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1
SUMÁRIO
PATOLOGIAS ÓSSEAS DOS PÉS .............................................................................. 4
FORMATO DOS PÉS .................................................................................................... 4
TIPOS DE PÉS ............................................................................................................... 5
IMPRESSÕES PLANTARES ........................................................................................ 6

IMPRESSÕES MAIS COMUNS ................................................................................... 6


DEFORMIDADES ÓSSEAS DOS PÉS ........................................................................ 7

Pé torto bilateral .............................................................................................................. 8


Pé cavo ............................................................................................................................ 9
Pé convexo por talo vertical.......................................................................................... 11
Pés planos (chatos)........................................................................................................ 12

DEFORMIDADE ÓSSEA DO CALCÂNEO .............................................................. 14


Esporão do calcâneo ..................................................................................................... 14
Hálux varus ................................................................................................................... 15
Dedo em martelo........................................................................................................... 17
Clinodactilia .................................................................................................................. 18
Hálux Rigidus ............................................................................................................... 18
Polidactilia .................................................................................................................... 19
Joanete .......................................................................................................................... 20

PODOPATIAS VASCULARES .................................................................................. 24


AS LESÕES ISQUÊMICAS ........................................................................................ 26

Quadro clínico e o grau de evolução em pessoas com lesões vasculares ..................... 26

SÍNDROME VASCULAR: ALGUNS SINAIS .......................................................... 27


A ATUAÇÃO DO PODÓLOGO ................................................................................. 33
PRINCIPAIS PATOLOGIAS DERMATOLÓGICAS ................................................ 34
CAMADAS QUE CONSTITUEM A PELE ................................................................ 35
PRINCIPAIS PATOLOGIAS DERMATOLÓGICAS ................................................ 37
ELETROTERAPIA ...................................................................................................... 57
APLICAÇÕES DA ELETROTERAPIA NA PODOLOGIA ...................................... 58
COSMETOLOGIA ....................................................................................................... 65
COSMÉTICOS NA PODOLOGIA .............................................................................. 71
BIOSSEGURANÇA ..................................................................................................... 72
CLASSIFICAÇÃO DOS ARTIGOS UTILIZADOS ................................................... 74
REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 89
PATOLOGIAS ÓSSEAS DOS PÉS

PÉS HUMANOS

FONTE: Disponível em: <www.pt.dremastime.com>.

A estrutura óssea dos nossos pés é constituída por 26 ossos que formam a
plataforma móvel que nos sustenta e se articulam entre si, promovendo nosso caminhar.
Os ossos dos pés são divididos em três partes: as falanges, com 14 ossos; os metatarsos,
com cinco ossos; e os tarsos, com sete ossos. Os osteoblastos são células ósseas jovens
que dão origem aos osteócitos, células que armazenam cálcio. Eles se encontram em
regiões onde o tecido ósseo está em processo de formação e apresentam grande
atividade na produção de proteínas, principalmente o colágeno.
A exigência de ficar ereto sobre duas pernas requer uma comunicação especial
entre os pés e o resto do corpo. Os pés constituem estruturas que absorvem informações
externas. Há alguns problemas ósseos que não permitem a perfeita deambulação. Nossa
formação óssea depende de dois fatores fundamentais, assim como os tipos de pés:
• variabilidade individual;
• traços genéticos.

FORMATO DOS PÉS

4
O formato dos pés é classificado segundo o comprimento dos dedos:
• pé egípcio – 1>2>3>4>5;
• pé quadrado – 1=2 >3>4>5; 8
• pé grego – 1<2>3>4>5.

FORMATOS DOS PÉS

FONTE: Disponível em: <www.pontaperfeita.wordpress.com>.

TIPOS DE PÉS

TIPOS DE PÉS

FONTE: Disponível em: <www.tendacaxana.co.br>.

Os tipos de pés são classificados de acordo com a nomenclatura baseada na


posição deles em relação ao eixo mediano, ou seja, a linha imaginária que reparte nosso

5
corpo em duas partes exatamente iguais.

Nomenclatura
9
A - Pé cavo ou equino: possui apoio metatársico predominante, sem o apoio no
calcâneo.
B - Pé calcâneo: possui apoio calcâneo predominante, sem o apoio
metatársico.
C - Pés em varo: as estruturas dos pés estão próximas ao eixo medial (ou
mediano).
D - Pés em valgo: as estruturas dos pés estão afastadas do eixo medial.

Existem quatro tipos de pés, classificados de acordo com a nomenclatura citada


acima.

IMPRESSÕES PLANTARES

Por meio das impressões plantares podemos saber a classificação morfológica


que lhes confere.
• Pé raso, chato, plano – pronador;
• Pé cavo, arqueado – subpronador ou supinado;
• Pé neutro – normal.

IMPRESSÕES MAIS COMUNS

10

6
FONTE: Disponível em: <www.calcadodesportivo.com>.

VISTA DORSAL DOS PÉS

FONTE: Disponível em: <www.calcadodesportivo.com>.

DEFORMIDADES ÓSSEAS DOS PÉS

Pé torto congênito
11
A deformidade do PTC é complexa, porque envolve ossos, tendões músculos e
vasos sanguíneos. O pé da criança assume a posição em equino varo supinado
(calcanhar elevado, pé voltado para dentro e rodado para cima).
Principais causas:
• Herança familiar;
• Outras malformações associadas;
• Consanguinidade entre os pais.

7
Pé torto bilateral

VISTA DORSAL E PLANTAR

FONTE: Disponível em: <www.sarah.br>.

Teorias que explicam a deformidade:


1) Teoria mecanopostural:
• Compressão mecânica exercida pela parede uterina;
• Fetos normais e que evoluem para a deformidade por: má posição fetal,
distúrbios do líquido amniótico, tumores uterinos e cordão umbilical grosso.
2) Teoria da parada do desenvolvimento embrionário:
• Desenvolvimento dos pés: quatro estágios;
• Ocorre a parada do desenvolvimento embrionário no segundo ou terceiro
12 estágios;
• Associado às anomalias vasculares.
3) Teoria das alterações esqueléticas:
• Devido às alterações ósseas e articulares;
• Luxação, deslocamento na articulação talonavicular
(principal causa).
4) Teoria da etiologia nervosa:
• Malformação do sistema nervoso central.
5) Teoria da patologia muscular:

8
• Deformidade do sistema muscular: anomalias da fixação
dos músculos e anomalias dos tendões (fibular curto, tibial anterior,
fáscia plantar).

Características:
• São presente ao nascimento (nasce uma criança a cada 2000);
• Desvio em varo;
• Hálux flétido;
• Retração dos tendões;
• Diminuição da massa muscular;
• Deformidade em equino e cavo (pé bem arqueado).

Diagnóstico:
A deformidade presente ao nascimento e o exame radiográfico para acompanhar
a evolução clínica.

Tratamento:
Deve ser o mais precoce possível, com o uso de aparelho gessado e retorno em
uma semana. A intervenção cirúrgica (aos cinco meses) pode ocorrer somente em casos
refratários ao tratamento clínico.

Pé cavo

Características:
Elevação anormal da abóbada (arco longitudinal) do pé.
As principais causas são:
• Paralisia da musculatura intrínseca do pé;
• Desequilíbrio da musculatura dos tibiais;
• Lesões devido às alterações do sistema nervoso;
• Uso de calçados inadequados.

PÉ CAVO

9
FONTE: Disponível em: <www.consultoriodepodologia.com>.

Deformidades clínicas:
• Principal queixa: dor na cabeça dos metatársicos ou na fáscia plantar;
• Fadiga ou desconforto;
• Hiperqueratoses sob a cabeça dos metatarsos;
• Deformidades dos artelhos: tipo em “garra”;
• classificação de Viladot (graus de 1 a 5).
Diagnósticos por imagem:
• Radiologia (coluna): Raio-X;
• Tomografia (partes moles: ligamentos músculos e tendões);
• Eletroneuromiografia (verifica a função do nervo, em relação ao impulso
elétrico);
• ressonância/tomografia (para verificar as partes moles do cérebro).

Tratamento clínico:
• Exercícios para estiramento da fáscia plantar e da musculatura; 14
• Utilização de órteses de apoio, como palmilhas e feltros;
• O tratamento cirúrgico é recomendado a partir do grau 3, ou seja, em
casos graves e incapacitantes.

Pé calcâneo valgo

PÉ CALCÂNEO VALGO

10
FONTE: Disponível em: <www.celsorizzi.blogspot.com>.
Características:
• Contato da superfície dorsal do pé com a superfície anterior da perna;
• Déficit para a flexão plantar;
• Graus de deformidade leve. Pode ser unilateral ou bilateral.

Causas:
Existência de deformidade em ossos e ligamentos, com relação ao encurtamento
de tendões ou é até hereditária.

Diagnóstico constatado:
Flexão dorsal do pé, persistente, resistência à flexão plantar (não excede 90°) e
alteração do eixo do talo com o osso cuboide. O tratamento cirúrgico e fisioterapia são
recomendados. 15

Pé convexo por talo vertical

PÉ CONVEXO POR TALO VERTICAL

11
FONTE: Disponível em: <www.monografias.com>.

Causas:
Hereditárias e possuem baixa incidência.

Quadro clínico
Apresenta as seguintes deformidades:
• É o inverso do arco plantar;
• O osso talo está deslocado para a planta do pé;
• O pé se apresenta estritamente rígido, mesmo em um recém-nascido.

Diagnóstico:
Constatamos essa deformidade já no nascimento. Na radiografia, o talo se
apresenta perpendicular ao plano e antepé em dorsiflexão.

Tratamento:
É sempre cirúrgico, pois a rigidez impede corrigir apenas com o gesso. A rigidez
permanece, mesmo após a cirurgia.

Pés planos (chatos)

Causas:
• Hereditárias;
• Doenças neuromusculares (poliomielite, paralisia cerebral etc.);
• Doenças inflamatórias (artrite reumatoide);

12
• Síndromes (de Down, Ehler-Danlos/flacidez muscular, etc.);
• alterações pós-traumáticas.

PÉS PLANOS (CHATOS)

FONTE: Disponível em: <www.consultoriodepodologia.com>.

Características:
Tem como característica a deformidade, quando há redução ou desaparecimento
do arco longitudinal do pé durante o apoio no solo.

Diagnóstico:
• Calcâneo valgo;
• Alteração do apoio com o solo e com o osso tálus;
• Desaparecimento do arco longitudinal do pé;
• Perda funcional;
• Gasto exagerado de energia para a marcha;
• Progressão da deformidade de flácida para rígida.

O diagnóstico é constatado com o exame físico aos dois anos de idade ou,
posteriormente, se tiver queixas de quedas ou cansaço físico frequente. É facilmente
notado em imagens podográficas e classificado, de acordo com Viladot, em: normal e
graus 1 a 5.

