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Osteoartrite

Rodrigo de Oliveira
Médico-Assistente da Reumatologia do Hospital das Clínicas
FMRP/USP
Sumário

1 – Introdução
2 – Quadro Clínico
3 – Diagnóstico
4 – Tratamento não-farmacológico
5 – Tratamento farmacológico
Sumário

1 – Introdução
2 – Quadro Clínico
3 – Diagnóstico
4 – Tratamento não-farmacológico
5 – Tratamento farmacológico
“Artrose”

Osteoartrose

Osteoartrite (OA)
Osteoartrite

• Defeito da integridade da cartilagem articular


• Alterações do osso subcondral

Dor articular Limitação funcional

Redução da qualidade
de vida
Osteoartrite - Generalidades
• É a mais comum forma “artrite” – 20% da população
• Fortemente associado com a idade => Raro antes dos 40 anos
=> Mais frequente após os 60 anos
• Aos 75 anos => 85% tem evidências clínica/radiológicas de OA

• Primária x Secundária / Localizada x Generalizada


• Tipicamente afeta: - joelhos
- quadris
- coluna vertebral
- pés (hálux)
- mãos (primeira carpometacarpiana / Interfalangeanas)
Osteoartrite - Generalidades

• Certas localizações são preferencialmente femininas (mãos e


joelhos), outras masculinas (coxofemural)

• E raramente cotovelos / ombros / tornozelos

• A osteoartrite não apresenta manifestações sistêmicas


Osteoartrite – Fatores de Risco
• Idade / Sexo

• Localização da articulação

• Obesidade

• Predisposição genética

• Desalinhamento articular

• Trauma
Sumário

1 – Introdução

2 – Quadro Clínico
3 – Diagnóstico
4 – Tratamento não-farmacológico
5 – Tratamento farmacológico
Osteoartrite – Quadro Clínico

SINTOMAS

• DOR – Início incidioso / progressão lenta

• RIGIDEZ – Fugaz / Pós-repouso

• Tendência a bilateralidade
Osteoartrite – Quadro Clínico

SINAIS

Crepitação Alterações da morfologia


Limitação da ADM articular

Hipotrofia Muscular Sinais flogísticos

Mal alinhamento articular Dor à mobilização / palpação


Osteoartrite – Joelhos
GONARTROSE

• Localização periférica mais


comum
• Predomina entre os 50 e 60
anos, preferindo o sexo
feminino.
• Forte associação com
obesidade
GONARTROSE

Compartimentos:
• Fêmuro-patelar
• Fêmuro-tibial
GONARTROSE

Genovalgo Genovaro
Osteoartrite – Mãos
Rizoartrose • A hereditariedade é fator
importante
Osteoartrite Nodal • O 2º e o 5º dedos são os mais
precocemente atingidos, com a
evolução os demais são
comprometidos.
• Predomina no sexo feminino
• Rizoartrose => Relaciona-se com
atividades repetidas das
articulações
Osteoartrite – Mãos

Rizoartrose

Osteoartrite Nodal
Rizoartrose
Osteoartrite Nodal
Osteoartrite – Quadris

• Mais comum no sexo masculino

• Início incidioso, e a dor pode ser


precedida por fadiga do
membro inferior e dificuldade
na marcha.

• A dor ao deambular vai se


tornando gradativamente o
principal incômodo.

Coxartrose
Coxartrose
Osteoartrite - Coluna

• Articulações apofisárias,
preferencialmente entre 50 e
60 anos.

.
Osteoartrite - Coluna

• Articulações apofisárias,
preferencialmente entre 50 e
60 anos.
• Há predomínio masculino
• A dor exacerba-se com os
movimentos e frequentemente
melhora com o repouso
• Atentar para compressões
radiculares
• Os segmentos mais acometidos
são C5-C6 e C6 –C7/ L4-L5 e L5-
S1.
Osteoartrite - Coluna
Osteoartrite - Coluna
Sumário

1 – Introdução
2 – Quadro Clínico

3 – Diagnóstico
4 – Tratamento não-farmacológico
5 – Tratamento farmacológico
Osteoartrite – Diagnóstico
Atentar-se aos pacientes de risco:
• Antecedentes familiares
• Sobrepeso e obesidade
• Atividade profissional
• Atividade física
• Doenças – metabólicas / Tabagismo

PREVENÇÃO PRIMÁRIA
Osteoartrite – Diagnóstico
• Suspeição e diagnóstico precoce
- Pacientes de risco
- Quadro clínico
- Exame de imagem

PREVENÇÃO SECUNDÁRIA TRATAMENTO


Osteoartrite – Diagnóstico

As radiografias convencionais continuam sendo o método mais


simples e adequado para se estabelecer o diagnóstico de AO,
determinar sua extensão e gravidade,e monitorizar sua progressão.

