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ESCOLA SECUNDÁRIA GERAL DE MANGULAMELO

TRABALHO DE EDUCAÇÃO FÍSICA


____ª CLASSE – TURMA:____ – CURSO DIURNO

GINASTICA ROPE SKIPPING

Mocuba, Fevereiro de 2024


Discentes:

Linda Beaque

Delma Isac

Olga Agostinho

Benilde Augusto

José Manuel

Maria Joaquim

Hortência Luciano

Noel Armando

Flora Fernando

Ângela Alfredo

GINASTICA ROPE SKIPPING

Docente: Bernadino Xavier

Mocuba, Fevereiro de 2024


Índice
I. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 4

II. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................................. 5

1. Breve historial ..................................................................................................................... 5

2. Conceito de Rope Skipping ................................................................................................. 6

1.1. Tipos de saltos e manobras no Rope Skipping ................................................................ 6

1.2. Formas de competição de Rope Skipping (Provas) ......................................................... 6

1.3. Manobras no Rope Skipping (provas de velocidade individual) ..................................... 7

1.4. Formas de pular a corda................................................................................................... 7

1.5. Exercícios ou atividades com corda .............................................................................. 9

1.6. Benefícios inerentes à prática do Rope Skipping .......................................................... 12

III. CONCLUSÃO ............................................................................................................... 13

IV. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 14


I. INTRODUÇÃO

O presente trabalho foi feito no âmbito da disciplina de Educação Física, que tem por
intuito abordar acerca do Rope Skipping. Sendo a Educação Física uma área do conhecimento
que no contexto escolar, contempla os elementos da linguagem corporal, isto é, o conhecimento
acerca dos movimentos historicamente construídos e socialmente transmitidos e necessário
planejar aulas que contemple estes.

Pois é por meio de actividades físicas e desportivas que os alunos desenvolvem


competências, capacidades e habilidades, associadas às dimensões afetivas, cognitivas, sociais,
psicomotoras sendo que a Educação Física Escolar tem o valor inestimável no processo
educativo ao oferecer a oportunidade de vivenciar diferentes desportos que possibilitam a
socialização, o desenvolvimento físico e a coordenação motora. (GALLARDO, 1997).

Entre as várias atividades de Educação Física o pular corda é muito conhecida pelo mundo,
seja em forma de brincadeiras populares, de rua ou nos exercícios de preparo de
condicionamento físico para atletas. A utilização da corda é importante na educação corporal,
sendo ela um dos mais antigos materiais pedagógicos utilizados. Tendo em vista o pular corda
também virou uma modalidade esportiva conhecida internacionalmente como ROPE
SKIPPING.

Está prática desportiva caracteriza-se pela realização de acrobacias, giros, saltos e diversos
movimentos da ginástica, tudo isso conciliado com saltos à corda. São normalmente elementos
inclusos de difícil execução por parte do praticante. É realizados truques com a corda tanto
grande como pequena para impressionar o público e ao fundo coloca-se uma música para
executar o movimento, como uma coreografia.

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II. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1. Breve historial

O Rope Skipping é uma modalidade desportiva que nasceu nos Estados Unidos a partir
da sistematização da brincadeira de pular corda (MENDES, 2004), Foi uma brincadeira do povo
infantil tornando-se esporte hoje em dia. É muito praticado
em vários países da Europa é muito praticado por crianças e
adultos de diferentes sexos.

No ano de 1969, o norte-americano Richard Cendali,


nesta época jogador de futebol americano ao cumprir parte
de seu treinamento onde deveria pular corda por um longo
período de tempo, ele achava isso muito monótono e
cansativo, começou a inventar novas formas de tornar seus
treinos mais agradáveis, explorando diferentes manejos para
brincar e saltar a corda.

Como professor de Educação Física, Cendali decidiu


ensinar as suas ideias na própria aula, aplicando o conteúdo
Rope Skipping e usando diferentes saltos e truques também
deixando os seus alunos criarem formas de saltar a corda,
utilizando cordas grandes e pequenas.

