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FARMACOLOGIA II

Ingrid Oliveira - @ingridmoliveira90

ANTIMICROBIANOS
ANTIMICROBIANOS Os antimicrobianos podem atuar :
Alterando a parede celular
Termo mais geral, para substâncias com
Alterando a membrana citoplasmática
capacidade de interferir com a sobrevivência de
Interferindo na replicação cromossômica
uma célula (Anti - bacteriana, fungica, virus,
Inibindo a síntese proteica
parasita, quimioterápicos).
Inibição metabólica
Os antimicrobianos são substâncias têm a
Um dos fatos que ocorrem no uso clínico é que em
capacidade de inibir o crescimento e/ou
90% dos casos, é realizado a prescrição empírica
destruir microorganismos. Podem ser produzidos
de antimicrobianos.
por bactérias ou por fungos ou podem ser total ou
É necessita a realização de exames laboratorais
parcialmente sintéticos.
para que seja evitado a resistência bacteriana.
O principal objetivo do uso de um antimicrobiano
Pois, o uso de uma medicação que não consiga
é o de prevenir ou tratar uma infecção,
alcançar a concentração sanguínea necessária
diminuindo ou eliminando os organismos
para matar os todos os microorganismos
patogênicos e, se possível, preservando os
patológicos presentes, acaba ocorrendo uma
germes da microbiota normal. Para isso é
pressão seletiva, e os microorganismos que ficam,
necessário conhecer os germes responsáveis pelo
acabam criando um novo quadro infeccioso.
tipo de infecção a ser tratada.
O emprego indiscriminado dos antimicrobianos em
pacientes é responsável pelo desenvolvimento de
resistência microbiana. A expressão “resistente”
significa que o germe tem a capacidade de
crescer in vitro em presença da concentração que
essa droga atinge no sangue, ou seja, o conceito é
dose-dependente. No entanto, a concentração
sanguínea de muitos antimicrobianos é inferior à
concentração alcançada pelo mesmo em outros Mecanismos de resistência bacteriana
líquidos ou tecidos corpóreos, o que torna possível A) Modificação dos sítios de ligação dos
que a bactéria seja “resistente” a um determinado antibióticos
antibiótico no sangue, mas sensível se estiver em B) Produção de enzimas pelas bactérias que
outro sítio. inativa os antibióticos.
Os antimicrobianos podem ser classificados a C) Desenvolvimento de caminhos metabólicos
partir de diversas variáveis: resistentes.
D) Redução da permeabilidade ao antibiótico
(Presença de uma bomba de efluxo que diminui o
acúmulo de antibióticos na bactéria ou ausência
de canais de porina).
FATORES QUE CONTRIBUEM PARA O
SURGIMENTO DE RESISTÊNCIA BACTERIANA
Uso indiscriminado;
Dose complicada;
Tempo inadequado;
Associações auxiliares;
Escolha aceitável da droga (na ausência de
culturas).
Ingrid Oliveira - @ingridmoliveira90

CLASSIFICAÇÃO GRUPO FARMACOFÓRICO

Há 3 critérios de classificação: Grupo farmacofórico é o conjunto de


Mecanismo de ação. (alvos farmacológicos características eletrônicas e estéricas que
diferentes). caracterizam um ou mais grupos funcionais ou
Grupo farmacofórico - Estrutura química que subunidades estruturais, necessários ao melhor
divide em clases. reconhecimento molecular pelo receptor e,
Espectro de ação - Pequeno espectro - portanto, para o efeito farmacológico desejado.
Atinge uma pequena população de bactérias.
Amplo espectro - maior população de CLASSES DE ANTIBIÓTICOS
bactérias. Inibidores da síntese da parede celular
(Betalactâmicos)
MECANISMO DE AÇÃO Tetraciclinas
Mecanismo de ação. (alvos farmacológicos Cloranfenicol
diferentes). Variam de acordo com a classe de Aminoglicosídeos
antimicrobianos, que será visto mais a frente. Macrolídeos
Quinolonas
Inibidores da síntese de folato
Cefalosporina
Sulfamidas
Penicilinas

Sinergismo - é um tipo de resposta


farmacológica obtida a partir da associação de
dois ou mais medicamentos, cuja resultante é
maior do que simples soma dos efeitos isolados de
cada um deles.
O sinergismo pode ocorrer com medicamentos que
possuem os mesmos mecanismos de ação
(aditivo); que agem por diferentes modos
(somação) ou com aqueles que atuam em
diferentes receptores farmacológicos
(potencialização). Das associações sinérgicas
podemsurgir efeitos terapêuticos ou tóxicos. Estes
últimos são freqüentes nas combinações de
medicamentos com toxicidade nos mesmos
orgãos, por exemplo, aminoglicosídeo e
vancomicina (nefroto­xicidade) ou corticosteróides
e anti-inflamatórios não­ esteroidais (ulceração
gástrica).
Ingrid Oliveira - @ingridmoliveira90

ESPECTRO DE AÇÃO
Pequeno espectro - Atinge uma pequena
população de bactérias. Amplo espectro - maior
população de bactérias.
Refere-se à diversidade de organismos afetados
pelo agente.
Amplo espectro: inibem o crescimento ANTIBIÓTICOS BACTERIOSTÁTICOS
populacional de bactérias indistintamente, VERSUS BACTERICIDAS
sendo muito potente. Bactericida: apto a promover alterações
Exemplo: clorafenicol, tetraciclina, gentamicina, irreversíveis nas bactérias, ou seja, destroem a
macrolideos e ampicilina. estrutura das mesmas. Utilizados em pacientes
• Ação sobre Gram positivas, detém maior hospitalizados, imunocomprometidos, infecções
seletividade por este grupo. graves, entre outros fatores em que o estado geral
Exemplos: Penicilinas, cefalosporinas, imunológico não está bem. Ocasionam a morte de
eritromicina e vancomicina. bactérias viáveis. Ex: Aminoglicosídeos.
• Ação sobre Gram negativa possuem atividade Bacteriostáticos: modulam a atividade da síntese
predominante sobre esses. de proteínas ou DNA, mantendo a bactéria retida
Exemplos: Colinistina e polimixina numa fase do ciclo. Utilizado quando o paciente
se encontra imunocompetente, tais como em
BACTÉRIAS GRAM
casos de conjuntivite. Param o crescimento das
As gram positivas apresentam parede celular
bactérias viáveis e totais. Ex: Sulfanamidas e
espessa, e maior prevalência de
Fluorquinolonas
peptidoglicanos. Contam com uma pressão
Os Bacteriolíticos: são substâncias que além de
osmótica de 20 a 30 atm, a qual quando o
matar as bactérias impedindo sua proliferação e
fármaco promove uma abertura na membrana
crescimento, destroem sua parede celular
plasmática, facilita a destruição mais acelerada
provocando a perda de material interno. Um
e ao microscópio têm coloração roxa. Os
exemplo de bacteriolítico é a penicilina, um
antibacterianos atuam nos peptidoglicanos, logo
antibiótico natural produzido pelo fungo
estes são mais eficazes nas bactérias gram
Penicillium chrysogenum.
positivas.

As bactérias gram negativas são as mais


resistentes ao tratamento, exigindo
antibacterianos de amplo aspecto, por
possuírem uma parede celular delgada, formada
por poucos peptidoglicanos. Contam com uma
pressão osmótica interna de 5 a 10 atm e ao
microscópio têm coloração avermelhada. Os
fármacos que agem com maior dificuldade
sobre gram negativas são: penicilina G,
azitromicina, rifampicina, bacitracina e
vancomicina.
Ingrid Oliveira - @ingridmoliveira90

Acinetobacter baumannii - são organismos


PRICIPAIS BACTÉRIAS DE Gram-negativos que podem causar infecções
INTERESSE CLÍNICO
supurativas em qualquer sistema de órgãos;
essas bactérias são frequentemente oportunistas
Staphylococcus aureus - é a bactéria
em pacientes hospitalizados.
mais perigosa de todas entre as bactérias
estafilocócicas mais comuns. Essas bactérias
Streptococcus sp - São cocos que se
Gram-positivas, em forma de esferas (cocos)
agrupam em colônias lineares em pares, gram -
frequentemente causam infecções cutâneas,
positivas, presente em infecções de pele.
mas podem causar pneumonia, infecções da
válvula cardíaca e infecções ósseas.
LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA

Objetivo - Identificar o agente causador


Enterococcus sp - são organismos da infecção.
aeróbios, facultativos Gram-positivos.
Enterococcus faecalis e E. faecium causam uma Auxilia na escolha do antibiótico ideal. E
variedade de infecções, incluindo endocardite, qual seria?
infecção do trato urinário, prostatite, infecção CARACTERÍSTICAS DE UM ANTIBIÓTICO IDEAL:
intra-abdominal, celulite e infecção em feridas, 1. Interfere com as funções vitais das bactérias
além de bacteremia concomitante. sem comprometer as células do hospedeiro.
Enterobacteriaceae - é formada por uma 2. Toxicidade seletiva para o agente
diversidade de bactérias Gram negativas, com infectante;
formato bacilar que abrange diversos gêneros. 3. Baixa incidência de efeitos adversos e baixa
Esses microrganismos são amplamente toxicidade para o hospedeiro;
encontrados na natureza, como no trato 4. Não desenvolver o aparecimento de
gastrointestinal de animais e humanos. resistências bacterianas.
Klebisiella pneumoniae - A Klebsiella Identificação do Microrganismo infectante
pneumonie faz parte de um grupo de bactérias Algumas técnicas laboratoriais que são úteis no
chamadas enterobactérias, que inclui a mais diagnóstico de doenças microbianas:
conhecida Escherichia coli (E. coli). A bactéria Técnica de coloração de gram.
Klebsiella é gram negativa, e é normalmente Cultivo, identificação e determinação da
encontrada no intestino humano, onde não susceptibilidade da bactéria aos
causa doenças, e também pode estar presente antibióticos. (TSA) Teste de Sensibilidade
em fezes humanas. aos antimicrobianos.

