Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ANTIMICROBIANOS
ANTIMICROBIANOS Os antimicrobianos podem atuar :
Alterando a parede celular
Termo mais geral, para substâncias com
Alterando a membrana citoplasmática
capacidade de interferir com a sobrevivência de
Interferindo na replicação cromossômica
uma célula (Anti - bacteriana, fungica, virus,
Inibindo a síntese proteica
parasita, quimioterápicos).
Inibição metabólica
Os antimicrobianos são substâncias têm a
Um dos fatos que ocorrem no uso clínico é que em
capacidade de inibir o crescimento e/ou
90% dos casos, é realizado a prescrição empírica
destruir microorganismos. Podem ser produzidos
de antimicrobianos.
por bactérias ou por fungos ou podem ser total ou
É necessita a realização de exames laboratorais
parcialmente sintéticos.
para que seja evitado a resistência bacteriana.
O principal objetivo do uso de um antimicrobiano
Pois, o uso de uma medicação que não consiga
é o de prevenir ou tratar uma infecção,
alcançar a concentração sanguínea necessária
diminuindo ou eliminando os organismos
para matar os todos os microorganismos
patogênicos e, se possível, preservando os
patológicos presentes, acaba ocorrendo uma
germes da microbiota normal. Para isso é
pressão seletiva, e os microorganismos que ficam,
necessário conhecer os germes responsáveis pelo
acabam criando um novo quadro infeccioso.
tipo de infecção a ser tratada.
O emprego indiscriminado dos antimicrobianos em
pacientes é responsável pelo desenvolvimento de
resistência microbiana. A expressão “resistente”
significa que o germe tem a capacidade de
crescer in vitro em presença da concentração que
essa droga atinge no sangue, ou seja, o conceito é
dose-dependente. No entanto, a concentração
sanguínea de muitos antimicrobianos é inferior à
concentração alcançada pelo mesmo em outros Mecanismos de resistência bacteriana
líquidos ou tecidos corpóreos, o que torna possível A) Modificação dos sítios de ligação dos
que a bactéria seja “resistente” a um determinado antibióticos
antibiótico no sangue, mas sensível se estiver em B) Produção de enzimas pelas bactérias que
outro sítio. inativa os antibióticos.
Os antimicrobianos podem ser classificados a C) Desenvolvimento de caminhos metabólicos
partir de diversas variáveis: resistentes.
D) Redução da permeabilidade ao antibiótico
(Presença de uma bomba de efluxo que diminui o
acúmulo de antibióticos na bactéria ou ausência
de canais de porina).
FATORES QUE CONTRIBUEM PARA O
SURGIMENTO DE RESISTÊNCIA BACTERIANA
Uso indiscriminado;
Dose complicada;
Tempo inadequado;
Associações auxiliares;
Escolha aceitável da droga (na ausência de
culturas).
Ingrid Oliveira - @ingridmoliveira90
ESPECTRO DE AÇÃO
Pequeno espectro - Atinge uma pequena
população de bactérias. Amplo espectro - maior
população de bactérias.
Refere-se à diversidade de organismos afetados
pelo agente.
Amplo espectro: inibem o crescimento ANTIBIÓTICOS BACTERIOSTÁTICOS
populacional de bactérias indistintamente, VERSUS BACTERICIDAS
sendo muito potente. Bactericida: apto a promover alterações
Exemplo: clorafenicol, tetraciclina, gentamicina, irreversíveis nas bactérias, ou seja, destroem a
macrolideos e ampicilina. estrutura das mesmas. Utilizados em pacientes
• Ação sobre Gram positivas, detém maior hospitalizados, imunocomprometidos, infecções
seletividade por este grupo. graves, entre outros fatores em que o estado geral
Exemplos: Penicilinas, cefalosporinas, imunológico não está bem. Ocasionam a morte de
eritromicina e vancomicina. bactérias viáveis. Ex: Aminoglicosídeos.
