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E-BOOK

Farmácia Hospitalar
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HISTÓRIA DO HOSPITAL

ORIGEM DA PALAVRA HOSPITAL

• Origem latina (Hospitalis).


• Também vem de “hospes” que significa hóspedes.
• Possui a mesma acepção de nosocomium, de fonte grega, cujo significado é
“tratar os doentes”

Outros vocábulos:
ptochodochium - asilo para os pobres;
poedotrophium - asilo para as crianças;
orphanotrophium -orfanato;
gynetrophium - hospital para mulheres;
zenodochium, xenotrophium - refúgio para viajantes e estrangeiros;
gerontokomium - asilo para velhos;
arginaria - para os incuráveis.

Documentos que remontam a


3000 a.C. comprovam o 3000
exercício da medicina entre os
assírio-babilônicos. Mas não há a.C.
comprovação alguma que
indique onde essa prática era
realizada e como era feito o
atendimento
Os primeiros “hospitais” que
temos informação foram
431 construídos em 431 a.C., no Ceilão
(atual Sri Lanka), pelo rei
a.C. Pandukabhaya que ordenou a
construção de casas “para
internação”.

Aproximadamente dois séculos


depois o imperador Asoka criou,
na Índia, instituições especializadas
para tratar doenças de forma
231
semelhante aos hospitais de hoje, a.C.
com a presença de médicos e
enfermeiras.
Na Europa, os romanos ergueram
locais chamados de valetudinária,
100 a fim de cuidar dos soldados
feridos em batalha. No entanto, foi
a.C. apenas a partir do século IV, com o
crescimento do cristianismo, que
os hospitais se expandiram de
forma mais evidente.

O Cristianismo tornou esse cuidado


mais humano, surgindo a ideia de
ajuda aos necessitados e doentes. O 313
decreto de Milão promoveu a
motivação para desenvolvimento de d.C.
hospitais

O Concílio de Nicéia, que


325 estabelecia o atendimento
compulsório aos carentes e
d.C. enfermos, também promoveu a
motivação final para o
desenvolvimento dos hospitais.

A criação e o desenvolvimento

1283
dos hospitais foram estimulados
pelo aprimoramento do
aprendizado da Medicina e pela
evolução das reformas
sanitárias.

Na Europa por impulso da Revolução


Industrial inglesa, a burguesia crescia e
colaborou, com novas aspirações
socioeconômicas, para providências mais
Séc. eficazes no campo da higiene e da saúde
pública. Neste contexto, surgiram os
XVIII hospitais modernos. A partir desse
momento, os doentes são distanciados
de seus familiares e da sociedade e
hospedados nessas construções.

Há relatos de que o primeiro hospital


do Brasil foi o Hospital da Santa Casa
de Misericórdia de Olinda, inaugurado em
1540 em conjunto com a Igreja de Nossa
Senhora da Luz. Este hospital funcionou
até 1630, quando a estrutura foi saqueada
1540
por holandeses e posteriormente
incendiada.
Nasce a Santa Casa de
Misericórdia de Santos, em São
Paulo, existente até hoje. No início, 1543
o atendimento não era feito por
médicos, mas sim por jesuítas.

CONCEITO DE HOSPITAL
• Segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS, “O Hospital é parte integrante de
um sistema coordenado de saúde, cuja função é dispensar à comunidade completa
assistência à saúde, preventiva e curativa, incluindo serviços extensivos à família, em
seu domicílio e ainda um centro de formação para os que trabalham no campo da
saúde e paras as pesquisas biossociais.

OBJETIVO DO HOSPITAL

• Diagnosticar e restaurar a saúde;


• Prevenir que a doença se reinstale;
• Atender casos complexos;
• Educar e desenvolver pesquisas.

CLASSIFICAÇÃO DE HOSPITAL

PORTE:
• Pequeno porte: Hospital que tem capacidade de operação de até 50 leitos.
• Médio Porte: Hospital que tem capacidade de operação de 51 a 150 leitos.
• Grande Porte: Hospital que tem capacidade de operação de 151 a 500 leitos.
• Hospital Capacidade Extra: Acima de 500 leitos.

ASSISTÊNCIA:
• Geral: Atende várias especialidades (clínicas e cirúrgicas), e podem ser específicas,
como por exemplo, hospital infantil, hospital geriátrico, militar, entre outros.

• Especializada: Atende pacientes com alguma patologia específica, como por


exemplo, hospital psiquiátrico, oncológico, do coração, entre outros
REGIME:
• Público: Administrado por entidade governamental municipal, estadual ou federal;
• Particular: pertencente à pessoa jurídica de direito privado;
• Privado sem fins lucrativos: beneficentes ou filantrópicos.

FARMÁCIA HOSPITALAR

BREVE HISTÓRICO:

• Início do século XX: Fase artesanal – Manipulação.


• 1920 à 1950: Fase da descaracterização das funções do farmacêutico;
• Desde 1951: Fase de desenvolvimento das Farmácias Hospitalares;
• Em 1975, a Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais,
incluiu no seu currículo a Disciplina de Farmácia Hospitalar, com 75 horas/
aula;
• Em 1980, a UFRJ implantou o primeiro Curso de Especialização em Farmácia
Hospitalar;
• A partir de 1982, o Ministério da Educação, passou a incentivar programas de
desenvolvimento para a Farmácia Hospitalar, que vem obtendo sucesso
crescente em todo o país, despertando e formando novos profissionais nesta
área.
• A partir de 1985, o Ministério da Saúde, preocupado com os problemas como
a Infecção Hospitalar, também passou a incentivar a reestruturação das
Farmácias Hospitalares, promovendo cursos de especialização.

