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Mó dulo IV- Roteiro 4 (2023)

ROTEIRO DE ESTUDOS
MECANISMOS DE AGRESSÃO E
DEFESA

Laborató rio Morfofuncional – Curso de Odontologia – UNIPAM Pá gina 1


Mó dulo IV- Roteiro 4 (2023)

LABORATÓRIO MORFOFUNCIONAL II

Prof. Dr. Antônio Afonso Sommer


Profa. Dra. Denise de Souza
Matos Prof. Dr. Helvécio Marango
Júnior Prof. Dr. Jeyson Cesary
Lopes

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1) Identifique as estruturas indicadas, para bactérias gram-negativas e gram-


positivas, conforme a imagem abaixo:
Septão de divisão
Membrana externa
Mesosoma Pili
Camada de Camada de peptidoglicano
peptidoglicano Cápsula
Capsula
Corpusculo de inclusão Menbrana citoplasmatica
Corpúsculo de inclusão ou
plasmideo

Proteinas porinas
Cytoplasmi membrane
Proteinas de Ribossomo Espaço periplasmatico
superficie Ribossomo
Flagelo Cromossomo
flagelo

2) Defina plasmídeo bacteriano. Como esta estrutura pode representar uma vantagem
adaptativa bacteriana? Como esta estrutura pode ser útil à engenharia genética e à
indústria farmacêutica?

Plasmídeos são pequenos elementos genéticos que se replicam independentemente do cromossomo


bacteriano. Muitos plasmídeos são moléculas de DNA de dupla-fita circulares que variam entre 1.500 e
400.000 pares de bases. No entanto, a Borrelia burgdorferi, o agente causador da doença de Lyme, e a
Borrelia hermsii são únicas entre as eubactérias por possuírem plasmídeos e genomas lineares. Assim
como o DNA cromossômico bacteriano, os plasmídeos podem se replicar de maneira autônoma e,
por isso, são denominados replicons. Alguns plasmídeos, como o F da E. coli, são epissomas, o que
significa que são capazes de se integrar ao DNA cromossômico do hospedeiro.

Os plasmídeos transportam informações genéticas que podem não ser essenciais, mas que criam uma

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vantagem seletiva para as bactérias. Por exemplo, plasmídeos podem codificar a produção de
mecanismos de resistência a antibióticos, bacteriocinas, toxinas, determinantes de virulência e outros
genes que podem fornecer às bactérias vantagens únicas de crescimento em relação a outros micro-
organismos ou ao hospedeiro (Fig. 13-10). O número de cópias do plasmídeo produzidas pelas células é
determinado pelo próprio plasmídeo. O número de cópias é a relação entre as cópias do plasmídeo e o
número de cópias do cromossomo. Ele pode variar de tão poucos quanto um, no caso de plasmídeos
grandes, ou tantos como 50, para plasmídeos pequenos.

RESISTENCIA A ANTIBIOTICOS LA PENICILINA


CAPACES DE COEXISTIR EN UNA MISMA BACTERIA GENERANDO MULTIRESISTENCIA A
VARIAS BACTERIAS
PRODUCEN INSULINA

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3) Identifique a classificação morfológica bacteriana apresentada na imagem abaixo


e cite uma bactéria pertencente a cada uma das morfologias apresentadas:

a. Diplococos

b. Estreptococos

c. Tétrade

d. Estafilococos

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e. Sarcina

f. estreptobacilos

g. flagelada

h. Espero

i. vibrião

j. espirilos

k. espiroquetas

4) Classifique o crescimento bacteriano, em cada um dos tubos, contendo caldo


tioglicolato abaixo, de acordo com a respiração bacteriana e explique o porquê
desse crescimento diferenciado em cada tubo.

