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Introdução à termometria
ALGUNS CONCEITOS:
- Temperatura:
A temperatura, então, mede o nível de agitação térmica de um corpo, essa
medida é feita por comparação, pois avaliamos a variação que sofrem certas
grandezas de uma substância, como comprimento, volume, pressão para
podermos avaliar a temperatura de um corpo.
- Calor: forma de energia em trânsito entre corpos que apresentam diferentes
temperaturas, ou seja grau de agitação térmica diferenciado.
Podemos ainda dizer que calor é a forma de energia que transita de um corpo
quente a um corpo frio. Ou ainda que calor é o fluxo de energia térmica que é
perdida pelo corpo mais aquecido e resgatada pelo corpo menos aquecido. Mas
é importante ressaltar que este fluxo térmico só ocorre até que se atinja o
chamado equilíbrio térmico, momento em que os corpos possuem a mesma
temperatura.
Termômetros
Parece ter sido o famoso médico grego GALENO, em 170 d.C., o primeiro a
propor uma escala de temperaturas, tomando como base a ebulição da água e
a fusão do gelo. Em suas notas médicas, ele sugeria, em torno dessas
temperaturas, quatro "graus de calor"acima e quatro "graus de frio" abaixo.
Entretanto, suas observações não são suficientemente claras e precisas para
dizermos que ele tinha criado uma escala de temperaturas.
Os primeiros equipamentos para avaliar temperaturas eram aparelhos
simples chamados termoscópios. Admite-se que GALILEU (1564-1642), em
1610, tenha concebido um dos primeiros termoscópios, utilizando vinho na sua
construção. Na verdade, esses aparelhos usam ar como substância
termométrica, pois é sua expansão ou contração que faz movimentar a coluna
líquida.os termoscópios sao aprelhos sem grande precisão, servindo mais para
verificar se a temperatura subiu ou desceu, ou para comparar corpos mais frios
ou mais quentes.
O TERMOSCÓPIO DE GALILEU:
Esta relação aparentemente óbvia levou mais de 2000 anos para ser
concebida.
O conceito de temperatura veio da observação que uma mudança no estado
físico (como por exemplo, no volume) pode ocorrer quando dois objetos estão
em contato (como o que ocorre quando uma barra de ferro incandescente é
mergulhada na água). Esta mudança de estado físico é interpretada como a
transferência de energia na forma de calor de um corpo para o outro. A
temperatura é a propriedade que nos indica a direção do fluxo de energia.
As escalas termométricas:
Escala Fahrenheit:
Esta escala foi criada pelo inventor do termômetro de mercúrio, Daniel Gabriel
Fahrenheit, lá pelos anos de 1724. Para isso ele escolheu dois pontos de
partida, chamados atualmente de pontos fixos. Inicialmente ele colocou seu
termômetro, ainda sem nenhuma escala, dentro de uma mistura de água, gelo
e sal de amônio. O mercúrio ficou estacionado em determinada posição, a
qual ele marcou e chamou de zero. Depois ele colocou este mesmo
termômetro para determinar um segundo ponto, a temperatura do corpo
humano. Quando o mercúrio novamente estacionou em determinada posição
ele a marcou e chamou de 100. Depois foi só dividir o espaço entre o zero e o
100 em cem partes iguais. Estava criada a escala Fahrenheit. Depois disso,
quando Fahrenheit colocou seu termômetro graduado numa mistura de água e
gelo, obteve o valor de 32ºF, e quando o colocou em água fervendo obteve o
valor de 212ºF. Portanto, na escala Fahrenheit a água vira gelo a 32ºF e
ferve a 212ºF. Esta escala é mais usada nos países de língua inglesa, com
exceção da Inglaterra, que já adotou o Celsius.
Escala Celsius
A escala Celsius foi criada por Anders Celsius, um astrônomo sueco. Ele
escolheu como pontos fixos, os quais a sua escala seria baseada, os pontos de
fusão do gelo (quando o gelo vira água) e de ebulição da água (quando a água
ferve). Ele colocou um termômetro dentro de uma mistura de água e gelo, em
equilíbrio térmico, e na posição onde o mercúrio estabilizou marcou o ponto
zero. Depois colocou o termômetro na água em ebulição e onde o mercúrio
estabilizou marcou o ponto 100. Estava criada a escala Celsius. Sua
vantagem era que ela poderia ser reproduzida em qualquer canto do planeta,
afinal, ao nível do mar, a água sempre vira gelo e ferve no mesmo ponto, e
agora também na mesma temperatura.A escala Celsius é a mais comum de
todas as escalas termométricas.
Escala Kelvin
O kelvin recebeu este nome em homenagem ao físico e engenheiro norte-irlandês William Thomson.
Conforme já citamos anteriormente a temperatura é uma grandeza que mede
o nível de agitação das moléculas de um corpo. Quanto maior a agitação
maior a temperatura, e quanto menor a agitação, menor a temperatura.
A temperatura deveria ser igual a zero. Se não tem agitação não tem também
temperatura. Este estado de ausência de agitação é conhecido como zero
absoluto, e não pode ser experimentalmente alcançado, embora possa se
chegar muito próximo dele.
Como é possível perceber, cada uma das três escalas foi definida de uma
maneira diferente. Nota-
se na figura ao lado qual a
relação existente entre
elas levando-se em conta
o ponto de ebulição da
água e fusão do gelo.
Nota-se que estes pontos
mudam dependendo da
escala adotada. Se nos
perguntarmos qual a
temperatura de fusão do
gelo podemos ter três
respostas: 0ºC, 32ºF ou 273K.Todas representam a mesma temperatura.
Seria mais ou menos se uma pessoa falasse que andou 2 metros enquanto
outra falasse que andou 200 centímetros. Embora os números sejam
diferentes, a distância é a mesma nos dois casos.
O Termômetro:
O TERMÔMETRO CLÍNICO:
Para avaliar a temperatura corporal, determinando se uma pessoa está com
febre ou não, utilizam-se os termômetros clínicos.Um termômetro clínico de
uso bem difundido é um termômetro de mercúrio adaptado. Nele, junto ao
bulbo, no início do tubo capilar, há um estritamento, que não impede a
movimentação da coluna líquida quando a temperatura sobe e o mecúrio se
dilata. Entretando, se a temperatrua diminuir, o mercúrio não consegue voltar
para o bulbo, continuando a indicar a maior temperatura atingida. Portanto,
trata-se e um termômetro de máxima. Para ser usdao novamente, o
termômetro deve ser vigorosamente sacudido, para que o mercúrio retorne ao
bulbo.