CONCEITO:

• Segundo a SBRAFH (Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar) a farmácia


hospitalar é definida como sendo “unidade clínica, administrativa e
econômica, dirigida por profissional farmacêutico, ligada hierarquicamente, à
direção do hospital e integrada funcionalmente com as demais unidades
de assistência ao paciente”.

OBJETIVO:

• Seu principal objetivo é contribuir para a qualidade da assistências prestada


ao paciente, promovendo o uso seguro e racional de medicamentos e
correlatos.
FUNÇÕES:

• Seleção de medicamentos, germicidas e correlatos necessários ao hospital;


• Aquisição, conservação e controle dos medicamentos selecionados;
• Manipulação e produção de medicamentos e germicidas;
• Estabelecimento de um sistema racional de distribuição de medicamentos;
• Implantação de um sistema de informação sobre medicamentos.
• Garantir através de ações de farmácia clínica a efetividade e segurança dos
pacientes.

RH E INFRAESTRUTURA DA FARMÁCIA
HOSPITALAR

RH:
• A farmácia é obrigatoriamente administrada pelo Farmacêutico.
Este profissional deve integrar-se e relacionar-se adequadamente
com os demais serviços assistenciais e administrativos do Hospital.
• Além do Farmacêutico, deve dispor de Técnicos em Farmácia e
Auxiliares Administrativos qualificados.
• Todos os profissionais devem ser devidamente treinados de
acordo com suas respectivas funções.
• O SBRAFH preconiza que o Hospital deve contar com, no mínimo,
1 farmacêutico para cada 50 leitos, e 1 auxiliar para cada 10 leitos.
• É importante que que o serviço disponha de manual contendo as
principais atividades desenvolvidas na farmácia, para consulta dos
funcionários.
• Além disso, o manual e os POP’s devem ser periodicamente
revisados e atualizados.
• Uso de jaleco e de uniformes específicos dentro da farmácia é
necessário e obrigatório.
ESTRUTURA:

• CAF (Central de Abastecimento Farmacêutico) – Local onde é armazenado os


medicamentos e correlatos (Recebimento, Armazenamento e Distribuição).
• Deve dispor de local para recepção, distribuição, áreas (soluções parenterais,
medicamentos em geral, saneantes, material médico-hospitalar, matéria prima,
medicamentos refrigerados, embalagens, inflamáveis, quarentena,
administrativa, citotóxicos e de dispensação)

• Farmácia Central – Local que tem como objetivo principal o fornecimento de


materiais e medicamentos aos pacientes internados e que são atendidos
diariamente no pronto atendimento.

• Farmácia Satélite – A farmácia satélite atende a um serviço especializado dentro


da unidade. Existe a farmácia do centro cirúrgico (que por exemplo, é responsável
pela montagem de kits para as cirurgias),a farmácia oncológica (que por exemplo,
é responsável pela dispensação de hormônios), a farmácia de UTI, entre outros.

• Farmacotécnica – Local onde ocorrem as manipulações de medicamentos em


geral (unitários e unitarizados) e quimioterápicos, citotóxicos, nutrição
parenteral, soros, entre outros.
Estrutura Organizacional:

INFRAESTRUTURA:
RECURSO BIBLIOGRÁFICO
SISTEMA DE ARQUIVOS
EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES ADEQUADAS
INFORMÁTICA

CICLO DA AF NO HOSPITAL
SELEÇÃO DE MEDICAMENTOS

• Etapa inicial da AF.


• Responsável pelo estabelecimento da relação de medicamentos a serem
disponibilizados.
• Objetivos:
• Proporcionar ganhos terapêuticos e econômicos.
• Estabelecer relações nacionais, estaduais e municipais de
medicamentos (RENAME, RESME, REMUME), baseadas em critérios
técnicos-científicos (segurança, eficácia e efetividade).
• Deve ser realizada por Comissão de Farmácia e Terapêutica (CFT).
• Uma CFT tem como objetivo a promoção do uso racional de
medicamentos. Nesse sentido, aprincipal atribuição é selecionar os
medicamentos essenciais no nível de gestão do SUS em que está inserida.
MEDICAMENTOS ESSENCIAIS

• Medicamentos essenciais são aqueles que satisfazem às necessidades de


saúde da maioria da população, a um preço que eles e a comunidade possam
pagar; portanto eles deveriam estar disponíveis em todos os momentos, em
quantidades adequadas e em formas farmacêuticas apropriadas.

• Listas Disponíveis:

• Lista de Medicamentos Essenciais (OMS)


• Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (MS) - RENAME
• Formulário Terapêutico Nacional
• Relação Estadual de Medicamentos Essenciais (RESME)
• Relação Municipal de Medicamentos Essenciais (REMUME)

• Os formulários terapêuticos são publicações que contêm informações


sobre uso, posologia, efeitos adversos, contraindicações e precauções de
medicamentos essenciais, entre outras informações.

REQUISITOS NECESSÁRIOS:

• Apoio da direção do hospital, da administração e dos chefes dos serviços,


principalmente dos médicos.

