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CÂMPUS DE JABOTICABAL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS
Departamento de Patologia Veterinária
JABOTICABAL - SP
- 2017 -
Prof. Hélio José Montassier 1
FCAV – UNESP - Jaboticabal
ÍNDICE
Introdução as técnicas de laboratório em Imunologia...................................................... 3
Preparo de antígenos para imunização de camundongos e cobaias para a obtenção de
soros precipitantes e aglutinantes.................................................................................... 8
Purificação parcial dos anticorpos presentes no soro normal através da precipitação da
fração gama-globulina com sulfato de amônio................................................................ 13
Purificação de IgG através de cromatografia de troca iônica.......................................... 17
Reação quantitativa de soroprecipitação.......................................................................... 20
Caracterização da fração gama globulina precipitada por imunoeletrofores................ 24
Imunohemólise - experiência de Erlich Morgenroth Modificada.............................. 28
Técnica de Imunodifusão Dupla em Gel de Agar para Titulação de Soro Anti-Gama
Globulina..................................................................................................................... 31
Reação de Soroaglutinação para Titulação de Anticorpos Anti-Hemácias de 34
Carneiro.......................................................................................................................
Método indireto de ELISA para detecção e titulação de anticorpos de cobaia anti-
gamaglobulina bovina..................................................................................................... 37
Técnicas de SDS-PAGE e de WESTERN-BLOTTING……………………………... 41
Tipos de diluentes
Solução salina (NaCl 0,15 M)
PBS ou Tampão Fosfato Bicarbonato
Sangue
+
Anti- Coagulante
Sobrenadante
Após
passos 1.2
e 1.3 Salina
4ml
Figura 01
1
Tipos de soluções anti-coagulantes: solução de Alsever (citrato de sódio + glicose + NaCl + ácido cítrico),
oxalato, EDTA, heparina.
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02. Preparo de solução de soroalbumina bovina a l,0% e 5%, considerando que você
vai usar um volume de 5ml para inocular os animais
1ml
Material
1ml 1ml 1ml 1ml 1ml
1 2 3 4 5 6
1ml de
salina em
todos
1/2 1/4 1/8 1/16 1/32 1/64
Figura 02
4) Transferir l ml do tubo 2 para o tubo 3.
5) Prosseguir da mesma maneira até o último tubo da série.
As diluições obtidas serão: l:2; l:4; l:8; l:l6; l:32;l:64
Exemplo 2. Diluições sucessivas com razão constante igual a l0 (figura 04)
1) Distribuir 9ml de diluente numa série de tubos.
2) Ao tubo 1 adicionar 1 ml do material não diluído.
3) Transferir 1 ml do tubo 1 para o tubo 2.
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Figura 03
Problemas:
1. Como você faz para diluir um soro a 1/50;1/100;1/200;1/400 e 1/800?
2. Como você procede para diluir um vírus de 10-3 a 10-8?
Perguntas:
1. Qual o procedimento geral para se preparar uma suspensão antigênica bacteriana a
5%?
2. Como se faz para preparar uma solução antigênica de gamaglobulina bovina a 0,1%,
num volume final de 5ml?
3. Qual das preparações antigênicas acima (exercícios 1 e 2) será usada para a
obtenção de soros:
a) Precipitantes b) Aglutinantes
4. Qual(is) a(s) principal(is) finalidade(s) de se fazer uma escala de diluições seriadas?
5. O que são:
a) Solução anti-coagulante de Alsever
b) Solução salina d) Soro
c) Plasma e) Solução salina tamponanda
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GGB a 2mg/ml
5ml da solução
Sangue
+
Anti- Coagulante
Figura 05
Figura 07
1ª Etapa
Organismos
Antígeno Inoculados
Macrófagos ou Células
dendríticas
Fragmentos
Lisossoma Peptídicos
2ª Etapa
MHC II + Fragmentos
Peptídicos
Fragmentos
Peptídicos
T
B Lisossoma
Estímulo Secundário
Figura 08
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Adjuvantes
São imunomodeladores, ou seja, substâncias capazes de potenciar, inespecificamente,
as respostas imunes contra os antígenos.
