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Caso 2: Atividade física para o idoso

Isabella Andrade
Dores e disfunções no sistema musculoesquelético É importante lembrar que a atrofia óssea com o
constituem a mais frequente queixa na velhice e a envelhecimento não se faz de modo homogêneo,
segunda causa de incapacidade nesse grupo etário (a pois, antes dos 50 anos, perde-se sobretudo osso
primeira são as doenças cardiovasculares). trabecular e, após essa idade, osso cortical.

Envelhecimento do sistema osteoarticular: Cartilagem articular:


A cartilagem articular (CA), formada pelos
Ossos: condrócitos é composta por matriz de colágeno tipo
O tecido ósseo é um sistema orgânico em constante II altamente hidratada, com agregados de
remodelação, fruto dos processos de formação proteoglicanos (principal tipo é o agrecano). Os
(pelos osteoblastos) e reabsorção (pelos proteoglicanos têm rápido ritmo metabólico, ao
osteoclastos). contrário do colágeno.
Nas duas primeiras décadas de vida, predomina a  Observação: os condrócitos de idosos têm
formação e há um incremento progressivo da massa menor capacidade de proliferação e
óssea. O ser humano alcança sua maior massa óssea possibilidade reduzida de formar tecido novo.
na quarta década da vida (pico da massa óssea). A A composição e a organização estrutural entre
partir daí, praticamente, estabiliza-se a taxa de colágeno e proteoglicanos são os responsáveis pelas
formação, enquanto a de reabsorção aumenta. características de resistência, elasticidade e
Ocorre a perda progressiva da massa óssea, a compressibilidade da CA.
chamada osteopenia fisiológica. O envelhecimento cartilaginoso traz consigo menor
 Observação: a perda da massa óssea ocorre poder de agregação dos proteoglicanos, aliado a
sobretudo na mulher pós-menopausa (a falta do menor resistência mecânica da cartilagem. O
freio estrogênico libera a voracidade dos colágeno adquire menor hidratação, maior
osteoclastos) e no velho. resistência à colagenase e maior afinidade pelo
Trata-se de um fenômeno relacionado à idade que cálcio.
acomete ambos os sexos e tem como mecanismo No envelhecimento cartilaginoso a rede colágena
predominante a menor formação óssea, em um torna-se cada vez mais rígida, paralelamente ao fato
contexto no qual sobressaem o paratormônio e a de apresentar níveis elevados de pentosidina que
vitamina D. compreende um conjunto de moléculas
 Observação: os idosos são potencialmente heterogêneo de formação não enzimática que são
vulneráveis a um balanço cálcico negativo e às capazes de modificar, irreversivelmente,
osteopenia/osteoporose em decorrência da propriedades químicas e funcionais de diversas
hipovitaminose D. estruturas biológicas, isso explica o declínio na
capacidade de síntese cartilaginosa.
Vitamina D: Os condrócitos sofrem a ação reguladora de
Obtemos a vitamina D por meio de uma adequada
mediadores pré-catabólicos (metaloproteases e
alimentação e principalmente pela produção
citocinas que promovem a degradação cartilaginosa
endógena da pele sob exposição
– IL1, IL-6 e TNFalfa) e pró-anabólicos (fatores de
solar. Dependendo do tempo de exposição solar e
do grau de pigmentação da pele, mais da 80% dessa
crescimento que ativam mecanismos de
vitamina poderá ser sintetizada a partir do 7- regeneração – IGF-1 e TGF-B).
desidrocolesterol da pele. Na velhice, muitos Além disso, ocorre um decréscimo tanto da
fatores contribuem para deficiência de vitamina D, atividade mitótica e maior atividade da β­
dentre eles institucionalização, menor mobilidade, galactosidase, um marcador de senescência,
uso de vários agasalhos, menor exposição comprovando a associação entre idade e
voluntária ao sol, maior tempo em interiores osteoartrite. Além disso, a função reparadora dos
etc. Acresça-se a isso o fato de a pele envelhecida, condrócitos diminui progressivamente com a idade
sob idêntica exposição solar, produzir menor e sabe-se que um maior estresse oxidativo
quantidade de vitamina D do que a pele do adulto envelhece o condrócito.