Bacterias aerobias estrictas: forman parte de un tipo de organismo que necesita de un ambiente
que contenga oxígeno diatómico (un gas compuesto por dos átomos de oxígeno) para poder
existir y desarrollarse adecuadamente, es decir, éstas bacterias necesitan oxígeno para la
respiración celular. Utilizan el oxígeno para oxidar sustratos (tales como grasas y azúcares)
para obtener energía. (1)
· Bacterias anaerobias estrictas: Son aquellas que para crecer en la superficie de un medio de
cultivo necesitan una atmósfera sin oxígeno, ya que este elemento es tóxico para ellas. Carecen
del sistema del citocromo oxidasa, superoxido dismutasa y catalasa para metabolizar el O2.
Requieren unpotencial redox bajo. Están diseminadas ampliamente en la naturaleza. Viven en
la flora normal de mucosas, piel, boca, vías aéreas superiores y tracto genitourinario femenino e
intestino. (2)
· Aerobicas Facultativas: son bacterias que se adaptan para crecer y metabolizar tanto en
presencia como en ausencia de oxígeno. (3)
· Microaerófilo: requieren oxígeno en niveles inferiores a los presentes en la atmosfera.
Emplean oxígeno pero en cantidades muy bajas. (4)
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· Anaerobica facultativa: Pueden sobrevivir en presencia de oxígeno pero no lo emplean ya que
son anaeróbicos. Toleran concentraciones bajas de oxigeno: 2 a 8 %, un ejemplo serian las del
ácido láctico, estas, aunque pueden crecer en presencia de oxígeno, no pueden utilizarlo, sino
que obtienen energía exclusivamente por fermentación. (5)

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5) Qual o tipo de reprodução bacteriana sexuada ilustrada pela imagem abaixo,


explique-a:

Reprodução sexuada
- Conjugação: Bactéria doadora envía parte do seu DNA para uma receptora. Essa se divide e origina
bactérias diferentes
B- Proyeccion de uma fimbria ( imagen black and white)

6) Exemplifique 3 espécies de Staphylococcus e de Streptococcus e as doenças


associadas a cada um deles.

STAPHYLOCOCCUS AUREUS: Doenças incluem as mediadas por toxinas (intoxicação


alimentar, síndrome do choque tóxico e síndrome da pele escaldada), doenças piogênicas
(impetigo, foliculite, furúnculos, carbúnculos e infecções de feridas) e outras doenças
sistêmicas

ESTAFILOCOCOS COAGULASE-NEGATIVAS: As infecções incluem endocardite


subaguda, infecções de corpos estranhos e infecções do sistema urinário

ESTRAFILOCOCOS EPIDERMIDIS: Doenças: Bacteriemia; endocardite; feridas cirúrgicas;


infecção oportunística de cateteres, shunts ou derivações e dispositivos das próteses

STREPTOCOCCUS PYOGENES (GRUPO A): Responsável pelas doenças supurativas


(faringite, infecções de tecidos moles, choque tóxico estreptocócico) e doenças não supurativas
(febre reumática, glomerulonefrite)
STREPTOCOCCUS AGALACTIAE (GRUPO B): Responsável por doença neonatal (patologia
de início precoce e início tardio com meningite, pneumonia e bacteriemia), infecções em
mulheres grávidas (endometrite, infecções de feridas e do trato urinário) e em outros adultos
(bacteriemia, pneumonia, infecções ósseas e articulares, além de lesões de pele e de tecidos
moles)
ENTEROCOCCUS: Doenças incluem infecções do trato urinário, peritonite
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(geralmente polimicrobiana), infecções de feridas e bacteriemia com ou sem endocardite

 STAPHYLOCOCCUS AUREUS

Biologia e virulência

■Cocos gram-positivos, catalase-positivos, organizados em grupos

■Espécies caracterizadas pela presença de coagulase e proteína A

■Os fatores de virulência incluem componentes estruturais que facilitam a aderência aos
tecidos do hospedeiro e evitam a fagocitose, além de uma variedade de toxinas e enzimas
hidrolíticas (consultar a Tabela 18.3)

■Infecções com SARM (methicillin-resistant Staphylococcus aureus) adquiridas em ambiente


hospitalar e na comunidade são um problema mundial significativo

Epidemiologia

■Microbiota normal na pele e superfícies mucosas humanas

■Organismos podem sobreviver em superfícies secas por longos períodos (por causa da
espessa camada de peptidoglicano e da ausência de membrana externa)

■Disseminação de pessoa a pessoa por contato ou exposição a fômites contaminados (p. ex.,
roupa de cama, vestuário)

■Os fatores de risco incluem presença de corpo estranho (p. ex., farpa, sutura, prótese,
cateter), procedimento cirúrgico prévio e uso de antibacterianos que suprimem a microbiota
norma

■Os grupos de pacientes suscetíveis a doenças específicas incluem lactentes (síndrome da


