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PROJETO ARQUITETÔNICO

EM EDIFÍCIOS
HOSPITALARES
UNIDADE I
OS ESTABELECIMENTOS
ASSISTENCIAIS
DE SAÚDE (EAS)
Elaboração
Diego Bermejo Oba

Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...........................................................................................................................4

UNIDADE I
OS ESTABELECIMENTOS ASSISTENCIAIS DE SAÚDE (EAS)............................................................5

CAPÍTULO 1
OS EAS E A SUA EVOLUÇÃO HISTÓRICA............................................................................... 5
CAPÍTULO 2
A MUNICIPALIZAÇÃO DA SAÚDE NO BRASIL...................................................................... 12
CAPÍTULO 3
A CLASSIFICAÇÃO DOS EAS NO BRASIL E SUAS PREMISSAS DE PROJETO........................... 17
REFERÊNCIAS.........................................................................................................................24
INTRODUÇÃO

O desenvolvimento de projetos direcionados aos Estabelecimentos Assistenciais de


Saúde (EAS) representa uma grande oportunidade dentre os mais variados trabalhos
que um arquiteto pode produzir para o mercado e, portanto, para a sociedade.

Dentre os estabelecimentos que prestam assistência ao físico dos indivíduos, tem-se o


Edifício Hospitalar que, atualmente, é dotado de características mais complexas do que
se podia observar em sua infraestrutura física, bem como nas suas implicações diretas
no processo de bem-estar e cura dos pacientes.

Esse tipo de projeto requer cuidados além das premissas básicas que todo e qualquer
tipo de edificação apresenta, demandando considerações no ato de se projetar, que
devem se apoiar sobretudo em normas regulatórias, com o acompanhamento de
especialistas e instruções técnicas dos mais variados equipamentos hospitalares que o
mercado nos oferece hoje em dia.

Os projetos de Edifícios Hospitalares requerem, acima de tudo, um caráter investigativo


por parte de seus projetistas, diante das inúmeras especificidades provenientes das mais
variadas especializações médicas e, consequentemente, de suas tecnologias aplicadas,
proporcionadas atualmente pela troca de informações e de conhecimentos entre os
profissionais da saúde e da construção civil.

Neste material você entenderá um pouco mais sobre as premissas que regem o bom
desenvolvimento de projetos voltados para a área, a partir do conteúdo que explora
uma visão panorâmica dos Edifícios Hospitalares.

Objetivos
» Compreender a evolução histórica dos Estabelecimentos Assistenciais de Saúde.

» Observar os direcionamentos básicos que regem o bom projeto de Edifícios


Hospitalares.

» Entender o conceito e os benefícios da Humanização nos Edifícios Hospitalares.

» Identificar a Sustentabilidade como característica incisiva nos projetos de Edifícios


Hospitalares na atualidade.

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OS ESTABELECIMENTOS
ASSISTENCIAIS UNIDADE I
DE SAÚDE (EAS)

Capítulo 1
OS EAS E A SUA EVOLUÇÃO HISTÓRICA

1.1. Panorama histórico dos EAS e dos Edifícios


Hospitalares
Os edifícios destinados à área da saúde remontam à Antiguidade, época em que a
premissa básica desses estabelecimentos era abrigo e hospedagem aos necessitados
e viajantes, não necessariamente enfermos, funcionando mais como auxílio à alma do
que ao físico, conforme apontam Badalotti e Barbisan (2015).

A complexidade atual dos EAS e, consequentemente, dos Edifícios Hospitalares vem,


ao longo do tempo, se relacionando diretamente com os avanços sociais, científicos e
tecnológicos do mundo, tendo seu início na filantropia social, segundo Segawa (1988),
ao explorar a etimologia da palavra “hospital”, que se conecta aos termos hospedaria
e hospício:

Hospedarias recebem hóspedes. Em Portugal, a partir do século XI,


hospedarias ou albergarias ofereciam abrigo aos peregrinos que
buscavam os santuários milagreiros. No entanto, mais do que um simples
abrigo, a busca de uma cura em troca de uma promessa muitas vezes
fazia das hospedarias locais organizados para acolher e tratar doentes
(RUSSELL-WOOD, 1981, p. 6).

O hospício era uma “casa religiosa que recebia peregrinos em viagem,


sem retribuição” (CORONA; LEMOS, 1972, p. 262]. Em meados do século
XIX, Ambroise Tardieu, em seu Dictionnaire d’Hygiene Publique, definia-o
como “lugares de asilos onde são recolhidos os alienados, os anciãos, as
crianças abandonadas, os incuráveis e os enfermos não domiciliados”. Os
hospitais, para o mesmo Tardieu, eram “os estabelecimentos destinados
ao tratamento gratuito de indigentes atingidos por moléstias agudas”
(TARDIEU, 1862, v. 2, p. 425).

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UNIDADE I | Os Estabelecimentos Assistenciais de Saúde (EAS)

Segundo Badalotti e Barbisan (2015), ainda na antiguidade, na Grécia, esses


estabelecimentos assistenciais eram divididos em três tipos, cada qual com suas
premissas de atendimento, segmentando o acesso ao tratamento de acordo com as
regras, os costumes e as crenças locais.

Os estabelecimentos públicos, conforme ilustração da figura 1 - que retrata o


Xenodochium de Masona - correlatos aos hospitais de caridade, eram destinados aos
forasteiros, pobres e peregrinos.

Figura 1. Xenodochium de Masona.

Fonte: https://www.artstation.com/artwork/NGbQlg.

Havia ainda os estabelecimentos de cunho privado, as latreias, que eram o local de


moradia dos médicos, considerados os cientistas da época. Essas edificações eram
utilizadas como uma espécie de casa coletiva dos cuidadores servindo, também,
como abrigo aos pacientes. Mais tarde, no Império Romano, esses locais ganharam a
designação de casa do cirurgião, como se observa na figura 2.

Figura 2. Casa do Cirurgião (planta e vista externa).

Fonte: Benévolo (1982).

