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ESPONDILITE ANQUILOSANTE
EPIDEMIOLOGIA:
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
• Envolvimento da coluna vertebral e articulções sacroilíacas, articulações periféricas, além de
orgãos internos que também podem ser afetados.
1. Lombalgia e cervicalgia:
o Sugestivas de etiologia inflamatória:
▪ Início antes dos 40 anos;
▪ Início insidioso;
▪ Melhora com o exercício;
▪ Não há melhora com o repouso;
▪ Dor à noite;
▪ Rigidez matinal.
Teste de Schober
▪
2. Mobilidade vertebral prejudicada: anormalidades estruturais das vértebras são mais severas
na EA avançada = processo de fusão progressiva das vértebras ~ mobilidade prejudicada e
expansão torácica.
3. Anormalidades posturais: “postura encurvada”
o Hipercifose (dentro dos 10 primeiros anos da doença);
o Com a progressão: deformidade em flexão do pescoço, hipercifose torácica, perda da
lordose lombar normal e deformidades em flexão dos quadris.
4. Dores nas nádegas: pode ser indicativas de envolvimento das articulações sacroilíacas.
o Normalmente alternando entre os dois lados, mas também pode ocorrer apenas de
um lado.
o “Butock Point”
5. Dor nos quadris: associada com maior incapacidade e pior prognóstico.
6. Artrite periférica: as articulações mais afetadas são os tornozelos, quadris, joelhos, ombros,
esternoclaviculares e temporomandibulares.
7. Entesites: inflamação da região de inserção dos tendões e ligamentos aos ossos. Manifesta-
se com dor, rigidez e sensibilidade – normalmente sem muito edema.
8. Dactilite: edema difuso de dedos dos pés e das mãos.
• Osteopenia: osteoporose e redução da massa óssea são comuns e mais evidentes após 10
anos da doença.
• Fraturas: devido à combinação de diminuição da densidade mineral óssea e da rigidez
vertebral, sendo a coluna cervical baixa a região mais acometida.
o TC e RNM são exames mais sensíveis e específicos para detectar essas fraturas do
que o RX.
• Manifestações neurológicas: compressão da medula devido à fratura ou à subluxação
atlantoaxial.
o Lesão à medula espinal é 11x mais comum na EA do que na população em geral.
o Subluxação atlantoaxial: pode acarretar compressão da medula espinal se não
identificada e estabilizada.
o Síndrome da Cauda Equina.
• Doença Renal: incomum – glomerulopatia não-específica, amiloidose renal e nefropatia por
IgA.
EXAMES DE IMAGEM:
Grau 2: Áreas pequenas de esclerose e possíveis erosões sem alargamento. Grau 3: Esclerose, alargamento do espaço articular e erosões.
Grau 4: Fusão da articulação,anquilose total.
Objetivos:
1. Alívio dos sintomas (dor, rigidez e fadiga);
2. Manutenção da função;
3. Prevenção de complicações (contraturas, especialmente a cifose);
4. Minimização de manifestações extra espinais e extra articulares;
5. Manutenção do funcionamento psicossocial efetivo.
Terapias Não-Farmacológicas:
• Educação sobre a doença;
• Exercícios físicos: treinamento postural, exercícios de amplitude, alongamentos,
hidroterapia.
• Grupos de ajuda;
• Cessar tabagismo.
Tratamento Farmacológico:
• Inicial: AINEs: “sob demanda” para reduzir progressão da doença.
o Naproxen 500mg 2x/d;
o Celecoxib 200mg 2x/d;
o Ibuprofeno 800mg 3x/d;
• Resposta inadequada a pelo menos 2 drogas anti-inflamatórias (AINEs) usadas
adequadamente, por no mínimo 2 a 4 semanas cada, associar:
o Anti-TNF:
▪ Infliximab 5mg/kg IV nas semanas 0, 2 e 6 – seguido de manutenção
de dose de 5mg/g a cada 6 a 8 semanas.
▪ Adalimumab 40mg SC a cada 2 semanas.
o Anti-Interleucina 17:
▪ Secuquinumab 150mg SC por 4 semanas – seguido de manutenção
a cada 4 semanas. Ixequizumab:
o Sulfasalazina é uma opção quando há predominância de artrite periférica.
OBS: Não demorar para instituir os agentes biológicos como terapia principal se não houve melhora
com AINE.
• Glicocorticoides sistêmicos: não estão indicados devido à falta de evidências
científicas.
• Cirurgia:
o Artroplastia total de quadril;
o Cirurgia de coluna.