• Ação sobre Gram negativa possuem atividade Bacteriostáticos: modulam a atividade da síntese
predominante sobre esses. de proteínas ou DNA, mantendo a bactéria retida
Exemplos: Colinistina e polimixina numa fase do ciclo. Utilizado quando o paciente
se encontra imunocompetente, tais como em
BACTÉRIAS GRAM
casos de conjuntivite. Param o crescimento das
As gram positivas apresentam parede celular
bactérias viáveis e totais. Ex: Sulfanamidas e
espessa, e maior prevalência de
Fluorquinolonas
peptidoglicanos. Contam com uma pressão
Os Bacteriolíticos: são substâncias que além de
osmótica de 20 a 30 atm, a qual quando o
matar as bactérias impedindo sua proliferação e
fármaco promove uma abertura na membrana
crescimento, destroem sua parede celular
plasmática, facilita a destruição mais acelerada
provocando a perda de material interno. Um
e ao microscópio têm coloração roxa. Os
exemplo de bacteriolítico é a penicilina, um
antibacterianos atuam nos peptidoglicanos, logo
antibiótico natural produzido pelo fungo
estes são mais eficazes nas bactérias gram
Penicillium chrysogenum.
positivas.
Fatores do paciente
Sistema imune: a eliminação dos
microrganismos depende do sistema imune
competente. Hipersensibilidade - alergias,
ocorre principalmente na classe das penicilinas.
Fatores que podem afetar a imunocompetência:
Alcoolismo, diabetes, HIV, desnutrição, idade
avançada, terapia imunossupressora.
Ingrid Oliveira - @ingridmoliveira90
PENICILINAS
DHF
Representante das penicilinas:
Penicilina G Benzatina - Maior tempo de
THF
Bactéria retenção. Permite dose única IM, tratamento
de amidalite bacteriana e sífilis, e na
profilaxia de febre reumática.
Penicilina G Cristalina - tratamento EV, em
INIBIDORES DA SÍNTESE
DE PAREDE CELULAR internação hospitalar.
Penicilina G Procaína - Concentração
detectável por + de 24hs. Tratamento IM,
BETALACTÂMICOS GLICOPEPTÍDEOS ínicio de tratamento e antecipação de alta
hospitalar.
Penicilina V - Tratamento VO.
PENICILINAS São altamente ativos contra cepas sensíveis de
cocos gram-positivos, mas são facilmente
hidrolisáveis pela penicilinase. Por isso são
CEFALOSPORINAS
INEFICAZES contra maioria das cepas de S.
aureus
CARBAPENÊMICOS Aminopenicilinas -
Amoxicilina (VO) - Útil para o tratamento de
amidalite bacteriana e outras infecções das
MONOBACTÊMICOS
vias aéreas.
Ampicilina (EV, VO) - Útil ocmo alternativa à
Os antibióticos β-lactâmicos são
amoxicilina.
antimicrobianos úteis e frequentemente
Penicilinas antiestafilocócicas -
prescritos, os quais têm em comum uma
Oxacilina (EV) - Resiste a degradação
estrutura e um mecanismo de ação – a inibição
enzimática, eficaz contra: MSSA produtor de
da síntese da parede celular bacteriana de
betalactamase e algumas bactérias
peptídeoglicano.
anaeróbicas, útil em infecção de
Mecanismo de ação - Ligam-se à PBP's
pele/respiratória de extensão/gravidade
(Penicillin-binding proteins) Proteína de Ligação
moderada. Vem caindo em desuso.
as Penicilinas da parede celular. Vão uniar as
MRSA - Staphylococcus aureus medicina
unidade momoméricas dos peptideoglicanos: (N-
resistente, sendo substituido por ORSA -
acetilgalactosamina e ácido N-acetilmurânico)
Staphylococcus aireos reistente a oxacilina.
Vão fazendo pontes e inibem da
Penicilinas Antipseudomonas -
transpeptidação, e do inibidor de enzimas
Piperacilina + Tazobactam (EV) - Resiste à
proteolíticas - Formação de poros: Maior
degradação enzimática. Eficaz contra:
fragilidade celular - Lise bacteriana - Morte
MSSA produtor de betalactamase, algumas
(efeito bactericida).
bactérias anaeróbias. Úteis tambpem em
Mais eficaz em gram positivas. Associado
infecções de pele/respiratórias de
melhoro a eficácia para gram negativas
extensão/gravidade moderada e na
bronscoaspiração de conteúdo gástrico.
