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GESTÃO DE

RECURSOS FÍSICOS E
MATERIAIS
GESTÃO DE RECURSOS FÍSICOS E
AMBIENTAIS
CAROS ESTUDANTES:

Iniciaremos a 8ª disciplina do nosso Curso sob o título de: “Gestão de Recursos Físicos e
Ambientais”. Estes temas são importantes para a construção do conhecimento na Gestão em
Enfermagem. Pensamos em propor a discussão de conteúdos que sejam plenamente
aplicáveis nos seus contextos de trabalho. Sejam muito bem vindos!

Profas. Patricia Bover Draganov e Magaly Reichert

GESTÃO DE RECURSOS FÍSICOS NA ENFERMAGEM

Patricia Bover Draganov

INTRODUÇÃO

Ao analisarmos detalhadamente os recursos físicos que nos rodeiam nos damos conta
da importância que têm para a enfermagem e equipe multiprofissional que atuam naquele
serviço e para os clientes que ali são atendidos1.

Ao iniciarmos tal análise é fundamental determinar qual a razão do serviço onde


estamos atuando existir, ou seja, qual demanda tem que atender, quais resultados são
esperados, quais especialidades atuam naquele serviço, quais procedimentos, terapias,
técnicas, manobras, intervenções e exames são ali realizados. Cada elemento determinado
envolve uma série de outros itens para sua execução como, por exemplo, instrumentais,
medicamentos, materiais descartáveis, equipamentos, gases medicinais, roupas, alimentos,
mobiliários entre tantos outros1.

Diante dessa análise inicial temos que manter o foco em duas conclusões: a primeira é
relativa à importância que devemos atribuir aos itens identificados, pois todos eles ocupam
espaço no ambiente físico do nosso local de trabalho e a segunda conclusão é referente aos
resultados da assistência à saúde sofrerem interferências da qualidade do espaço onde essa
assistência é realizada1.

Muito temos que fazer frente ao gerenciamento de tais recursos principalmente diante
da magnitude de suas consequências. Atuar frente aos recursos físicos se traduz em grande
desafio. Nessa disciplina vamos entender como atuar e todas as variáveis envolvidas nesse
universo. Para tanto, o conteúdo foi estruturado em cinco partes, a primeira traz referenciais,
discussões e reflexões sobre a história dos Estabelecimentos Assistenciais de Saúde (EAS) no
mundo e no Brasil, a segunda apresenta uma linha do tempo com a história das normas para a
construção de EAS no Brasil, a terceira apresenta e discute a norma em vigor – a Resolução da
Diretoria Colegiada (RDC) número 50, a quarta apresenta proposta básica para facilitar a leitura
de projetos arquitetônicos e, a quinta discute a importância do domínio da gestão de recursos
físicos nos processos de trabalho do enfermeiro nas organizações de saúde.
A HISTÓRIA DOS EAS

Até a Idade Média, a assistência aos enfermos era prestada em caráter oficial por
sacerdotes das ordens religiosas ou por leigos que praticavam uma espécie de medicina popular,
que tinha por locus o mercado, os arredores dos templos ou qualquer outro lugar em que a
multidão se reunia para assistir ao espetáculo da extração de um dente ou da amputação de um
membro gangrenado. A medicina oficial, por sua vez, se desenvolvia no interior dos mosteiros
ou em anexos construídos com esta finalidade, sempre como atividade secundária às obrigações
de caráter religioso e assistencial, que constituíam o objetivo principal das ordens religiosas2.

Somente a partir do século XVIII, quando a doença passou a ser reconhecida como fato
patológico pautada no paradigma da microbiologia, formou-se o conceito de hospital
terapêutico, considerado por Michel Foucault, em sua célebre conferência sobre o nascimento
do hospital, como uma invenção relativamente nova3. Nesse contexto as questões funcionais e
espaciais tornaram-se mais importantes, contribuindo para aperfeiçoar os processos projetuais
das edificações hospitalares.

Uma das primeiras recomendações para a elaboração de projetos de estabelecimentos


assistenciais de saúde foi assinada pela Comissão da Academia de Ciências de Paris, de que
participaram Lavoisier, Laplace e Tennon. As diretrizes traçadas por esses e outros autores que
compunham a referida comissão nortearam, por mais de um século, as construções
hospitalares. Essas diretrizes subsidiaram a construção de um hospital de 5000 leitos que
substituiria o Hôtel-Dieu em Paris (Figura 1), então com 1700 leitos, incendiado em 17722,4.

Fonte: Paris in images: Tag Archives Hôtel-Dieu, disponível em


https://parisinimages.wordpress.com/tag/hotel-dieu/
As recomendações contidas nesse documento envolviam a limitação a 1200 leitos;
menor número de leitos por enfermarias; mais isolamento espacial entre as enfermarias;
ausência de salas contínuas; ênfase na circulação de ar com a abertura em todos os lados das
salas; pavilhões dispostos paralelamente (conformação pavilhonar); uma fachada ao norte e
outra ao sul; permissão para construção de andares; sendo o terceiro para funcionários e os
outros para enfermos, e jardins, que deveriam ser implantados e tratados2,4. Nessa época, as
concepções sanitárias já despontavam e começavam a nortear a construção e reforma de
hospitais.