O termômetro clínico da foto abaixo está graduado simultanemente nas
escalas Celsius ( entre 35oC e 42 oC) e Fahrenheit (entre 94oF e 108oF). A
graduação é feita apenas entre esse valores extremos porque eles
correspondem aos limites da temperatura do corpo humano.
O motivo:
" ...se o espaço entre elas aumenta, o volume final do corpo acaba
aumentando também"
ΔL = L - L0
ΔL = L0. α . ΔT
ΔL = variação no comprimento
-1
α = coeficiente de dilatação linear (º C )
ΔT = variação da temperatura (º C)
ΔA = A0.. β. ΔT
ΔA = variação na área
-1
β = coeficiente de dilatação superficial (º C )
ΔT = variação da temperatura (º C)
ΔV = V - V0
ΔV = V0 .γ. ΔT
V = V0 (1+ γ .ΔT)
ΔV = variação do volume
-1
γ = coeficiente de dilatação volumétrica (º C )
ΔT = variação da temperatura (º C)
Os sólidos têm forma própria e volume definido, mas os líquidos têm somente
volume definido. Assim, o estudo da dilatação térmica dos líquidos é feita
somente em relação á dilatação volumétrica. Esta obedece a uma lei idêntica á
dilatação volumétrica de um sólido, ou seja, a dilatação volumétrica de um
líquido poderá ser calculada pelas mesmas equações da dilatação volumétrica
dos sólidos.
ΔV = V - V0
ΔV = V0 .γ. ΔT
V = V0 (1+ γ .ΔT)
ΔV = variação do volume
-1
γ = coeficiente de dilatação volumétrica (º C )
ΔT = variação da temperatura (º C)
O que nos permite utilizar uma expressão para determinar cada um dos tipos
de dilatação, ou seja:
γ R = γ AP + γ F ou ainda que γ AP = γ R − γ F
EXERCÍCIOS:
QUESTÕES DISCURSIVAS:
1. Uma escala termométrica X foi definida tomando-se o ponto de ebulição de uma substância,
cuja temperatura é 127 ºC, como 100 ºX, e o zero absoluto como – 100 ºX. Determine a que
temperatura na escala Kelvin corresponde a 20 ºX. Resposta: 240 K
0 25 ºS
25
-
2
Qual é, nesta escala, a temperatura de vaporização da água à pressão normal ? Resposta: 225 ºS
3. Um termômetro é composto por um recipiente de volume variável, dentro do qual é colocado
um gás. Ao variar a temperatura (T) do gás, sua pressão (P) também varia. O ponto de gelo da
água corresponde uma pressão de 51,3 cmHg e o ponto de vapor corresponde uma pressão de
70,3 cmHg. Determine a temperatura na escala ºC que corresponde à pressão 80 cmHg.
Resposta: 151,1 ºC
ºX
45
0 90 ºY
- 15
5. O gráfico abaixo estabelece a relação entre uma escala arbitrária E de temperatura e a escala
Fahrenheit. Determine a temperatura de fusão do gelo, sob pressão normal, na escala E.
ºE
132
44
0 176 ºF
Resposta: TE = 60ºE
6. Um termômetro regular encontra-se primeiramente em equilíbrio térmico com gelo fundente
sob pressão normal e depois em equilíbrio térmico com vapor da água sob pressão normal. No
primeiro caso, a coluna de mercúrio tem altura H e, no segundo, tem altura 9H/2. Quando este
termômetro marcar 50 ºC, determine a altura da coluna de mercúrio.
Resposta: 11H/4
20 ºA
- 15
10. Para medir a febre de pacientes, um estudante de medicina criou sua própria escala linear de
temperaturas. Nessa nova escala, os valores de 0 (zero) e 10 (dez) correspondem respectivamente
a 37 ºC e 40 ºC. Determine a temperatura em que ambas as escalas apresentam o mesmo valor
numérico.
Resposta: 52,9
Lo
X II
o
4. Uma arruela de metal, de 2,0 cm de diâmetro externo e 1,0 cm de diâmetro interno, é aquecida
de modo que seu diâmetro externo aumente de ∆x. Nesse caso, determine o diâmetro interno.
Resposta: ∆x/2
5. Um copo de alumínio está cheio até a borda com um líquido, ambos em equilíbrio térmico à
temperatura ambiente. Eleva-se então, muito lentamente, a temperatura ambiente de 15 ºC para
35 ºC. Sabendo que os coeficientes volumétricos de dilatação térmica do líquido e do alumínio,
valem, respectivamente, 10,7 . 10-4 ºC-1 e 0,7 . 10-4 ºC-1, determine a fração do volume inicial do
líquido que transborda.
Resposta: 2,0%V0
6. Na figura abaixo, a barra metálica vertical, de 25 cm de comprimento, é iluminada pela fonte
pontual indicada. A sombra da barra é projetada na parede vertical. Aumentando se de 100 ºC a
temperatura da barra, observa-se que a sombra da extremidade superior da mesma se desloca de
dois milímetros. Qual o coeficiente de dilatação térmica do material que é feito a barra ?
Resposta: 2,0 . 10-5 ºC-1
Parede
Vertical
Barra
Fonte Metálica
Pontual
30,0 cm 90,0 cm
h
ho
8. Um líquido tem massa específica de 0,795 g/cm3 a 15 ºC, e de 0,752 g/cm3 à temperatura de
45 ºC. Determine o coeficiente de dilatação volumétrica do líquido.
Resposta: 1,9 . 10-3 ºC-1
10. Uma placa metálica tem um orifício circular de 50,0 mm de diâmetro a 15 ºC. A que
temperatura deve ser aquecida à placa para que se possa ajustar no orifício um pino cilíndrico de
50,3 mm de diâmetro ? O coeficiente de dilatação linear do metal é 0,0000119 ºC-1.
