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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA

ANA CRISTINA BARBOSA NASCIMENTO


GUSTAVO BOND VILLORDO
JANICE DE FREITAS SOARES
NATHALY HELVIG LOPES
STEPHANIE PEREIRA GAMA

ANÁLISE CINESIOLÓGICA DE MOVIMENTOS NO SNOWBOARD

CURITIBA
2022
ANA CRISTINA BARBOSA NASCIMENTO
GUSTAVO BOND VILLORDO
JANICE DE FREITAS SOARES
NATHALY HELVIG LOPES
STEPHANIE PEREIRA GAMA

ANÁLISE CINESIOLÓGICA DE MOVIMENTOS NO SNOWBOARD

Trabalho em grupo apresentado à disciplina de


Cinesiologia, no Curso de Bacharelado em
Educação Física da Universidade Tecnológica
Federal do Paraná como requisito parcial para
processos avaliativos.

Profª. Dr. Oslei de Matos

CURITIBA
2022
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................3

2 DESENVOLVIMENTO..............................................................................................4

2.1 HISTÓRIA DO SNOWBOARD...............................................................................4

2.2 INTRUMENTOS DO SNOWBOARD......................................................................6

2.3 MANOBRAS DO ESPORTE..................................................................................9

2.4 MOVIMENTOS DO SNOWBOARD E OS PLANOS ANATÔMICOS...................10

2.5 PRINCIPAIS GRUPOS MUSCULARES DA AÇÃO.............................................13

2.6 ANÁLISE CINESIOLÓGICA.................................................................................16

2.6.1 FASES DA ANÁLISE.........................................................................................17

2.6.2 PRIMEIRA FASE...............................................................................................17

2.6.3 SEGUNDA FASE..............................................................................................21

2.6.4 TERCEIRA FASE..............................................................................................22

2.6.5 QUARTA FASE.................................................................................................23

CONCLUSÃO............................................................................................................26

REFERÊNCIAS..........................................................................................................27
Ministério da Educação
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Departamento Acadêmico de Educação Física
Curso de Bacharelado em Educação Física

INTRODUÇÃO

Trata-se de uma avaliação cinesiológica dos principais movimentos da atleta


Chloe Kim, realizados em competição na modalidade halfpipe do snowboard,
ocorrido durante as olimpíadas de inverno de Pequim em 2022, a qual lhe concedeu
a sua segunda medalha de ouro na categoria, também conquistada anteriormente
nas competições de 2018.

A análise corresponde a um recorte desses movimentos, que são


fundamentais para a execução de manobras características ao esporte e foram
praticados com um alto grau de representação pela esportista, neste que é o maior
campeonato de inverno, que ocorre a cada quatro anos e envolveu diferentes
transposições do corpo da atleta na modalidade disputada.

Neste contexto, torna-se importante conhecer a trajetória da atleta no


esporte, que lhe concedeu grande destaque na sua carreira dentro do Snowboard
ainda com pouca idade. A modalidade em destaque é também mencionada como o
deslize em uma estrutura em forma de meio tubo ou no formato da letra “U” e no
esporte, pode ser comparado como surf na neve.

A snowboarder recebeu maior visualização a partir das olimpíadas de 2018,


onde se destacou ao receber a primeira medalha na categoria feminina na história
do esporte, com apenas 17 anos de idade e atualmente encontra-se com 22 anos.

Nascida na Califórnia, em Long Beach, Chloe é de origem coreana e já


coleciona diversas vitórias em sua carreira, que se encontra somente no início de
sua trajetória, logo sendo promessa para os grandes campeonatos nos anos
seguintes principalmente, nas Olimpíadas de Inverno 2026, lugar este, onde a atleta
já vivenciou grandes momentos.

Figura 1- Campeã Olímpica Chloe Kim


Fonte: CNN Brasil

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2. DESENVOLVIMENTO

Para esta análise é importante conhecer as diferentes etapas, para se


chegar ao resultado do movimento realizado pela atleta, isto inclui todo o processo
que envolveu a introdução e a continuidade para suas ações, descritas em
sequência neste bloco, como:

 A prática esportiva do snowboard, desde o seu surgimento até a


prática atual dos campeonatos existentes;

 Os instrumentos e acessórios necessários que são utilizados;

 As principais manobras características da modalidade;

 A escolha e os principais movimentos específicos a esta análise;

 Os grupos musculares fundamentais para a sua execução;

 Introdução e síntese dos planos e eixos anatômicos;

 Príncipios da cinesiologia para maior compreensão posterior;

 A análise cinesiológica do movimento distribuída em quatro fases com


apresentação de conteúdos em textos e tabelas.