jovem.  Observação: é importante lembrar que o
Sabe-se, ainda, que o envelhecimento traz consigo envelhecimento e degeneração da CA na OA são
menor produção da 1α-hidroxilase renal, enzima processos distintos. Todavia, há uma forte
responsável pela introdução da segunda hidroxila associação entre a idade e a incidência e
no 25(OH)D, originando o calcitriol. Por prevalência da OA.
conseguinte, os idosos, tendo uma reduzida
Nos discos intervertebrais a degeneração aumenta
produção endógena do calcitriol, passam a
com o envelhecimento, estando aumentados a
depender mais das fontes alimentares.
fibronectina e seus fragmentos, substâncias que A sarcopenia contribui para outras alterações idade-
estimulam as células para a produção de associadas como, por exemplo, menor densidade
metaloproteases e citocinas que inibem a síntese de óssea, menor sensibilidade à insulina e menor
matriz intercelular. capacidade aeróbica.
A musculatura esquelética do velho produz menos
Articulação diartrodial: força e desenvolve suas funções mecânicas com
As articulações diartrodiais apresentam membrana mais “lentidão”, dado que a excitabilidade do
sinovial. O líquido sinovial lubrifica e desempenha músculo e da junção mioneural está diminuída.
importante papel na nutrição da cartilagem articular.
Seu principal constituinte é o ácido hialurônico que Nervo:
intervém na regularização de várias atividades Com o envelhecimento diminui a velocidade de
celulares (p. ex., efeito estimulador sobre o condução nervosa. Ocorre também diminuição dos
metabolismo dos condrócitos). reflexos ortostáticos e aumento do tempo de
A membrana sinovial com o envelhecimento reação. Há uma perda do olhar fixo para cima e
aumenta a quantidade de colágeno. Com relação ao ocasional prejuízo dos movimentos dos tornozelos e
líquido sinovial, observou-se que as concentrações da sensibilidade vibratória dos pés.
dos sulfatos de condroitina (C6S e C4S), do ácido O centro de gravidade das pessoas idosas muda para
hialurônico (AH) e da razão C6S:C4S variam com a trás do quadril.
idade. Os maiores valores são encontrados dos 20 Com a idade avançada ocorre disfunção dos nervos
aos 30 anos e decrescem progressivamente com o periféricos, o que vem comprometer a força distal e
envelhecimento. a sensação espacial, além de determinar ataxia e
hipotrofia muscular, por conseguinte, essa
Músculo esquelético: disfunção associa-se com anormalidades da marcha,
O músculo esquelético é a maior massa tecidual do vindo a contribuir para o declínio funcional do
corpo humano. Com o envelhecimento, há uma indivíduo.
diminuição lenta e progressiva da massa muscular,
sendo substituído por colágeno e gordura. A massa
muscular diminui aproximadamente de 50% (dos 20
Atividade física para idosos:
Segundo a OMS, a inatividade física constitui o
aos 90 anos). A repercussão é mais intensa do 4o fator de risco de mortalidade em todo o mundo,
quadril para baixo, sendo o declínio da potência mais (6% das mortes), superado por hipertensão arterial
acelerado que o da força. (13%) tabagismo (9%), diabetes melito (7%).
Tal perda tem sido demonstrada: As principais causas de incapacidade são as doenças
 Pela excreção da creatinina urinária, que reflete crônicas, incluindo as sequelas dos AVE, as fraturas,
o conteúdo de creatina nos músculos e a massa as doenças reumáticas e as doenças
muscular total; cardiovasculares. As limitações funcionais são
 Pela tomografia computadorizada, pela qual se preditoras das restrições nas AVD e nas AIVD.
observa que, após os 30 anos de idade, diminui a A capacidade física é um preditor independente de
secção transversal dos músculos, há maior todas as causas de mortalidade em idosos, tendo
densidade muscular e maior conteúdo uma relação inversa, pois quanto maior o preparo
gorduroso intramuscular (alterações que são físico, menor a mortalidade.
mais pronunciadas na mulher do que no homem)  Observação: a capacidade funcional depende da
 Histologicamente detecta-se uma atrofia integração entre os sistemas cardiovascular,
muscular à custa de uma perda gradativa e pulmonar e musculoesquelético.
seletiva das fibras esqueléticas. A atividade física promove uma série de benefícios
Tal declínio está diretamente relacionado à para a saúde como:
diminuição da força muscular, acarretada pelo  Auxilia no controle do seu peso corporal;
envelhecimento. A força muscular diminui ± 15% por  Ajuda no controle da pressão alta;
década até a 6a ou a 7a década e aproximadamente
 Reduz o seu cansaço durante o dia e melhora a
30% após esse período.
qualidade do sono;
 Observação: o declínio muscular idade-
 Melhora a sua capacidade para se movimentar e
relacionado é mais evidente nos membros
fortalece músculos e ossos;
inferiores do que nos superiores, haja vista a
 Reduz as suas dores nas articulações e nas
importância daqueles para o equilíbrio, a
costas;
ortostase e a marcha dos idosos.