TC / RNM => Situações esporádicas


EVOLUÇÃO DA OSTEOARTRITE
Ainda é possível Não é possível reverter dano
reverter dano articular articular, apenas retardar
a progressão

3ª -4ª décadas 4ª e 5ª décadas > 5ª década

Prevenção Prevenção
primária secundária,
tratamento
Assintomático e Alterações da Osteoartrite
sem alterações cartilagem, com Instalada
da cartilagem ou sem sintomas
Sumário

1 – Introdução
2 – Quadro Clínico
3 – Diagnóstico

4 – Tratamento não-farmacológico
5 – Tratamento farmacológico
OA – Tratamento não-farmacológico
Recomendações do Colégio Americano de Reumatologia

• Educação do paciente
• Programa de exercícios aeróbicos
• Fisioterapia
• Meios auxiliares de marcha
• Calçados apropriados
• Joelheiras
• Terapia ocupacional
• Adaptações e facilitadores para o dia-a-dia
OA – Tratamento não-farmacológico

Educação e Orientação do Paciente

• Proteção articular para as atividades laborativas


• Proteção articular para atividades recreacionais
• Atividade física regular
• Dieta e perda de peso
• Distribuição das atividades ao longo do dia
OA – Tratamento não-farmacológico

Atividade física

• Exercícios aeróbicos – caminhada, corrida leve, natação,


hidroginástica
- Reduzem dor e melhoram função -

• Fortalecimento muscular - musculação leve, pilates


- Melhora funcional -
OA – Tratamento não-farmacológico

Terapia física / Fisioterapia

• Analgesia
• Amplitude de movimento
• Alongamento muscular e ligamentar
• Fortalecimento muscular
• Treino de marcha e propriocepção
OA – Tratamento não-farmacológico

Órteses
OA – Tratamento não-farmacológico

Órteses
OA – Tratamento não-farmacológico

Meios Auxiliares de Marcha


Sumário

1 – Introdução
2 – Quadro Clínico
3 – Diagnóstico
4 – Tratamento não-farmacológico

5 – Tratamento farmacológico
OA – Tratamento Farmacológico

Paracetamol / AINES

Paracetamol – Até 3g/dia

AINEs – em períodos de piora ou para uso contínuo (Oxicans, Cox2-seletivos)

Alívio de sintomas, com alguma recuperação funcional, sem impedir/retardar


evolução
OA – Tratamento Farmacológico

Glucosamina / Condroitina

Sulfato de Glucosamina – 1,5 g/dia


Sulfato de Condroitina – 1,2 g/dia

Parecem alterar o balanço entre reabsorção e formação de cartilagem

- Início lento de ação / Pouco ou nenhum efeito analgésico


- Questionável efeito protetor
OA – Tratamento Farmacológico

Diacereína

Diacereína – 50 mg/dia, por 2 semanas; após, 50 mg 2x/dia.

• Diminui atividade das metaloproteases.


• Diminui proliferação de sinoviócitos do tecido inflamatório.
• Efeitos adversos – Gastrointestinais; alteração da coloração da urina
• Melhora funcional. Sem estudos maiores.
OA – Tratamento Farmacológico

Extratos insaponificáveis de abacate e soja

Extratos insaponificáveis de abacate e soja – Piascledine® 300 mg, 1 x/dia

• Estudos in vitro mostram aumento da produção de matriz cartilaginosa e


redução da atividade de metaloproteases.

• Sem grandes estudos clínicos controlados para avaliar modificação do curso da


doença
• Melhora funcional
OA – Tratamento Farmacológico

Cloroquina

Cloroquina
Difosfato de Cloroquina 100-250 mg/dia
Sulfato de Hidroxicloroquina 200 mg/dia

• Mecanismo de ação incerto


• Experiência nacional
• Poucos estudos
• Melhora Funcional
OA – Tratamento Farmacológico

Harpagophyton procumbens

Harpagophyton procumbens
Arpadol – 1 comp 2 ou 3 x/dia

• Extrato contém substância inibidora da Cox-2


• Estudos de baixa qualidade
• Melhora sintomática (?)
OA – Tratamento Farmacológico

Intraarticular

Corticóide – Hexacetonida de Triancinolona


dose: 5 a 60 mg (20 mg/mL)
- Melhora funcional

Viscossuplementação – Ácido hialurônico


- 1 aplicação/sem, 1 – 3 – 5 doses por ciclo
- Melhora funcional (?)
OA – Tratamento

SUGESTÃO PARA LEITURA

http://guidance.nice.org.uk/
 
http://www.oarsi.org/
 
http://www.rheumatology.org
dr.rodrigo.oliveira@gmail.com

Obrigado!!

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