2.1 HISTÓRIA DO SNOWBOARD

O snowboard é um esporte de neve, seu nome se dá pela junção das


palavras inglesas “snow” (neve) e “board” (prancha), ele é derivado de três esportes:
surfe, skate e o esqui. Sua origem tem como referência o ano de 1965, quando um
engenheiro de Michigan, nos Estados Unidos, chamado Sherman Popper, resolveu
criar um brinquedo diferente para as suas duas filhas, quando uniu dois esquis e
colocou uma corda como forma de condução, ali nascia o esporte.

Na época, as crianças da vizinhança gostaram muito da invenção e com


isso, o engenheiro decidiu patentear sua criação, nomeando então de “Snurfer”,
união de “snow” e “surfer”. Em 1968, ocorreu a primeira competição, na qual era
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apenas uma descida em linha reta sob uma prancha. Com o aumento do sucesso do
esporte, o material usado começou a ser modificado, sendo criado então o
“winterstick”, com o mesmo comprimento de um esqui, porém três vezes mais largo
e sem os fixadores.

Com o passar dos anos, o esporte começa a modernizar-se, com isso, foram
criadas seis modalidades do snowboard que são:

 O slalom gigante paralelo, onde dois atletas competem ao mesmo


tempo em pistas idênticas e paralelas;

 O slalom gigante, que é caracterizado por uma prova de tempo, na


qual os atletas precisam passar pelas bandeiras traçadas na pista;

 O slopestyle, como sendo uma vertente do snowboard freestyle e


possui um percurso com muitos obstáculos que exige manobras de
saltos em rampas;

 O halfpipe, que é a modalidade realizada por Chole Kim nesta


avaliação, onde ecorre dentro de uma grande estrutura em forma de
U, também conhecido como “meio tubo”, em que o objetivo do atleta é
fazer manobras nas quais serão julgadas;

 O big air, que basicamente consiste em fazer uma grande manobra


após descer uma mega rampa;

 Snowboard cross, última variação do esporte que é caracterizado por


uma pista com vários obstáculos, onde os atletas competem entre si
até a linha de chegada.

Com o crescimento do snowboard, a maioria das estações de esqui


passaram a aceitar a prática do esporte, com isso, em 1994, o Comitê Olímpico
Internacional (COI) incluiu o snowboard como esporte olímpico. Sua estreia foi nas
olimpíadas de inverno de 1998 no Japão, na qual foram disputadas duas categorias,
o halfpipe e o slalom gigante no feminino e masculino.

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Com isso, o esporte já percorre mais de 25 anos em grandes campeonatos e
sempre apresenta grandes esportistas ao longo do tempo que se tornam promessas
ao ganhar destaque e cada vez mais admiradores do snowboard.

Os vencedores da primeira olimpíada foram, na categoria masculina, o suíço


Gian Simmen no halfpipe e o canadense Ross Rebagliati, no slalom gigante e na
categoria feminina foram a alemã Nicola Thost e a francesa Karine Ruby,
respectivamente.

Figura 2 –Snurfer e inventor do Snowboard

2.2 INTRUMENTOS DO SNOWBOARD

O esporte necessita de alguns instrumentos específicos a ele para ser


realizado e tem como principal e característico o esqui, item fundamental em
conjunção com roupas térmicas e luvas.

Por ocorrer em ambiente que envolve baixas temperaturas, a prioridade é


manter seus executantes bem aquecidos e secos através de roupas mais
específicas e térmicas pra gerar um grau de conforto para que assim consiga
praticar melhor o snowboard. Os principais equipamentos utilizados são a calça, a
jaqueta e as camadas térmicas, as botas, o capacete, as luvas, as fixações
necessárias, os óculos de proteção, e a prancha. Todos os itens serão descritos a
seguir:

Figura 3 - Instrumentos do Snowboard


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 Jaqueta para snowboard – Assim como a jaqueta de esqui, a jaqueta de
snowboard deve ser à prova d’água e feita com algum material que permita o
corpo respirar. A peça também não pode restringir seus movimentos durante
as manobras. Bolsos, ajustes de ventilação e uma snowskirt são recursos
bem-vindos.