• Criação de uma CFT.

• Assessoria de um Farmacêutico, de preferência que atue no Centro de


Informações de Medicamentos (CIM), para facilitar o processo de
desenvolvimento do Guia Farmacoterapêutico.

• Definição de política de compra dos medicamentos, tanto para os incluídos


na lista, como aqueles eventualmente necessários não incluídos.

• OBJETIVOS DA CFT:

• Critérios para Inclusão/Exclusão de Medicamentos.


• Critérios para prescrição/dispensação
• Critérios para periodicidade de revisão
MODELOS DE SELEÇÃO DE MEDICAMENTOS

MODELO TRADICIONAL

• A decisão é baseada nos dados de consumo, ou seja, nos medicamentos


mais prescritos pelos prescritores.
• A CFT não participa ativamente do processo de escolha nesse modelo, se
restringe em informar as decisões estabelecidas por preferências de uso.

MODELO DE GUIA FARMACOTERAPÊUTICO

• Os medicamentos são selecionados com base na avaliação dos


profissionais da equipe multiprofissional, considerando a eficácia, custos,
efeitos adversos, etc.
• O CFT participa ativamente nesse modelo.

CONCURSO DE MEDICAMENTOS

• Modelo mais aplicado em hospitais públicos, em que a CFT realiza a


escolha dos medicamentos.
• A escolha do fornecedor é feita através de concurso público.

AQUISIÇÃO DE MEDICAMENTOS

• Consiste em um conjunto de procedimentos pelos quais se efetiva o


processo de compra dos medicamentos, de acordo com uma programação
estabelecida, com o objetivo de suprir necessidades de medicamentos em
quantidade, qualidade e menor custo-efetividade e manter a regularidade
do sistema de abastecimento.

• CMM:
ESTOQUE REAL (ER)

• Representa a quantidade do medicamento no estoque do hospital no momento


atual.

ESTOQUE DISPONÍVEL

• Representa a soma do estoque real com quantidades solicitadas para aquisição.

ESTOQUE MÁXIMO (Emáx)


• Quantidade máxima que deverá ser mantida em estoque. Corresponde ao
estoque reserva mais a quantidade de ressuprimento.

Emáx = Emin + (CMM x PR)

Emin: estoque mínimo ou reserva


PR: período entre dois pedidos ou avaliações de estoque.

ESTOQUE MÍNIMO

• Quantidade mínima capaz de suportar o aumento do tempo de ressuprimento


programado ou o aumento do consumo.

Emin = (ΔD x TR) + (CMM x ΔTR)

• ΔD: Variação do incremento do consumo do CMM (considerar o maior consumo


– o CMM total)
• TR: Tempo de ressuprimento
• ΔTR: Aumento do tempo de ressuprimento, principalmente em relação a
expectativa de atraso do fornecedor.

PONTO DE PEDIDO

• Quantidade existente no estoque que determina a emissão de um novo pedido


de compra.
• É o momento que sinaliza a necessidade de reposição dos medicamentos.

PP = (CMM x TR) + Emín

• PP: Ponto de Pedido


REVISÃO PERIÓDICA DE ITENS

CLASSIFICAÇÃO ABC

• Classe A: Menor quantidade de itens com maior custo


• Classe B: Itens com valor intermediário
• Classe C: Maior quantidade de itens com menor custo

CLASSIFICAÇÃO XYZ

• Leva em consideração a relevância dos itens, ou seja, de acordo com a necessidade.

• Classe X:
• São itens imprescindíveis para a realização das atividades.
• Sua falta pode prejudicar a realização de atividades importantes.
• Não possuem substitutos ou equivalentes.

• Classe Y: Itens com valor intermediário


• São necessário para a realização das atividades.
• Sua falta pode prejudicar a realização de atividades, mas pode ser revertido.
• Pode ser substituído por outros equivalentes ou procedimentos.

• Classe Z: Maior quantidade de itens com menor custo


• São menos relevantes para as atividades diárias.
• Sua falta não afeta a rotina.
• Podem ser substituídos por equivalentes.

ARMAZENAMENTO
• Conjunto de procedimento técnicos e administrativos que visa assegurar a
qualidade dos medicamentos por meio e condições adequada de estocagem e um
controle de estoque eficaz.
• Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF): É uma construção destinada ao
recebimento,estocagem, guarda e expedição dos medicamentos e insumos
farmacêuticos, visando a assegurar a conservação adequada dos produtos em
estoque (MARIN, 2003).
RECEBIMENTO

• Ato de conferência em que se verifica a compatibilidade dos


produtos solicitados e recebidos, ou seja, se os medicamentos
entregues estão em conformidade com as condições estabelecidas
(BRASIL, 2006).
• Deve ser realizado em área específica (não dentro do estoque) –
para ser realizada a conferência.
• Os medicamentos que necessitam de refrigeração, devem ter
prioridade na conferência e no armazenamento.

