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Escola Técnica Estadual Helber Vignoli Muniz

Participação do Brasil nas


Olimpíadas de inverno 2018

2018
Escola Técnica Estadual Helber Vignoli Muniz
Disciplina: Educação Física
Aluna: Agatha Abreu
Turma: 1111/18
Curso técnico integrado de edificações

Participação do Brasil nas


Olimpíadas de inverno 2018

25/02/2018
Brasil nas Olimpíadas de Inverno: O desempenho do
país tropical em temperaturas abaixo de 0ºC
O Brasil possui grande tradição nos Jogos Olímpicos de Verão, sendo que das 32 edições
realizadas, o país participou de 22 tendo conquistado, ao todo, 128 medalhas. Porém, não é o
que ocorre nas Olimpíadas de Inverno. O evento que surgiu no ano de 1924, só contou com a
participação brasileira a partir de 1992 que, até hoje, não conquistou nenhuma medalha. Os
Jogos Olímpicos de Inverno acontecem a cada quatro anos. Embora não seja muito divulgado
pela mídia brasileira, a cada dois anos Olimpíadas vão sendo disputadas.

Nesta edição serão disputadas 15 modalidades de sete esportes divididos em três categorias. E
são elas:

•Esportes de gelo (curling, hóquei no gelo, patinação artística, patinação de velocidade e


patinação de velocidade em pista curta);

•Esportes de neve (biatlo, esqui alpino, esqui nórdico combinado, esqui cross-country, esqui
estilo livre, salto com esqui e snowboard);

•Esportes deslizantes (bobsled, luge e skeleton).

Em um país tropical, como o Brasil, que raras são as vezes que cai um floco de gelo em seu
território, a prática de qualquer desporto que envolva neve é dificultada. Muitos atletas, que
decidem praticar modalidades que exigem um determinado clima, enfrentam grandes
desafios.

Treinos Adaptados
Não há grandes estruturas para atletas invernais treinarem no Brasil e, por conta disso, às
vezes, não há formas viáveis destes se manterem no exterior. Equipamentos que simulam
condições de treino aos de neve tornam-se imprescindíveis para quem sonha conquistar bons
resultados em competições internacionais com pouca estrutura. Um desses equipamentos é o
rollerski. O rollerski, conhecido como esqui de rodinhas, “surgiu na Europa, na década de 50,
como uma ferramenta para os atletas de esqui cross-country treinarem durante o verão”,
segundo Leandro Ribela, representante do Brasil nas Olimpíadas de Vancouver, em 2010, e de
Sochi, em 2014. Ele comentou a grande semelhança do rollerski com o esqui tradicional,
fazendo com que a falta de neve não seja um grande problema para os esquiadores. “O
equipamento é o mesmo. A mesma bota que a gente usa na prática do rollerski a gente usa na
neve; a fixação é a mesma que a gente usa na neve e no asfalto; o bastão é o mesmo, a gente
só troca a ponta, usando a ponta um pouco de aço mais resistente no asfalto para que tenha
uma maior durabilidade e agarre melhor ao asfalto na hora da proporção, e no inverno lá tem
uma cestinha para não afundar na neve”. Já no bobsled, em julho deste ano, após três
semanas, foi finalizada a construção da primeira pista de Push do Brasil. A pista possui 78
metros e promete ajudar ainda mais os atletas que se preparam para as Olimpíadas. Quem a
construiu foi o atleta Odirlei Pessoni, que explicou a importância desta pista para Seleção
Brasileira de Bobsled que, quando competia em eventos internacionais, saía em desvantagem
por não possuir ritmo em comparação com seus adversários. “Antes, a gente treinava a parte

física aqui [no Brasil] e chegava lá para começar a temporada ainda meio cru na empurrada.
Não adianta a gente estar rápido, estar forte, mas não ter contato real do que a gente faz lá.

Então ela vai ajudar muito, porque a gente já vai chegar lá em um ritmo muito bom para já
poder competir. Essa pista a gente consegue treinar a sincronia do time, treinar
aperfeiçoamento e a técnica de empurrada. Então a gente vai chegar lá 100%”. Além do clima,
os atletas brasileiros que disputam esportes de inverno enfrentam dificuldades que vão de
apoio financeiro à adaptação de treinamentos em um país que não possui história em
desportos invernais.

 Os atletas brasileiros nas Olimpíadas de


Inverno e a origem dos medalhistas

Brasil já teve até 13 atletas participando dos jogos de inverno. No geral,


medalhas se concentram entre países europeus. Veja em gráficos:

A primeira participação do Brasil nas Olimpíadas de Inverno foi em 1992, com


sete atletas. Desde então, o número de atletas brasileiros participando dos
jogos variou da seguinte forma:

As modalidades em que esses atletas competiram foram as seguintes, em


cada edição:
Já se compararmos as regiões dos países que tiveram atletas competindo nos
jogos com as dos que efetivamente foram medalhistas, veremos o seguinte:
Perceba que ainda que países de regiões como América do Sul e África já
tenham participado dos jogos, apenas Europa, América do Norte, Ásia e
Oceania já foram medalhistas. Isso também é visível quando comparamos os
mapas do número acumulado de medalhas por país em todos os jogos...