Resposta: 520 ºC
CALOR
CALOR:
OUTRAS UNIDADES:
Resumindo:
1 cal = 4,186 J
1 dQ
c=
m dT
cal
portanto expresso em calorias por grama grau Celsius
g oC
E portanto: dQ = mcdT
∫ dQ = ∫ mcdT
Ti
Tf
Q = mc ∫ dT Q = mc(T f − Ti )
Ti
Resumindo:
dQ = mcdT
o que nos leva a:
Tf
Q = ∫ mcdT
Ti
- Toda vez que o calor servir para promover mudança de fase, ele será
qualificado como calor latente e genericamente determinado por:
Q = mL
onde o L representa o chamado calor latente de mudança de estado e tem
alguns de seus valores definidos para alguns elementos na tabela colocada ao
final do texto:
PRINCÍPIO DAS TROCAS DE CALOR:
Existem nomes que representam cada uma destas "passagens" entre estados
físicos (mudanças de fase):
Deu-se para este número o nome de calor latente de fusão (Lf) do gelo, e
verificou-se que outras substâncias possuem valores diferentes para esta
grandeza.
m = massa do corpo
Tudo o que se viu para o caso da fusão, funciona mais ou menos da mesma
maneira para a vaporização. Existe uma temperatura certa onde as
substâncias começam a passar do estado líquido para o gasoso (esta
temperatura é chamada ponto de ebulição).
o o
K C K C
EXEMPLOS
Sistema termodinâmico
Sistema - quantidade de matéria ou região do espaço em estudo.
Vizinhança – massa ou região exterior ao sistema.
Fronteira – superfície real ou virtual que separa o sistema da vizinhança; a
fronteira pode ser fixa ou móvel.
Os líquidos
colocados dentro de uma garrafa térmica
mantêm-se mais frescos ou mais quentes
do que se fossem colocados numa
garrafa normal. O material que envolve a
garrafa impede que ocorram trocas de
energia térmica entre o sistema e as suas
vizinhanças. O sistema diz-se isolado.
A energia total de um sistema é a soma de várias formas de energia. As
formas macroscópicas (cinética, gravitacional, elétrica, magnética) estão
associadas ao movimento do sistema como um todo, ou à ação de campos
exteriores. As formas microscópicas de energia estão associadas à estrutura
molecular, atômica e nuclear da matéria. A parcela das formas microscópicas é
designada energia interna U.
E=U+Ec+Ep
Condução
Considere-se uma placa sólida de espessura dx e
área A. Se a temperatura da placa não for uniforme, vai
haver transferência de calor entre os diversos pontos da
placa, enquanto não for atingido o equilíbrio térmico. Se a
temperatura em cada face for uniforme e se a diferença
entre as duas faces for dT, o fluxo de calor dá-se na
direção perpendicular às faces e no sentido da face com
temperatura mais baixa. Por outro lado quanto maior for
a área da placa, maior será o calor transferido na unidade
de tempo.
Estas considerações podem ser sintetizadas na lei
de Fourier da transferência de calor unidimensional:
Ou seja, o fluxo térmico é proporcional à área e ao gradiente de temperatura
(variação da temperatura com a distância).
Esta expressão pode ser usada para calcular o fluxo térmico, sempre
que o sistema esteja num estado estacionário (a temperatura em um ponto
arbitrário não está mais variando) e a condução de calor seja unidimensional.
Se colocarmos entre os reservatórios várias barras de comprimento Li
lado a lado, com condutividades térmicas ki, o fluxo térmico será dado pela
soma dos fluxos calculados individualmente em cada uma delas, ou seja:
H T = H1 + H 2 + ... + H N
Ou seja:
Se colocarmos entre os reservatórios várias placas de
comprimentos Li em contato lado a lado, com condutividades térmicas ki, o
fluxo térmico será dado por:
No caso das barras serem colocadas uma em seguida da outra com o
objetivo de ligar os reservatórios de calor o fluxo será o mesmo para todas
elas.
Note-se que T deve ser maior do que T1 e menor do que T2. Como se supõe
que o regime é estacionário as duas taxas de transferência de calor devem ser
iguais, de modo a que T se mantenha constante:
Convecção
Problema - Uma corrente de ar a 5oC flui sobre uma placa de área 2,5 m2. A
superfície da placa é mantida a 45oC.
Sabendo que o coeficiente de transferência de calor neste processo é
18W/m2K, determine a potência térmica transferida para o ar.
Solução:
De acordo com a Lei de Newton do arrefecimento, tem-se:
Radiação:
Lei de Stefan-Boltzman
A taxa máxima de radiação que pode ser emitida por uma superfície à
temperatura absoluta T é proporcional à área da superfície e à quarta potência
da sua temperatura.
Assim a lei de Setefan-Boltzman para um corpo real pode ser escrita na forma:
A razão entre a energia absorvida e a energia incidente numa superfície designa-se fator
de absorção a. Tal como a emissividade, este coeficiente varia entre 0 e 1. Em geral
estes coeficientes dependem da temperatura da superfície e do comprimento de onda da
radiação.
Um corpo negro é definido como um emissor e absorsor perfeito. Para uma
dada temperatura o corpo negro emite o máximo de radiação possível e absorve toda a
energia radiante que sobre ele incide (não reflete nem transmite radiação)
independentemente da direção (radiação difusa).
d) superfície que absorve 10% da radiação solar, mas emite 90% da radiação
do corpo negro (Exemplo - tinta branca, neve, alumínio anodizado).
dT
H = − KA
dx
EXERCÍCIOS :
2. Fez-se uma cavidade num grande bloco de gelo a 0oC e no seu interior
colocou-se um corpo sólido de massa 16g a 100oC. Estando o sistema
isolado termicamente do meio exterior, verificou-se, após o equilíbrio
térmico, que se formaram 2,5 g de água líquida. Determinar o calor
específico do material que constitui o corpo.(0,125 cal/g ou 5,2 x10-4
J/Kg)
TESTES
06)Um bloco de massa 2,0 kg, ao receber toda a energia térmica liberada por
1000g de água que diminuem sua temperatura de 1ºC, sofre um acréscimo de
temperatura de 10ºC. O calor específico do material que constitui o corpo, em
J/g.ºC, é:
a) 0,8372 b) 0,4186 c) 0,6279 d) 0,2093 e) 0,04186
09)Pedrinho coloca dentro de uma caixa de isopor 0,8 kg de gelo a 0ºC. Após
5 horas, observa que metade do gelo derreteu. O calor específico latente de
fusão do gelo é de 80 cal/g. A quantidade de calor recebida pelo gelo, em
Joules, nesse período, foi portanto de:
a) 13,3952 b) 26,7904 c) 13395,2 d) 133952 e) 267904
12)O calor de fusão do gelo é 335 J/g e o calor específico da água é 4,186
J/g.ºC. Se forem misturados em um recipiente isolante térmico, 200g de água
a 60ºC e 200g de gelo a 0ºC, resultará, após ter atingido o equilíbrio térmico:
a) água a 30ºC d) gelo a 0ºC
b) água a 15ºC e) água e gelo a 0ºC
c) água líquida a 0ºC
13)Que massa de água a 40ºC deve ser misturada a 100g de água a 20ºC,
para se obter uma temperatura de equilíbrio térmico de 32ºC?
a) 40g b) 50g c) 100g d) 150g e) 200g
TRANSMISSÃO DE CALOR:
TESTES
03) Uma panela com água está sendo aquecida num fogão. O calor se
transmite através da parede do fundo da panela para a água que está em
contato com essa parede e daí para o restante da água. Na ordem desta
descrição, o calor se transmitiu predominantemente por:
a) irradiação e convecção. d) condução e convecção.
b) irradiação e condução. e) condução e irradiação.
c) convecção e irradiação.
