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Análises Clínicas

TSA

 O mecanismo de antibiótico, é a competição entre os seres vivos na natureza, competem por espaço e
nutriente. Ou seja, se eu produzo algo que vai matar o aposto, eu tenho mais espaço e mais nutrientes para
mim.
 Antibiose: Mecanismo de competição entre os seres vivos.
 Antibiótico: Substância produzida para promover a antibiose.
 A partir da penicilina, descobrimos outros agentes antimicrobianos, aí precisamos classificar em:
- Alvo celular: antibacteriano, antifúngico, antiparasitário, antiviral, antiprotozoário e combinados (Atua em
mais de um tipo celular, ex: metronidazol – bactéria e protozoários)
- Onde atua/ célula alvo: Parede celular, síntese proteica, membrana plasmática, ácidos nucléicos e fatores de
crescimento.
Estrutura e função da célula onde ele atua
Se eu preciso combinar 2 antimicrobianos, preciso utilizar os que tem alvos celulares diferentes – Interação
terapêutica.
 Espectro de ação dos antimicrobianos
- Amplo espectro: os que pegam GRAM + E GRAM – (Tetraciclina)
- Restrito: atua em GRAM + ou em GRAM –
- Limitado: Atua apenas sobre uma doença ou microrganismo
- O espectro de ação está relacionado com a rapidez de resposta ao tratamento. Ou seja, se eu usar um de
amplo espectro, a chance de eu ter sucesso no tratamento é maior, mas também está relacionado a uma
suprainfecção (Infecção que se sobrepõe a uma infecção inicial por causa do uso de antimicrobiano de
amplo espectro)
 Podemos classificar também como:
- Bactericida/microbicida: Causa danos metabólicos irreversíveis para aquela célula.
- Bacteriostático/microbiostático (reversível): Causas danos metabólicos reversíveis para aquela célula
 Critério de escolha terapêuticos
- Diagnóstico
- Toxicidade seletiva (Tóxico para cúla do microrganismo mas não para a nossa célula)
- Microbiostático ou microbiocida (Relacionado com o estado imunológico do paciente)
- Custo da terapia
- Via de adm
- Espectro de ação
 Características do TSA
- TSA ou antibiograma
- Importância clínica e terapêutica importante, porque a partir desse resultado do antibiograma, podemos guiar
o médico em qual melhor o antibiótico.
- Realizados para detecção de resistência de bactérias isoladas de amostras clínicas representativas de processo
infeccioso, nos quais a sensibilidade aos antimicrobianos não é previsível
- Resultados influenciados por diferentes fatores havendo a necessidade de padronização extremamente
rígidas.
- Principais métodos: disco- difusão, microdiluição em caldo, macrodiluição em caldo e difusão em ágar e E-
test.
 Parâmetros a serem observados na realização dos testes de susceptibilidade aos antimicrobianos
- pH do meio de cultura: entre 7,2 e 7,4
- Concentração de cátions: Principalmente cálcio e magnésio
- Padronização do inóculo: Equivalente à escala de 0,5MF (MacFarland 1,5x10 elevado a 8 UFC/ml)
- Espessura do meio de cultura
- Temperatura de incubação
- Atmosfera de incubação
- Meio padrão: Mueller – Hinton

 Seleção dos antimicrobianos


- O laboratório tem a responsabilidade de testar e
reportar os antimicrobianos mais apropriados para o microrganismo isolado e o sítio de infecção. - Os
antimicrobianos testados e reportados pelo laboratório devem ser adequados para o tipo de hospital ou
- As orientações sobre os antimicrobianos mais adequados para cada grupo de microrganismos são publicadas
e atualizadas anualmente nos manuais de interpretação, como CLSI e EUCAST.
 Controle de qualidade
- Monitorar a precisão e acurácia dos procedimentos aplicados nos testes, verificar a qualidade dos materiais
empregados e o desempenho do técnico que conduz o teste e finaliza o exame;
- Utiliza cepas padrões ou ATCC (Cepas que já se conhecem todo perfil bioquímico e de respostas) - Controle
 Método de Disco Difusão ou Método de Kirby-Bauer
- Método qualitativo porque cada disco tem uma concentração de antibiótico.
 Testes de sensibilidade à antimicrobianos
- Testes em ágar- Diluição em ágar
# Quantitativo
# Diversas oPacas, cada uma contendo ágar com diferentes concentrações de um mesmo antimicrobiano
# Inóculo na superfície
# Observa-se a inibição do MO na CIM