Também são utilizadas camadas de base, também conhecidas


como segunda pele térmica, as roupas de base dissipam o suor e regulam
sua temperatura, mantendo o corpo confortável durante o dia todo. Os
modelos de tecido sintético, como nylon, e de lã merino são os mais
comuns. Camadas intermediárias – Geralmente não se usa essa camada nas
pernas, apenas na parte superior do corpo. Pode ser uma blusa de lã, fleece
ou qualquer outro tecido mais fino que dê para tirar e guardar;

 Botas e meias – As meias de snowboard foram desenvolvidas


especificamente para trabalhar com a articulação natural do pé e dos
tornozelos;

 Capacete – Este item é totalmente indispensável para a prática esportiva,


pois é um equipamento básico de segurança e deve permanecer bem
ajustado a cabeça;

 Luvas – Na neve, é essencial aquecer as extremidades do corpo, em especial


as mãos. Portanto, as luvas de Snowboard precisam ser à prova d’água e
com isolamento térmico. Além disso, devem ser resistentes para não
rasgarem facilmente com o manuseio da prancha;

 Fixações – Estas são usadas para fixar os pés junto com as botas na
prancha, podem ser chamadas de bindings. Elas devem ser flexíveis por
influenciar a forma que a prancha vai flexionar e reagir aos movimentos do
corpo;

 Óculos – Os praticantes de Snowboard, como também os atletas necessitam


de uma proteção de olhos acima da média porque a luz solar (incluindo a
radiação ultravioleta) é mais intensa em altitudes mais elevadas, e a neve e o
gelo refletem luz adicional. Este tipo de óculos tem a função importante de
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proteger os olhos quando está a nevar. Desta forma, utilizam óculos que se
ajustam ao rosto, de modo que a única luz que chega é a que passa através
das lentes.

 Calça para snowboard – A parte inferior do vestuário também precisa ser


impermeável e à prova de vento. Quando o corpo tocar a neve, uma boa
calça deve evitar que a água entre o todo custo. Peças com sistema de
ventilação são importantes para liberar o excesso de calor e umidade;

 Prancha – Elas se assemelham as de esqui e há alguns componentes


básicos que entram na construção de cada prancha de snowboard. Cada
prancha tem uma base, uma borda, um núcleo, e uma folha superior. Elas
têm as bordas de metal e uma base P-tex. O método mais comum de
construção de uma prancha de snowboard é pelo método de 'sanduíche' que
consiste em construi-la em várias camadas.

Os sete materiais são: topsheet' com desenhos impressos; fibra de vidro,


madeira ou núcleo de espuma, base de plástico - (P-tex), arestas de metal,
sistema de resina (cola) e a folha de borracha e pode ser adicionada também,
fibra de carbono a outros materiais de reforço de modo a aumentar o
desempenho;

Logo, existem diferentes tipos de prancha para o Snowboard, uma delas é a


all mountain que são as mais indicadas para iniciantes, pois permitem
explorar diferentes tipos de terrenos. Além disso, têm um perfil flex macio a
médio, o que facilita o domínio do equipamento e consequentemente, o
progresso nas pistas que ao ser alcançado pode ser utilizado outro tipo de
prancha chamadas freestyle e freeride.

 Outros itens – Máscara bala clava é usada para proteger o nariz,


polaina/aquecedor de pescoço, gorro para usar sem o capacete, protetores
de pulso e costas, óculos de sol para o après-ski, mochila, protetor solar
e protetor labial.

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2.3 MANOBRAS DO ESPORTE

Após realizar pesquisas em espaços especializados sobre o esporte


Snowboard, foram selecionadas as principais manobras para definir a escolha do
movimento a ser analisado.

A atleta Chloe Kim, nas Olimpíadas de 2022 (China), realizou uma


competição praticamente sem erros e com movimentos perfeitos para essa
modalidade, nela existem conceitos que situam a atleta no espaço com relação a
pista em forma de U, essa modalidade de competição é chamada de Half Pipe, e
são eles:

 Backside: A manobra é realizada com a atleta de "costas" para a pista;

 Frontside: A manobra é realizada com a atleta posicionada de frente;

 Triple cork: É um tipo de giro onde a atleta rotaciona fora do eixo; Nesse
contexto, a maioria das manobras terá um número que será dividido por 360
e expressa a quantidade de giros que a atleta desempenhou;

 Frontside wall: Quando a atleta desce direto pelo halfpipe, que está à frente
da competidora;

 Gab: Manobra onde a atleta pula sobre alguma parte da superfície da pista e
pousa em outra parte da pista;

 Grab: É a maneira como a atleta agarra/segura a prancha de snowboard


com a mão(s) durante a execução de uma manobra. Esse movimento
demonstra controle sobre a manobra e contribui para o estilo pessoal da
competidora. Os principais tipos de agarre são: mute, indy, nose, tail, Japan;