P. Aeruginosa - grupo de bacilos Gram-


Disco Difusão
negativos são patógenos oportunistas que
frequentemente causam infecções adquiridas
em hospitais, especialmente nos pacientes em
respirador, pacientes com queimaduras e
naqueles com neutropenia ou debilidade A área clara que rodeia o disco (halo) revela o
crônica. local na qual as bactérias não conseguem se
desenvolver. Fornecem apenas dados
N. Meningitidis - são diplococos Gram- qualitativos e semiquantitativos
negativos que causam meningite e Detecção de antígenos microbianos.
meningococemia. O tratamento é feito com Detecção de RNA ou DNA microbiano. PCR -
penicilina ou cefalosporina de 3ª geração. Reação em Cadeia da Polimerase.
Ingrid Oliveira - @ingridmoliveira90
Disfunção renal (corrigir a dose ou intervalo
E- Test - Avaliam a Concentração Inibitória pelo clearance de creatinina – Penicilinas,
Mínima (CIM/MIC). cefalosporinas,aminoglicosídeos).
A concentração inibitória mínima é definida Disfunção hepática (contra-indicado
como concentração mais baixa de um eritromicina e tetraciclinas).
antimicrobiano necessária para inibir o Cardiotoxidade
crescimento de um microrganismo. Além de Idade: ex. recém natos (contra-indicado
informar o grau de resistência, a MIC pode dar clorafenicol, sulfonamidas, tetraciclinas e
informações importantes sobre a possível fluoroquinolonas).
presença de genes envolvidos nos mecanismos Má perfusão
de resistência. Gestação e lactação
Esse método possui boa flexibilidade por Alergias prévias
permitir o teste dos antimicrobianos escolhidos Local da infecção
pelo laboratório, porém o custo de cada fita é Febre - É caracteristica de bactérias gram
alto em comparação com os outros métodos e o negativas, pois possuem LPS.
número de antibióticos testados por placa é O lipopolissacarídeo (LPS) ou endotoxina
limitado. bacteriana é uma molécula que se encontra
abundantemente na membrana externa das
bactérias gram-negativas. Embora em
concentrações elevadas, os LPS podem induzir
febre, aumentar a frequência cardíaca,
choque séptico e morte; em concentrações
relativamente baixas, alguns LPS são
imunomoduladores muito ativos, que podem
induzir a resistência não-específica aos micro-
organismos invasores.
O lipídio A, uma das três regiões da molécula
Após 5 dias, deve ser realizado uma do LPS, representa o centro imunorreativo do LPS
reavaliação do paciente em relação ao devido ao reconhecimento específico e muito
antimicrobiano. A reavaliação é com sensível desta estrutura por numerosos
hemograma e PCR (Proteína C Reativa). Caso se componentes celulares e humorais da imunidade
mantenha a infecção, trocar antibiótico. inata. Sua estrutura química se diferencia entre
Tais teste são realizados antes do início do as espécies de bactérias, e mesmo dentro da
antibiótico, após iniciado não vale a pena a mesma espécie. Essas diferenças, e outras
realização devido ao risco de falso-positivo ou geradas dependendo do meio em que as
falso-negativo. bactérias se desenvolvem, podem resultar no
reconhecimento mais fraco do lipídeo A, evadir
PRINCIPAIS PROBLEMAS DOS ATBS a resposta imune inata e afetar a imunidade
Problemas Hepáticos e Renais. adaptativa.

Fatores do paciente
Sistema imune: a eliminação dos
microrganismos depende do sistema imune
competente. Hipersensibilidade - alergias,
ocorre principalmente na classe das penicilinas.
Fatores que podem afetar a imunocompetência:
Alcoolismo, diabetes, HIV, desnutrição, idade
avançada, terapia imunossupressora.
Ingrid Oliveira - @ingridmoliveira90

TIPOS DE TRATAMENTO COMBINAÇÃO DE DROGAS


Quando há uma infecção, as contagens de
micro-organismos geralmente são pequenas no
início e aumentam com a replicação - sendo
que em alguns casos o Sistema Imune controla
e elimina a infecção antes que cause quaisquer Sinergismo: Aumentar o espectro de ação
danos adicionais. Drogas que alteram a membrana podem
Uma abordagem útil para organizar os tipos e os facilitar a entrada de uma segunda droga.
objetivos do tratamento antimicrobiano é (ex: Aminoglicosideos e beta-lactâmicos).
iniciado ao longo da linha de progressão da Cuidado com o aparecimento de efeitos
doença, no qual o tratamento pode ser: adversos e aumento da pressão de seleção
Profilático - preventivo, Empírico, Definitivo de cepas resistentes.
ou Supressos. Aplicações:
1. Infecções polimicrobianas
Profilático Preventivo Empírico Definitivo Supressos 2. Redução de emergência de bactérias
resistentes (microbiota hospitalar)
3. Diminuição da toxicidade -dose (uso
racional).
Sem Infecção Sintomas Patogeno Resolução
infecção
O sinergismo pode ocorrer com medicamentos
que possuem os mesmos mecanismos de ação
(aditivo); que agem por diferentes modos
DOSES
(somação) ou com aqueles que atuam em
Cuidado com a dose errada
diferentes receptores farmacológicos
Baixa
(potencialização). Das associações sinérgicas
Prolonga a multiplicação residual;
podem surgir efeitos terapêuticos ou tóxicos.
Torna quadros crônicos
Estes últimos são freqüentes nas combinações
Aumenta persistência bacteriana
de medicamentos com toxicidade nos mesmos
orgãos, por exemplo, aminoglicosídeo e
Duração do Tratamento
vancomicina (nefroto­xicidade).
Variáveis não bem definidas - Empírico
Pacientes imunocomprometidos - maior
A regra geral é que a associação de antibióticos
tempo
de mesmo mecanismo de ação (bactericida
Sem reposta em 3-5 dias - Reavaliação
com bactericida; ou bacteriostático com
Usualmente 7-10 dias - Infecções agudas.
bacteriostático) gera efeito potencializador
Avaliação dos sintomas
(sinérgico) e que a associação antibióticos com
Dose única - de Um medicamento ou mais.
mecanismos de ação diferentes (bactericida
Prescrição versus Profilaxia (Cirurgia).
com bacteriostático) gera efeito deletério
(antagonismo).
É por isso que é interessante associar a sulfa ao
trimetropim; a penicilina à enrofloxacina, dentre
outros. E é por isso que não é interessante
associar a penicilina à tetraciclina; ou sulfa à
enrofloxacina, e assim por diante.
É claro que toda regra tem sua exceção, mas
agindo segundo esta regra e não segundo a
exceção, há maiores chances de assertividade.
Ingrid Oliveira - @ingridmoliveira90
São exemplos de antibióticos bactericidas: ERISIPELA E CELULITE
Aminoglicosídeos (estreptomicina,
São infecções cutâneas muito comun que se
neomicina, amicacina, dentre outros);
desenvolvem devido à entrada de bactérias
Quinolonas;
através da barreira da pele.
Penicilinas;
Cefalosporinas.
Erisipela - Celulite cutânea superficial com
São exemplos de antibióticos bacteriostáticos:
comprometimento importante dos vasos
Cloranfenicol;
linfáticos da derme decorrente da infecção por
Tetraciclinas;
Estreptococos beta-hemolíticos do grupo A
Macrolídios (eritromicina, tilosina,
(SBHGA) e, raramente por Staphylococcus
azitromicina, dentre outros);
aureus.
Lincosaminas (clindamicina e lincomicina);
Tratamento -
Sulfonamidas;
Amoxicilina 500mg de 8/8h - 7 dias
Trimetropim.
Cefadroxila 500mg 6/6h - 7 a 10 dias.
ALERGIA
Alergia a Penicilina. Qual das classes NÃO deve Celulite - Infecção cutânea que compromete
ser usada? uma parte maior dos tecidos moles, estendendo-
CEFALOSPORINA se profundamente através da derme e tecido
subcutâneo. Pode se iniciar como erisipela. Seus
Quais PODEM ser usadas? principais agentes são S. aureus e SBHGA.
1. Lincosamidas (Clindamicina) Tratamento- Clindamicina 300-450mg VO de
2. Fluorquinolonas (Cipro, levo, nofloxacino) 8/8h ou Doxiciclina 100mg VO de 12/12h.
3. Glicopeptídeos (Vancomicina)
4. Macrolídeos (Eritromicina) RELAÇÃO PK/PD
5. Tetraciclinas.

A reação de Jarisch-Herxheimer é o sinal que


se desenvolve em alérgicos a penicilina.
Sintomas:
Cefaleia
Febre
Calafrios
Mal-estar
Hipotensão
Sudorese Concentração dependente - Quanto maior a
concentração, maior a eficácia - Inibidores da
síntese protéica. Usa-se dose de ataque.

Como a comercialização da penicilina, à qual o Tempo dependente - Quanto maior o tempo no


Treponema pallidum é suscetível, acreditou-se sítio de ação, melhor a eficácia - Beta
na possibilidade de sua erradicação, o que não lactâmicos (penicilinas, cefalosporinas,
se concretizou. Em certas doenças infecciosas a carbapenemicos). Não adianta o uso de dose de
primiera dose de um tratamento antimicrobiano ataque.
eficaz pode desencadear uma resposta
inflamatória no hospedeiro. Concontração ou tempo dependente -
Quinolonas, sulfonamidas - Inibidores de DNA.
Ingrid Oliveira - @ingridmoliveira90

Para que esse efeito ocorra é necessário que


BETA-LACTÂMICOS as bactérias alvo estejam se proliferando e
PABA que possuam parede celular típica.

