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FAMENE
NETTO, Arlindo Ugulino; ELOY, Yuri Leite.
REUMATOLOGIA
OSTEOPOROSE
(Professora Alessandra Braz)
A osteoporose (OP) é uma doença músculo-esquelética caracterizada por diminuição acentuada da massa
óssea e deterioração da microarquitetura do tecido ósseo, com consequente aumento da fragilidade óssea e
promovendo maior suscetibilidade a fraturas. Em outras palavras, a OP nada mais é que a perda insidiosa e indolor da
massa óssea, que acomete, principalmente, mulheres brancas no climatério.
EPIDEMIOLOGIA
A OP é a doença osteometabólica mais comum, acometendo preferencialmente idosos e mulheres brancas após
a menopausa. Não se trata, portanto, de uma doença da faixa etária jovem.
Estima-se que cerca de 5,5 milhões de brasileiros apresentam OP. Atinge cerca de 25 a 28 milhões de
americanos, sendo que 80% são mulheres. Deste grupo, as mulheres brancas no climatério (pós-menopausa)
apresentam maior incidência de fraturas.
Nos EUA, são relatados em media de 1,5 milhão de fraturas por ano são relatadas em média, sendo 500 mil
vertebrais, 250 mil de quadril, 250 mil de punho e 500 mil em outras regiões. Quanto à prevalência de fraturas em ambos
CLASSIFICAÇÃO
A OP pode ser classificada em forma primária e secundária.
● Forma primária: não está necessariamente associada a uma patologia. Quando ocorre acima dos 65 anos, é
denominada como OP primária senil; quando ela ocorre após a menopausa, é denominada como OP pós-
menopáusica; quando se manifesta em algumas síndromes de déficit genético de produção de colágeno é
denominada de Osteogênese Imperfeita; e o OP em homens jovens, apresentando um padrão familiar.
● Forma secundária: está associada a doenças neuroendócrinas, gástricas e/ou reumatológicas. As principais
causas são:
o Hipogonadismo; hipertireoidismo; hiperparatireoidismo; acromegalia; anorexia nervosa; Cushing;
amenorréia; diabetes melliuts.
o Pancreatite crônica; pós-gastrectomias (derivação gastro-ileal); insuficiência hepática; doenças
inflamatórias.
o Atrite reumatóide e as espondiloartrites.
o Alcoolismo.
o DPOC.
o Uso crônico de corticóide.
FISIOPATOLOGIA
A matriz óssea, diferentemente do tecido cartilaginoso, é composta por dois tipos de células. As células por trás
do mecanismo de fisiopatologia da OP são o osteoblasto e o osteoclasto.
Os osteoblastos são células jovens relacionadas com o aumento do tecido ósseo em formação, produção de
proteínas, colágeno e originam os osteócitos.
Os osteoclastos são células gigantes, relacionadas com a destruição da massa óssea através da ação de
enzimas e posteriormente reabsorvem a matriz digerida. Dessa maneira, agem modelando a peça óssea.
Os osteoblastos regulam os osteoclastos através da produção do ativador do receptor de fator kappa B nuclear
(RANK), que se liga ao receptor RANK ligante (RANK-L) presente nos osteoclastos, determinando a sua diferenciação e
ativação. Quando não há necessidade da ação dos osteoclastos, a osteoprotegerina (produzida pelos próprios
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✔ Baixo peso (≤ 57,5 kg) e baixo índice de massa corporal (IMC ≤ 25 kg/m²).
✔ Tabagismo
✔ Uso de corticóides: doses de 5 a 7,5 mg de predinisona/dia, a partir de 3 meses de duração, aumenta o risco de
OP devido à maior eliminação renal de cálcio.
✔ Uso de bebidas alcoólicas dose-dependente: 3 ou mais doses/dia.
▪ Deficiência de estrogênio;
▪ Demência;
▪ Saúde frágil;
▪ Quedas recentes;
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QUADRO CLÍNICO
As principais manifestações do paciente com osteoporose são:
✔ Diminuição da estatura, explicada pela diminuição da massa óssea dos corpos vertebrais, principalmente da
parte mais anterior dos mesmos.
✔ Perda de peso corporal.
