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O plasma humano contém mais de 500 proteínas gamaglobulinas. Eventualmente, pode ser observada a
identificáveis. Entre essas, estão presentes proteínas presença da pré-albumina. O reconhecimento de
carreadoras, anticorpos, enzimas, inibidores enzimáticos, paraproteínas, normalmente encontradas nas gamopatias
fatores da coagulação e proteínas com outras funções. A benignas ou malignas é o uso diagnóstico mais importante
avaliação das concentrações de proteínas séricas e as para a EFP. Quando alteradas, as bandas apresentam-se com

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proporções das diferentes frações de proteína têm padrões conhecidos para importantes patologias.
considerável valor no diagnóstico em desordens agudas e A banda da albumina é relativamente homogênea,
crônicas. porém as demais são compostas por uma mistura de
A eletroforese de proteínas (EFP) no soro é uma diferentes proteínas. Informações adicionais podem ser
técnica simples para separar as proteínas do soro. É o teste de encontradas nos títulos referentes às diferentes proteínas que
triagem mais utilizado para investigação de anormalidades das compõem as bandas identificadas pela eletroforese como:
proteínas séricas. Em condições normais, são separadas cinco albumina, alfa-1-antitripsina, alfa-1-glicoproteína ácida,
bandas do soro: albumina, alfa-1, alfa-2, beta e haptoglobina, ceruroplasmina, entre outras.

MATERIAL E REAGENTES
Fonte de Energia: pode ser a mesma cuba, sendo dotada de dois eletrodos: um positivo e outro negativo. As proteínas vão
correr no sentido NEGATIVO → POSITIVO
Cuba e ponte para eletroforese: aparelho onde será depositada parte da solução tampão e sobre ela, põe-se a ponte com
a fita de acetato celulose sobre ela.
Fitas de acetato de celulose: inicialmente, passa 15min numa solução tampão (pH 9,5 ± 0,2) e depois conservada em
metanol à 40% para não ressecar. O tratamento em fita de acetato serve para retirar a condição de isoeletricidade entre as
proteínas, para que elas obtenham cargas para que seja possível a sua migração na fita.
Aplicador: aparelho especialmente elaborado para colher z pequena parte da amostra do soro para ser aplicada na fita.
Espectrofotômetro ou Densitômetro
Tampão veronal (pH 8,5)
Corante: Ponceau´S
Descorante: ácido acético 5%
Eluente: ácido acético 80%
Desidatrante: metanol
Solução Transparentizadora: 84 mL de metano
1 mL de Glicerol
15 mL de ácido acético glacial

TÉCNICA
1. Colocar cerca de 100 mL do tampão em cada compartimento da cuba.
2. Retirar as fitas de acetato de celulose da solução conservante (metanol 40%) e colocar na solução tampão por cerca de 20
minutos.
3. Retirar o excesso do tampão, enxugando-a entre duas folhas de papel de filtro e adaptá-la na ponte de eletroforese.
4. Aplicar a amostra na fita e aguardar 5 minutos, para completa absorção da amostra. Ligar a fonte na corrente elétrica durante
45 minutos.
5. Desligar a fonte e colocar em solução corante (Ponceau´S) durante 5 minutos.
6. Transferir a fita para a solução descorante (ácido acético a 5%), lavando várias vezes, para tirar o excesso do corante.

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7. A quantificação das frações pode ser feito pelo método da eluição (espectrofotômetro) ou transparentização
(densitometria).
8. Eluição:
a) Identificar 6 tubos : Branco, albumina, alfa-1-globulina, alfa-2-globulina, β-globulina e gama-globulinas.

b) Colocar 2,0 mL de solução eluente (ácido acético 80%), em cada tubo, com exceção do tubo correspondente a
albumina que será 4,0 mL (após a leitura da absorbância, multiplicar por 2).
c) Cortar as frações separadamente e colocar nos tubos correspondentes. Agitar até a completa dissolução. Para o
branco, cortar uma parte da fita onde não haja fração proteica.
d) Efetuar a leitura no filtro verde (520nm).

