Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DEFINIÇÃO
A densitometria óssea é um exame diagnóstico por imagem não invasivo que mede a
densidade mineral óssea (DMO) em uma ou mais áreas do corpo, geralmente a coluna lombar,
o quadril ou o antebraço. A DMO é uma medida da quantidade de minerais, principalmente
cálcio, presentes nos ossos, e é um indicador importante da força e saúde dos ossos.
Também conhecida como absormetria de raios-x de dupla energia (DEXA ou DXA), consiste em
expor uma parte do corpo a uma dose pequena de radiação ionizante para produzir imagens. O
principal objetivo do exame é avaliar a densidade mineral óssea e determinar se há
osteoporose ou está em risco de desenvolver a doença. A DMO é medida em unidades de
massa por área, geralmente gramas por centímetro quadrado (g/cm²), e é comparada com a
densidade mineral óssea média de uma pessoa saudável do mesmo sexo e idade. Essa
comparação é realizada pelo software do aparelho e é usada para gerar uma pontuação T, que
é um indicador da força dos ossos e do risco de fratura.
É usada principalmente para diagnosticar e monitorar a osteoporose, bem como para avaliar o
risco de fraturas em pessoas com outras condições que afetam a densidade óssea, como a
osteopenia, doença de Paget e a artrite reumatoide.
Linha do tempo
1987 – Denis J. publicou na revista Dental Cosmos um artigo intitulado “Um novo sistema para
a mensuração da opacidade óssea”, o que sugere a existência de um método predecessor,
porém não há referência conhecida na literatura.
1901 – Novamente na revista Dental Cosmos há uma publicação que que utiliza pela primeira
vez o termo “densitometria”.
1950 – Foi observado que o carpo (punho) era útil para estudo de massa óssea devido
apresentar poucos tecidos moles.
1963 – Jonh Cameron (físico) e James Sorenson desenvolvem a técnica de densitometria óssea.
1970 - Primeiros estudos sugeriram que a densidade mineral óssea (DMO) estava diretamente
relacionada ao risco de fraturas. Naquela época, as medições da DMO eram feitas utilizando
radiografias convencionais, o que era impreciso e pouco confiável.
1987 - A densitometria óssea por absorção de raios X de dupla energia (DXA) foi introduzida
como uma técnica mais precisa e confiável para medir a DMO.
1994 – OMS propõe que o diagnóstico de osteoporose seja estabelecido tendo como base os
resultados da densitometria óssea expressos em desvios padrão (T-scores).
Desde então, a densitometria óssea por DXA se tornou amplamente utilizada como uma
ferramenta para diagnosticar e monitorar a osteoporose.
Sobre o exame
A radiação recebida pelo paciente durante o exame é cerca de dez vezes menor que a
que ocorre quando se faz uma radiografia de coluna e cerca de cem vezes menor que a
recebida em uma Tomografia computadorizada. A dose de radiação que o operador
recebe, mantendo-se a um metro da mesa durante o funcionamento do aparelho está nos
mesmos níveis de uma radiação ambiental.
O exame consiste numa amostragem óssea do osso esponjoso e compacto das áreas
avaliadas onde os objetivos são:
Indicações
O osso trabecular está presente principalmente nas vértebras, crânio, pélvis e porção ultra
distal do rádio; já o osso cortical predomina nos ossos longos, colo femoral e rádio distal.
Mecânica;
Protetora, de órgãos vitais e medula óssea;
Metabólica, com reserva íons principalmente cálcio e fósforo, para a manutenção
da homeostase sérica, essencial a vida.
Constituição
PERIÓSTEO: Tecido conjuntivo fibroso que reveste a superfície externa do osso, exceto as
superfícies articulares(que são revestidas por cartilagem hialina).
