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DENSITOMETRIA ÓSSEA
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TÍTULO DA DISCIPLINA: DENSITOMETRIA ÓSSEA
A disciplina de densitometria óssea visa abordar noções básicas sobre a osteopo-
rose como definição, causas secundárias, fatores de riscos, assim como as indica-
ções para a realização do exame. Adicionalmente, os parâmetros densitométricos
como os scores T e Z são explicados e os valores correspondentes a diagnósticos
em diferentes populações, são ressaltados. Os detalhes de posicionamento, sítios
anatômicos, controle de qualidade, análise das imagens e medidas seriadas para
monitoramento, também são abordados. Além disso, a utilização do densitôme-
tro além da medida da densidade óssea como na avaliação de microarquitetura
óssea (trabecular bone score) e da medida da composição corporal, massa magra
e massa gorda e suas aplicações, são incluídas na disciplina.
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Densitometria Óssea
OBJETIVOS DA UNIDADE:
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
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Unidade 1
Introdução à osteoporose
e a densitometria óssea
1.1 Osteoporose
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Densitometria Óssea
Figura 1
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Densitometria Óssea
O rádio região 33% também pode ser usado para diagnóstico e é indicado em si-
tuações onde os sítios da coluna lombar e fêmur não possibilitam diagnóstico ade-
quado e também em caso de hiperparatireoidismo. O corpo total ou corpo inteiro é
usado em crianças e adolescentes e para avaliação da composição corporal.
Importante ressaltar que a densidade óssea tem uma correlação com risco de fratu-
ras osteoporóticas.
Idade avançada;
baixo peso;
antecedentes de fratura por fragilidade;
história familiar de osteoporose e/ou fratura;
sedentarismo, tabagismo, etilismo;
deficiência de vitamina D, baixa ingestão de cálcio.
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Densitometria Óssea
Hiperparatireoidismo:
Primário;
Secundário.
Síndrome disabsortivas:
Doença celíaca e cirurgia bariátrica.
Falência gonadal precoce.
Hipertireoidismo.
doenças Doenças reumatológicas.
Artrite reumatoide.
Doenças hematológicas.
Mieloma múltiplo.
Diabetes mellitus.
Doenças hepáticas.
Doença renal crônica.
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Densitometria Óssea
Glicocorticoide.
Anticonvulsivantes.
Antirretrovirais.
Imunossupressores.
medicações Inibidores da aromatase (câncer da mama).
Agonista do GNRH (câncer de próstata).
Anticoagulante (warfarin).
Inibidor de bomba de prótons.
Antidepressivos.
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Unidade 2
Coluna lombar:
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Densitometria Óssea
Usar a linha central da maca como referência para alinhar o corpo do paciente.
Paciente em decúbito dorsal com os braços ao lado do corpo, mãos espalmadas
viradas para a mesa do exame. Travesseiro sob a cabeça do paciente e um bloco
sob as pernas do paciente para reduzir a lordose.
Esclerose óssea.
Deformidade anatômica.
Artefato metálico.
Diferença de T-Score > 1,0 DP da vértebra adjacente.
Figura 2
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Densitometria Óssea
Fêmur
O ângulo da perna deve ser ajustado para que o eixo femoral seja retificado. Abduza
a perna do paciente, conforme necessário.
Figura 3
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Densitometria Óssea
Rádio
Região 33% ou 1/3 distal é a única do antebraço que pode ser usada para diagnós-
tico. Região de predomínio de osso cortical.
Figura 4
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Densitometria Óssea
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Densitometria Óssea
Para avaliação, os usados regularmente para essa população são coluna e corpo
inteiro sem a cabeça. Recentemente novos sítios foram contemplados como o rádio
33%, fêmur proximal e fêmur distal. Importante o fabricante disponibilizar o banco
de dados para essa faixa etária.
Para crianças e adolescentes, usa-se o Z-score para diagnóstico de baixa massa ós-
sea para a faixa etária. Não usa o termo osteoporose ou osteopenia.
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Densitometria Óssea
Como calcular?
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Unidade 3
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Densitometria Óssea
Figura 5
Figura 6
≤1,2 degradada
≥1,35 normal
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Densitometria Óssea
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Densitometria Óssea
Figura 7
Através do DXA é possível avaliar a massa gorda e a massa livre de gordura (massa
magra).
Figura 8
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Densitometria Óssea
Ossos;
órgãos e músculos.
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Unidade 4
0 Controle de qualidade
na densitometria óssea
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Densitometria Óssea
Testes diários e semanais são realizados através de “phantons” que simulam tecido
ósseo. Uma média dos valores desses testes é realizada e a manutenção dessa média
dentro de um limite controle de 1,5% assegura a garantia de qualidade do aparelho.
O aparelho de densitometria óssea disponibiliza um gráfico com os valores diários e
com os valores limites para controle. Em situação de algum valor fora desses limites,
existe uma sinalização e indicação de uma avaliação técnica do aparelho.
Figura 8
PROQUAD
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Densitometria Óssea
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Densitometria Óssea
Homens com idade inferior a 50 anos, mesmo que apresentem um T-Score menor
que -2,5, o diagnóstico é baseado no Z-Score e deve ser massa óssea baixa para a
faixa etária.
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CONCLUSÃO
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E por fim, foi apresentado o TBS (trabecular bone score) e a composição corporal.
O TBS é uma ferramenta recente que avalia a microarquitetura do osso trabecular
das vértebras lombares e que é medido em um software específico no momento do
exame da densitometria. Um TBS reduzido (<1,200) indica que a microarquitetura
óssea da coluna está deteriorada. Esta informação aumenta risco de fraturas e vai
impactar na decisão terapêutica. Na avaliação da composição corporal foram apre-
sentadas as fórmulas para os cálculos dos índices da massa gorda e massa magra e
a correlação clínica com risco cardiovascular e sarcopenia, respectivamente.
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