Tipos:
Minerais – Ex: Al(OH)3, óleo mineral/emulsionante (Adjuvante Incompleto de
Freund – AIF)
Orgânicos – Ex: Saponina, óleos vegetais e lecitina de soja
Produtos derivados de microrganismos – Ex: bactérias (Mycobacterium spp.;
Propyonabacterium acnes; bactérias gram negativas - LPS), fungos (Sacharomyces cerevisae
- Glucana)
OBS: O Adjuvante Completo de Freund (ACF) é composto de óleo mineral +
emulsionante + Mycobacterium spp.
Efeitos principais dos Adjuvantes:
Efeito depósito
Aumentar resposta inflamatória no local da inoculação
Ativação de células imunocompetentes ou apresentadoras de antígenos
PERGUNTAS
1. Em quais formas principais podem-se apresentar os antígenos e qual a natureza
química deles?
2. O que são adjuvantes, quais as principais formas e para que eles são usados?
3. Quais as principais vias de administração de um antígeno no organismo normal?
4. Por que são feitas várias inoculações de um antígeno, durante o processo de
imunização?
5. Após o término da imunização, qual a modalidade de Resposta Imune que será
avaliada?
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1. INTRODUÇÃO - GENERALIDADES
Para estudar a estrutura dos Acs é necessário purificá-los previamente. Tal purificação
é de grande interesse prático, pois diminui consideravelmente as reações produzidas pelos
soros quando eles são utilizados com finalidades profilática ou terapêutica.
Os métodos usados para purificação dos Acs se filiam a duas modalidades: métodos
não específicos e específicos. Os primeiros se baseiam em técnicas de fracionamento físico ou
físico-químico e não permitem separar as gamaglobulinas normais dos Acs. Os métodos
específicos, por outro lado, baseiam-se na dissociação ou eluição dos imunocomplexos e
permitem obter os Acs em alto grau de pureza, livres de imunoglobulinas (Igs) inespecíficas.
São os métodos de escolha para estudos experimentais, porém, não podem ser aplicados aos
soros terapêuticos em virtude de baixo rendimento inerente ao processo de purificação.
O método de precipitação com sais neutros ("Salting-out") é de uso corrente e utiliza,
sobretudo, o sulfato de amônio e o sulfato de sódio.
De modo geral, quando se deseja precipitar todas as globulinas de um soro sanguíneo,
adiciona-se sulfato de amônio a 50% de saturação ou sulfato de sódio a 22% de saturação (a
37ºC) permanecendo solúvel apenas a fração albumina. Outra maneira é precipitar as frações
Gama e Beta globulina que contêm praticamente a maior parte das proteínas com função de
Acs com sulfato de amônio a 40% de saturação ou com sulfato de sódio a l9% de saturação (a
37ºC).
No nosso caso, será utilizado o método de precipitação das frações gama e beta
globulina com sulfato de amônio a 40% de saturação.
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2. MATERIAL
- 5ml de soro sanguíneo
- 5ml solução salina tamponada com fosfatos (PBS)
- solução de sulfato de amônio a l00% de saturação
- becker de 50ml
- pipeta de lml, 2ml, 5ml, l0ml
- tubos cônicos plásticos de centrífugas
- bastões de vidro pequenos e grandes
- provetas de 25, 50ml e 1000ml
- saco de diálise, cordonê
- becker de 2 litros
- pipeta pasteur e tetina
- erlenmeyer de 125 e 250 ml
10ml de
solução
Figura 09
3. MÉTODOLOGIA
3.2. Calcular o volume de sulfato de amônio a l00% de saturação que deverá ser
acrescentado a mistura de soro mais P.B.S. no volume final de l0ml; volume de sulfato de
amônio a l00% de saturação onde:
VxC
X = -------
l00-C
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3.3. Sob agitação cuidadosa, acrescentar gota a gota o volume calculado do sulfato de
amônio a l00% de saturação, para dar uma saturação final de 40%.
Soro + PBS
Proteínas solúveis Proteína /
Globulinas
O Camada de Solvatação
Proteína H H
Figura 10
+ Sulfato de Amônio
Figura 11
Figura 12
3.7. Após a última lavagem, descartar o sobrenadante e ressuspender o precipitado em
1 mL de PBS com cuidado e com o uso de pipeta Pasteur.
3.8. O sedimento ressuspenso deve ser colocado dentro do saco de diálise, esse deve
ser fechado e se coloca para dialisar contra salina. Deixa-se dialisar por 2 dias a 4ºC, com
duas trocas de líquido de diálise ao dia.
