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23912015 1365
artigo article
e possibilidades na gerência da Estratégia Saúde da Família
Abstract This is a case study in the municipal- Resumo Estudo de caso realizado no município
ity of Rio de Janeiro about management in the do Rio de Janeiro sobre o modelo de gestão por
Family Health Strategy based on the Social Or- Organizações Sociais na Estratégia Saúde da Fa-
ganizations model. The aims were to character- mília. Os objetivos foram caracterizar e analisar
ize and analyze aspects of the governance system aspectos do sistema de governança adotado pela
adopted by the Rio de Janeiro Municipal Health Secretaria Municipal de Saúde e identificar limi-
Department and identify limits and possibilities tes e possibilidades desse modelo como uma alter-
of this model as a management option in Brazil’s nativa de gestão no Sistema Único de Saúde. O
Unified Health System. A qualitative study was estudo tem abordagem qualitativa, realizado por
performed based on a literature review, document meio de revisão bibliográfica, análise documental
analysisand interviews with key informants. This e entrevistas com informantes-chave. A adoção
management model facilitated the expansion of desse modelo de gestão foi facilitadora da expan-
access to primary healthcare through the Family são do acesso à atenção primária por meio do au-
Health Strategy in Rio – where the population mento da cobertura potencial da ESF que passou
covered increased from 7.2% of the population in de 7,2% da população, em 2008, para 45,5% em
2008 to 45.5% in 2015. The results showthat some 2015. Os resultados sugerem que algumas práticas
practices in the contractual logic need to be im- da lógica contratual necessitam ser aperfeiçoadas
proved, including negotiation and accountability como a negociação e a responsabilização com au-
with autonomywith the service suppliers. Evalua- tonomia dos prestadores. A avaliação e o controle
tion and control has focus on processes, not results, têm como foco os processos e não os resultados e
and there has not been an increase in transparen- não houve incremento da transparência e do con-
cy and social control. The system of performance trole social. O sistema de incentivos ao desempe-
incentives has been reported as inducing improve- nho foi apontado como indutor de melhorias no
ments in the work process of the health teams. It is processo de trabalho das equipes de saúde. Con-
concluded that the regulatory capacity of the mu- clui-se que a capacidade regulatória da gestão
nicipal management would need to be improved. municipal necessitaria ser aperfeiçoada, entre-
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Escola Nacional de
On the other hand, there is an important and sig- tanto há um importante aprendizado em curso.
Saúde Pública, Fiocruz. R. nificant process of learning in progress. Palavras-chave Estratégia Saúde da Família,Or-
Leopoldo Bulhões 1480, Key words Family health strategy, Social orga- ganizações Sociais, Gestão em saúde, Parcerias
Manguinhos. 21041-210
Rio de Janeiro RJ Brasil.
nizations, Health management, Public-private Público-Privadas, Contratos
vanessa@ensp.fiocruz.br partnerships, Contracts
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Costa e Silva V et al.
Quadro 1. Plano de análise de aspectos do Sistema de Governança da ESF do Rio de Janeiro, 2013.
Quadro 2. Perfil gerencial dos entrevistados por lugar na hierarquia institucional e cargo.
Gerentes das duas primeiras clínicas Gerente de cada uma das quatro OSS
OSS de família, de cada área programática,
inauguradas há no minimo 03 anos; e com
mais de um ano de permanência no cargo
percepções dos entrevistados sobre as diversas No contexto da APS no Brasil, se por um lado
questões abordadas foram bastante homogêne- a área da saúde apresenta indicadores de resul-
as, apesar de terem sido expressas com maior ou tados já consolidados, o que não é frequente nas
menor profundidade, dependendo da trajetória demais áreas da administração pública, por ou-
profissional e visão crítica de cada um. tro, o reconhecimento da dimensão subjetiva do
cuidado e a existência de profundas iniquidades
Contratualização: processo de negociação, em saúde, tornam pouco tangíveis a mensuração
sistema de incentivos ao desempenho de ‘necessidades em saúde’; ‘capacidade instalada
e responsabilização com autonomia adequada’, ‘fixação de objetivos’ e, principalmen-
te, de ‘resultados’. Ney et al.16 consideram que no
A contratualização caracteriza-se pelas se- Brasil haveria “ausência de uma ‘cultura de ava-
guintes etapas: identificação de necessidades; liação’ e negociação entre profissionais e gesto-
estabelecimento de prioridades; verificação da res”, bem como pouco investimento e experiência
capacidade instalada; negociação e fixação de ob- acumulada em relação à avaliação de desempe-
jetivos e metas; acompanhamento e avaliação; e nho profissional e de contratualização de metas
aplicação de sistema de consequências (incenti- de melhoria da qualidade.
