Doenças

articulares
Imaginologia médico-veterinária
Anatomia das diartroses
• Superfícies articulares
• Cartilagens articulares
• Cápsula articular
Estrato fibroso
Estrato sinovial
• Líquido sinovial
• Ligamentos
• Tendões
• Ossos sesamoides
Felino, Lat-med e Cr-Cd (MTE)
Anatomia radiográfica

• Espaço articular:
radiolucente

• Superfícies articulares
normais

• Ausência de reação óssea

Doenças articulares

Alterações
Alterações Alterações de
inflamatórias e
congênitas desenvolvimento
infecciosas

Doença articular degenerativa

 Exame radiográfico é
Pode ser inconclusivo!
complementar!

O exame radiográfico não

pode ser utilizado como única
ferramenta para confirmar
diagnóstico

Auxílio diagnóstico e
prognóstico
Doença articular degenerativa/Osteoartrite/Osteoartrose
 Primária/idiopática
Perda de • Origem desconhecida
matriz • Distúrbio da senilidade

hialina e Secundária
morte de • Resposta à instabilidade articular
condrócitos (fatores mecânicos/genéticos)
• Artrite séptica ou imunomediada
Artrites Asséptica Séptica

• Traumática (má • Hematógena: infecção

conformação óssea, do cordão umbilical -
aprumos irregulares) onfaloflebite

• Imunomediada • Local: ferimentos,

(prognóstico ruim) infiltrações (injeção
intra-articular)
Sinais radiográficos
Estreitamento ou perda total do
espaço articular
Diminuição da interlinha
radiográfica (mais comum em
grandes animais)

2. Formação de
1. Aumento do
osteófitos
líquido sinovial
marginais

4. Erosão de
3. Entesófito superfície
articular
Sinais radiográficos

5. Artrólitos
(mineralizações
intra-articulares)

6. Esclerose do osso
subcondral

7. Cistos ósseos
subcondrais
Entesófitos
Neoformações ósseas na origem ou
inserção de tendões/ligamentos
Canino, Med-lat e Cr-Cd (MPD)
Felino, Cr-Cd e Med-lat (MTE)
Felino, Med-lat (MP)
Canino, Med-lat e Do-pal
(MTD)
Canino, Med-lat e Cr-cd (MTE)
Felino, Med-lat (MT)
Luxação de
patela
Anatomia do joelho
Anatomia do joelho
Diagnóstico de
luxação de patela
• Clínico
• Exame radiográfico para
sugerir alterações
secundárias
• Auxílio em conduta
clínica/cirúrgica
Canino, Cr-Cd e Skyline (MPE)
Luxação congênita
de patela

• Raças pequenas de cães

• Diagnóstico após três
meses

• Patela só começa a
calcificar a partir do 3º
mês de vida (termina no
7º - 9º mês)

• Desvio femoral/tibial
• Malformação da tróclea
Luxação congênita de patela

Observar e informar:

• Alterações secundárias
• Desvios angulares (fêmur e tíbia)
• Planejamento/acompanhamento
cirúrgico
 Patela fora do sulco troclear (cuidado! Nem
sempre. Correção pelo posicionamento.)

Sulco troclear raso (skyline)

Sinais Rotação da tíbia

radiográficos
Angulação anormal da articulação
femorotibial

Doença articular degenerativa

Canino, 9m, VD
• Desvio de cristas da tíbia

• Patelas fora do sulco

troclear
Necrose asséptica da cabeça do fêmur
• Perda de vascularização
normal na cabeça do
fêmur

• Artérias femorais
circunflexas lateral e
medial e da cabeça do
fêmur
 Outras nomenclaturas: necrose avascular da
cabeça do fêmur/doença de Legg-Calvé-Perthes

Isquemia e Osteólise consequente de isquemia

morte
Incongruência de cabeça do fêmur e acetábulo
celular
Degeneração articular
• Cães jovens e de pequeno
porte

• Bi ou unilateral

• Poodle/Yorkshire: fatores
genéticos
Aspectos radiográficos
• Osteólise na cabeça do fêmur

• Aumento anormal da radiotransparência

 Displasia
coxofemoral
 Raças grandes/gigantes

Fatores nutricionais, ambientais (exercícios

Desenvolvimento exacerbados, piso liso) e genéticos (poligênica)
anormal da
articulação
Incongruência (pela falta de resistência do lig. da
coxofemoral cabeça do fêmur) e consequente frouxidão articular
(quadril)
Esclerose acetabular, osteofitose, espessamento do
colo do fêmur, fibrose da cápsula articular e luxação
da cabeça do fêmur.
Diagnóstico

A partir de 4 meses de idade

Somente a partir dos 24 meses pode ser considerado negativo

Alguns animais apresentam alterações precoces, outros não

Esse laudo é feito pelo Colégio Brasileiro de Radiologia Veterinária -

CBRV (oficial)
Posicionamentos para
avaliação de DCF
• VD com membros pélvicos
estendidos e fêmures levemente
rotacionados medialmente (patela
no sulco troclear)