4. Retira-se a fração precipitada do saco de diálise e guarda-se em congelador a -20ºC
para ser testada por imunodifusão.
PERGUNTAS
São reconhecidos, no mínimo, dois métodos diferentes que podem ser usados,
separadamente ou combinados, para se obter uma preparação de IgG ou de IgM com grau de
elevada pureza. Um desses métodos é a cromatografia de troca iônica e o outro é a filtração
em gel. A cromatografia de troca iônica é um dos métodos mais conhecidos para se fazer a
separação de proteínas séricas e o isolamento de imunoglobulinas. Esse método se
fundamenta no fato de as proteínas apresentarem cargas elétricas e poderem se ligar
eletrostaticamente na matriz de troca iônica, a qual possui uma carga oposta à das proteínas. A
força de interação com que as proteínas se ligam a esse tipo de matriz de troca iônica depende
da densidade de cargas elétricas da proteína bem como do pH e da força iônica do meio onde
a proteína se encontra. Dessa forma, para se eluir (“desligar”) as proteínas adsorvidas
eletrostaticamente a esse tipo de matriz, deve-se aumentar a força iônica do meio,
aumentando-se a concentração dos sais do tampão de eluição, uma vez que os sais
adicionados vão competir com as proteínas pelos sítios carregados dessa mesma matriz. Outra
forma de se promover a eluição é alterar o pH do tampão de eluição, pois, à medida em que o
pH do meio onde se encontra a proteína se aproxima do ponto isoelétrico dessa mesma
proteína, a somatória da carga elétrica da mesma se aproxima de zero, de forma que essa
proteína perde a capacidade de continuar ligada à matriz de troca iônica.
Há dois tipos básicos de matrizes de troca iônica: uma delas é recomendada para a
interação com proteínas carregadas positivamente, sendo a matriz trocadora de cátions, como
é o caso do carboxi-metil-celulose (CM-celulose), enquanto que o outro tipo é recomendado
para a interação com proteínas carregada negativamente, sendo a matriz trocadora de ânions,
como o dietil-amino-etil-celulose (DEAE-celulose). No caso de se fazer a separação de IgG, a
resina ou matriz recomendada é DEAE-celulose.
O método mais indicado para se conseguir um melhor grau de pureza e de rendimento
da fração IgG é se fazer primeiramente a precipitação da fração gama-globulina de um soro
sanguíneo com sulfato de amônio ou sulfato de sódio, tal como foi feito na aula anterior. Essa
fração gama globulina depois de dialisada para se eliminar o excesso de sais usados na
precipitação, depois de ter a sua concentração protéica determinada, é colocada em uma
coluna previamente montada de DEAE – celulose.
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2.2.- Método
Gama-Globulina
12 gotas/min
Assunto 04- figura 01
Figura 13 3ml
PERGUNTAS
1.- Qual o fundamento do processo de purificação de IgG por cromatografia de troca
iônica?
2.- A obtenção de IgG em alto grau de pureza poderia contribuir em quais aspectos ou
em que técnicas ?
3.- Que outros métodos são também indicados para a separação de imunoglobulinas
em elevado grau de pureza?
4.- Para a separação de IgG é indicado o uso de coluna cromatográfica trocadora de
ânions (DEAE-celulose). No caso da necessidade de separar uma proteína com cargas opostas
a da IgG, qual resina seria então recomendada?
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Concentração de Ag : Concentração de Ac
P.M. Ag P.M. Ac
Em soros hiperimunes a maior parte dos Acs são do isótipo IgG que tem P.M de cerca
de 150.000 D. O Ag, BSA, apresenta um P.M. de 68.000. A relação entre as concentrações
molares de Ac para a molécula de Ag na sua menor concentração de Ag fornecerá uma
estimativa do número de determinantes antigênicos presentes em uma determinada molécula
de Ag.
Concentração de Ag : Concentração de Ac
P.M. Ag P.M. Ac
= 0,14 : 0,705 .