 Macrodiluição em Calado – Padrão ouro


- Quantitativo
- Tubos de ensaio com meio líquido usando caldo.
- Coloca o antimicrobiano no tubo de ensaio

RESULTADOS:
C= controle + (Inocula o isolado em meio sem antibiótico)

 MICROdiluição em caldo
- É igual a macrodiluição mas fazemos em placa de 96 poços.
- Utilizada com volumes menores
- Padrão ouro

 Teste Epsilométrico ou E-test ou Teste E


- Não é padronizado pelos comitês mas é aceito, porque as tiras são vendidas comercialmente.
- É epsilométrico porque se forma uma elipse em volta da tira.
- Em vez de colocar o disco de antibiótico no meio, coloca a fita.
- Um único antibiótico mas com diferentes quantidades de antibiótico

 Sistema
automatizados
- Vitek
- Walk- away
-BD
- Aparelhos com detecção óptica
- Cada poço da plaquinha, tem um teste bioquímico diferente. A gente coloca o inóculo e coloca no aparelho,
saindo na tela
- Algumas dessas placas já vem acoplado o teste de sensibilidade microbiano
- Tem como benefício: maior rapidez na emissão dos resultados, padronização intra e interlaboratorial,
disponibilidade de programas de computação adicionais como o Impact e o pharmlink, os quais permitem a
redução do trabalho manual e que os relatórios emitidos possam ser recebidos simultaneamente pela
farmácia hospitalar.
 Interpretação e relato dos resultados
- Sensível: em geral significa que a infecção devida ao microrganismo estudado pode ser adequadamente
tratada com a dosagem habitual do antimicrobiano testado e recomendado para este tipo de infecção.
- Intermediário: significa que o microrganismo pode ser inibido por concentrações atingíveis de certas drogas se
doses maiores puderem ser administradas ou se a infecção ocorre em local onde o antimicrobiano é
fisiologicamente concentrado (trato urinário, por ex.)
- Resistente: quando o isolado não é inibido pela concentração do antimicrobiano obtida no local da infecção
ou quando o microrganismo patogênico apresenta mecanismos específicos de resistência.

FUNGOS E MICOSE

 Os fungos são seres eucariotos, aeróbios (maioria), anaeróbios facultativos, aclorofilados, apresentam
nutrição absortiva, reprodução sexuada ou assexuada, apresentam parede celular, temperatura ótima -25,
-30°, ampla faixa de pH, sapóbios, simbiontes, comensais ou parasitas, mais resistentes à pressão osmótica
que as bactérias e etc.
 FUNGOS
- Fungos leveduriformes (unicelulares)
- Fungos filamentosos ou morfos ou bolores (Pluricelulares)
# Hifas- septadas ou cenocíticas
# Micélio – massa de hifas (conjunto de hifas)
 Ciclo de vida e reprodução
Fungos dimórficos
- Duas morfologia
- Alguns fungos, em especial os patogênicos
- Filamentoso  Levedura
- Ambiente; dependente da temperatura
- Reprodução assexuada- fragmentação das hifas e esporos
- Sexuada- Esporos

Artrósporo
Conidiósporo ou conídio
Esporos assexuais Blastoconídeo
Clamidósporo

Esporangiósporo

 Mecanismo de patogenicidade
- São fungos de vida livre
- Qualquer doença causada por fungo, é chamada de micose.
- Muitas levam o nome do agente causador, mas são todas micose.
 Alvos dos antifúngicos
- Membrana citoplasmática- ergosterol
- Mitose (Bloqueio dos microtúbulos)
- Síntese de na
- Parede celular
 Membrana citoplasmática
- Vão atuar como inibidores da síntese de ergosterol, ou se ligando diretamente ao ergosterol
- Poliênicos- atuam se ligando ao ergosterol que já está presente na membrana
- Azóis, alilaminas – os dois atuam inibindo a síntese
- Poliênicos
#Anfotericina B e Nistatina
# Produzidos pela Strepyomyces
# Permeabilização da membrana; despolarização da membrana
- Azóis
# Fluconazol é o de 1 escolha e já está tendo bastante resistência.
- Alilaminas
# Micosil
# Lamisil