Coluna lombar:
A coluna lombar é composta pelas cinco vértebras inferiores da coluna vertebral, L1 a L5. Essas
vértebras são as maiores e mais fortes da coluna vertebral e suportam o peso do corpo. O
exame de densitometria óssea da coluna lombar geralmente é realizado nas vértebras L1 a L4.
Fêmur:
O fêmur é o osso mais longo do corpo humano e está localizado na coxa. Ele se conecta à pelve
na articulação do quadril e ao joelho na articulação do joelho. A densitometria óssea do fêmur
geralmente é realizada no colo do fêmur, que é a região próxima à articulação do quadril, ou no
trocânter maior, que é a saliência óssea na lateral do fêmur.
Antebraço:
O antebraço é a região do braço entre o cotovelo e o punho e é composto por dois ossos, o
rádio e a ulna. O exame de densitometria óssea do antebraço geralmente é realizado no terço
distal do rádio, que é a extremidade mais próxima do punho.
Orientações pré-procedimento
Contraindicações
Gravidez;
Ingestão recente de meio de contraste oral;
Exame recente de medicina nuclear.
O apoio das pernas tem a finalidade de reduzir a lordose e alinhar os espaços entre os
discos vertebrais com o feixe de raios X, melhorando a visualização da separação das
vértebras individuais na imagem. Com o uso do laser, deve-se posicionar corretamente
onde a varredura será iniciada e, além disso, a coluna deve ficar perfeitamente centralizada
no campo de visão.
- Coluna deve estar
centrada e retificada.
- As cristas ilíacas
devem aparecer um
pouco e devem estar
alinhadas.
- Visualização do
último par de costelas
e parte de T12.
- Ausência de ar.
- Ausência de
artefatos: metais e /
ou próteses de silicone
nas mamas e / ou
glúteos.
Devem ser, portanto, utilizadas todas as vértebras avaliadas (L1 até L4) e, apenas excluída
uma ou mais vértebras que estejam afetadas por alterações morfológicas e estruturais ou
artefatos. Três vértebras devem ser usadas se não for possível usar quatro, e duas se não
for possível usar três.
A utilização de classificação diagnóstica não deve ser realizada baseando- se em uma única
vértebra. Se apenas uma vértebra lombar for avaliável, após excluídas as demais, o
diagnóstico deverá ser baseado em outro sítio esquelético válido.
Vértebras anatomicamente anômalas podem ser excluídas da análise se: forem claramente
anômalas e/ou não avaliáveis dentro da resolução do sistema empregado ou se for
observada diferença de mais de um desvio padrão (T-Score) entre a vértebra em questão e
a adjacente.
Quando for excluída alguma vértebra, a Densidade Mineral Óssea (DMO) das
remanescentes será utilizada para derivar o T-Score. Um mínimo de duas vértebras é
exigido para fins de diagnóstico.
A avaliação densitométrica da Coluna Lombar em Lateral não deve ser usada para
diagnóstico, mas pode ser útil no monitoramento.
Fêmur Proximal:
O paciente deve retirar os sapatos e deitar na mesa em decúbito dorsal com os membros
inferiores esticados. O pé deve ser firmemente preso ao suporte específico, que serve para
garantir a rotação apropriada da perna e também a reprodutibilidade do posicionamento
em exames futuros.
É importante salientar que não é somente o pé que deve ser rotacionado, mas toda a
perna. Uma forma de verificar se a rotação está adequada é observar se o joelho está
apontando levemente para dentro (não para cima ou para o lado de fora). O paciente é
alinhado com a linha central da mesa assim como o centro do suporte de pé, de forma a
garantir a reprodutibilidade do ângulo nos exames futuros. Geralmente utiliza-se o fêmur
direito, mas a aquisição também poderá ser realizada no lado oposto.
A posição inicial da varredura vai depender de qual braço será avaliado (esquerdo ou
direito) e do sentido de varredura do equipamento. Alguns equipamentos possuem
suportes especiais para o posicionamento do antebraço evitando a movimentação durante
a varredura.