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MATERIAL E REAGENTES
Fonte de Energia: pode ser a mesma cuba, sendo dotada de dois eletrodos: um positivo e outro negativo. As proteínas vão
correr no sentido NEGATIVO → POSITIVO
Cuba e ponte para eletroforese: aparelho onde será depositada parte da solução tampão e sobre ela, põe-se a ponte com
a fita de acetato celulose sobre ela.
Fitas de acetato de celulose: inicialmente, passa 15min numa solução tampão (pH 9,5 ± 0,2) e depois conservada em
metanol à 40% para não ressecar. O tratamento em fita de acetato serve para retirar a condição de isoeletricidade entre as
proteínas, para que elas obtenham cargas para que seja possível a sua migração na fita.
Aplicador: aparelho especialmente elaborado para colher z pequena parte da amostra do soro para ser aplicada na fita.
Espectrofotômetro ou Densitômetro
Tampão veronal (pH 8,5)
Corante: Ponceau´S
Descorante: ácido acético 5%
Eluente: ácido acético 80%
Desidatrante: metanol
Solução Transparentizadora: 84 mL de metano
1 mL de Glicerol
15 mL de ácido acético glacial
TÉCNICA
1. Colocar cerca de 100 mL do tampão em cada compartimento da cuba.
2. Retirar as fitas de acetato de celulose da solução conservante (metanol 40%) e colocar na solução tampão por cerca de 20
minutos.
3. Retirar o excesso do tampão, enxugando-a entre duas folhas de papel de filtro e adaptá-la na ponte de eletroforese.
4. Aplicar a amostra na fita e aguardar 5 minutos, para completa absorção da amostra. Ligar a fonte na corrente elétrica durante
45 minutos.
5. Desligar a fonte e colocar em solução corante (Ponceau´S) durante 5 minutos.
6. Transferir a fita para a solução descorante (ácido acético a 5%), lavando várias vezes, para tirar o excesso do corante.
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7. A quantificação das frações pode ser feito pelo método da eluição (espectrofotômetro) ou transparentização
(densitometria).
8. Eluição:
a) Identificar 6 tubos : Branco, albumina, alfa-1-globulina, alfa-2-globulina, β-globulina e gama-globulinas.
b) Colocar 2,0 mL de solução eluente (ácido acético 80%), em cada tubo, com exceção do tubo correspondente a
albumina que será 4,0 mL (após a leitura da absorbância, multiplicar por 2).
c) Cortar as frações separadamente e colocar nos tubos correspondentes. Agitar até a completa dissolução. Para o
branco, cortar uma parte da fita onde não haja fração proteica.
d) Efetuar a leitura no filtro verde (520nm).
4. Concentração da amostra:
Concentração da Amostra (g /dL) = Absorbância do Teste x [PADRÃO]
Absorbância do Padrão
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FITA DE ACETATO DE CELULOSE: (POLO -) Gama β α2 α1 albumina (POLO +)
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FUNÇÕES DA ALBUMINA
Manutenção da pressão osmótica;
Transporte de hormônios tireoideanos;
Transporte de hormônios lipossolúveis;
Transporte de ácidos graxos livres;
Transporte de bilirrubina não conjugada;
Transporte de fármacos e drogas;
Aumento da libido;
União competitiva com ions de cálcio;
Controle do pH.
CORRELAÇÕES CLÍNICAS
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A alfa-1-antitripsina responde por cerca de 90% das proteínas que correm na faixa das alfa-1-globulinas. A deficiência da alfa-
1-antitripsina está associada ao enfisema pulmonar e à cirrose hepática. Só é detectável pela eletroforese quando homozigótica;
os estados heterozigóticos só podem ser identificados por técnicas imunoenzimáticas que também são utilizadas para confirmação
das deficiências homozigóticas.
É uma das proteínas de fase aguda e pode ser encontrada em outros fluidos orgânicos, como lágrimas, sêmen, bile e líquido
amniótico. Nos 10% restantes, estão a alfa-1-glicoproteína ácida, a alfafetoproteína e outras proteínas. Os níveis se elevam nas doenças
inflamatórias agudas e crônicas, neoplasias, após traumas ou cirurgias e durante a gravidez ou estrogenioterapia. Nos
hepatocarcinomas, a elevação pode acontecer pelo aumento da alfafetoproteína.