PENICILINAS
DHF
Representante das penicilinas:
Penicilina G Benzatina - Maior tempo de
THF
Bactéria retenção. Permite dose única IM, tratamento
de amidalite bacteriana e sífilis, e na
profilaxia de febre reumática.
Penicilina G Cristalina - tratamento EV, em
INIBIDORES DA SÍNTESE
DE PAREDE CELULAR internação hospitalar.
Penicilina G Procaína - Concentração
detectável por + de 24hs. Tratamento IM,
BETALACTÂMICOS GLICOPEPTÍDEOS ínicio de tratamento e antecipação de alta
hospitalar.
Penicilina V - Tratamento VO.
PENICILINAS São altamente ativos contra cepas sensíveis de
cocos gram-positivos, mas são facilmente
hidrolisáveis pela penicilinase. Por isso são
CEFALOSPORINAS
INEFICAZES contra maioria das cepas de S.
aureus
CARBAPENÊMICOS Aminopenicilinas -
Amoxicilina (VO) - Útil para o tratamento de
amidalite bacteriana e outras infecções das
MONOBACTÊMICOS
vias aéreas.
Ampicilina (EV, VO) - Útil ocmo alternativa à
Os antibióticos β-lactâmicos são
amoxicilina.
antimicrobianos úteis e frequentemente
Penicilinas antiestafilocócicas -
prescritos, os quais têm em comum uma
Oxacilina (EV) - Resiste a degradação
estrutura e um mecanismo de ação – a inibição
enzimática, eficaz contra: MSSA produtor de
da síntese da parede celular bacteriana de
betalactamase e algumas bactérias
peptídeoglicano.
anaeróbicas, útil em infecção de
Mecanismo de ação - Ligam-se à PBP's
pele/respiratória de extensão/gravidade
(Penicillin-binding proteins) Proteína de Ligação
moderada. Vem caindo em desuso.
as Penicilinas da parede celular. Vão uniar as
MRSA - Staphylococcus aureus medicina
unidade momoméricas dos peptideoglicanos: (N-
resistente, sendo substituido por ORSA -
acetilgalactosamina e ácido N-acetilmurânico)
Staphylococcus aireos reistente a oxacilina.
Vão fazendo pontes e inibem da
Penicilinas Antipseudomonas -
transpeptidação, e do inibidor de enzimas
Piperacilina + Tazobactam (EV) - Resiste à
proteolíticas - Formação de poros: Maior
degradação enzimática. Eficaz contra:
fragilidade celular - Lise bacteriana - Morte
MSSA produtor de betalactamase, algumas
(efeito bactericida).
bactérias anaeróbias. Úteis tambpem em
Mais eficaz em gram positivas. Associado
infecções de pele/respiratórias de
melhoro a eficácia para gram negativas
extensão/gravidade moderada e na
bronscoaspiração de conteúdo gástrico.
Ingrid Oliveira - @ingridmoliveira90

MECANISMO DE RESISTÊNCIA
CEFALOSPORINAS
Principal mecanismo de resistência aos
betalactâmicos - Betalactamases. Tendem a ser mais resistentes que as
O que fazer para impedir a destruição do penicilinas a certas betalactamases
antimicrobiano? Sugerir a associção com Cuidado em pacientes com insuficiência
monobactâmicos. renal ou hepática
1. Amoxicilina + Clavulonato Atravessam a BHE quando há inflamação
2. Azitromicina nas meninges.
3. Internamento Apresentam hipersensibilidade cruzada com as
INTERAÇÕES penicilinas e não podem ser opção para
Interações benéficas - Sinergismo alérgicos à penicilina.
Aminoglicosídeos (casos de resistência)
1ª GERAÇÃO
Ligadores de β-lactamase (cloxacillina,
Cobertura boa para gram positivas -
clavulanico acido, Sulbactam, Tazobactam e
Staphylococcus aureus, Cobertura pequena
agumas cefalosporinas) - Fragiliza a parede
para gram negativa. Proxilaxia em
para ocorrer a entrada de aminoglicosídeo.
cirurgia
Cefalexina - (VO) - geralmente 1ª escolha
TOXICIDADE
Anafilaxia no tratamento ambulatorial da infecções de
pele.
Cefalotina (EV)
DOSE Cefazolina (EV, IM) - Mais utilizada -
Tempo dependente - quanto maior o internação hospitalar.
tempo de exposição melhor eficácia. Cefadroxila (VO)
Solução aquosa-instável-refrigerar 2ª GERAÇÃO
1 U penicilina = 0,6μg Amplia o espectro para gram negativa,
menos uzada que 1º e 3ºgerações,
DESENSIBILIZAÇÃO tratamento de N. gonorrhoeae e orofaringe;
Procedimento que permite aos pacientes tolerar Cefuroxima (EV, IM)
transitoriamente a medicação que desencadeou Cefoxitina (EV, IM)
a reação original, com administração da dose Cefaclor (VO)
completa para tratamento. 3ª GERAÇÃO
As indicações são: Amplia consideravelmente o espectro para
Não há nenhuma droga alternativa; gram negativa, e reduz para gram
A droga envolvida pe mais eficaz (maior positiva.
qualidade de vida e/ou expectativa de vida) Cobertura boa inclui - S. aureus, E. coli (TGU
e/ou está associuada a menos efeitos e TGI), H. influenzae (resp), somente algumas
colaterais do que drogas alternativas. cobrem Pseudomonas sp. (infecção
Droga culpada tem um mecanismo único de hospitalar de pele, respiratório, TGI e TGU)
ação. Ceftriaxona (EV, IM) - Geralmente 1ª
Ex: Paciente com rótulo de "Alergia à penicilina" escolha no tratamento da PAC (associada a
é mais propenso a receber antibióticos de amplo um macrolídeo) e na meningite (associada a
espectro, como fluorquinolonas, vancomicina e vancomicina).
clindamicima. Ceftazidina (IM, EV) - Eficaz contra P.
aeruginosa, útil em infecções hospitalares de
pele, respiratóriom TGI e TGU.
Ingrid Oliveira - @ingridmoliveira90

4ª GERAÇÃO
CARBAPENÊMICOS
Mais resistentes a hidrólise que a 3ª
geração. Degradado pela enzima - Carbapenemases.
Cobertura boa inclui - S. aureus, gram KPC - Klebsiella Pneumoniae produtora de
positiva. carbapenemase.
Pseudomonas sp. (infecção hospitalar de KPC é sinônimo de bactérias multiresistente, é
pele, respiratório, TGI e TGU), gram uma cepa bacteriana que tem resistência aos
negativas. carbapenêmicos.
Cefepima (EV, IM) - Eficaz contra Quais são: Imipenem, Ertapenem e Meropenem
aeruginosa, salmonella, klebisiella, E. Coli. Usado para tratar infecção de trato
Útil em infecções hospitalares de pele, urinário (ITU) em ambiente hospitalar.
respiratóriom TGI e TGU.

ATB de maior espectro de todos


Resistente a ação de betalactamases
Reservados para infeções graves causadas
por bactérias altamente resistentes
Úteis na sepse sem conhecimento do foco
infeccioso
Úteis na falha terapêtica de ATB prévio.
Imipenem (EV) - tratamento de ITU
PRINCIPAIS INDICAÇÕES Meropenem (EV) - tratamento de
meningite.
As cefalosporinas de primeira geração são
apropriadas no tratamento de infecções
Ertapenem (EV, IM) - Tratamento da
causadas por S. aureus sensíveis à oxacilina e
Klebisiella, caso seja resistente é
Estreptococos.
chamada de KPC. Marcador de
I. Mais comumente em infecções de pele, partes
resistência para KPC.
moles, faringite estreptocócica.
II. Também no tratamento de infecções do trato Pouco absorvidas por VO/ Adm IM/EV;
urinário não complicadas, principalmente Meropenem não são degradados pela
durante a gravidez. peptidases renais;
III. Pela sua baixa toxicidade, espectro de ação, Baixa ligação com as proteínas plasmáticas
baixo custo e meia vida prolongada, a - ocasionando alta biodisponibilidade;
Cefazolina é o antimicrobiano recomendado na Boa penetração: abdome, respiratório, bile,
profilaxia de várias cirurgias. TU, liquor (meropenem)e órgãos genitais.
INTERAÇÕES Os carbapenêmicos NÃO devem ser utilizados
Combinação com Aminoglicosídeos como primeira escolha no tratamento empírico
TOXICIDADE de infecções comunitárias ou hospitalares.
Hematológicos -Trombocitopenia

DOSE
tempo dependente
Ingrid Oliveira - @ingridmoliveira90

MONOBACTÊMICOS
1ª GERAÇÃO
Ácido nalidíxico
Inativa as beta-lactamases
2ª GERAÇÃO
O uso associado melhora a eficácia clínica do
Ciprofloxacino - era utilizado para tratar ITU,
antibiótico e amplia seu espectro de ação,
porém havia muitos casos de reincidinva,
causando efeito aditivo.
sendo susbstituido por Nitrofurantoina -
Exemplo:
Macrodantina (pyridium).
Amoxicilina + Clavulanato - Resiste a
Norfloxacino
degradação enzimática. Torna-se mais eficaz
contra MSSA produtor de betalactamase, 3ª GERAÇÃO
Levofloxacino
algumas bactérias anaeróbias. É útil em 4ª GERAÇÃO
infecções de pele/respiratória de Monifloxacino
extensão/gravidade moderada.
Piperacilina + Tazobactam - Resiste à MECANISMOS DE AÇÃO
degradação enzimática. Eficaz contra: MSSA Impedindo a replicação do DNA (efeito
produtor de betalactamase, algumas bactérias bacteriostático, e depois de torna bactericida)
anaeróbias. Úteis tambpem em infecções de
pele/respiratórias de extensão/gravidade FARMACOCINÉTICA
moderada e na bronscoaspiração de conteúdo VO/VI
gástrico. Metabolizado pelo fígado;
Excretado por secreção tubular e bile.
QUINOLONAS
USO TERAPÊUTICO
PABA
Infecções TGU
Prostatite
Infecções do TGI (diarreia aguda, com
DHF
presença de febre e sangue) - Ciprofloxacino
500mg
THF
Infecções das Vias Aéreas - PAC.
Bactéria
Infeções Ósseas, articulares e tecidos moles.
ESPECTRO DE AÇÃO
Gram-/Gram+
INIBIDORES DA SÍNTESE
DE DNA Chamydia, Mycoplasma, Brucella, Micobactérias.
Excelente: Salmonellas spp, Shigella,
Campilobacter e E. coli.