Com excelente resultado obtido nas aulas, decidiu investir na formação de um grupo para
realizar apresentações em seu próprio país e por todo o mundo. Depois de três anos foi fundado
o primeiro grupo de Rope Skipping “Skip Its”.

Em 1973 foi fundado a American Double Dutch League – ADDL (Liga Americana de
Double Dutch), uma liga formada por negros que divulga somente a prática da modalidade
Double Dutch.

Em 1983 foi criada a primeira organização internacional denominada International Rope


Skipping Organization–IRSO (Organização Internacional de Rope Skipping) a qual incentivou
a divulgação deste esporte para outros países, Suécia, Inglaterra e Hungria foram os primeiros
países fora da América a conhecerem o esporte, logo foram Alemanha, Bélgica, França se
integraram ao desporto. (SATO 2002).

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2. Conceito de Rope Skipping

Rope Skipping é um desporto que consiste não apenas em pular a corda, mas também
pela realização de acrobacias, giros, saltos e diversos movimentos da ginástica, tudo isso
conciliado com saltos à corda, associados com uma música ao fundo, realizando assim uma
coreografia.

1.1. Tipos de saltos e manobras no Rope Skipping

Existem várias manobras nos saltos seguindo uma sequência escolhida pelo praticante e
buscando melhorar a velocidade conforme conseguir. Também a forma como a corda é batida
e saltada no Rope skipping também varia muito, (Sato 2002, p.10 apud Medes 2004 p. 12)
descreve as três formas mais encontrada que são:

o Single Rope (Corda simples): quando a pessoa salta com apenas uma corda e realiza
manobras individuas;
o Chinese Wheel (roda chinesa): quando duas ou mais pessoas, cada uma com uma corda,
executam saltos combinados sobre a sua própria corda, entretanto com uma ponta batida
por ela mesma e a outra ponta por outra pessoa;
o Double Dutch (Corda dupla holandesa): quando uma ou mais pessoas saltam entre
duas cordas normalmente grandes, batidas alternadamente por outras pessoas que se
defrontam.

A partir dessas formas de batidas de corda e dependendo do nível da criatividade e


habilidade dos praticantes é possível desenvolver diversos saltos combinados com os
movimentos.

Na competição de Rope Skipping é avaliado alguns aspectos de criatividade, sincronismo,


ritmo e combinação de elementos executados durante a apresentação denominando-se de
performance, podendo ser individual ou em equipe, utilizando-se apresentações a músicas
assim formando uma composição coreográfica.

1.2. Formas de competição de Rope Skipping (Provas)


 Em competição de corda simples avalia-se 3 provas diferentes:
o Velocidade: Avalia-se o número de saltos;
o Potência: Avalia-se a quantidade em que o jogador passa as cordas por baixo dos pés
(2 ou 3 vezes);
o Freestyle: Avalia-se a criatividade e dificuldade dos exercícios.
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 Em competição de corda dupla avalia-se: provas de velocidade e freestyle.
 Em competição de Chinese Wheel avalia-se: precisão, técnica e sincronismo dos saltos
combinados.
1.3. Manobras no Rope Skipping (provas de velocidade individual)
o Saltos duplos: o desportista realiza um salto onde a corda precisa passar duas vezes
debaixo do competidor (pés), cada vez que ele sai do solo;
o Speed: o desportista deve saltar com os pés alternados, como se estivesse correndo no
mesmo lugar;
o Salto cruzado: O desportista deve cruzar os braços como se fosse dar um abraço nele
próprio e pular a corda quando ela chegar à sua frente, perto dos seus pés, a seguir deve
descruzar os braços e continuar a pular a corda de braços abertos;
o Frog ou Parada de mãos: Ao saltar a corda individual, o desportista faz uma parada
de mãos e volta para a posição em pé - sempre pulando a corda.
o Tosta (Portugal): O desportista salta com um braço a frente outros atrás do tronco e
salta de lado.
o Cruzado (Portugal): Um dos braços cruza por baixo da perna.