Com o mapa do número acumulado de participações de atletas em todos os


jogos:
Atletas brasileiros e suas modalidades nas Olimpíadas de inverno 2018:

Edson Bindilatti, Edson Martins, Erick Vianna, Odirlei Pessoni e


Rafael Souza – Bobsled
O time brasileiro no bobsled, uma prova de velocidade envolvendo trenós que ficou
mundialmente famoso pelo filme “Jamaica Abaixo de Zero”, chegou a PyeongChang dividida
entre veteranos e novatos. O nome mais conhecido da equipe é de Edson Bindilatti, atual 16º
melhor piloto do mundo. Ele foi o responsável por carregar a bandeira brasileira na Cerimônia
de Abertura e disputa em 2018 sua quarta Olimpíada de Inverno. O Brasil não foi à final no
bobsled, mas fechou com melhor campanha da história. O quarteto do 4-man encerraram sua
participação em PyeongChang com o 23º lugar, superando o 25º de Turim 2006

Isabel Clark – Snowboard Cross


Dona do melhor resultado brasileiro nos Jogos de Inverno, Isabel Clark disputaria, aos 41 anos,
a sua quarta Olimpíada. Ela já foi 13 vezes campeã sul-americana de snowboard cross e 21
vezes campeã brasileira. Infelizmente, Isabel Clark não competiu nos Jogos Olímpicos de
PyeongChang. A brasileira estaria na disputa das eliminatórias do snowboard cross, mas foi
confirmada a ausência da atleta, após avaliação do médico do Comitê Olímpico Brasileiro
(COB), Dr. Roberto Nahon. Um dia depois de sofrer uma queda durante um treino, ela acordou
com dores no calcanhar e no joelho direitos, esse também inchado.

Isadora Williams – Patinação Artística


Nascida e criada nos Estados Unidos, Isadora Williams representa o Brasil nas belíssimas
apresentações da patinação artística. A atleta de 22 anos disputou as Olimpíadas de Inverno
pela segunda vez e foi campeã de uma das principais competições da modalidade em 2017. Em
Sochi 2014, ela ficou com a 30ª colocação. Após fazer história e conseguir chegar na final da
patinação artística, a brasileira, ficou longe do pódio na modalidade nos Jogos de Inverno de
PyeongChang, na Coreia do Sul. Na apresentação do dia 23, ela sofreu uma queda e se
desestabilizou em alguns movimentos, o que a colocou na 24º posição, a última na classificação
geral.

Jaqueline Mourão e Victor Santos – Esqui Cross-Country


Dona de quatro recordes nacionais e atual líder do ranking latino-americano, Jaqueline Mourão
desceu a montanha no esqui no dia 15. Já Victor Santos, que competiu no dia seguinte, é uma
das revelações do cross-country e lidera o ranking brasileiro da modalidade com apenas 20
anos. Ao lado de nomes como Formiga, Hugo Hoyama e Torben Grael, Jaqueline é a atleta
brasileira com o maior número de participações em Jogos Olímpicos, seis no total. Isso porque
ela disputou também os Jogos de Verão duas vezes, como atleta de Mountain Bike, em Atenas
e Pequim. Esta foi a quarta Olimpíada de Inverno da sua carreira.
A primeira brasileira a competir nos Jogos Olímpicos de Inverno de 2018, concluiu a prova do
esqui cross country na 74ª colocação, a frente de outros 16 atletas de 15 nacionalidades que
disputaram a prova em PyeongChang, na Coreia do Sul.
Victor disputou a modalidade na categoria 15km masculino e alcançou o 110º lugar, com um
tempo de 47m09s9.

Michel Macedo – Esqui Alpino


Estreante nos Jogos de Inverno, Michel Macedo, de apenas 19 anos, já é um dos principais
nomes dos esportes de gelo no Brasil. Em 2016, ele ficou no Top 15 nos Jogos Olímpicos da
Juventude, em Lillehammer, sendo este o melhor resultado que o País conquistou no esqui.
Michel competiria nos dias 13 e 15, mas teve sua participação cancelada após sofrer uma
queda no dia 06/02, que causou uma inflamação no joelho. O garoto ainda ficou garantido nas
provas de slalom nos dias 18, 21 e 22, ele participou dia 18 da prova de esqui alpino, na
modalidade slalom gigante, nos Jogos de Pyeongchang. Mas não teve um bom desempenho.
Ele errou o trajeto e foi eliminado logo na primeira descida. O brasileiro teve um bom início de
prova, mas errou no final e não pôde participar da segunda descida .
Infelizmente, esse ano o Brasil não ganhou nenhuma medalha nas olimpíadas
de inverno. Quadro de medalhas:
Observações: Até 1992, os jogos de inverno eram realizados no mesmo ano dos jogos de verão. Nos jogos
seguintes, eles passaram a ser realizados intercalados com os de verão. No gráfico de barras que compara
participantes e medalhistas, cada participação de cada atleta é contada individualmente. Nos mapas, os
dados da União Soviética (até os jogos de 1988), do time unificado da ex-União Soviética (1992) e do time
de atletas da Rússia (2018) foram contabilizados para a Rússia. Os da Tchecoslováquia (1920 a 1992)
contaram para a República Tcheca e os da Iugoslávia (1920 a 2004) para a Sérvia. Os dados de Alemanha
Ocidental (1968-1998), Alemanha Oriental (1968-1988) e da equipe unida alemã (1956-1964) foram
agrupados juntos com os da Alemanha. Para o mapa de participações de 2018, os atletas da equipe
unificada da Coreia foram registrados de acordo com o país de origem, sendo 23 para Coreia do Sul e 12
para Coreia do Norte. Fonte: Comitê Olímpico Internacional (COI) e Google Trends.

Fonte:
Comitê Olímpico Internacional (COI)

Google Trends

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