EFEITOS COLATERAIS
QUINOLONAS
Irritação gástric, náusea, vômito, diarreia.
Tendinite, ruptura tendínea, erosão
Com o acréscimo de um átomo de flúor no anel cartilaginosa, rabdomiólise.
quinolônico surgiram as fluorquinolonas (principalmente em idosos).
(principal representante: Ciprofloxacina), Convulsões - Associados com AINES
com aumento do espectro, para os bacilos Casos raros de leucopenia e eosinofilia
gram-negativos e boa atividade contra alguns Aumento das transminases.
cocos gram-positivos, porém, pouca ou
nenhuma ação sobre Streptococcus spp.,
Enterococus spp. e anaeróbios.
O Ciprofloxacino é a mais potente contra
Psedomonas aeruginosas.
Ingrid Oliveira - @ingridmoliveira90

HANSENÍASE
SULFONAMIDAS
Poliquimioterapia – PQT
PABA
PB → Dose mensal supervisionada de 600
mg de Rifampicina, e tomará 100 mg de
Dapsona diariamente* (em casa) - 6 meses
DHF
(6 cartelas); Dapsona (suspensão) →
Clofazimina 50 mg por dia (dose
THF
supervisionada)
Bactéria
MB → dose mensal supervisionada de 600
mg de Rifampicina, 100 mg de Dapsona e de
INIBIDORES DO 300 mg de Clofazimina.
METABOLISMO – Em casa, o paciente tomará 100 mg de
Dapsona e 50 mg de Clofazimina diariamente -
e 12 meses (12 cartelas);

SULFONAMIDAS
– Dapsona (suspensão) → Ofloxacina 400 mg ou
Minociclina 100 mg (dose supervisionada).

Utilizada para tratar infecções em tecidos ESPECTRO DE AÇÃO


moles, mucosas, genitálias, infecções de pele bactérias - Cocos gram-positivos (CA-MRSA) e
(queimados). gram negativos.
Brucela
Enterobactérias
Vibrião da cólera
Cobertura para gram positivas - staphylococcus Hemófilos
aureus resistente a meticilina (MRSA) (pele, Actinomices
respiratório) e gram negativas - E. coli (TGU e Stenotrophomonas
TGI), HG. influenzae (resp.) maltophilia
Burkholderia cepacia
Sulfadiazina de prata - Tópica Yersinia pestis
Sulfapiramina Nocardia
Sulfametoxazol + trimetoprima (bactrim) Protozoários
(EV, VO) (potencial bactericida) - Meningite, Toxoplasma gondii
tecidos moles, toxoplasmose (sulfa + Isospora belli
trimetamina). Plasmodium
Fungos - sistêmicos (lesões teciduais)]
MECANISMOS DE AÇÃO
Paracoccidioides brasiliensis (comum em
Inibição competitiva da diidropteroate pacientes
sintetase (1ª reação da cadeia) com HIV – pneumonia)
Menor produção de bases nitrogenadas Pneumocystis jiroveci
Afeta a produção de ácidos nucleicos
Afeta crescimento e multiplicação
Efeito bacteriostático. Não pode ser utilizado em gestantes, pois
interferem na síntese do ácido fólico.
DAPSONA
Tratamento de hanseníase, Micobacterium
leprae.
Ingrid Oliveira - @ingridmoliveira90

MECANISMO DE AÇÃO
ANIMOGLICOSÍDEOS
1. Ligam-se à fração 30S dos ribossomos
PABA
inibindo a síntese proteica ou produzindo
proteínas defeituosas.
2. Dificulta a iniciação da síntese protéica
DHF 3. Provoca leitura incorreta do RNAm
4. Terminação prematura da síntese proteica
THF 5. Proteínas aberrantes podem ser
Bactéria
incorporadas à membrana plasmática
6. Compromete integridade da membrana e
aumenta captação da droga (efeito
INIBIDORES DA SÍNTESE
PROTEICA bactericida)
EFEITOS COLATERAIS
Nefrotoxicidade: Insuficiência renal reversível
ou irreversível
AMINIGLICOSÍDEOS
Ototoxicidade: surdez irreversível
Hepatotoxidade
TETRACICLINAS
CONTRAINDICAÇÕES
Sem absorção por via oral (uso EV ou IM);
MACROLÍDEOS Eliminação por via RENAL;
Não concentram no LCR - não é bom para trata
meningites;
ANIMOGLICOSÍDEOS
Não atingem concentração intracelular - não
Principal classe para tratar infecção gram
consegue tratar micoplasma, clamídea e
negativa multiresistente. Pseudomonas
Riquétsias;
aeruginosa.
Não devem ser utilizados em GESTANTES;
Não age sobre Gram positivos.
Preferencialmente em DOSE ÚNICA DIÁRIA
Não agem sobre anaeróbios.
Não agem sobre bactérias intracelulares. FATORES DE RISCO PARA
MEDICAMENTOS INTOXICAÇÃO
Estreptomicina - Boa atividade contra Idade
Mycobacterium tuberculosis e M. bovis, Choque hipovolêmico
sendo , no entato, usada em Acidose
esquemasalternativos contra tuberculosem, Depleção de sódio ou potássio
quando há resistencia a isoniazida e/ou Sepse
rifampicina ou quando a terapia parenteral Transplante renal
é necessária. Doença hepática e renal
Gentamicina (EV) - Tratar infecçãos de Dose e duração do tratamento
bacilos gram negativos (pseudomonas) e Exposição prévia aos aminoglicosídeos
também usada em esquema combinados Duração da anestesia
com betalactâmicos para infecções mais Uso de cefalosporinas ou drogas nefrotóxicas
graves por enterococos.
Amicacina - mais resistente que outros
Deve ser usado como útima opção
aminoglicosídeos à degradação enzimática.
Útil em situações de maior risco de
resistência bacteriana. (falha de outros
aminoglicosídeos)
Neomicina + bacitracina (tópico)
Ingrid Oliveira - @ingridmoliveira90

MACROLÍDEOS TETRACICLINAS

Espectro amplo Absorção oral, modificada por alimentos


Atravessa as barreiras hematoencefálica e
Classe preferível para tratar pneumonia
placentária - Boa para tratar Meningite.
Eritromicina (VO) -
Primeira escolha:
Pneumonias por bactérias “atípicas” Manchas amareladas nos dentes de animais
(Mycoplasma pneumoniae, Legionella jovens
pneumophila, Chlamydia spp.) Reação tecidual
Difteria; Campylobacter jejuni; Bartonelose Afinidade com cálcio
(“gato”) e Coqueluche. Indicação: Patógenos Intracelular
Em alérgicos à penicilina ou como droga Orbigatórios (doxiclina)
alternativa (TODOS).
CONTRAINDICAÇÕES
Infecções estreptocóccicas;
Não devem ser utilizados em GESTANTES e
Prevenção de endocardite após
crianças até 8 anos de idade;
procedimento odontológico.
Tem grande afinidade pelo Cálcio.
Profilaxia de febre reumática
Impede a osteogênese.
Alternativa para o tratamento da sífilis.
Desenvolvimento e dentes da criança.