 Síntese da parede Celular


- Equinocandinas (mais recente)
- São promissoras porque são bastantes seletivas. Inibem uma enzima da beta glucan, ou seja, alta
especificidade pois não temos essa enzima.
- Então a parede acaba sendo montada de uma forma incompleta e então causando a morte.
- Baixa absorção intestinal
- Aspergillus spp, Candida spp. Pneumocystis.
 Inibição da divisão
- Griseofulvina
- Inibi a mitose
- Penicilium sp
- Bloqueio da agregação de microtúbulos
- Infecções superficiais
 Inibição da síntese de Ac. Nucleiocos
- Flucitocina
- Convertida por uma enzima que só o fundo tem, convertida em 5-fluoracil
- RNA formado é sem função
- Alta resistência
 Como se torna resisntente?
1ª alteração do sítio alvo: Se o alvo da droga é o ergosterol, podemos modificar o ergosterol ou alterar a
quantidade do mesmo na membrana.
2ª Alteração da via bioquímica: Mudar a enzima alvo da droga
3ª Diminuição da permeabilidade: Se a droga não consegue entrar, não há efeito
4ª Efluxo: Droga entra e é jogada para fora

 As micoses são divididas em


- Superficiais e cutâneas: atingem as camadas mais superficiais; pele, pelo
- Sub cutâneas; atingem tecidos mais profundos
- Sistêmicas: entrada pela pulmonar
- Todas elas podem ser oportunista (sistema imunológico que se aproveita de uma fragilidade e se instala)
 Micoses superficiais e cutâneas
- Restritas
- Alteração apenas na região mais superficial da camada córnea da pele, cabelos e Pelos.
- Pitiríase versicolor
-Piedra Negra
- Piedra branca Baixa incidência e atinge mais a região norte
- Tinea negra do país.
- Dermatofitoses (+ causa doença)
- Em geral, ausência de resposta inflamatória, baixo contágio, aspecto anti-estético, regiões de clima tropical e
subtropical, adolescentes adultos e jovens.
- Pitiríase versicolor
- Malassezia spp.: 7 espécies. + comum M. furfur
- Presente na microbiota, lipodependente, coloniza pele e couro cabeludo
- Dermatite seborreica, foliculite, dermatite atópica e raramente disseminação
- Micose de praia e pano branco
- Manchas descamativas de coloração variável
- Patogênese: fatores exógenos e endógenos

- Diagnóstico: Obtenção de escamas de pele e observação de hifas curtas e tortuosas associadas a leveduras
“espaguete e almôndegas” no exame direto com KOH (20-40%).
- Meios de cultivo:
- Tratamento:
# Sulfato de selênio;
# Fluconazol
# Itraconazol
# cetoconazol
# cetoconazol
# Terbinafina tópica
# Reicidivas -.
- Dermatofitoses
- Grupo de fungos que mais está envolvido em doenças humanas
- Filamentosos, septados com artroconídios
- Produtores de queratinases
- 3 gêneros: Microsporum, Trichophyton e Epidermophytum
- Podem causar infecções crônicas
- Lesões superficiais e cutâneas
- Distúrbio cutâneo comum em crianças menores de 12 anos
- Imunosupremidos
- Habitat: Geofílicos, zoofílicose antropofílicos

- Diagnóstico: Aspecto clínico da lesão, exame direto do material clarificado em KOH 10 - 40% ou NaOH 20% e
cultura de meio de cereais (aveia, fubá), sabouraud, mycosel ou ágar batata.
 Micoses subcutâneas
- Envolvem a pele, tecidos subcutâneos e linfáticos, raro disseminação sistêmica
- Lesões em geral no local de implantação
- Fungos do solo ou vegetação em decomposição
- Difícil tratamento
- Cromoblastomicose, Esporotricose, Eumicetoma, Lobomicose

- Cromoblastomicose
- Feohifomicose – fungos demáceos ou dematiáceos
- Infecção crônica, nódulos verrucosos
- Inoculação traumática – trabalhadores rurais
- Evolução lenta ~ 20 anos
- No BR: Endêmica – Região Norte
- Fonsecaea pedrosoi, Cladophialophora carrionii , Phialophora verrucosa
- Diagnóstico:
#Histopatológico
# Exame direto – Material clarificado KOH 10% (células escleróticas, corpos muriformes)
# Cultura (7-15 dias) – Sabouraud, colônias verdeescuras de fundo negro
- Tratamento:
# Excisão cirúrgica
# Crioterapia
# Antifúngicos orais: Itraconazol, cetoconazol e terbinafina
# Anfotericina B
# Tratamento longo
- Esporotricose
- Infecção crônica, lesões nodulares gomosas e ulcerativas ao longo do cadeia de vasos linfáticos. Pode atingir
outros orgãos
- Sporothrix schenckii , S. braziliensis (Complexo S. schenckii )
- Fungo encontrado em solos ricos em matéria orgânica.
- Inoculação traumática – Trabalhadores rurais, veterinários, cuidadores de animais.
- Cultura:
#Cultura, isolamento de identificação – ágar sabouraud + cloranfenicol, ágar mycosel, ágar batata. 7-12 dias 25°
# Confirmação S. schenckii – Cultivo em BHI, ágar chocolate ou ágar sangue. 5-7 dias 35-37º C sob tensão de
CO2 – Dimorfismo
- Diagnóstico:
# Histopatológico - exame de cortes de tecido corados pode revelar leveduras em forma de “charuto” ou
apenas formas ovaladas com divisão em brotamento (blastoconídios).
- Tratamento:
# Iodeto de potássio via oral
# Itraconazol
# Anfotericina B
MICOSES SISTÊMICAS E OPORTUNISTAS