✔ Hipercifose dorsal.
✔ Abdome protruso.
✔ Sinais físicos de doenças associadas à OP: alterações cutâneas e pele flácida sugere péssima qualidade óssea.
FRATURAS
As fraturas são consideradas o principal - e mais frequente –
EXAMES COMPLEMENTARES
Atualmente, o diagnóstico da OP é facilmente obtido por meio da densitometria óssea. Contudo, a avaliação de
exames laboratoriais serve para excluir doenças que cursam com perda óssea e avaliar os distúrbios do metabolismo
mineral, além de poder ter uma idéia das funções orgânicas do paciente (principalmente no que diz respeito à função
renal) para verificar possíveis intercorrências com o uso dos fármacos.
Os principais exames laboratórios para tais fins são: hemograma completo, VHS, cálcio, fósforo, fosfatase
alcalina e creatinina plasmáticas, calciúria de 24h, urianálise. Todos estes exames devem estar, na maior parte dos
casos, normais. Em condições patológicas como no hiperparatireoidismo o cálcio deve estar aumentado e o fósforo
baixo, além de apresentar níveis elevados do paratormônio; a osteomalácia tem um diagnóstico muito difícil, mas na
prática, o paciente pode apresentar hipocalcemia e aumento da fosfatase alcalina.
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Os marcadores de reabsorção óssea são parte das fibrilas colágenas que são rompidas pelos osteoclastos, tais
como: prolina, hidroxiprolina, piridinolina e deoxipiridinolina. São detectados no sangue e na urina. Quando a quebra
ocorre na extremidade da cadeia destes marcadores, originam N-telopeptídeos e C-telopeptídeo.
RADIOLOGIA
A radiografia simples é importante para sugestão de OP ou das
fraturas, principalmente nos casos em que a densitometria não é disponível no
momento.
Contudo, a radiografia não diagnostica OP de fato, mas mostra
rarefação óssea, acentuação das estrias verticais e dos contornos dos corpos
vertebrais, achatamentos e fraturas – sinais indiretos de porose óssea.
As duas principais formas de fratura das vértebras são: fratura da
região anterior do corpo vertebral (causada pela flexão do tronco) e a chamada
fratura bicôncava (causada pelo aumento da compressão dos discos
vertebrais).
As vértebras bicôncavas acontecem principalmente com as torácicas baixas e a lombares altas e, como vimos,
são causadas pelo aumento da pressão do disco na porção central, menos resistente, do corpo vertebral.
Na radiografia, em caso de dúvidas, devemos comparar sempre uma vértebra com a outra, quanto ao tamanho e
aspecto da cortical óssea.
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▪ -2,5 ou menor + fratura por fragilidade (presença de dor): osteoporose estabelecida ou grave.
● Z-score: também calculado em desvio-padrão, e serve como referência de DMO média esperada para
indivíduos da mesma idade, etnia, sexo e peso. É utilizada para pacientes homens entre 20 a 50 anos, mulheres
na pré-menopausa e para adolescentes e jovens.
o Critérios diagnósticos (OMS, 1994):
▪ -2,0 DP ou valores menores: abaixo da faixa esperada para a idade.
▪ Valores maiores que -2,0 DP: dentro dos limites esperados para a idade.
OBS1: A medida da DMO pode ser calculada no rádio distal quando: a coluna ou o fêmur não puderem ser medidos ou
interpretados; no hiperparatiroidismo; ou pacientes muito obesos.
Indicações da DMO.
✔ Todas as mulheres com idade igual ou maior a 65 anos;
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✔ Mulheres na pós-menopausa, mesmo com menos de 65 anos, e homem entre 50 a 70 anos, ambos
apresentando fatores de risco;
✔ Adultos com história de fratura por fragilidade;
✔ Adultos usando medicamentos associados com baixa massa óssea ou perda óssea;
✔ Pessoas não realizando tratamento e nas quais a identificação de perda de massa óssea possa determinar a
indicação do tratamento;
✔ Mulheres interrompendo a terapia de reposição hormonal.
ULTRA-SONOMETRIA ÓSSEA
Permite a avaliação da densidade óssea ao lado da avaliação da arquitetura e da elasticidade do osso. Contudo,
não apresenta boa correlação com os resultados obtidos pela DMO.