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Os Estabelecimentos Assistenciais de Saúde (EAS) | UNIDADE I

Os templos religiosos eram mitológicos, cujo tratamento se baseava em jejum,


purificação por meio das águas e interpretação dos sonhos dos enfermos que, após
passarem a noite sob os seus pórticos, eram atendidos pelos sacerdotes que apontavam
o tratamento adequado. No entanto, esses locais não tinham o caráter de hospedaria,
devido à sua consagração a Asclepius.

No geral, esses estabelecimentos encontravam-se no campo, fora da zona populosa e


próximo a cursos hídricos, onde se pudessem ser realizados os rituais de purificação com
o uso da água corrente e, salvo, obedeciam aos mesmos padrões, conforme ilustrado
na figura 3.

Figura 3. Pórticos e Templos como local de “cura” – Antiguidade.

Fonte: Miquelin (1992).

Durante o Império Romano, os estabelecimentos assistenciais de saúde apresentaram


importantes contribuições sanitárias para a arquitetura, com edificações que utilizavam
não só a água como tratamento de purificação, mas também fornos para aquecimento
das piscinas e um sofisticado sistema de aquecimento para os pisos e fechamentos duplos
de determinados ambientes da contrução, conforme aponta Miquelin (1992). A figura
4 apresenta um exemplar de termas tomana, com a presença da água como elemento
purificador, ainda que esta exercesse uma função social e desportiva, além da medicinal.

Figura 4. Termas romana.

Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/inglaterra-reino-unido-170402/.

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Na Idade Média, uma mudança de paradigma transforma a concepção do que hoje


reconhecemos por hospital, quando o edifício deixa de ser utilizado como passagem
de peregrinos, viajantes ou necessitados, ou mesmo um local associado à morte. Era
para esses estabelecimentos que muitos se direcionavam à espera do fim, como uma
espécie de confinamento social.

Nesse período, com o desenvolvimento científico, os partidos projetuais direcionados aos


hospitais, ainda com forte cunho religioso, com a imagem associada à obediência aos
princípios evangélicos da caridadade e à busca em diminuir os sofrimentos dos necessitados,
têm a necessidade de planejamento, não obstante a grande demanda das inúmeras
epidemias, pragas, períodos de fome e guerra que assolaram a humanidade (SEGAWA, 1988).

Dessa maneira, pode-se afirmar que o desenvolvimento da concepção arquitetônica,


em detrimento dos projetos de edifícios hospitalares, esteve constantemente ligado à
própria evolução da ciência e da humanidade, tão importante quanto a própria medicina.

[...] a arquitetura foi a primeira arte a ocupar-se do hospital. A idéia de


que o doente necessita de cuidados e abrigo é anterior à possibilidade
de lhe dispensar tratamento médico. E todas as cidades, em todas
as épocas, mobilizaram-se para prover esta necessidade. Templos,
conventos e mosteiros foram as primeiras instituições a recolher os
doentes [...] (ANTUNES, 1989)

Ainda nesse contexto, e com o crescimento dos centros urbanos, a figura da Igreja, que
sempre pregou a ideia de uma nova vida, melhor e mais atrativa do que as mazelas
que rondavam a Idade Média, continuou ocupando-se dos cuidados aos pobres e aos
mais necessitados. Entretanto, ela passou também a conceber a criação de espaços
direcionados ao isolamento de infectados, em curso ao fim da vida, sempre atrelados
à assistência espiritual.

Sendo assim, os primeiros hospitais dispostos em Nave (Figura 5) estiveram ligados


não só ao clero no sentido espiritual, mas sobretudo ao cuidado físico do indivíduo, e
esses edifícios apresentavam-se, naturalmente, contíguos queles destinados aos ritos
e sacramentos.

As principais características do sistema em nave eram: não diferenciação


de doenças e não limitação do número de doentes recebidos. Isto
conduzia à formação de grandes espaços indiferenciados, em que as
pessoas eram amontoadas, agravando o estado em que se encontravam.

O modelo do hospital eram as construções eclesiásticas, ou propriamente


as igrejas, com suas grandes alturas, controle e local para oratórios e
altares. Frequentemente, essas naves eram organizadas ao redor de

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Os Estabelecimentos Assistenciais de Saúde (EAS) | UNIDADE I

pátios ou claustros, que ajudavam na iluminação e no deslocamento


entre os diversos setores do hospital, sistema inspirado também nas
soluções de monastérios (CARVALHO, 2014)

Figura 5. Modelo de planta de Edifício Hospitalar em Nave, na Idade Média.

Fonte: Miquelin (1992).

A evolução arquitetônica, à epoca, contou com a elaboração de plantas dispostas


com o cruzamento das naves, conforme ilustrado na figura 6, uma solução funcional
que possibilitava a separação, ou ao menos a distinção de enfermidades no programa
de necessidades de um edifício hospitalar. No entanto, os doentes mantiveram-se
acumulados, sem a diferenciação mínima de casos clínicos, mesmo com a apresentação
de um traçado agora radial que, assim como os grandes vãos e grandes alturas herdadas
das igrejas nos edifícios hospitalares em nave, caracterizaram a arquitetura como um
elemento de vanguarda na ciência e tecnologia da humanidade, ao menos em teoria.

Figura 6. Modelo de planta de Edifíco Hospitalar em Cruz , Claustro e Pátio, na Idade


Moderna.

Fonte: Miquelin (1992).

As distribuições físicas dos projetos hospitalares até a Modernidade seguiram reflexos


das evoluções científicas e sociais, e somente adotaram o traçado pavilhonarapós
os trabalhos de Louis Pasteur e sua teoria sobre a transmissão das bactérias. Esses
estudos apresentaram-se como fator decisivo para a distribuição logística dos enfermos
nos ambientes hospitalares, necessitando-se, assim, da segregação e distinção das
enfermidades, com a intenção de evitar o contato direto entre os pacientes, as gestantes,
e os demais enfermos conforme a patologia, segundo Costeira (2014).

