Você está na página 1de 57

Osteoporose


Profª Renata Cristina
CÉLULAS ÓSSEAS

1. Osteoprogenitoras: células indiferenciadas


2. Osteoblastos: sintetizam matriz extracelular
3. Osteócitos: células maduras (¯ síntese)

4. Osteoclastos: células gigantes – reabsorção


TECIDO ÓSSEO
 Duas formas do osso são distinguíveis a
olho nu: O esponjoso e o compacto.

 Esponjoso: é constituído por uma trama


de espículas ósseas ramificadas
(trabéculas), que delimitam um sistema
intercomunicante ocupado pela medula
óssea.

 Compacto: aparece como estrutura sólida


e contínua. Na região de junção observa-se
uma gradual substituição de uma forma por
RC
outra, sem existir uma delimitação nítida
TECIDO ÓSSEO
 Composição do tecido ósseo

 É o osso composto por uma fração inorgânica e outra orgânica.

 A fração inorgânica ou não proteica representa cerca de 50% do


peso da matriz óssea sendo composta, principalmente, por íons
de fosfato e cálcio.

 Outros íons como bicarbonato, magnésio, potássio, sódio e citrato


também estão presentes, porém, em pequenas quantidades.

RC
TECIDO ÓSSEO

 A parte orgânica da matriz óssea é formada


por fibras colágenas representando (95%) de
toda a matriz e sendo responsável pela
capacidade plástica do osso.

RC
TECIDO ÓSSEO

 A manutenção dos níveis normais de cálcio sanguíneo depende


das ações de dois hormônios, que agem antagônicamente no
osso:

- Paratormônio, aumento níveis de cálcio

- Calcitonina diminui níveis de cálcio

RC
Efeitos hormonais no tecido ósseo
 Paratormônio:
- Estimula os osteoclastos – reabsorção óssea – liberação de
cálcio do osso
 Calcitonona:

- Inibe os osteoclastos – inibe a reabsorção óssea e a liberação de


cálcio do osso.
 GH e T3 – Disco epifisário – crescimento ósseo

• Gigantismo – aumento de GH - crianças


• Acromegalia – aumento de GH – adultos
• Nanismo – falta de GH
 Hormônios sexuais – estimulam a formação óssea

• Osteoporose – diminuição da síntese da matriz orgânica; aumentaRC


a atividade dos osteoclastos
Efeitos nutricionais no tecido ósseo

 Deficiência de aminoácidos e cálcio – altera o crescimento


normal do osso: síntese de colágeno e a mineralização.

 Falta de Vit. D – impede a absorção de Ca - altera a


ossificação: raquitismo (crianças) e osteomalácia (adultos).

 Falta de Vit. A - altera a atividade dos osteoblastos e


osteoclastos.

 Falta de Vit. C – altera a síntese de colágeno – retardo do


crescimento.
RC
TECIDO ÓSSEO

RC
TECIDO ÓSSEO

osteoblasto

osteoclasto

osteócitos

RC
MECANISMO HORMONAL

 Aumento de Ca2+ no
sangue estimula a
tireóide a liberar
calcitonina
 Calcitonina estimula a
deposição de sais de
cálcio

RC
MECANISMO HORMONAL
 Queda de Ca2+ no
sangue sinaliza para
as paratireóides
liberarem PTH
 PTH sinaliza aos
osteoclastos para
degradar matriz óssea
e liberar Ca2+ para o
sangue

RC
OSTEOPOROSE
 é uma Doença Osteometabólica, caracterizada por
diminuição progressiva da massa óssea, com modificações na
arquitetura trabecular, levando à diminuição da resistência
óssea e a um maior risco de fraturas, em presença de traumas
de baixa energia ou menor impacto.
 As principais manifestações clínicas da osteoporose são
as fraturas, sendo as mais freqüentes as de vértebras,
fêmur e antebraço.

 Estas têm grande importância na sociedade brasileira


considerando o seu envelhecimento progressivo com
graves consequências físicas, financeiras e psicossociais,
afetando o indivíduo, a família e a comunidade.