 Sistêmicas
- Criptococose, histoplasmose, paracoccidioidomicose, Coccidioidomicose
- Tem como características: Instalação pulmonar primária, granuloma, caverna, disseminação metastática,
disseminação por contiquidade.

- Criptococo
- C.neoformans- Imunocomprometidos
- C. gatti- imunocompetentes
- Cápsula polissacarídica, infecção primária (Criptococose pulmonar sintomática ou não), predileção pela
disseminação para cérebro e meninges, fezes de pombo.
- Única entre eucariotos
- Principal fator de virulência de Cryptococcus
- Visível sob imunofluorescência ou nanquim
- Ácido glucorônico: negatividade Cápsula
- Componentes: gluoroxilomanana, galactoxilomanana, quitina, manoproteínas

- Amostras: líquor, escarro, pus ganglionar, exsudatos de lesões cutâneas e mucosas, urina e sangue.
- Cultura: meio ágar sabouraud, crescimento rápido, colônias planas, brilhante e úmidas. Sensível a
ciclohexamina. Ágar alpistre- produção de melanina

- Paracoccidioidomicos
- Fungo que está no ambiente, solo. Está muito associado a ruralistas
- Doença endêmica na américa do Sul
- Doença pulmonar assintomática, podendo evoluir para progressiva ou disseminada e normalmente aparece
na área da face.
- O agente causador é Paracocciciodes brasiliensis
- Em regiões endêmicas, foram feitos testes sorológicos e foram vistos que o nível de anticorpo tanto para
homens quanto para mulheres é o mesmo, mas os homens ficam muito mais doentes por conta do estradiol
que inibe o dimorfismo.
- Principais sequelas: piora da DPOC, disfunção da suprarrenal. Disfonia e/ou obstrução da aringe, redução da
rima bucal, epilepsia e/ou hidrocefalia
- Diagnóstico:
# Amostras: Raspado de lesão e mucosa, secreção do trato respiratório, aspirado de linfonodos, tecido obtido
por biópsia.
# Pesquisa de anticorpos no soro
# Exame direto - KOH a 20%, forma leveduriforme. Células grandes), globosas, com parede celular dupla e
refringente e com múltiplos brotamentos.
- Cultura:
# Cultivo em agar Sabouraud e agar Mycosel a 25º C. Após 20-30 dias, crescimento de colônias brancas,
cotonosas.
# O fungo tem um formato de timão de navio.
# As colônias incubadas entre 30ºC a 35°C são de cor creme, pregueadas e enrugadas (identificação)
- Tratamento
# Itraconazol, sulfametoxazol/trimetropim
# Suporte às complicações clinicas
# Gestantes – abortos, natimortos e óbitos maternos – tto agressivo – Anfotericina B

- Histoplasmose
- Chamada de doença dos exploradores de caverna
- O fungo é encontrado em fezes de aves e morcegos
- Sintomas semelhantes ao da gripe – Flu-like
- O fungo fica feliz quando o sistema imune responde, pois ele se hospeda no macrófago
- O individuo fagocita os conídios, via inalatória, em imunocomprometido que inala uma quantidade muito
grande de conídios, pode desenvolver a doença Hist. Aguda, Hist crônica ou Hist disseminada.