A partir de 1775, passaram a ser feitas pesquisas sistemáticas em hospitais europeus.


Segundo Foucault3, a arquitetura passou a ser considerada como um elemento fundamental
para a criação de um ambiente hospitalar adequado ao processo de cura. Os grandes hospitais
com milhares de leitos, nos quais portadores de doenças contagiosas, feridos e mulheres
grávidas ocupavam enfermarias contíguas, estavam condenados, suscitando novas propostas,
entre as quais a separação dos pacientes segundo suas patologias e a construção de hospitais
com menor número de leitos, ou ainda dedicados ao tratamento de um único tipo de
enfermidade. O hospital especializado foi, portanto, uma resposta do século XIX às questões
levantadas no século anterior. Em Londres, por exemplo, a partir de 1800, são criados hospitais
especializados em Oftalmologia, Otorrinolaringologia, Doenças do Tórax, Câncer e Ortopedia2,4.

Os hospitais com partido em bloco (inspirados nos antigos templos romanos) e em cruz
eram considerados inadequados, propondo-se, como alternativa, o modelo hospitalar
pavilhonar (fig. 2), tido como solução arquitetônica ideal, numa época em que os trabalhos de
Pasteur (1864) sobre o papel das bactérias como agente de enfermidades e os de Kock (1876)
sobre os perigos do contágio indicavam o isolamento dos pacientes com enfermidades
potencialmente contagiosas2.
Figura 2. Planta geral do Hospital Laribosiè re de Paris projetado por Gauthier
em 1839.

Fonte: MIGNOT, 1983. Architecture of the 19th century.

Inovações tecnológicas sugeriam soluções para a renovação do ar das enfermarias,


surgindo projetos de paredes em arco, numa reinterpretação racionalista da arquitetura gótica
(figura 3) 4.
Figura 3. Vista de uma das enfermarias projetadas por Casimir Tollet.

Fonte: TOLLET, 1892. Les édificies hopitaliers – depouis leur origine jusq ‘a
nos jours, 10ed.

A consolidação do modelo pavilhonar, na Europa, no século XIX, aconteceu a partir da


construção do Hospital Laribosière de Paris, projetado por Gauthier em 1839 com capacidade
para 905 leitos dispostos em pavilhões com 32 leitos.

A defesa do modelo pavilhonar na Inglaterra foi feita, entre outros, por Florence
Nightingale, cujas idéias revolucionárias sobre as técnicas de enfermagem, na segunda metade
do século XIX, ajudaram a reduzir drasticamente as taxas de mortalidade nos hospitais5.

A enfermeira Florence Nightingale, no livro Notas sobre Hospitais6 a partir de


suas observações sobre o sistema pavilhonar, estabeleceu as bases e dimensõ es do que
ficou posteriormente conhecido como “enfermaria Nightingale”: um salão longo e
estreito com leitos dispostos perpendicularmente em relação à s paredes perimetrais,
um pé direito generoso e janelas altas entre os leitos de ambos os lados do salão que
garantiam a ventilação cruzada e a iluminação natural. As instalações sanitárias ficavam
numa das extremidades com ventilação nas três faces do bloco. Locais para isolamento
do paciente terminal, escritório da enfermeira chefe, utilidades, copa e depósito
ocupavam o espaço intermediário entre o salão e o corredor de ligação com outros
pavilhõ es. O posto de enfermagem se situava no centro do salão, onde também ficava
o sistema de calefação ou a lareira(...) A “enfermaria Nightingale” constitui-se no
elemento mais importante e caracteri ́stico da anatomia do hospital do fim do século XIX.
Essa anatomia dividia as funções de internação, cirurgia e diagnósticos, consultórios
para atendimento ambulatorial e de causalidades, administração e serviços de apoio em
edifi ́cios/ construções especi ́ficas e mais apropriadas a cada uso5. Figura 4.

Figura 4. Enfermarias Nightingale

Fonte: VINCENT, Gè rard e PROST, Antoine, 1987.

Na mesma época em que o sistema pavilhonar se consolidava na Europa como a forma


mais perfeita da arquitetura hospitalar, na América do Norte o modelo começava a ser
substituído pelo monobloco vertical com o uso do concreto armado e de elevadores. O novo
modelo era capaz de diminuir de forma drástica os longos percursos impostos, principalmente
aos médicos e enfermeiras, pelos intermináveis corredores dos hospitais pavilhonares. Permitia,
ainda, significativas economias no que se referia à construção do edifício hospitalar e sua
posterior operação, na medida em que não apenas racionalizava os sistemas de infra-estrutura,
distribuição de alimentos, roupas etc., como reunia, em unidades funcionais comuns, os serviços
de esterilização, lavagem de roupa e nutrição que anteriormente eram localizados em cada um
dos pavilhões2,3,5. Na figura 5 é possível observar as transformações que aconteceram na
tipologia hospitalar ao longo dos séculos.
Figura 5. Transformações da tipologia do projeto hospitalar – Monobloco
vertical em 5

Fonte. MIQUELIN, Lauro Carlos. Anatomia dos edifícios hospitalares. São Paulo:
CEDAS, 1992.