Alfa-1-glicoproteína ácida (65%): elevada nos processos inflamatórios agudos. Nunca chega ao pico que a albumina chega
pois não tem afinidade a corantes proteicos.
Alfa Lipoproteína (HDL)
Alfa-fetoproteína: origem placentária e fetal.
Composta pelas imunoglobulinas, predominantemente pela IgG. As imunoglobulinas A,M,D,E e proteína C reativa
encontram-se na área de junção beta-gama. A ausência ou a diminuição da banda gama indica imunodeficiências congênitas ou
adquiridas. O aumento dessa banda sugere o aumento policlonal das gamaglobulinas associadas a doenças inflamatórias crônicas,
reações imunes, doenças hepáticas ou neoplasias disseminadas.
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As principais características das gamaglobulinas são:
Migram desde a zona beta;
Deficiência no uso da quimioterapia;
Aumentado nos processos crônicos, doenças hepáticas e mieloma.
Bandas oligoclonais podem eventualmente ser homogêneo, que pode ou não resultar do aumento total da
observadas em infecções virais crônicas, em algumas área gama.
infecções bacterianas como as pneumonias por As hepatopatias cursam frequentemente com
pneumococos e as hepatites crônicas ativas. aumento da banda das gamaglobulinas. Na hepatite, verifica-
Tuberculose, sarcoidose, linfogranuloma venéreo e se um aumento das beta e gamaglobulinas com redução da
sífilis terciária são doenças crônicas que levam ao aumento albumina. Nas cirroses, o padrão mais sugestivo consiste na
dessa banda. Artrite reumatoide, lúpus eritematoso sistêmico elevação da gamaglobulina de base ampla, juntamente com a
e outras colagenoses podem apresentar níveis normais a fusão da beta e da gamaglobulina, sem a individualização dos
acentuadamente aumentados, dependendo da fase de picos da chamada ponte beta-gama. Apenas cerca de 20%
atividade da doença. Níveis aumentados também são dos cirróticos apresentam a fusão completa, e cerca de 3%
encontrados em linfomas malignos, doença de Hodgkin e apresentam a fusão parcial.
leucemia linfocítica crônica. Tipicamente, a macroglobulinemia As características particulares de cada
de Waldenström e o mieloma múltiplo exibem um pico imunoglobulina são:
Tipo policlonal: forma não específica em uma grande variedade de infecções: aumento difuso das várias imunoglobulinas
em toda região das gama globulinas observada na eletroforese de proteínas. Ex: Hepatopatia crônica, cirrose hepática (beta
larga: fusão da beta-gamaglobulinas), hepatite crônica.
Monoclonal:
Denominada de Paraproteína
Caracteriza-se pela elevação de uma determinada imunoglobulina, formando um pico estreito na fração
gamaglobulinas.
Proliferação de um só tipo de clone de plasmócitos que vão sintetizar um único tipo de imunoglobulina.
Ex: mieloma múltiplo, macroglobulinemia de Waldenström, calazar.
O mieloma múltiplo (MM) É uma doença dos plasmócitos (Discrasia Plasmocitária Maligna). Esses plasmócitos se proliferam
de forma desordenada, e passam a produzir imunoglobulinas e citocinas (responsáveis por boa parte das manifestações
clínicas características da doença: anemia e ativação dos osteoclastos e inibição dos osteoblastos, que promovem as lesões
ósseas).
Epidemiologia: Homens, negros, >50-60 anos
Características:
Redução da produção da série branca e da série vermelha e de formação de plaquetas
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Metastase óssea, apresentando dor óssea
Diminuição da produção de imunoglobulinas normais
Consequências:anemia e susceptibilidade à infecção
Manifestações clínicas:
Anemia de doença crônica
Lesões ósseas líticas
Hipercalcemia (aumento de cálcio no sangue)
Insuficiência renal
Em 50% dos casos de mieloma as cadeias leves são produzidas em maior quantidade do que as pesadas
Em 15% dos casos; apenas cadeias leves
Tratamento: diz-se que MM não tem cura; o que se faz, é terapia para aumentar a sobrevida.
Drogas supressoras da medula óssea
Plasmaférese (substituição do plasma do paciente por plasma normal, com retenção dos seus próprios
componentes celulares)
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