• Avaliar:
Acondicionamento dos produtos
sob refrigeração, termolábeis e
• Condições do Transporte: formas farmacêuticas com maior
• Limpeza sensibilidade à mudança de
temperatura (pomadas,
• Temperatura supositórios, cápsulas, emulsões)
• Carga exclusiva para medicamentos
• Avaria
ESTOCAGEM/ARMAZENAMENTO

• Recomenda-se ordenar os produtos por descrição genérica (DCB), de


maneira que permita sua fácil identificação.
• Com o uso de sistemas informatizados é possível utilizar outras
estratégias de estocagem, como o recurso à matriz volumétrica de
armazenamento, que permite medir o volume de cada item e
determinar seu posicionamento físico.
• Medicamentos com datas de validade mais próximas do vencimento
devem ficar à frente dos outros com maior prazo de validade, para que
sejam distribuídos e dispensados antes.
• Os medicamentos deverão ser separados do estoque geral pelo menos
30 dias antes do vencimento. Exceções deverão ser avaliados pelo
farmacêutico responsável pelo CAF.
• Conservar medicamentos nas embalagens originais, ao abrigo da luz
direta.
• Não armazenar medicamentos no chão, encostados às paredes, muito
próximo do teto ou em locais com umidade e sujeitos a mofo.

• A área de estoque deve ser arejada, podendo ser utilizados exaustores


e climatizadores.
• A Farmacopeia Brasileira define temperatura ambiente a faixa de 15º a
30º.
• Manter distância entre as caixas dos medicamentos para facilitar a
circulação de ar.
• Cada medicamento deverá ser estocado de acordo com a temperatura
recomendada pelo fabricante:
ESTOCAGEM/ARMAZENAMENTO

• Vacinas como as da febre amarela e da poliomielite devem ser


armazenadas e transportadas congeladas (-20ºC).
• Demais vacinas e soros devem ser armazenados e transportados entre
2ºC e 8ºC.
• Insulinas e demais medicamentos termolábeis serão acondicionados em
ambiente refrigerado, entre 2ºC e 8ºC
• Não se recomenda a presença de janelas no local do armazenamento, mas
caso existam, devem impedir a incidência da luz solar sobre os produtos,
além de possuir grades e telas para garantir a segurança e impedir a
entrada de insetos e roedores.
• O manuseio inadequado dos medicamentos pode afetar a sua
estabilidade. Por isso não se deve arremessar caixas, arrastá-las, empilhá-
las demasiadamente ou colocar objetos ou peso sobre elas. E materiais
passíveis de quebras (frascos, ampolas) devem ser guardados em local
menos exposto a risco de acidentes.

INSTALAÇÕES FÍSICAS

• Terreno sem desnível acentuado; evitar localidades sem urbanização;


• Piso plano, resistente com superfície lavável;
• Parede de cor clara, pintura lavável, isenta de infiltrações e umidade;
• Ausência de fontes de poluição (arredores: fumaças, poeiras, lixos)
• Teto com telhas térmicas, evitando materiais que absorvam calor;
• Instalações elétricas adequadas: manutenção periódica e cuidados específicos;
• Banheiro(s) sem comunicação direta com área de estocagem;
• Proteção contra insetos e roedores: telas nas janelas, ralos sifonados e
escamoteados, lixeiras com tampa e pedal, abrigo para lixo.
• Inventários periódicos.
• Controle de temperatura e umidade.
IDENTIFICAÇÃO E CONTROLE DE PRAZO DE VALIDADE

• Os medicamentos e materiais devem estar devidamente identificados


com Lote, Data de Validade, Nome do medicamento, Dosagem, Etc.
• Os medicamentos devem ser estocados de acordo com sua data de
validade. Por exemplo: medicamentos que vencem primeiro, devem ficar
alocados em frente daqueles com data de vencimento posterior.
• Os medicamentos devem ser facilmente localizados, classificados de
acordo com:
• Categoria farmacêutica
• DCB ou DCI
• Ordem alfabética
• Endereçamento ou código de localização

QUARENTENA

• Na área de armazenamento deve existir um local adequado e separado das


demais áreas.
• Este local é específico para segregar medicamentos com problemas de
desvio de qualidade, vencidos, rejeitados e/ou devolvidos.

DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS
FARMACOTÉCNICA HOSPITALAR
• A farmacotécnica hospitalar é um setor dentro da farmácia, em que são realizados diversas
operações técnicas para facilitar o uso dos medicamentos no ambiente hospitalar.

• A farmacotécnica tem como objetivo:


• Proporcionar, medicamentos de qualidade adaptados às necessidades específicas da
população que atende;
• Desenvolver fórmulas de medicamentos e produtos de interesse estratégicos e/ou
econômico para Farmácia Hospitalar e para o Hospital;
• Fracionar e/ou reenvasar os medicamentos elaborados pela indústria
farmacêutica a fim de racionalizar sua distribuição e administração;
• Preparar, diluir e/ou reenvasar germicidas necessários para as ações de antissepsia,
limpeza, desinfecção e esterilização;
• Garantir a qualidade dos produtos elaborados, manipulados, fracionados ou reenvasados;
• Manipular produtos estéreis, incluindo soluções de nutrição parenteral, citostáticos e
demais misturas intravenosas;
• Contribuir na formação e reciclagem de pessoal auxiliar e outros farmacêuticos, nesta área
de conhecimento e tecnologia.

RDC 67 DE 2007
FORMAS FARMACÊUTICAS NÃO ESTÉREIS
• Um medicamento não estéril é um medicamento que não exige condições
estéreis durante sua manipulação.
• Isso não significa que esses medicamentos não devam ser devidamente
manipulados e em condições limpas e seguras, com o objetivo de evitar
contaminação cruzada.
• Um dos objetivos é realizar adaptações de formas farmacêuticas para o
preparo de medicamentos que não disponibilizados pela indústria farmacêutica.
• Muito comum em unidades pediátricas: Anlodipino, Hidroclorotiazida,
Isoniazida, Enalapril, Captopril, Espironolactona, Fluconazol, entre outros. Ex.:
Suspenção oral de captopril.
• Também pode ser praticado em situações em que são economicamente e
estrategicamente viáveis para o hospital.
• Isso permite uma formulação personalizada.