O formato pavilhonar, conforme ilustrado na figura 7, deve-se também à contribuição de


algumas figuras de destaque na litertatura, como o médico cirurgião Jacques Tenon, que
incluiu a cirurgia no programa projetual hospitalar, bem como a estudos volumétricos,
relacionando-se as dimensões dos pavilhões com o número de leitos dispostos em sua
enfermaria, com o intuito de proporcionar a renovação eficiente de ar para cada paciente.

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Figura 7. Modelo de planta de Edifíco Hospitalar em Pavilhões e Blocos, na Idade.


Contemporânea.

Fonte: Miquelin (1992).

A enfermeira Florence Nightingale, a partir de suas experiências pessoais, propôs um


novo sistema de organização nas dependências do edifício hospitalar. Em seu livro Notes
on Hospitals ela sugere, além da adoção da ventilação e da iluminação como fatores
decisivos no tratamento, a assepsia dos ambientes gerenciados pelas enfermeiras nos
hospitais, conforme apontam Draganov e Sanna (2017). A enfermeira é enfática ao sugerir
que os leitos de internação sejam intercalados por grandes aberturas para iluminação
e ventilação, visando maior salubridade do ambiente em função do tratamento dos
enfermos, conforme ilustrado na figura 8.

Figura 8. Modelo de enfermaria idealizada por Nightingale.

Fonte: Danon i Bretos (2001, p. 41).

Esse modelo de layout proposto por Nightingale foi replicado nos projetos hospitalares
ao longo dos anos em razão de sua eficiência e funcionalidade. Em algumas situações,
as Enfermarias Nightingale eram sobrepostas em pavimentos idênticos, conforme o
porte do edifício hospitalar e sua demanda local.

Com o desenvolvimento dos grandes empreendimentos verticais e dos arranha-céus,


na segunda metade do século XIX, e com a escassez de terrenos nas grandes cidades,
impulsionados também pela especulação imobiliária, foram construídos muitos edifícios
hospitalares distribuídos em andares, inaugurando-se mais uma possibilidade diante
da evolução tecnológica vigente.

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Os Estabelecimentos Assistenciais de Saúde (EAS) | UNIDADE I

Esta nova tipologia, muito aplicada durante todo o século XX, apresentava o fomato dos
edifícios em blocos ou monobloco e procurava ajustar situações de longos percursos
impostas pelos edifícios pavilhonares horizontais que, na América do Norte, eram
prejudicada pelo clima mais severo, bem como pela falta de mão de obra (enfermeiras).
Com o novo modelo de edifício, a equipe de enfermagem foi bastante beneficiada
sobretudo na dinâmica e logística de seu trabalho já que agora percorria o trajeto entre
as alas de maneira vertical, ágil e organizada.

Os edifícios em monobloco, diante da evolução tecnológica e científica, apresentam


uma compartimentação muito efetiva dos ambientes cirúrgicos, de risco, que requerem
maior cuidado na esterilização e assepsia de instrumentos, bem como maior controle
no trânsito de pessoas em suas dependências. É importante salientar que esse modelo
procura setorizar e encurtar os caminhos das equipes de trabalho, possibilitando a
segmentação e distinção das enfermidades por alas, de forma racional, distribuindo
as cargas dos equipamentos mais robustos no subsolo e os serviços administrativos
e consultórios o mais proxímo possível do solo, alas de internação nos andares
intermediários, reservando aos pavimentos mais altos a área cirúrgica, operatória.

O desenvolvimento desse tipo de planta arquitetônica, ou pelo menos o seu conceito,


vem ao encontro não só da eficiência técnica, como reflexo do avanço da área médica,
mas também da eficiência assistencial, na medida em que possibilita acesso a uma
grande parcela da população que até então não tinha acesso a instituições de saúde.

Portanto, é possível relacionarmos o desenvolvimento das tipologias dos edifícios


hospitalares ao próprio desenvolvimento da humanidade, com o acompanhamento
do avanço da medicina, seja na área tecnológica ou na descoberta de tratamentos de
enfermidades diversas, situações de epidemias, ou na obtenção de qualquer informação
que possa traduzir essas tipologias projetualmente em beneficio dos pacientes assistidos.

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Capítulo 2
A MUNICIPALIZAÇÃO DA SAÚDE NO BRASIL

O desenvolvimento inicial da rede hospitalar brasileira esteve associado às premissas


européias de caridade e filantropia cristãs, tanto em sua essência, como na função
administrativa dos seus estabelecimentos assistenciais de saúde, e mais precisamente
em seus hospitais. Prova disso são as irmandades de misericórdia que, imbuídas de dar
assitência aos indivíduos, trataram de criar, desde o Brasil Colônia, as suas Santas Casas
de Misericórdia nos locais necessários pelo país.

É evidente que em um país com os contornos do Brasil, ações de entidades provenientes


da europa estavam presentes e eram necessárias no desenvolvimento do atendimento
assistencial público, com a presença do clero nas ações que amparavam o tratamento
dos indivíduos, por meio da ação dessas irmandades independentes, sempre com
o reconhecimento da sociedade, que ao longo do tempo ofereceram à população
exemplares característicos de edifícios.

Daí a marcante presença dos hospitais da Misericórdiana paisagem


urbana – usualmente edificações de porte acima do convencional, casario
colonial e eventualmente, rivalizando com a Matriz, com a Câ,mara e
Cadeia ou com o Quartel.

Evidentemente, não foram todas as santas casas espalhadas pelas vilas


e cidades brasileiras que ostentaram tal pujança – a regra talvez fosse
outra [...]

No entranto, é certo que a configuração das edificações hospitalares


das Misericórdias, até meados do século XIX, obedeceu aos esquemas
inspirados nos blocos claustrais com a igreja dominando a composição
do conjunto e em nada incorporandoaté essa altura, os conhecimentos
das ações profiláticas orientadoras dos novos hospitais europeus
(SEGAWA, 1988).

O primeiro exemplar de Santa Casa de Misericórida criado no Brasil foi em Santos, no


ano de 1543 (Figura 9), graças aos esforços do colono Braz Cubas. Inúmeras figuras
foram de extrema importância para o desenvolvimento da concepção de projetos
hospitalares, por meio do conhecimento aplicado de suas descobertas, como o caso
do higienista Oswaldo Cruz.