 Air to Fakie: Qualquer manobra no halfpipe em que a atleta se aproxima da


parede deslizando para frente, nenhuma rotação é feita;

 Cab: Uma rotação frontal;

 Melon: A atleta usa a mão da frente para agarrar a prancha, em diferentes


locais, mas principalmente a parte dianteira.
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Foi apresentado apenas os principais conceitos, que ajudam a contextualizar
os movimentos da atleta na competição que foi a grande vencedora ao levar o ouro
ouro em 2022, pois desempenhou uma manobra que é considerada uma das mais
complicadas, a Cab 900 Melon.

A manobra envolve velocidade, altura, giros, flexibilidade e entre outras


capacidades que atletas de alto rendimento buscam nessa modalidade. Para essa
manobra, Chloe se aproxima com o pé esquerdo à frente, posição oposta a sua
postura normal de deslocamento e completa duas rotações e meia (Cab) e segura a
borda da prancha entre seus pés (Melon) que após realizar uma aterrissagem
suave, se prepara para a próxima manobra na outra extremidade da pista.

Logo, a definição do grupo envolveu o esporte através do desempenho


brilhante da atleta e devido a complexidade dessa manobra, ela foi selecionada para
essa análise cinesiológica, pois envolve vários grupos musculares.

2.4 MOVIMENTOS DO SNOWBOARD E OS PLANOS ANATÔMICOS

Para a realização da avaliação é essencial adentrar no princípio das


diferentes direções de apresentação que são características de cada movimento do
corpo humano para reconhecer e identificar as musculaturas atuantes.

Tal reconhecimento, envolve os planos e eixos corporais e as


movimentações nas articulações que torna-se necessário identificar para uma
melhor compreensão da cinesiologia dos movimentos de Chloe Kim. Estes planos
estão demonstrados em imagens.

Com essa definição, podemos avaliar os movimentos que foram usados pela
atleta que utilizou do plano sagital quando teve uma diminuição do ângulo da
articulação ao inclinar a cabeça para frente além de, também utilizar do movimento
de hiperextensão, onde podemos ver que no braço quando o mesmo se estende
para além do corpo.

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Figura 4 – Direções anatômicas, planos de movimento e eixos de rotação
Fonte: Floyd, 2002

Figura 4 – Movimentos articulares


Fonte: Floyd, 2002

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No plano frontal ela utilizou do movimento de abdução ao realizar os
movimentos laterais do braço para longe do corpo, que ocorreu durante o plano
frontal seguido de uma flexão lateral do tronco, cabeça, braços e ombros em direção
à esquerda, quando ocorre a preparação para aterrissagem.

Já no plano transversal ela utilizou da rotação medial e lateral para executar


o giro ao realizar a manobra para, finalmente conseguir aterrissar executando um
agachamento para estabilização da descida.

MOVIMENTOS ARTICULARES E MÚSCULOS DA AÇÃO

SNOWBOARD HALFPIPE - CHLOE KIM

PRINCIPAIS MOVIMENTOS

Elevação dos braços Deltóide anterior, médio, posterior e trapézio.

Peitoral, Tríceps, Flexores do cotovelo - Bíceps braquial e


Flexão de braços
braquioradial;

Flexão de joelho Isquiotibiais

Transverso abdominal, multífido, interespinhais, diafragma, assoalho


Rotação de tronco
pélvico e o quadrado lombar

Grande dorsal, redondo maior, peitoral maior (fibras esternocostais) e


Extensão de ombro
cabeça longa do bíceps braquial

Eretores da espinha: ílio costal torácico, longuíssimo, espinhal torácico


Extensão de tronco
e ílio costal lombar.

Flexão de braços Flexores do cotovelo - Bíceps braquial e braquioradial;

Flexores primários: isquiotibiais (semitendinoso, semimebranoso e


Flexão de joelho
bíceps femoral); Sinergistas: Grácil, sartório, gastrocnêmio e poplíteo
Tabela 1 – Movimentos articulares
Fonte: Floyd, 2002

Ruyman Magec

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Ruyman Magec
2.5 PRINCIPAIS GRUPOS MUSCULARES DA AÇÃO

As ações realizadas pela atleta envolvem diferentes grupos musculares que


serão descritos neste setor de forma a introduzir o conhecimento cinesiológico que é
descrito por Portela (2016) como a análise dos movimentos do corpo humano
exercidas pela forças que atuam sobre ele e que são desenvolvidas pelas ações dos
músculos.