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pele escaldada), crianças pequenas com má higiene pessoal (impetigo e outras infecções
cutâneas), portadores de cateteres intravasculares (bacteriemia e endocardite) ou
derivações/shunts (meningite) e pacientes com função pulmonar comprometida ou uma
infecção respiratória viral antecedente (pneumonia

■SARM é atualmente a causa mais comum de infecções de pele e de tecidos moles adquiridas
na comunidade

Doenças

■Doenças incluem as mediadas por toxinas (intoxicação alimentar, síndrome do choque


tóxico e síndrome da pele escaldada), doenças piogênicas (impetigo, foliculite, furúnculos,
carbúnculos e infecções de feridas) e outras doenças sistêmicas

Diagnóstico

■A microscopia é útil para as infecções piogênicas, mas não para as hematogênicas ou


mediadas por toxinas

■Os estafilococos crescem rapidamente quando cultivados em meios não seletivos

■Meios seletivos (p. ex., ágar cromogênico, ágar manitol-sal) podem ser utilizados para
recuperar S. aureus em amostras contaminadas

■Os testes de amplificação de ácidos nucleicos são úteis para o rastreamento de pacientes
portadores de cepas de S. aureus sensíveis à meticilina (SASM) e SARM

■Staphylococcus aureus é identificado por testes bioquímicos (p. ex., coagulase), sondas
moleculares ou espectrometria de massa

Tratamento, prevenção e controle

■Infecções localizadas tratadas por incisão e drenagem; antibioticoterapia indicada para


infecções sistêmicas

■A terapia empírica deve incluir antibacterianos ativos contra cepas de SARM

■A terapia oral pode incluir sulfametoxazol-trimetoprima, doxiciclina ou minociclina,


clindamicina ou linezolida; para a terapia intravenosa, vancomicina é o fármaco de escolha,
com daptomicina, tigeciclina ou linezolida como alternativas aceitáveis

■O tratamento é sintomático para pacientes com intoxicação alimentar (embora a fonte de


infecção deva ser identificada para que os procedimentos preventivos adequados sejam
adotados)

■Limpeza adequada de feridas e uso de desinfetante ajuda a prevenir infecções

■Lavagem minuciosa das mãos e cobertura da pele exposta auxiliam a equipe médica a
prevenir infecções ou a propagação para outros pacientes

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 ESTAFILOCOCOS COAGULASE-NEGATIVAS

Oportunista, camada viscosa, subaguda

Biologia e virulência

■Cocos gram-positivos, catalase-positivos, coagulase-negativos, organizados em aglomerados


ou grupos

■Relativamente avirulento, embora a produção de uma camada “pegajosa” (viscosa) propicie


a aderência a corpos estranhos (p. ex., cateteres, enxertos, próteses valvares e das articulações,
shunts ou derivações) e proteção contra fagocitose e antibacterianos

Epidemiologia

■Microbiota humana normal na pele e nas superfícies das mucosas

■Os microrganismos podem sobreviver em superfícies secas por longos períodos

■Disseminação de pessoa para pessoa por contato direto ou exposição a fômites


contaminados, embora a maioria das infecções seja com os organismos da microbiota do
próprio paciente

■Os pacientes estão em risco quando um corpo estranho está presente

■Os organismos são onipresentes, portanto não há limitações geográficas ou sazonais

Doenças

■As infecções incluem endocardite subaguda, infecções de corpos estranhos e infecções do


sistema urinário

Diagnóstico

■Como nas infecções por S. aureus

Tratamento, prevenção e controle

■Os antibacterianos de escolha são a oxacilina (ou outra penicilina resistente à penicilinase)
ou vancomicina para cepas resistentes à oxacilina

■A remoção do corpo estranho é frequentemente necessária para um tratamento bem-sucedid

■É necessário tratamento imediato para endocardite ou infecções de shunt prévio para


prevenir mais danos teciduais ou formação de imunocomplexos

 S. epidermidis
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Epidermidis, pele externa (da epiderme ou pele externa). microrganismo coloniza a pele
humana e mucosas, notadamente as superfícies úmidas como as axilas, narinas,

Doenças: Bacteriemia; endocardite; feridas cirúrgicas; infecção oportunística de cateteres,


shunts ou derivações e dispositivos das próteses

Streptococcus

 STREPTOCOCCUS PYOGENES (GRUPO A)