A ultra-sonometria óssea tem maior indicação para avaliar o risco de fratura de colo femoral em mulheres com
OUTROS EXAMES
✔ TC quantitativa
✔ Biópsia
✔ Histomorfologia
PREVENÇÃO DA OP
NUTRIÇÃO
A nutrição serve como um recurso para crescimento e proteção do esqueleto contra a perda de cálcio em longo
prazo. Estudos mostram que suplementos de cálcio (na dieta) e vitamina D (uso de medicamentos e exposição ao sol)
diminuem os riscos de hiperparatireoidismo secundário e diminuem os riscos de fraturas do colo do fêmur.
A principal fonte cálcio na dieta é o leite de vaca. Contudo, a quantidade de cálcio indicada para prevenção de
OP é 1200 a 1500 mg de cálcio por dia, o que significa cerca de 5 copos de leite desnatado por dia, sendo necessária a
reposição em alguns casos. As demais fontes de cálcio são queijo branco, iogurte, coalhada, etc.
Os suplementos de cálcio disponíveis são:
✔ Carbonato de cálcio (40% de cálcio elementar): é o mais absorvível no TGI;
✔ Citrato de cálcio (21 – 25% de cálcio elementar): é preferível quando o paciente tem histórico de cálculo renal;
✔ Lactato de cálcio (13% de cálcio elementar) e gluconato de cálcio (9% de cálcio elementar).
VITAMINA D
A vitamina D (ou calciferol) é uma vitamina que promove a absorção de cálcio (após a exposição à luz solar),
essencial para o desenvolvimento normal dos ossos e dentes. É uma vitamina lipossolúvel obtida a partir do colesterol
como precursor metabólico através da luz do sol, e de fontes dietéticas. Funcionalmente, a vitamina D atua como um
hormônio que mantém as concentrações de cálcio e fósforo no sangue através do aumento ou diminuição da absorção
desses minerais no intestino delgado. A vitamina D também regula o metabolismo ósseo e a deposição de cálcio nos
ossos.
A exposição ao sol desencadeia a produção de vitamina D na pele (recomenda-se pelo menos 15 minutos de
exposição diária ao sol). A vitamina D pode ser encontrada sob duas formas: o ergocalciferol (vitamina D 2) e o
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colecalciferol (vitamina D3). O ergocalciferol é produzido comercialmente a partir do esteróide ergosterol encontrado em
vegetais e leveduras, através de irradiação com luz ultravioleta. É utilizado como suplemento alimentar para
enriquecimento de alimentos como o leite com vitamina D. O colecalciferol é transformado pela ação dos raios
ultravioletas B a partir da provitamina D 3 (7-deidrocalciferol) encontrada na pele humana. Ambas as formas D 2 e D3 são
hidroxiladas no fígado e rins a 25-hidroxicalciferol (calcidiol) e subsequentemente à forma biologicamente ativa, o 1,25-
di-hidroxicalciferol (calcitriol), que atua como uma hormonio na regulação da absorção de cálcio no intestino e regulação
dos níveis de cálcio em tecidos ósseos e renais.
Raramente é encontrada em alimentos, sendo o óleo de fígado de bacalhau uma fonte rica. Portanto, são
recomendadas doses de 400-800 Ul/dia de calciferol ou 0,25-0,50 mcg/dia de calcitriol ou alfacalcidiol. O uso de calcitriol
é mais indicado para pacientes que não apresentam a função renal tão adequada (como os idosos acima de 65 anos).
A reposição de vitamina D está indicada:
✔ Crianças prematuras;
✔ Idosos acima de 70 anos. Nos idosos, a síntese cutânea de vitamina D é diminuída: cerca de 1/3 da produção do
indivíduo jovem;
✔ IRC ou insuficiências hepáticas graves;
PREVENÇÃO DE QUEDAS
A principal causa de morte acidental para os idosos acima de 65 anos é a fratura e suas complicações. As
mulheres caem mais que os homens, porém a taxa de mortalidade é maior no sexo masculino.
A fratura do quadril está relacionada com 90% dos casos de morte, estando a fratura relacionada com quedas e
movimentos de torção do fêmur seguido por queda.