INFRAESTRUTURA

• A RDC 67/07 exige que a farmácia deve ser localizada, projetada,


construída ou adaptada, com uma infraestrutura adequada às atividades a
serem desenvolvidas, possuindo, no mínimo:
• área ou sala para as atividades administrativas;
• área ou sala de armazenamento;
• área ou sala de controle de qualidade;
• sala ou local de pesagem de matérias-primas;
• sala (s) de manipulação;
• área de dispensação;
• vestiário;
• sala de paramentação;
• Sanitários separados;
• área ou local para lavagem de utensílios e materiais de embalagem;
• depósito de material de limpeza.
LEGISLAÇÕES:

• RDC 67/07 – Boas Práticas de Manipulação em Farmácias.


• RDC 333/03 – Dispõe sobre rotulagem de medicamentos e outras providências.
FORMAS FARMACÊUTICAS ESTÉREIS
• Medicamentos estéreis são aqueles que são administrados via
intravenosa, e portanto, requerem a manutenção da estabilidade para
garantir a segurança do paciente.
• Envolvem as soluções parenterais (soluções injetáveis) e a nutrição
parenteral (nutrição via intravenosa).
• Devem ser obedecidas as seguintes orientações:
• Estabilidade e Compatibilidade.
• Avaliação dos parâmetros físico-químicos (como pH).
• Cuidado com a luz sobre as misturas intravenosas.
• Cuidado com a temperatura.
• Interação com excipientes.
• Esterilidade e Apirogenicidade.
• Avaliar as fontes de Informação: Bulas, Tabelas de Compatibilidade, Banco
de dados, etc.
GESTÃO DE RESÍDUOS HOSPITALARES
GRUPO A

• Resíduos com a possível presença de Agentes Biológicos que, por suas


características, podem apresentar risco de infecção

Exemplos:

• Culturas e estoques de microrganismos;


• Resíduos de fabricação de produtos biológicos;
• Descarte de vacinas;
• Meios de cultura resíduos de laboratórios de manipulação genética;
• Bolsas transfusionais contendo sangue ou hemocomponentes rejeitadas por
contaminação;
• Sobras de amostras de laboratório contendo sangue ou líquidos; corpóreos,
recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde,
contendo sangue ou líquidos corpóreos na forma livre.
GRUPO B

• Resíduos contendo Produtos Químicos que podem apresentar risco à saúde


pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de
inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade

Exemplos:

• Produtos farmacêuticos;
• Resíduos de saneantes, desinfetantes;
• Resíduos contendo metais pesados;
• Reagentes para laboratório, inclusive os recipientes contaminados por estes;
• Efluentes de processadores de imagem (reveladores e fixadores);
• Efluentes dos equipamentos automatizados utilizados em análises clínicas.
GRUPO C

• Rejeitos Radioativos - Qualquer material que contenha radionuclídeo em


quantidade superior aos níveis de dispensa especificados em norma da CNEN
e para os quais a reutilização é imprópria ou não prevista.

Exemplo:

• Rejeito radioativo, proveniente de laboratório de pesquisa e ensino na área


da saúde, laboratório de análise clínica, serviço de medicina nuclear e
radioterapia, segundo Resolução da CNEN e Plano de Proteção Radiológica
aprovado para a instalação radiativa.

GRUPO D
• Resíduos que Não Apresentam Risco Biológico, químico ou radiológico à
saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares.

Exemplos:

• Papel de uso sanitário e fralda, absorventes higiênicos;


• Luvas de procedimentos que não entraram em contato com sangue ou
líquidos corpóreos;
• Equipo de soro, abaixadores de língua e outros similares não classificados
como A;
• Sobras de alimentos e do preparo de alimentos;
• Resto alimentar de refeitório;
• Resíduos provenientes das áreas administrativas;
• Resíduos de gesso provenientes de assistência à saúde.
GRUPO E

• Resíduos Perfurocortantes ou Escarificantes

Exemplos:

• Lâminas de barbear;
• Agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas;
• Fios ortodônticos cortados, próteses bucais metálicas inutilizadas;
• Pontas diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas, tubos capilares;
• Micropipetas, lâminas e lamínulas, espátulas;
• Todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubos de
coleta sanguínea e placas de Petri).
A B C D E
Modalidade de armazenamento criada para atender geradores de resíduos dos grupos B e
C que apresentam volumes pequenos de resíduos destes grupos, e estes poderão ficar
armazenados em um local específico dentro da própria área de trabalho, até que haja um
volume significativo que justifique o custo com a coleta e o tratamento. O armazenamento
temporário consiste na guarda temporária dos recipientes contendo os resíduos já
acondicionados, em local próximo aos pontos de geração, visando agilizar a coleta dentro
do estabelecimento e otimizar o deslocamento entre os pontos geradores e o ponto
destinado à disponibilização para coleta externa.

