;
● Ruptura de músculos;
● Ruptura do tendão do calcâneo;
● Fratura do calcâneo;

TRATAMENTO:
● Re –implantar e suturar;
● Parafuso temporário ou fixação com pino;
● tala;
● artrodese

TENDÃO DO BÍCEPS:
● Ruptura ou bursite
Diagnóstico:
● Exame ortopédico
● Citologia
● Artroscopia
● Radiografia
Tratamento:
● Manejo médico –Depo Medrol??
● Tenodese
● Re-implantar

LIGAMENTOS PALMARES:
● Injúrias de hiperextensão
● Raças: Sheltie/Collie
● Cães de caça
● Determinar o nível de injúria carpal:
• Radiografia – sob estresse
● Tratamento:
• Artrodese parcial ou completa

CONTRATURA DO QUADRÍCEPS:
● Síndrome do compartimento
● Cães jovens
● Injurias multiplas
● Extensão prolongada
● Tratamento
• nenhum
● Prevenção
• Reparo precoce de fraturas de fêmur
• Uso precoce e flexão

CONTRATURA INFRAESPINHOSO:
● Cães de caça
● Incapacidade de girar internamente o ombro

Fraturas:
CLASSIFICAÇÃO:
● Aberta ou fechada
● Galho verde (a fratura incompleta na qual uma porção do córtex está intacta,
estabilizando o osso em alguma porção) ou completa;
● Transversa, oblíqua, espiral e compressão;
● Articular ou não articular.

LOCALIZAÇÃO NO OSSO:
● Diáfise, epífise e fise;
● Distal ou 1/3 proximal;
● A fisária é de acordo com a classificação de Salter Harris
FRATURA ARTICULAR:
● Y e T para fraturas do côndilo;

FRATURA SEVERITY:
● Simples (2 fragmentos);
● Cominutiva;
● Multiplas;

FRATURA FISÁRIA:
● A partir da classificação de Salter Harrys = identifica a localização da linha de
fratura;
● Tipo I ocorrem ao longo da própria fise;
● Tipo II ocorrem na fise e em uma porção da metáfise;
● Tipo III percorrem a fise e a epífise, e geralmente são fraturas articulares;
● Tipo IV também são fraturas articulares, que ocorrem na epífise, passando
pela fise e metáfise;
● Tipo V são lesões compressivas da fise não visíveis em radiografias, mas que
se tornam evidentes várias semanas depois, quando a função fisária cessa;
● Tipo VI tem sido utilizada para descrever fechamentos fisários parciais
resultantes de lesões a porções da fise e ocasionando fechamento fisário
assimétrico

FRATURAS POR AVULSÃO:


● acontecem quando o ponto de inserção de um tendão ou ligamento é
fraturado e distanciado do restante do osso
Tratamento:
● Banda de tensão em figura de oito

FORÇAS QUE ATUAM NA FRATURA:

● o cirurgião deve garantir que a fixação selecionada seja capaz de combater


as forças compressoras, de dobramento e torcionais aplicadas ao osso
estabilizado pelo suporte de peso e contração muscular adjacente

CICATRIZAÇÃO:
Direta (reconstrução osteonal ):
● Estabilização rígida com contato;
● Primária (placa e parafuso);
● Secundária reconstrução osteonal;
● Secundária tem formação de calo (fixação com pino e cerclagem)
Indireta
● Formação de calo;
● Transformação de tecido fibroso e cartilagem em osso (inflamação, calo
mole, calo e remodelação
ESTABILIZAÇÃO DE FRATURAS:
● Neutralizar forças
● Ideal é compartilhamento de carga e não carregar a carga
● Preservar tecidos moles envolvidos
Ferramentas
● Pino e cerclagem
● Placa e parafuso
● Haste bloqueadas
● Fixador esquelético externo
Pinos:
● Prevenir flexão;
● Neutralizar força axial
Cerclagens:
● Compressão;
● No mínimo duas;
● Paralelo ao eixo longo dos ossos;
● Nenhum dos tecidos moles entre o fio e o osso
● ½ cm de fratura e 1 cm de distância
Placa e parafuso:
● neutralização
● suporte
● Compressão
● Feito sob medida para rosca
● 3 parafusos - proximal
● 3 parafusos - distal
Hastes bloqueadas:
● Anti rotação;
● Anti flexão;
● Anti-compressão;
● Neutraliza força axial
Fixador externo:
Aumentando o número aumenta a rigidez

Fixador esquelético:

Sistema de barras em acrílico, fixadores circulares

Gesso e talas:
● Uma articulação acima e abaixo do local da fratura;
● Impedir o movimento das articulações;
● Doença do gesso:
○ Muito apertado
○ molhado
○ Crescimento do animal
○ abaixo do cotovelo e joelho

Tumores ósseos:
SARCOMA DE CÉLULAS SINOVIAIS:

● Envolve a articulação;
● Células mesenquimais ao redor da articulação;
● Amputação;
● Quimioterapia ? valor

FIBROSSARCOMA
HEMANGIOSSARCOMA
CONDROSSARCOMA
TUMORES SECUNDÁRIOS AO OSSO:
● Tumores múltiplos
MIELOMA MÚLTIPLO:
● Lesões osteolíticas puntiformes

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