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PÉ TORTO CONGÊNITO

Estudante: Paidamoyo Mutane Sithole


Medicina Geral 6° Ano
UCM
TERMOS RELACIONADOS
- Pé plano: redução/perda do arco
(concavidade) do pé;
- Pé cavo: aumento do arco (concavidade)
do pé;
- Pé equino: pé mantido em flexão plantar
excessiva;
- Pé calcâneo: pé mantido em dorsiflexão
excessiva.
- Retropé varo: no qual o calcanhar está
voltado para dentro;
- Retropé valgo: o calcanhar está voltado
para fora.
DEFINIÇÃO

• Pé equinovaro, com adução e supinação do médio


e antepé, além do cavo.

 CAVE = Cavo, Adução, Varo e Equino


EPIDEMIOLOGIA
• Causa mais séria de incapacidade física por defeitos
musculoesqueléticos congênitos.
• Incidencia ~1 em 1000 NV;
• ~100 mil nascidos por ano, 80% em países em desenvolvimento.
• Bilateral em 50% dos casos. Nos unilaterais, predomina o lado
direito. A relação masculino-feminino é de 2:1.
• Rara nos chineses e frequente nos polinésios. A incidência varia de
0,4 a 7/1.000 nascidos vivos.
ETIOLOGIA

• Desconhecida
• Fatores genéticos multifatorial; oligoidramnio; bloqueio do
desenvolvimento fetal.
• Há inserções musculares anômalas e anormalidades histológicas nas
fibras musculares do pé.
PATOLOGIA

• Segundo trimestre da gestação.


• Deslocamento intrauterino das articulações tibiotarsal,subtalar, talonavicular e
calcaneocubóidea.
• Desvio em varo e equino das articulações tibiotarsal e subtalar (pé
equinovaro); e pelo desvio medial e inferior da articulação talonavicular,
gerando adução e pé cavo.
• Tração do tendão tibial posterior e dos músculos gastrocnêmio e sóleo, tibial
anterior e flexor longo dos dedos. Essas estruturas encontram-se mais
encurtadas do que no pé normal, e seu colágeno é anormal, podendo persistir
assim até os 4 anos de idade, período em que as recidivas são mais frequentes
e devem ser evitadas.
DIAGNÓSTICO
• Clínico:
1. O tálus é proeminente e palpável no dorso do pé, e
o tubérculo do navicular é palpável medialmente
(abaixo do maléolo medial). Pé rígido, menor e
resiste às tentativas de correção passivas. Rigidez
progressiva e panturrilha mais atrofiada. Pode ter
um volumoso higroma na face lateral e dorsal.
2. A marcha é claudicante, com consumo de energia
aumentado, e o paciente necessita de calçados
adaptados.
3. Avaliar outras regiões do corpo: pode ter displasia
do quadril, torcicolo congênito e hérnia inguinal
• Exames subsidiários, até mesmo raio X, são
desnecessários na avaliação do pé.
CLASSIFICAÇÃO

Diversas classificações foram propostas. A mais usada é:


◗ Pé torto postural – aquele que corrige com exercícios;
◗ Pé torto idiopático – o verdadeiro;
◗ Pé torto teratológico – associado a outras patologias.
PATOLOGIAS ASSOCIADAS

◗ Patologias neuromusculares (mielomeningocele, artrogripose,


luxação congênita do quadril);
◗ Bandas amnióticas congênitas;
◗ Defeito femoral proximal;
◗ Nanismo;
◗ Bifurcação femoral; etc
TRATAMENTO

Objetivos:
◗ obter aspecto anatômico normal e esteticamente corrigido;
◗ desenvolver flexibilidade e mobilidade normais ou próximas do
normal;
◗ eliminar dor durante a marcha e a prática de esportes;
◗ permitir o início da marcha em idade normal e a deambulação sem
claudicação;
◗ evitar as recidivas;
◗ permitir o uso de calçados normais.
Com esses objetivos, diversas técnicas de manipulação e gessos foram
utilizados, sendo as técnicas mais conhecidas as de Kite e Ponseti.
TÉCNICA DE PONSETI PARA O TRATAMENTO DO PÉ
TORTO CONGÊNITO

◗ Gessados semanais, de 6 a 10

Correção gradual e progressiva

◗ férula de Denis Browne


1. 23 horas do dia nos primeiros quatro
meses

2. Mantém-se por 14 horas diárias,


durante o sono, até os 4 anos de idade
MUITO OBRIGADO

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