13
Tratamento:
Em sua grande maioria, evolui para cura espontânea. É indicado o uso de
palmilhas (suporte de arco-Whitman) e calçados especiais. O tratamento cirúrgico é
indicado apenas em 1% ou 2% dos casos graves. O pé plano flácido postural da
infância, ou seja, o pé chato em crianças até mais ou menos 2 ½ de idade, não se
acompanha de qualquer anomalia e ocorre por frouxidão cápsula ligamentar.

DEFORMIDADE ÓSSEA DO CALCÂNEO

Esporão do calcâneo

ESPORÃO DO CALCÂNEO: APLICAÇÃO DO LED INFRAVERMELHO

FONTE: Disponível em: <www.fisionet.com.br>.

RAIO-X DO ESPORÃO DO CALCÂNEO

FONTE: Disponível em: <www.fisionet.com.br>.

14
Características:
É uma espícula óssea que se desenvolve na fixação do tendão (fáscia) plantar, no
calcâneo, e em casos mais raros, na região posterior do calcâneo.

Causa:
Tração do tendão plantar sobre o osso devido à pressão constante no local.

Quadro clínico:
• Apresenta dor na maioria dos casos;
• Sensibilidade do pé (no ponto do esporão).

COXIM DE BORRACHA NO PONTO DOLOROSO DO CALCÂNEO

FONTE: Disponível em: <www.tima.com.br>.

Tratamento:
• Coxim de borracha no ponto doloroso do calcâneo; Led/Laser
Infravermelho de Baixa Potência.

DEFORMIDADES ÓSSEAS NOS DEDOS


19
Hálux varus

É uma deformidade inversa à do hálux Valgo. O hálux apresenta desvio em varo.

Causas:
A deformidade do hálux associada a outras deformidades, como o pé metatarso

15
varo e deformidades osteoarticulares associadas a ossos e dedos acessórios.

Tratamento:
Cirúrgico, corrige as deformidades dos dedos, por meio do uso de bandagens.
HÁLUX VARUS

Disponível em: <www.myfootshop.com>

Macrodatilia

Distúrbio hormonal no crescimento que apresenta características como o aspecto


grotesco dos pés e aumento do tamanho do dedo. Principais causas estão associadas ao
gigantismo e apresentam neurofibromatose, uma doença hereditária que altera o tecido
conjuntivo e dos nervos. O tratamento recomendado é o cirúrgico, que corrige as
deformidades com o uso de bandagens.

MACRODATILIA

16
FONTE: Disponível em: <www.spreumatologia.pt>.

Dedo em martelo

Essa deformidade é descrita como uma hipertensão da


articulação metatarsofalangiana e a flexão da articulação interfalangiana. As causas são
congênitas, de origem neurológica e podem estar associadas a outras deformidades dos
pés. Essa patologia pode originar outras como: metatarsalgia, hiperqueratoses e higroma
em pontos de maior atrito.

Tratamento clínico:
Por intermédio da colocação de dispositivos em forma de anéis, para corrigir o
desvio, e o cirúrgico, com resultados definitivos.

DEDO EM MARTELO
21

17
FONTE: Disponível em: <www.ilustrados.com>..

Clinodactilia

É uma deformidade que apresenta desvio em sentido lateral dos artelhos,


principalmente no quinto artelho. As causas são congênitas ou relacionadas ao pé
reumático. Pode originar outra patologia, como hiperqueratoses interdigitais. O
tratamento indicado é o cirúrgico.

CLINODACTILIA

FONTE: Disponível em: <www.ilustrados.com>.

Hálux Rigidus

É uma deformidade que impossibilita a flexibilidade da articulação


metatarsofalangiana do hálux.
22
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HÁLUX RIGIDUS

FONTE: Disponível em: <www.esco-orthopaedie.com>.

Causas:
São congênitas, por traumas na articulação, artrites, reumatismo, gota (ácido
úrico) e joanete. Como manifestação clínica, apresenta: dor interfere na fase de impulso
durante a marcha, transfere o peso do corpo para a borda lateral plantar e
hiperqueratoses. O tratamento indicado seria o uso de calçado específico ou coxim
metatársico e, se necessário, recorrer à cirurgia.

Polidactilia

É uma deformidade que apresenta um dedo extranumerário no lado medial ou


lateral. As causas caracterizam-se por transmissão autossômica dominante. Predomina
em negros e no sexo feminino. Origina outras patologias como: dor e desconforto para
calçados e hiperqueratose local. O tratamento indicado é o cirúrgico, por envolver a
estética, e o uso de calçados – e pode ser feita a partir do primeiro ano de vida.

19
POLIDACTILIA

FONTE: Disponível em: <www.tejiendoelmundo.wordpress.com>.

Joanete

É a má formação do hálux (primeiro artelho), que proporciona o aparecimento


de uma saliência óssea na cabeça do primeiro metatarso.

JOANETE
24

20
FONTE: Disponível em: <www.tejiendoelmundo.wordpress.com>.

A saliência óssea é a deformidade que se dá devido ao desvio em varo do


primeiro metatarso. Desvio em varo é quando o osso se aproxima do eixo medial, que é
uma linha imaginária que divide o corpo humano em duas partes exatamente iguais.
Quando o osso se afasta do eixo medial, o chamamos de desvio em valgo.

JOANETE Eixo medial

FONTE: Disponível em: <www.tejiendoelmundo.wordpress.com>.

Quando o hálux se apresenta em valgo não quer dizer que, necessariamente, se


tem joanete, mas, quando se tem joanete com certeza o hálux se apresenta em valgo.

Característica do joanete:
O hálux se apresenta em valgo e o primeiro metatarso se apresenta em varo.

Joanete de Taylor:
É o desvio que ocorre no quinto metatarso.

Causas:
A hereditariedade (mais comum em pé chato), agentes mecânicos (pressão de
sapatos apertados), a artrite (inflamação na articulação), a artrose (desgaste da
articulação, que é uma patologia crônica), a gota (doença relacionada ao ácido úrico),
traumas (fratura, luxação na primeira articulação metatarso falangiana) e a artrite
reumatoide. O conjunto de sinais, ou seja, o quadro clínico do joanete, é observado de
21
acordo com o grau de deslocamento do primeiro metatarso, de acordo com a causa do
joanete, se existe inflamação na saliência óssea ou se há a alteração da marcha.

Tratamento clínico:
Em casos de deformações leves, é indicado o uso de sapatos com biqueira
alargada e capa de feltro, silicone ou gel ao redor da protuberância óssea, pois alivia a
compressão. Nos casos de bursite é indicada a punção, juntamente com compressas
quentes com toalhas e repouso. Caso esteja infeccionada é feita a drenagem e
compressas associadas ao uso de antibióticos. O tratamento cirúrgico consiste em
corrigir a saliência óssea (artroplastia), que alinha a articulação.

FONTE: Disponível em: <www.santalucia.com.br>.

O procedimento cirúrgico mais simples consiste em cortar a protuberância e


soltar os tendões e ligamentos que tracionam o dedo.

26

FONTE: Disponível em: <www.santalucia.com.br>.

Depois de cortar o osso e descolar os tendões, o dedo é colocado na posição

22
correta, encaixado na articulação. O feixe de tendões e ligamentos é preso de forma a
não deixar o dedo se deformar novamente.

FONTE: Disponível em: <www.santalucia.com.br>.

O osso é encaixado na articulação para que a deformidade não se repita. O tecido


que fica sob a pele, depois de cortado o osso, também é puxado e firmemente costurado
para manter o dedo na posição articular correta.

PÓS-CIRÚRGICO
27

FONTE: Disponível em: <www.santalucia.com.br>.

Depois da cirurgia, o pé fica com melhor aparência estética, sem a protuberância


e a tonalidade vermelha causada pela inflamação do local do joanete, com o dedo na
posição normal. Apesar dos bons resultados, os médicos não costumam prescrever a
cirurgia só por motivos estéticos, porque a operação pode deixar uma cicatriz dolorosa
para o resto da vida. O pé pode ficar doloroso e incomodar muito, no caso de pessoas
jovens.

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PODOPATIAS VASCULARES

Artérias de pequeno calibre irrigam nossos pés, possuem diâmetro de medida


bem pequena e capilares com baixa pressão, e por esse motivo qualquer lesão que os
atinge causa danos graves aos tecidos e podem levar à amputação. Os primeiros a
sofrerem alterações das doenças vasculares são nossos dedos, pois estão nas
extremidades do nosso corpo.
A seguir, é mostrado um esquema de como acontecem a vascularização e o
suprimento arterial nos membros inferiores.

ESQUEMA DE VASCULARIZAÇÃO E SUPRIMENTO ARTERIAL

1. Artéria femoral

2.Artéria poplítea
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(atrás do joelho)

3.a.tibial anterior 3.a. tibial posterior

(desce na frente da perna) (desce por trás da perna)

4. a.pediosa* 4.a.a.plantares

(dorso do pé) (planta do pé)

5.Ramos (próximos à 5.a.a.interósseas


superfície dorsal do pé)
(entre os metatarsos)

6.a.a.colaterais
plantares (dos dedos)

FONTE: Disponível em: <www.tejiendoelmundo.wordpress.com>.

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Artérias prévias

Funcionam bem, livres para a passagem do sangue. *Ao pressionarmos a artéria


pediosa, podemos tomar o pulso pedioso e termos informações sobre a circulação
(perfusão) do sangue no pé do cliente. O sangue volta pelas veias com pouco oxigênio,
processo também chamado de retorno venoso.

Veias do dorso e plantares

Têm ligação com a veia safena. Existem mais veias em nosso corpo do que
artérias, isso se dá devido à força da gravidade, o sangue sobe com mais dificuldade,
portanto, existem mais veias para facilitar que isso ocorra.

Região distal

Localiza-se no antepé, ou seja, dos metatarsos para a região distal.

CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA
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25
FONTE: Disponível em: <www.tejiendoelmundo.wordpress.com>.

Esquema:
1) Coração;
2) Circulação cerebral;
3) Circulação pulmonar;
4) Circulação hepática;
5) Circulação gástrica;
6) Baço;
7) Circulação renal;
8) Circulação intestinal;
9) Circulação nos membros inferiores.

AS LESÕES ISQUÊMICAS

- Falta ou diminuição da circulação, principalmente, arterial.


- Ainda não apresentam necrose, que é a diminuição do suprimento
sanguíneo, com sofrimento tecidual. 30
Obs.: Antes de qualquer intervenção nos pés, os podólogos devem realizar o
exame físico vascular, para saber se há ou não alguma alteração vascular.

Quadro clínico e o grau de evolução em pessoas com lesões vasculares

- Dor em queimação.
- Sensação de “formigamento” (na planta dos pés e dedos).
- Claudicação intermitente.
- Dor aguda na panturrilha, ao caminhar (melhora com repouso).

Graus de evolução das lesões dos pés

26
São:
• 1° grau – úlcera superficial, que não acomete planos profundos;
• 2° grau – úlcera profunda, que acomete as três camadas da pele;
• 3° grau – úlcera profunda, que acomete tendões e articulações;
• 4° grau – gangrena em todo pé, leva à amputação total.