Palavras-chav
Grupo A, faringite, piodermite, febre reumática, glomerulonefrite

Biologia e virulência

■Cocos gram-positivos de crescimento rápido dispostos em cadeias; carboidratos específicos


do grupo (antígeno A) e proteínas específicas do tipo (proteína M) no envoltório celular
■Virulência determinada pela capacidade de evitar a fagocitose (mediada principalmente por
cápsula, proteínas M, tipo M e C5a peptidase), aderir e invadir as células do hospedeiro
(proteína M, ácido lipoteicoico e proteína F) e produzir toxinas (exotoxinas pirogênicas
estreptocócicas, estreptolisina S, estreptolisina O, estreptoquinase e DNases)

Epidemiologia
■Colonização transitória do trato respiratório superior e superfície da pele, com doenças
causadas por cepas recentemente adquiridas (antes que os anticorpos protetores sejam
produzidos)
■Faringite e infecções de tecidos moles normalmente causadas por cepas com diferentes
proteínas M
■Disseminação de pessoa para pessoa por gotículas respiratórias (faringite) ou através de
rupturas na pele após contato direto com indivíduos infectados, fômites ou vetor artrópode
■Indivíduos com maior risco de doenças incluem crianças de 5 a 15 anos (faringite); crianças
de 2 a 5 anos com má higiene pessoal (piodermite); pacientes com infecção de tecidos moles
(síndrome do choque tóxico estreptocócico); pacientes com faringite estreptocócica prévia
(febre reumática, glomerulonefrite) ou infecção dos tecidos moles (glomerulonefrite)

Doenças
■Responsável pelas doenças supurativas (faringite, infecções de tecidos moles, choque tóxico
estreptocócico) e doenças não supurativas (febre reumática, glomerulonefrite)

Diagnóstico
■A microscopia é útil em infecções de tecidos moles, mas não nos casos de faringite ou
complicações não supurativas

■Testes diretos para o antígeno do grupo A são úteis para o diagnóstico de faringite
estreptocócic
■Isolados identificados pela catalase (negativos), L-pirrolidonil arilamidase positiva (PYR, em
inglês pyrrolidonyl arylamidase), suscetibilidade à bacitracina e presença de antígeno grupo-
específico (antígeno do grupo A)
■O teste de antiestreptolisina O é útil para confirmar febre reumática ou glomerulonefrite
associada à faringite estreptocócica; o teste de anti-DNase B deve ser realizado para a
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glomerulonefrite associada à faringite ou infecções de tecidos moles

Tratamento, prevenção e controle


■Penicilina V ou amoxicilina usada para tratar a faringite; cefalosporina oral ou macrolídeo
para pacientes alérgicos à penicilina; penicilina intravenosa mais clindamicina utilizadas para
infecções sistêmicas
■A colonização (carreamento) orofaríngea que ocorre após o tratamento pode ser tratada
novamente; o tratamento não é indicado para carreadores assintomáticos prolongados,
porque os antibacterianos perturbam a microbiota protetora normal
■Iniciar a antibioticoterapia dentro de 10 dias em pacientes com faringite previne a febre
reumática
■Para a glomerulonefrite, nenhum tratamento antibacteriano ou profilaxia específica é
indicado
■Para pacientes com histórico de febre reumática, é necessária uma profilaxia com
antibacterianos antes dos procedimentos (p. ex., dentários) que podem induzir bacteriemias
que levam à endocardite

 STREPTOCOCCUS AGALACTIAE (GRUPO B)

Palavras-chav
Grupo B, doença neonatal, rastreamento em mulheres grávidas

Biologia e virulência
■Cocos gram-positivos de crescimento rápido dispostos em cadeias; carboidratos grupo-
específicos (antígeno B) e carboidratos capsulares tipo-específicos (Ia, Ib e II-VIII
■Virulência determinada principalmente pela capacidade de evitar a fagocitose (mediada por
cápsula)

Epidemiologi
■Colonização assintomática do trato respiratório superior e do sistema geniturinário
■Doença de início precoce transmitida da mãe para o recém-nascido, patologia adquirida
durante a gravidez ou ao nascimento
■Neonatos estão em maior risco de infecção se (1) houver uma ruptura prematura de
membranas, parto prolongado, nascimento prematuro ou doença materna disseminada
causada por estreptococos do grupo B e (2) a mãe não apresentar anticorpos tipo-específicos e
tiver baixos níveis de proteínas do sistema complemento
■Mulheres com colonização genital estão em risco de doença pós-parto
■Homens e mulheres não grávidas, caso apresentem diabetes melito, câncer ou alcoolismo,
têm risco aumentado para a doença
■Nenhuma incidência sazonal