04) Quando há diferença de temperatura entre dois pontos, o calor pode fluir
entre eles por condução, convecção ou radiação, do ponto de temperatura
mais alta ao de temperatura mais baixa. O "transporte" de calor se dá
juntamente com o transporte de massa no caso da:
a) condução somente. d) radiação somente.
b) convecção somente. e) condução e radiação.
c) radiação e convecção.
09) Uma garrafa térmica impede, devido ao vácuo entre as paredes duplas,
trovas de calor por:
a) condução apenas. d) condução e convecção.
b) radiação. e) n.r.a.
c) convecção apenas.
10) Nas garrafas térmicas, usa-se uma parede dupla de vidro. As paredes são
espelhadas e entre elas há vácuo. Assinalar a alternativa correta:
a) O vácuo entre as paredes evita perdas de calor por radiação.
b) As paredes são espelhadas para evitar perdas de calor por condução.
c) As paredes são espelhadas para evitar perdas de calor por radiação.
d) O vácuo entre as paredes acelera o processo de convecção.
e) As paredes são espelhadas para evitar perdas de calor por convecção.
QUESTÕES
1) Uma barra longa, isolada para evitar perda de calor, tem uma de suas
extremidades imersa em água em ebulição (à pressão atmosférica) e a
outra numa mistura gelo-água. A barra é constituída de duas partes,
uma de cobre medindo 100 cm (a extremidade no vapor) e a outra de
comprimento L2, de aço (a extremidade no gelo). A seção transversal de
ambas mede 5 cm2. A temperatura no ponto de junção das barras é de
60oC, depois de atingido o estado estacionário.
a) Quantas calorias por segundo escoam do banho de vapor para a
mistura gelo-água? (7,7W)
b) Quanto vale L2?(19,5cm)
2) A parede externa de uma casa tem uma camada de 3cm de madeira por
fora e uma camada isolante de isopor também de 3cm por dentro. Se a
madeira tem K=0,04 J/s.m.oC, a temperatura interior for de 20oC e a
exterior for -10oC. Determinar:
a) A temperatura no plano em que a madeira toca o isopor.(-4oC)
b) Qual o fluxo de calor por metro quadrado através da
parede?(96W)
Densidade
A densidade de um corpo num ponto P define-se como a razão entre massa elementar dm e o
volume elementar dV ocupado por essa massa:
dm
ρ=
dV
m
ρ=
V
Pressão
Define-se a pressão no ponto P de um corpo como a razão entre a força normal dF que atua na
superfície de área dA:
∆F dF
p = lim =
∆ A→ 0 ∆A dA
Define-se tensão mecânica σ como a razão entre a força aplicada F e a área A da superfície
sobre a qual atua.
Num sistema que não sofre transformações, todas as propriedades podem ser medidas ou
calculadas, por todo o sistema, descrevendo completamente as condições físicas em que se
encontra, ou seja, o estado do sistema.
Num determinado estado, todas as propriedades têm valores fixos. Num sistema em estado
de equilíbrio as propriedades não variam no tempo.
Um sistema está em equilíbrio mecânico quando a soma de todas as forças em cada
elemento de massa ou volume do sistema é zero. Um sistema está em equilíbrio térmico quando o
campo de temperatura é uniforme, ou seja, quando a temperatura é igual em todos os pontos do
sistema.
Para que um sistema esteja num estado de equilíbrio é necessário que se tenha atingido o
equilíbrio mecânico, térmico, e ainda equilíbrio de fase (a massa de cada fase mantém-se
constante) e químico (a composição química mantém-se constante).
Processos e ciclos
Postulado de estado
Exemplo - No exemplo anterior, a pressão (p), a temperatura (T) e o volume (V) do gás são
variáveis de estado do sistema. Tratando-se de um gás ideal, só duas destas variáveis são
necessárias para descrever completamente o estado do gás, visto que a terceira pode ser calculada a
partir da equação de estado dos gases perfeitos (pV=nRT).
Temperatura e lei zero
-Contato térmico – dois corpos estão em contato térmico, se for possível a troca de energia entre
eles, na ausência de trabalho macroscópico de um sobre o outro.
-Equilíbrio térmico – dois corpos dizem-se em equilíbrio térmico se estiverem em contato térmico
e não efetuarem trocas de energia entre eles, ou seja, se as respectivas temperaturas forem iguais.
Exemplo - Se existe contacto térmico e uma diferença de temperatura entre os corpos, existe
também um fluxo de energia entre eles – fluxo de calor. Ao cabo de algum tempo atinge-se o
equilíbrio térmico e o fluxo de calor cessa: a temperatura dos dois corpos é igual.
Uma equação que relacione a pressão, a temperatura e o volume de uma substância é designada
uma equação de estado. Em geral uma relação entre propriedades de uma substância em estados de
equilíbrio pode ainda designar-se equação de estado.
Os gases rarefeitos comportam-se aproximadamente como gases perfeitos, cuja equação de
estado é:
pV = nRT
em que n é o número de moles e R é a constante universal dos gases perfeitos R=8,314 J/mol K.
Num sistema fechado, o produto nR é constante, portanto, para dois estados de equilíbrio do sistema
pode escrever-se:
p1V1 p2V2
=
T1 T2
Esta relação pode ainda ser simplificada nos processos isotérmicos, isobáricos e isocóricos:
Processo isotérmico:
p1V1 = p2V2
Processo isobárico:
V1 V2
=
T1 T2
Processo isocórico:
p1 p2
=
T1 T2
V1 V2
Supondo que se trata de um gás ideal é válida a relação = ,e
T1 T2
podemos exprimir o volume final em termos do volume inicial, e das
temperaturas inicial e final:
T2 55 + 273
V2 = .V1 = .1 = 1,1m3
T1 25 + 273
Ou seja, para uma variação de 30oC, o volume aumentou cerca de 10%. Se compararmos este valor
com os que encontramos para os sólidos ou os líquidos, confirmamos que nos gases a expansão
térmica é substancialmente mais elevada.