68.000 150.000
PERGUNTAS
+ -
+ -
Centro
Gama-
Globulina
Figura 15
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1.2. Material
a) Solução de Bacto Ágar (Difco) a 1% em tampão Tris-Acetato pH 8,2 e
força iônica = 0,06;
b) Lâminas de Microscopia;
c) Pipetas de 5ml;
d) Micropipetadores e ponteiras para 10ul e 50ul;
e) Molde perfurador para imunoeletroforese;
f) Bomba de vácuo aplicada com kitassato, cânulas e pipetas Pasteur;
g) Placa de Preti com gaze umidecida e suportes para lâminas (Câmara
úmida);
h) Tampão tris-acetato pH 8,2 e força iônica de 0,113;
i) Fonte e cuba para eletroforese;
j) Antissoros anti-proteínas totais séricas de bovinos e de cobaias;
l) Tiras de papel de filtro;
m) "Cotonete" com gaze;
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1.3. Técnica
a) Fundir o ágar em água fervente;
b) Aplicar com um cotonete sobre a lâmina uma camada de ágar, esperar secar;
c) Colocar, com pipeta, 2ml de ágar sobre as lâminas previamente revestidas com ágar
e tomar cuidado para não formar bolhas nem deformidades, esperar esfriar e solidificar;
d) Com o molde perfurador adequado, fazer os orifícios no gel e, em seguida, retirar os
fragmentos de ágar com a trompa de vácuo; (figura 03)
e) Cortar tiras de papel de filtro da largura da lâmina para fazer a ponte entre o tampão
e as lâminas;
f) Montar dentro da cuba, previamente preenchida com tampão, as lâminas, fazendo as
pontes entre os polos de cuba com tiras de filtro;
g) Aplicar em cada cavidade do ágar de 5 a 10ul da amostra a ser submetida à
eletroforese;
h) Fechar a cuba, ligar a fonte e regular a corrente para 6ml/lâmina, o que dá cerca de
50v/lâmina. Deixar a corrida prosseguir por 2h; (figura 04)
i) Desligar a fonte e retirar as lâminas. Em seguida, remover, com o auxílio da tampa
de vácuo, a canaleta de gel e adicionar dentro da canaleta o antissoro específico;
j) Levar as lâminas, com cuidado, para a câmara úmida e fazer a leitura 24-48 horas
depois;
IgG Bovina
Soro Total
Bovino
Figura 16
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Tampão
de Corrida
Papel
V
Fonte de Energia
IgG
Soro anti
soro bovino
PERGUNTAS
1) Como podemos identificar imunologicamente a fração gama-globulina precipitada
e da IgG purificada por cromatografia de troca iônica?
2) Quais os princípios da prova de imunodifusão dupla em gel de ágar e qual a sua
utilidade dentro da imunologia e, nesse caso, em particular?
3) Quais os princípios da prova de imunoeletroforese e qual a sua principal utilidade
dentro da imunologia e, nesse caso, em particular?
4) Qual dessas 2 técnicas (Imunodifusão dupla em gel de ágar e Imunoeletroforese)
fornece respostas mais completas e esclarecedoras, a respeito das características
imunoquímicas de uma mistura antigênica?
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I. OBJETIVOS
Figura 18
II. MATERIAL
l) Estante para tubo de hemólise (l2x75mm)
2) 3 tubos de ensaio l2x75mm
3) 4 pipetas de lml com graduação centesimal
4) Suspensão de hemácias de carneiro a 5%
5) Hemolisina (já diluída)
6) Complemento (soro normal de cobaio) já titulado
7) Solução fisiológica
III. TÉCNICA
l) Numerar os tubos l, 2 e 3
2) Pipetar 0,lml de suspensões de hemácias nos 3 tubos
3) Pipetar 0,lml de hemolisina nos tubos l e 2
4) Pipetar 0,5ml de complemento nos tubos l e 3
5) Pipetar solução fisiológica: (figura 02)
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- 0,8ml no tubo l
- l,3ml no tubo 2
- 0,9ml no tubo 3
6) Incubar em B.M. a 37ºC por 30 minutos
Figura 19
IV - RESULTADOS E INTERPRETAÇÃO
Figura 22 Tubo 3
2 3
Tubo 2 Tubo 3
Figura 23
PERGUNTAS
Figura 26
Material
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Metodologia:
0,5ml salina 0,5 ml salina 0,5ml salina 0,5ml salina 0,5ml salina
0,5ml soro
1/32
Soro puro
1/16 Ag
1/2
1/4
1/8
Figura 27
PERGUNTAS
1) Que tipos de antígenos são revelados pela reação de soroprecipitação?