Ingrid Oliveira - @ingridmoliveira90
MECANISMO DE RESISTÊNCIA
CEFALOSPORINAS
Principal mecanismo de resistência aos
betalactâmicos - Betalactamases. Tendem a ser mais resistentes que as
O que fazer para impedir a destruição do penicilinas a certas betalactamases
antimicrobiano? Sugerir a associção com Cuidado em pacientes com insuficiência
monobactâmicos. renal ou hepática
1. Amoxicilina + Clavulonato Atravessam a BHE quando há inflamação
2. Azitromicina nas meninges.
3. Internamento Apresentam hipersensibilidade cruzada com as
INTERAÇÕES penicilinas e não podem ser opção para
Interações benéficas - Sinergismo alérgicos à penicilina.
Aminoglicosídeos (casos de resistência)
1ª GERAÇÃO
Ligadores de β-lactamase (cloxacillina,
Cobertura boa para gram positivas -
clavulanico acido, Sulbactam, Tazobactam e
Staphylococcus aureus, Cobertura pequena
agumas cefalosporinas) - Fragiliza a parede
para gram negativa. Proxilaxia em
para ocorrer a entrada de aminoglicosídeo.
cirurgia
Cefalexina - (VO) - geralmente 1ª escolha
TOXICIDADE
Anafilaxia no tratamento ambulatorial da infecções de
pele.
Cefalotina (EV)
DOSE Cefazolina (EV, IM) - Mais utilizada -
Tempo dependente - quanto maior o internação hospitalar.
tempo de exposição melhor eficácia. Cefadroxila (VO)
Solução aquosa-instável-refrigerar 2ª GERAÇÃO
1 U penicilina = 0,6μg Amplia o espectro para gram negativa,
menos uzada que 1º e 3ºgerações,
DESENSIBILIZAÇÃO tratamento de N. gonorrhoeae e orofaringe;
Procedimento que permite aos pacientes tolerar Cefuroxima (EV, IM)
transitoriamente a medicação que desencadeou Cefoxitina (EV, IM)
a reação original, com administração da dose Cefaclor (VO)
completa para tratamento. 3ª GERAÇÃO
As indicações são: Amplia consideravelmente o espectro para
Não há nenhuma droga alternativa; gram negativa, e reduz para gram
A droga envolvida pe mais eficaz (maior positiva.
qualidade de vida e/ou expectativa de vida) Cobertura boa inclui - S. aureus, E. coli (TGU
e/ou está associuada a menos efeitos e TGI), H. influenzae (resp), somente algumas
colaterais do que drogas alternativas. cobrem Pseudomonas sp. (infecção
Droga culpada tem um mecanismo único de hospitalar de pele, respiratório, TGI e TGU)
ação. Ceftriaxona (EV, IM) - Geralmente 1ª
Ex: Paciente com rótulo de "Alergia à penicilina" escolha no tratamento da PAC (associada a
é mais propenso a receber antibióticos de amplo um macrolídeo) e na meningite (associada a
espectro, como fluorquinolonas, vancomicina e vancomicina).
clindamicima. Ceftazidina (IM, EV) - Eficaz contra P.
aeruginosa, útil em infecções hospitalares de
pele, respiratóriom TGI e TGU.
Ingrid Oliveira - @ingridmoliveira90
4ª GERAÇÃO
CARBAPENÊMICOS
Mais resistentes a hidrólise que a 3ª
geração. Degradado pela enzima - Carbapenemases.
Cobertura boa inclui - S. aureus, gram KPC - Klebsiella Pneumoniae produtora de
positiva. carbapenemase.
Pseudomonas sp. (infecção hospitalar de KPC é sinônimo de bactérias multiresistente, é
pele, respiratório, TGI e TGU), gram uma cepa bacteriana que tem resistência aos
negativas. carbapenêmicos.
Cefepima (EV, IM) - Eficaz contra Quais são: Imipenem, Ertapenem e Meropenem
aeruginosa, salmonella, klebisiella, E. Coli. Usado para tratar infecção de trato
Útil em infecções hospitalares de pele, urinário (ITU) em ambiente hospitalar.
respiratóriom TGI e TGU.