 Atinge homens e mulheres com predominância no sexo


feminino com deficiência estrogênica e indivíduos
idosos.
# EPIDEMIOLOGIA #

 A prevalência de osteoporose e incidência de fraturas variam


de acordo com o sexo e a raça.
 As mulheres brancas na pós-menopausa apresentam maior
incidência de fraturas.
 A partir dos 50 anos, 30% das mulheres e 13% dos homens
poderão sofrer algum tipo de fratura por osteoporose ao longo
da vida.
 Estudos realizados no Brasil evidenciam incidência similar,
especialmente na população branca; porém, deve-se considerar
a grande miscigenação da população brasileira tendo em vista a
menor incidência de fraturas nos indivíduos da raça negra.
OSTEOPOROSE
TIPOS DE OSTEOPOROSE

 A osteoporose é classificada em :

 Primária (Tipo I ou pós-menopausa; Tipo II ou senil).

Secundária (Relacionada a doenças endócrinas ou não).


1- FORMA PRIMARIA DA OSTEOPOSOSE

Classifica-se em:

 Tipo I : de alta reabsorção óssea, decorrente de uma atividade


osteoclástica acelerada - a osteoporose pós menopausa,
geralmente apresentada por mulheres mais jovens, a partir dos
50 anos.

 Tipo II : de reabsorção óssea normal ou ligeiramente


aumentada, associada a uma atividade osteoblástica
diminuída, com formação óssea diminuída - a osteoporose
senil ou de involução, mais frequente nas mulheres mais idosas,
a partir dos 70 anos, e também no homem.
1- FORMA PRIMARIA DA OSTEOPOSOSE
• A osteoporose pós-menopausa ou Tipo I

  está associada à insuficiência estrogênica: Ocorre em


aproximadamente 25% das mulheres caucasóides, geralmente
nas duas primeiras décadas após o início da menopausa,
sendo que as primeiras alterações na velocidade de perda de
massa óssea já se demonstram cerca de três a cinco anos antes
do término do período menstrual.

 Durante o período de perimenopausa, a perda de massa óssea


pode aumentar em um grupo de mulheres classificadas como
perdedoras rápidas, podendo atingir, por ano, até 5% do
volume ósseo total do organismo.
1- FORMA PRIMARIA DA OSTEOPOSOSE
• A osteoporose Tipo II

 A osteoporose Tipo II, senil ou de involução, acomete


indistintamente homens e mulheres acima dos 70 anos, em
ambos os tipos de ossos, trabecular e cortical. Em decorrência
deste fato podem ocorrer fraturas, não apenas na coluna
vertebral, como também na pelve, ossos
longos, costelas, quadril e punho.
2 – FORMA SECUNDÁRIA DA OSTEOPOROSE

 A forma secundária está associada a uma grande variedade de


condições mórbidas primárias, que acarretam, em sua
evolução, distúrbios na absorção intestinal de cálcio,
diminuição precoce nos níveis de estrogeno
(hipoestrogenismo), perda de massa muscular, baixa absorção e
metabolização da vitamina D.
FATORES DE RISCO
Os fatores que aumentam o risco de osteoporose incluem:
Sexo feminino
Tabagismo
Dieta inadequada e saúde precária
Síndrome de má absorção
Níveis reduzidos de estrógeno
Amenorréia
Doenças crônicas
Hipertireoidismo
Hiperparatiroidismo
Deficiência de vitamina D
Alguns medicamentos
FATORES DE RISCO
 Genéticos e biológicos:
 História familiar,
 raça branca,
 escoliose,
 osteogênese imperfeita e
 menopausa precoce.

 Comportamentais e ambientais:
 Alcoolismo,
 tabagismo,
 inatividade e sedentarismo,
 má nutrição,
 baixa ingesta de cálcio,
 amenorréia induzida por exercícios,
 dieta com alta ingestão de fibras / fosfatos e proteínas.
FATORES DE RISCO

A osteoporose é um fator de risco para fraturas


assim como a hipertensão é risco para infarto do
miocárdio ou derrame cerebral;

Refrigerantes, especialmente aqueles os do tipo


cola, podem aumentar o risco de fraturas
osteoporóticas no sexo feminino em até 3 vezes,
porque o ácido fosfórico presente nestas bebidas
interfere no metabolismo do cálcio, prejudicando a
formação óssea
SINAIS E SINTOMAS
 A osteoporoseé uma doença silenciosa, pois
progride sem ser notada.