CÁLCULO DO TEOR DAS FRAÇÕES PROTÉICAS (ELUIÇÃO)


1. Determinar o teor de proteínas totais da amostra em estudo (biureto).
2. Determinar os valores relativos (percentual de cada fração), dividindo a D.O de cada fração pela soma das D.O de todas as
frações e multiplicar por 100.
∑ D.O → 100
D.O → X

Ex: Cálculo da albumina


0,780 → 100

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0,400 → X= 51,3%

3. Determinar o valor absoluto, usando uma regra de três:


PT: proteína total (biureto) = 7,0 g/dL
PT → 100
X → % da fração

Ex: Cálculo da albumina


7,0 → 100
X → 51,3%
X = 3,59 g/dL
Quantificação das Frações Protéicas
Fração ABSORBÂNCIA Valor Relativo g/d
L
Albumina
Alfa-1-globulina
Alfa-2-globulina
Beta-globulina
Gama-globulina
∑ D.O

4. Concentração da amostra:
Concentração da Amostra (g /dL) = Absorbância do Teste x [PADRÃO]
Absorbância do Padrão

Albumina: sintetizada pelo fígado


Imunoglobulinas: produzidas pelos plasmócitos da medula óssea como parte de uma resposta imune.
Valor de Referência:
Proteína total: 6,0 a 8,0 g/dL
Albumina: 3,5 a 5,5 g/dL
Globulinas: 1,5 a 2,5 g/dL
Posições dos valores na fita de acetato de celulose com relação aos pólos dos eletrodos:

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FITA DE ACETATO DE CELULOSE: (POLO -) Gama β α2 α1 albumina (POLO +)

OBS1: O aumento das gamaglobulinas significa uma

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gamopatia, que pode ser do tipo policlonal (aumento
relacionado a vários tipos de imunoglobulinas, apresenta
um pico difuso) ou monoclonal (aumento relacionado a
um tipo de imunoglobulina, característica do mieloma
múltiplo e do calazar, e apresenta um pico fino na
eletroforese).
OBS²: Na cirrose hepática, devido ao aumento de gama-
β-imunoglobulinas, não há uma separação nítida dessas
duas frações (banda β larga).
OBS³: Na síndrome nefrótica há uma diminuição nas
taxas de albumina (devido a sua perda nos glomérulos) e
aumento de alfa-globulinas.
OBS4: Quando α1 e α2 estão aumentadas, tem-se uma
fase aguda de uma doença. Quando α1 e α2 estão
elevadas associadas ao aumento das gamaglobulinas,
tem-se uma fase de cronicidade.

É a proteína mais abundante no plasma, respondendo por cerca de 60%


da concentração total de proteínas. É sintetizada exclusivamente pelo fígado,
aparecendo primeiro no citoplasma dos hepatócitos como um precursor
chamado pró-albumina. Possui um papel muito importante em diversas funções
do organismo, como o transporte de diferentes substâncias e em especial a
manutenção da pressão oncótica.
Foram descritas mais de 20 variantes genéticas de albumina. O tipo mais
comum é chamado albumina A. Essas albuminas variantes podem resultar em
uma faixa de albumina larga na eletroforese de proteína de soro ou podem dar
origem a duas faixas distintas (bisalbuminemia). Nenhuma dessas variantes foi
ainda associada a manifestações patológicas. Na rara síndrome de ausência
congênita de albumina, os pacientes podem apresentar edema moderado, mas
podem poupar as consequências hemodinâmicas com a utilização de
mecanismos compensatórios, como o aumento das globulinas do plasma, que
assumem algumas das funções da albumina. O problema bioquímico principal
nesses pacientes é uma alteração no metabolismo lipídico, com aumento de
colesterol, fosfolipídios e outras lipoproteínas.
A albumina tem carga elétrica negativa; ao ser colocada no eletrodo
negativo da cuba de eletroforese, ela é a proteína que mais “corre”, afastando-se
do polo negativo para chegar ao positivo.

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FUNÇÕES DA ALBUMINA
Manutenção da pressão osmótica;
Transporte de hormônios tireoideanos;
Transporte de hormônios lipossolúveis;
Transporte de ácidos graxos livres;
Transporte de bilirrubina não conjugada;
Transporte de fármacos e drogas;
Aumento da libido;
União competitiva com ions de cálcio;
Controle do pH.