O uso de coxins em quadril (como fraudas) é um eficiente método de prevenção. Além disso, alguns fatores
ambientes são importantes:
✔ Boa iluminação do ambiente;
✔ Piso antiderrapante;
✔ Retirar tapetes, móveis baixos e com cantos pontiagudos, e não deixar pequenos objetos no chão;
✔ Piso antiderrapante nos banheiros, barras de apoio, cadeia estável para facilitar a lavagem dos pés;
✔ Corrimão nas escadas e marcar o final dos degraus com faixa antiderrapante.
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
O objetivo fundamental do tratamento farmacológico é reduzir o risco de fraturas, sendo os fármacos mais
utilizados os anti-reabsortivos e estimulantes da formação óssea.
FÁRMACOS ANTI-REABSORTIVOS
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Os fármacos anti-reabsortivos têm como objetivo estimular a produção de osteoprotegerina (que bloqueia a
ligação do RANK ao RANKL e, assim, inibindo a ação do osteoclasto).
Consistem na maioria dos agentes usados para tratamento da osteoporose. Contudo, exercem um pequeno
incremento na massa óssea (5 a 10% da coluna lombar, por exemplo) em tratamentos prolongados.
Raloxifeno.
O Raloxifeno (Evista®) é um derivado benzotiefeno, que age como um modelador seletivo do receptor
estrogenico (SERM). Tem atividade seletiva agonista ou antagonista sobre os tecidos que respondem ao estrógeno.
Atua como agonista no osso e sobre o metabolismo do colesterol (redução no colesterol total e no LDL-colesterol),
porem age como antagonista sobre os tecidos uterino e mamário. O tamoxifeno também é um SERM, mas sem muita
ação sobre o metabolismo ósseo.
O Raloxifeno tem como principais características:
✔ Maximar os efeitos benéficos do estrogênio no osso e antagonizar os efeitos deletérios na mama e no
endométrio;
✔ Previne a perda óssea e reduz o risco de fraturas vertebrais em 30 a 50% nas mulheres pós-menopausadas com
osteopenia e OP com ou sem fraturas vertebrais prévias;
✔ Bloqueia a atividade de citocinas que estimulam a reabsorção óssea;
✔ Tem efeito protetor contra os tipos de câncer de mama invasivo (dependentes de receptores hormonais-
positivos).
O Raloxifeno é indicado para prevenção e tratamento de OP nas mulheres na pós-menopausa que apresentam
contra-indicações para TRH. Faz-se uso de Raloxifeno (Evista®) via oral, 60 mg/dia, durante 5 a 8 anos. A grande
indicação do Raloxifeno é para pacientes com distúrbios do TGI (em que os bifosfonatos são contra-indicados) e nas
pacientes com história familiar de câncer de mama.
Contudo, este medicamento apresenta alguns efeitos colaterais que limitam o seu uso:
✔ Vaginite e fogachos;
Bifosfonatos.
Os Bifosfonatos são agentes anti-reabsortivos derivados do ácido pirofosfônico que se ligam permanentemente
ao osso, mineralizando a superfície e inibindo a atividade osteoclástica.
A biodisponibilidade oral destes fármacos é baixa (cerca de 1 a 3% da dose). Por esta razão, a ingestão do
fármaco deve ser feita em jejum, com um copo cheio de água (de preferência, não mineral) e, após a ingestão do
fármaco, permanecer em pé ou, no máximo, sentado (para aumentar a absorção), sem se alimentar por no mínimo 40
minutos.
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São rapidamente clareados no plasma, sendo 50% de sua eliminação pela urina. Apresentam meia-vida muito
prolongada no osso.
O Alendronato sódico 70 mg e o Risedronato sódico 35 são os bifosfonatos mais utilizados no mundo. Pode-se
optar por Alendronato 10 mg por dia ou 70 mg por semana, dosagens aprovadas para o tratamento e prevenção da OP,
OP induzida por corticóides e doença de Paget.
Os bifosfonatos, como inibidores da reabsorção óssea, diminuem o recrutamento e a atividade dos osteoclastos
e aumentam a sua apoptose. Aumentam, assim, a DMO do paciente e diminuem a incidência de fraturas vertebrais,
punho e quadril em 50%, nas mulheres com fratura vertebral prévia.