- Histoplasmose pulmonar aguda


# Flu-like – síndrome da angústia respiratória
# Febre, cefaleia,mialgia, anorexia
# Autolimitada – grave
# Itraconazol, anfotericina B (formulações) + corticosteróides

- Histoplasmose crônica
# Chamado de TB like, semelhante a tuberculose.
# Enfisematososs e transplantados
# Febre anorexia, hemoptise, dor torácica, caquexia
# 20% óbitos
# Itraconazol

- Histoplasmose disseminada
# Sitío extrapulmonares;
# Disseminação progressiva (R.E.)
# Baço, supra-renal, fígado, rins, SNC e Cavidade Oral
# 80% óbitos
# Anfotericina B (HIV +), itraconazol (imunocompetentes e manutenção), fluconazol
# Forma mais grave;

- Histoplasmomas – cirurgia
- Gestantes –Anfotericina B

- Diagnóstio
# Amostras - secreção do trato respiratório, sangue, punção de médula óssea, tecido obtido por biópsia de
mucosas e outros.
# Observação direta com KOH – ineficaz
# Histopatológico: HE, Giemsa, PAS
# Cultura: Sabouraud ágar, Crescimento lento (15 a 30 dias) micélio filamentoso de cor branca, aspecto
cotonoso e sulcado, 25º C (identificação) e cultivo em BHI 35° C- dimorfismo

 Oportunistas
- Micoses que se instalam mediante o desequilíbrio imunológico do hospedeiro ou o favorecimento da
virulência do microrganismo
- Clássicas: Candidíse, aspergilose, Zigomicoses e Pneumocitose
- Os principais alvos dos oportunistas: HIV, transplantados, portadores de tumores malignos, portadores de
dispositivos médicos invasivos, idosos comorbidades.
- Caracteristicas: Acometem em geral pacientes imunocomprometidos, rápida disseminação, em geral são
refratárias ao tratamento, recidivas nestes pacientes e difícil diagnostico, porque geralmente não se pensa
em etiologia fúngica e diagnostico demorado por causa da cultura.

 Candidíase
- Principal micose oportunista
- Gênero cândida e espécie: candidíase
- Normalmente as outras espécies nós vemos como não- albicans.
- Diferente dos outros fungos, a mesma conseguiu se adaptar e estabilizar na microbiota e colonizar uma
grande quantidade de animais com o sangue quente, o que não acontece com os outros fungos.
- Faz o que chamamos de dimorfismo invertido, ou seja, sai do ambiente em forma de levedura e quando está
em uma forma parasitária, fica na forma de filamentosa.
- Pode ser de superfície cutânea e/ou membranas mucosas.
- Oral: crianças menores de 1 ano (Sapinho) e em crianças ou adultos que fizeram o uso de antibiótico de amplo
espectro por muito tempo. Pode aparecer também em idosos que fazem o uso de prótese
- Vaginal: Pode ocorrer esporadicamente ou de recorrência durante a variação hormonal.
- Causa infecção mucocutânea crônica em diabetes melittus descompensado, pessoas que utilizaram por longo
tempo o antibiótico de amplo espectro, imunodeficiência sendo frequentemente na infecção por HIV
quando assume caráter sistêmico.

- Candidíase invasiva: Vem com a candidemia uma vez que ela cai na corrente sanguínea. Infecções ligadas com
os cuidados da saúde
- O fluconazol é o de 1ª escolha mas tem ficado resistente.
- A cândida é capaz de formar biofilmes em dispositivos médicos, mas a parapsilosis é mais propicia do que a
albicans.
- Diagnóstico: Amostras que depende de onde é o sitio da infecção.
# Solução de KOH 20% - pele e unhas
# Secreções ou material de mucosa – Coloração de Gram
# Cultura – Ágar Sabouraud. (24-72 h, 25-37º C). Colônias brancas à beges.
- Tratamento:
# Oral: Nistatina
# Tópico: imunocomprometidos, é o Fluconazol
# Esofagite em imunocomprometidos: Fluconazol ou Anfotericina B.
# Candidíase vulvovaginal – Isoconazol, tioconazol, miconazol, nistatina...
# Mucocutânea – Fluconazol, anfotericina B
# Sistêmica – Anfotericina B, fluconazol, caspofungina, voriconazol. Observar perfil de susceptibilidade da cepa.

INFECÇÕES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL

 Meningite Aguda
- Uma das infecções mais comuns do sistema nervoso central
- Pode ser causada por bactérias*, vírus* e fungos

- Coleta:
- O líquor deve ser coletado em tubo estéril e enviado ao laboratório imediatamente e em temperatura
ambiente
- Volume mínimo de 1ml, 2ml para isolamentos de fungos e 2ml para isolamento de micobactérias
 Procedimentos laboratorial
- Contagem de leucócitos
- Células predominantes
- Dosagem de proteína
- Dosagem de glicose
- Dosagem de lactato
 Parâmetros