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Figura 9. Santa Casa de Misericórdia de Santos.

Fonte: http://www.novomilenio.inf.br/santos/h0260d10.htm.

No Rio de Janeiro, por exemplo, com a Reforma Pedro Ernesto, de 1930, foram
construídos para a população alguns Dispensários e Prontos Socorros que, dessa forma,
geraram uma verdadeira revolução no atendimento assistencial público, a partir de um
estudo multidisciplinar que procurou ao menos amenizar as desigualdades dispostas
à população.

Ao longo do tempo, a ação da administração pública em relação ao atendimento


assistencial de saúde procurou, de diversas maneiras, promover o acesso a todos os
cidadãos, de forma pontual e ordenada.

No campo da assistência social, o governo Getúlio Vargas também


introduziu importantes mudanças. Ao lado das Caixas de Aposentadoria
e Pensões (que vinham desde a década de 1920), foram criados os
Institutos de Aposentadoria e Pensões, órgãos controlados pelo
Estado responsáveis pela extensão de direitos sociais a categorias
nacionais de trabalhadores. Durante a década de 1930, foram criados
Institutos de Aposentadoria e Pensões de várias categorias como
industriários, comerciários, bancários, funcionários públicos etc. Após
1945, os Institutos de Aposentadoria e Pensões expandiram suas áreas
de atuação, que passaram a incluir serviços na área de alimentação,
habitação e saúde (COSTEIRA, 2014)

A partir dos estudos realizados junto a Le Corbusier, vanguardista na arquitetura mundial


e que esteve três vezes no Brasil, alguns exemplares de edifícios hospitalares, de linhas
modernistas, puderam ser desenvolvidos, ainda que a aplicação desses modelos não
estivesse de acordo com a demanda da população. Daí em diante, promoveu-se a
construção de edifícios públicos de grande porte, bem como outros programas mais
elaborados, como por exemplo a Maternidade Universitária de São Paulo (1944), de
Rino Levi, o Hospital de Clínicas de Porto Alegre (1955) de Jorge Machado Moreira ou
o Hospital Sul América, hoje Hospital da Lagoa (1952) de Oscar Niemeyer (Figura 10).

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UNIDADE I | Os Estabelecimentos Assistenciais de Saúde (EAS)

Figura 10. Hospital da Lagoa (1952).

Fonte: https://iph.org.br/revista-iph/materia/o-hospital-sul-america-e-o-projeto-moderno-na-
arquitetura-de-saude.

Com o golpe militar de 1964, as decisões populares foram abolidas no cenário nacional,
promovendo-se a fusão de instituições como forma de controlar o acesso da população
em geral.

Neste panorama, verifica-se a fusão dos IAPs- Institutos de


Aposentadorias e Pensões- (exceto o IPASE), através do Decreto nº
72, de 21 de novembro de 1966, que cria o INPS- Instituto Nacional
de Previdência Social. Em 1968, o governo elabora o Plano Nacional
de Saúde- PNS- que propõe, em síntese, o sistema de livre escolha
do médico, pelo cliente, sendo os honorários médicos pagos parte
pelo cliente- que exerceu o direito de escolha- e parte pelo sistema da
Previdência. Em 1974, é aprovado o Plano de Pronta Ação (PPA) - que,
entre outras medidas, dispõe sobre a desburocratização e a
universalização dos atendimentos às emergências clínicas e cirúrgicas,
através da Portaria nº MPAS 158, de 18 de fevereiro de 1974. O impacto
deste plano nas estruturas físicas das unidades da saúde é óbvio, com
as instituições sofrendo um grande aumento na demanda por serviços
desta natureza (COSTEIRA, 2014).

Após a promulgação e a consolidação da nova Constituição Federal, em 1988, a partir


da chamada Lei Orgânica 63 da Saúde, a Lei n. 8080, de 19 de setembro de 1990, é que
foram estabelecidas as premissas de um Sistema Único de Saúde (SUS). Este novo sistema
apontava, de forma enfática, para a descentralização federal da asssitência à saúde,
direcionando aos municípios e às demais esferas públicas a condução de suas políticas
assistenciais, obviamente impactando na implantação física das edificações existentes.

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Os Estabelecimentos Assistenciais de Saúde (EAS) | UNIDADE I

As diretrizes básicas do novo sistema de saúde eram a descentralização, a


municipalização, o financiamento dos serviços e a participação social, tendo como
princípios doutrinários a universalidade, a equidade e a integralidade na assistência
à saúde, objetivando-se assim a proteção e recuperação da saúde, a organização
e o funcionamento dos serviços de saúde, considerando os seguintes aspectos:
municipalização, níveis de atendimento e tipos de estabelecimentos adotados (GÓES,
2004).

A municipalização plena da saúde reconhece o município como o principal responsável


pela saúde de sua população, transferindo para as prefeituras tanto a responsabilidade
como os recursos necessários para exercer as funções de planejamento, coordenação,
acompanhamento e avaliação das ações e dos serviços de saúde.

Para Góes (2011), a municipalização da saúde trouxe inúmeras vantagens no atendimento


aos usuários do sistema, como:

» serviços adequados às necessidades e realidades locais;

» eficiência elevada devido aos recursos existentes;

» controle dos custos;

» utilização dos recursos humanos inseridos em cada realidade local;

» utilização de tecnologia apropriada em cada nível de atendimento;

» possibilidade de articulação entre estabelecimentos e instituições.

Visando definir o sistema de hierarquia dos estabelecimentos assistenciais de saúde, o


SUS dividiu os níveis de atendimento à saúde em três categorias, cnforme a resolução n.
3 de 25 de março de 1981 da Comissão Interministerial de Planejamento e Coordenação
(CIPLAN): nível primário, nível secundário e nível terciário.

No nível primário, as atividades são caracterizadas por ações de promoção, proteção


e recuperação da saúde, em nível ambulatorial, desenvolvidas por profissionais
elementares, médios, médicos gerneralistas e odontólogos. Os estabelecimentos de nível
primário são os postos e centros de saúde, com atividades de caráter essencialmente
dinâmico, agrupadas em três áreas: saúde, saneamento e diagnóstico.