Partindo de tal conceito, pode ser destacado que a cinesiologia abrange


também o campo da ciência e da mecânica da anatomia do aparelho locomotor e da
fisiologia neuromuscular.

Abaixo da imagem, será apresentada uma tabela com os principais grupos


músculos agonistas e sinergistas separados do movimento executados por Chloe e
também suas funções serão descritas para haver uma maior compreensão da
avaliação cinesiológica no tópico posterior:

Figura 4 – Músculos 13
Fonte: Ruyman Magec
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2.6 ANÁLISE CINESIOLÓGICA

No movimento analisado na prática esportiva do snowboard, observa-se


uma grande recrutação dos músculos da articulação do quadril e da cintura pélvica
ao realizar uma rotação, logo após a flexão de joelho para buscar o impulso
necessário.

Para que ocorra tal atuação da atleta, há uma necessidade de envolver


grandes articulações, entre elas a articulação do quadril que envolve sete
músculos biarticulares, onde possuem uma ação também no joelho. Essas
musculaturas como os flexores de quadril, são usados para movimentar as coxas
em direção ao tronco, logo, os músculos extensores são usados excentricamente,
quando a pelve e tronco se movem lentamente para baixo, sobre o fêmur, e
concentricamente, quando o tronco é elevado sobre o fêmur – quando, é claro a
pessoa se levanta para a posição de pé.

Para isso, a análise de cada fase consiste na descoberta de cada


estrutura e base funcional do músculos em determinado movimento que podem
agir como agonistas, antagonistas, estabilizadores, sinergistas e neutralizadores e
estabilizadores. Abaixo, serão conceituados cada um destes e descritos
individualmente segundo Floyd (2002):

 Agonistas – Músculos que quando contraídos concentricamente,


provocam movimento articular num plano especificado de
movimento, são os músculos mais envolvidos;

 Antagonistas – Músculos contralaterais, que se localizam no lado


oposto ao da articulação em relação ao agonista e que possuem a
ação oposta. Cooperam pois, relaxam e permitem que o movimento
ocorra mas, quando se contraem concentricamenete, realizam o
movimento articular oposto ao do agonista;

 Estabilizadores – Circundam a articulação ou parte do corpo e se


contraem para fixar ou estabilizar a área de modo a permitir que
outro membro ou segmento do corpo exerça força e se mova,
conhecidos como fixadores, são essenciais por estabelecerem uma
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base relativamente firme para as articulações mais distais
trabalharem quando realizam movimentos;

 Sinergistas – Participam da ação do agonista, mas que não são


diretamente responsáveis por ela, conhecidos como músculos
guias, ajudam em movimentos refinados e eliminam movimentos
indesejados;

 Neutralizadores – Contrabalançam ou neutralizam a ação de outro


músculo de modo a prevenir movimentos indesejáveis; conhecidos
como neutralizadores, eles se contraem para resistir a ações
específicas de outros músculos.

Diante destes conceitos, sobre o papel dos músculos é válido


compreender que o movimento escolhido exige recrutação de diferentes grupos
sejam estabilizadores ou antigravitacionais devido a estrutura a qual é realizado a
modalidade que exige subidas, descidas e com isso gera instabilidades. O grupos
musculares que atuam contra a força da gravidade para manter a postura e
equilíbrio do corpo são descritos por Matos (2010) como: a panturrilha, os
isquiotibiais, o glúteo máximo, os eretores da espinha, os flexores do pescoço, os
abdominais, o quadríceps, o iliopsoas e os dorsiflexores.

2.6.1 FASES DA ANÁLISE

A avaliação será deselvolvida em cada fase a ser abordada, de forma


individual e foi dividida nos quatro mais importantes movimentos da manobra:

2.6.2 PRIMEIRA FASE

Esta primeira análise ocorre durante o início da subida na estrutura em


forma de “U” chamada Halpipe que é utilizada para prática de esportes radicais,
incluindo o snowboard, nesta etapa ocorre uma inclinação no sentido posterior do

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corpo da atleta o que demonstra a ação dos músculos antigravitacionais.

Apesar do sentido em direção à frente e para cima realizado por Chloe, as


imagens apresentam a variação de ângulo entre 48º até 55º de declive corpóreo,
apresentando-se assim fora do ângulo normal de harmonia do corpo. Tais músculos
permanecem em contração para mantê-lo em total equilíbrio e quando ocorrem
mudanças no alinhamento, os mesmos são recrutados e contraídos.