SÍNDROME VASCULAR: ALGUNS SINAIS

As síndromes vasculares ocorrem devido às obstruções intensas e rápidas.


A cor da pele muda, pode ocorrer isquemia, cianose, hiperemia e vasodilatação.

Principais síndromes vasculares


Fenômeno de Raynauld

Sintomas:
• Crises dolorosas dos dedos;
• Mudança de coloração;
• Vasoespasmo das articulações digitais;
• Ocorre mais em mulheres jovens;
• Atinge mãos e pés;
• Pode ocorrer em todos os dedos, mas geralmente, aparece em um só.

Causas:
Frio, calor e estados emocionais.

Fases da crise:
• Palidez por vasoconstrição;
• Cianose – sangue pouco oxigenado;
• Hiperemia – vermelhidão, temperatura local alta e sensação de calor (dor e
“formigamento”);
• Pode ter graus de gravidade.

Consequências:

27
• Atrofia da pele;
• Hiperqueratoses;
• Úlceras (pele fina e vulnerável).

Tratamento:
• Evitar mudanças bruscas de temperatura;
• Evitar contato com água fria; 32
• Evitar o fumo;
• Medicamentos vasodilatadores. Ex.: Ginkgo Biloba.

Acrocianose

Venodilatação, vasodilatação de veias.


Sintomas:
• Síndrome que afeta extremidades (mãos e pés);
• Dilatação de vasos capilares venosos;
• Ocorrem cianose e sensação de frio;
• Acomete mulheres jovens/alteração hormonal.

Gangrena

É irreversível, sempre causada por problemas circulatórios. É a morte ou necrose


dos tecidos (tecido desvitalizado). Antes de ocorrer morte tecidual é acionado um
mecanismo de alerta e o exame físico vascular é um deles. São tipos de gangrena:
• Gangrena seca – não há circulação arterial, permanece o retorno venoso
linfático e as extremidades se apresentam secas;
• Gangrena úmida – interrompe a circulação arterial, venosa e linfática e
evolui com edema.

Diabetes

Diabetes é a enfermidade causada pelo aumento da quantidade de açúcar, ou


seja, de glicose no sangue. Os alimentos que ingerimos são transformados em açúcar. A
insulina ajuda o transporte do açúcar às células do corpo, que será transformado em
28
energia. Se o corpo não produz insulina ou não produz o suficiente, ou ainda não
funciona normalmente, pode-se dizer que se tem diabetes. Os altos níveis de açúcar no
sangue podem causar sérios problemas de saúde.
O diabetes se classifica em: tipo 1 e tipo 2.
• Tipo1, ou diabetes mellitus insulinodependente – ocorre com maior
frequência em jovens. Nesse caso, é necessário tomar insulina por meio de injeção, para
suprir a falta ou produção insuficiente do corpo;
• Tipo 2 ou diabetes sem dependência de insulina (também conhecido como
não insulinodependente – o corpo produz insulina, mas ela não funciona
adequadamente.

Diabetes gestacional

Aparece com a gestação e às vezes desaparece após o parto. Essas pacientes


podem desenvolver, mais tarde, diabetes tipo 2. O tratamento é feito por intermédio de
exercícios físicos, dieta e insulina.
O diabetes mais comum é do tipo 2 e se manifesta em pessoas adultas, com
excesso de peso e em pessoas com antecedentes familiares. É controlado mediante um
equilíbrio entre: os alimentos que comemos; exercícios físicos; controle de peso; e, em
alguns casos, medicamentos, sejam eles comprimidos ou insulina. Níveis de açúcar
ficam elevados por muito tempo e podem causar sérios problemas nos olhos, nos
nervos, nos rins, no coração (nas artérias e veias) e nos pés.
A insulina não funciona adequadamente, o açúcar se acumula no sangue e é
eliminado na urina.
Sintomas da presença de açúcar no sangue e na urina:
Cansaço, perda de peso, sede, visão turva e necessidade frequente de urinar.
Se o nível de sangue não é controlado, com o tempo podem surgir problemas
mais sérios, como cegueira, a necessidade de se amputar o pé e até a perna e
hemodiálise. Em alguns casos, o nível elevado de açúcar ocorre sem que nenhum
sintoma apareça.
Testes para medir os níveis de açúcar no sangue:
• Colocar uma gota de sangue em um medidor especial ou o teste da urina,
onde se usa uma fita especial que, em contato com a urina, acusa a presença de açúcar

29
ou cetonas. A presença de cetonas na urina pode significar que o nível de açúcar no
sangue está descontrolado. Consultar um médico é importante, pois talvez seja
necessário ajustar o tratamento.
• Exame de sangue chamado HbA1C (hemoglobina glicolisada). Esse exame
mostra o nível médio de controle do açúcar sanguíneo nos últimos dois ou três meses.
Compete ao médico qual é o melhor teste para cada caso.

Comprimidos:
Funcionam de várias maneiras para ajudar a diminuir o nível de açúcar no
sangue. O paciente deverá fazer uso dos comprimidos sempre sob orientação médica. Se
o paciente deixar de tomar o medicamento, não poderá fazê-lo junto com a próxima
dose. Na utilização da insulina, o próprio paciente aprende a preparar a seringa e a
injetá-la corretamente, escolhendo lugares diferentes do corpo a cada aplicação para que
a insulina seja bem absorvida. Às vezes, a utilização da insulina ou comprimidos são
medicamentos que podem controlar e baixar demasiadamente o nível de açúcar no
sangue, principalmente durante e depois da prática de exercícios físicos, se o paciente
não se alimentar, se comer tarde, se não comer o suficiente ou se tomar medicamento
em excesso.
Principais sintomas de baixo nível de açúcar no sangue:
Tremor, tontura, irritabilidade, fome, sonolência, sudorese e cansaço.
Caso o paciente apresente alguns desses sintomas, é necessário comer ou beber
imediatamente algum alimento doce. O médico dará orientações sobre como evitar os
problemas de baixo nível de açúcar no sangue. Orientar o cliente a participar de grupos
de apoio e explicar à família e amigos o que podem fazer são atitudes que ajudam. O
diabetes não tem cura, mas pode ser controlado com uma alimentação balanceada, com
a prática de exercícios físicos e com medicamentos.

Pé diabético

Definição:
O pé diabético é um conjunto de alterações que ocorrem nos pés, devido à
evolução do diabetes. 35

Alterações nos pés:

30
O sistema vascular, a resposta imunológica e os nervos do pé (neuropatia).

Classificação de acordo com a parte anatômica prejudicada:


• Pé neuropático – o sistema nervoso periférico (dedos) é alterado;
• Pé infeccioso – o sistema imunológico é alterado, tornando-o vulnerável
a patologias;
• Pé isquêmico – o sistema circulatório é deficiente, provocando a
isquemia, ainda não apresenta necrose;
• Pé misto – apresenta dois ou mais dos quadros acima.

PÉ MISTO

FONTE: Disponível em: <www.tejiendoelmundo.wordpress.com>.

Pé misto

Pé neuropático apresenta os seguintes sinais: formigamento, agulhadas,


queimação, dormência e fraqueza nas pernas, à noite piora. Verificamos: a perda de
sensibilidade (hipoestesia), deformidades de apoio (atrofia muscular/musculatura rígida)
e a presença do mal 36 perfurante plantar, geralmente no antepé (pode também ser
causado pelo mal de Hansen, sífilis, fumo, alcoolismo, etc.).
O mal perfurante plantar é uma úlcera crônica (leds) e profunda, desenvolvida
com frequência nos pontos de apoio, abaixo de uma formação queratósica (calo), por
falta de sensibilidade, portanto, é indolor.
31
O pé infeccioso é acometido por bactérias piogênicas, que se associam às
infecções fúngicas (micose de pele e/ou unha). Algumas infecções também ocorrem
devido à manipulação de unhas encravadas, esporão plantar e calosidades. A neuropatia
também torna essas patologias indolores.
No pé isquêmico, os principais sinais são: dor na panturrilha (batata da perna),
na coxa se nota melhora quando cessa o movimento. A falta de circulação arterial,
venosa e linfática leva aos poucos à necrose, que é a morte dos tecidos. A amputação é
um último recurso, usado na tentativa de conter a gangrena, que é um mal irreversível.
No pé misto podem ser encontradas duas ou três das alterações citadas acima:
neurológicas, vasculares e infecciosas.

PÉS ISQUÊMICOS E MISTOS

FONTE: Disponível em: <www.repirefisio.wordpress.com>.

Classificação do pé diabético

TABELA 1 - CLASSIFICAÇÃO DO PÉ DIABÉTICO

Grau 0 I II III

Estágio

A Lesões préulcerativas Lesões superficiais, Lesão atinge Lesão atinge


ou pósulcerativas não envolvendo tendão ou osso ou
completamente estruturas mais cápsula articulação
epitelizadas profundas: tendão,
cápsula ou osso

B Infectada Infectada Infectada Infectada

32
C Isquêmica Isquêmica Isquêmica Isquêmica

D Infectada e isquêmica Infectada e Infectada e Infectada e


isquêmica isquêmica isquêmica
FONTE: Disponível em: <www.respirefisio.wordpress.com>.

37

A ATUAÇÃO DO PODÓLOGO

A primeira atitude do podólogo em relação ao seu cliente é o preenchimento da


anamnese, com ela temos seu passado clínico e, assim, nos orientamos para um
procedimento adequado. Existem alguns recursos que o profissional pode utilizar para
fazer um exame minucioso da sensibilidade do cliente.

EXAME DE SENSIBILIDADE

FONTE: <www.santalucia.com.br>.