No nível secundário estão as unidades mistas, os hospitais locais e os hospitais


regionais, caracterizando-se por desenvolver, além das atividades do nível primário,
atividades assistenciais nas quatro especialidades médicas básicas (clínica médica, clínica
ostétrica e ginecológica, clínica cirúrgica e clínica pediátrica), com atendimentos na
modalidade ambulatorial, internações de curta permanência, urgências e reabilitação.

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UNIDADE I | Os Estabelecimentos Assistenciais de Saúde (EAS)

O serviço de apoio ao diagnóstico é composto por laboratórios de patologia clínica e


de radiodiagnóstico, com o uso de equipamentos básicos e de raio X.

O nível terciário caracteriza-se pela capacidade resolutiva dos casos mais complexos,
nas modalidades ambulatorial, de urgência e de internação. Os estabelecimentos
pertencentes a esse nível são os ambulatórios, os hospitais regionais e os hospitais
especializados.

A figura 11 ilustra o esquema desenvolvido por Góes (2011) para exeplificar a estrutura
física hierarquizada e integrada da rede de saúde brasileira definida pela referida
resolução da CIPLAN (Comissão Interministerial de Planejamento e Coordenação).

Figura 11. Rede de saúde no Brasil – Estrutura física hierarquizada e integrada.

Fonte: Góes (2011).

Diante desse novo modelo, evidenciou-se a necessidade da adoção de tipologias


projetuais que pudessem relacionar a tecnologia médica, e toda a sua evolução científica,
com o apoio dos diagnósticos e das terapias, provenientes de novos conceitos acerca
das enfermidades e seus tratamentos.

No entanto, ainda que a Constituição Federal nos garanta e ofereça assistência médica
de forma gratuita, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), e que possamos contar
com inúmeros Estabelecimentos Assistenciais de Saúde (EAS) distribuídos no Brasil,
cada qual com suas características particulares, a quantidade existente é insuficiente
diante da demanda do país. A atuação da rede privada hospitalar, nesse cenário, atua
de maneira complementar e em conjunto, por vezes contribuindo para aliviar o sistema
público de saúde, frente à demanda de atendimento da população, de acordo com as
condições vigentes no período.

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Capítulo 3
A CLASSIFICAÇÃO DOS EAS NO BRASIL
E SUAS PREMISSAS DE PROJETO

Embora o Brasil apresente a unificação do seu sistema de saúde com a instituição


do SUS (Sistema Único de Saúde), atualmente encontramos uma série de hospitais
e clínicas particulares que prestam assistência como atividade fim, onde se pratica a
saúde, e outros de atividade meio - aqueles que prestam auxílio aos primeiros, em meio
a diitinções de tecnologia e infraestrutura a serem oferecidas à população.

No âmbito projetual, no desenvolvimento da arquitetura em função do usuário, ambos


os tipos de estabelecimentos demandam necessidades disitintas e importantes para
o projeto, evidenciando-se assim a aplicação de normas técnicas de acordo com a
especialidade.

Tais necessidades técnicas estão de acordo com a especialidade, o porte e a localização


do edifício que prestará a assistência, sempre sesguindo as premissas do Ministéro da
Saúde que, por meio da criação de portarias, tem buscado garantir diretrizes normativas
em relação aos ambientes de saúde a serem construídos.

Em 1995, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) apresentou ao público


uma série de manuais de caráter instrucional, que auxilia nas decisões projetuais, de
acordo com a demanda e a aplicação mínima de normas técnicas, de cunho sanitarista.
Ainda de caráter não obrigatório, esta documentação contribui sobremaneira para o
norteamento de boas práticas no dimensionamento e na organização de layouts dos
mais variados tipos, ainda que se trate de uma área extremamente dinâmica em função
do surgimento de novas tecnologias e desenvolvimento científico.

Este documento, o Manual de Normas para Projetos Físicos de Estabelecimentos


Assistenciais de Saúde, procura embasar tecnicamente a análise e a elaboração de
projetos arquitetônicos, e é dividido em três partes (BRASIL, 1994):

Parte I - trata da elaboração de projetos arquitetônicos, quanto às suas etapas,


responsabilidades, aprovações legais e outros.

Parte II - aborda a programação físico-funcional, dimensionamento, quantificação de


pontos de instalação nos ambientes projetados.

Parte III - trata dos critérios a serem adotados nos projetos dos estabelecimentos
assistenciais de saúde, no que tange à circulação, conforto ambiental, controle de
infecções, instalações prediais ordinárias, condições de segurança e incêncio.

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UNIDADE I | Os Estabelecimentos Assistenciais de Saúde (EAS)

Ainda é preciso ressaltar a Resolução-RDC n. 50, de 21 de fevereiro de 2002, que dispõe


sobre o Regulamento Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação
de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde, um verdadeiro marco
na concepção e direcionamento para o desenvolvimento de projetos arquitetônicos
hospitalares, ainda em consonância com as legislações locais, diretrizes municipais e
normativas do Corpo de Bombeiros.

Quanto à classificação dos Estabelecimentos Assistenciais de Saúde, segundo o DATASUS,


o Ministério da Saúde conta com os seguintes tipos de estabelecimentos, segundo
a tabela alterada em conformidade com a Portaria n. 115, de 19 de maio de 2003, a
Portaria n. 745, de 13 de dezembro de 2004, a Portaria n. 333, de 23 de junho de 2005
e a Portaria n. 717, de 28 de setembro de 2006:

Posto de Saúde: Unidade destinada à prestação de assistência a determinada população,


de forma programada ou não, por profissional de nível médio, com a presença
intermitente ou não do profissional médico. Os postos de saúde oferecem serviços
como: imunização, educação sanitária, primeiros socorros, aplicação de medicamentos
sob prescrição médica, curativos, cuidados odontológicos relacionados à prevenção e
curativos, encaminhamento de pacientes às unidades de apoio, coleta de materiais para
exames laboratoriais e seu encaminhamento às unidades de apoio, controle e notificação
de doenças transmissíveis, inspeção de saneamento básico.