Note-se que uma quantidade que é transferida para ou do sistema numa interação não é uma
propriedade, visto que não depende exclusivamente do estado do sistema. Trabalho e calor são
mecanismos de transferência de energia entre o sistema e a vizinhança. De fato há uma série de
semelhanças entre ambos:
• São ambos reconhecidos na fronteira do sistema quando a atravessam. Calor e trabalho são
fenômenos de fronteira.
• O sistema possui energia, mas não calor ou trabalho.
• Ambos estão associados a um processo e não a um estado. Se não houver alteração do estado, não
há calor nem trabalho.
• São ambos funções do caminho, ou seja, as respectivas intensidades dependem dos estados
sucessivos do sistema durante o processo, bem como dos estados inicial e final.
∂w = FT .dx
∂w = p.dV
Exemplo - Um balão cheio de ar de raio R expande de dR. Qual o trabalho realizado pelo ar dentro
do balão?
4
∂w = pdV = pd π R3 = 4π R 2 pdR = pAdR = Fdr
3
Em que F = pA representa a força de pressão total que se exerce no balão.
Quando um sistema termodinâmico sofre sucessivas expansões elementares, num processo quase
estático através de uma sucessão de estados de equilíbrio, o trabalho realizado pelo sistema é
determinado por:
V1
W= ∫ p.dV
V0
Exemplo - Um cilindro tem ar em equilíbrio térmico com o exterior, à pressão p0 com volume V0. A
aproximação de uma frente faz cair lentamente a pressão no exterior para p1. Como as forças de
pressão que se exercem no êmbolo devem ser iguais e opostas dos dois lados, o ar contido no
cilindro vai sofrer sucessivas expansões elementares até que no final, quando a pressão atingir o
valor p1, o volume do ar dentro do cilindro será V1. Nestas condições pode considerar-se que todos
os estados intermediários do sistema, são estados de equilíbrio (p e T são uniformes no ar dentro do
cilindro).
O trabalho realizado pela força de pressão (F = p.A) para cada deslocamento elementar do êmbolo
(dx) é dado por:
x x V1
dV = 0 ⇒ ∂W = p.dV = 0
Num processo isobárico, o trabalho é dado pelo produto da pressão pela variação de volume do
sistema, visto que p=cte.
V1
W= ∫ p.dV = p(V − V )
V0
1 0
nRT
p.V = nRT ⇒ p =
V
V1 V1 1 V
nRT dV V
W=∫ p.dV = ∫ dV = nRT ∫ = nRT ln 1
V0 V0
V V0
V V0
Exemplo - Expansão lenta de um gás perfeito em contacto térmico com um reservatório de calor
(T=cte). A aplicação de uma força exterior ao êmbolo obriga o gás a expandir. A temperatura
mantém-se constante devido ao fluxo de calor que é fornecido ao sistema pelo reservatório de calor.
Os processos termodinâmicos podem ser uma sucessão de processos dos tipos vistos
anteriormente. Em geral o trabalho realizado pelo sistema depende da curva pV do respectivo
processo.
Exemplo - (A) - expansão isocórica, seguida de expansão isobárica; (B) - expansão isobárica
seguida de expansão isocórica; tem-se WA<WB, embora os estados de equilíbrio inicial e final
sejam os mesmos.
O princípio de conservação da energia significa que, num processo, a variação da energia total de
um sistema deve ser igual à diferença entre a energia absorvida (que entra) pelo sistema e a energia
rejeitada (que sai) pelo sistema:
∆E = Eabs − Erej
Esta relação é a equação de balanço de energia, que é válida para qualquer sistema que
sofra um processo de transformação.
Resta analisar o significado de cada um dos membros. O primeiro membro da equação
inclui a variação de todas as formas de energia armazenadas no sistema, macroscópicas e
microscópicas. As primeiras são as formas já conhecidas de energia que estão associadas ao sistema
como um todo e que resultam de interações com sistemas ou corpos exteriores. Neste tipo de
energia incluem-se a energia cinética Ec, a energia potencial gravitacional Epg, a energia
potencial elétrica Epel ou magnética Epm, e ainda eventualmente energia potencial elástica se o
sistema estiver ligado a uma mola. As formas microscópicas de energia relacionam-se com a
estrutura molecular e a sua soma é designada energia interna U. Assim a variação da energia total
de um sistema, entre o estado de equilíbrio 1 e o estado de equilíbrio 2, é a soma da variação de
todas as formas de energia nele armazenadas:
∆E = E2 − E1 = ∆Ec + ∆E pg + ∆E pe + ∆E pm + ∆U
Como visto anteriormente as únicas formas de energia em transito para sistemas fechados, aquelas
que atravessam a fronteira do sistema, são o trabalho W e o calor Q, ou seja:
A primeira parcela da soma é o calor liquido absorvido Q pelo sistema através da fronteira:
Q = Qabs − Qrej
A segunda parcela é o trabalho liquido absorvido pelo sistema através da fronteira. De acordo com a
convenção dos sentidos de trabalho e calor, deve usar-se o trabalho liquido rejeitado W pelo
sistema:
W = Wrej − Wabs
Assim o segundo membro da equação de balanço de energia pode ser escrito na forma:
Eabs − Erej = Q − W
E substituindo na equação de balanço de energia, obtém-se:
∆E = Q − W ⇔ E2 − E1 = Q − W
Que traduz a primeira lei da termodinâmica no caso mais geral, em que:
∆E = ∆Ec + ∆E pg + ∆E pe + ∆E pm + ∆U
Para sistemas estacionários, ou seja, sistemas em que todas as formas macroscópicas de energia são
constantes, tem-se:
∆U = Q − W ⇔ U 2 − U 1 = Q − W
Que constitui a forma mais habitual da primeira lei, e que se ilustra na figura abaixo:
O sistema inicialmente no estado de equilíbrio 1, com energia interna U1, recebe calor Q, fornece
trabalho W e passa ao estado de equilíbrio 2 com energia interna U2. A diferença entre a energia que
o sistema recebeu e forneceu é igual à variação da sua energia interna.
Em sistemas estacionários pode enunciar-se a primeira lei da termodinâmica do seguinte
modo: a variação da energia interna de um sistema num processo termodinâmico é igual à
diferença entre o calor absorvido e o trabalho realizado pelo sistema. Note-se que U caracteriza
o estado do sistema, logo U é uma variável de estado. Em termos de uma transformação elementar,
a 1ª lei escreve-se:
dU = ∂Q − ∂W
Aplicações da primeira lei da termodinâmica
Num processo isocórico não há realização de trabalho (porque o volume do sistema não varia),
então a variação da energia interna do sistema é igual ao calor absorvido por ele. Como visto
anteriormente, o calor absorvido pode ser expresso em função do calor específico e da variação de
temperatura, ou seja:
∆V = 0 ⇒ W = 0 ⇒ ∆U = Q
dU = mcv dT ou ∆U = mcv ∆T
Num processo isocórico a variação da energia interna é proporcional à variação de
temperatura (se cv for cte).