GESTÃO DA QUALIDADE HOSPITALAR: CERTIFICAÇÕES E


INDICADORES

• A razão de ser hospital é o paciente. Desta forma ele é o centro da atenção da equipe de
saúde no desenvolvimento de suas atividades.
• As iniciativas relativas aos processos de certificação no Brasil foram vistas com bastante
otimismo, por possibilitarem o desenvolvimento dos processos com mais qualidade,
seguindo-se uma cartilha pré-estabelecida de padrões considerados aceitáveis para o
atendimento do paciente com segurança.
• Existem diversos instrumentos de qualidade usados no hospital: ISO9001-2000, ONA, CQH,
PNGS, PQGF, entre outros.
• As iniciativas seguiram esta sequência:
• 1991 – CQH – Programa de Controle de Qualidade Hospitalar que possui o apoio da
Associação Paulista de Medicina e PNGS – Prêmio Nacional de Gestão em Saúde;
• 1999 – CBA – Consórcio Brasileiro de Acreditação, agência credenciada a realizar a
auditoria pela metodologia da Joint Commission International (JCI);
• 1999 – ONA – Organização Nacional de Acreditação que surge para ser a metodologia
nacional e adequada à realidade brasileira das instituições de saúde;
• 2008 – CCHSA – Canadian Council on Health Services Accreditation, canadense;
• NIAHO – National Integrated Accreditation for Healthcare Organizations, norueguesa.
CERTIFICAÇÃO

• É um conjunto de atividades desenvolvidas por um organismo independente


com o objetivo de atestar publicamente, por escrito, que determinado produto,
processo ou serviço está em conformidade com os requisitos especificados. Estes
requisitos podem ser nacionais, estrangeiros ou internacionais.

ACREDITAÇÃO

• É um processo de certificação voluntária que visa introduzir nas instituições


prestadoras de serviços de assistência à saúde, a cultura da qualidade. A
acreditação de organizações de saúde se apresenta como uma forma de qualificar
a competência dos serviços, e não como uma mera certificação (apesar de esta
última ser uma opção de um programa de qualidade). Trata-se de um mecanismo
comprometido com a elevação do nível de qualidade dos Serviços de Saúde.
• Selo ou certificado – é fornecido quando a organização dos recursos e atividades
evidencia um processo cujo resultado final é uma assistência à saúde de
qualidade.

• Atualmente no Brasil existem algumas organizações desenvolvendo processos


de acreditação hospitalar distintos, com métodos próprios e sistemática de
avaliação semelhante.
• As certificações nacionais:

• A certificação internacional e as estrangeiras:


• Na aula de Administração Farmacêutica disponível na Plataforma Nova
Classe, explico sobre diversas ferramentas de gestão e de qualidade na área
farmacêutica, entre elas, pode-se citar: Ciclo PDCA, 5W2H, SWOT, PES, Zoop,
Indicadores de Qualidade, etc.

FARMÁCIA CLÍNICA
BREVE RESGATE HISTÓRICO

• Início:

•BOTICÁRIO – Manipulação de ervas medicinais – Poucos


diagnósticos na época, baixo arsenal terapêutico e “alto status” (Só o
Boticário detinha de todo conhecimento).

• FARMACÊUTICO – Nasce o curso de Farmácia – Substituição do


Boticário pelo Farmacêutico graduado e diplomado.

• INDÚSTRIA – 1ª e 2ª guerra mundial – Mortes e feridos – o


Farmacêutico não conseguia atender a demanda nessa época. Nasce a
necessidade de uma produção em grande escala.

• Perda de status do Farmacêutico (agora a farmácia de manipulação já


não é mais tão procurada), nasce a Drogaria (apenas para
comercialização e no início sem obrigatoriedade do profissional no
estabelecimento).
• Busca de uma Nova Identidade (1960): E.U.A – A perda do papel
farmacêutico nas farmácias ocorrida após a industrialização do setor
foi enfrentada com relativo sucesso no âmbito hospitalar por meio de
uma nova disciplina que pretendia resgatar a participação do
profissional ne equipe de saúde, a Farmácia Clínica.

• 1990 – Hepler & Strand – Cria-se o termo Pharmaceutical Care.

CUIDADO FARMACÊUTICO X FARMÁCIA CLÍNICA X


ATENÇÃO FARMACÊUTICA
FARMÁCIA CLÍNICA
• Farmácia Clínica é uma especialidade das Ciências Farmacêuticas, cuja prática é
responsabilidade do Farmacêutico.
• Compreende o julgamento e a interpretação na coleta de dados necessários para
otimização da farmacoterapia, com ação integrada à equipe de saúde.
• O Farmacêutico Clínico está apto a identificar sinais e sintomas, implementar,
monitorar a terapia medicamentosa e orientar o paciente, atuando em conjunto
com outros profissionais da saúde visando a efetividade da terapia
medicamentosa.

• ATENÇÃO FARMACÊUTICA = CUIDADO FARMACÊUTICO

• Hepler and Strand (1990): Esforços em trazer o farmacêutico para o cuidado ao


paciente, inclusive na farmácia comunitária.
• É a interação direta do farmacêutico com o usuário, visando uma farmacoterapia
racional, e a
obtenção de resultados definidos e mensuráveis, voltados para a melhoria da
qualidade de vida.
FARMÁCIA CLÍNICA

RDC 585/2013
ATRIBUIÇÕES SEGUNDO A RDC 585/2013

• Solicitar exames laboratoriais (Monitoramento da Farmacoterapia).