DOSE
tempo dependente
Ingrid Oliveira - @ingridmoliveira90
MONOBACTÊMICOS
1ª GERAÇÃO
Ácido nalidíxico
Inativa as beta-lactamases
2ª GERAÇÃO
O uso associado melhora a eficácia clínica do
Ciprofloxacino - era utilizado para tratar ITU,
antibiótico e amplia seu espectro de ação,
porém havia muitos casos de reincidinva,
causando efeito aditivo.
sendo susbstituido por Nitrofurantoina -
Exemplo:
Macrodantina (pyridium).
Amoxicilina + Clavulanato - Resiste a
Norfloxacino
degradação enzimática. Torna-se mais eficaz
contra MSSA produtor de betalactamase, 3ª GERAÇÃO
Levofloxacino
algumas bactérias anaeróbias. É útil em 4ª GERAÇÃO
infecções de pele/respiratória de Monifloxacino
extensão/gravidade moderada.
Piperacilina + Tazobactam - Resiste à MECANISMOS DE AÇÃO
degradação enzimática. Eficaz contra: MSSA Impedindo a replicação do DNA (efeito
produtor de betalactamase, algumas bactérias bacteriostático, e depois de torna bactericida)
anaeróbias. Úteis tambpem em infecções de
pele/respiratórias de extensão/gravidade FARMACOCINÉTICA
moderada e na bronscoaspiração de conteúdo VO/VI
gástrico. Metabolizado pelo fígado;
Excretado por secreção tubular e bile.
QUINOLONAS
USO TERAPÊUTICO
PABA
Infecções TGU
Prostatite
Infecções do TGI (diarreia aguda, com
DHF
presença de febre e sangue) - Ciprofloxacino
500mg
THF
Infecções das Vias Aéreas - PAC.
Bactéria
Infeções Ósseas, articulares e tecidos moles.
ESPECTRO DE AÇÃO
Gram-/Gram+
INIBIDORES DA SÍNTESE
DE DNA Chamydia, Mycoplasma, Brucella, Micobactérias.
Excelente: Salmonellas spp, Shigella,
Campilobacter e E. coli.
EFEITOS COLATERAIS
QUINOLONAS
Irritação gástric, náusea, vômito, diarreia.
Tendinite, ruptura tendínea, erosão
Com o acréscimo de um átomo de flúor no anel cartilaginosa, rabdomiólise.
quinolônico surgiram as fluorquinolonas (principalmente em idosos).
(principal representante: Ciprofloxacina), Convulsões - Associados com AINES
com aumento do espectro, para os bacilos Casos raros de leucopenia e eosinofilia
gram-negativos e boa atividade contra alguns Aumento das transminases.
cocos gram-positivos, porém, pouca ou
nenhuma ação sobre Streptococcus spp.,
Enterococus spp. e anaeróbios.
O Ciprofloxacino é a mais potente contra
Psedomonas aeruginosas.
Ingrid Oliveira - @ingridmoliveira90
HANSENÍASE
SULFONAMIDAS
Poliquimioterapia – PQT
PABA
PB → Dose mensal supervisionada de 600
mg de Rifampicina, e tomará 100 mg de
Dapsona diariamente* (em casa) - 6 meses
DHF
(6 cartelas); Dapsona (suspensão) →
Clofazimina 50 mg por dia (dose
THF
supervisionada)
Bactéria
MB → dose mensal supervisionada de 600
mg de Rifampicina, 100 mg de Dapsona e de
INIBIDORES DO 300 mg de Clofazimina.
METABOLISMO – Em casa, o paciente tomará 100 mg de
Dapsona e 50 mg de Clofazimina diariamente -
e 12 meses (12 cartelas);
SULFONAMIDAS
– Dapsona (suspensão) → Ofloxacina 400 mg ou
Minociclina 100 mg (dose supervisionada).
MECANISMO DE AÇÃO
ANIMOGLICOSÍDEOS
1. Ligam-se à fração 30S dos ribossomos
PABA
inibindo a síntese proteica ou produzindo
proteínas defeituosas.