 Melhora a sua postura e o equilíbrio;
Há relação inversa entre a força muscular e a
 Reduz o seu risco de quedas e lesões.
velocidade de deambulação em ambos os sexos.
Além disso, o envelhecimento está associado a uma
diminuição da altura, do peso e do IMC.
 Observação: a queda da FE durante o exercício,
seja nos jovens ou nos idosos, é condição
anormal fortemente sugestiva de doença.
A sensação de sede é menor, e há comprometimento
na capacidade de conservar água e sódio pelo rim.
Isso leva a uma repercussão no débito cardíaco, no
aumento da chance de desidratação e da capacidade
de executar esforços no calor.
A flexibilidade e a amplitude dos movimentos,
principalmente nas mulheres, sofrem um evidente
declínio após 70 anos de idade. Também ocorrendo
Atividades de fortalecimento dos principais diminuição da elasticidade dos tendões, cuja
músculos (costas, abdômen, braços e pernas) e de repercussão é um aumento do risco de lesões,
equilíbrio devem ser realizadas de duas a três vezes quedas e dor lombar.
por semana em dias alternados, principalmente,
para melhorar a capacidade de fazer as atividades do Quanto tempo de atividade física fazer?
dia a dia e prevenir quedas. O tempo destinado para atividade física vai depender
muito do tipo de exercício.
Efeitos do envelhecimento e o exercício: Para atividades físicas moderadas, deve-se praticar,
A capacidade máxima de realizar um trabalho diminui pelo menos, 150 min/semana (2h3o). Na prática das
com a idade, como resultado do menor consumo de atividades físicas moderadas, você vai conseguir
oxigênio para a realização de um exercício conversar com dificuldade enquanto se movimenta e
dinâmico. não vai conseguir cantar. A sua respiração e os
 Observação: conceitualmente, o consumo batimentos do coração vão aumentar
máximo de oxigênio (VO2 máx.) é a maior moderadamente.
quantidade de oxigênio que uma pessoa  Observação: Uma atividade diária de intensidade
consegue extrair do ar inspirado, no esforço moderada, durante 30 min, consome cerca de
máximo, expressando a quantidade de 1.400 calorias semanais.
O2 transportado e usado para o metabolismo Já para atividades físicas vigorosas, deve-se praticar,
celular. pelo menos, 75min/semana (1h30). Na prática das
O VO2 máx. está significativamente relacionado com atividades físicas vigorosas, você não vai conseguir
a idade, sendo seu valor máximo entre 15 e 30 anos, nem conversar. A sua respiração vai ser muito mais
caindo, a partir de então, gradativamente. rápida que o normal, e os batimentos do seu coração
 Observação: o VO2 máx. é limitado em presença vão aumentar muito.
de doenças pulmonares graves e difusas, A atividade moderada traduz um esforço físico de 5-
doenças cardiovasculares, alterações 6 na escala de Borg, já a intensa, de 7-8. Além disso,
musculares e metabólicas. 2 min de atividade moderada equivalem a 1 min de
Por outro lado, a capacidade aeróbica é atividade intensa.
beneficamente influenciada pela atividade física.
Nos indivíduos inativos, ocorre redução de 9% no
VO2 máx. por década contra 5% nos indivíduos ativos.
Com a idade, existe a redução da capacidade
cronotrópica, ocorrendo uma gradativa redução da
frequência cardíaca ao esforço. Nos idosos, a FC
encontra-se diminuída, tanto em repouso como no
esforço máximo, fenômeno que parece estar ligado
à inefetiva modulação simpática, bem como a
modificações no sistema de condução e receptores.
A pressão arterial nos idosos tende a ser um pouco
mais alta tanto em repouso como no esforço.