Seu excesso ocasiona diversas doenças,


como problemas renais e hepáticos. Além disso, o
consumo excessivo de albumina provoca ganho de
peso, sendo que um aumento em massa muscular
sem acúmulo de gorduras e também é responsável
pelo fator anti-catabólico ou seja bloqueia a perda de
músculos.

CORRELAÇÕES CLÍNICAS

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Hipoalbuminemia: níveis de albumina
abaixo de 3,5 mg/dL → resulta na
formação de edema.
Hiperalbuminemia:
Condição rara, podendo ocorrer
na desidratação
Uso prolongado do torniquete na
coleta de sangue venoso
Analbuninemia: edema moderado,
acredita-se que as concentrações das
outras proteínas plasmáticas aumentam e
compensam a deficiência relativa da
albumina.

CAUSAS DA DEFICIÊNCIA DA ALBUMINA


Síntese diminuída: Desnutrição, má absorção ou hepatopatia crônica.
Distribuição anormal ou diluição: A hipoabuminemia pode ser induzida pela superidratação
ou pelo aumento da permeabilidade capilar (septicemia).
Excreção anormal ou degradação: Síndrome nefrótica, enteropatias, queimaduras
hemorragias.

PRÉ-ALBUMINA (20-45 mg/dL)


Sintetizada pelo fígado, tem como função conhecida ser carreadora da tiroxina e
desempenhar um papel significativo no metabolismo da vitamina A. Forma um complexo
com o retinol, que se liga posteriormente à vitamina A. Devido à sua baixa concentração no
soro, com frequência deixa-se de observá-la na eletroforese de proteínas séricas.
Entretanto, consegue ultrapassar a barreira hematoencefálica e pode também ser
sintetizada por células do plexo coroide, o que explica seu aparecimento frequente na
eletroforese do líquor cefalorraquidiano.
Os níveis de pré-albumina estão significativamente diminuídos em diversas
patologias hepáticas e aumentados em pacientes em uso de esteroides, como também na
falência renal e durante a gravidez.
Por apresentar uma meia-vida muito curta e ser bastante sensível às variações do
aporte alimentar e ao estado funcional hepático, é considerado um bom marcador do
estado nutricional.
Função: transporte de hormônio tiroxina (T4)
Significado clínico: Reduzido processos inflamatórios agudos e nas hepatopatias

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A alfa-1-antitripsina responde por cerca de 90% das proteínas que correm na faixa das alfa-1-globulinas. A deficiência da alfa-
1-antitripsina está associada ao enfisema pulmonar e à cirrose hepática. Só é detectável pela eletroforese quando homozigótica;
os estados heterozigóticos só podem ser identificados por técnicas imunoenzimáticas que também são utilizadas para confirmação
das deficiências homozigóticas.
É uma das proteínas de fase aguda e pode ser encontrada em outros fluidos orgânicos, como lágrimas, sêmen, bile e líquido
amniótico. Nos 10% restantes, estão a alfa-1-glicoproteína ácida, a alfafetoproteína e outras proteínas. Os níveis se elevam nas doenças
inflamatórias agudas e crônicas, neoplasias, após traumas ou cirurgias e durante a gravidez ou estrogenioterapia. Nos
hepatocarcinomas, a elevação pode acontecer pelo aumento da alfafetoproteína.
Alfa-1-glicoproteína ácida (65%): elevada nos processos inflamatórios agudos. Nunca chega ao pico que a albumina chega
pois não tem afinidade a corantes proteicos.
Alfa Lipoproteína (HDL)
Alfa-fetoproteína: origem placentária e fetal.