O Brasil foi o segundo país da América do Sul a construir uma edificação destinada
exclusivamente a receber enfermos: o Hospital da Santa Cruz da Misericórdia de Santos, criado
por Braz Cubas em 15432.(Figura 6)
Figura 6. Santa Casa De Misericórdia de Santos

Fonte: UNISANTA. Coleção Laire Giraud, disponível em:


http://www.portocidade.unisanta.br/fotos/santos_primeira_metade_sec_xx/santa_ca
sa/index.htm

Nesse momento histórico, no Brasil, o controle dos hospitais estava centralizado em


ordens religiosas principalmente jesuítas, que por muito tempo ocuparam cargos de prestígio e
poder, constituindo, assim, as primeiras relações de poder nos espaços físicos hospitalares2,5.

O final do século XIX para o século XX foi marcado pela transição da tipologia dos
edifícios de saúde, que de pavilhonar passariam a ser monobloco, ou seja, edificações
horizontais interligadas seriam substituídas por edificações verticais que dificultaria a
propagação de doenças, pois acreditava-se que o contagio ocorria pelo ar e os pavilhões
favoreciam a transmissão de patologias diversas. Além disso, hospitais pavilhonares
exigiam grande número de pessoal e alto custo de instalação e manutenção. Como
algumas correntes de pensamento defendiam vantagens do uso da tipologia pavilhonar
por permitir maior aeração, ventilação e insolação, havia um conflito entre a estrutura
antiga e a nova proposta. Assim, surgiu um modelo hibrido denominado construção “em
pente” com alas horizontais e perpendiculares ao corpo central vertical5.
A profissionalização na área da saúde se deu somente em 1808, no Rio de Janeiro e em
Salvador, quando foram criados cursos de medicina e, tempos depois, em 1890, o primeiro curso
de Enfermagem, que foi criado a partir de um convite para que enfermeiras francesas formadas
no modelo médico substituíssem as irmãs da caridade que haviam deixado o hospital por
conflitos administrativos com a equipe médica. Esse fato traria grandes transformações nas
relações interpessoais, já marcadas pelo contexto social que valorizava o modelo médico
hospitalocentrico7.

A construção civil se transformou e a assistência à saúde no período colonial, imperial e


republicano também, mas muito tempo decorreu desde a publicação das primeiras
recomendações para estabelecimentos assistenciais de saúde, no ano de 1772, até que fossem
enunciadas as primeiras normas oficiais brasileiras para projetos de EAS, na década de 1970.

CONSTRUÇÃO DE ESTABELECIMENTOS ASSISTENCIAIS DE SAÚDE E NORMAS


REGULAMENTADORAS NO BRASIL

As normas técnicas no Brasil foram influenciadas por articulações políticas, sociais e


econômicas. A Linha do tempo: História das Normas para Construção de EAS foi construída para
dar subsidio para a compreensão do texto a seguir. (Figura 7)

Figura 7. Linha do tempo: História das Normas para Construção de EAS. 2015

Fonte: Draganov PB ; Vieira, R. Q. ; Sanna MC . Recursos Físicos em Ambientes


Hospitalares: Estudos no Brasil. In: VI Congresso Brasileiro para o Desenvolvimento do
Edifício Hospitalar (CBDEH), Florianopolis: SC. Anais do CBDEH. Santa Catarina: ABDEH,
2014. p. 115-9.

A história das normas teve seu início no ano de 1974 com o documento de título
“Normas de Construção e Instalações do Hospital Geral”8. A referida norma foi
estabelecida pela Coordenação de Assistência Médica e Hospitalar do Ministério da
Saúde para assegurar que programação, projeto, construção e instalação adequadas
favorecessem, ao hospital geral, o atendimento eficiente, seguro e econômico. O
documento continha requisitos mínimos para planejamento, construção, reforma ou
ampliação de hospital do tipo geral de qualquer capacidade, excluindo, portanto,
hospitais de longa permanência, como psiquiátricos, geriátricos e de especialidades8.
Dentre os consultores selecionados pelo órgão governamental para elaboração dessa
norma, estava a enfermeira, livre-docente da Escola de Enfermagem da Universidade de São
Paulo (USP) e, na época, presidente da Associação Brasileira de Enfermagem Seção São Paulo,
Dra. Circe Mello Ribeiro. Também a enfermeira Maria Consuelo Borges Matos, chefe do Serviço
de Enfermagem do Hospital Infantil Darcy Vargas de São Paulo, a enfermeira Ondina Teixeira,
também farmacêutica e consultora de planejamento hospitalar, e o enfermeiro Orlando Fabbri
Neto, diretor do Serviço de Enfermagem da Clínica Psiquiátrica do Hospital das Clínicas da
FMUSP participava do grupo8. Esse documento também explicitou que enfermeiras
participavam da elaboração de normas e de projetos físicos hospitalares, tendo papel
importante na sociedade da época 9.