2. Dificulta a iniciação da síntese protéica
DHF 3. Provoca leitura incorreta do RNAm
4. Terminação prematura da síntese proteica
THF 5. Proteínas aberrantes podem ser
Bactéria
incorporadas à membrana plasmática
6. Compromete integridade da membrana e
aumenta captação da droga (efeito
INIBIDORES DA SÍNTESE
PROTEICA bactericida)
EFEITOS COLATERAIS
Nefrotoxicidade: Insuficiência renal reversível
ou irreversível
AMINIGLICOSÍDEOS
Ototoxicidade: surdez irreversível
Hepatotoxidade
TETRACICLINAS
CONTRAINDICAÇÕES
Sem absorção por via oral (uso EV ou IM);
MACROLÍDEOS Eliminação por via RENAL;
Não concentram no LCR - não é bom para trata
meningites;
ANIMOGLICOSÍDEOS
Não atingem concentração intracelular - não
Principal classe para tratar infecção gram
consegue tratar micoplasma, clamídea e
negativa multiresistente. Pseudomonas
Riquétsias;
aeruginosa.
Não devem ser utilizados em GESTANTES;
Não age sobre Gram positivos.
Preferencialmente em DOSE ÚNICA DIÁRIA
Não agem sobre anaeróbios.
Não agem sobre bactérias intracelulares. FATORES DE RISCO PARA
MEDICAMENTOS INTOXICAÇÃO
Estreptomicina - Boa atividade contra Idade
Mycobacterium tuberculosis e M. bovis, Choque hipovolêmico
sendo , no entato, usada em Acidose
esquemasalternativos contra tuberculosem, Depleção de sódio ou potássio
quando há resistencia a isoniazida e/ou Sepse
rifampicina ou quando a terapia parenteral Transplante renal
é necessária. Doença hepática e renal
Gentamicina (EV) - Tratar infecçãos de Dose e duração do tratamento
bacilos gram negativos (pseudomonas) e Exposição prévia aos aminoglicosídeos
também usada em esquema combinados Duração da anestesia
com betalactâmicos para infecções mais Uso de cefalosporinas ou drogas nefrotóxicas
graves por enterococos.
Amicacina - mais resistente que outros
Deve ser usado como útima opção
aminoglicosídeos à degradação enzimática.
Útil em situações de maior risco de
resistência bacteriana. (falha de outros
aminoglicosídeos)
Neomicina + bacitracina (tópico)
Ingrid Oliveira - @ingridmoliveira90
MACROLÍDEOS TETRACICLINAS
Claritromicina (VO)
Primeira escolha:
Pneumonias por bactérias “atípicas”
(Mycoplasma pneumoniae, Legionella
pneumophila, Chlamydia spp.)
Micobaterioses não tuberculose; Campylobacter
jejuni; Bartonelose; Coqueluche e Helicobacter
pylori. MECANISMO DE AÇÃO
Infecções estreptocóccicas/ Pneumonia. ligam-se a subunidade 30S, impedindo a
Hemophilus influenza e Moraxella catarrhalis ligação do complexo aminocil-RNAt
Inibe o alongamento da síntese protéica
Azitromicina (VO) (efeito bacteriostático)
Primeira escolha:
ESPECTRO DE AÇÃO
Pneumonias por bactérias “atípicas”
Bactérias Gram-positivas
(Mycoplasma pneumoniae, Legionella
Bactérias Gram-negativas
pneumophila, Chlamydia spp.)
Anaeróbios
Micobaterioses não tuberculose; Uretrite não
Espiroquetas - leptospirose
gonocóccica; Bartonelose; Coqueluche e
Organismos intracelulares(riquétsias,
Cancro mole.
micoplasma,clamídias)
Infecções estreptocóccicas (Pneumonia);
Hemophilus influenza e Moraxella catarrhalis; FARMACOCINÉTICA
Febre tifóide; Shigelose; Doença de Lyme Administração: Oral (8-12h) - Oxitetraciclina
(“pulga”) e Babesiose. de longa duração/Parenteral (IV ou IM/dor)
Absorção oral: Quelatos insolúveis com íons
divalente e trivalente (exceto: doxaciclina)
Excreção: Renal (FG) + biliar (exceto
doxaciclina - biliar).