Incluem a haptoglobina, a alfa-2-macroglobulina e a ceruloplasmina. Raramente encontram-se alterações nessa banda


eletroforética, já que a diminuição de um componente é compensada pelos demais mesmo dentro da faixa de referência.
Níveis elevados de alfa-2-macroglobulina associados à diminuição da albumina acontecem na síndrome nefrótica. Os níveis
de haptoglobina e de ceruloplasmina podem apresentar-se elevados em numerosas situações que levam à reação de fase aguda. Os

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níveis de haptoglobina apresentam-se diminuídos nas hepatopatias graves, na anemia megaloblástica, nas situações de aumento da
hemoglobina livre, como na hemólise de eritrócitos ou na reabsorção de grandes hematomas e na terapia com estrogênios e
corticóides. Os níveis de ceruloplasmina aumen-tam na estrogenioterapia e se encontram diminuídos na doença de Wilson, na
desnutrição, na síndrome nefrótica e nas enteropatias com perda de proteína.
Alfa-2-macroglobulina
Função: transporte hormonal e inibidor das enzimas proteolíticas.
Siginificado clínico: Aumenta na síndrome nefrótica.
Haptoglobina (50%).
Alfa-1-antiquimiotripsina (elevada nos processos inflamatórios agudos).
Alfa-2-macroglubulina:
Função: transporte hormonal e inibidor das enzimas proteolíticas
Significado clínico: aumentado na síndrome nefrótica, hemólises, hepatite, neoplasias e cirrose.
Haptoglobina:
Função: formar complexo proteico com a hemoglobina livre plasmática.
Significado clínico: aumentado nos processos inflamatórios agudos e diminuído nas doenças hemolíticas.

Composta pelas beta-lipoproteínas (LDL), transferrina, C3 e outros componentes do complemento, beta-2-microglobulina


e antitrombina III. A redução dessa banda não é frequente. A anemia por deficiência de ferro leva ao aumento da transferrina. O
hipotireoidismo, a cirrose biliar, as nefroses e alguns casos de diabetes mellitus podem se evidenciar pelo aumento de colesterol e
consequente aumento das beta-lipoproteínas (LDL). A beta-globulina está frequentemente elevada nos casos de icterícia obstrutiva
e menos frequentemente em alguns casos de hepatite. Quase sempre, está elevada nos casos de cirrose hepática. Nesses casos,
pode aparecer junto com sobreposição ou fusão das bandas beta e gama pelo aumento de IgA, que ocorre nas cirroses hepáticas,
infecções de pele ou trato respiratório e na artrite reumatoide. Elevações causadas provavelmente pelo aumento dos componentes
do complemento podem ocorrer em hipertensão maligna, doença de Cushing, poliarterite nodosa e carcinomas.
Transferrina:
Função: transporte de ferro plasmático
Significado clínico: aumentado na deficiência de ferro e reduzido nas hepatopatias crônicas
Complemento C3:
Significado clínico: aumentado nos processos inflamatórios agudos
Beta-lipoproteína (LDL)
Função: transporte do colesterol

Composta pelas imunoglobulinas, predominantemente pela IgG. As imunoglobulinas A,M,D,E e proteína C reativa
encontram-se na área de junção beta-gama. A ausência ou a diminuição da banda gama indica imunodeficiências congênitas ou
adquiridas. O aumento dessa banda sugere o aumento policlonal das gamaglobulinas associadas a doenças inflamatórias crônicas,
reações imunes, doenças hepáticas ou neoplasias disseminadas.

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As principais características das gamaglobulinas são:
Migram desde a zona beta;
Deficiência no uso da quimioterapia;
Aumentado nos processos crônicos, doenças hepáticas e mieloma.

Bandas oligoclonais podem eventualmente ser homogêneo, que pode ou não resultar do aumento total da
observadas em infecções virais crônicas, em algumas área gama.
infecções bacterianas como as pneumonias por As hepatopatias cursam frequentemente com
pneumococos e as hepatites crônicas ativas. aumento da banda das gamaglobulinas. Na hepatite, verifica-
Tuberculose, sarcoidose, linfogranuloma venéreo e se um aumento das beta e gamaglobulinas com redução da
sífilis terciária são doenças crônicas que levam ao aumento albumina. Nas cirroses, o padrão mais sugestivo consiste na
dessa banda. Artrite reumatoide, lúpus eritematoso sistêmico elevação da gamaglobulina de base ampla, juntamente com a
e outras colagenoses podem apresentar níveis normais a fusão da beta e da gamaglobulina, sem a individualização dos
acentuadamente aumentados, dependendo da fase de picos da chamada ponte beta-gama. Apenas cerca de 20%
atividade da doença. Níveis aumentados também são dos cirróticos apresentam a fusão completa, e cerca de 3%
encontrados em linfomas malignos, doença de Hodgkin e apresentam a fusão parcial.
leucemia linfocítica crônica. Tipicamente, a macroglobulinemia As características particulares de cada
de Waldenström e o mieloma múltiplo exibem um pico imunoglobulina são:

IgG (75%) IgA IgM


✔ Peso molecular: 155.000 Daltons ✔ Peso molecular: 170.000 Daltons ✔ Peso molecular: 950.000 Daltons
(155 KDa) (170 KDa) (950 KDa)

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✔ Concentração: 700-1450 mg/dL ✔ Concentração: 90-450 mg/dL ✔ Concentração:
✔ Imunoglobulina mais abundante: ✔ Representa 7-15% das Ig plamáticas ▪ H: 55-220 mg/dL
representa 75% das ✔ Meia-vida: 6 dias ▪ M: 45-180 mg/dL
imunoglobulinas circulantes ✔ Abundante nas secreções ✔ Contribui com 5-10% das
✔ Protege os espaços teciduais e ✔ Barreira antisséptica, protege as imunoglobulinas
atravessa livremente a placenta superfícies mucosas ✔ Meia-vida de 5 dias
vida-média de 22 dias. ✔ Importante componente do colostro ✔ É a primeira imunoglobulina
✔ Entre a 18a e 20a de gestação, a IgG (primeira barreira imunológica) sintetizada em resposta a um
é transportada ativamente através ✔ Promove a fagocitose antígeno.
da placenta, fornecendo deste ✔ Induz a degradação eosinofílica
modo, a imunidade humoral para o ✔ Valor de referência: 80-385 mg/dL
feto e o recém-nascido, antes da
maturação do sistema imune.
✔ Valor de referência: 700-1.500
mg/dL

Tipo policlonal: forma não específica em uma grande variedade de infecções: aumento difuso das várias imunoglobulinas
em toda região das gama globulinas observada na eletroforese de proteínas. Ex: Hepatopatia crônica, cirrose hepática (beta
larga: fusão da beta-gamaglobulinas), hepatite crônica.

Monoclonal:
Denominada de Paraproteína
Caracteriza-se pela elevação de uma determinada imunoglobulina, formando um pico estreito na fração
gamaglobulinas.
Proliferação de um só tipo de clone de plasmócitos que vão sintetizar um único tipo de imunoglobulina.
Ex: mieloma múltiplo, macroglobulinemia de Waldenström, calazar.

O mieloma múltiplo (MM) É uma doença dos plasmócitos (Discrasia Plasmocitária Maligna). Esses plasmócitos se proliferam
de forma desordenada, e passam a produzir imunoglobulinas e citocinas (responsáveis por boa parte das manifestações
clínicas características da doença: anemia e ativação dos osteoclastos e inibição dos osteoblastos, que promovem as lesões
ósseas).
Epidemiologia: Homens, negros, >50-60 anos
Características:
Redução da produção da série branca e da série vermelha e de formação de plaquetas

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Metastase óssea, apresentando dor óssea
Diminuição da produção de imunoglobulinas normais
Consequências:anemia e susceptibilidade à infecção
Manifestações clínicas:
Anemia de doença crônica
Lesões ósseas líticas
Hipercalcemia (aumento de cálcio no sangue)
Insuficiência renal
Em 50% dos casos de mieloma as cadeias leves são produzidas em maior quantidade do que as pesadas
Em 15% dos casos; apenas cadeias leves
Tratamento: diz-se que MM não tem cura; o que se faz, é terapia para aumentar a sobrevida.
Drogas supressoras da medula óssea
Plasmaférese (substituição do plasma do paciente por plasma normal, com retenção dos seus próprios
componentes celulares)

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1, 4, 5, 8 - Padrão Normal 1, 3, 5, 8 - Padrão Normal


2 - Gamopatia Policlonal 2, 7 - Gamopatia Policlonal
3 - Gamopatia Monoclonal (IgA) 6 – Gamopatia Monoclonal (IgA)
6 - Gamopatia Monoclonal (IgG)

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