Em 1977, fundamentada pela lei no 6229, de 17 de julho de 1975, que dispunha sobre a
organização do Sistema Nacional de Saúde, um grupo de trabalho constituído pela Portaria no
517/BSB, do Ministério da Saúde, estudou, revisou e reformulou as publicações “Normas de
Construção e Instalações do Hospital Geral”, “Normas de Administração e Controle do Hospital”
e “Avaliação do Hospital”, desenvolvendo o documento de título: Normas e Padrões de
Construção e Instalação de Serviços de Saúde10.

Pouco depois, a publicação oficial “Normas de Construção em Hospitais”, elaborada em


1978, foi concebida para descrever terminologias e orientar, por meio de um manual, a
construção e a instalação de serviços de saúde, de modo que a linguagem fosse
homogeneizada.10,11

Cinco anos depois, em 1983, foi publicada a terceira versão da norma para
construção de EAS, denominada Normas e Padrões de Construção e Instalações de
Serviços de Saúde, cujo objetivo era agregar conteúdos que colaborassem com a
adequação física e funcionalidade de EAS do país. Essa versão fundamentou-se na
Resolução da Comissão Interministerial de Planejamento e Coordenação das Ações de
Saúde (CIPLAN) no 3/80, estabelecendo condições para a expansão e adequação da rede
de serviços de saúde, incluindo tipologia física e dotação de pessoal. Além disso,
diferente da anterior, nessa norma foi incluído o manual de orientação, constituindo um
de seus capítulos o que, na versão anterior, era um documento separado 12.
Em 1995, profundas alterações vieram a compor a nova proposta de
normatização de espaços físicos de EAS, denominada Projetos Físicos de EAS. A proposta
desse documento iniciou-se com a denominação de EAS como sendo “qualquer
edificação destinada a prestação de assistência à saúde da população que demande o
acesso de pacientes, em regime de internação ou não, qualquer que seja o seu nível de
complexidade”. Vale ressaltar que essa norma substituiu a Portaria do MS n o 400/77,
estando em consonância com a Portaria MS no 1884/9413.
Em 1999, foi criada a Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), com a
implantação do Sistema Único de Saúde (SUS) e das agências reguladoras. A ANVISA
fundamentava-se no direito sanitário, exercia o controle estatal e tinha, na época e até nos dias
de hoje, como competência, regulamentar e fiscalizar as atividades concernentes à saúde
pública. Dessa forma, a proposição de normas de projetos arquitetônicos e a rede física de
assistência à saúde estariam sob sua regulação e fiscalização7.

Em 2000, foi promovido um estudo pela Gerencia Geral em Tecnologia em Serviços de


Saúde da ANVISA, que viria posteriormente a se consolidar na Resolução de Diretoria Colegiada
(RDC) nº 50, de 21 de fevereiro de 2002, publicada pela portaria GM/MS n° 554 de 19 de março
de 2002. Antes que esse documento fosse estruturado, outros o precederam e influenciaram
sua conformação, tais como códigos de urbanismo, planos diretores regionais e municipais de
EAS7.

A RDC50 é uma norma que legitima as transformações espaciais de EAS ocorridas até
então. Ela é também a expressão de um acordo social. Assim, a RDC 50 define o mínimo que
uma edificação deve conter para ser reconhecida como um EAS.

RDC50

A RDC 5014, que dispõe sobre o Regulamento Técnico para Planejamento, Programação,
Elaboração e Avaliação de Projetos de EAS, está estruturada em três partes: o Projeto de EAS, a
Programação Físico Funcional do EAS e os Critérios para Projetos de EAS (Figura 8). O conteúdo
da RDC50 não abrange apenas a boa estética hospitalar, mas também a qualidade da edificação
em resposta às expectativas dos usuários15, e atende à Constituição Federal, à Lei Orgânica da
Saúde, à Lei 9782/99 do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária e às Normas Brasileiras da
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Figura 8. RDC 50.- Mapa Conceitual. 2018

Fonte. Draganov PB, Sanna PB. Normas sobre construção de estabelecimentos


assistenciais de saúde no Brasil e a enfermagem. Rev. Adm. Saúde - Vol. 18, Nº 70, jan.
– mar. 2018