Centro de Saúde/Unidade Básica de Saúde: Unidade para realização de atendimentos


de atenção básica e integral a uma população, de forma programada ou não, nas
especialidades básicas, podendo oferecer assistência odontológica e de outros profissionais
de nível superior. A assistência deve ser permanente e prestada por médico generalista
ou especialista nas áreas. Pode oferecer ou não: Serviço de Apoio de Diagnose e Terapia
(SADT) e Pronto atendimento 24 Horas. Entre os serviços prestados pelos centros de saúde,
além dos ofertados pelos postos de saúde, estão: assistência médica e odontológica,
análise de exames laboratoriais, educação sanitária, suplementação alimentar, serviços
de enfermagem e auxiliares de enfermagem, controle de doenças infectoparasitárias,
saneamento básico, atendimento aos pacientes encaminhados pelos postos de saúde,
treinamento de pessoal, supervisão dos postos de saúde, fiscalização sanitária.

Policlínica: Unidade de saúde para prestação de atendimento ambulatorial em várias


especialidades, incluindo ou não as especialidades básicas, quqe pode ainda ofertar
outras especialidades não médicas. Pode oferecer ou não: SADT e Pronto atendimento
24 Horas. Esses equipamentos são referência para os centros de saúde e nas grandes
cidades podem ser divididos com o objetivo de faciltar o deslocamento e acesso da
população.

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Os Estabelecimentos Assistenciais de Saúde (EAS) | UNIDADE I

Hospital Regional: Hospital que conta com serviços de internação, destinado ao


atendimento nas especialidades básicas, por especialistas e/ou outras especialidades
médicas necessárias. Sua estrutura é comporta por laboratório de patologia clínica, além
de outros equipamentos de apoio ao diagnóstico. Pode dispor de serviço de Urgência/
Emergência e comporta UTI de até seis leitos. Deve dispor também de SADT de média
complexidade. Podendo ter ou não SIPAC.

Hospital de Referência: Hospital geralmente localizado em grandes centros urbanos,


que serve de referência à sua área de influência. Este tipo de hospital tem elevado
índice profissional e tecnológico, atua em inúmeras especialidades médico-cirúrgicas
e conta com atendimento de urgência/emergência, apoio ao diagnóstico e tratamento,
internação e UTI de 18 a 24 leitos.

Hospital Geral: Hospital destinado à prestação de atendimento nas especialidades


básicas, por especialistas e/ou outras especialidades médicas. Pode dispor de serviço
de Urgência/Emergência. Deve dispor também de SADT de média complexidade. Pode
ter ou não SIPAC.

Hospital Especializado: Hospital destinado à prestação de assistência à saúde em uma


única especialidade/área. Pode dispor de serviço de Urgência/Emergência e SADT, e
pode também ter ou não SIPAC. Geralmente de referência regional, macro regional ou
estadual.

Unidade Mista: Unidade de saúde básica, com atendimento ambulatorial, destinada à


prestação de atendimento em atenção básica e integral à saúde, de forma programada
ou não, nas quatro clínicas básicas. Pode oferecer assistência odontológica e de outros
profissionais, com unidade de internação, sob administração única. Estas unidades
devem ter laboratório de patologia clínica e equipamentos básicos de radiodiagnóstico.
A assistência médica deve ser permanente e prestada por médico especialista ou
generalista. Pode dispor de urgência/emergência e SADT básico ou de rotina. Geralmente
nível hierárquico 5.

Pronto Socorro Geral: Unidade destinada à prestação de assistência a pacientes com


ou sem risco de vida, cujos agravos necessitam de atendimento imediato. Podem ou
não ter internação.

Pronto Socorro Especializado: Unidade destinada à prestação de assistência em uma


ou mais especialidades, a pacientes com ou sem risco de vida, cujos agravos necessitam
de atendimento imediato.

Consultório Isolado: Sala isolada destinada à prestação de assistência médica ou


odontológica ou de outros profissionais de saúde de nível superior.

19
UNIDADE I | Os Estabelecimentos Assistenciais de Saúde (EAS)

Unidade Móvel Fluvial: Barco/navio equipado como unidade de saúde, contendo


no mínimo um consultório médico e uma sala de curativos, que pod ter consultório
odontológico.

Clínica Especializada/Ambulatório Especializado: Clínica Especializada destinada


à assistência ambulatorial em apenas uma especialidade/área de assistência (Centro
Psicossocial/Reabilitação)

Unidade de Serviço de Apoio de Diagnose e Terapia: Unidades isoladas onde são


realizadas atividades que auxiliam a determinação de diagnóstico e/ou complementam
o tratamento e a reabilitação do paciente.

Unidade Móvel Terrestre: Veículo automotor equipado, especificamente, para prestação


de atendimento ao paciente.

Unidade Móvel de Nível Pré-hospitalar na Área de Urgência e Emergência: Veículo


terrestre, aéreo ou hidroviário destinado a prestar atendimento de urgência e emergência
pré-hospitalar a paciente vítima de agravos à saúde.(PTMS/GM 824, de 24/Jun/1999).

Farmácia: Estabelecimento de saúde isolado em que é feita a dispensação de


medicamentos básicos/essenciais (Programa Farmácia Popular) ou medicamentos
excepcionais/alto custo previstos na Política Nacional de Assistência Farmacêutica.

Unidade de Vigilância em Saúde: É o estabelecimento isolado que realiza trabalho de


campo a partir de casos notificados e seus contatos, tendo como objetivos: identificar
fontes e modo de transmissão e grupos expostos a maior risco; fatores determinantes;
confirmar o diagnóstico e determinar as principais características epidemiológicas, orientando
medidas de prevenção e controle a fim de impedir a ocorrência de novos eventos e/
ou o estabelecimento de saúde isolado responsável pela execução de um conjunto de
ações, capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde capaz de eliminar, diminuir
ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio
ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde.

Cooperativa: Unidade administrativa que disponibiliza seus profissionais cooperados


para prestarem atendimento em estabelecimento de saúde.