∆U = Q − W = mcV ∆T
O sistema absorve calor, usando-o exclusivamente para elevar sua temperatura e portanto, não
realiza trabalho. A variação da energia interna é então igual ao calor absorvido.
Num processo isobárico o trabalho realizado pelo sistema é o produto da pressão pela variação de
volume (porque a pressão é constante durante o processo). A variação da energia interna do sistema
é neste caso dada pelo balanço dos dois termos de fluxo de energia, calor e trabalho:
Exemplo - aquecimento lento de um gás num cilindro com êmbolo, de tal modo que a pressão no
gás se mantenha igual à pressão atmosférica (neste caso o calor específico é a pressão cte, c p).
V1 V
∆U = 0 ⇒ W = 0 W = nRT ln logo: Q = nRT ln 1
V0 V0
Q = 0 ⇒ ∆U = −W ou ∂Q = 0 ⇒ dU = −∂W = − pdV
O sinal menos indica que quando o trabalho realizado pelo sistema sobre as vizinhanças é positivo
(expansão), a energia interna do sistema diminui, e vice-versa.
Um corolário importante da primeira lei da termodinâmica, que resulta do atrás exposto, diz que:
Num sistema isolado a energia interna mantém-se constante desde que o sistema não troque
trabalho com as suas vizinhanças.
Em geral quando um sistema sofre um processo termodinâmico muito rápido não há troca de calor
com a vizinhança. Como visto no assunto “transferência de calor”, a transferência de calor entre o
sistema e as suas vizinhanças não é instantânea, ou seja, num intervalo de tempo elementar só pode
ser transferida uma quantidade de calor elementar. Para os sistemas em estado estacionário a
quantidade de calor transferido é proporcional ao intervalo de tempo considerado.
Exemplo - expansão adiabática de um gás perfeito. O gás está contido num recipiente isolado,
ocupando metade do volume interno do recipiente, devido à existência de uma membrana
impermeável. Quando a membrana rompe, o gás expande para o dobro do volume inicial, no
entanto não realiza trabalho, visto que a metade superior do recipiente está em vácuo
( p ≅ 0) ⇒ W = 0 .
Como o recipiente é isolado, não há trocas de calor com o exterior Q = 0, portanto o gás expandiu
num processo adiabático. Verifica-se que se o gás for rarefeito a sua temperatura não varia. Tendo
em conta que o volume do gás duplicou e a pressão se reduziu para metade (pV = nRT) conclui-se
que: A energia interna dos gases perfeitos é exclusivamente função da sua temperatura
U=U(T).
Num ciclo todas as variáveis de estado do sistema retomam o valor inicial no final do ciclo, logo o
mesmo acontece à energia interna.
∆U = 0 ⇒ Q = W ou dU = 0 ⇒ ∂Q = ∂W = pdV
Num processo cíclico, o trabalho realizado é igual ao calor absorvido pelo sistema.
Assim de acordo com o sentido indicado na figura, o trabalho realizado pelo sistema em cada ciclo
é negativo bem como o calor. Então, de acordo com a convenção adotada o sistema absorve
trabalho cede calor às suas vizinhanças.
Reservatórios de calor
Uma máquina térmica é um dispositivo que (1) recebe calor Qq de uma fonte quente, (2)
converte parte desta energia em trabalho W, (3) rejeita o restante Qf para uma fonte fria e (4)
reinicia o processo, ou seja trabalha em ciclos.
∆U = 0 ⇔ W = Q ⇔ w = QQ − QF
W QQ − QF Q
η= = = 1− F
QQ Qq QQ
Como o trabalho W realizado e o calor absorvido Qq são ambos positivos, o rendimento térmico η é
sempre maior do que zero.
A segunda lei da termodinâmica estabelece que não se pode eliminar a fase (3) acima referida, ou
seja, a rejeição de calor para a fonte fria está sempre presente numa máquina térmica que produza
trabalho. O enunciado de Kelvin-Plank diz que é impossível construir uma máquina térmica
que opere por ciclos e tenha como único efeito a absorção de calor de um único reservatório e
a realização de uma quantidade equivalente de trabalho. Ou seja,Qf não pode ser nulo, logo o
rendimento da máquina térmica é sempre menor do que a unidade, o que constitui outra forma
de enunciar a segunda lei da termodinâmica.
Então pode concluir-se a desigualdade 0 < η < 1 para o rendimento da máquina térmica. Os
rendimentos térmicos dos motores são sempre razoavelmente baixos, por exemplo, um motor a
gasolina tem um rendimento da ordem de 25%, o que significa que 75% da energia química contida
no combustível é rejeitada para o ambiente sob a forma de calor. Um motor diesel tem um
rendimento térmico ligeiramente superior, cerca de 35%. Mesmo máquinas térmicas de concepção
recente e mais eficientes rejeitam cerca de 50% da energia que absorvem.
Motores perpétuos
Reversibilidade e irreversibilidade
Ciclo de Carnot
QF
η = 1−
QQ
Prova-se que na máquina de Carnot, como em qualquer máquina reversível, o rendimento térmico
pode ser expresso em função das temperaturas da fonte quente e da fonte fria, ou seja:
TF
η = 1−
TQ
O Teorema de Carnot estabelece que (a) o rendimento de uma máquina real (irreversível) é
sempre menor do que o rendimento de uma máquina teórica reversível operando entre os mesmos
reservatórios de calor; (b) todas as máquinas reversíveis que operem entre as mesmas temperaturas
têm o mesmo rendimento.
EXERCÍCIOS :
3) Um sistema passa por um processo em que 27J de calor lhe são acrescentados enquanto ele
realiza 8J de trabalho.
5) Durante uma expansão adiabática, a temperatura de 0,1 mol de oxigênio cai de 30oC para
10oC. Que trabalho foi realizado pelo gás? Que quantidade de calor foi fornecida?
6) Dois moles de um gás ideal são aquecidos à pressão constante de T=300K até 380 K.
10) A temperatura de 0,150 mol de um gás ideal é mantida constante em 77 oC enquanto seu
volume é reduzido para 25% do volume inicial. A pressão inicial do gás é igual a 1,25 atm.
a) Calcular o trabalho realizado pelo gás.
b) Qual é a variação da sua energia interna?
c) O gás troca calor com suas vizinhanças? Quanto? Ele é absorvido ou liberado?