2) Qual o mecanismo da reação de soroprecipitação?
3) Quais as utilidades do emprego da reação de imunodifusão dupla em gel de Agar,
em medicina veterinária?
4) Como se faz para titular anticorpos de um soro precipitante?
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Perda da camada
de solvatação
Antígenos
particulados
hidrófilos
Hidrófobo Agregação - Aglutinação
Figura 29
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2) Teoria "das malhas" da qual os aglomerados seriam constituídos de células ligadas entre si
pelos anticorpos. (figura 02)
Zona de Equivalência
Figura 30
Técnicas das reações de aglutinação:
As reações de aglutinação podem ser executadas sobre lâminas de microscopia ou
placas de vidro, em tubos de ensaio e em microplacas. Elas podem ser:
1) Reações qualitativas.
2) Reações quantitativas.
Na aula prática, os alunos terão uma demonstração sobre reação de aglutinação
quantitativa feita em placas (micrométodo) usando soros anti-hemácias de carneiro e
suspensão antigênica de hemácias de carneiro.
Material necessário:
1) Microplacas plásticas para hemaglutinação.
2) Soros de camundongos (imunização feita em aula prática pelos grupos 2, 6, 3 e 7).
3) Suspensão de hemácias de carneiro a 1%.
4) Solução salina (0,l5M).
5) Micropipetadores de 25 ul
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Técnica da Reação:
1) Adicionar um volume de 25ul de diluente (PBS) em todas as cavidades das fileiras
A e B da microplaca (0,025ml).
2) Colocar na primeira cavidade da fileira A1 e B1 25ul (0,025ml) do soro positivo de
camundongos
3) Com uma micropipeta de 25ul , começar a homogeneizar a primeira cavidade da
fileira A, contendo o soro e, sem tocar na superfície ou na borda da placa, transferir 25ul para
a segunda cavidade da fileira A2. Novamente homogeneizar bem e, com os mesmos cuidados,
transferir 25ul para a terceira cavidade e assim sucessivamente até a 11ª cavidade (A11), pois
para a última não será transferida nenhum volume da diluição dos soros e esta cavidade
servirá como controle da suspensão antigênica de hemácias. No final, portanto, teremos as
seguintes diluições dos soros: l/2, l/4, l/8, l/l6, l/32, l/64, l/l28, l/256, l/5l2, l/l024, l/2048.
4) Repetir a mesma operação para a fileira B.
5) Colocar em todas as cavidades das duas fileiras 25ul (0,025ml) da suspensão de
hemácias de carneiro.
6) Agitar com cuidado a placa e incubar por 40-60 minutos à temperatura ambiente.
7) Fazer a leitura da reação e, comparando os resultados dos soros e fazer a
interpretação dos resultados.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
1/2 1/4 1/8 1/16 1/32 1/64 1/128 1/256 1/512 1/1024 1/2048 Controle
A
Figura 31
PERGUNTAS
1) Quais os mecanismos da reação de soroaglutinação?
2) Que tipos de antígenos participam da reação de soroaglutinação?
3) Qual(is) a(s) utilidade(s) da reação de soroaglutinação, no sorodiagnóstico em
medicina veterinária?
4) Como se procede para titular anticorpos de um soro aglutinante?
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Substrato Enzimático
Antiglobulina marcada com
enzima
Anticorpo
Bloqueador
Antígeno
Figura 34
Material
Preparação antigênica solúvel de gamaglobulina bovina
Soros-teste de cobaias imunizadas anteriormente com antígeno citado +
adjuvantes distintos (ACF – Adjuvante Completo de Freund; AIF – Adjuvante Incompleto de
Freund; Al(OH)3 – Hidróxido de alumínio)
Conjugado de Ig G de coelho anti-Ig G de cobaia com peroxidase (enzima)
Peróxido de hidrogênio (H2O2 – água oxigenada) a 3% (substrato)
Orto-Fenileno-Diamina – OPD (cromógeno)
Microplacas para Elisa
Tampão Carbonato-Bicarbonato pH 9,6 a 0,05M
Tampão PBS pH 7,4
Tampão PBST pH 7,4 + 10% de LPD (Leite em Pó Desnatado)
Solução de HCl concentrado 2N
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Procedimento
1. Adicionar volumes de 50L da solução antigênica em sua diluição ideal de uso
(1g/mL) preparada em Tampão Carbonato-Bicarbonato (1:12500). Incubar a reação over-
night, em geladeira. Ao final, lavar as cavidades da microplaca 4 – 5 vezes com PBS.