A perfusão coronariana e a função ventricular
esquerda são bem mantidas com a idade,
provavelmente pelo emprego da lei de Frank- Equivalente metabólico (MET):
Starling, capaz de aumentar a função cardíaca. É a unidade utilizada para estimar o gasto
A fração de ejeção (FE) durante o exercício aumenta metabólico, isto é, o consumo de oxigênio da
também nos idosos, sendo, contudo, atividade física. 1 MET corresponde ao consumo
significativamente maior nos indivíduos mais jovens. metabólico em repouso de aproximadamente 3,5
mℓ de O2 por quilograma de peso por minuto. É
necessário uma capacidade física acima de 5 MET
para os benefícios das atividades físicas ocorrerem.
Tipos de atividade:
A atividade física deve ser precedida por uma fase de
aquecimento, incluindo alongamento, mobilidade
articular e caminhada, indispensáveis
principalmente para os idosos, mais suscetíveis às
lesões articulares e musculares.
A atividade física pode levar a lesões osteoarticulares, Exercícios de flexibilidade:
em especial nas mulheres, devendo ser evitados os O declínio da flexibilidade associada a redução da
exercícios de alto impacto. Nesses indivíduos, a força muscular contribui de forma importante para
atividade física deve ser iniciada progressivamente, diminuição na capacidade do paciente idoso em
possibilitando gradual adaptação ao esforço realizar as atividades diárias. É recomendável que os
muscular e ao impacto articular. programas de atividade física para pessoas idosas
A indicação de caminhada representa uma solução possam enfatizar o alongamento apropriado para
prática para idosos e sedentários, mantendo-se o todas as principais articulações, especialmente
critério do controle da FC antes e imediatamente naquelas em que já se observa redução da amplitude
após. É aconselhável, entretanto, a associação de dos movimentos.
exercícios com pesos e de flexibilidade com duração O alongamento de um músculo visa basicamente ao
de 15 min, gerando melhor condicionamento físico. aumento do comprimento das unidades
 Observação: os exercícios com pequenos pesos musculotendinosas, mantendo um comprimento
colaboram para melhorar o tônus muscular e persistente do músculo e uma redução na tensão
para preservar a massa óssea, enquanto os passiva.
exercícios de alongamento são importantes para Os exercícios de alongamento, quando bem
melhorar a flexibilidade. executados, podem ajudar a melhorar e manter a
Exercícios contrarresistência nos idosos: amplitude de um movimento em uma articulação e
Os exercícios contraressistência aumentam a força, em uma série de articulações. Os movimentos de
a potência e a aptidão muscular nesses pacientes ioga, Tai Chi e Pilates podem ser bastante úteis.
idosos. Com isso, haverá aumento do equilíbrio e
coordenação, independência, autoestima,
Avaliação médica:
Todos os pacientes devem ser submetidos a uma
diminuição das quedas, resultando em menor
avaliação médica, que passa por história e exame
prevalência de depressão, ou melhor, em controle da
clínico, não deixando de incluir:
mesma.
 Fatores cardiovasculares;
Devem ser realizados 2x/semana, com 1 a 3 séries de
10 a 15 repetições, procurando utilizar os principais  Cognição;
grupos musculares.  Independência;
Nos indivíduos mais frágeis, podemos iniciar  Aptidão física previa;
exercícios contra a própria resistência,  Acuidade visual e auditiva;
aproveitando situações do cotidiano, como sentar e  Estado emocional.
levantar da cadeira ou da cama, podendo evoluir Algumas patologias não cardíacas relacionadas com
para os exercícios formais com peso em grande parte os sistemas pulmonar, cardiovascular, neurológico
desses pacientes. ou osteoarticular podem limitar a condição funcional
Nos indivíduos submetidos à cirurgia de do paciente e assim prejudicar uma avaliação com
revascularização miocárdica, esses exercícios devem mais acurácia durante o esforço físico.
ser retardados por 6 a 8 semanas, período de Teste ergométrico (TE):
calcificação do esterno e momento em que a dor O TE deve ser realizado de rotina em todos os idosos
com os movimentos, principalmente de rotação, antes de iniciarem suas atividades físicas, devendo
estará mais branda. ser precedido de um eletrocardiograma em
repouso. O TE é um procedimento no qual o
indivíduo é submetido a um esforço programado e
individualizado com a finalidade de se avaliar as
respostas clínica, hemodinâmica, metabólica,
autonômica, eletrocardiográfica e ventilatória ao
exercício.