Variações da modalidade: Corda Individual (Solo, Single Rope), Roda Chinesa (Chinese
Wheels), Corda Longa ou Corda Grande (Flor, Travel, Rainbow e x), Corda Dupla (Double
Dutch).

1.4. Formas de pular a corda

Na Corda Individual:

o Verificar o tamanho da corda (a ponta deverá estar na linha do ombro quando dobrada
a partir do pé).
o As manobras/truques devem ser praticados primeiro sem corda e depois com a corda.
o Imprimir força e velocidade na corda para a execução do salto duplo ou triplo.
o As manobras/truques devem ser praticadas dos dois lados do corpo.
o A corda deve bater no chão

Os erros comuns:

o Saltar baixo quando realizar o salto duplo.


o Saltar muito alto ou muito baixo.
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o Perda de equilíbrio, tempo/ritmo e sincronismo entre braços e pernas.

Na corda longa:

o A corda deve bater no chão.


o Praticar fora da corda primeiro.
o Saltar buscando o meio entre os saltadores.
o Os batedores não devem enrolar as cordas nas mãos.
o Observar velocidade da corda e do saltador (batedores).
o Soltar a corda se um batedor tropeçar na corda.
o A corda sempre deve acompanhar o saltador.
o Mantenha os calcanhares fora do chão, salte e retorne na ponta dos pés.
o Entrar quando a corda estiver no alto ou entrar saltando quando estiver próxima do chão.
o Imaginar uma linha entre os batedores e saltar nela.

Os erros comuns:

o Saltar muito alto e mudar constantemente o ritmo de salto.


o Não bater a corda no chão (batedores).
o Bater muito rápido a corda quando o saltador tentar entrar.
o Não observar o ritmo do saltador.

Dividindo a corda com o colega:

o Observar se o tamanho da corda é suficiente para duas ou mais pessoas.


o Variar o número de amigos.
o Garantir que a corda toque no solo todos os momentos.
o Sincronizar o movimento dos braços entre os batedores/saltadores.
o Mantenha os calcanhares fora do chão, salte e retorne na ponta dos pés.

Os erros comuns:

o Não bater a corda no chão.


o Dobrar a corda na mão.
o Deixar o braço próximo ao corpo quando bater a corda.
o Saltar muito baixo

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1.5. Exercícios ou atividades com corda

Bell Lateral: Levantando a perna


lateralmente direita, logo a esquerda.
Como fosse um sino.

Balanço do lado: Balança a corda ao lado do


corpo logo pula, ou seja, balança, balança e
pula.

Cruz na frente: Como a corda passa por cima da


cabeça cruzar os braços na frente do corpo como se
fosse um abraço, certificando-se o braço inferior está
tocando o estômago e o braço superior está
descansando em cima com os cotovelos, o aluno
deverá pular e descruzar rapidamente a corda.

Balanço lateral para o lado direito: Braço


esquerdo permanece em todo corpo segurando o
braço direito.

o Manter o braço esquerdo por cima do corpo


e balançar o direito braço do outro lado da
esquerda para criar uma cruz;
o Saltar com os braços abertos, em seguida;
o Repetir no lado esquerdo do corpo.

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Abre e Fecha: Pulando a corda com os pés juntos, logo abre e fecha as pernas.

Twister: Agora saltando com as pernas juntas, e


virando com a parte inferior do corpo (PERNAS),
lado direito e lado esquerdo. Acelerando o ritmo
progressivamente.

Pretzel I: O aluno com a corda na mão direita


passa por baixo da perna direita, pulando com a
perna esquerda.

Pretzel II: Agora O aluno com os braços cruzados


na frente corpo, sendo que a mão esquerda passa por
baixo da perna direita.

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Can Can ou Etapa Elevada: Levantar o joelho direito até a altura da cintura, trazer joelho para
baixo para um salto de base, chutar a perna direita para fora na frente do corpo, repetir na perna
esquerda.

Cordas Gêmeas: Cada aluno terá a sua corda, a diferença é que cada um pega na ponta da
corda do seu colega, nesta atividade pode-se aumentar o número de participantes, fazendo uma
grande fileira.