Ingrid Oliveira - @ingridmoliveira90
Cistite Pielonefrite
Disúria Febre
Patógenos invasivos Polaciúria Dor lombar Giordano +
Ciprofloxacina 500mg 12/12h 10 dias (maioria); Urgência miccional Calafrios
(bacteriostático) Alteração do aspecto da urina
Claritromicina 500mg 12/12h 5dias Cistite Pielonefrite
(Campylobacter). - Concentração tempo- Nitrofurantoína Ceftriaxona
dependente - Depende do sistema imunológico Fosfomicina Ciprofloxacina
do paciente. Cefuroxima Amicacina
PATÓGENOS
SHIGELLA Amoxicilina com Clavulonato
CAMPYLOBACTER
SALMONELLA SPP.
AEROMONAS
VÍBRIO PARAHAEMOLYTICOS
YERSINIA
INFECÇÕES NO ITU
Principais:
E. coli – 80% (comunitária);
Staphylococcus saprophyticus – 5 a 15%;
Outros (BGN ou GP resistentes) – 5%;
Germes de ITU nosocomial (E. coli, K.
pneumoniae, P. aeruginosa, Enterococos, S.
aureus).
Amoxacilina: (3 a 7 dias);
Cefalosporinas: 1ª até 3ª geração VO (3
a 7 dias);
Nitrofurantoína: (piridium) 100 mg 6/6 h 7 dias.
(bactericida).
Utilizados para tratamento de Cistite.
FARMACOLOGIA II
Ingrid Oliveira - @ingridmoliveira90
OBSTÉTRICA E GINECOLÓGICA
INTRODUÇÃO FASES
O ciclo menstrual inicia no primeiro dia da O ciclo menstrual, apresenta, em média, 28 dias,
menstruação e normalmente se apresenta como sendo possível observar uma variação que vai de
sangramento vermelho vivo, de intensidade 20 dias a 40 dias. Várias modificações ocorrem
variável. É contado pelo número de dias e, embora nesse período em consequência da ação de
a definição do ciclo “normal” seja de 28 dias, são vários hormônios, e é comum a divisão do ciclo
considerados normais os ciclos com duração de 21 menstrual em fases.
até 35 dias. 1. Fase proliferativa, folicular ou
É composto por duas grandes “fases”, em que estrogênica
existe produção e liberação de dois tipos Logo após a menstruação, que nada mais é do
principais de hormônios sexuais: estrógenos e que o descamamento do endométrio, a mucosa
progesterona. Durante estas fases, são muito uterina apresenta-se bastante fina. Na fase
comuns alterações no estado de humor, no apetite proliferativa, como o nome sugere, observa-se a
e na libido (desejo sexual). Estas recebem o nome proliferação celular e a reconstituição do
de fase folicular e fase lútea. endométrio perdido. No inicio dessa etapa, o
Na fase folicular (1º ao 14º dia) ocorre o endométrio apresenta cerca de 0,5 mm de
crescimento e amadurecimento do óvulo que será espessura e, ao final, de 2 mm a 3 mm.
liberado na ovulação, enquanto que a fase lútea Essa proliferação é estimulada pela ação do
(15º ao 28º dia) tem a função de produzir os estrogênio, que começa a ser produzido por
hormônios fundamentais (principalmente a folículos ovarianos que estão se desenvolvendo
progesterona) para o desenvolvimento da futura no ovário da mulher. O ciclo menstrual apresenta
gestação. relação direta com o ciclo ovariano, e, nesse
momento, o útero está sendo preparado para
um importante evento: a ovulação.
METABOLISMO
50% do estrógeno e a progesterona são
prontamente absorvidos e transformados no
fígado em conjugados sulfatados e
glucuronídeos, os quais não têm atividade
contraceptiva.
DM2
Diagnóstico tardio - Assintomáticos
Com menos frequência: hiperglicemia,
podem ser referidos (poliúria, polidipsia).
Acantose nigricans - Importante sinal clínico.
TRATAMENTO
DM 1
O tratamento com reposição exógena de
insulina reduz a morbimortalidade dos
pacientes comDM tipo 1.
Qual é o mecanismo de ação da insulina?
