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DIAGNÓSTICO
Manifestações clínicas:
• Doença assintomática até a ocorrência de uma fratura
por fragilidade, sendo as principais manifestações da
osteoporose. Ocorrem com maior frequência em
vértebras, seguidas de quadril e rádio distal.
• Fraturas de quadril: correspondem às de maior
• Envelhecimento: ocorre elevação do PTH devido morbimortalidade, levando a um maior grau de
menor produção cutânea de vitamina D, deficiência na limitação física.
síntese de 1,25(OH)2 vitamina D (devido à disfunção • Fraturas vertebrais: podem causar dor e limitação, mas
renal), déficit alimentar e diminuição na absorção em dois terços dos casos são assintomáticas. Cifose ou
intestinal de cálcio (por diminuição de receptores perda de altura podem ser consequência destas fraturas
intestinais da vitamina D), entre outros. O aumento do
PTH para compensar o déficit de cálcio e vitamina D Osteoporose grave, com acentuadas cifose (corcunda de
leva a uma ativação de novas unidades de remodelação. viúva) e diminuição da altura, secundárias a fraturas de
vértebras dorsais.
• Glicocorticoide: o excesso de glicocorticoide
(exógeno ou endógeno) suprime diretamente a Tipos de fraturas vertebrais
osteoblastogênese, estimula forte e rapidamente a
apoptose de osteoblastos e osteócitos e prolonga a vida
útil dos osteoclastos. A desregulação do ciclo de
remodelação fisiológico, com predomínio dos estímulos
que aumentam a atividade osteoclástica (reabsortiva),
em detrimento da osteoblástica (formação), leva a um
déficit crônico na formação óssea, com perda
progressiva da massa óssea e desestruturação da macro
e microestrutura ósseas, causando aumento do risco de
fraturas.
FATORES DE RISCO
• Idade avançada;
• História familiar de fratura de fragilidade;
• Antecedente pessoal de fratura prévia não traumática; • Em todo paciente com diagnóstico de osteoporose,
• Sedentarismo; deve-se procurar por manifestações clínicas de causas
• Baixo peso (IMC <18kg/m2); secundárias para a perda de massa óssea:
OSTEOPOROSE
o termo osteoporose só deve ser São contraindicações para a sua realização: gestação,
estabelecido na vigência de fratura por realização de exame contrastado nos últimos 7 dias
fragilidade e não se aplica “osteopenia” (interfere na medida da DMO) e peso acima do limite
como terminologia. permitido para cada aparelho.
• Em mulheres na pós-menopausa e
homens acima dos 50 anos, um escore Z ≤
–2,0 pode sugerir a presença de uma
causa secundária para a perda de massa
óssea, indicando a necessidade de uma
investigação mais detalhada.
diagnóstico de osteoporose. É útil apenas quando a Dieta balanceada com quantidades adequadas de
realização da DXA não é possível. proteína, cálcio e outros nutrientes leva à redução da
Densitometria óssea periférica: mede a DMO de sítios perda óssea.
periféricos (calcâneo, antebraço e mãos), com a A recomendação diária de cálcio para mulheres na pós-
vantagem de ser realizada com aparelhos portáteis, menopausa é de 1.000 a 1.200mg, preferencialmente
porém sua capacidade em predizer o risco de fratura é obtidos a partir da dieta, sendo a principal fonte o leite e
menor que a da densitometria convencional. seus derivados.
O tratamento da deficiência de vitamina D é realizado Considerados como primeira linha para o tratamento da
preferencialmente com vitamina D3. Valores >60 osteoporose na pós-menopausa e em homens acima de
ng/mℓ não apresentam benefícios comprovados, e os 50 anos de idade.
valores >100 ng/mℓ aumentam o risco de hipercalcemia Em função da sua baixa taxa de absorção intestinal
e intoxicação pela vitamina. (cerca de 1%), os BF orais devem ser ingeridos com um
copo de água pela manhã, em jejum, recomendando-se
A deficiência de vitamina D é um importante fator que a alimentação ocorra após pelo menos 30 minutos.
contribuinte para a osteoporose, por levar à menor É fundamental que o paciente permaneça sentado ou em
absorção intestinal de cálcio, à alteração da pé durante esse período, para que não ocorram lesões
microestrutura óssea e à diminuição da força muscular. esofágicas.
Baixas concentrações de vitamina D têm sido
associadas a cânceres de próstata, de mama e colorretal,
diabetes melito e doenças cardiovasculares.
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