Diagnóstico Leucócitos/mm Células Proteínas Glicose Lactato


laboratorial ³ predominantes
Normal 0-4 Nenhuma ou 15-40mg/dL 2/3 da Até 20mg/dL
linfócito (Adulto) e até glicemia
120mg/dL
(RN)
Provável 0-500 Mononucleares Normais ou Normal Normal
etiologia viral (em algns nas 1ª pouco
24h pode aumentadas
predominar (50-
polimorfonucleare 100mg/dL)
s
P.E. Bacteriana >500 Polimorfonucleares >100mg/dL Diminuída Aumentado
P.E. Até 500 Perfil misto >50mg/dL Normal ou Aumentado
Tuberculose ou diminuída
fúngica
 Testes rápidos/ Látex
- Os antígenos mais comumente pesquisados são os de N. meningitidis sorogrupos A, C, Y, W135 e B, E. coli K1,
S. pneumoniae, Haemophilus influenzae tipo b, S. galactiae e Cryptococcus neoformans.
- A sensibilidade do método é variável, dependendo do kit empregado, podendo oscilar.
# 65 a 71% para S pneumoniae;
# 88 a 95% para Haemophilus influenzae;
# 97% para S. agalactiae;
# 64% para Neisseria meningitidis, com 98% de especificidade
 Microscopia
- Coloração pelo método Gram
- Coloração pelo método de Ziehl-Neelsen;
- Tinta Nanquim (Cryptococcus)

 Semeadura primária
- Ágar chocolate – haemophilus, bacilos gram -
- Ágar Thayer-Martin - N. gonorrohoeae e N. meningitidis
- Ágar sangue – bacilos gram -
- Ágar Maconkey - Bacilos gram negativos
- Ágar Sabourad - C. neoformans

 Identificação dos principais patógenos


- Streptococcus pneumonie
# Método Gram – Diplococos positivos lanceolados
# Padrão de hemólise em ágar sangue – alfa hemolítico;
# Teste de susceptibilidade à optoquina - Sensível;
# Teste de bile solubilidade - Solúvel;
# Sorotipagem - Reação de Neufeld ou Quellung

-Haemophilus influenza
# Coloração de Gram
# Gram –
# Capsulado
# Necessidade de fatores X e V
# Satelismo (Prova de diagnóstico)
# Fermentação de açúcares – Glicose, xilose, frutose
# Sorotipagem – Reação de aglutinação em látex

- Neisseria meningitidis
# Microscopia pelo método de Gram - Diplococos Gram negativos;
# Teste de oxidade e catalase - Positivos;
# Fermentação de carboidratos:
# Glicose - Positivo
# Maltose - Positivo
# Sacarose - Negativo
# Lactose - Negativo
# Sorotipagem - A, B/E, C, Y e W135

- Streptococcus agalactiae
# Microscopia pelo método de Gram - Cocos Gram positivos em cadeia;
#Padrão de hemólise em ágar sangue - beta-hemolítico;
# Bile esculina e NaCl 6,5% - Negativo / Sensível;
# Teste CAMP - Positivo;
# Hidrólise do hipurato - Positivo;
# Sorologia - Grupo B de Lancefield.
- Listeria monocytogenes
# Microscopia pelo método de Gram - Bacilos Gram positivos curtos;
#Teste da catalase - Positivo;
# Teste da oxidase - Negativo;
# Bile esculina e NaCl 6,5% - Positivo / Resistente;
# Teste CAMP - Positivo;
# Fermentação da glicose - Positivo;
# Padrão de hemólise -beta-hemolítico;
# Motilidade - Móvel em TA (“guarda-chuva”)
# Grande capacidade de formarm biofilme
# Consegue passar a barreira hematoencefálica

 Diagnóstico
- Criptococose
# Amostras: líquor, escarro, pus ganglionar, exsudatos de lesões cutâneas e mucosas, urina e sangue
# Exame obrigatoriamente com tinta nanquim para observação de células capsuladas
# Lâmina com gota de nanquim + gota de sedimento + lamínula = Microscópio
# Cultura: Meio ágar sabouraud, crescimento rápido (menos de 7 dias) – colônias planas, brilhantes e úmidas.
Sensível a ciclohexamida. Ágar alpiste (ágar niger) – produção de melanina