 Fratura do quadril, punho ou ossos da coluna.


Perda de altura gradual

Arredondamento dos ombros

Postura encurvada ou corcunda


TRATAMENTO
As drogas utilizadas no tratamento da osteoporose atuam
diminuindo a reabsorção óssea ou aumentando sua
formação.

Agentes anti-reabsortivos
Estrógeno
Calcitonina e Bisfosfonatos
Cálcio
Vitamina D3
Outros Medicamentos
Exercícios
PREVENÇÃO E TRATAMENTO
O QUE OCORRE NA MASSA ÓSSEA NO
ENVELHECIMENTO

 Com envelhecimento ha diminuição progressiva do


calcitriol e da absorção intestinal de cálcio levam a
um aumento do paratormônio (PTH), o que
justifica a instalação da osteoporose no sexo
masculino.
 Devem, então, ser considerados os diferentes
fatores de risco para perdas ósseas e também para
quedas e fraturas. Dentre esses, destacam-se, no
idoso, os níveis séricos inadequados de vitamina
D.

 A exposição ao sol diminuída e a pele envelhecida,


em idosos, retardam a conversão da vitamina D
para sua forma ativa (colecalciferol) pela luz
ultravioleta.

A deficiência de vitamina D resultante reduz a


absorção de cálcio.
As mulheres
são as mais atingidas pela doença. Na menopausa, os níveis de estrógeno caem
bruscamente. Com isso, os ossos passam a incorporar menos cálcio (fundamental
na formação do osso), tornando-se mais frágeis. Para cada quatro mulheres, um
homem desenvolve o mal
 
O IMPACTO SÓCIO-
ECONÔMICO DA
OSTEOPOROSE
OSTEOPOROSE
E
OSTEOPENIA
OSTEOPOROSE E OSTEOPENIA
 Osteoporose, considera-se uma perda de massa óssea acima de
2,5 desvios padrões de uma curva de normalidade, medida em
estudo populacional aberto, através da Densitometria Óssea.

 Osteopenia, é usado se referindo a qualquer condição que


envolva uma redução fisiológica (em relação à idade ) da
quantidade total de osso mineralizado.
A Osteopenia é considerada como se situando em zero e até menos
de 2,5 desvios padrões, medidos através da Densitometria Óssea.
OSTEOPOROSE E OSTEOPENIA

A Osteoporose é doença; a Osteopenia,


quase sempre não. 

Ambas as condições podem ser


diagnosticadas precocemente e, evitadas ou
atenuadas, através de programas de
prevenção.
OSTEOPOROSE E OSTEOPENIA
 
O CÁLCIO E A OSTEOPOROSE
COMO DIAGNOSTICAR A OSTEOPOROSE

 Boa anamnese e um bom exame clínico direcionado aos


fatores de risco.

 DENSITOMETRIA ÓSSEA
 ULTRA SONOMETRIA ÓSSEA

 RAIOS X,

 HISTOMORFOMETRIA

 PROVAS LABORATORIAIS, permitirão uma quantificação


da massa óssea e possíveis causas da sua diminuição.
DENSITOMETRIA ÓSSEA
 
OSTEOPOROSE NO BRASIL
 Segundo a folha de São Paulo:

Um relatório da IOF (Fundação Internacional de


Osteoporose) prevê que a incidência de fraturas no
quadril no Brasil crescerá 32% ate 2050.

Devido o aumento d expectativa de vida da população.

Hoje, estima-se que ocorrem mais de 121 mil fraturas


do tipo por ano no país.
1 em cada 3 mulheres com mais de 50 anos
 Fraturas de quadril são uma grande causa de debilidade e
morte precoce em idosos.

 Fica o alerta, para as autoridades de saúde.


“ É preciso mudar o conceito de
que a osteoporose é uma doença é
uma doença natural do idoso.
Ela pode e deve ser prevenida”

diz Bruno Muzzi, Pres. Associação Brasileira da Avaliacção


da Saúde Óssea.
FRATURAS
OSTEOPORÓTICAS
FRATURA DA COLUNA
FRATURA DO FEMUR
CUIDADO!
PROFª RENATA CRISTINA

21 964721424

Você também pode gostar