Quando a insulina se liga ao seu receptor, ocorre
a dimerização desse receptor, e a molécula
O ideal é que se aplique a regular no
dimérica resultante possui atividade enzimática
subcutâneo da barriga (absorção mais rápida) e
de “tirosina-quinase” (isto é, ela passa a
a NPH na coxa ou nádegas (absorção mais
fosforilar resíduos de tirosina presentes em
lenta), porém pode-se aplicar as duas insulinas
outras moléculas). Diversas proteínas
misturadas na mesma seringa.
intracelulares são assim fosforiladas, como os
substratos do receptor de insulina (IRS), Antidiabéticos
tornando-se funcionalmente ativas e exercendo Os antidiabéticos orais (ou hipoglicemiantes
importantes funções intracelulares como a orais) formam a base da terapêutica
ativação da transcrição genética, ativação de medicamentosa do DM tipo 2, e exercem seu
outros sistemas enzimáticos do citoplasma,etc. efeito estimulando a secreção de insulina pelas
Dentre esses últimos efeitos, por exemplo, está o células beta (sulfonilureias e glinidas),
estímulo à translocação dos transportadores de aumentando o efeito periférico da insulina
glicose GLUT 4 do citoplasma para a membrana (metformina e glitazonas), retardando a
celular, evento necessário para a captação de absorção de carboidratos (acarbose) ou agindo
glicose pelo músculo e tecido adiposo. simultaneamente na célula beta – estímulo para
síntese de insulina – e alfa – reduzindo a
produção de glucagon (inibidores da DPP-4).
Os agonistas GLP-1 são drogas de uso
subcutâneo que também atuam estimulando a
síntese de insulina pela célula beta e reduzindo a
produção de glucagon pela célula alfa
pancreática. Juntamente com os inibidores da
DPP-4, estas medicações formam o grupo dos
incretinomiméticos. Inibidores do SGLT-2,
drogas que bloqueiam a reabsorção tubular
renal da glicose filtrada nos glomérulos.
Ingrid Oliveira - @ingridmoliveira90
Ingrid Oliveira - @ingridmoliveira90
BIGUANIDAS
A metformina é a única biguanida aprovada
para uso clínico. Sua ação ocorre através de SULFONILUREIAS
três mecanismos básicos: Estes compostos estimulam diretamente a
(1) inibição da gliconeogênese hepática, secreção basal de insulina pelas células beta
principal responsável pela hiperglicemia de pancreáticas, pelo bloqueio de canais de K+
jejum, o que contribui para 75% de sua ação dependentes de ATP (“canais KATP”), o que
hipoglicemiante; promove despolarização da célula beta e influxo
(2) melhora da sensibilidade dos tecidos de Ca2+, estímulo para a degranulação.
periféricos à insulina (contribuindo para queda Necessitam de células beta funcionantes para
da insulinemia); sua ação, uma vez que estimulam apenas a
(3)redução do turnover de glicose no leito liberaçãoda insulina formada, mas não sua
esplâncnico. síntese. Metabolismo e eliminação : todas as
Em nível celular, a metformina aumenta a sulfonilureias são metabolizadas pelo fígado,
atividade da tirosina-quinase do receptor da devendo, portanto, ser utilizadas com muito
insulina, estimulando a translocação do GLUT 4 e cuidado em hepatopatas.
a atividade da glicogênio sintetase.
Foi sugerido que a droga também seria capaz de
aumentar os níveis séricos do GLP-1. Outro efeito
é o aumento da produção de ácido láctico
por estimular o metabolismo não oxidativo da
glicose em células intestinais. O lactato
produzido pode ser usado na gliconeogênese,
sendo um importante fator protetor contra a
hipoglicemia. A metformina não é metabolizada
no fígado, sendo excretada intacta na urina.
Metformina (Glifage®): 1.000-2.550 mg
VO/dia, em duas tomadas.