 Identificação de leveduras
- Cryptococcus
# Urease + (Rosa)
# Tinta da China

 Diagnóstico Criptococose
# Histopatológico: HE, Mucicarmin de Mayer (Cápsula vermelha) – parecido com teste de gravidez
# Sorológico- Antígenos capsulares
# Histopatológico: Nódulos. HE, Mucicarmin de Mayer (cápsula vermelha) Teste
rápido
 Identificação dos principais patógenos
- Naegleria fowleri
- Amebas com corpo de forma cilíndrica, pseudópode único, uninucleada e com uma fase flagelada.
- Habitam em águas de lagos, lagoas, esgoto, terrenos úmidos
- Meningoencefalite amebiana primária
- Contato com águas contaminadas (naturais, residuais ou esgotos)
- Infecção ocorre via nasofaringe
- Início abrupto com cefaleia, febre branda e às vezes dor de garganta e rinite
- Agravamento dos sintomas em até 72 horas, surgindo vômitos e rigidez na nuca, evoluindo para
desorientação, coma e óbito em até 6 dias. (95% mortalidade)
- Diagnóstico: Em geral pacientes são hospitalizados Exame de liquor – infecção piogênica (liquor purulento)
Necessária a observação a fresco do parasito
- Tratamento: Anfotericina B
- Ausência de tratamento – fatal
VÍRUS

 Elementos genéticos móveis que podem se replicar independentemente do cromossomo de uma célula, mas não
independentemente da própria célula;
 Propriedades gerais:
- Replicação viral: Ocorre principalmente pela montagem de componentes individuais em vez de processo de
divisão binária.
- Estado extracelular: partícula viral ou vírion
- Estado intracelular: infecção e replicação viral
- Classificação: genomas virais: DNA ou RNA, fita dupla ou fita simples.

Propriedades Parâmetros

Ácido nucleicos DNA


RNA
AMBOS
Forma Linear
Circular
Segmentar
Estrutura Fita Simples
Fita dupla
Fita dupla com regiões fita
simples
Sentido Senso +
Senso –
Ambisenso

 Estrutura do vírion
- Genona
- Camada externa
- Membrana Lipídica (Envelope)
- Peplômeros (Espículas)
- Simetria viral
Cilíndrico – simetria helicoidal
Esférico – simetria icosaédrica

 Vírus não-envelopados (capsídeo desnudo)


- Possui apena o núcleo capsídeo e a proteína
- São estáveis
- Associados a doenças transmitida por alimentos
- São facilmente disseminados do ambiente
- São infectiveis mesmo no seco
- Sobrevive as condições adversas do intestino
- Nós conseguimos induzir uma boa resposta imunológica
- Hepatite A, rotavirus,
- Liberados da célula por lise
 Vírus Envelopados
- Possui a membrana
- Não resistem a condições adversas do ambiente: detergente, ácidos, calor
- Transmitido por secreções, transfusão de sangue; transmitido de pessoa por pessoa
- HIV, Herpes, Raiva
- Necessita de umidade para manter a integridade do envelope, caso perca não é mais infectante.
- Causam doenças intestinais, não sobrevivem as condições adversas do intestino
- Hipersensibilidade e inflamação
- São liberados da célula por lise ou brotamento
- Resposta imune celular e humoral para sua contenção

 Replicação viral
- O viro tem tropismo, ou seja, precisam ser reconhecidos na célula hospedeira de alguma forma.
- Temos 3 tipos de célula diante de uma infecção viral:
# Permissíveis: reconhecem a partícula viral, entra na célula e replica o material do vírus
# Semi- permissiva: Consegue entrar mas o material não é tão replicado, a célula é mais resistente aquele vírus.
# Não permissíveis: Virus não é reconhecido e não consegue entrar.
- A partir do reconhecimento, se fixa na célula alvo: Adsorção
- A partir do seu reconhecimento, o vírus vai entrar (endocitado), mas vai depender do seu envelope. Se é não
envelopado ele entra por endocitose mediada por receptor, mas se é envelopado ele se liga ao receptor da célula
funde o envelope liberando dentro da célula só o capsídio viral: Entrada
- Uma vez dentro da célula, precisa liberar o material genético: desnudamento (porque o capsídeio viral precisa se
desfeito para a liberação do material genético)
- Capsídio desfeito, o material genético está livre. Então começa a síntese de proteína na célula, replicação do
genoma viral e tradução das proteínas virais: Transcrição e tradução
- Então começa a replicação do genoma, começa a produção das proteínas virais e a montagem das partículas,
chegando então o momento da liberação.
Sendo não – envelopado
liberado por lise e
envelopado liberado por lise ou
brotamento.
 Replicação do HIV – “Transcrição invertida”
- Os vírus de RNA carregam com os mesmos a RNA polimerase.
- A partir de um molde de RNA, conseguem fazem m DNA complementar através da enzima transcriptase reversa.
- A transcriptase reversa é uma DNA polimerase, mas forma um DNA a partir de um RNA, o inverso da transcrição.