vos e penalizações). Tais etapas, para serem bem Nessa perspectiva, algumas precauções deve-
sucedidas, necessitam de sistemas de informação riam ser tomadas para que a contratualização se
adequados e de uma reestruturação organizacio- configurasse como uma estratégia de negociação
nal interna, tanto dos financiadores quanto dos e cooperação e que não ficasse reduzida a um
prestadores de serviços15. instrumento de cobrança do cumprimento de
As três categorias adotadas para análise da metas. Isso limitaria a capacidade de inovação e
lógica contratual, quais sejam, processo de ne- a criatividade das equipes locais no exercício do
gociação, sistema de incentivos ao desempenho cuidado em saúde. Dentre as precauções desta-
e responsabilização com autonomia, são imbri- cam-se17:
cadas e complementares. A negociação entre as . a necessidade de ajustes permanentes nos
partes e o sistema de incentivos contribui para indicadores e metas escolhidos para a avaliação.
uma maior responsabilização do prestador, que Metas pouco ambiciosas não premiariam o bom
por sua vez necessita de alguma autonomia para desempenho e se muito elevadas, com abrangên-
adequação dos processos à necessidade dos servi- cia de uma pequena área do processo de trabalho,
ços e alcance do desempenho esperado. Por uma poderiam provocar desmotivação nos profissio-
questão didática, esses aspectos são discutidos nais, ou, ao contrário, conduzir à focalização das
separadamente. práticas;
A negociação entre financiador e prestador, . sua construção gradual, em um ambiente de
seja ele público ou privado, é uma importante aprendizagem permanente e com o protagonis-
etapa, pois estimularia a parceria na busca pelo mo dos profissionais de saúde;
melhor desempenho dos serviços. Entretanto, a . a garantia de transparência na implantação
percepção dos entrevistados e a análise do con- do sistema de incentivos e clareza quanto aos ob-
trato de gestão (CG) revelaram que o processo jetivos e critérios de avaliação dos profissionais/
de negociação encontra-se pouco presente na re- prestadores.
lação entre a SMS e as OSS, pois apenas algumas Nesse sentido, considera-se que a não parti-
metas são pactuadas com as equipes de saúde. cipação dos profissionais de saúde na definição
Os indicadores e metas são pré-definidos pela dos indicadores e das metas reduziria o potencial
Subsecretaria de APS. Não tínhamos governabili- do sistema de incentivos como um dispositivo
dade sobre nenhuma meta, mas esse ano, as clínicas que pretende, por meio de um modelo de gestão
foram chamadas para conversar sobre a parte va- negociado, alcançar melhores padrões de desem-
riável 2, pois nenhuma unidade tinha conseguido penho18.
atingi-las em três anos de expansão da ESF (GCF). Enquanto no âmbito hospitalar a relação
No edital de convocação pública das OSS entre o financiamento e os resultados compõe o
constam os indicadores e as metas de desempe- foco da lógica contratual, na APS o exercício da
nho a serem cumpridos pela gestão da OSS (indi- pactuação entre gerentes e profissionais de saúde
cadores gerenciais) e pelos profissionais de saúde deveria ser central, pois a proximidade com os
(indicadores assistenciais). Ou seja, quando uma usuários seria essencial na escolha de indicadores
OSS concorre à gerência da ESF sabe previamen- e metas que consigam medir, com alguma sensi-
te quais metas de desempenho deverá alcançar. bilidade, a evolução e a efetividade de práticas de
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controle posterior de resultados, o que aumen- nir comportamentos indesejados dos entes con-
taria o grau de responsabilização das partes. No tratados, quer porque o Estado precisa garantir
entanto, a autonomia concedida às OSS limita-se a adequada execução das políticas públicas. Na
àquela decorrente do seu regime jurídico priva- contratualização com OSS, ter capacidade regu-
do: contratação de pessoal e aquisição de insu- latória significa que o Estado necessita normati-
mos, equipamentos e serviços de acordo com as zar, ou seja, definir as regras para execução das
regras próprias do terceiro setor. atividades; conceder autonomia dos processos;
Se por um lado, esta é a principal motivação controlar os resultados por meio de avaliação
do gestor municipal para adoção do modelo de permanente e responsabilizar as OSS pelos resul-
OSS no Rio de Janeiro, por outro, ao limitar a tados alcançados.
autonomia do prestador somente à esfera admi- Nessa perspectiva, o município do Rio de
nistrativa, afasta-se da lógica contratual, reduz a Janeiro adota três etapas de normatização da re-
potencialidade da parceria na adoção de práticas lação entre a SMS e a OSS: qualificação das en-
inovadoras e dificulta o exercício da responsabi- tidades do terceiro setor como OSS; convocação
lização. pública e formalização do contrato de gestão.