Doenças
■Responsável por doença neonatal (patologia de início precoce e início tardio com meningite,
pneumonia e bacteriemia), infecções em mulheres grávidas (endometrite, infecções de feridas e
do trato urinário) e em outros adultos (bacteriemia, pneumonia, infecções ósseas e articulares,
além de lesões de pele e de tecidos moles)

Diagnóstico
Microscopia útil para a meningite (líquido cefalorraquidiano), pneumonia (secreções do trato
respiratório inferior) e infecções de feridas (exsudatos)
■Testes de antígeno são menos sensíveis do que a microscopia e não devem ser usados
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■A cultura é o teste mais sensível; um caldo seletivo (ou seja, Caldo de Lim) é necessário para
otimizar a detecção de colonização vagina
■Ensaios baseados na reação em cadeia de polimerase para detectar a colonização vaginal
em mulheres grávidas estão disponíveis comercialmente; atualmente exigem o uso de caldo de
enriquecimento para uma ótima sensibilidade
■Isolados identificados por demonstração de carboidrato do envoltório celular grupo-
específico ou teste de amplificação de ácido nucleico positivo

Tratamento, prevenção e control


■A penicilina G é o medicamento de escolha; terapia empírica com antibacterianos de amplo
espectro (cefalosporina de amplo espectro + aminoglicosídio) utilizados até a identificação do
patógeno específico; a combinação de penicilina e aminoglicosídio é utilizada em pacientes
com infecções graves; a cefalosporina ou a vancomicina é usada para pacientes alérgicos à
penicilina
■Para gestgação de alto risco, a penicilina é administrada pelo menos 4 horas antes do parto
■Não há vacina disponível atualmente

 STREPTOCOCCUS PNEUMONIAE

Palavras-chave
Diplococos, cápsula, pneumonia, meningite, vacina

Biologia e virulência
■Cocos gram-positivos alongados arranjados em pares (diplococos) e cadeias curtas; o
envoltório celular inclui ácido teicoico rico em fosforilcolina (polissacarídio C), necessário
para a atividade de uma enzima autolítica, a amidase
■Virulência determinada pela capacidade de colonizar a orofaringe (adesões de proteínas de
superfície), disseminar em tecidos normalmente estéreis (pneumolisina, protease da
imunoglobulina [Ig]A), estimular a resposta inflamatória local (ácido teicoico, fragmentos de
peptidoglicano, pneumolisina) e escapar da morte fagocítica (cápsula polissacarídica)
■Responsável por pneumonia, sinusite, otite média, meningite e bacteriemia

Epidemiologia
■A maioria das infecções é causada por disseminação endógena a partir da nasofaringe ou
orofaringe colonizada para o sítio distal (p. ex., pulmões, seios nasais, orelhas, sangue,
meninges); a propagação de pessoa para pessoa através de gotículas infecciosas é rara
■A colonização é mais elevada em crianças pequenas e seus respectivos contatos
■Indivíduos com doença viral prévia do sistema respiratório ou outras condições que
interferem na eliminação de bactérias do sistema respiratório estão em risco aumentado de
doença pulmonar
■Crianças e idosos estão em risco elevado para meningite
■Pessoas com distúrbios hematológicos (p. ex., malignidade, doença falciforme) ou asplenia
funcional estão em risco de sepse fulminante

■Embora o organismo seja onipresente, a doença é mais comum em meses frios

Diagnóstico
■A microscopia é altamente sensível, assim como a cultura, a menos que o paciente tenha sido
tratado com antibacterianos
■Testes de antígeno para polissacarídio C pneumocócico são sensíveis com o líquido
cefalorraquidiano (meningite), mas não com urina (meningite, pneumonia, outras infecções)
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■Testes baseados em ácidos nucleicos são os de escolha para o diagnóstico de meningite,
particularmente em pacientes que tenham sido tratados com um antibacteriano
■A cultura requer o uso de meios com nutrientes enriquecidos (p. ex., ágar-sangue de
carneiro); organismo suscetível a muitos antibacterianos, portanto, a cultura pode ser
negativa em pacientes parcialmente tratados
■Isolados identificados por catalase (negativos), suscetibilidade à optoquina e solubilidade na
bile