• Angulação correta do membro –

eixo central

• Exigido pelo CBRV – animal

anestesiado
Ângulo de
Norberg
• Angulação entre cabeça
do fêmur e acetábulo

• Linha inicial: liga as

cabeças dos fêmures

• Normal: acima de 105°

• Quanto mais
incongruente, menor a
angulação
Aspecto
radiográfico
normal
 • Grau A: Articulações coxofemorais normais (H.D. -
)

- Acetábulo profundo
- Cabeça do fêmur esférica
Classificação - Congruência de cabeça do fêmur e acetábulo
- Ângulo de Norberg ≥ 105°

- Apto à reprodução.
 • Grau B: Articulações coxofemorais próximas do
normal (H.D. -/+)

- Cabeça do fêmur e acetábulo ligeiramente

incongruentes
- Ângulo de Norberg aprox. 105°
Classificação

- Apto à reprodução
Sinal
radiográfico
precoce:
linha de
Morgan
 • Grau C: Displasia coxofemoral Leve (H.D. +)

- Cabeça do fêmur e acetábulo são incongruentes

(discreta subluxação)

Classificação - Ângulo de Norberg >100° e <105°

- Reprodução ainda permitida

 • Grau D: Displasia coxofemoral moderada (H.D.
++)

- Cabeça do fêmur e acetábulo são incongruentes,

com subluxação
- Acetábulo pouco profundo
- Cabeça do fêmur achatada
Classificação - Colo do fêmur levemente engrossado
- Ângulo de Norberg aprox. 95°
- Não apto à reprodução
Displasia
moderada
 • Grau E: Displasia coxofemoral grave. (H.D. +++)

- Há evidentes alterações, com sinais de luxação ou

distinta subluxação
- Ângulo de Norberg é menor que 90°
- Há evidente achatamento da borda acetabular
Classificação cranial
- Deformação da cabeça femoral (formato de
cogumelo, achatamento)
- Osteoartrose
- Não apto à reprodução
Displasia
grave
Posicionamentos para avaliação de DCF
• Método PennHIP (com duas
imagens)
VD com membros em posição que
simula a estação
(imagem 1)

VD com fêmures rotacionados e

pressionados contra
aparato medial (imagem 2)
 E gatos?
Também
podem ser
acometidos?
Sim.
Mais comum
em gatos de
raça e
grandes.
Displasia de
cotovelo
Posicionamento Médio-lateral
 Crânio-caudal
Posicionamento Caudo-cranial
 Médio-lateral com
Posicionamento cotovelo flexionado
 Afecção patogênica, na qual ocorre
uma anormalidade de
desenvolvimento da articulação

Displasia Manifestações clínicas (4 – 8 meses

de idade)
do cotovelo
Unilateral ou bilateral
 Displasia: causada pela
incongruência entre úmero, rádio e
ulna

Displasia Principalmente nas áreas do

processo ancôneo e coronoide da
do cotovelo ulna

Processo coronoide ficando um

pouco mais sobreposto em
posicionamento craniocaudal
 Assim como a displasia
coxofemoral, é poligênica

Displasia Cães de raças grandes, 4

do cotovelo a 8 meses de idade

Unilateral ou bilateral
 Não união do processo ancôneo: ocorrência de
incongruência articular devido ao fato de o
animal apresentar uma ulna mais curta.

Tem-se assim uma sobrecarga na região do

Alterações processo ancôneo.
devido à Como a articulação não se encaixa direito, pode
incongruência: não haver a união do processo ancôneo durante
o desenvolvimento do animal.

Na maioria das vezes, é bilateral. Diagnóstico: a

partir de 20 semanas
Não união do processo ancôneo
 Fragmentação do processo
coronoide medial da ulna: rádio
mais curto, causando sobrecarga
Alterações no processo coronoide.
devido à
incongruência:
Diagnóstico: sinais entre 4 a 6
meses de idade.
Fragmentação do processo coronoide medial
da ulna
Osteocondrite/osteocondrose dissecante
 A osteocondrose acontece devido
a um distúrbio na diferenciação
celular normal no crescimento da
Osteocondrite/ cartilagem articular.
osteocondrose
dissecante Ocorre uma necrose da
cartilagem epifisária devido à
falha no processo de ossificação
endocondral.
Falha na vascularização - necrose
 O desenvolvimento da lesão dissecante por
trauma causa colapso da cartilagem articular
sobre as áreas da cartilagem epifisária
necrótica.

Progressão Em alguns animais, a região necrosada pode

se soltar e agir como um corpo estranho na
da lesão articulação.

Quando isso acontece, tem-se um “flap

articular” (osteocondrose dissecante).