• Avaliar resultado de exames laboratoriais.
• Monitorar níveis terapêuticos de medicamentos (Farmacocinética Clínica).
• Determinar parâmetros bioquímicos e fisiológicos do paciente.
• Identificar, avaliar e intervir nas IM clinicamente significantes.
• Detectar e resolver PRM e outros problemas relacionados à farmacoterapia.
• Administrar medicamentos.
• Orientação quanto a administração de formas farmacêuticas.
• Elaborar plano de cuidado farmacoterapêutico do paciente e pactuar com o
paciente e outros
profissionais da saúde.
• Fazer conciliação de medicamentos no ato da admissão, transferência e alta
do paciente.
• Fazer evolução farmacêutica e registrar no prontuário.
• Manejo de problemas de saúde autolimitado - suporte.
• Prescrição farmacêutica (RDC 586/2013)
• Rastreamento em saúde, baseado em evidências técnico-científicas.

FARMÁCIA CLÍNICA
CENTRO DE INFORMAÇÕES DE MEDICAMENTOS
• O Centro de Informações de Medicamentos (CIM) é um local onde são
reunidas, analisadas, avaliadas e fornecidas informações sobre medicamentos,
visando o seu uso racional.
• No ambiente hospitalar é crucial que exista um CIM, ainda mais levando em
consideração a complexidade do cuidado.
• Informações que podem ser passadas pelo CIM:
• Farmacocinética/Farmacodinâmica/Farmacoterapia
• Estabilidade e Conservação
• Legislação atual
• Nutrição
• Posologia/Dosagem/Apresentação/Vias de adm.
• Interações Medicamentosas/Contraindicações/RAM’s/ Teratogenicidade/
Toxicidade
• Compatibilidades/Diluentes
• Nomes genéricos (P.A) e comerciais (referências e similares)
• Etc.
• As informações levantadas devem ser de fontes confiáveis.

PROTOCOLOS CLÍNICOS E DIRETRIZES TERAPÊUTICAS

• Os PCDT são documentos que estabelecem critérios para o diagnóstico da


doença ou do agravo à saúde; o tratamento preconizado, com os medicamentos
e demais produtos apropriados, quando couber; as posologias recomendadas;
os mecanismos de controle clínico; e o acompanhamento e a verificação dos
resultados terapêuticos. Devem ser baseados em evidência científica e
considerar critérios de eficácia, segurança, efetividade e custo-efetividade das
tecnologias recomendadas.
• No ambiente hospitalar os PCDT promovem a padronização das condutas
médicas, isso é, auxiliam na uniformização dos tipos de tratamento para
determinados diagnósticos.
• Eles organizam e facilitam a tomada de decisões da gestão hospitalar.
• Os farmacêuticos podem atuar na pesquisa bibliográfica de protocolos
farmacoterapêuticos existentes e verificar quais se encaixam melhor na
realidade da instituição hospitalar que atua. Com base nesses protocolos
pesquisados, é importante avaliar qual desses protocolos apresenta melhores
resultados farmacoeconômicos.
CONCILIAÇÃO DE MEDICAMENTOS

• Processo de revisão do tratamento do paciente antes e depois da transição de


cuidados, evitando eventos adversos (IM, RAM, Incompatibilidades, duplicidade
terapêutica, etc.).

• Quem está apto para fazer a Conciliação: Médicos, Enfermeiros e


Farmacêuticos.
• O que avaliar:
• Se os medicamentos são indicados.
• Se faltou algum medicamento na prescrição.
• Avaliar substituições terapêuticas.
• Verificar se houve algum medicamento suspenso.
• Avaliar ajuste de dose e/ou posologia.

ANÁLISE DE PRESCRIÇÃO
• A avaliação da receita é um procedimento diário na vida do farmacêutico e dos
técnicos em farmácia.
• Além dos aspectos legais, deve ser avaliado os aspectos técnicos e assistenciais,
como por exemplo:
• Indicação do medicamento
• Dosagem/Posologia/Via de adm.
• Duplicidade terapêutica
• Avaliação da Segurança: IM, RAM, etc.
• Avaliação da Efetividade: Medicamento corretamente adequado para
aquela condição clínica?
• Medicamento não padrão.

• Consultar quando necessário:


• Prontuário do paciente (evoluções)
• Exame clínico e laboratorial
ALTA FARMACÊUTICA

• O Farmacêutico pode e deve fazer alta no ambiente hospitalar, ao que


tange a orientação sobre o uso correto e seguro dos medicamentos.
• O que pode ser apontado durante o processo de alta farmacêutica:
• Educação ao Paciente (avaliar tudo: crenças/medo/ansiedade, etc.)
• Efeito benéfico e adverso esperado
• Orientação de quando deve interromper o tratamento e procurar ajuda
médica/farmacêutica
• Modo de adm., posologia, duração do tratamento, etc.
• Interações medicamentosas, com alimentos, etc.
• Armazenamento adequado dos medicamentos.

PRONTUÁRIO

• O prontuário do paciente é um importante instrumento no cotidiano


dos profissionais da saúde. Além de ser obrigatório para todos os
usuários, é indispensável para uma assistência de qualidade e para a
segurança dos pacientes.