A atleta vai no sentido ao alto do tubo, logo todo o trabalho dela apesar de
está na direção para frente, a força ocorre para trás, assim apresenta uma ação da
gravidade que impulsiona o seu corpo para trás, sendo estes grupos musculares
posteriores os responsáveis em manter o controle e estabilidade nessa ação.

Ao iniciar pela base, é observado a força de panturrilha ao momento que


busca manter uma pressão sobre a neve para assegurar a sustentação em pé,
mesmo estando com os dois pés apoiados ao chão sem plantiflexao, movimento
este, sendo um dos principais exercido por esses músculos como a manutenção da
postura, assim como possui grande importância na circulação do sangue nos
membros inferiores e para retorno venoso ao coração.

Assim como em diversas práticas esportivas, o snowboard também é uma


modalidade olímpica de grande concorrência dentro dos campeonatos de inverno, a
qual é executado através de movimentos e manobras em pé, extraindo assim

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grande força de panturrilha, incluindo o gastrocnêmio que é responsável pela flexão
da perna e por realizar a plantiflexao do pé.

Para manter a perna da atleta com estabilidade, ao permanecer em


semiflexão para sustentação do corpo, ocorre a ação do quadríceps agindo como
músculo neutralizador do gastrocnêmio, de modo a evitar uma flexão maior do joelho
e consequentemente uma possível queda.

Logo, esta fase inicial da manobra que foi realizada é precedida pelos pés,
que formam a base de sustentação do corpo humano ao chão e em seguida ocorre
uma leve flexão da perna, tendo como responsável por esta ação os joelhos, dessa
forma, o quadríceps como um todo não precisa de neutralizador porque ele só
estende a perna, porém o reto femoral além de estender a perna também flexiona a
coxa, ação esta não desejada no movimento, onde ocorre somente a ação do
quadríceps como agonista, e tem como antagonista os músculos isquiotibiais.

No movimento de flexão da perna o glúteo máximo age como o neutralizador


do quadríceps, o tensor da fáscia lata como sinergista e o glúteo mínimo e glúteo
médio permanecem como estabilizadores.

Para a estabilização do tronco à frente ao utilizar a força contra a gravidade,


Chloe Kim recruta como músculo principal ou agonista o glúteo máximo, assim
sendo auxiliando pelos isquiotibiais. O iliopsoas age como antagonista e não há
nesta ação nenhum movimento que não seja para ser realizado pelo glúteo máximo,

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desta forma, esse movimento de tronco não apresenta um neutralizador devido a
atleta ela permanecer com os pés apoiados.

A ação da gravidade no halfpipe ou meio tubo a puxa constantemente para


baixo enquanto ela permanece em uma contração isométrica de toda cadeia
posterior que a impede de cair. Para essa sustentação ocorre uma ação agonista do
músculo grande dorsal, logo entram como antagonistas diferentes músculos que
podem ser o oblíquo interno e externo do abdômen, o quadrado lombar e o psoas
menor. Para fornecer auxílio ao movimento permanecem em contração os
paravertebrais e uma ação que não é desejável ser executada no movimento pela
grande dorsal é a elevação de braços, por isso deve ser neutralizada pelo músculo
supraespinhoso ao evitar tal extensão e auxiliar o deltóide na abdução dos braços.

Para a ação dos braços é observado uma leve elevação dos braços
lateralmente, o que ocorre através do músculo agonista deltóide médio, devido a
atleta está subindo de lado, no sentido para frente e para cima tendo como auxiliar o
supraespinhoso. Agem como antagonista ao deltóide o peitoral maior, se for no
sentido a frente e caso seja para trás ou posteriormente, o grande dorsal. Para esta
ação não a nenhum movimento que não deve ser realizado pelo deltóide médio, logo
não há um neutralizador do movimento.

Portanto, para a sustentação da cabeça à frente, pela força da gravidade


exercida que a empurra para trás, ocorre a ação principal do trapézio superior, desta
forma sendo o agonista do movimento, o esternocleidomastóideo age como o
antagonista, os paravertebrais cervicais atuam como auxiliares do movimento e para
evitar uma rotação do lado contrário o trapézio direito age como um neutralizador
anulando a ação do trapézio esquerdo.

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2.6.3 SEGUNDA FASE

Esta fase é compreendida por uma leve inclinação do tronco à frente, que
acontece ao final da parte mais alta da superfície do tubo com a preparação do
corpo para realizar a descida na rampa e com isso ocorre uma necessidade do
movimento de rotação para o lado esquerdo.