Instrumentos como o monofilamento e o diapasão podem ser utilizados sem


contraindicação. Na falta deles, um chumaço de algodão embebido em água morna ou
fria é uma medida de grande valia. A pressão dos dedos no pé do cliente, estando ele
com os olhos vendados, também é um recurso que pode ser utilizado. Quanto à

33
vascularização dos pés, existem saídas simples e muito importantes. São elas:
• Tomar o pulso da artéria pediosa, verificar: a temperatura local – pé
frio/isquemia e pé quente/inflamação; a cor da pele, que traduz o estado de circulação
dos capilares – cianose (arroxeado) indica acúmulo de sangue pouco oxigenado, rubor
(avermelhado) indica vasodilatação e palidez (sem cor) indica estado de isquemia;
• O estado das unhas: a diminuição do aporte sanguíneo torna o
crescimento das unhas lento e desigual e seu aspecto irregular;
• Se há úlceras localizadas nas extremidades dos dedos, podendo fazer o
desbaste na região queratósica com conhecimento e responsabilidade.
O cliente diabético deve seguir, diariamente, as orientações básicas, fornecidas
por seu podólogo como:
• Proteger com protetores e anteparos os pontos de pressão da região
plantar;
• Utilizar calçados apropriados (sem costuras e confortáveis);
• Usar meias de algodão e sem costuras;
• Inspecionar os pés de maneira correta ou pedir que alguém o faça
(verificar a planta dos pés, os espaços interdigitais e as unhas);
• Não andar descalço;
• Hidratar os pés com creme específico de alta hidratação;
• Não utilizar água quente em hipótese alguma;
• Lavar e secar bem entre os dedos são medidas de grande valia, pois a
prevenção é uma grande aliada, não só para os portadores de diabetes, mas para todos
que querem ter pés saudáveis por muito tempo. 39

PRINCIPAIS PATOLOGIAS DERMATOLÓGICAS

DERMATOLOGIA
40
É a ciência que estuda nossa pele.
Características da pele: controla a temperatura do corpo, protege os órgãos e
revela doenças.
Dimensões: pesa em torno de quatro a sete quilos e mede de um e meio a dois
metros quadrados. A pele é o maior e um dos mais extraordinários órgãos do corpo

34
humano.
Funções:
• Por sua extrema sensibilidade, ela é responsável pelo sentido do tato, que
nos ajuda a manter contato com o mundo exterior;
• É um poderoso manto protetor que intercepta e destrói um grande
número de bactérias, vírus e outros agentes agressivos;
• Elimina líquido e sais e controla a temperatura do corpo, por meio do
suor funciona como um sistema automático (especial) de arrefecimento.
Glândulas sudoríparas: com o suor, elas resfriam a pele e impedem que a
temperatura do corpo suba além do normal. Processo semelhante ocorre quando se faz
exercícios físicos, que também aumentam a temperatura interna do corpo.
Outra qualidade desse órgão: sua permeabilidade seletiva. Embora o ser humano
seja constituído de 60% da água, ele vive em ambientes secos e não se desidrata
facilmente. Também pode ficar horas imerso e nem por isso seu corpo absorve líquido a
ponto de ficar encharcado. “Nossa pele é considerada integrante do sistema
imunológico, ela identifica um agressor e avisa o sistema imunológico do perigo”.

CAMADAS QUE CONSTITUEM A PELE

CAMADAS DA PELE

35
41 FONTE: Disponível em: <www.naturavendas.files.wordpress.com>.

A pele é constituída de três camadas:


• epiderme-1 (mais externa);
• derme-2 (intermediária);
• hipoderme-3 ou tecido subcutâneo (a mais profunda).

Epiderme

Formada por cinco camadas de células epiteliais ou de revestimento. A mais


interna de todas é chamada de basal ou germinativa. É aí que tudo começa. É o
nascedouro de todas as células da pele. Depois que nascem, e à medida que o tempo
passa, essas células vão 42 completando sua formação e se modificando quimicamente.
Durante esse processo, vão sendo empurradas para cima pelas células mais jovens.
Quando chegam à camada mais externa da epiderme, chamada camada córnea,
já estão mortas e são eliminadas. Essas células são substituídas diariamente. A cada dia
o ser humano perde de seis a 14 gramas de células epiteliais mortas. O tempo médio
entre o nascimento de uma célula e sua troca por outra é de 28 dias.

Derme

É a camada mais completa. Composta de tecido conjuntivo, elástica e fibrosa,


tem como principal função sustentar, dar força e elasticidade à pele. É nela que se
localizam os nervos sensitivos, os vasos sanguíneos e linfáticos, os folículos pilosos
(raiz dos pelos) e as glândulas sebáceas e sudoríparas, de extrema importância para
saúde da pele.
As primeiras produzem óleos que formam um manto lipídico, de proteção contra
infecções e agressões do meio ambiente, mantendo-a lubrificada. As segundas
produzem o suor, indispensável para o equilíbrio da temperatura corporal.

Hipoderme ou tecido subcutâneo

36
É a camada mais profunda, constituída por células gordurosas. Ajuda no
amortecimento de pancadas, minimizando traumatismos, além de contribuir para
conservar o calor do corpo.
Sendo o maior órgão do corpo humano, não é de surpreender que a pele seja
atingida pelo maior número de doenças: mais de 400. Doenças renais e cardíacas
provocam sinais externos. Nossa pele sofre de algumas patologias, desde uma acne
simples até tipos graves de câncer, passando por infecções por bactérias, como o
furúnculo, por vírus (verrugas, herpes) e por fungos (micoses). E, além de sofrer suas
próprias doenças, a pele pode servir de espelho para doenças internas.
Ela pode manifestar sintomas de doenças renais ou cardíacas, por exemplo. Um
dermatologista atento pode diagnosticar doenças que não são de sua especialidade. Só
para 43 citar um exemplo: pruridos crônicos podem revelar que a pessoa sofre de um
problema hepático.

PRINCIPAIS PATOLOGIAS DERMATOLÓGICAS

LEDs: lesões elementares dermatológicas

Diferem entre si pela aparência, considerando cor, estado, volume etc.

LED de reparação

CICATRIZ DE QUEIMADURA

LED líquida
BOLHA 44

37
LED por solução de continuidade

FISSURAS

LED por alteração de cor

MELANOMA

45

38
FONTE: Disponível em: <www.portalsaofrancisco.com.br>.

LEDs sólidas

LEDS SÓLIDAS

LEDs por alteração de espessura

LEDS POR LATERAÇÃO DE ESPESSURA


46

LEDs caducas

LEDS CADUCAS

39
Piodermites

São doenças na pele causadas por bactérias.


47
Impetigo

Aparecimento repentino de vesículas e bolhas, com pus, que se rompem e são


cobertas por crostas, evoluindo sem deixar cicatriz. São contagiosas e tratadas com
antibióticos sistêmicos.

IMPETIGO

FONTE: Disponível em:


<http://www.dermatologia.net/novo/base/doencas/impetigo.shtml>.
.

40
Furunculose

É uma infecção profunda, frequente nas áreas com pelos expostos à irritação,
fricção, pressão ou umidade, que compromete todo o folículo piloso (pelo) e tecido
adjacente, como também ao efeito de produtos químicos. Trata-se com antibióticos
sistêmicos e cuidados locais.

FURUNCULOSE
48

Erisipela

É uma infecção aguda da pele e tecidos subcutâneos. Tratamento com


antibióticos e cuidados gerais.

ERISIPELA

41
FONTE: https://www.opas.org.br/o-que-e-erisipela-tratamento-sintomas-
cura-e-mais/

Paroníquia (micose)

Compromete o tecido periungueal. Está associada a traumatismos locais,


umidade, retirada de cutícula, comum em mulheres. Pode ser causada ou mantida pela
Cândida Albicans. O tratamento é feito por soluções tópicas e antibióticos locais e
sistêmicos. Também conhecida como “unheiro”.

PARONÍQUIA

http://www.medicinanet.com.br/conteudos/acp-
medicine/5851/infeccoes_cutaneas_fungicas_bacterianas_e_virais.htm

Hanseníase

Conhecida também como mal de Hansen, é contagiosa, crônica, de distribuição


universal, endêmica (faz parte de uma região), principalmente nos países
subdesenvolvidos. Se diagnosticada a tempo, tem cura e não deixa sequelas.

42
5 0
FONTE: Disponível em: <www.centralina.mg.gov.br>.

Dermatoviroses

São doenças na pele causadas por vírus – microrganismos parasitas


intracelulares.

Herpes

Podem ser classificadas em:


• simples (HSVI) – infecção viral aguda, no mesmo local por anos, que se
manifesta quando há febre, sol, fadiga, tensão e baixa imunidade (tipo l);
• genital (HSVII) – localiza-se nos órgãos genitais, DST. É recidiva e
associa-se à baixa resistência. Tratamento: agentes antivirais ou vacinas;
• zoster – também conhecida como “cobreiro”. É uma infecção causada
pelo vírus Varicela zoster, só se manifesta em pessoas que já tiveram varicela
(catapora), mesmo não tendo apresentado manifestação clínica. A primeira infecção
ocorre na infância como catapora, o vírus se torna latente durante anos, depois é
reativado quando há queda de resistência e a doença se manifesta.

43
HERPES
51

FONTE: Disponível em: <www.myhousecallmd.com/archives/367>.

Verrugas (HPV)

Papiloma vírus humanos. São contagiosas e aparecem em pessoas (adultas ou


crianças) com resistência baixa ou com doenças psicossomáticas. Podem ser
classificadas em:
• verruga vulgar – é encontrada, geralmente, nas mãos com aspecto
hiperqueratócico, de consistência firme, escura ou amarelada. É indolor;

VERRUGA VULGAR

44
• verruga plantar – é encontrada na região plantar, nas áreas de maior
pressão. São amareladas e frequentemente são confundidas com calo duro e chamadas
de “olho de peixe”. São doloridas e apresentam pontos negros e hiperqueratoses;

VERRUGA PLANTAR
52

• verrugas planas – aparecem geralmente em crianças ou adultos jovens,


na face e no dorso das mãos, sendo chamadas também de juvenis;
• verrugas filiformes – são semelhantes às espículas que se projetam
perpendicular ou obliquamente à superfície da pele. Geralmente estão localizadas no
rosto, pescoço ou ângulo da boca de adultos jovens;
• codiloma acuminado – são pápulas vegetantes, localizadas nos genitais
e na região perianal. É transmissível sexualmente, por uso de roupas íntimas e toalhas
de outros. Se diagnosticado no início (papa nicolau), tem cura e não evolui para o
câncer no colo do útero.

Dermatofitoses

São doenças na pele causadas por fungos e leveduras. Reproduzem-se em locais


úmidos, quentes e abafados e se alimentam de queratina. Alguns exemplos:
• tinhas – pedis (confundida com excesso de ácido úrico), corporis (axilas
e pele), alopecia (do couro cabeludo e barba/pelada) e onicomicoses (nas unhas);

53

45
TINHAS

Disponível em: <www.missinglink.ucsf.edu>.

• candidíase/Cândida albicans – levedura que atinge diabéticos, grávidas e


obesos (na pele/frieiras e também nas unhas);
• pitiríase versicolor (pano branco).

Dermatoses zooparasitárias

São doenças da pele causadas por animais parasitas:


• escabiose – é uma dermatite causada pelo parasita sarcoptes scabiei,
podendo infestar a família inteira pelo contato direto ou por roupas destas. Necessita de
tratamento tópico específico;

46
FONTE: Disponível em: <www.spvilaverde.blogspot.com>.

• pediculose – é uma infecção parasitária do couro cabeludo, do tórax e do


púbis, causada pelo piolho. Pode-se contaminar por falta de higiene ou pelo uso de
toaletes contaminados. Necessita de tratamento à base de antiparasitários;
• tungíase ou bicho-de-pé – é uma patologia causada pela tunga penetrans,
um tipo de inseto em forma de pulga, encontrada em lugares secos, na zona rural e em
chiqueiros. O tratamento consiste em extrair a pulga com bisturi e aplicar antissépticos
ou antibióticos no local;
• miíase – é uma dermatose causada por um parasita (vulgo berne) que
infesta a pele da mucosa normal ou ulcerada e dos orifícios naturais do corpo humano
por larvas de moscas que invadem tecidos sadios, pois são parasitas obrigatórios. O
tratamento consiste na retirada da larva e no uso posterior de antissépticos e antibióticos
tópicos;
• dermatite linear serpiginosa (vulgo bicho-geográfico) – é causada pela
penetração na pele de larvas do Ancylostoma brasiliensis ou Ancylostoma caninum,
encontrados geralmente nas fezes dos cães. O tratamento é feito a base de
antiparasitários locais e sistêmicos.