Dois saltando a mesma corda: um aluno terá que


segurar a corda e o outro se corda, pulando na mesma
corda de frente para o outro. Sendo que aquele aluno que
ficará sem a corda poderá girar em seu eixo 180º ou 360º,
ficando de costas para o seu colega ou usando a sua
criatividade.

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Alternando na mesma corda:
Também em duplas com uma
única corda, um aluno bate a
ponta da corda, sem pular e o
outro pula segurando a outra
ponta da corda.

1.6. Benefícios inerentes à prática do Rope Skipping

O Rope Skipping continua a ser um excelente método de desenvolvimento da aptidão


física. É frequentemente identificada como uma das atividades de aptidão física mais completas.
Um treino bem sistematizado leva ao desenvolvimento, não só do sistema cardiovascular como
também no desenvolvimento músculo-esquelético.

Segundo Kalbyfleisch (1990), numa referência ao médico Norte Americano, (Dr. Cooper,
1992) a prática desta modalidade queima o triplo das calorias que a corrida. De facto, 10
minutos a saltar à corda correspondem a cerca de 30 minutos de corrida e, como é feita de forma
aeróbia, contribui para queimar gorduras.

Para além disso, a pressão exercida nos joelhos, nos quadris e nas costas, durante a
aterragem (queda), é inferior à pressão exercida durante a corrida.

O Rope Skipping ajuda no combate às doenças do coração, à obesidade, à


osteoporose e à diabetes do tipo II, ajuda ainda a desenvolver a resistência
cardiorrespiratória, agilidade, coordenação, velocidade, resistência muscular,
flexibilidade, ritmo e equilíbrio. (Kalbyfleisch, 1990).

O Rope Skipping desenvolve:

o Resistência cardiorrespiratória;
o Resistência muscular;
o Agilidade;
o Flexibilidade;
o Coordenação;
o Ritmo;
o Velocidade;
o Equilíbrio.
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III. CONCLUSÃO

Após a realização do presente trabalho, conclui-se que: o Rope Skipping é uma atividade
física que tem por base o aproveitamento desportivo de um gesto ancestral: SALTAR À
CORDA, utilizando uma diversidade de saltos, acrobacias e manejos de corda, bem como
infinitas combinações de habilidades e possibilidade de sincronismo entre os saltadores e a
música. Devido à facilidade de adesão (modalidade simples e económica) e progressão na
aprendizagem, naturalmente se constitui como um modo muito eficaz para aumentar, não só a
condição física, mas também a auto-estima e o processo de socialização, contribuindo para a
luta contra a exclusão social.

Podemos assim considerar esta modalidade como uma forma extremamente lúdica e
saudável de ocupação dos tempos livres das crianças e dos jovens. É também aconselhada a
todas as faixas etárias, uma vez que não há restrições quanto à idade, sexo ou peso, desde que
os praticantes não sofram de contra indicações médicas devidas a malformações da coluna ou
outros problemas que impeçam a prática desportiva geral.

Portanto entende-se que este trabalho contribuiu e irá contribuir com a aprendizagem dos
alunos de forma significativa, levando em conta seus interesses, necessidades e características
específicas. No contexto da Educação Física, os conhecimentos construídos fortaleceram
valores e ampliaram o significado da disciplina.

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IV. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE ROPE SKIPPING, 2012; www.aprs.pt. Acesso em 21 de


abril de 2016 às 15:30 horas.

SATO, Ana Paula Barbosa; Rope Skipping; Uma nova Modalidade Esportiva. 2002. 30 folhas.
Trabalho de Conclusão de Curso (Educação Física) Faculdade de Educação Física.
Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2002.

MENDES, Luis Otávio; A Iniciação Esportiva ao Rope Skipping: Uma avaliação da Proposta
Desenvolvida junto ao projeto de extensão da FEF. 94 folhas. Unicamp, Campinas 2004

http://www.blogdacrianca.com/tudo-sobre-rope-skipping/

http://www.tempolivre.pt/pub/index.aspx?view=instalacoes&cat=1&subview=noticias&id=50
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