A primeira parte da RDC 5014 refere-se a projetos de EAS, especifica e subsidia a


elaboração de projetos físicos por meio de definições de terminologias, etapas de
projetos, responsabilidades, como os desenhos e documentos devem ser apresentados,
tipos e siglas adotadas e avaliação dos projetos.
A segunda parte da RDC 50 reúne os critérios para projetos de EAS voltados à
circulação interna e externa, condições ambientais de conforto e de controle de infecção
hospitalar, condições de segurança contra incêndio e instalações prediais ordinárias
especiais.
Sobre a terceira parte da RDC50, ou Programação Físico Funcional, as atribuições
e atividades desenvolvidas nos diversos tipos de EAS, compõem oito atividades
funcionais: 1. Atendimento em regime ambulatorial e de hospital-dia, 2. Atendimento
imediato, 3. Atendimento em regime de internação, 4. Apoio ao diagnóstico e terapia,
5. Apoio técnico, 6. Ensino e pesquisa, 7. Apoio administrativo e 8. Apoio logístico. No
que se refere ao dimensionamento dos compartimentos, de modo geral, observou-se a
padronização da metragem do posto de enfermagem em 6m2 em média, com exceção
apenas para algumas unidades como berçário e serviços diagnósticos, com 4,5m2, e
serviços administrativos de enfermagem para 12m2, em média. Nota-se que houve
grande preocupação, nesse momento, com o estabelecimento das dimensões dos
elementos que compõem os compartimentos dos EAS.
Cabe destacar, que dependendo da proposta de atuação do enfermeiro, existem
outras ferramentas legais tanto estaduais como municipais que devem ser consultados
para subsidiar novas ações.

LEITURA DE PROJETOS

O projeto arquitetônico envolve o conjunto de passos normativos, voltados para o


planejamento formal de um edifi ́cio, regulamentado por um conjunto de normas técnicas e por
um código de obras. A construção do desenho arquitetônico envolve as fases do estudo
preliminar e o estudo da viabilidade de um programa e do partido arquitetô nico (elementos
construtivos) a ser adotado para sua apreciação e aprovação pelo cliente, que comporta o
anteprojeto e o Projeto Executivo16.

O projeto apresenta, de forma clara e organizada, todas as informações necessárias à


execução da obra e todos os serviços inerentes. A representação gráfica do desenho em si
corresponde a um conjunto de normas internacionais (sob a supervisão da ISO). No Brasil, as
normas são editadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), sendo as principais
a NBR-6492 que envolve a representação de projetos de arquitetura
e a NBR-10067 que se refere aos princi ́pios gerais de representação em desenho técnico16.

Costuma-se diferenciar no desenho duas entidades: uma é o próprio desenho (o objeto


representado, um edifi ́cio, por exemplo) e o outro é o conjunto de si ́mbolos, signos, cotas e
textos que o complementam. As principais categorias do desenho de arquitetura são: as plantas,
os cortes e seções e as elevações16. Para que se possa efetuar a leitura de um projeto
arquitetônico é necessário conhecer as convenções e simbologias utilizadas, o que será
apresentado a seguir.
CONVENÇÕES E SIMBOLOS

a. PAREDES

As paredes são representadas por linhas paralelas e cores diferenciadas que


representam as que serão mantidas, demolidas e construídas. Figura 9

Figura 9. Convenções para paredes

Fonte. Brabo R. Leitura e Interpretação de Projetos


Arquitetô nicos. Universidade Federal do Para. 2009

b. PORTAS

A porta é representada conforme o tipo de representação projetual (planta ou corte).


Figura 10.

Figura 10. Representação de porta em planta e em corte.

Fonte. Brabo R. Leitura e Interpretação de Projetos


Arquitetô nicos. Universidade Federal do Para. 2009

c. JANELAS
O plano horizontal da planta corta as janelas com altura do peitoril até 1.50m, sendo
estas representadas conforme a figura 11. Para janelas em que o plano horizontal não o corta,
a representação é feita com linhas invisíveis.

Figura 11. Representação de janelas

Fonte. Brabo R. Leitura e Interpretação de Projetos


Arquitetô nicos. Universidade Federal do Para. 2009

D. NI ́VEIS

Níveis são cotas altimétricas dos pisos, sempre em relaçao ̃ a uma determinada
referência de nível. O nível permite compreender a diferença de altura entre pisos. Os níveis são
representados conforme a figura 12.

Figura 12. Simbologia de nível

Fonte. Brabo R. Leitura e Interpretação


de Projetos Arquitetô nicos.
Universidade Federal do Para. 2009

E. EQUIPAMENTOS HIDRÁULICOS

Os equipamentos hidráulicos são representados pelos desenhos da figura 13.


Figura 13. Mobiliário hidráulica em representação projetual

Fonte. Brabo R. Leitura e Interpretação de Projetos


Arquitetô nicos. Universidade Federal do Para. 2009

F. PROJETO ARQUITETÔ NICO – LEITURA E INTERPRETAÇÃO

O projeto relativo a qualquer obra de construção, reconstrução, acréscimo e


modificação de edificação, constará, conforme a própria natureza da obra que se vai executar,
de uma série de desenhos (Figuras 14 e 15):

a. Plantas cotadas de cada pavimento, do telhado e das dependências a construir, modificar ou


sofrer acréscimo. Nessas plantas devem ser indicados os destinos e áreas de cada
compartimento e suas dimensõ es.

b. Desenho da elevação ou fachada ou fachadas voltadas para vias públicas. Num lote de meio
de quadra é obrigatória a representação de apenas uma fachada. No caso de lote de esquina é
obrigatória a representação de pelo menos duas fachadas.

c. A planta de situação em que seja indicado o local que está o imóvel.

d. Posição do edifi ́cio em relação às linhas limites do lote.

e. Orientação em relação ao norte magnético.

f. Indicação da largura do logradouro e do passeio, localizando as árvores existentes no lote e


no trecho do logradouro, poste e outros dispositivos de serviços de instalações de utilidade
publica.
g. Cortes longitudinal e transversal do edifi ́cio projetado.