Os gerentes da SMS e das OSS entrevistados Além dessas regras formais e de outras contidas
apontaram essa reduzida autonomia, aqueles na legislação pertinente que normatizam a rela-
concordam com tal prática por considerar que o ção entre o contratante e os contratados, outro
recurso público precisa ser controlado e não exis- conjunto de orientações específicas do processo
tiria uma relação de confiança entre as partes que de trabalho na ESF são repassadas rotineiramen-
justificasse a concessão de autonomias. te pela SMS aos gerentes das clínicas de saúde da
Somos fiscais do contrato, somos ordenadores família em reuniões e visitas periódicas, como
de despesa do contrato, somos quem fiscaliza os por exemplo, a organização da recepção ao usuá-
indicadores, a gente autoriza o repasse do dinhei- rio e manejo nas linhas de cuidado e agravos es-
ro, então não dá para deixar correr na mão deles. pecíficos, além dos protocolos de regulação para
No final das contas, se der alguma coisa errada na exames, procedimentos e internações.
área o responsável é o coordenador e sua equipe. De acordo com os entrevistados, as OSS pres-
Entendeu? É o nosso telefone que toca de manhã, de tam contas periodicamente sobre a execução fi-
tarde, de noite e de madrugada (GSMS). nanceira; e o desempenho é medido pelo grau de
As Coordenações da APS checam tudo, a con- alcance das metas definidas na contratualização
ta de luz, de telefone, quanto que gastou. Esse foi e que compõem o sistema de incentivos. Entre-
mandado embora, porque recebeu isso? Tem até tanto, a SMS não realiza auditoria para verificar
esse miudinho. A OSS não tem nenhuma autono- a fidedignidade das informações assistenciais
mia. Nossa relação é de subordinação. A parceria enviadas pelas OSS, e o sistema de informações,
implica numa relação de confiança, e não há isso. alimentado em grande parte pelo prontuário ele-
Os coordenadores de CAP são preocupados, “se o trônico do usuário, necessitaria ser aperfeiçoado.
Ministério Público vier aqui, eu que estou assinan- O Tribunal de Contas do Município (TCM) rea-
do” (GOSS). liza auditorias periódicas relacionadas à adequa-
Nesse sentido, estudo realizado por Martins22 ção das instalações, sistemas de controle, insu-
sobre experiências contratuais na administra- mos, serviços contratados e ofertados, estrutura
ção pública federal aponta como “má condição” física e pessoal e disponibiliza em seu site institu-
a relação tutelar na qual a supervisão segue um cional os relatórios elaborados.
padrão de subordinação baseado na atribuição Segundo o discurso oficial da SMS, a gover-
de ações específicas e demandas paralelas ao nança por OSS tem foco no resultado. A forma
pactuado e como “boa condição” a relação agen- tradicional de se avaliar os contratos e a prestação
te-principal baseada na cobrança dos resultados dos serviços pela correta utilização dos recursos
pactuados no contrato. seria substituída pela verificação quanto ao atin-
gimento das metas previstas para os indicadores
Regulação das OSS: normatização, de desempenho. Entretanto, as falas dos entrevis-
monitoramento, avaliação e controle tados mostraram uma situação diferente, ou seja;
predomina o acompanhamento do processo e a
A regulação é atribuição essencial e estraté- conformidade legal dos atos e procedimentos.
gica do Estado quando da separação entre finan- No Rio de Janeiro é o município quem dita as
ciamento e execução dos serviços. Quer porque regras, quem controla, quem vê como está funcio-
uma forte capacidade regulatória poderia preve- nando, cobra. Se tem alguma coisa que está errada
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lação à sociedade, qual instrumento de transpa- Nesse sentido, estabelece uma relação com essas
rência que a SMS utiliza sobre a contratualização entidades mais próxima da subordinação e mais
com as OSS?’. afastada da parceria e da cooperação, o que limi-
Os relatórios trimestrais de prestação de contas, taria o desenvolvimento de inovações gerenciais
a parte do desempenho, não são publicados em lu- a serem introduzidas pela adoção da lógica con-
gar nenhum, nem o Conselho Municipal de Saúde tratual e da institucionalização da avaliação de
tem acessado (GSMS). resultados.