Claritromicina (VO)
Primeira escolha:
Pneumonias por bactérias “atípicas”
(Mycoplasma pneumoniae, Legionella
pneumophila, Chlamydia spp.)
Micobaterioses não tuberculose; Campylobacter
jejuni; Bartonelose; Coqueluche e Helicobacter
pylori. MECANISMO DE AÇÃO
Infecções estreptocóccicas/ Pneumonia. ligam-se a subunidade 30S, impedindo a
Hemophilus influenza e Moraxella catarrhalis ligação do complexo aminocil-RNAt
Inibe o alongamento da síntese protéica
Azitromicina (VO) (efeito bacteriostático)
Primeira escolha:
ESPECTRO DE AÇÃO
Pneumonias por bactérias “atípicas”
Bactérias Gram-positivas
(Mycoplasma pneumoniae, Legionella
Bactérias Gram-negativas
pneumophila, Chlamydia spp.)
Anaeróbios
Micobaterioses não tuberculose; Uretrite não
Espiroquetas - leptospirose
gonocóccica; Bartonelose; Coqueluche e
Organismos intracelulares(riquétsias,
Cancro mole.
micoplasma,clamídias)
Infecções estreptocóccicas (Pneumonia);
Hemophilus influenza e Moraxella catarrhalis; FARMACOCINÉTICA
Febre tifóide; Shigelose; Doença de Lyme Administração: Oral (8-12h) - Oxitetraciclina
(“pulga”) e Babesiose. de longa duração/Parenteral (IV ou IM/dor)
Absorção oral: Quelatos insolúveis com íons
divalente e trivalente (exceto: doxaciclina)
Excreção: Renal (FG) + biliar (exceto
doxaciclina - biliar).
Ingrid Oliveira - @ingridmoliveira90

ANTIBIÓTICOS QUE ALTERAM A


INDICAÇÕES CLÍNICAS ESTABILIDADE DA MEMBRANA
Primeira escolha: PLASMÁTICA
Riquetsioses; Polienos (A): bactericida contra gram-
Clamidia trachomatis; negativos
Clamidia psittasi; I. Polimixina B: usada em infecções superficiais:
Bartonelose (angiomatose bacilar e D. uso sem prescrição médica.
arranhadura do gato); II. Polimixina E: Colistina - Tratamento de
Uretites não gonocóccicas; infecções a bacilos gram-negativos
Doença de Lyme; multirresistentes (acinetobacter).
Brucelose (em associação); Mecanismo de ação:
Pneumonias comunitárias (em associação); Desestabilização da MP externa de Gram-
Sífilis e outras treponematoses; negativa (depleção de Ca+2 e Mg+2)
Leptospirose; Farmacocinética:
Acne. Fígado/rins → dose corrigida em caso de
insuficiência renal.
Em alérgicos à penicilina ou como droga Necessidade ou não de
alternativa: ajuste de dose? Não, o ideal
é tratar contra a bactéria.
INTERAÇÕES
Posteriormente trata-se a
Idade (evitar em crianças menores de 8 anos
insuficiência renal.
– formação óssea).
A redução da dose no comprometimento renal
Absorção reduzida na presença de cátions
pode levar a uma redução na
Sinérgico com a Polimixina
biodisponibilidade, desfechos clínicos
TOXICIDADE adversos, falhas clínicas e resistência.
Irritante – vômito, pele Interações:
Microbioma intestinal

Antianabolizante – Azostemia ( força)
Sinérgico com rifampicina-ceftazidima
Cefalosporina de 3ª geração, melhorando o
-

Danos renais espectro de ação e eficácia terapêutica do


Osteotróficas –ligação á cátions – deposição medicamento.
dente osso novo. Colistina -carbapenens
DOSE Dose :
Normal: 2,5-5mg/Kg/dia (8/8)
Via oral
2-3 milhões UI (8/8)
Evitar injeções – irritação e lesões
Evitar uso parenteral - toxicidade
Toxicidade:
Nefrotóxico, Neurotóxico e Bloqueio
Neuromuscular.
Indicações:
Neutropenia
Gram-negativas infecções de pele, ceratites e
otites, Pseudomonas e Acinetobacter; Infecções
oculares.
Ingrid Oliveira - @ingridmoliveira90
GLICOPEPTÍDEOS
1. VANCOMICINA (VO/EV), INFECÇÕES PULMONARES
2. Teicoplanina (Targocid) TRATAMENTOS EMPÍRICOS SUGERIDOS
3. Ramoplanina
A Vancomicina foi introduzida para uso clínico 1 - PACIENTES NÃO-INTERNADOS (Pneumonia)
em 1958, mas sua utilização em maior escala β-lactâmicos;
iniciou-se nos anos 80, com o surgimento de I. Amoxicilina (opção de menor custo/ Falha de
infecções por estafilococos resistentes à 1 a cada 12 pacientes);
oxacilina e redução da toxicidade. II. Cefalosporinas orais de 2ª ou 3ªgeração
(cefuroxima, cefpodoxima ou cefprozil);
Micro-organismos multitesistentes - ORSA
Mecanismo de ação da Vancomicina
▪ Outros:
I. Macrolídeos (alérgicos aos acima)
Inibição competitiva com a enzima
II.Fluoroquinolonas-respiratórias (comorbidades
TRANSGLICOSILASE (parede celular) e alteram a
e idosos) - risco de rabdomiólise.
permeabilidade da MP.
Eficiente para combate a gram-positivos
Indicações clínicas da vancomicina
Usada como alternativa aos beta-lactâmicos
▪ ASPIRATIVA: amoxacilina-clavulanato
em pacientes alérgicos
2- INTERNADOS EM ENFERMARIA:
É uma alternativa no tratamento de infecções
por estafilococos resistentes a oxacilina → Fluoroquinolonas respiratórias
Ceftriaxona/ Cefotaxima + Macrolídeo
Pacientes GRAVES!
Gram positivas/ORSA
3) RISCO DE Pseudomonas (DPOC, uso
Infecções por cateter
recente de ATB, uso crônico de corticóide):
Clostridium difficile
Agente antipseudomonas (Tazocin,
Osteomielite
Carbapenêmicos, Ceftazidima, Cefepime) +
Celulite - em casos graves
Ciprofloxacina.
Sepse/ Endocardite
Neutropeinia Febril (suspeita pot Staphylococcus
4) ASPIRATIVA:
spp.)
Fluoroquinolona + Clindamicina/Metronidazol
Cuidado: Muito Nefrotóxico*/ Ototóxico/
β-lactâmico com inibidor de β- lactamase.
“síndrome do pescoço vermelho” - infundir
lentamente... INFECÇÕES NO TRATO
GASTROINTESTINAL
Principais:
E. Coli enterotoxigênica
Salmonella
Vibrio
TRATAMENTOS EMPÍRICOS SUGERIDOS
1. Diarreia aguda SEM febre/sangue
Seguir tratamento com reposição volêmica.
Raros precisam de antibioticoterapia.
PERSISTENTES ou SINTOMAS MAIS INTENSOS:
I. Ciprofloxacina 500 mg 12/12 h 5-10 dias
(maioria);
II. Metronidazol (ou Tinidazol): Giardíase;
III. Bactrim: Isospora;
IV. Macrolídeo (Azitromicina): Cryptosporidium.
Ingrid Oliveira - @ingridmoliveira90
2.Diarreia aguda COM febre/sangue.

Cistite Pielonefrite
Disúria Febre
Patógenos invasivos Polaciúria Dor lombar Giordano +
Ciprofloxacina 500mg 12/12h 10 dias (maioria); Urgência miccional Calafrios
(bacteriostático) Alteração do aspecto da urina
Claritromicina 500mg 12/12h 5dias Cistite Pielonefrite
(Campylobacter). - Concentração tempo- Nitrofurantoína Ceftriaxona
dependente - Depende do sistema imunológico Fosfomicina Ciprofloxacina
do paciente. Cefuroxima Amicacina
PATÓGENOS
SHIGELLA Amoxicilina com Clavulonato
CAMPYLOBACTER
SALMONELLA SPP.
AEROMONAS
VÍBRIO PARAHAEMOLYTICOS
YERSINIA

INFECÇÕES NO ITU
Principais:
E. coli – 80% (comunitária);
Staphylococcus saprophyticus – 5 a 15%;
Outros (BGN ou GP resistentes) – 5%;
Germes de ITU nosocomial (E. coli, K.
pneumoniae, P. aeruginosa, Enterococos, S.
aureus).

TRATAMENTOS EMPÍRICOS SUGERIDOS:


Quinolonas: Ciprofloxacino 500mg 12/12h 1 a 7
dias.

Obs. Não utilizar esquemas de dose única para


idosos, diabéticos, imunossuprimidos e infecções
complicadas.

Devido risco de reincidiva e Rabdomiólise.

Esquemas alternativos para alérgicos ou


gestantes:

Amoxacilina: (3 a 7 dias);
Cefalosporinas: 1ª até 3ª geração VO (3
a 7 dias);
Nitrofurantoína: (piridium) 100 mg 6/6 h 7 dias.
(bactericida).
Utilizados para tratamento de Cistite.
FARMACOLOGIA II
Ingrid Oliveira - @ingridmoliveira90
OBSTÉTRICA E GINECOLÓGICA
INTRODUÇÃO FASES
O ciclo menstrual inicia no primeiro dia da O ciclo menstrual, apresenta, em média, 28 dias,
menstruação e normalmente se apresenta como sendo possível observar uma variação que vai de
sangramento vermelho vivo, de intensidade 20 dias a 40 dias. Várias modificações ocorrem
variável. É contado pelo número de dias e, embora nesse período em consequência da ação de
a definição do ciclo “normal” seja de 28 dias, são vários hormônios, e é comum a divisão do ciclo
considerados normais os ciclos com duração de 21 menstrual em fases.
até 35 dias. 1. Fase proliferativa, folicular ou
É composto por duas grandes “fases”, em que estrogênica
existe produção e liberação de dois tipos Logo após a menstruação, que nada mais é do
principais de hormônios sexuais: estrógenos e que o descamamento do endométrio, a mucosa
progesterona. Durante estas fases, são muito uterina apresenta-se bastante fina. Na fase
comuns alterações no estado de humor, no apetite proliferativa, como o nome sugere, observa-se a
e na libido (desejo sexual). Estas recebem o nome proliferação celular e a reconstituição do
de fase folicular e fase lútea. endométrio perdido. No inicio dessa etapa, o
Na fase folicular (1º ao 14º dia) ocorre o endométrio apresenta cerca de 0,5 mm de
crescimento e amadurecimento do óvulo que será espessura e, ao final, de 2 mm a 3 mm.
liberado na ovulação, enquanto que a fase lútea Essa proliferação é estimulada pela ação do
(15º ao 28º dia) tem a função de produzir os estrogênio, que começa a ser produzido por
hormônios fundamentais (principalmente a folículos ovarianos que estão se desenvolvendo
progesterona) para o desenvolvimento da futura no ovário da mulher. O ciclo menstrual apresenta
gestação. relação direta com o ciclo ovariano, e, nesse
momento, o útero está sendo preparado para
um importante evento: a ovulação.