Figura 14. Percepção espacial do arquiteto para executar os vários


tipos de desenhos arquitetônicos

Fonte. Brabo R. Leitura e Interpretação de Projetos


Arquitetô nicos. Universidade Federal do Para. 2009

Figura 15. Projetos arquitetonicos


Fonte. Brabo R. Leitura e Interpretação de Projetos Arquitetô nicos.
Universidade Federal do Para. 2009

F1. PLANTA BAIXA

É o corte transversal à edificação, a uma altura de 1,50m. Através da planta baixa, pode-
se visualizar os ambientes que compõ e o projeto. (Figura 16)

Figura 16. Planta baixa

Fonte. Brabo R. Leitura e Interpretação de Projetos Arquitetô nicos.


Universidade Federal do Para. 2009
F2. CORTES E FACHADAS

̃ atravessando
Os cortes e fachadas (figura 19) são obtidos através de um plano de secçao
a construçao verticalmente (figura 17 e 18). Já a Fachada nada mais é do que a elevação frontal
̃
da construção, como se observasse o edifício de frente.

Figura 17. Modelo de secção para confecção de corte

Fonte. Brabo R. Leitura e Interpretação de Projetos


Arquitetô nicos. Universidade Federal do Para. 2009

Figura 18. Desenho arquitetônico - corte


Fonte. Brabo R. Leitura e Interpretação de Projetos Arquitetô nicos.
Universidade Federal do Para. 2009

Figura 19. Desenho arquitetônico - Fachada

Fonte. Brabo R. Leitura e Interpretação de Projetos Arquitetô nicos.


Universidade Federal do Para. 2009

G. OUTRAS SIMBOLOGIAS E CONVENÇÕES.

Há outras simbologias e convenções que devem ser conhecidas pelos profissionais que
terão acesso aos projetos arquitetônicos, facilitando assim a comunicação entre eles. Figura 20.

Figura 20. Símbolos e convenções de Projetos arquitetônicos


Fonte. Brabo R. Leitura e Interpretação de Projetos Arquitetô nicos.
Universidade Federal do Para. 2009

As escadas também apresentam simbologia específica e primeiramente devem ser


compreendidas como constituídas de degraus que se dividem em espelhos (vertical) e pisos
(horizontal). Como há várias formas de escadas, no projeto há também desenhos diferentes para
representar cada uma delas. (figura 21)

Figura 21. Desenhos arquitetônicos de escadas

Fonte. Brabo R. Leitura e Interpretação de Projetos Arquitetô nicos.


Universidade Federal do Para. 2009

H. CONDIÇÕES DE CONFORTO AMBIENTAL


Outra questão que deve ser levada em conta em projetos arquitetônicos hospitalares
são as condições ambientais, que devem ser analisadas por meio dos seguintes itens:

Iluminação Representa uma das condições fundamentais para a manutenção dos níveis
de produtividade e de conforto psicológico, é recomendado que se utilize luz
natural, possibilitando visão do exterior, mantendo assim o equilíbrio entre
a iluminação natural e artificial.
Cor A cor é fundamental para estimular a percepção e sensação dos usuários de
um serviço de saúde.
Conforto térmico Nesse tópico cabem variáveis como a temperatura, velocidade e umidade
relativa do ar. É muito desagradável sentir frio, ou calor, e tais situações
podem interferir nas atividades que desenvolvemos no ambiente. Também
para o paciente, essas sensações e percepções podem interferir no processo
terapêutico.
Conforto acústico O desejável para EAS é que seja o mais silencioso possível, de preferência até
40 decibéis. Acima de 75 decibéis há possibilidade de danos à saúde humana.
Comunicação visual É fator fundamental para a segurança de pacientes e equipes. A sensação de
desorientação causa desconforto e sentimento de insegurança aos usuários.
Fonte: Reichert MCF, Tanaka LH. Gestão de Recursos Físicos e Materiais. In: Cunha ICKO,
organizador. Gestão em enfermagem. Apostila (Especialização Latu Sensu). Universidade
Federal de São Paulo. Escola Paulista de Enfermagem. Programa da Universidade Aberta do
Brasil. São Paulo:[s.n.]; 2012. p.71-86.

Existem diversos estudos sobre condições ambientais, em estudo realizado em um


hospital visando analisar as condições de iluminação necessárias em dois quartos de internação
de unidades diferentes observaram-se deficiências relativas ao sistema de iluminação
decorrentes da inadequação das soluções arquitetônicas às necessidades reais de seus usuários
17
.

Em estudo realizado em uma Unidade Básica de Saúde, do Rio de Janeiro, que teve como
objetivo analisar as condições ergonômicas do trabalho de enfermagem, 90% dos participantes
reconheceu que o espaço físico não permite conforto, sendo que as razões atribuídas foram:
espaços mal distribuídos, localização das salas exigindo muitos deslocamentos durante as
tarefas, falta de lugar para o descanso e falta de vestiário para guardar os pertences 18.