Em relação ao controle social, a lei munici- Essa dinâmica necessita de avaliações perma-
pal de instituição das OSS é tímida, constando nentes para ajustes e correção de rumos, quer em
apenas que “Qualquer cidadão, partido político, relação às dificuldades inerentes à implementa-
associação ou entidade sindical é parte legítima ção da ESF em grandes centros urbanos, quer em
para denunciar irregularidades cometidas pelas relação ao processo de contratualização com as
Organizações Sociais à Administração Munici- OSS que estabelece uma nova interação dos ato-
pal, ao Tribunal de Contas ou à Câmara Munici- res. Entretanto, identificaram-se esforços organi-
pal”24. De acordo com os conselheiros municipais zados na SMS destinados ao aprimoramento da
de saúde entrevistados, as OSS não atendem às parceria com as OSS, verificado pelas sucessivas
solicitações do CMS para prestação de contas. adequações à sua estrutura organizacional. Há
Esta é feita pela SMS e com pouca discussão. um importante aprendizado em curso.
Não temos acessado a coisa nenhuma, eu parti- Entende-se que não há um modelo único de
cipo das reuniões do Conselho, brigo, solicito infor- parceria com OSS, mas sim diferentes modalida-
mações. Os contratos de gestão? Nunca vi. (CMS) des originadas da combinação entre as normas
Uma boa prática seria a participação de usu- institucionais, as singularidades socioeconômi-
ários na composição das câmaras técnicas de cas, o grau de desenvolvimento institucional e as
avaliação do CG, prevista em algumas legislações determinações do jogo político local.
municipais, mas ausente no município do Rio de Em síntese, e à luz do estudo realizado, con-
Janeiro. clui-se que o modelo de OSS ainda necessitaria
Nesse cenário, verificou-se que o grau de ser aprimorado como alternativa de gestão no
transparência e controle social existente na rela- âmbito da APS no SUS, porque o Estado não pos-
ção entre a SMS e as OSS é baixo e não se diferen- sui a capacidade regulatória necessária, o que in-
cia daquele existente nos ritos da administração clui debilidades nas tecnologias de monitoramen-
direta do SUS25. Isto contraria as prescrições da to das atividades prestadas que dificultam a ava-
administração pública gerencial de que esse mo- liação do desempenho dos serviços contratados.
delo de parceria induziria a mais transparência e Nesta perspectiva, os sucessos e os fracassos
participação social. das parcerias do Estado com o terceiro setor de-
pendem da capacidade estatal nas distintas fases
de organização dessas parcerias, o que incluiria
Considerações finais um grupo de trabalho de alto nível; clareza de
objetivos; análise de alternativas – as parcerias
A análise da implementação desse processo, de teriam que apresentar vantagens em relação à
significativa dimensão e complexidade em curso opção pública; capacidade técnica e jurídica; de-
há seis anos na SMS, tempo que pode ser con- finição de linhas de base de avaliação; gestão da
siderado curto para o amadurecimento de uma mudança e comunicação clara com os profissio-
nova abordagem organizacional dessa complexi- nais e a população; e o adequado monitoramento
dade, requer análises prudentes que visem à sub- dos processos e o controle dos resultados.
sidiar os esforços de monitoramento. Estudos de A gestão dos serviços de saúde é uma prática
casos sobre intervenções ainda não consolidadas complexa em função da amplitude do campo e
permitem explorar as dificuldades de aplicação da necessidade de conciliar interesses individuais,
prática de determinados conceitos e as relações corporativos e coletivos, nem sempre convergen-
existentes entre os pressupostos de uma interven- tes. A análise sistemática dos modelos de gestão
ção e o contexto no qual se situa. pode contribuir para a melhoria das respostas às
A SMS adota um modelo de contratualização necessidades do setor saúde e ampliação da ca-
no qual as OSS são consideradas uma ferramenta pacidade dos governos na implementação das
administrativa para facilitar a aquisição de bens políticas públicas como estratégia de promoção
e serviços e a provisão de profissionais de saúde. da justiça social.
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