2. Fase secretória ou lútea


Inicia-se após a ovulação, ou seja, após a
liberação do ovócito pelo ovário. É quando
ocorre a formação do chamado corpo lúteo —
responsável pela produção de estrogênio e,
principalmente, de progesterona.
Esses hormônios garatem a manutenção do
endométrio, além do desenvolvimento dessa
camada, promovendo o alargamento das
artérias e crescimento das glândulas ali
presentes. Estas estão relacionadas com a
liberação de uma importante secreção que
garante a sobrevivência do embrião antes
mesmo de sua implantação.
A espessura máxima do endométrio é alcançada
nessa fase. É na fase secretora que o embrião,
caso tenha ocorrido fecundação, adere-se ao
útero.
Ingrid Oliveira - @ingridmoliveira90

3.Fase menstrual O QUE OCORRE NO USO DE


Quando a fecundação e a nidação (implantação ANTICONCEPCIONAIS?
do embrião no útero) não ocorrem, verificamos o Os métodos contraceptivos podem ser
início da fase menstrual. Essa fase ocorre devido classificados como não hormonais ou
ao fim do funcionamento do corpo lúteo pela sua hormonais. Os métodos de contracepção não
desintegração, levando a uma redução dos hormonais, como preservativos ou o dispositivo
níveis dos hormônios no corpo da mulher, em intrauterino de cobre (DIU), não alteram os níveis
especial a progesterona. naturais ou funções dos hormônios no corpo.
Na fase menstrual do ciclo, verifica-se a
constrição das artérias do endométrio,
provocando um bloqueio do fluxo de sangue.
Essa redução do fluxo sanguíneo leva a uma
consequente morte das paredes da artéria e das
áreas do endométrio por elas irrigadas.
As artérias rompem-se e há sangramento, o qual
é acompanhado pela camada funcional do
endométrio, que se separa da mucosa e irá No entanto, contraceptivos hormonais alteram os
compor o fluído menstrual. Esse evento ocorre níveis normais de estrogênio, progesterona e
cerca de 14 dias após a ovulação e geralmente outros hormônios.
dura poucos dias.

Os contraceptivos hormonais geralmente contêm


formas alternativas de estrogênio e/ou a forma
sintética da progesterona chamada
progestagênio.
As pessoas que usam as formas mais comuns de
contracepção hormonal não ovulam. Esses
métodos interrompem os padrões habituais de
produção de hormônios reprodutivos e impedem
que os ovários liberem óvulos. Eles fazem isso
interrompendo ou mudando o “ciclo” hormonal
normal. As exceções incluem a minipílula e o DIU
de levonorgestrel. Esses métodos funcionam de
maneira diferente, mas ainda impedem a
ovulação em algumas pessoas.
Contraceptivos hormonais que incluem
estrogênio e progestagênio são:
Anticoncepcionais orais combinados
Anel vaginal hormonal
Adesivo anticoncepcional
Ingrid Oliveira - @ingridmoliveira90

Contraceptivos hormonais à base de somente A inibina inibe a secreção de FSH, e a ativina


progestagênio são: estimula a secreção de FSH. Os esteroides
Pílulas à base de somente progestagênio (a gonadais geralmente suprimem a secreção de
"minipílula") GnRH, FSH e LH. Entretanto, se o estrogênio
Injeção anticoncepcional (normalmente sob aumenta rapidamente acima do nível limiar por
o nome da marca Depo-Provera) no mínimo 36 horas, a retroalimentação muda
Hastes anticoncepcionais implantáveis (o para positiva e estimula a liberação de
"implante") gonadotrofinas. Após a puberdade, a liberação
DIU de levonorgestrel (LNG) tônica do GnRH ocorre em pequenos pulsos a
cada 1 a 3 horas, a partir de uma região
O contraceptivo de emergência (a "pílula do hipotalâmica denominada gerador de pulso.
dia seguinte") também afeta os níveis normais
de estrogênio e progesterona, seja aumentando
a quantidade desses hormônios ou interferindo
nas proteínas que interagem com esses
hormônios. A contracepção de emergência
funciona principalmente bloqueando a
ovulação – é importante reforçar que ela não
interrompe a gravidez caso ela aconteça.
Não é recomendado para uso como método
contraceptivo primário, mas é recomendado em
circunstâncias em que a contracepção falhou,
foi usada de maneira imprópria ou não foi usada
nenhuma contracepção para a prevenção da
gravidez. O uso da contracepção de
emergência, conforme necessário, é seguro e é
eficaz na prevenção da gravidez, se tomado no
O estrogênio sensibiliza o hipotálamo e os
prazo de 3 a 5 dias, embora deva ser tomado o
gonadotrofos hipofisários aos efeitos
mais rapidamente possível.
inibidores por retroalimentação da
progestina.
A progestina exerce retroalimentação
negativa, que suprime a inda de LH e,
portanto, impede a ovulação.
CONTROLE HORMONAL DO CICLO
MENSTRUAL
O hormônio liberador de gonadotrofinas
(GnRH) controla a secreção do hormônio
folículo-estimulante (FSH) e do hormônio
luteinizante (LH) pela adeno-hipófise. O FSH e
os hormônios esteroides sexuais regulam a
gametogênese nas células gonadais produtoras
de gametas. O LH estimula a produção de
hormônios esteroides sexuais. Os hormônios
esteroides sexuais incluem androgênios,
estrogênios e progesterona. A aromatase
converte os androgênios em estrogênios.
Ingrid Oliveira - @ingridmoliveira90
TIPOS DE PÍLULAS
Pílula Monofásica:
A pílula monofásica possui em sua fórmula
estrogênio e progesterona com a mesma
dosagem. É o comprimido anticoncepcional mais
conhecido pelas mulheres. A utilização deve ter
início entre o primeiro e o quinto dia da
menstruação e termina quando a cartela acabar.
Depois, é necessário parar por 7 dias.
Nas monofásicas, a dose dos esteróides é
constante nos 21 ou 22 comprimidos da cartela.

Pílulas Bifásicas ou Trifásicas


As bifásicas contêm dois e as trifásicas contêm
três tipos de comprimidos com os mesmos
hormônios em proporções diferentes.
FALHA
Ocorre falha contraceptiva em algumas
pacientes quando:
1. Uma ou mais doses forem omitidas
2. Utilizam fenitoína (que pode aumentar o
catabolismo dos compostos)
3. Usam antibióticos que altera, o ciclo
êntero-hepático dos metabólitos.

METABOLISMO
50% do estrógeno e a progesterona são
prontamente absorvidos e transformados no
fígado em conjugados sulfatados e
glucuronídeos, os quais não têm atividade
contraceptiva.

Flora intestinal promove hidrólise dos


conjugados estrogênicos.
SUSPENSÃO DA MEDICAÇÃO
A maioria das pacientes volta a ter um padrão
mesntrual normal quando esses fármacos são
suspensos.
97% no terceiro ciclo após o tratamento
2% das pacientes permanecem amenorreicas por
períodos de até vários anos após a interrupção
do tratamento.
Ingrid Oliveira - @ingridmoliveira90

EFEITOS SOBRE O OVÁRIO EFEITOS COLATERAIS LEVES


Tornam-se menores. Náuseas
Mastalgia
O desenvolvimento folicular é mínimo, e os Sangramentos inesperados
corpos lúteos, os folículos maiores, o edema do Edema.
estroma e outras características morfológicas, Alterações nas proteínas séricas e
normalmente observadas em mulheres que Outros efeitos sobre a função endócrina
ovulam, estão ausentes.
EFEITOS COLATERAIS MODERADOS
EFEITOS SOBRE O ÚTERO Sangramento inesperado
Efeitos significativos sobre o Ganho de peso
muco cervical, tornando-o Acne pode ser exacerbada
semelhante ao muco da pós- Hirsutismo
ovulação, isto é, mais espesso e Infecções vaginais são mais comuns
menos coioso.
EFEITOS COLATERAIS GRAVES
EFEITOS SOBRE AS MAMAS Tromboembolia
Estimulação das mamas na maioria em mulheres que não usam
das pacientes que usam agentes contraceptivos orais, ocorre doença
com estrogênio. tromboembólica superficial ou
Suprimir a lactação. profunda em cerca de 1 a cada mil
Pequenas quantidades desses mulheres-ano.
compostos passam para o leite, não A incidência global desses distúrbios
sendo consideradas significativas. em pacientes que utilizam
EFEITOS SOBRE O SNC contraceptivos orais em baixas doses
Alterações pronunciadas no é cerca de 3x maior.
humor, afeto e comportamento
pareça baixa, é comumente
OCITOCINA
relatada a ocorrência de
A ocitocina é um hormônio produzido pelo
alterações mais discretas.
hipotálamo e armazenado na hipófise posterior,
Efeitos sobre a função
e tem a função de promover as Contrações
endócrina
musculares uterinas durante o parto e a ejeção
A inibição da secreção
do leite durante a amamentação.
hipofisária de gonadotrofinas.
Só deve ser utilizada quando o colo apresentar
EFEITOS SOBRE A CIRCULAÇÃO condições favoráveis, ou seja, escore de Bishop
O risco de >6.
tromboembolismo venoso
é mais elevado durante o
primeiro ano de uso em
usuárias de primeira vez
de contraceptivo.
Aumento dos níveis
circulantes dos fatores II,
VII, IX e X e diminuição
da antitrombina II.
Ingrid Oliveira - @ingridmoliveira90