GLINIDAS
GLITAZONAS A repaglinida e a nateglinida são as drogas
(TIAZOLIDINEDIONAS)
deste grupo. Agem através de mecanismo
São potentes sensibilizadores periféricos de semelhante aodas sulfonilureias, porém em
insulina. Sua ação é análoga a da metformina, receptores de membrana diferentes. Assim,
isto é, aumentam o efeito periférico da insulina, aumentam a secreção de insulina pancreática.
porém, agem muito mais no estímulo à captação Apresentam uma meia-vida bastante curta, por
de glicose pelo musculoesquelético do que no isso são utilizadas antes das refeições para o
bloqueio da gliconeogênese hepática. O controle da glicemia pós-prandial. Possuem
mecanismo de ação é o aumento da expressão baixo risco de hipoglicemia e por isso são
dos receptores periféricos de insulina, secundário consideradas como “equivalentes orais das
ao estímulo de um fator de transcrição presente insulinas de ação rápida”.
no núcleo da célula (o PPAR-gama). Repaglinida (Prandin®): 1-4 mg VO/dia, em três
Pioglitazona (Actos®) 15-45 mg VO/dia, em tomadas (refeições).
uma tomada. Nateglinida (Starlix®): 120 mg VO/dia, em três
A pioglitazona tem interação medicamentosa com as tomadas (refeições).
drogas metabolizadas pelo citocromo P450 3A4,
como anticoncepcionais orais, digoxina, ranitidina,
nifedipina, etc.; pode ser necessário aumentar a dose
desses fármacos na vigência do uso de pioglitazona.
Ingrid Oliveira - @ingridmoliveira90
INIBIDORES DO SGLT-2
ANÁLOGOS DO GLP-1
O SGLT-2 (cotransportador de sódio e glicose) é
O GLP-1 é um hormônio liberado pelas células
um canal presente na membrana apical das
enteroendócrinas localizadas no íleo e no cólon,
células do túbulo proximal do néfron,
que estimula a secreção de insulina de maneira
responsável pela reabsorção de cerca de 90%
glicose-dependente, inibe a secreção de
da carga de glicose filtrada.
glucagon e o débito hepático de glicose, retarda
Dapagliflozina (Farxiga®): 10 mg VO/dia, em
o esvaziamento gástrico, induz saciedade, reduz
tomada única.
o apetite e propicia perda ponderal; ou seja, é
Canagliflozina (Invokana®): 100-300 mg
uma droga muito benéfica no tratamento do DM
VO/dia, em tomada única.
tipo 2.
Empagliflozina (Jardiance®): 10-25 mg VO/dia,
Exenatida (Byetta®):5 μg duas vezes ao dia SC,
em tomada única.
com aumento posterior para 10 μg duas vezes ao
dia SC.
Seus principais efeitos colaterais são o
Liraglutida (Victoza®): 1,2 a 1,8 mg SC uma vez
aumento na incidência de infecção urinária e
ao dia.
candidíase vulvovaginal.
Semaglutida - Ozempic: 0,25 mg, 0,5 mg, 1,0
mg ou 2,0 mg. SC.
INIBIDORES DA
INIBIDORES DA DIPEPTIDIL ALFAGLICOSIDADE
GLP1
PEPTIDASE-4 (DPP-4) São três os medicamentos deste grupo: a
acarbose, o miglitol e a voglibose, existindo
Estas medicações agem através da inibição
apenas aprimeira no mercado nacional. Tais
seletiva da DPP-4, uma enzima que inativa o
drogas inibem a ação das enzimas digestivas do
GLP-1 (Glucagon-Like Peptide-1) e o GIP
tipo alfa-glicosidades presentes na borda em
(Glucose-dependent Insulinotropic Polypeptide).
escova dos enterócitos, que clivam
O GLP-1 também reduz a secreção do glucagon.
polissacarídeos complexos (como o amido) em
São medicações bem toleradas e não causam
monossacarídeos (como a glicose). Acarbose e
aumento de peso ou hipoglicemia, já que
voglibose também inibem a alfa-amilase
estimulam a secreção de insulina dependente de
pancreática, responsável pela hidrólise de
glicose. Os principais efeitos adversos são:
amidos complexos no lúmen intestinal. Com isso,
nasofaringite, cefaleia, tontura e diarreia.
lentificam a absorção intestinal de glicose,
Vildagliptina (Galvus®): 100 mg VO/dia, em
fazendo reduzir a glicemia pós-prandial nos
tomada única.
diabéticos tipo 2.
Sitagliptina (Januvia®): 100 mg VO/dia, em
Acarbose (Glucobay®): 150-300 mg VO/dia, em
tomada única.
três tomadas (refeições
Saxagliptina (Onglyza®): 5 mg VO/dia.