DERMATITE LINEAR SERPIGINOSA


55

FONTE: Disponível em: <www.animalesaude.com.br>.

ECZEMAS

47
Também chamada de dermatite de contato ou dermatite eczematosa, que é uma
alteração da pele de caráter inflamatório, com vesiculação, eritema, edema, infiltração,
secreção serosa, formação de crostas, escamas e liquefação. São classificadas em
eczema: de contato (agentes externos), atópico (alérgico), numular (infecções
bacterianas), circunscrito (delimitados), estase (em mulheres com varizes) e distrótico
aparecimento de vesículas (dedos, palmas das mãos e plantas dos pés).

DERMATITE DE CONTATO COM DESODORANTE

PSORÍASE

É uma doença eritomato-descamativa, ou seja, é uma queratinização anormal,


com o aumento do número de mitoses, levando a uma acantose (atrofia da pele) e
paraqueratose. Desenvolve-se devido a um quadro psicossomático. É comum aparecer
dos 20 aos 30 anos de 56 vida, em mulheres, possui caráter genético e familiar em 30%
dos casos. Ainda não foi encontrada a cura total.

PSORÍASE NO COTOVELO

48
VITILIGO

É uma patologia não contagiosa, na qual ocorre a perda da pigmentação natural


da pele. Sua causa ainda não é bem conhecida, embora o fator autoimune pareça ser
importante. Sabe-se que o estresse físico, emocional e a ansiedade favorecem o
desencadeamento ou agravamento da doença.
O vitiligo caracteriza-se pela redução no número ou função dos melanócitos,
células responsáveis pela produção da melanina. A doença pode surgir em qualquer
idade, sendo mais comum em duas faixas etárias: 10 a 15 anos e 20 a 40 anos, e em
mulheres.

FONTE: Disponível em: <www.childrenallergyclinic.wordpress.com>.

LÚPUS

É uma doença crônica que pode afetar pessoas de todas as idades, raças e sexo. É

49
mais comum nas mulheres adultas.
Considerada uma doença autoimune, o corpo não tem as defesas necessárias
para combater as infecções e agride a si próprio.
Não é uma patologia contagiosa, infecciosa ou maligna, mas não tem cura.

LÚPUS

FONTE: Disponível em: <www.asiaone.com>.

HIDROSE

Relaciona-se com a quantidade de glândulas sudoríparas existentes no corpo de


cada ser humano. É classificada em:
• anidrose – não há transpiração;
• hiper-hidrose – transpira muito;
• bromidrose – transpira muito e o suor apresenta mau cheiro.

CALOS E CALOSIDADES

Chamamos o aumento da camada córnea, endurecida e amarelada que recobre


uma região constantemente pressionada de queratose. Por não haver suprimento

50
sanguíneo no local (isquemia), ocorre a morte celular da camada córnea (pele), que se
acumula na intenção de proteger a região pressionada. Se a pressão é exercida sobre
uma região mais ampla formando a hiperqueratose a chamamos de calosidade, onde
também podem aparecer fissuras (rachaduras). Se a pressão é exercida em um ponto
específico, chamamos a formação de calo, que pode ter núcleo ou não.

59

FONTE: Disponível em: <www.asiaone.com>.

Os calos evoluem em quatro fases, de acordo com a pressão que é exercida sobre
eles, desenvolvendo alguns sintomas:
• fase a – hipersensibilidade acompanhada por um discreto espessamento;
• fase b – origem do calo, há uma formação circular, queratinizada,
amarelada e cônica. Pode se desenvolver sob essa região uma bolsa serosa, o higroma,
resultante da instalação do processo inflamatório;
• fase c – apresenta um quadro infeccioso, as bactérias penetram em
pequenas fissuras que se abrem no local ressecado. Elas atingem o higroma, tornando-se
um abscesso, nesse caso o osso pode estar comprometido por uma inflamação (osteíte);
• fase d – pode ser chamada de terminal, a pressão continua, o abscesso se
rompe e o osso é envolvido pelo processo infeccioso, originando a osteomielite.

Tipos de calos e sua localização:


1) duro – se localiza na região plantar, metatársica ou calcânea. É muito
comum confundi-lo com verruga plantar;

51
CALO DURO
60

2) mole – se desenvolve nos espaços interdigitais, principalmente no quarto


espaço;

CALO MOLE

3) dorsais – no dorso dos dedos, sobre as articulações interfalangianas,


principalmente nos dedos em martelo, podendo se transformar em um calo duro;
4) miliar – abóbada plantar, são pontos de queratina endurecida;
5) subungueal e periungueal – embaixo das lâminas, no sulco ungueal sob
elas;
6) vascular – planta do pé, com núcleo e higroma, semelhante ao calo duro;

52
7) neurovascular – planta do pé com vasos sanguíneos e terminações
nervosas em seu interior;
8) millet – dorso dos dedos, com a pele distendida, que já foi um calo duro;
9) calo perdiz – entre os dedos, de modo espelhado.

PATOLOGIAS UNGUEAIS 61

1) Onicomicoses

http://www.sbd.org.br/dermatologia/unhas/doencas-e-
problemas/onicomicose/33/

São patologias que atingem as lâminas, causadas por fungos dermatófitos ou


leveduras que se alimentam de queratina. Esses microrganismos podem escurecer,
engrossar e destruir a lâmina ungueal. Ao profissional da área de Podologia compete a
limpeza e higienização da lâmina, com loções e brocas adequadas, assim como a
diminuição de lâminas espessas.
Seu tratamento é feito com soluções antissépticas, antimicóticos, antibióticos,
antitoxinas e radioterapias, dependendo do grau de infecção. Não
basta apenas ter cuidados com a lâmina ungueal, é preciso também
cuidar dos calçados e meias para que eles não se contaminem.

2) Onicocriptose

62

53
https://pt.wikipedia.org/wiki/Onicocriptose

Essa patologia ocorre quando há a penetração da lâmina ungueal ou parte dela


(espícula) na prega ungueal, perfurando-a. Pode ocorrer a penetração de bactérias,
dando origem ao processo infeccioso, chegando a evoluir para um granuloma piogênico,
vulgo “carne esponjosa”. Suas causas principais são: uso de calçados inadequados, com
bico estreito, juntamente com o corte inadequado.

Tratamentos

Caso a lâmina não esteja infeccionada, um simples desbaste na lateral, a limpeza


no sulco e um anteparo de algodão são de muita valia.
Um tratamento de prevenção, caso ocorram constantes recidivas, é o uso de
órteses especiais para corrigir a curvatura da unha. Esse tratamento leva, geralmente,
quatro meses, com manutenção de 20 em 20 dias. As principais órteses que podem ser
aplicadas são: metálica, FMM (fibra com memória molecular), acrílica, bottons e
anteparo de silicone.

MODELO DE ÓRTESE

54
http:/http://esteticataniafidalgo.com.br/site/para-seu-corpo/podologia/

3) Onicorexe

http://saiavip.com.br/sindrome-das-unhas-frageis-sinal-de-alerta-na-ponta-
dos-dedos/

Essa patologia exibe a lâmina ungueal delgada, quebradiça e pode apresentar-se


canelada e com fissuras, causada pelo uso de produtos de limpeza e excesso de
lixamento para dar uniformidade. Outros problemas internos podem estar associados,

55
como: anemia, alterações da glândula tireoide ou problemas circulatórios. O tratamento
que é feito consiste na ausência da causa desencadeante.

4) Onicólise
É o descolamento da lâmina ungueal de seu leito, a partir da borda livre,
podendo levar à queda da unha. Nesse local tornam-se oportunas as infecções e
infestação por fungos ou leveduras. As causas desencadeantes podem ser por: uso de
produtos de limpeza, o hábito de limpar as bordas causando traumatismos e traumas
constantes no local.

5) Onicogrifose
As lâminas se apresentam em forma de garras, duras, escuras, espessas e com
crescimento rápido. Tem como principais causas: congênitas, traumatismo repetido,
onicomicose, falta de higiene etc. O tratamento consiste em identificar e eliminar a
causa, se já estiver instalada devemos desbastá-la, para tornar possível o corte.

6) Onicoatrofia

A lâmina apresenta-se atrofiada devido a problemas


congênitos, destruição da matriz ungueal (total/parcial) ou
arrancamento traumático da lâmina ungueal. Quando a
matriz está comprometida, não existe tratamento. Por
questões estéticas a aplicação de resina é bem-vinda, desde
que tenha o mínimo de base para sustentá-la.

56
7) Leuconíquea

65

A lâmina apresenta manchas brancas devido à falta de oxigenação ocasionada


por uso excessivo de esmalte ou sapatos fechados.

8) Paquioníquea
A lâmina apresenta-se grossa e com crescimento oblíquo.

9) Onicofagia
Hábito compulsivo de roer unhas. De origem emocional, se manifesta em
momentos de ansiedade e tensão.

ELETROTERAPIA

Eletroterapia consiste no tratamento por meio de uma descarga elétrica em um


eletrodo, liberando ozônio. Se a frequência das etapas de intensidade de uma corrente
elétrica ultrapassa alguns centésimos de amperes, provoca reações no organismo
humano. A velocidade 66 da frequência das etapas, quando chega à cifra de mil por
segundo ou mais, atravessa o organismo dando a impressão de calor.
Acontece isso com a corrente de alta frequência, pois pela velocidade de

57
alternâncias neutraliza qualquer efeito químico e faz com que a percepção sensível seja
impossível. Esse fenômeno só é percebido na elevação da temperatura. A alta
frequência é o aparelho que aplica essa terapia. A estética utiliza esse equipamento
desde 1938, na França. Hoje, podemos considerá-lo um dos auxiliares indispensáveis
para o profissional, pela sua gama de utilizações.
Esse aparelho gera corrente elétrica de intensidade controlada e indolor. Possui
uma bobina de alta tensão conectada a um eletrodo de vidro, que contém um gás,
produzindo um fluxo de luz fraca e faíscas que, ao entrarem em contato com o ar,
liberam átomos de oxigênio, gerando o ozônio (O3). Com a aplicação do eletrodo, a
circulação periférica é estimulada pela ação elétrica. Trocas de metabolismo são
facilitadas nesse momento, ou seja, fenômenos físico-químicos que mantêm a vida do
organismo e assimilam substâncias essenciais à vida. O ozônio produzido tem
propriedades:
• Bactericida – elimina as bactérias anaeróbicas;
• Fungicida – auxilia no tratamento de fungos;
• Oxidante – age como renovador celular;
• Cauterizante – seu efeito hemostático estanca pequenos ferimentos;
esterilizante – destrói agentes invasivos.