Centro de Parto Normal Isolado: Unidade intra-hospitalar ou isolada, especializada


no atendimento da mulher no período gravídico puerperal, conforme especificações
da PT/MS 985/1999.

Hospital /Dia-Isolado: Unidades especializadas no atendimento de curta duração com


caráter intermediário entre a assistência ambulatorial e a internação.

20
Os Estabelecimentos Assistenciais de Saúde (EAS) | UNIDADE I

Central de Regulação de Serviços de Saúde: É a unidade responsável pela avaliação,


processamento e agendamento das solicitações de atendimento, garantindo o acesso
dos usuários do SUS, mediante um planejamento de referência e contra-referência.

Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN): Estabelecimento de Saúde que integra


o Sistema Nacional de Laboratórios de Saúde Pública (SISLAB), em conformidade com
normalização vigente.

Secretaria de Saúde: Unidade gerencial/administrativa e/ ou que dispõe de serviços


de saúde, como vigilância em Saúde (Vigilância epidemiológica e ambiental; vigilância
sanitária), Regulação de Serviços de Saúde.

Em 2002, a ANVISA elaborou e disponibilizou a Resolução-RDC n. 50, de 21 de fevereiro


de 2002, que dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento, programação,
elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde, um
verdadeiro marco na concepção e direcionamento para o desenvolvimento de projetos
arquitetônicos hospitalares, ainda em consonância com as legislações locais, diretrizes
municipais e normativas do Corpo de Bombeiros.

Com a RDC n. 50, cresceu a ideia de que cada empreendimento de saúde é único e
dotado de suas próprias necessidades e especificidades, devendo cada estabelecimento
ter um programa específico de maneira que em seus projetos sejam consideradas essas
especificidades e necessidades.

Visando subsidiar arquitetos e os demais projetistas na questão da organização físico-


funcional nos EAS, a Resolução RDC n. 50 dividiu em oito grupos, conforme figura 12,
as atribuições desenvolvidas nos vários tipos de estabelecimentos de saúde que se
subdividem em diversas atividades e subatividades.

Figura 12. Atribuições de estabelecimentos assistenciais de saúde.

Fonte: Anvisa, 2022.

21
UNIDADE I | Os Estabelecimentos Assistenciais de Saúde (EAS)

Na prestação de atendimento eletivo de promoção e assistência à saúde em regime


ambulatorial e de hospital-dia, são promovidas ações de atenção à saúde incluindo
atividades de promoção, prevenção, vigilância à saúde da comunidade e atendimento
a pacientes externos de forma programada e continuada.

A prestação de atendimento imediato de assistência à saúde promove atendimento a


pacientes externos em situações de sofrimento, sem risco de vida (urgência) ou com
risco de vida (emergência).

A prestação de atendimento de assistência à saúde em regime de internação executa


ações de atendimento a pacientes que necessitam de assistência direta programada
por período superior a 24 horas (pacientes internos);

Na prestação de atendimento de apoio ao diagnóstico e terapia são promovidas


ações de atendimento a pacientes internos e externos em ações de apoio direto ao
reconhecimento e recuperação do estado da saúde (contato direto).

A prestação de serviços de apoio técnico atua no atendimento direto da assistência à


saúde em funções de apoio (contato indireto).

Com relação à formação e desenvolvimento de recursos humanos e de pesquisa, são


desenvolvidas ações de atendimento, de maneira direta ou indireta, relacionadas à
atenção e assistência à saúde em funções de ensino e pesquisa.

A prestação de serviços de apoio à gestão e execução administrativa atua no


atendimento ao estabelecimento em funções administrativas.

Por fim, a prestação de serviços de apoio logístico engloba ações de atendimento ao


estabelecimento em funções de suporte operacional.

Percebe-se que os quatro primeiros grupos de atribuições são atribuições fim, isto é,
constituem funções ligadas diretamente a atenção e assistência à saúde. Já os quatro
últimos são atribuições meio para o desenvolvimento das primeiras e de si próprias.
É com base nos grupos de atividades descritos acima que os arquitetos poderão
identificar quais serão os ambientes necessários para realização dos procedimentos.
No próximo capítulo serão abordadas as diretrizes básicas que deverão ser consideradas
na elaboração dos projetos de saúde.

Uma boa indicação de leitura é o estudo de Mascaró, que fala um pouco mais do
custo das decisões de projeto. Para acessar a obra de Juan Luiz Mascaró O custo
das decisões arquitetônicas no projeto de Hospitais pela internet, utilize o link:
http://portal.anvisa.gov.br/documents/33852/271855/O+Custo+das+Decis%C3

22
Os Estabelecimentos Assistenciais de Saúde (EAS) | UNIDADE I

%B5es+Arquitet%C3%B4nicas+no+Projeto+de+Hospitais/88b8bcb5-6dde4dd7-
840c-3670324e34dd.

Por ora, é importante ressaltar que o desenvolvimento de projetos destinados à área


da saúde requer uma criteriosa análise diante das possibilidades e da infraestrutura
disponível, de acordo com o local de intervenção do projeto arquitetônico.
A correta identificação dos espaços a serem planejados irá demandar a pesquisa e o
aprofundamento de conceitos técnicos a partir da especialidade clínica a se desenvolver.

O desenvolvimento tecnológico acerca dos tratamentos e intervenções realizados em


equipamentos inovadores na medicina, depende da correta interpretação do profissional
projetista do espaço, uma vez que, fisicamente, no que se refere ao peso, dimensões,
bem como a suas especificações restritivas de instalação, como por exemplo aquelas
máquinas destinadas a obtenção de imagens internas do corpo humano, acabam por
influenciar no raciocínio lógico do projeto e seus desdobramentos.

23
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revistas/150757186615075718666636776408.pdf. Acessado em: 30 jan. 2023.