11) Durante a compressão isotérmica de um gás ideal, é necessário remover do gás 335 J de
calor para manter sua temperatura constante. Qual é o trabalho realizado pelo gás neste
processo?
12) O desenho mostra um cilindro de metal dotado de um êmbolo móvel em cujo interior se
encontra um gás ideal em equilíbrio termodinâmico.
Em dado instante uma força de módulo F age sobre o êmbolo que comprime o gás rapidamente.
Durante a compressão:
I - ocorre um aumento de energia interna do gás.
II - o trabalho realizado pela força de módulo F produz uma elevação da temperatura do gás.
III - o trabalho realizado pela força de módulo F é igual a quantidade de calor que se transmite
para o
meio externo.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e II.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
LISTAS ADICIONAIS
5. A quantidade de calor recebida por um corpo de 200 g em função do tempo é dada pelo
gráfico abaixo.
Q(cal)
120
0 80 t(s)
9. Um corpo de 400 g absorve calor de uma fonte térmica de potência constante, à razão de
600 calorias por minuto. Observando o gráfico que mostra a variação da temperatura em
função do tempo, determine o calor específico da substância que constitui o corpo.
Resposta: 0,5 cal/g°C
10.Um fogão a gás possui um queimador que fornece um fluxo de calor constante de 1440
kcal/h. Em quanto tempo o queimador aquece meio litro de água, de 20 °C para 100 °C,
sabendo que, durante o processo, há uma perda de 20% de calor para o ambiente?
Resposta: 125 segundos
Balanço Energético
1. O calor específico de um material é constante e igual a c. Uma quantidade de material, de massa 1
kg e à temperatura de 10 °C, é posta em contato com o mesmo material, a uma temperatura de 40 °C,
com massa de 2 kg. Encontre a temperatura final de equilíbrio térmico dos dois corpos.
Resposta: 30 °C
2. Em 200 g de água a 20 °C mergulha-se um bloco metálico de calor específico igual a 0,25 cal/g°C.
Determine a massa do bloco metálico, sabendo que inicialmente o bloco estava à temperatura de 50 °C
e que a temperatura final da mistura água-bloco é 30 °C.
Resposta: 200 g
6. Um calorímetro de massa 400 g é constituído de m material de calor específico 0,5 cal/g°C. Este
calorímetro está em equilíbrio térmico com 300 g de água a 20 °C em seu interior, quando é
introduzido um sólido de massa 100 g a uma temperatura de 650 °C. Após o conjunto entrar em
equilíbrio térmico, verificou-se que a temperatura final era de 50 °C. Supondo desprezíveis as perdas
de calor, determine o calor específico do corpo sólido.
Resposta: 0,25 cal/g°C
7. Os itens abaixo se referem aos estados de agregação da matéria: sólido, líquido e gasoso. Assinale
a(s) alternativa(s) correta(s).
01 – No estado sólido, forma e volume são bem definidos.
02 – O esquema abaixo mostra a mudança entre os estados líquido e gasoso.
Condensação
Estado Líquido Estado Gasoso
Vaporização
04 – Fusão é um fenômeno que ocorre com a absorção de calor pela substância e, conseqüente
mudança de estado físico.
08 – A transformação que leva uma substância diretamente do estado sólido para o estado de vapor,
sem passar pelo estado líquido, denomina-se sublimação.
16 – Ao aquecer um líquido na panela de pressão, usa-se o seguinte princípio: o aumento da pressão
sobre o líquido dificulta sua vaporização, aumentando assim sua temperatura de ebulição, facilitando o
cozimento.
32 – O volume da massa d´água aumenta quando ela se transforma em gelo. Por este motivo, uma
garrafa cheia d´água colocada em um congelador parte-se quando a água se solidifica.
Resposta: 61
8. Analise os dados da tabela abaixo referentes à pressão e à temperatura.
P (cmHg) 150 76 72 67 64 60 56
T (°C) 120 100 98 67 95 93 92
B
A
1. Misturam-se 200 g de água a 20 °C com 800 g de gelo a 0 °C. Admitindo que as trocas de
calor apenas aconteçam entre o gelo e a água, determine qual será a temperatura final da mistura
e qual a massa final de líquido.
Resposta: 0°C e 250 g de líquido
2. Um bloco de gelo, de calor específico 0,5 cal/g°C, e de 3,0 kg de massa está a uma
temperatura de – 10 °C. É colocado em um calorímetro ideal que contém 5,0 kg de água a 40 °C.
Sabendo que o calor latente de fusão do gelo é 80 cal/g, determine a massa de gelo que não irá
derreter.
Resposta: 687,5 g
3. Um bloco de gelo de 200 g de massa recebe calor à razão constante de 50,0 cal/s (fluxo de
calor fornecido ao gelo). Estando o gelo inicialmente à temperatura de – 10 °C, determine quanto
tempo levará para o gelo se transformar em água a 40 °C.
Resposta: 8 minutos e 20 segundos
20
- 20
Q(cal)
500
400
200
0 20 40 T(°C)
T (°C)
120
80
8. O calor específico da água é 1,0 cal/g°C e o seu calor latente de vaporização é 540 cal/g. Sob
pressão normal, uma chama constante gasta 1 minuto para elevar a temperatura de certa massa
de água de 40 °C a 100 °C. Determine o tempo decorrido desde o início da vaporização até o seu
final.
Resposta: 9 minutos
9. Coloca-se m gramas de gelo em fusão num calorímetro de capacidade térmica 100 cal/°C, que
contém 400 g de água a 30 °C. Determine o valor de m, para que o equilíbrio térmico ocorra a
10 °C.
Resposta: 11,1 g
10.Um bloco de gelo de 200 g a 0 °C foi colocado num calorímetro ideal, que contém 400 g de
água líquida a 100 °C. O gráfico abaixo representa a temperatura T em função da variação da
quantidade de calor ∆Q sofrida pelo gelo e pela água.Nesse caso, determine os valores de X e Y.
Resposta: 24 kcal e 40 °C
T(°C)
X ∆Q(kcal)
Estudo dos Gases
1. Um homem verificou a pressão e a temperatura dos pneus de seu carro de manha. Obteve
pressão igual à po e temperatura igual a 27 °C. Após rodar bastante, a medida da temperatura
passou para 57 °C. Determine a pressão dos pneus nesta temperatura.
