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CONTROLE DOS MICRORGANISMOS

ANTIMICROBIANOS
AGENTES QUIMIOTERÁPICOS
Substâncias químicas que exercem ação seletiva sobre
organismos ou células invasoras patogênicas

 Antihelmínticos  Antibacterianos
 Antiprotozoários  Antivirais

 Antifúngicos  Antineoplásicoss

 ÍNDICE QUIMIOTERÁPICO:

dose máxima tolerada pelo hospedeiro


dose terapêutica mínima
TOXICIDADE SELETIVA

 Essetermo significa que o fármaco é prejudicial


para o parasita, mas não para o hospedeiro.

A toxicidade seletiva é mais relativa que absoluta,


isso significa que a droga, numa concentração
tolerada pelo hospedeiro, tem a capacidade de
lesar um microrganismo infectante.
ESTRATÉGIAS DA QUIMIOTERAPIA

Agente
Quimioterápico Hospedeiro
invasor

 EXPLORAR AS DIFERENÇAS:
 Parede celular
 Ribossomo
 Ácidos nucleicos
 Membrana celular
CONCEITOS
 Antimicrobiano- substância com capacidade de destruir
microrganismos

 Antibiótico:produzidos por MOs vivos, capazes de inibir


ou destruir MOs patogênicos

 Quimioterápico: produção sintética com atividade


antimicrobiana

 Antifúngico e antiviral: substâncias utilizadas contra


fungos e vírus, respectivamente
Anti-séptico- destroem ou impedem o
crescimento de MOs aplicados em tecido vivo

Desinfetante: utilizados na destruição dos


Mos, aplicados sobre locais inanimados
CLASSIFICAÇÃO DOS
ANTIMICROBIANOS
De acordo com a origem

 Naturais: obtidos a partir de microrganismos;

 Semi-sintéticos: modificados quimicamente a


partir daqueles extraídos naturalmente;

 Sintéticos: obtidos por síntese química.


CLASSIFICAÇÃO

De acordo com espectro de ação

 Amplo espectro: atua sobre elevado número de espécies


bacterianas;

 Espectro intermediário: número limitado de espécies;

 Espectro reduzido: pequeno número de espécies


microbianas.
POR QUE ANTIBIÓTICOS COM ESPECTRO DE ATIVIDADE MUITO AMPLO

PODEM, A PRINCÍPIO, NÃO SER TÃO ÚTEIS QUANTO SE IMAGINA?


CLASSIFICAÇÃO

De acordo com o efeito

 Bacteriostático:
concentração máxima alcançada
impede a MULTIPLICAÇÃO
 retoma o crescimento caso ocorra redução na concentração da
droga.
 Auxilia no mecanismo inato do hospedeiro.

 Bactericida: atuação letal sobre os microrganismos.


CLASSIFICAÇÃO

De acordo com mecanismo de ação

 Inibem ou interferem na síntese da parede celular.

 Alteram a permeabilidade da membrana citoplasmática.

 Interferem na síntese protéica.

 Interferem na síntese e replicação de ácidos nucléicos.


MECANISMO DE AÇÃO

Parede celular
Membrana citolplasmática
Síntese Proteica
Síntese de ácidos nucleicos
INIBIÇÃO DA SÍNTESE DA PAREDE CELULAR
 Parede celular:
 Proteção, sustentação, manutenção da forma
 Manutenção da hipertonicidade interna
 Reprodução – formação do septo
INIBIÇÃO DA SÍNTESE DA PAREDE CELULAR

 São drogas seletivas

 Bactericidas- bloqueiam a síntese do


peptídeoglicano

 Beta-lactâmicos (penicilinas, cefalosporinas,


carbapenêmicos e monobactâmicos),
Glicopeptídeos (vancomicina e teicoplanina)
IMPEDEM A FUNÇÃO DA MEMBRANA CELULAR
 MEMBRANA CITOPLASMÁTICA:
 integridade da célula,
 Controla trocas de substâncias – transporte ativo e passivo
 Resistência mecânica
IMPEDEM A FUNÇÃO DA MEMBRANA CELULAR
 Destroem a permeabilidade seletiva, rompem o
fosfolipídio
 Destroem tanto a célula bacteriana quanto a humana