O efeito adverso mais frequente é a irritação do TGI superior, o que significa razão de descontinuidade de
tratamento em 50% dos casos. Portanto, pacientes com injúrias esofagianas ou desordens relacionadas ao transito lento
esofágico (acalasia, estenose ou refluxo) não devem fazer uso de Alendronato. Quando são prescritos, os pacientes
devem fazer uso de protetores associados e permanecerem sob rigoroso monitoramento médico.
O uso semanal parece ajudar a diminuir o risco de irritação esofágica em 10 anos de uso.
Os eventos adversos mais comuns são: dores musculares e cefaléia.
O Risedronato 5 mg/dia ou 35 mg/semana, para mulheres com fraturas prévias, reduz a incidência de fraturas
vertebrais em 40 a 50% e não vertebrais (30 – 36%), em 7 anos.
O Ibandronato (150 mg/mês, via oral ou 3 mg endovenosa, 3/3 meses) aumenta a DMO e diminui os marcadores
de turn over ósseo em mulheres com OP pós-menopáusica, em 3 anos. Há quem diga que este medicamento não reduz
fraturas, mas apenas aumente a massa óssea.
O Ácido Zoledrônico (Zoledronato) 5 mg (infusão anual, durante 3 anos) é bastante eficaz: reduz o risco de
fraturas vertebrais em 70% e de 40% nas não vertebrais (quadril). O único empecilho do medicamento é o custo: o SUS
não cobre a disponibilidade do mesmo. Deve ser utilizado nos pacientes que apresentam osteoporose grave (com
Calcitonina.
A calcitonina é um hormônio proteíco composto por 32 aminoácidos. Contribui na regulação do nível sanguíneo
de cálcio. A calcitonina, produzida endogenamente pelas células C da tireóide, é secretada nas células para-foliculares
da tiróide e inibe a atividade dos osteoclastos. Tem uma ação contrária ao PTH (paratormônio).
Consiste em um tratamento de 2ª linha, sendo utilizado apenas quando não há mais nada a fazer pelo paciente.
A dose de 200 Ul da nasal equivalem à 50 da injetável.
Ela inibe diretamente a reabsorção óssea pelos osteoclastos. Parece ter efeito analgésico relacionado à dor
óssea em mulheres após fratura vertebral aguda.
Aumenta modestamente a DMO na coluna vertebral e antebraço; a diminuição do risco de fraturas vertebrais é
questionado. Tem como principais efeitos advesos a congestão nasal e rinite.
OBS2: No caso de opção por fármacos anti-reabsortivos, devemos tomar as seguintes considerações:
✔ Os bifosfonatos são contra-indicados em casos de afecções no TGI;
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✔ Hiperparatireoidismo;
✔ Doença de Paget;
✔ Hipercalcemia pré-existente;
✔ Radiação terapêutica;
Renelato de estrôncio.
É indicado para OP pós-menopáusica, estando relacionado com diminuição do risco de fraturas. Tem como
maior indicação o uso para pacientes com osteopenia leve e/ou maiores que 80 anos que não podem fazer uso de
bifosfonatos (por possuir gastrite, por exemplo) ou raloxifeno (por possuir efeitos tromboembólicos ou mesmo erisipela).
Prescreve-se Renelato de estrôncio 2 g/dia em saches, durante 5 anos. Sua absorção é diminuída por alimentos
e, por isso, deve ser administrada em jejum.
Nenhum ajuste deve ser feito com clearence de creatinina até 30 ml/42h. Caso contrário, não usar.
OBS3: Para tratar a OP em homens, deve-se, primeiro, investigar a causa: 30 a 60% dos casos são decorrentes do
hipogonadismo, uso de corticóides e alcoolismo crônico. Trata-se com bifosfonatos ou PTH + cálcio e vitamina D.
OBS4: A osteopenia também deve ser tratada, principalmente em mulheres pós-menopausa com T-scores de DMO ≤ -
2,0 ou mulheres com DMO baixo limítrofe (ex: T-scores ≤ -1,5) se 2 ou mais fatores de risco estiverem presentes.
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