2. Bloquear as cavidades da microplaca através da adição de LPD a 10% em
TCB, incubar a reação por 45 minutos a 37ºC. Ao final, lavar a microplaca como no item
anterior.
3. Adicionar as diluições das amostras de soros-teste preparadas em tampão
PBST + LPD. Incubar a reação por 60 minutos a 37ºC. Ao final, lavar novamente, conforme
já descrito.
4. Adicionar o conjugado em sua diluição ideal de uso (1:2000) preparada em
tampão PBST + LPD. Incubar por mais 60 minutos a 37ºC. Ao final, lavar novamente.
5. Adicionar a solução de substrato (H2O2) + OPD. Incubar, sob proteção da luz,
por 15 minutos e, então, bloquear a reação com HCl.
6. Fazer a leitura (figura 02) das DOs. Determinar a DO média dos controles para
obtenção dos títulos de Acs presentes nos soros.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
1/100 1/200 1/400 1/800 1/1600 1/3200 1/6400 1/12800 1/25600 1/51200 1/100240
ACF A
AIF
C
D
AlOH E
F
Sem G
Adjuvante
H
Figura 35
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PERGUNTAS
1) Em que se baseia e quais são os mecanismos / passos principais da reação
imunoenzimática de ELISA?
2) Que tipos de antígenos e anticorpos participam da reação imunoenzimática de
ELISA?
3) Qual(is) a(s) utilidade(s) do teste de ELISA, no sorodiagnóstico em medicina
veterinária?
4) Como se procede para titular anticorpos de um soro no teste de ELISA?
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TEMED – 12 µL
Preparo da amostra
60 µL da amostra (proteína a ser testada) (soro normal bovino, gamaglobulina
bovina e IgG bovina)
20 µL tampão da amostra 4X
8 µL de ß-mercaptoetanol
Ferver por 2 minutos e aplicar no gel 30µg de proteína a ser testada.
Tampão de transferência
100 mL de CAPS 10X
100 mL de metanol
800 mL de Água MilliQ
Cortar 2 papéis Watmann de 3mm nas seguintes medidas: 10X7cm
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1. Western blotting
Após a transferência das proteínas do gel para a membrana de PVDF, segue-se o
western blotting:
1. Retirar a membrana e colocar Ponceau sob agitação para detectar a transferência.
2. Lavar com água MilliQ sob agitação, para retirar o Ponceau
3. Bloquear a membrana com PBS-T + 2% BSA (0,5g de BSA + 10 mL de PBS-
T), incubar por 2 horas sob agitação.
4. Adicionar o conjugado anti-IgG bovina, na diluição de 1:1000 (10 µL do
conjugado anti-IgG bovina + 5 mL de PBS-T), incubar por 1 hora sob agitação.
5. Lavar a membrana 4X com PBS-T por 5 minutos
6. Lavar a membrana 1X com PBS por 10 minutos
7. Diluir 3 comprimidos de DAB e 3 comprimidos de uréia em 3 mL de água
MilliQ, sob agitação. Adicionar esta solução a membrana, esperar alguns
minutos até que apareça algum sinal, no máximo 5 minutos, e após este período
bloquear a reação com água MilliQ.
PERGUNTAS
1) Em que se baseia e quais são os passos principais das técnicas de poliacrilamida
gel-eletroforese (PAGE) e de Western-blotting (W.B.)?
2) Que tipos de antígenos e anticorpos participam da técnica de Western-blotting?
3) Qual(is) a(s) utilidade(s) das técnicas de PAGE e de W.B., no sorodiagnóstico em
medicina veterinária?
4) Como se procede para caracterizar um antígeno proteico pelas técnicas de PAGE e
de W.B.?
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Testes rápidos são aqueles cuja execução, leitura e interpretação dos resultados são
feitas em, no máximo, 30 minutos. Além disso, são de fácil execução e não necessitam de
estrutura laboratorial.
Quando o teste começar a reagir , deve-se observar uma cor rosa se movendo através
da janela de resultado no centro do dispositivo de teste.
Se esta não for visualizada após 1 minuto, adicionar mais uma gota da amostra +
diluente no orifício;