Tratamento, prevenção e controle


■A penicilina é o fármaco de escolha para cepas suscetíveis, embora a resistência seja cada
vez mais comum
■A vancomicina combinada com ceftriaxona é usada para terapia empírica; a monoterapia
com cefalosporina, fluoroquinolona ou vancomicina pode ser empregada em pacientes com
isolados suscetíveis
■Imunização com vacina conjugada 13-valente é recomendada para todas as crianças
menores de 2 anos; uma vacina polissacarídica 23-valente é recomendada para adultos em
risco para doença

 ENTEROCOCCUS

Palavras-chave
Diplococos, colonização gastrintestinal, resistentes a medicamentos, infecções do trato
urinário, peritonite

Biologia e virulência
■Cocos gram-positivos dispostos em pares e cadeias curtas (morfologicamente
semelhantes a S. pneumoniae
■Envoltório celular com antígeno grupo-específico (ácido teicoico glicerol do grupo D)
■Virulência mediada pela capacidade de aderir em superfícies do hospedeiro e formar
biofilmes e por resistência aos antibacterianos

Epidemiologia
■Coloniza o sistema digestório de humanos e animais; dissemina para outras superfícies
de mucosas, se os antibacterianos de amplo espectro eliminam a população bacteriana
normal
■Estrutura do envoltório celular característica de bactérias gram-positivas, o que
possibilita a sobrevivência em superfícies ambientais por períodos prolongados
■Maioria das infecções endógenas (da microbiota bacteriana do paciente); algumas
causadas por disseminação de paciente para paciente
■Os pacientes com risco aumentado incluem aqueles hospitalizados por períodos
prolongados e tratados com antibacterianos de amplo espectro (particularmente
cefalosporinas, aos quais os enterococos são naturalmente resistentes)

Doenças
■Doenças incluem infecções do trato urinário, peritonite (geralmente polimicrobiana),
infecções de feridas e bacteriemia com ou sem endocardite

Diagnóstico

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■Cresce prontamente em meios não seletivos comuns; diferenciado dos organismos por
testes simples (catalase-negativo, PYR positivo, resistente à bile e à optoquina)

Tratamento, prevenção e controle


■Terapia para infecções graves requer combinação de um aminoglicosídio com um
antibacteriano ativo no envoltório celular (penicilina, ampicilina ou vancomicina);
agentes mais recentes utilizados para bactérias resistentes a antibacterianos incluem
linezolida, daptomicina, tigeciclina e quinupristina/dalfopristina
■A resistência a cada um destes fármacos está se tornando cada vez mais comum e
infecções com muitos isolados (particularmente Enterococcus faecium) não são tratáveis
com qualquer antibacteriano
■Prevenção e controle de infecções exigem uma restrição cuidadosa do uso de
antibacterianos e implementação de práticas de controle de infecções

7) Elabore um esquema relacionando as principais bactérias envolvidas na:


a) Doença Cárie
b) Doença periodontal
c) Sinusite
d) Faringite
Doença Bactérias envolvidas Definição
Doença Cárie Streptococcus mutans Capacidade de colonizar o
lactobacilos dente, produzir
polissacarídeo extracelular
a partir da sacarose, ser
altamente acidogênico e
acidúrico e metabolizar
glicoproteínas salivares.
Doença periodontal Prevotella intermédia, Bactéria Gram-negativa,
Tannerella forsythia, anaeróbia, que está
Treponema denticola, associada com infecções
Porphyromonas oportunistas na cavidade
gingivalis oral, vaginal e trato
gastrointestinal.
Sinusite Streptococcus Bactéria gram-positiva,
pneumoniae, capsulada, que tem 90
Haemophilus sorotipos
influenzae e imunológicamente
Moraxella catarrhalis distintos de importância
epidemiológica mundial
na distribuição das
doenças pneumocócicas
invasivas e não-invasivas.
Faringite Streptococcus É uma bactéria com
Principalmente virus pyogenes características
15 % bacterias morfotintoriais de cocos
adultos Gram-positivo e catalase
negativa, classificada
como estreptococo beta-
hemolítico do
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grupo A de Lancefield

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