APLICAÇÕES DA ELETROTERAPIA NA PODOLOGIA

Podemos fazer procedimentos de maneira consciente e adequada, usufruindo


todos os seus benefícios, oferecendo ao cliente um tratamento moderno, diferenciado e
renovador.

APARELHO DE ELETRODO
67

58
Para a Podologia existe um aparelho com eletrodos adaptados, especificamente
para o tratamento dos pés. Existem cinco tipos de eletrodos anatômicos, que são:
1) faiscamento direto;
2) Rabo de baleia;

3) Cachimbo pequeno;
4) Cachimbo grande;
5) Cebolinha.

ELETRODO (FAISCAMENTO DIRETO)


68

59
O eletrodo tipo faiscamento direto é utilizado em locais de difícil acesso, no
contorno do eponíquio (cutícula) e sobre pequenos pontos de lesões, fissuras ou
verrugas.

ELETRODO 2 (RABO DE BALEIA)

O tipo rabo de baleia é utilizado com a técnica de fluxação, na assepsia profunda


e preventiva, diretamente sobre a pele, podendo também ser utilizado no espaço
interdigital, prevenindo assim, a “tínea pedis” e candidíase.

ELETRODOS 3 E 4 (CACHIMBOS P E G)
69

Eletrodos do tipo cachimbo formam pequenas câmaras de ozônio. São utilizados


na cauterização de lesões na pele, ocasionadas durante o procedimento ou já presentes
nos pés do cliente, tais como: onicomicose (fungos nas lâminas), onicocriptose (unhas
60
encravadas com ou sem infecção).

ELETRODO 5 (CEBOLINHA)

O eletrônico tipo cebolinha é utilizado para preparar a pele para a hidratação ou


iniciar e finalizar o procedimento.

ALGUNS CUIDADOS

Devemos ter o máximo de atenção para NÃO utilizar o equipamento sobre peles
com produtos que contenham álcool ou substâncias inflamáveis ou com manchas ou
pintas de coloração e espessuras alteradas. 70

CONTRAINDICAÇÕES

A utilização é contraindicada para:


• Grávidas;
• Portadores de marca-passo e pinos metálicos;
• Convulsivos;
• Pacientes neoplásicos (com câncer);
• Pacientes com problemas hormonais;
• Diabéticos insulinodependentes.

61
COMO APLICAR

Não devemos manter o eletrodo por mais de três segundos em local que seja
visível, pois a pele queima, escurece.
Em casos de cauterização de verruga plantar, na região plantar, o eletrodo de
faiscamento direto pode ser mantido no mesmo local por até oito minutos.
A ficha e anamnese do cliente deve ser preenchida como avaliação antes de se
iniciar qualquer procedimento podológico. Informações do passado e presente clínico
do nosso cliente são de grande valia. O tratamento eletroterápico tem caráter preventivo,
além de auxiliar na cura de várias patologias, pois oxigena, renova e protege as células
da pele dos nossos pés.
Resultados de alguns tratamentos:

VERRUGAS PLANAS
Antes do AF Após a aplicação
71

62
VERRUGA PLANTAR

VERRUGA PLANTAR- Antes

Após 15 dias

LED E LASERTERAPIA

Encontramos na Led e Laserterapia um recurso com resultados bons e eficazes.

63
Ambos possuem efeitos terapêuticos e amplitude nas possibilidades de aplicações nas
quais apenas a parte boa da luz é utilizada. Na palavra led temos as iniciais de Light
Emission Diodo, 73 ou seja, Diodo Emissor de Luz. Ele não emite radiação, porque sua
luz não é colimada, portanto, não há reflexão e não agride os olhos. Seu ângulo de
emissão é maior. Não apresenta muita sensibilidade à temperatura.
Sua vida útil é maior que o do laser. Possui ampla largura espectral, oferecendo
assim uma gama de cores que podem ser utilizadas em vários tratamentos. Já a palavra
laser é formada pelas iniciais de Light Aplification by Stimulated Emission of Radiation
(em português: amplificação da luz por emissão estimulada de radiação). Por ser uma
luz colimada (sempre com o mesmo diâmetro), emite radiação e por esse motivo o uso
de óculos é obrigatório.
Com luz coerente (com o mesmo comprimento de onda) e monocromática (com
uma cor só) possui maior potência óptica que o led, embora precise de recursos para
manter a linearidade. É considerada uma luz pura. Possui menos largura espectral. Seu
feixe de luz é mais concentrado e é sensível à temperatura e atritos.
LASER E LED

Algumas contraindicações para o uso do led/Laser: grávidas, portadores de


marca-passo, sobre glândulas hiperativas, manchas irregulares, pessoas neoplásicas ou
com fotossensibilidade. Possui ação regeneradora, anti-inflamatória, virucida,
analgésica, fungicida e cicatrizante, que pode ser constatada em curto prazo, e o mais
importante: o efeito é contínuo após uma única aplicação, ou seja, a condição de
melhora é visível e se mantém por muito tempo.
O tempo da continuidade desse efeito pode ser notado por até 45 dias após a

64
aplicação, mas devemos considerar que cada organismo tem uma maneira de reagir aos
74 diversos tipos de tratamentos, considerando suas condições naturais e sistema
imunológico. Sua aplicação é pontual e medida em joule, trabalha cada cm² da área a ser
tratada. O joule do laser dura 10 segundos o do led 15. Convém lembrarmos que cada
pessoa pode receber no máximo 50 joules por semana.
É preciso ficar atento ao tempo de aplicação para que as células não fiquem
saturadas e assim não absorvam mais o efeito da luz. Por ser energia pura e de baixa
intensidade, é direcionada e absorvida pela célula, essa por sua vez reage no tecido
quimicamente, por esse motivo falamos que led/laser são biomoduladores teciduais. A
principal diferença da ação do led/laser das outras técnicas utilizadas na Podologia é que
o benefício celular é produzido de dentro para fora, ou seja, a célula absorve os efeitos
da luz por intermédio da sua ação nas mitocôndrias, promovendo sua rápida
recuperação e cura.

NA PODOLOGIA

No tratamento da onicomicose a fonte óptica mais adequada é a vermelha, pois


possui melhor absorção na superfície da pele ou lâmina ungueal (unha). No caso da
onicomicose, que é a infestação da lâmina ungueal por fungos e/ou cândidas, devido ao
ambiente propício para se instalarem (quente, úmido e escuro), a luz atua como
acelerador no crescimento da lâmina saudável e destrói os fungos por meio da terapia
fotodinâmica.
Com o crescimento rápido da lâmina, a região infestada é rapidamente
eliminada. No tratamento das onicomicoses, para um resultado mais rápido, utilizamos
o azuleno, o azul de metileno, a 0,01% sem álcool ou a ortotoluidina, o local capta a
irradiação da luz e destrói o microrganismo. Chamamos essa terapia de fotodinâmica.

COSMETOLOGIA

É a ciência que estuda os cosméticos, sejam de natureza química, física,


biológica ou microbiológica. Cosmiatria é a ciência que lida com o estado da pele sã ou
enferma e químico cosmético é o profissional que se dedica à formulação e criação de

65
produtos. Cosméticos são 78 formulações de aplicação local que fazem a higienização,
manutenção, proteção e decoração da pele, das unhas e dos cabelos. Não podem
interferir nas funções vitais, irritar, sensibilizar ou provocar reações secundárias
indesejáveis.
É o cosmetólogo o profissional que conhece e aplica os diferentes tipos de
cosméticos de forma ampla e completa. A cosmetologia tem como principais funções:
conservar, embelezar e reparar. As propriedades físicas são as características de cada
substância relacionadas com fenômenos físicos, podendo ser medidas por meio de
aparelhos, observadas ou avaliadas: densidade – é uma propriedade que pode ser
calculada com base em medidas de substâncias sólidas ou líquidas. A densidade de uma
substância tem um volume e a massa, onde aplicaremos a seguinte fórmula: D = V/M;
• viscosidade – é a consistência que um produto apresenta;
• pH (potencial hidrogeniônico) – é a medida utilizada na química para
determinarmos se uma substância é ácida, neutra ou básica (alcalina).
Na química cosmética necessitamos do pH para definir os efeitos que
determinados produtos poderiam acarretar se não fossem compatíveis com o pH da pele.
Escala de pH:
• 7, neutro;
• Menor que 7, ácido;
• Maior que 7, básico.
Não podemos aplicar o mesmo produto em diversas partes do corpo devido à
diferença do pH de cada região. O pH cutâneo sofre alterações para cada parte do corpo.
Ex.: couro cabeludo pH = 4,0; rosto pH = 4,7; axila pH = 6,5.

Matérias-primas:
• Propriedades:
• Emulsionante – diminui a tensão superficial da pele;
• Umectante – umidifica a pele;
• Emoliente – diminui o ressecamento da pele;
• Detergente – retira as sujidades da pele.

A composição esquemática de um cosmético inclui total ou parcialmente os


seguintes integrantes:

66
• Veículo ou excipiente – é o que vai determinar, praticamente, as
variadas formas físicas do cosmético: sólida (pó compacto), cristalina (sais de
banho), semissólidas (pastas, pomadas, cremes), líquidas (óleos, emulsões),
gasoso (aerossol).

FORMAS COSMÉTICAS

Loção: corresponde a uma solução de substâncias químicas em que o líquido é


transparente ou opaco, incolor ou colorido, podendo seu veículo ser constituído por
água, álcool, propilenoglicol ou outros, só ou ministrados entre si. Ex.: loção
adstringente, loção tônica, etc.

Cremes: formas cosméticas pastosas, emulsionadas, compostas essencialmente


de água e substâncias graxas que, dependendo do tipo de emulsão e dos ingredientes,
destinam-se à limpeza, proteção, hidratação, nutrição e conservação de um aspecto
sadio da pele.

Leite: denominações vulgares das emulsões e fluidos que lembram, por sua
aparência física, o leite de vaca. Os leites são emulsões água em óleo ou óleo em água
que, aplicadas sobre a pele, têm efeito refrescante e lubrificante. Ex.: leite de azuleno,
leite de ginseng.

Emulsão: é um sistema constituído de duas fases que podem ser dois líquidos,
ou líquido e sólido, ou líquido e gás, onde os dois são completamente imiscíveis. Uma
das substâncias, geralmente o líquido, é dispersa na outra e permanece no sistema em
estado de pequenas gotículas. Proporcionam consistência ou viscosidade, estabilidade,
comportamento na aplicação na pele, cor e odor.

Loção tônica: é uma forma cosmética composta de substâncias líquidas


miscíveis entre si, com o objetivo de corrigir o pH da pele. Pode ser usada em qualquer
tipo de pele.

Loção adstringente: forma cosmética que tem como objetivo dar adstringência
à pele, ou seja, há uma interação química entre os princípios ativos da loção com as
67
enzimas da pele, que tem como consequência um relativo fechamento dos óstios.
Indicado para peles mistas e oleosas.
80
Gel: forma viscosa obtida mediante coloides protetores transparentes ou não e
que podem deixar ao secar, uma película plástica, dependendo de sua formação.