FIGURA19. UTI neonatal do Hospital da Mulher Mariska Ribeiro. Prefeitura do Rio de Janeiro, 2019.
Disponível em: https://prefeitura.rio/saude/hospital-referencia-em-saude-da-mulher-em-bangu-e-
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FIGURA 20. ANBA. Unidade de Terapia Intensiva Cardiológica Individual, Hospital Sírio-Libanês em São
Paulo. Agência de Notícias Brasil-Árabe, 2016. Disponível em: https://anba.com.br/hospital-sirio-libanes-
abre-uti-cardiologica/. Acessado em: 30 jan. 2023.

FIGURA 21. HRAC-USP. Boxes de UTI separados por cortinas, Hospital de Reabilitação de Anomalias Crânio
Faciais da Universidade de São Paulo - Bauru. Universidade de São Paulo, 2021. Disponível em: https://
hrac.usp.br/tag/abertura/. Acessado em: 30 jan. 2023.

FIGURA 22. Modelo de Centro Cirúrgico em corredor duplo/Fonte: LAMB, 2000.

FIGURA 23. ARCHITECTURESTUDIO. Hospital Universitário em Tangier/Hajji & Elouali + Architecturestudio.


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FIGURA 24. Exemplo de layout apresentado no SomaSUS com códigos dos equipamentos e mobiliário
(BRASIL, 2017)./Fonte: BRASIL, 2017

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vitruvius.com.br/revistas/read/arquiteturismo/15.178e179/8430. Acessado em: 30 jan. 2023.

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Referências

FIGURA 26. MACROVECTOR. Maquete eletrônica - Sala de cirurgia.Freepik, 2022. Disponível em: https://
br.freepik.com/vetores-gratis/interior-isometrico-da-sala-de-cirurgia-medica-com-o-paciente-na-mesa-
cirurgica-cirurgiao-e-enfermeira-assistente-realizando-o-procedimento_16410317.htm#query=centro%20
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FIGURA 27. Simulação da trajetória do sol no software Revit – BIM/ Fonte: Krygiel e Vandezande, 2014,
apud Yeganiantz, 2016.

FIGURA 28. HOSPITAL ALBERT EINSTEIN - Unidade Avançada Perdizes/Levisky Arquitetos | Estratégia
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FIGURA 30. Centro de tratamento ao Coronavírus em Berlim/Heinle, Wischer und Partner. Baunetz,
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FIGURA 31. Tipologias Laminares, nos Casos A e B e Torres de Unidades de Internação, nos Casos C e D.
O custo das decisões arquitetônicas no projeto de hospitais Mascaró, 1995.

FIGURA 32.VITRUVIUS. Hospital Sarah Fortaleza, corte com esquema da ventilação natural. Arquitextos,
2022. Disponível em: https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/22.265/8525. Acessado em: 30
jan. 2023.

FIGURA 33. Hospital Sarah Salvador.Perén, 2006, adaptado pelo autor.

FIGURA 34. Hospital Sarah Rio de Janeiro. Perén, 2006, adaptado pelo autor.

FIGURA 35. Hospital Sarah Fortaleza. Perén, 2006, adaptado pelo autor.

FIGURA 36. IPH.Quarto de internação, Royal Children ‘s Hospital. Revista IPH, 2021. Disponível em: https://
iph.org.br/revista-iph/materia/o-jardim-terapeutico. Acessado em: 30 jan. 2023.

FIGURA 37. HUCI.Fachada do Hospital Infantil Lady Cilento. Proyecto HU-CI, 2017./Fonte: Disponível
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FIGURA 38. HUCI. Recepção do Hospital Infantil Lady Cilento. Proyecto HU-CI, 2017. Disponível em: https://
proyectohuci.com/es/un-hospital-que-es-un-arbol-vivo/. Acessado em: 30 jan. 2023.

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FIGURA 42. Organograma de Intensidade no Contato com o Cliente. Boeger, 2009.

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Referências

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FIGURA 48. Instalação hospitalar contemporânea com a utilização de materiais inovadores.


Healthcaresnapshots, 2023. Disponível em:https://healthcaresnapshots.com/projects/3240/coral-springs-
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FIGURA 49. Representação ilustrativa dos componentes de uma esquadria em perfis de PVC. Pinterest,
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FIGURA 50. THEVILLAGER. Hospital de Campanha em um centro de convenções nos Estados Unidos,
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FIGURA 51. NATIONALGEOGRAPHIC. Estádio esportivo de Wuhan, na China, convertido em hospital


temporário para Covid-19. Tisha Thompson, 2020. Fonte: https://www.nationalgeographicbrasil.com/
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FIGURA 52. JEWIKI. Escritório de Projetos tradicional. Disponível em: Datei:Bundesarchiv Bild 183-70282-
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FIGURA 53. Representação Gráfica de Representação Gráfica de Esquema de Zoneamento e fluxos de um


ambulatório desenvolvida no sistema CAD./Fonte: Programação Arquitetônica De Unidades Funcionais
de Saúde - ISBN 978-85-334-1794-6. Acessado em: 30 jan. 2023.

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Conhecimento e Experiência em Gerenciamento de Projetos, 2019. Disponível em: https://pmkb.com.br/
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Referências

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Tabelas
TABELA 1. Instalações necessárias para os principais ambientes da unidade de internação, ANVISA (RDC
no 50/2002) / Fonte: RDC 50/2002 – ANVISA.

TABELA 2. Dimensionamento para projetos de centros cirúrgicos – RDC n° 50/2002 /Fonte: RDC n°
50/2002. Editado pelo autor.

TABELA 3. Ambiência mínima obrigatória para UPA 24h / Fonte: Programa Arquitetônico Mínimo Unidade
De Pronto Atendimento Upa 24 H – Versão 3.0/2.021 – Ministério da Saúde-Brasil. Editado pelo autor.

TABELA 4. Ambientes dos EAS / Fonte: RDC n° 50/2002. Editado pelo autor.

TABELA 5. Distribuição dos espaços em uma unidade de internação / Fonte: Carvalho, 2014.

TABELA 6. Fatores ambientais, abordagens e interferências que resultam no conforto humano. / Fonte:
Costeira e Bitencourt, 2014. Editado pelo autor.

TABELA 7. Serviços em comum (hotel/hospital)/Fonte: Taraboulsi, 2004. Editado pelo autor.

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