Resposta: 1,1 po
3. Uma certa quantidade de gás ideal ocupa um volume Vo quando sua temperatura é To e sua
pressão é po. Expande-se, então, o gás, isotérmicamente, até duplicar seu volume. A seguir,
mantendo o seu volume constante, sua pressão é restabelecida ao valor original. Qual a
temperatura do gás neste último estado térmico?
Resposta: 2 To
4. Dois gases perfeitos G1 eG2, estão contidos em recipientes rígidos, ligados por um tubo
longo, de secção reta igual a 1,0 cm2, conforme o esquema.
G1 G2
Êmbolo
Os gases que inicialmente tem volumes iguais a 1,00 x 103 cm3 e temperaturas iguais a 27
°C, são separados por um êmbolo que pode mover-se sem atrito. O êmbolo permanece no
interior do tubo longo, durante a transformação em que a temperatura de G1 aumenta 100 °C e a
temperatura de G2 diminui 100 °C. Calcule, em cm, o deslocamento que o êmbolo sofre.
Resposta: aproximadamente 3,33 x 102 cm
5. Na figura 1, mostra-se um manômetro de Hg, graduado em cm, que aprisiona uma certa massa
de gás em equilíbrio. Adiciona-se uma nova quantidade de Hg pela extremidade aberta do
manômetro, e após um novo equilíbrio, obtém-se a figura 2. Sabe-se que a temperatura ambiente
manteve-se constante; desprezando-se qualquer vazamento do gás e sendo de 70 cmHg a pressão
atmosférica, determine o valor do nível x.
50 50
x
10
5 7
figura 1 figura 2
Resposta: 21
6. Um recipiente de capacidade 2 litros contém 0,02 mol de um gás perfeito a 27 °C. Mantendo o
volume constante e aquecendo-se o gás até 227 °C, determine as pressões inicial e final do gás.
Resposta: 0,246 atm e 0,41 atm
p (N/m2)
pA A
pC C
T3
PB B T2
T1
VA VB=VC V (m3)
8. Um litro de ar nas CNTP tem massa de 1.293 g. Qual a massa deste ar sob pressão de
770 mmHg e 0 °C de temperatura?
Resposta: 1.310 g
9. Um recipiente está totalmente cheio de gás atmosférico nas CNTP. Sabendo que o recipiente
possui uma válvula de segurança cuja área da secção é de 5 cm2, sobre a qual descansa um
contrapeso de massa 9,81 kg, determine a temperatura que abrirá a válvula.
Resposta: aproximadamente 808 K
10. Da teoria cinética dos gases sabemos que: a temperatura absoluta de uma massa gasosa
corresponde à velocidade quadrática média das moléculas do gás. Se uma molécula de O2, de
massa 5,3 x 10-26 kg, está na superfície da Terra, com energia cinética correspondente a 0 °C, e
sendo a sua velocidade dirigida para cima, sem que colida com outras partículas durante a
subida, a que altitude ela chegará?
Resposta: aproximadamente 11 km
Termodinâmica
1. A temperatura de ebulição da água sob pressão de 1,0 atmosfera é 100°C. Nestas condições, 1,0g de água ocupa
1,0 cm3; 1,0g de vapor ocupa 1671 cm3 e o calor de vaporização é 540 cal/g.
Calcule:
I) o trabalho executado pelo vapor sobre o exterior, durante a formação de 1,0g desse vapor à temperatura de 100°C.
II) o aumento na energia interna (∆U) do sistema.
Resposta: I) τ = 1,67.102 J
II) ∆U = 5,0.102 cal
1 B
1 VB V(L)
3. O bico de uma seringa de injeção é completamente vedado, de modo a encerrar 1,0 cm3 de ar no interior da
mesma, nas condições ambientais de temperatura e pressão. A seguir, puxa-se lentamente para fora o êmbolo. O
gráfico abaixo representa a variação da pressão p do ar em função do seu volume V. Sendo isotérmica a
transformação e desprezando os atritos:
p (x 105 N/m2)
1,0 A
pB B
4. De que altura deveria cair uma determinada massa de água para que a sua energia final, convertida em calor,
aumentasse a temperatura dessa massa de 1°C? Admita não haver perdas. Dados: 1 cal = 4,18J; g = 9,8 m/s2 e
c = 1cal/g°C.
Resposta: 427 m
5. Um cilindro, de secção reta 100 cm2 e eixo vertical, é vedado por um pistão leve, móvel, sem atrito. O sistema
encerra um gás e está em equilíbrio térmico e mecânico com a atmosfera ambiente, à temperatura de 20°C e à
pressão constante de 10 N/cm2. Fornecendo-se ao gás calor igual a 200cal, ele se aquece a 270°C, e o pistão sobe
8,36 cm. Calcule o trabalho τ efetuado pelo gás.
Resposta: 3,6J.
6. Um certo número de pequenas esferas de chumbo é colocado no interior de um tubo vertical de PVC com 60 m
de altura.
60 cm
O calor específico do chumbo é de 0,03 kcal/kg.°C, g = 10 m/s2 e 1 cal = 4,2J. Sabendo-se que o tubo é virado de
cabeça para baixo 21 vezes sucessivas, determinar o aumento da temperatura das esferas.
Resposta: 1°C.
7. Um projétil de chumbo está à temperatura de 215°C quando atinge uma parede e nela se aloja. Metade da energia
cinética que o projétil possuía, imediatamente antes da colisão, nele permanece como energia interna, quantidade
essa que é justamente a suficiente para que ocorra a fusão do chumbo. Dados para o chumbo: c = 1,25.102 J/kg.°C,
calor latente de fusão = 2,60.104 J/kg e temperatura de fusão = 327°C.
Calcule a velocidade do projétil imediatamente antes da colisão.
Resposta: 400m/s.
8. Um refrigerador retira calor da água a 0°C e transfere para o meio ambiente a 17 °C, operando segundo o ciclo de
Carnot. Após certo tempo forma-se 2 kg de gelo a 0°C. Sendo o calor latente de solidificação da água –80 cal/g,
determine:
a) A quantidade de calor retirada da água.
b) O trabalho fornecido ao sistema.
Resposta: 160 kcal, 41,8 kJ
10. Um sistema termodinâmico constituído por m=64g de um gás ideal, de massa molecular M=32 e calor específico
sob pressão constante cp=9,0.10-3 atm. L/g.K, sofre as transformações indicadas na figura. Sabe-se que a temperatura
do gás no estado (1) é T1 = 300K e que a constante universal dos gases vale R =0,082 atm.L/mol.K.
p (atm)
4,0 (3)
(1)
2,0 (2)