UTILIZAÇÃO NA ÁREA DE OBSTETRÍCIA


ABORTO
Indução de aborto legal.
Esvaziamento uterino por morte embrionária
Aborto provocado pela gestante ou com seu ou fetal.
consentimento Amolecimento cervical antes de aborto
Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou cirúrgico (AMIU ou curetagem).
consentir que outrem lho provoque: Pena - Indução de trabalho de parto (maturação de
detenção, de um a três anos. Aborto provocado colo uterino).
por terceiro
Art. 125 - Provocar aborto, sem o consentimento INTERRUPÇÃO DE GESTAÇÃO
da gestante: Pena - reclusão, de três a dez Em torno das 30 semanas, 1 comprimido de
anos. 25mcg pode não ser suficiênte e haver
Art.126 - Provocar aborto com o consentimento necessidade de utilizar 2 comprimidos.
da gestante: Pena - reclusão, de um a quatro
anos. INDUÇÃO DO PARTO COM FETO MORTO
Parágrafo único. Aplica-se a pena do artigo Antes das 30 semanas, já iniciar com 2
anterior, se a gestante não é maior de quatorze comprimidos de 25mcg e aguardar 6 horas e,
anos, ou é alienada ou débil mental, ou se o caso não haja resposta, aumentar a dose para 4
consentimento é obtido mediante fraude, grave comprimidos.
ameaça ou violência.
Forma qualificada INDUÇÃO DO PARTO
Art. 127 - As penas cominadas nos dois artigos O intervalo entre uma dose de misoprostol e a
anteriores são aumentadas de um terço, se, em seguinte, não deve ser menor que 6 horas. Nunca
consequência do aborto ou dos meios aplique uma nova dose de misoprostol quando já
empregados para provocá-lo, a gestante sofre existe contratilidade uterina (duas ou mais
lesão corporal de natureza grave; e são contrações em 10 minutos.)
duplicadas, se, por qualquer dessas causas, lhe
sobrevém a morte. TERATOGÊNESE
Art. 128 - Não se pune o aborto praticado por Recém-nascidos de mulheres que fizeram uso de
médico: Misoprostol no primeiro trimestre apresentam
Aborto necessário com maior frequência:
I - se não há outro meio de salvar a vida da • Síndrome de Möbius (paralisia facial congênita).
gestante; Aborto no caso de gravidez resultante • Defeito do sistema límbico.
de estupro • Constrição das extremidades em forma de anel.
II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é • Artrogriposis.
precedido de consentimento da gestante ou, • Hidrocefalia.
quando incapaz, de seu representante legal. • Haloprosencefalia.
• Extrofia de bexiga.
MEDICAMENTOS ABORTIVOS
Misoprostol TALIDOMIDA
O Misoprostol é um análogo sintético de O que a talidomida causou na população?
prostaglandina E1 efetivo no tratamento e A talidomida foi introduzida, no final dos anos
prevenção da úlcera gástrica induzida por anti- 1950, como um sedativo. A droga era dada às
inflamatórios não hormonais e que tem utilidade mulheres grávidas para combater os sintomas do
em obstetrícia, pois dispõe de ação útero- enjoo matinal. Mas o uso durante a gestação
tônica e de amolecimento do colo uterino. restringiu o crescimento dos membros dos bebês,
Dilatação do colo uterino e estimula a contração que nasceram com má formação nas pernas e
uterina. braços.
FARMACOLOGIA II
Ingrid Oliveira - @ingridmoliveira90
DIABETES MELLITUS
INTRODUÇÃO O metabolismo intermediário é controlado por
Diabetes mellitus é uma doença do metabolismo hormônios. A insulina, sintetizada e secretada
intermediário, caracterizada pela ocorrência de pelas células beta das ilhotas pancreáticas, é o
HIPERGLICEMIA CRÔNICA, que em longo prazo grande “maestro” do anabolismo! Por outro
promove lesões em órgãos-alvo, podendo cursar lado, os hormônios conhecidos como
também com descompensações metabólicas “contrarreguladores da insulina” (glucagon,
agudas. De acordo com a etiopatogenia, os adrenalina, cortisol e, emmenor grau, GH)
fatores que contribuem para a hiperglicemia são: exercem efeito oposto, mediando o
deficit de insulina (absoluto ou relativo) e/ou catabolismo. A fim de manter a homeostase,
resistência à insulina. De qualquer forma, o deve haver um equilíbrio dinâmico entre
resultado final é sempre a diminuição da anabolismo e catabolismo, com pequenas
utilização periférica e aumento da variações em função da disponibilidade de
produção(hepática) de glicose. nutrientes. Assim, no período pós-prandial
predominam as reações de anabolismo, por
estímulo de elevados níveis séricos de insulina,
ao passo que no jejum predominam as reações
de catabolismo, movidas pela queda da insulina
e aumento dos contrarreguladores, em particular
o glucagon.
A insulina é um peptídeo derivado da clivagem
da pró-insulina, o que também origina o
peptídeo C, este último sem atividade hormonal.
O principal estímulo para a sua síntese e
liberação é o aumento dos níveis séricos de
METABOLISMO INTERMEDIÁRIO glicose.
NORMAL – FISIOLOGIA A glicose é “percebida” ao adentrar o
Chamamos de metabolismo intermediário o citoplasma através dos canais GLUT 1 e 2, que
conjunto de reações bioquímicas orgânicas de são expressos de forma constitutiva na
síntese e degradação de macromoléculas. Estas membrana da célula beta. Ocorre então
últimas podem ser classificadas em três grupos glicólise e formação de ATP, que promove o
básicos: proteínas, carboidratos e lipídios. fechamento dos canais de potássio ATP-
As proteínas são componentes estruturais dos sensíveis, resultando na despolarização celular e
tecidos, e também exercem diversas funções consequente influxo de cálcio, principal estímulo
homeostáticas na forma de enzimas, hormônios, à degranulação.
imunoglobulinas, etc. Apenas em situações O glucagon também é um hormônio peptídico,
especiais acabam sendo utilizadas como porém, é sintetizado e liberado pelas células
“combustível energético”... Já os carboidratos e alfa das ilhotas, basicamente em resposta à
lipídios são, essencialmente, moléculas de redução dos níveis séricos de glicose.
reserva energética, ainda que participem A glicose é a grande fonte de energia dos
também da estrutura física dos tecidos e da neurônios! Lembre-se que neurônios NÃO são
intermediação de processos metabólicos. sensíveis à insulina. Eles já expressam canais de
glicose (GLUT 1) de forma constitutiva em sua
membrana, sendo estritamente dependentes da
glicemia (que por isso precisa sermantida
constante).
Ingrid Oliveira - @ingridmoliveira90

De fato, foi demonstrado que, fisiologicamente,


ESTADO PÓS-PRANDIAL
A resposta insulínica promove dois efeitos a secreção de insulina é maior quando uma
básicos: (1) anabolismo; e (2) utilização da mesma carga de glicose é ministrada pela via
glicose como principal substrato energético. oral, em comparação com a via endovenosa.
Anabolismo dos carboidratos: a glicose Existem duas incretinas principais: GLP-1
captada por hepatócitos e miócitos é utilizada (Glucagon-Like Peptide-1) e GIP (Glucose-
na glicólise, e o que sobra serve de substrato dependent Insulinotropic Polypeptide). Ambas
para a síntese de glicogênio hepático e são degradadas pela enzima DPP-IV (Dipeptidil
muscular–GLICOGENOGÊNESE. Peptidase-IV).
Anabolismo dos lipídios: diante do excesso de Muitos diabéticos – especialmente do tipo 2 –
glicose no hepatócito, uma parte da acetil-CoA apresentam uma baixa do “efeito incretínico”,
produzida pela glicólise é convertida em malonil- por motivos ainda pouco compreendidos. Novos
CoA para a síntese de ácidos graxos – medicamentos (ex.: sitagliptina, um inibidor da
LIPOGÊNESE. Os ácidos graxos são DPP-IV) melhoram o controle glicêmico nesses
transportados aos adipócitos, onde se tornam casos, por aumentar o “efeito incretínico”.
triglicerídeos através da reação de CLASSIFICAÇÃO
“esterificação”.
DM tipo 1 (5-10%) - Cursa com
Anabolismo das proteínas: os aminoácidos
destruição primária das células beta
adentram as células e são utilizados na SÍNTESE
e hipoinsulinismo “absoluto”. É
PROTEICA.
subdividido em tipo 1A (mecanismo
autoimune – mais de 90% dos casos)
No estado pós-prandial predomina o
e tipo 1B (idiopático – 4-7%,
ANABOLISMO, marcado pela síntese de
particularmenteem negros e
glicogênio hepático e muscular, de triglicerídeos
asiáticos).
nos adipócitos e de proteínas em todos os
tecidos, juntamente à utilização da glicose pela
DM tipo 2 (80-90%) - Cursa
via glicolítica como principal substratoenergético.
primariamente com resistência
Ocorre predomínio da insulina em relação aos
periférica à insulina, que ao longo do
hormônios contrarreguladores.
tempo se associa à disfunção
progressivadas células beta
ESTADO DE JEJUM (INTERPRANDIAL) (“exaustão” secretória). O
No estado interprandial predomina o hipoinsulinismo é “relativo”, isto é, no
CATABOLISMO, marcado por glicogenólise, início do quadro a insulina aumenta,
lipólise e proteólise, com utilização de ácidos porém esse aumento é insuficiente
graxos (e em menor escala, corpos cetônicos) para controlar a glicemia.
para a produção de energia na maioria das RESISTÊNCIA À INSULINA
células. Os níveis glicêmicos passam a servir Faz referência à situação onde uma dada
exclusivamente aos neurônios, e são garantidos concentração de insulina (exógena ou endógena)
pela produção hepática deglicose através da se mostra incapaz de produzir os efeitos
gliconeogênese. Tudo isso é devido a um esperados.
aumento dos hormônios contrarreguladores, com
efeito “permissivo” decorrente da queda da
insulina.
Ingrid Oliveira - @ingridmoliveira90
Insulinoterapia
QUADRO CLÍNICO O início do tratamento deve ser feito com 0,3-
DM 1 0,5 U/kg/dia, por via Subcutânea (SC). A dose
Poliúria, média adequada a um diabético tipo 1 adulto em
Polidipsia, geral oscila entre 0,5-1,0 U/kg/dia.
Polifagia e Os análogos de insulinasão: lispro, aspart,
Perda de peso (emagrecimento) glulisina, glargina, detemir e degludec.
(os famosos “polis”).