O princípio deste, ocorre através de um movimento giratório da espinha no


plano horizontal, onde o queixo da atleta sai da posição neutra e gira em direção
ao ombro e o tórax gira para o lado esquerdo.

Na análise proposta para esta fase de inspeção, observa-se esta pequena


flexão do tronco o que requer atuação do músculo principal do abdômen: o reto
abdominal, logo terá como agonista o grande dorsal longo e como estabilizador os
múltifidos neste primeiro movimento.

Em continuação ao movimento, ocorre o início do giro, tendo como


agonista o músculo oblíquo externo do abdômen e oblíquo interno e o agonista do
movimento o dorsal longo, nesta os mutífidos atuam como estabilizadores.

É constatado através da investigação do movimento, que os músculos


oblíquos são estruturas importantes para a realização dessa fase, pois agem em
conjunto e se tornam responsáveis pela maioria do trabalho das articulações para a
ocorrer a rotação, exemplo disso é a ação do oblíquo externo esquerdo e oblíquo
interno esquerdo para que atuam como os antagonistas.

Logo, esta fase do giro do tronco da atleta durante a subida, antecede e


preparação para o momento principal para em seguida ocorrer a descida e
aterrissagem descritas na próxima fase.
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2.6.4 TERCEIRA FASE

Essa fase representa o momento de maior tensão e altura da manobra, pois


nele ocorre o impulso com o agrupamento da mão na prancha no ponto mais alto
alcançado, paralelo a isso, também é exigido um equilíbrio para que Chloe possa
realizar o movimento da forma ideal e para que isto ocorra, ela utiliza de uma flexão
de quadril no ápice da elevação no salto da manobra.

Além de, fazer uma flexão de joelho para que consiga auxiliar para gerar um
maior equilíbrio durante o movimento no ar ao começar as fases finais da mesma,
que utilizou de uma abdução horizontal de ombro para ter um maior controle da
prancha ao segura-lá como demonstra na imagem a seguir:

Para que ocorra a flexão de quadril, levando ao movimento mais seguro,


Chloe utiliza como musculatura principal o illiopsoas que age como o agonista no
movimento em questão e também tem o auxílio do glúteo máximo como papel de
antagonista, relaxando assim o movimento para uma melhor execução, além do
trabalho também dos glúteo médio e mínimo para manter a estabilidade da mesma.

Na flexão de joelho, para que o equilíbrio se mantenha naquele momento os


músculos agonistas são os isquiotibiais auxiliando junto ao quadríceps como
antagonista para que ocorra da forma desejada e com o equilíbrio necessário e
também com a ajuda do tensor da fáscia lata para ter o requinte de forma a auxiliar o
movimento.
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Logo, para finalizar esta fase, ocorre um movimento de abdução de ombro,
onde Chloe está nas fases finais do movimento no ar e para que aconteça uma fase
de aterrissagem sem desequilíbrio o principal músculo envolvido no movimento
como agonista foi o deltóide médio junto ao posterior.

Também como musculatura fundamental, o grande dorsal e o peitoral maior


atuam, como antagonistas, pois são utilizados em dois sentidos (anterior e
posterior), ao momento que ele eleva um braço a frente e outro atrás para gerar
maior equílibrio de movimento e controle da prancha. Neste, o supraespinhoso atua
como sinergista para auxiliar no mesmo, além do trabalho dos músculos centrais
responsáveis pela estabilização corporal antes de começar o processo de
aterrissagem.

2.6.5 QUARTA FASE

Essa fase da manobra compreende o momento final, onde a Chloe Kim


retorna a superfície da pista e prepara seu corpo para realizar uma próxima
manobra. Nessa fase da manobra ocorre o momento final, onde a Atleta Chloe Kim
aterrissa na superfície da pista e prepara seu corpo para realizar uma ação de
reduzir a velocidade e controlar a prancha.

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Logo, como é observada na imagem acima, ela realiza uma flexão de quadril
com a coluna alinhada, as coxas flexionadas sob a prancha e uma dorsiflexão do
tornozelo, sem contar a ação de flexão do braço que desliza na pista para realizar a
ação de reduzir a velocidade e controlar a prancha, assim ela realiza uma flexão de
quadril com a coluna alinhada, as coxas flexionadas sob a prancha e uma
dorsiflexão do tornozelo, sem contar a ação de flexão do braço que desliza na pista.