Outro estudo realizado em hospital universitário no Rio de Janeiro, cujo objetivo foi
identificar a percepção dos trabalhadores de enfermagem sobre suas condições de trabalho,
mostrou que os riscos físicos se destacaram pela má distribuição do espaço físico (53,9%), ordem
e limpeza insuficientes (36,9%), ventilação insuficiente/inadequada (38,9%), iluminação
insuficiente (37,9%) e exposição a ruído (30,8%) 19.

Enfim, os enfermeiros podem atuar sugerindo e modificando situações que causam


desconforto em diferentes níveis tanto para a equipe quanto para os pacientes. As condições
ambientais favoráveis tornam o ambiente mais agradável e atuam positivamente sobre o ser
humano.

OS EAS E A ENFERMAGEM NA GESTÃO DE RECURSOS FÍSICOS


Há relação entre a área construída e o atendimento direto ao paciente, geralmente esse
valor corresponde a 80%. Onde há paciente em assistência há constante atuação da
enfermagem. Assim, 80% do espaço físico hospitalar é ocupada pela enfermagem nas 24 horas
de serviço assistencial prestado nos EAS 1.

Apesar de estarmos junto ao paciente, na maioria das vezes, é importante destacar que
a equipe de enfermagem é a vítima mais constante de projetos físicos mal elaborados. É com
grande frequência que nos deparamos com situações referentes à estrutura física que nos causa
estresse, irritação, impotência, riscos e insatisfação. Permanecemos horas em um espaço físico
por vezes inadequado. Entre os problemas estruturais, se destaca1:

• Espaços inadequados para guarda de equipamentos, mobiliário e


materiais descartáveis;
• Ausência de lavatórios;
• Espaços de assistência em que não é possível girar maca, cadeira ou até
mesmo passar pelos vãos das portas;
• Grandes distâncias entre o posto de enfermagem e os quartos;
• Condições de conforto e acústica inadequados;
• Ausência de espaço de descanso e refeição para a enfermagem.
Mesmo sendo vítimas constantes da estrutura física mal planejada e executada somos
importantes usuários da mesma e, portanto deveríamos assumir postura proativa nas decisões
referentes a esse recurso. Somos a equipe de profissionais que mais permanece com o paciente,
convivemos exaustivamente com problemas do dia a dia, com os fluxos e dinâmicas dos setores
e conhecemos as necessidades para o melhor desempenho e bem estar tanto da equipe de
enfermagem quanto do paciente1.

Para assumir postura proativa é necessário desenvolver competências na área de gestão


de recursos físicos. Um dos requisitos, nesse sentido, é a pesquisa. Em um estudo bibliométrico20
notou-se a preocupação dos pós-graduandos das áreas de Arquitetura e Urbanismo com o
desenvolvimento de pesquisas voltadas para os recursos físicos hospitalares, o que não ocorreu
da mesma forma pela Enfermagem, que historicamente é próxima do ambiente do cuidado, da
gestão de recursos físicos de EAS, mas envolveu-se pouco com essa temática, pelo menos no
nível acadêmico. Frente a isso, notou-se que há carência de produtos que tragam o olhar desse
profissional sobre o tema e lhe permitam fundamentar ações que visem à melhoria da gestão
de recursos físicos para atender ao que prevê a lei que regula o seu exercício profissional –
“participar em projetos de construção ou reforma de unidades de internação”21.

É fato que o planejamento, a programação, a elaboração e a avaliação de projetos físicos


de EAS são primordiais para a prestação de assistência de qualidade. Essa tarefa faz parte do
processo administrar em Enfermagem - a gestão de recursos físicos. Nessa área, a atuação
competente e responsável do enfermeiro requer conhecimento técnico e científico,
habilidades e atitudes nas áreas de arquitetura, projeto, decoração, legislação e denominação
dos compartimentos, entre outros22.

A lei 7498/8621, que dispõe sobre a regulamentação do exercício da Enfermagem, em


seu artigo 11, no que cabe ao enfermeiro no exercício de suas atividades como integrante da
equipe de saúde, especificamente na alínea d, assegura a participação desse profissional em
projetos de construção ou reforma de unidades de internação. Nota-se que a referida lei é
anterior à Norma RDC50 e justifica-se, com ela, a importância da participação de enfermeiros
nessa área.

Infelizmente, em um estudo23, realizado em um Hospital Universitário de porte especial,


responsável pela cobertura de aproximadamente cinco milhões de habitantes, dos seus leitos
95% são disponibilizados para o atendimento ao Sistema Único de Saúde (SUS), situado na
cidade de São Paulo, considerado o hospital de referência da região metropolitana para
atendimento de urgência e emergência, atenção ambulatorial especializada e internação de alta
complexidade, comprovou-se que apenas 4,2% dos enfermeiros participam de projetos de
construção e reforma de unidades hospitalares. Considerando que estruturas físicas
contribuem para o sucesso do trabalho em saúde e, portanto do enfermeiro, este deve tornar-
se elemento proativo nessa área.