• O prontuário necessita ter:


• Dados do paciente
• Anamnese
• Laudos de exames: é necessário conter análises complementares
(urina, sangue, etc.), imagens ultrassonografia, RX, ressonância, entre
outras;
• Evolução
• Termos de consentimentos/responsabilidade
• Motivos de transferência, alta ou óbito: declarações da causa da
transferência, registros das condições de alta e plano do óbito;
• Documentos diversos: descrição cirúrgica, laudos de consultoria,
atestados de quimioterapia, radioterapia, hemodiálise, entre outros.
O PAPEL DO FARMACÊUTICO NA COMISSÃO DE CONTROLE
DE INFECÇÃO HOSPITALAR

BREVE HISTÓRICO

• A ideia de se criar Comissões dedicadas ao controle de Infecção Hospitalar


nasceu nos EUA.
• Surgiu devido a uma pandemia de infecções causadas por Staphylococcus
aureus que atingiu o país nas décadas de 50 e 60.

FUNÇÃO DO CCIH

• Existem diversas infeções ocorridas no hospital, mas as principais são:


pneumonia, infeção urinária, da corrente sanguínea e do sítio cirúrgico.
• São diversas atividades desenvolvidas pelo CCIH, entre elas:
• Vigilância/Prevenção
• Educação
• Investigação de surtos
• Controle de antibióticos
• Implantação de políticas de controle de infecção

PAPEL DO FARMACÊUTICO NO CCIH

• São diversas funções do Farmacêutico no CCIH, entre elas, pode-se citar:


• Redução da transmissão de infecções
• Promoção do URM dos antimicrobianos
• Educação continuada para os profissionais de saúde e pacientes
• Trabalho integrado com a CFT na seleção de antimicrobianos
• Trabalho integrado com o Laboratório de Microbiologia
• Orientação quanto ao uso correto de medicamentos, antissépticos,
desinfetantes e esterilizantes
• Auditoria periódica dos equipamentos da área limpa (capela de fluxo
laminar, por exemplo)
• Estímulo do uso de EPI’s
• Estímulo do uso de embalagens dose única para produtos estéreis
• Etc.
FARMACOVIGILÂNCIA
• Ciência relativa à detecção, avaliação, compreensão e prevenção dos efeitos
adversos ou quaisquer problemas relacionados a medicamentos quando estes são
liberados para comercialização.

EVENTOS ADVERSOS

• Agravos à saúde de um usuário ou de um paciente que podem estar presentes


durante o tratamento com um produto farmacêutico, podendo ser erros de
medicação, desvios de qualidade dos medicamentos, reações adversas, interações
medicamentosas e intoxicações.

QUEIXAS TÉCNICAS

• Ocorrência de afastamentos ou desvios dos parâmetros de qualidade de


medicamentos exigidos para a comercialização ou registro dos medicamentos.
• Podem ocasionar eventos adversos se não detectados antes da administração.

OBJETIVOS:

• Detecção de reações adversas desconhecidas e interações


• Detecção do aumento da frequência das reações adversas conhecidas
• Identificação dos fatores de risco e os possíveis mecanismos de
desenvolvimento de reações adversas
• Estimação dos aspectos quantitativos de análise risco-benefício e disseminação
da informação necessária para promover a prescrição e regulação dos fármacos

EVENTOS ADVERSOS MONITORADOS PELA FARMACOVIGILÂNCIA

• Reações adversas
• Inefetividade terapêutica
• Desvios de qualidade que afetam a saúde dos usuários
• Erros de medicação
• Interações medicamentosas
• Problemas decorrentes do uso off-label
EXEMPLOS DE NOTIFICAÇÕES DE EVENTOS ADVERSOS:

• Incidente / evento adverso durante procedimento cirúrgico;


• Queda do paciente;
• Úlcera por pressão (feridas na pele provocadas pelo tempo prolongado
sentado ou deitado);
• Reação adversa ao uso de medicamentos;
• Inefetividade terapêutica de algum medicamento;
• Erros de medicação que causaram ou não dano à saúde do paciente (por
exemplo, troca de medicamentos no momento da administração);
• Evento adverso decorrente do uso de artigo médico-hospitalar ou
equipamento médico-hospitalar;
• Reação transfusional decorrente de uma transfusão sanguínea;
• Evento adverso decorrente do uso de um produto cosmético;
• Evento adverso decorrente do uso de um produto saneante.

EXEMPLOS DE NOTIFICAÇÕES DE QUEIXAS TÉCNICAS:

• Produto (todos listados acima, exceto sangue e componentes) com


suspeita de desvio da qualidade.
• Produto com suspeita de estar sem registro.
• Suspeita de produto falsificado.
• Suspeita de empresa sem autorização de funcionamento.
• Exs.:
• Frasco de omeprazol com pó na cor amarela enquanto nos demais a
cor é branca: Avaliação do caso: possível reação de degradação.
• Conteúdo da ampola de solução de sulfametoxazol + trimetoprima
apresentando partículas aparentemente oleosas, que após agitação
se desfazem e turvam a solução: Avaliação do caso: possível
contaminação.
• Comprimidos soltando pó ou quebrando dentro do blíster:
Avaliação do caso: possível problemas de dureza.
• DOU está especificado ampola âmbar e farmácia recebe ampola
transparente: Avaliação do caso: possível problema de registro.
E-book oferecido pelo
Centro Educacional Sete de Setembro
em parceria com o professor Murilo Paiva.

cessetembro

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