Máscaras: são massas plásticas úmidas, que ao serem aplicadas sobre a pele
volatilizam seu solvente e ficam fortemente aderidas ao rosto (ou outra zona cutânea).
Desta maneira, provocam um bloqueio transitório com uma tensão de ordem física que
influi favoravelmente sobre o metabolismo cutâneo, sulcos, rugas, etc.

Permeabilidade da superfície cutânea

É a facilidade ou a resistência que a superfície cutânea oferece ao ser


atravessada pelas partículas de uma determinada substância.

Ação dos cosméticos aplicados na pele

Ação física: é superficial e própria dos cosméticos clássicos. Ex.: higienizantes


(sabonete), protetores (filtro solar), decorativos (batom).

Ação química: realizada por produtos que têm uma atividade química definida e
que podem agir por oxidação. Ex.: queratolíticos (depilatórios), adstringentes, oxidantes
(tinturas capilares), redutores (permanente capilar).

Absorção através da pele

A permeabilidade da pele e de seus anexos funciona de acordo com as suas


características físico-químicas: pH cutâneo, a carga elétrica da substância, a
lipossolubilidade ou hidrossolubilidade das secreções sudoríparas e sebáceas, frente aos
produtos que podem 81 penetrar na pele. Existem algumas técnicas que aumentam a
permeabilidade cutânea. São exemplos:

68
• Massagem – por meio de manobras na superfície cutânea, o
cosmético é introduzido. Os vasos sanguíneos se dilatam, favorecendo a
permeabilidade;
• Calor – apresenta efeitos térmicos e dilatadores;
• Hidratação – aumenta a tensão do vapor;
• Modificação do pH retornando ao normal;
• Queratinócitos – afinando a pele com determinados produtos;
• Eletrólitos – facilita a passagem dos íons por meio de
substâncias;
• Iontoforese – técnica que permite aumentar a penetração de
substâncias por intermédio da corrente galvânica.

ALGUMAS REAÇÕES CAUSADAS PELA APLICAÇÃO DE


PRODUTOS COSMÉTICOS SOBRE A PELE SADIA

Dermatites de irritação

São reações cutâneas decorrentes do contato de um agente nocivo. As dermatites


que resultam desse contato se caracterizam por:
• Irritação quase imediata e que atinge todos os indivíduos (efeito
coletivo);
• Localização limitada no ponto de contato;
• Sensação de calor e de queimadura;
• Lesões erimatosas, escamosas e bolhosas;
• Evolução proporcional na concentração e no tempo de aplicação do
agente irritante;
• Dermatites ortoérgicas, que podem eventualmente acarretar fenômenos
de sensibilização;
• Mecanismo não imunológico.

Agentes irritantes 82

69
Agentes químicos: ácidos, bases fortes; álcoois; solventes; fósforo; certos óleos;
xampus, sabonetes, cremes depilatórios.
Agentes físicos: raios UV, radiações ionizantes; calor; frio; fricção, roçamentos,
coceiras repetidas.

Dermatites alérgicas ou eczema de contato

A alergia de contato é uma intolerância da pele em face das substâncias não


tóxicas. É uma reação individual e adquirida.
As dermatites que daí resultam se caracterizam por:
• Reação pruriginosa que não é imediata;
• Uma localização quase sempre limitada no ponto de contato;
• Lesões do tipo urticária, eczema, às vezes edematosas;
• A evolução não é proporcional à concentração nem ao tempo de
aplicação;
• O mecanismo da reação é imunológico.

NOÇÕES DE IMUNOLOGIA RELATIVAS ÀS REAÇÕES ALÉRGICAS

Certas células do organismo são especializadas para a resposta imunitária.


Podemos citar:
• Os plasmócitos (variedade de célula linfoide), que sintetizam e secretam
83 anticorpos ou imunoglobinas;
• Os linfócitos T. Helper, que liberam produtos de ativação ou linfoquinas;
• Os linfócitos T. Citotóxicos, que matam as células alvos.

REAÇÕES ALÉRGICAS AOS PRODUTOS COSMÉTICOS E DE


HIGIENE CORPORAL

Provocadores de dermatites de contato ou dermatites de intolerância:


• Corantes;
• Conservantes;
70
• Leites – cremes - pós: reações sobre todo o rosto e pescoço;
• Alérgenos;
• Perfumes;
• Lanolina;
• Conservantes;
• Resinas sintéticas;
• Solventes (toluol).
Produtos de higiene: As reações localizam-se sobre as regiões do corpo em
contato com os diferentes produtos.
Sabonetes alérgenos: antissépticos e perfumes.
Desodorantes alérgenos: sulfatos de alumínio.

COSMÉTICOS NA PODOLOGIA

Em procedimentos podológicos devem ser usados cosméticos destinados


exclusivamente aos pés, de procedência conhecida e com certificado da Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Assim, o profissional e o cliente terão a
segurança de que são 84 oferecidos produtos dentro das normas previstas. Manipular
loções e emolientes por conta própria é uma atitude inconsequente, pois coloca em risco
a saúde do profissional e do cliente. Os produtos mais seguros são aqueles de origem
natural, sem química em sua composição. Na Podologia utilizamos:
• Álcool 70° (assepsia);
• Antisséptico (loção que limpa e higieniza a pele);
• Emoliente (amolece cutículas/peles e unhas);
• Hidratante (hidrata e protege a pele);
• Creme cicatrizante de alta hidratação para fissuras e calosidades;
• Antifúngico – óleo de melaleuca;
• Fortalecedor de unhas previne a micose e antisséptico – óleo de cravo;
• Hemostático e bactericida – óleo de copaíba.

Nas hidratações:
• Hidratação rápida – esfoliante leve, regenerador celular, fixador (filme),
creme hidratante;

71
• Hidratação profunda – loção antisséptica, loção tônica, creme esfoliante
abrasivo, creme regenerador, fixador, hidratante, gel relaxante.

BIOSSEGURANÇA

INTRODUÇÃO
5
Bio significa vida, portanto temos que assegurar tanto a vida do nosso cliente
como a nossa. Prevenção se torna o item mais importante dentro da nossa profissão. Os
profissionais e os clientes não podem correr o risco de serem contaminados, em
hipótese alguma. Nosso objetivo é transmitir aos profissionais procedimentos de
limpeza, desinfecção e esterilização que serão executados em nosso local de trabalho, de
modo que não haja o risco de transmissão de patologias entre os clientes, entre nós e os
clientes e entre nosso local de trabalho e os clientes. Para melhor compreendermos o
tema a seguir, vamos nos familiarizar com os termos mais utilizados em Biossegurança.

TERMOS

Antissepsia: é o conjunto de procedimentos utilizados para evitar que os


microrganismos patógenos se espalhem para longe do local onde se encontrem. Ex.:
álcool 70%.
Artigos: são os instrumentais utilizados pelo profissional em seu atendimento
diário, que são classificados segundo a gravidade de risco e quanto à transmissão de
infecção que apresentam.
Assepsia: é quando o local for estéril, ou seja, isento de qualquer microrganismo
patógeno. É o conjunto de procedimentos e cuidados adequados para manter afastados
deste local os microrganismos vindos de fora.
Desinfecção: é o processo que mata ou destrói a maioria dos microrganismos
patogênicos, raramente aniquila todos os esporos.
Desinfecção de alto nível: elimina bactérias na forma vegetativa. Por exemplo:
bacilo da tuberculose, alguns esporos, fungos e alguns vírus, enfim, todos os
microrganismos, com exceção de um grande número de esporos.
Desinfecção de nível intermediário: elimina a bactéria de forma vegetativa,

72
bacilo da tuberculose, fungos e alguns vírus. Não elimina bactérias esporuladas.
Desinfecção de baixo nível: elimina a maioria das bactérias vegetativas, fungos
e vírus. Não elimina esporos ou vírus lipídicos.
Descontaminação: processo que resulta na redução da população microbiana
em um objeto inanimado a um nível seguro ou relativamente seguro para a
manipulação.
Desinfetantes: saneador, antisséptico utilizado em objetos inanimados.
Detergentes: dissolvem substâncias gordurosas.
Detritos: restos, sujeiras.
EPI: equipamento de proteção individual, ou seja: luvas de borracha, óculos de
proteção, avental e máscara.
Envelopes/estojo para esterilização: para acondicionar os instrumentos dentro
de estufa e/ou autoclave.

Esterilização: é o processo de destruição de todas as formas de vida microbiana,


inclusive esporuladas, presentes em qualquer artigo, mediante a aplicação de agentes
físicos ou químicos.
Ficha e anamnese: é o primeiro contato do profissional com o cliente, sobre
possíveis alergias e doenças. Sugestão: baixar no site <www.belezain.com.br>.
Germes: nome dado aos microrganismos existentes, ou seja: bactérias, fungos e
vírus.
Germicida: é um produto químico que destrói microrganismos. É utilizado para
eliminar agentes patogênicos, mas não necessariamente bactérias esporuladas. Utilizado
em tecidos vivos (antissépticos) e objetos inanimados (desinfetantes).
Higiene: parte da medicina que ensina a conservar a saúde individual e da
comunidade, limpeza, asseio.
Infecção: contágio, contaminação, invasão dos tecidos orgânicos por germes
patogênicos.
Limpeza: reduz a quantidade de microrganismos existentes. É o procedimento
que consiste na remoção mecânica de sujidades e detritos visíveis por meio da lavagem,
enxágue e secagem do material, utilizando soluções detergentes. Pode ser mecânica ou
manual.
Pré-embebição: procedimento que evita que as sujidades e matérias orgânicas
sequem nos instrumentos. É onde se inicia a dissolução dos resíduos e em alguns casos

73
a descontaminação.
Reprocessamento: é o processo que irá ser aplicado em artigos para que sejam
reutilizados. Inclui: limpeza, desinfecção, prepara embalagem, rotulagem, esterilização
e controle de qualidade.
Sujidades: cisco, sujeira.

CLASSIFICAÇÃO DOS ARTIGOS UTILIZADOS

Artigos críticos
88
São todos aqueles que podem penetrar os tecidos subepiteliais. São eles:
• Bisturi plantar (222);
• Bisturi dorsal (463);
• Bisturi nuclear estreito (214);
• Bisturi nuclear largo (209);
• Bisturi micronuclear (208);
• Alicate para eponíquio (cutícula);
• Alicate de corte;
• Broca (enucleadora).
Obs.: Todo artigo crítico deve ser esterilizado.

Artigos semicríticos

São os instrumentos que irão atuar sob a epiderme, mas não irão penetrar tecido
macio. Devem ser isentos de bactérias na forma vegetativa. São eles:
• Brocas;
• fresas;
• Cureta;
• Pinça;
• Espátula e pinça;
• Estilete.
Obs.: O artigo semicrítico deve sofrer esterilização de alto nível, caso seja
sensível ao calor.

74
Artigos não críticos

São os instrumentos que entram em contato apenas com a pele íntegra.