 Polimixina B, Colistina, Tirotricina, Nistatina,


Anfotericina B, Miconazol, Cetoconazol, Fluconazol,
Itraconazol.
IMPEDEM A FUNÇÃO DA MEMBRANA CELULAR
Polimixina B
 Inserem-se como uma cunha nos fosfoliídios –
provocam inibição do crescimento ou a morte
celular
 Gram-negativa

Anfotericina B (fungos)
 Seletiva
 Age sobre o ergosterol ou esteróides
INIBIÇÃO DA SÍNTESE DE PROTEÍNAS
 Atuam seletivamente em vários estágios da
síntese proteica
 Afetam o ribossomo 70S (30S+50S)
 Apresentam toxicidade seletiva

30S: impede a ligação com 50S


30S: impede ligação RNAt
50S: elongação e translocação
 DIFICULTAM SÍNTESE PROTEICA
 Cloranfenicol,eritromicina, clindamicina
 Tetraciclinas – amplo espectro: G+, G-, aeróbio e anaeróbio
 Macrolídeos- eritromicina, azitromicina – são atóxicos

 FORMAÇÃO DE PROTEÍNAS DEFEITUOSAS


 São bactecididas, ototóxicos e nefrotóxicos
 Uso tópico
 Aminoglicosídeos – neomicina, gentamicina amicacina
INIBIÇÃO DA SÍNTESE DE ÁCIDOS NUCLEICOS

Interferem no processo de replicação e


transcrição do DNA dos microrganismos

 Alguns podem agir também sobre o metabolismo do DNA e RNA


dos MAMÍFEROS
INIBIÇÃO DA SÍNTESE DE ÁCIDOS NUCLEICOS
 Rifamicina ( Rifamicina SV, Rifamicina M, Rifampicina )
 Inibe a RNA-polimerase
 Atua sobre Micobactérias e cocos Gram positivos

 Metronidazol Provoca dano no DNA


 Ação contra anaeróbios e fungos
 Quinolonas Inibição da DNA-girase
 1ª. Geração : Ácido nalidíxico
 Atuam só sobre Gram negativos

 2ª. Geração : Norfloxacina, Pefloxacina, Ciprofloxacina,


 Ofloxacina, Lomefloxacina
 Amplo espectro

 3ª. Geração : Levofloxacina, Gatifloxacina, Moxifloxacina


 Espectro ampliado
RESISTÊNCIA AOS ANTIBIÓTICOS
 Intrínseca ou adquirida
 Emprego generalizado e indiscriminado de antibióticos

 Originada por mutação ou transferência genética

 MUTAÇÕES: mutações pontuais, transposição de


segmentos de genes, inserções, deleções, inversões
 TRANSFERÊNCIA GENÉTICA: plasmídeos, bacteriófagos,
transposição de genes (do plasmídeo para o cromossomo)
MECANISMOS DE RESISTÊNCIA
1. Destruição ou inativação do fármaco

 Produção de enzimas que inativam os


antimicrobianos
 EX: betalactamase

2. Diminuição da captação do antimicrobiano

 MO pode alterar a permeabilidade da membrana


citoplasmática ao antimicrobiano
MECANISMOS DE RESISTÊNCIA
3. Alteração dos sítios alvos das substâncias

 Redução da afinidade de ligação ao receptor bacteriano


 Modificação de um aminoácido no sítio alvo da bactéria

4. Modificação Genética

 Mutação cromossomal
 Aquisição de plasmídeo

 Codificadas por material genético de bacteriófagos


CONSEQUÊNCIAS DA RESISTÊNCIA

Vantagens para o MO

 Transferência pequena parcela do DNA para a


célula receptora;

 Adaptação as condições ambientais;

 Redução dos efeitos da mutação.


CONSEQUÊNCIAS DA RESISTÊNCIA

Desvantagens para o homem

 Mortalidade: aumento dos índices morbidade;


 Morbidade: prolongamento da infecção e
possibilidade de disseminação;
 Aumento de custos;

 Perspectiva de soluções limitadas em algumas


infecções a curto e médio prazo.

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