Mantendo a tíbia verticalmente posicionada e os pés paralelos, a atleta


mostra uma grande habilidade com a prancha nesta modalidade do esporte. Nesse
movimento de aterrissagem, em seus membros inferiores, a atleta utiliza flexão de
quadril para diminuir o ângulo entre o fêmur (coxa) e a pelve. Encontra-se então
duas fases em sua aterrissagem, a primeira no exato momento em que Chloe fixa
seus pés no solo e realiza uma flexão de perna, utilizando de sua fase concêntrica o
agonista de glúteo máximo, na qual seu antagonista se torna o iliopsoas, com isso,
seu estabilizador passa a ser o adutor magno e tensor da fáscia lata e seu sinergista
o bíceps femoral.

Com o retorno, a atleta volta dessa forma de agachamento e passa para a


segunda fase de sua aterrissagem, ocorre uma extensão de perna e de quadril, na
qual em sua forma concêntrica o agonista é o quadríceps femoral, seu antagonista o
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bíceps femoral, sinergista glúteo médio e mínimo, estabilizador iliopsoas e seu
neutralizador o glúteo máximo. Já para as suas pernas, com o impacto no momento
de aterrissagem e a sustentação durante a execução de movimento, com a posição
de plantiflexão seu agonista é o gastrocnêmio, seu antagonista o tibial anterior,
estabilizador o glúteo médio e mínimo, neutralizador quadríceps e sinergista o sóleo.

Para a análise da ação dos membros superiores, nota-se que a atleta utiliza
da movimentação de seu tronco, sendo na fase concêntrica como agonista a grande
dorsal, seu antagonista o reto abdominal, seu estabilizador os eretores da espinha,
sinergista fáscia toracolombar e neutralizador o supra espinhoso, tais músculos
auxiliam nessa manobra para ela não realizar movimentos de rotação lateral de
tronco e consequentemente desviar a trajetória da prancha.

Para a atleta realizar a elevação dos braços durante o movimento ocorre a


ação dos músculos, sendo o agonista o deltóide médio, no caso de antagonista
depende em qual posição o braço se encontra, se for anterior a ação será no peitoral
maior e caso seja posterior a ação será na grande dorsal, seu estabilizador o
manguito rotador e seu sinergista o supraespinhoso.

Portanto, ocorre uma movimentação de pescoço para a atleta acompanhar


seus movimentos e obter uma boa execução, durante o giro de pescoço o agonista é
o trapézio superior, seu antagonista o esternocleidomastóideo, o estabilizador o
escaleno posterior, seu sinergista o escaleno médio e anterior e como neutralizador
seu trapézio medial. Após a sua aterrissagem, a atleta Chloe Kim finaliza então a
sua manobra.

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CONCLUSÃO

O presente trabalho teve como objetivo realizar uma avaliação da mobilidade


da Atleta Olímpica Chloe Kim em uma modalidade específica do snowboard,
realizado como forma de reconhecer todo o processo de aprendizagem e
conhecimento da cinesiologia e suas características.

Para isso, houve a necessidade de uma maior compreensão de todas as


estruturais corporais determinantes na transferência de seus segmentos que
envolvem o sistema locomotor, principalmente no que se refere ao sistema muscular
com o reconhecimento dos seus grupamentos, as musculaturas individuais, os
conceitos e funções de suas estruturas como a necessidade de investigar os
principais atores em uma avaliação cinesiológica representados pelos os agonistas,
antagonistas e sinergistas de cada ação.

Destaca-se também, observações importantes no percurso de construção


deste, ao entender como todos esses sistemas corporais trabalham de uma forma
harmoniosa para a manutenção da boa postura e para firmar todos os grupamentos
com compensações benéficas e necessárias que respeitam a posição e os planos
anatômicos, evidenciado pela necessidade de ajustes que são encontrados com o
trabalho essencial da musculatura estabilizadora e neutralizadora de cada
movimento.

Além disso, buscou-se anteriormente a análise, gerar grande destaque e


uma maior compreensão pela equipe com relação ao esporte escolhido para
delinear com atenção o movimento escolhido e como uma forma de aprender sobre
o snowboard visto que, é tão pouco reconhecido no país.

Portanto, esta construção contribuiu para o aprendizado das práticas


cinesiológicas de forma introdutória ao apresentar a riqueza de informações sobre
as estruturas corporais responsáveis pelo movimento humano e seus
correspondentes ao demonstrar a necessidade pela busca constante em conhecer a
dinâmica do movimento e a importância da Cinesiologia para vida do Profissional de
Educação Física.

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REFERÊNCIAS

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São Paulo: Manole, 1991. IN: KENHUB. Disponível em:
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