• Bandeja de resíduos;
• Massageador; 89
• Estojo;
• Lixas;
• Cabo de bisturi descartável;
• Materiais para a confecção de órteses;
• Aplicador de gaze tubular;
• Caneta do micromotor;
• Mandril;
• Monofilamento;
• Diapasão.
Observações:
• Os artigos não críticos devem estar isentos de microrganismos, admite-se
apenas um pequeno número deles;
• Os artigos não críticos devem sofrer apenas limpeza e/ou desinfecção de
nível intermediário ou baixo;
• O nível de desinfecção escolhido depende da presença ou não de sangue
no material.

ÁREA FÍSICA DO GABINETE


- Área mínima de 10 m², com no mínimo 2,5 m x 1,60 m.
- Área de atendimento separada por divisórias de no mínimo dois metros
de altura.
- Piso de material liso, resistente, impermeável e lavável com
rejuntamento adequado. 90
- Paredes e forros pintados de cor clara, com tinta lavável.
- Instalações sanitárias apropriadas.
- Pia com água corrente.

PROCEDIMENTOS DE LIMPEZA, ESTERILIZAÇÃO E


75
DESINFECÇÃO

PRÉ-EMBEBIÇÃO

O objetivo da pré-embebição é evitar que sujidades e matérias orgânicas sequem


nos instrumentos. Nela se inicia a dissolução dos resíduos e até a destruição microbiana
(descontaminação). É feita com:
• Água a menos de 45°C e detergente enzimático, por dois minutos;
• Álcool 70%.

Procedimento: a limpeza:
• Utilizar escova macia com cerdas de nylon, com sabão ou
detergente;
• Enxaguar com água em abundância;
• Secar com pano limpo e seco/toalhas descartáveis.

• Esterilização na estufa:
• Em estojo inox:
• Proteger as pontas com papel alumínio;
• Forrar o estojo de inox com papel toalha;
• Colocar as peças delicadas por cima;
• Fechar a tampa;
• Colocar na estufa, já com a temperatura alcançada (170°C por
uma hora ou 160°C por duas horas).
Obs.: Conferir a temperatura com termômetro.
• Em envelope plástico apropriado:
• Colocar as peças dentro do envelope e vedar;
• Colocar na estufa a 170°C por uma hora ou 160°C por duas
horas.

• Esterilização na autoclave:
• Colocar os materiais dentro de envelope próprio e vedar;
• Colocar água destilada na autoclave, no local indicado;

76
• Colocar os envelopes com os materiais dentro da autoclave;
• Distribuir nas prateleiras de maneira uniforme;
• Fechar a autoclave;
• Ligar;
• Aguardar o ciclo; 92
• Abrir a autoclave.
Atenção: Lubrificar os alicates com lubrificante mineral não oleoso, após a
esterilização.
Obs.: Devemos considerar a quantidade de cloro que tem na água, pois, interfere
no material que reveste os artigos.

COMO OCORRE A ESTERILIZAÇÃO

Esterilização pelo calor úmido (vapor saturado sob pressão – autoclave)


Tem como princípio básico a esterilização a vapor, expõe os artigos ao contato
direto com o vapor a uma temperatura e pressão adequadas por um tempo estabelecido.
Os microrganismos são destruídos pela ação combinada entre: o calor, a pressão, a
temperatura e o tempo, ocasionando a termocoagulação e a desnaturação das proteínas
da estrutura celular.
Tempo de exposição: 30 minutos a uma temperatura de 121°C.
Validade: 48 horas.

Esterilização pelo calor seco (estufa)

É também chamada de forno de Pasteur. É onde se processa a esterilização pelo


calor seco. Essa esterilização é vagarosa. A destruição se dá por desidratação, oxidação
e queima celular. O aquecimento do material ocorre por condição, que é a transferência
direta do calor. É necessário remover qualquer vestígio de óleo ou gordura, antes da
esterilização.
Tempo de exposição: uma hora, a uma temperatura de 170°C ou duas horas a
160ºC.
Validade: sete dias.
Obs.: Uma vez ligada, a estufa deve marcar o tempo a partir do momento em que

77
o termômetro atingir a temperatura adequada. Durante o processo, a estufa não deverá
ser aberta.

Por agentes químicos


Os artigos críticos e semicríticos sensíveis ao calor deverão passar por
desinfecção química de alto nível ou esterilização química.
Produto esterilizante: Glutaraldeído a 2%.
Utilização:
• Após a limpeza do artigo: 93
✓ Adicionar o ativador à solução de glutaraldeído e agitar bem; o transferir
a solução amarela esverdeada (validade 14 dias) para um recipiente adequado;
✓ Colocar os artigos limpos e secos dentro dessa solução e tampar o
recipiente;
✓ Enxaguar em água;
✓ Secar com um pano limpo/toalhas descartáveis;
✓ Identificar: data/processo/operador; o tempo:
✓ Esterilização: 8/10 horas;
✓ Desinfecção: 30 minutos (alto nível);
✓ Recomenda-se o uso imediato.

Artigos únicos em cada atendimento:


• EPIs – touca, máscara, luvas;
• Outros – lixas, toalhas descartáveis, palitos para o uso de creme, forro
para a maca, protetor de bandeja.

CUIDADOS

APRESENTAÇÃO PESSOAL
4
Quanto à apresentação pessoal:
• Cabelos – curtos ou presos com a touca;
• Barba feita (homens);
• Mãos – unhas curtas e com esmalte claro;
• Dentes – limpos e escovados;

78
• Roupas – discretas, brancas e impecáveis;
• Pés – calçados brancos e impecáveis;
• Adornos e maquiagem – Discretos;
• Desodorante de alta proteção.

Durante o procedimento é proibido:


• Usar pulseiras, relógios, colares e brincos grandes;
• Deixar os cabelos longos fora da touca;
• Comer ou beber;
• Atender sem avental.

O profissional ao atender seu cliente deve:


• Calçar sapatos fechados;
• Vestir avental branco;
• Colocar luvas descartáveis;
• Colocar touca descartável;
• Colocar óculos de proteção ao utilizar lixas ou cortar as lâminas.
ATITUDES PROFISSIONAIS

Antes de iniciar o atendimento:


• Verificar se todo material está à mão, para que não seja preciso levantar
durante o procedimento; 95
• Dar a ficha e a anamnese para o cliente preencher;
• Ler com atenção assim que preenchida;
• Questionar o que não estiver escrito com clareza ou se houver dúvida.

Ao acabar cada atendimento, deve:


• Limpar a bandeja de resíduos;
• Dispensar lâminas descartáveis em caixa de papelão com essa finalidade;
• Tirar as luvas apenas após a lavagem dos materiais, com outra luva
apropriada;
• Varrer o local de atendimento;
• Fazer assepsia do local e móveis com álcool 70%;

79
• Cuidar da esterilização dos materiais ou deixá-los na pré-embebição até o
momento de fazê-lo.

SEQUÊNCIA DO ATENDIMENTO PROFISSIONAL DE PODOLOGIA

A sequência é esta:
1) Uso de equipamento de proteção individual (EPI): luvas, toucas, avental,
óculos de proteção e máscara, a ficha e a anamnese; 96
2) Assepsia com loção;
3) Colocar algodão umedecido com emoliente, sobre as lâminas (unhas),
calos e calosidades;
4) Corte correto das lâminas:
• Do segundo ao quinto dedo;
• Por último, os hálux (“dedões”).
5) Limpeza das lâminas (nuclear estreito e brocas-718/744/006PM);
6) Lixamento das lâminas (motor, lixa para lâminas ou broca 812PM);
7) Desbaste dos calos dorsais (dorsal 463);
8) Desbaste das calosidades plantares (plantar 222);
9) Lixamento da região plantar;
10) Assepsia com loção;
11) Hidratação e massagem.

MONTAGEM DO GABINETE DE PODOLOGIA

EQUIPAMENTOS, MATERIAIS E INSTRUMENTOS

CADEIRA DE ATENDIMENTO COM MOCHO, CARRINHO AUXILIAR,


BANDEJA AUXILIAR E PARA RESÍDUOS

80
LUMINÁRIA COM EXAUSTOR

LUPA COM LUMINÁRIA


98

MICROMOTOR COM MASSAGEADOR, APARELHO DE ALTA


FREQUÊNCIA, APARELHO DE LED/LASERTERAPIA

81
CAIXA PARA COLETAR MATERIAL DESCARTÁVEL E
CONTAMINADO
99

BROCAS 082PM, 744PM, 714 PM E 006PM

82
ENUCLEADORA
100
AUTOCLAVE

ESTUFA

TESOURA PEQUENA
101

83
ESTOJO DE INOX PARA ESTUFA

ENVELOPES PARA AUTOCLAVE

Rolo Envelopes recortados

84
10
ENVELOPE ESTERILIZADO

SELADORA PARA FECHAR OS ENVELOPES


103

CAIXA PLÁSTICA PARA ACONDICIONAR O MATERIAL


ESTERILIZADO EM AUTOCLAVE

ASSENTADOR, MASSA E DISCO PARA AFIAR

85
104

BISTURIS (PLANTAR-222, DORSAL-463)

NUCLEARES: LARGO-214, ESTREITO-209 E MICRO-208

ALICATES DE INOX PARA CUTÍCULAS (EPONÍQUIO) E ALICATES DE


INOX
PARA UNHAS (LÂMINAS)
105

86
LIXAS (PLANTAR E DE LÂMINA) E MANDRIL (PELO MENOS 4)

ALGODÃO, PINÇA DE ALGODÃO E ESPÁTULA

106

EPIs: MÁSCARA, LUVAS, TOUCA DESCARTÁVEIS E ÓCULOS DE


PROTEÇÃO

87
MATERIAL PARA CONFECÇÃO DA ÓRTESE FMM: CALCADEIRA,
FIBRA E COLA

Outros materiais:
• Bandeja de plástico e inox;
• Gaze tubular;
• Acetona ou removedor de esmaltes;
• Palitos de madeira descartáveis;
• Fita adesiva hipoalérgica (micropore);
• Toalhas descartáveis ou esterilizadas;
• Aromatizador de ambientes;
• Álcool 70º. 107

88
REFERÊNCIAS

ÁLVAREZ, Miguel Luís Guillén. Lesões nos Pés em Podologia Esportiva.


Revista Podologia.com, São Paulo, 1991. 108
BEGA, Armando. Tratado de Podologia. São Caetano do Sul: Yendis, 2006.
MADELLA JR., Orlando. Dicionário Ilustrado de Podologia. 4. ed. [S.I.:s.n],
2009.
PIEDADE, Paulo. Podologia: técnicas de trabalho e instrumentação no
atendimento de patologias dos pés. 4. ed. São Paulo: Senac, 1999.
SÀNCHEZ, Martin Rueda. Podologìa: Los desequilibrios del pie. Barcelona:
Editorial Paidotribo, 2004.
VILADOT, A. Patologia do Antepé. Barcelona: Roca, 1987.

89
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