Assim, como já discutimos anteriormente, devemos nortear nossas ações buscando


informações sobre a história, a legislação, a aplicação prática do recurso em questão e com isso,
solicitar nossa participação junto à equipe envolvida em projetos físicos da instituição sugerindo
modificações e adaptações que objetivem racionalizar o uso da área física, melhorar os fluxos e
dinâmicas dos setores, contribuir para a redução de custos e garantir a satisfação e segurança
dos pacientes e equipes que atuam em EAS.

REFERÊNCIAS

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paulista de Enfermagem. Programa Universidade Aberta do Brasil. São Paulo.
2012. 146p
2. Toledo, Luiz Carlos Menezes de. Feitos para cuidar : a arquitetura como um
gesto médico e a humanização do edifi ́cio hospitalar / Luiz Carlos Menezes de
Toledo.– 2008. 238f.
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4. Limeira FM. Arquitetura e Integralidade em Saúde: uma análise do sistema
normativos para estabelecimentos assistenciais de saúde. [Dissertação de
mestrado]. Universidade de Brasília, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo.
Brasília. 2006.177f
5. MIQUELIN, Lauro Carlos. Anatomia dos edifícios hospitalares. São Paulo:
CEDAS, 1992.
6. Florence Nightingale. Notes on Hospitals. 3a ed. London. Savill & Edwards
printers, 1863
7. Limeira FM. Arquitetura e Integralidade em Saúde: uma análise do sistema
normativos para estabelecimentos assistenciais de saúde. [Dissertação de
mestrado]. Universidade de Brasília, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo.
Brasília. 2006. 177f
8. BRASIL. Ministério da Saúde. Normas de construção e instalação do Hospital
Geral. Rio de Janeiro, 1974. 147 p.
9. Sanna MC. Histórias de Enfermeiras gerentes; subsídios para a compreensão de
um modelo-referência de organização de serviços de enfermagem no período
de 1950 a 1980. Rio de Janeiro: Ed Escola Anna Nery/UFRJ. 2002
10. BRASIL. Ministério da saúde. Normas e Padrões de Construção e Instalação de
Serviços de Saúde. São Paulo. 1977. 88 p
11. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria Nacional de Ações Básicas de Saúde.
Divisão Nacional de Organização de Serviços de Saúde. Construção e
instalações de serviços de saúde: manual de orientação. Brasília. 1978
12. BRASIL. Ministério da saúde. Normas e padrões de construções e instalações de
Serviços de saúde. 2ª ed. 1983.138 p
13. BRASIL. Ministério da Saúde. Normas e padrões de construções e instalações de
serviços de saúde. 2ªed., 1987. 133p.
14. Ministério da Saúde (BR), Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução
RDC50, de 21 de fevereiro de 2002: dispõe sobre regulamento técnico para
planejamento, programação, avaliação, elaboração de projetos físicos de EAS
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http://www.anvisa.gov.br/legis/resol/2002/50_02rdc.pdf
15. Carvalho APA et al. Arquitetura de Unidades Hospitalares. Salvador: FAUFBA,
ARQSAUDE/GEA – hosp, ISC, 2004
16. Brabo R. Leitura e Interpretação de Projetos Arquitetô nicos.
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17. Cavalcanti PB. Qualidade da iluminação em ambientes de internação hospitalar.
Porto Alegre. Dissertação [Mestrado em Arquitetura] – Faculdade de
Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal do Rio Grande do Sul; 2002.
18. Abranches SS. A situação ergonômica do trabalho de enfermagem em unidade
básica de saúde.Ribeirão Preto. Tese [Doutorado em Enfermagem Fundamental]
- Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto/USP; 2005.
19. Mauro MYC, Paz AF, Mauro CCC, Pinheiro MAS, Silva VG. Condições de trabalho
da enfermagem nas enfermarias de um hospital universitário. Esc Anna Nery Rev
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20. DRAGANOV, Patrícia Bover; VIEIRA, Ricardo Quintão; SANNA, Maria Cristina.
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BRASILEIRO PARA O DESENVOLVIMENTO DO EDIFÍCIO HOSPITALAR (CBDEH), 6.,
2014, Florianópolis. Anais... Santa Catarina: ABDEH, 2014. p. 115-9.
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[homepage]. [acesso em 10 de outubro de 2012]. São Paulo. Disponível em:
http://www.abennacional.org.br/download/LeiPROFISSIONAL.pdf
22. Sanna MC. A estrutura do conhecimento sobre administração em enfermagem.
Rev Bras Enferm [Internet]. 2007 [citado 2012 set 11];60(3):336-8. Disponível:
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23. Guazzelli J, Reichert MCF. A estrutura física das unidades de internação: uma
percepção dos profissionais de Enfermagem. Universidade Federal de São
Paulo. Escola Paulista de Enfermagem. Trabalho de Conclusão de Curso. São
Paulo. 2012. 59p

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