O protocolo mais recomendado é o de rampa em
esteira rolante, que vem sendo muito utilizado nos
últimos anos. O TE em bicicleta pode ser útil nos Pacientes com estenose de aorta:
casos em que os pacientes tenham diminuição de Nos pacientes sem história de síncope,
equilíbrio e/ou coordenação, bem como medo de assintomáticos, com gradiente de até 30 mmHg, ou
realizar o exame em esteira rolante. seja, estenose leve, apenas a avaliação normal pelo
Os dados obtidos pelo TE orientam a prescrição do ecocardiograma com Doppler é necessária para a
exercício por meio da FC ou pelo número de MET. liberação sem restrição de exercícios, desde que a
prova funcional tenha sido realizada, com resultado
normal.
Os pacientes sintomáticos devem ser avaliados
rigorosamente para detecção de arritmias induzidas
por esforço. Nesses casos, os exercícios devem ser
de baixa intensidade e supervisionados. EA grave ou
EA moderada sintomática contraindicam a prática de
atividade física.

As alterações do segmento ST são as manifestações Avaliação da capacidade funcional:


mais comuns de isquemia miocárdica ao exercício. A A capacidade funcional é definida como a aptidão do
incompetência cronotrópica, a recuperação anormal idoso para realizar determinada tarefa que lhe
da frequência cardíaca e as alterações na pressão permita cuidar de si mesmo e ter uma vida
sistólica durante o esforço (PAS) se associaram como independente. A funcionalidade do idoso é
parâmetros prognósticos bastante úteis. determinada por seu grau de independência e pode
ser avaliada por instrumentos específicos.
Pacientes anginosos: As atividades básicas de vida diária (ABVD) são
Nos anginosos são determinadas a FC e a carga de
aquelas relacionadas com o autocuidado, como
esforço que desencadeiam o sintoma, adequando-se
tomar banho, vestir-se, promover higiene e
o programa de exercício para um estágio abaixo. O
capacidade para alimentar-se. São avaliadas pela
consumo de O2 deve ser mantido em 60-70% do VO2
escala de Katz e pelo índice de Barthel, dentre outros
máximo e a FC em 70-85% da FC máxima.
parâmetros.
Pacientes com fibrilação atrial ou em uso de Escala de Katz:
medicamentos que interfiram na FC:
Nos pacientes com fibrilação atrial ou em uso de
medicações que interfiram com a FC (p. ex.,
betabloqueadores), podemos lançar mão da escala
de percepção subjetiva de esforço para orientação
da atividade física (escala de Borg) que tem íntima
relação com a FC ideal de treinamento, o que
possibilita um treinamento com grandes benefícios e
com baixo risco de eventos
Pacientes com HAS:
Atividade física na HAS é fundamental, devendo ser
realizada com intensidade moderada de exercícios
aeróbicos, entre 30 e 60 min, e de preferência todos
os dias. Uma sessão de exercícios pode trazer efeitos
benéficos de queda da pressão arterial, que podem
perdurar por mais de 20 h após a interrupção do
mesmo. Os idosos também se beneficiam da queda
da pressão arterial em repouso, por meio dos efeitos
crônicos dos exercícios.
Pacientes com insuficiência cardíaca:
A ergoespirometria, ou teste de esforço
cardiopulmonar (TCP) é indicado na IC.
Na IC a resposta ao exercício é determinada pela
interação do SNC, hemodinâmica e
musculoesqueléticas, circulação periférica e
condição pulmonar, principalmente.
Escala de Barthel:

Para viver de modo independente e ativo na


comunidade, executando as atividades rotineiras do
dia a dia, o idoso deve usar os recursos disponíveis no
meio ambiente. Essas ações constituem as
denominadas atividades instrumentais de vida diária
(AIVD), relacionadas com a realização de tarefas
mais complexas, como arrumar a casa, telefonar,
viajar, fazer compras, preparar alimentos, controlar e
tomar os remédios, e administrar as finanças. De
acordo com a capacidade de realizar essas
atividades, é possível determinar se o indivíduo
pode ou não viver sozinho.
A escala de Lawton é uma das mais utilizadas para
avaliação das AIVD. Outra escala muito utilizada para
avaliação das AIVD é o Questionário de Pfeffer.
Escala de Lawton:

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