DM2
Diagnóstico tardio - Assintomáticos
Com menos frequência: hiperglicemia,
podem ser referidos (poliúria, polidipsia).
Acantose nigricans - Importante sinal clínico.

TRATAMENTO
DM 1
O tratamento com reposição exógena de
insulina reduz a morbimortalidade dos
pacientes comDM tipo 1.
Qual é o mecanismo de ação da insulina?
Quando a insulina se liga ao seu receptor, ocorre
a dimerização desse receptor, e a molécula
O ideal é que se aplique a regular no
dimérica resultante possui atividade enzimática
subcutâneo da barriga (absorção mais rápida) e
de “tirosina-quinase” (isto é, ela passa a
a NPH na coxa ou nádegas (absorção mais
fosforilar resíduos de tirosina presentes em
lenta), porém pode-se aplicar as duas insulinas
outras moléculas). Diversas proteínas
misturadas na mesma seringa.
intracelulares são assim fosforiladas, como os
substratos do receptor de insulina (IRS), Antidiabéticos
tornando-se funcionalmente ativas e exercendo Os antidiabéticos orais (ou hipoglicemiantes
importantes funções intracelulares como a orais) formam a base da terapêutica
ativação da transcrição genética, ativação de medicamentosa do DM tipo 2, e exercem seu
outros sistemas enzimáticos do citoplasma,etc. efeito estimulando a secreção de insulina pelas
Dentre esses últimos efeitos, por exemplo, está o células beta (sulfonilureias e glinidas),
estímulo à translocação dos transportadores de aumentando o efeito periférico da insulina
glicose GLUT 4 do citoplasma para a membrana (metformina e glitazonas), retardando a
celular, evento necessário para a captação de absorção de carboidratos (acarbose) ou agindo
glicose pelo músculo e tecido adiposo. simultaneamente na célula beta – estímulo para
síntese de insulina – e alfa – reduzindo a
produção de glucagon (inibidores da DPP-4).
Os agonistas GLP-1 são drogas de uso
subcutâneo que também atuam estimulando a
síntese de insulina pela célula beta e reduzindo a
produção de glucagon pela célula alfa
pancreática. Juntamente com os inibidores da
DPP-4, estas medicações formam o grupo dos
incretinomiméticos. Inibidores do SGLT-2,
drogas que bloqueiam a reabsorção tubular
renal da glicose filtrada nos glomérulos.
Ingrid Oliveira - @ingridmoliveira90
Ingrid Oliveira - @ingridmoliveira90

BIGUANIDAS
A metformina é a única biguanida aprovada
para uso clínico. Sua ação ocorre através de SULFONILUREIAS
três mecanismos básicos: Estes compostos estimulam diretamente a
(1) inibição da gliconeogênese hepática, secreção basal de insulina pelas células beta
principal responsável pela hiperglicemia de pancreáticas, pelo bloqueio de canais de K+
jejum, o que contribui para 75% de sua ação dependentes de ATP (“canais KATP”), o que
hipoglicemiante; promove despolarização da célula beta e influxo
(2) melhora da sensibilidade dos tecidos de Ca2+, estímulo para a degranulação.
periféricos à insulina (contribuindo para queda Necessitam de células beta funcionantes para
da insulinemia); sua ação, uma vez que estimulam apenas a
(3)redução do turnover de glicose no leito liberaçãoda insulina formada, mas não sua
esplâncnico. síntese. Metabolismo e eliminação : todas as
Em nível celular, a metformina aumenta a sulfonilureias são metabolizadas pelo fígado,
atividade da tirosina-quinase do receptor da devendo, portanto, ser utilizadas com muito
insulina, estimulando a translocação do GLUT 4 e cuidado em hepatopatas.
a atividade da glicogênio sintetase.
Foi sugerido que a droga também seria capaz de
aumentar os níveis séricos do GLP-1. Outro efeito
é o aumento da produção de ácido láctico
por estimular o metabolismo não oxidativo da
glicose em células intestinais. O lactato
produzido pode ser usado na gliconeogênese,
sendo um importante fator protetor contra a
hipoglicemia. A metformina não é metabolizada
no fígado, sendo excretada intacta na urina.
Metformina (Glifage®): 1.000-2.550 mg
VO/dia, em duas tomadas.
GLINIDAS
GLITAZONAS A repaglinida e a nateglinida são as drogas
(TIAZOLIDINEDIONAS)
deste grupo. Agem através de mecanismo
São potentes sensibilizadores periféricos de semelhante aodas sulfonilureias, porém em
insulina. Sua ação é análoga a da metformina, receptores de membrana diferentes. Assim,
isto é, aumentam o efeito periférico da insulina, aumentam a secreção de insulina pancreática.
porém, agem muito mais no estímulo à captação Apresentam uma meia-vida bastante curta, por
de glicose pelo musculoesquelético do que no isso são utilizadas antes das refeições para o
bloqueio da gliconeogênese hepática. O controle da glicemia pós-prandial. Possuem
mecanismo de ação é o aumento da expressão baixo risco de hipoglicemia e por isso são
dos receptores periféricos de insulina, secundário consideradas como “equivalentes orais das
ao estímulo de um fator de transcrição presente insulinas de ação rápida”.
no núcleo da célula (o PPAR-gama). Repaglinida (Prandin®): 1-4 mg VO/dia, em três
Pioglitazona (Actos®) 15-45 mg VO/dia, em tomadas (refeições).
uma tomada. Nateglinida (Starlix®): 120 mg VO/dia, em três
A pioglitazona tem interação medicamentosa com as tomadas (refeições).
drogas metabolizadas pelo citocromo P450 3A4,
como anticoncepcionais orais, digoxina, ranitidina,
nifedipina, etc.; pode ser necessário aumentar a dose
desses fármacos na vigência do uso de pioglitazona.
Ingrid Oliveira - @ingridmoliveira90

INIBIDORES DO SGLT-2
ANÁLOGOS DO GLP-1
O SGLT-2 (cotransportador de sódio e glicose) é
O GLP-1 é um hormônio liberado pelas células
um canal presente na membrana apical das
enteroendócrinas localizadas no íleo e no cólon,
células do túbulo proximal do néfron,
que estimula a secreção de insulina de maneira
responsável pela reabsorção de cerca de 90%
glicose-dependente, inibe a secreção de
da carga de glicose filtrada.
glucagon e o débito hepático de glicose, retarda
Dapagliflozina (Farxiga®): 10 mg VO/dia, em
o esvaziamento gástrico, induz saciedade, reduz
tomada única.
o apetite e propicia perda ponderal; ou seja, é
Canagliflozina (Invokana®): 100-300 mg
uma droga muito benéfica no tratamento do DM
VO/dia, em tomada única.
tipo 2.
Empagliflozina (Jardiance®): 10-25 mg VO/dia,
Exenatida (Byetta®):5 μg duas vezes ao dia SC,
em tomada única.
com aumento posterior para 10 μg duas vezes ao
dia SC.
Seus principais efeitos colaterais são o
Liraglutida (Victoza®): 1,2 a 1,8 mg SC uma vez
aumento na incidência de infecção urinária e
ao dia.
candidíase vulvovaginal.
Semaglutida - Ozempic: 0,25 mg, 0,5 mg, 1,0
mg ou 2,0 mg. SC.

INIBIDORES DA
INIBIDORES DA DIPEPTIDIL ALFAGLICOSIDADE
GLP1
PEPTIDASE-4 (DPP-4) São três os medicamentos deste grupo: a
acarbose, o miglitol e a voglibose, existindo
Estas medicações agem através da inibição
apenas aprimeira no mercado nacional. Tais
seletiva da DPP-4, uma enzima que inativa o
drogas inibem a ação das enzimas digestivas do
GLP-1 (Glucagon-Like Peptide-1) e o GIP
tipo alfa-glicosidades presentes na borda em
(Glucose-dependent Insulinotropic Polypeptide).
escova dos enterócitos, que clivam
O GLP-1 também reduz a secreção do glucagon.
polissacarídeos complexos (como o amido) em
São medicações bem toleradas e não causam
monossacarídeos (como a glicose). Acarbose e
aumento de peso ou hipoglicemia, já que
voglibose também inibem a alfa-amilase
estimulam a secreção de insulina dependente de
pancreática, responsável pela hidrólise de
glicose. Os principais efeitos adversos são:
amidos complexos no lúmen intestinal. Com isso,
nasofaringite, cefaleia, tontura e diarreia.
lentificam a absorção intestinal de glicose,
Vildagliptina (Galvus®): 100 mg VO/dia, em
fazendo reduzir a glicemia pós-prandial nos
tomada única.
diabéticos tipo 2.
Sitagliptina (Januvia®): 100 mg VO/dia, em
Acarbose (Glucobay®): 150-300 mg VO/dia, em
tomada única.
três tomadas (refeições
Saxagliptina (Onglyza®): 5 mg VO/dia.

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