 Arboviroses: Zika e Chikungunya


- Vírus transmitidos por artrópodes
- Englobam membros de várias famílias, mas as principais são: Togaviridae e Flaviviridae

Togaviridae – Familia Alphavírus Flavivírus

Chikunguya Dengue

Mayaro Febre Amarela

Encefalites equinas do leste e do oeste e venezuelana Zika


Encefalites West nile, japonesa, St. Louis, russa e
Powassan

- Envelopados, RNAFs+ e replicação no citoplasma.

- Alphavírus
- Capsídeo icosaédrico
- Envelopados
- Formasse um único polipeptídio e depois é clivado em pequenas proteínas
- Seu envelope é formado a partir da MP

- Flavivírus
- Envelopados
- Polipeptídios grandes que depois forma pequenas proteínas
- Sorologicamente relacionados
- Endocitose mediada por receptor e ligação a receptores Fc
- Pode facilitar a entrada de outros vírus por serem sorologicamente relacionados
- Pode entrar de 3 formas na célula:
1ª forma clássica por endocitose mediada por recptor
2ª Receptor de células dendríticas - DC- SIGN
3ª Pode entrar por um outro receptor de sorotipo de dengue
- Quando entra, ocorre a acidificação do endossoma para degradar o capsídeo liberando o material genético,
começando a tradução das proteínas virais.

- Patogenia:
- Infecções líticas: Mata as células; normalmente em hospedeiros vertebrados. Ocorre acumulo de agressões das
células por conta da grande quantidade de RNA que domina.
- Infecções persistentes: Produzem uma viremia grande; hospedeiro invertebrado
 Zika Vírus (ZIKV)
- Vírus de segurança 2
- Seus antígenos são encontrados no núcleo
- Patogenia associada a outros flavivírus
- RNAm único que traduz um polipeptídio único e depois é clivado
- Há outros 3 potenciais de transmissão além do vetor: mãe para filho, sexo e transfusão de sangue

- Diagnóstico:
- 1 a 6 dias após o sintoma isolamos o vírus; busca de RNA viral no sangue. Dando positivo,
- Tipagem genética do vírus, IGG/M +, presume-se que é Zika
- Então confirma com o PRNT (vírus em cultura no laboratório e usa uma mono camada de células em uma
placa, então coloca o vírus em contato com as células e o soro do paciente suspeito. Caso o paciente não
esteja com Zika, o vírus vai infectar as células e caso já tenha tido, os anticorpos não vão deixar as células
serem infectadas.
- Temos a imunocromatografia que é semelhante a um teste de gravidez, dando positivo faz a tipagem
genética.

 Chikungunya vírus (CHIKV)


- Há dois sorotipos circulando no Brasil
- Patogenia
- Incubação de 2 a 4 semanas
- IgM neutralizantes no 3 dia
- Anomalias sanguíneas – Leucopenia com linfocitose, trombocitopenia, ↑ ptnC reativa, ↑ AST/ALT, ↑ VHS, ↑
citocinas pró-inflamatórias.
- Alta viremia;
- Em gestantes no 1 trimestre pode causar aborto, transmissão placentária, em RN dá febfre, inapetência, edema,
exnterma, complicações neurológicas, hemorrágicas e cardíacas.
- Diagnóstico
- Sorologia IgG/M
- RT-PCR
- Isolamento viral
- E sintomas isolados.

 Dengue
- 4 sorotipos circulando no território nacional
- RNAfs + que traduz uma poliproteina única e depois é clivado
- A proteína NS1 está relacionada com o RNAm, então é usada como diagnóstico

- Diagnóstico
- Isolamento até o 4 dia mais ou menos
- Sorologia IgG/M
- Detecção de NS-1 (Proteina especifica do aedes)
- Prova do laço.

 Febre amarela
- Patogenia
- infecção e multiplicação: células dendríticas epidérmicas, fibroblastos, miócitos estriados e macrófagos de
linfonodos regionais
- ↓ viremia – espalhamento para outras partes do corpo e temtropismo principalmente pelo fígado,
levando necrose.

- Diagnóstico:
- Isolamento do vírus, tem que ocorrer nos primeiros dias do sintoma
- Cultura de células
- RNa viral por RT-PCR
- IHQ – tecido hepático em casos fatais porque precisa reportar
- Sorologia – 5 dias
- Identificação de antígenos virais

- Alterações laboratoriais
- Hemograma – Leucopenia (neutropenia e linfocitose), trombocitopenia
- Coagulograma alterado - TS ↑, ↑ TAP/PTT
- EAS – proteinúria, bilirrubina +, hemácias

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