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Modulo 1

Capítulo 1: História da Termografia.

“O Senhor atingir-te-á com tísica, febre, inflamação, delírio, secura


ardência e palidez” Bíblia, Deuteronómio; 28; 22.

Desde os primórdios da humanidade que a febre é vista como sinal de


doença. Nos antigos tratados de Medicina Chinesa alguns com mais de
3000 anos são tidos como factores causais, de doença, não só os aspectos
de regulação e distribuição do calor pelos órgãos internos e seus
respectivos meridianos, bem como as influências térmicas externas. No
livro mais famoso da última dinastia Han (fundada no ano 25 DC),
“Discussão das doenças causadas pelo frio”, foi mantida a distribuição
dos sintomas dos 12 canais de energia principais (um dos quais se chama
meridiano triplo aquecedor), mas foi agrupado um sistema paralelo
chamado Diagnóstico pelos 6 Canais de Energia, que combinou os
sintomas em 6 grupos sintomatológicos. Outra inovação foi a introdução da
concepção de 8 princípios de diagnóstico, que eram a base para
diagnosticar doenças exógenas e febris, observando-se as características
peculiares do Yang ou do Yin, frio ou calor deficiente ou excessivo.
Nos povos antigos que influenciaram a nossa cultura surgem referências à
febre como fenómeno de doença, em 1500 AC “O Senhor atingir-te-á com
tísica, febre, inflamação, delírio, secura ardência e palidez” Bíblia,
Deuteronómio; 28; 22.

Na Grécia antiga filósofos e médicos como Platão, Aristóteles,


Hipócrates e Galeno fascinaram-se com a relação entre o calor e a vida.
Durante séculos a febre foi considerada uma doença, Hipócrates o pai da
medicina, foi também o pai da termografia, Hipócrates media o calor
radiante dos seus pacientes com o dorso da mão, ele descobriu que o
aumento de calor em determinadas áreas do corpo eram um sinal claro de
doença nessa área do corpo “ quando uma parte do corpo é mais quente
ou mais fria que a restante a doença está presente nessa área” (Adams,
1939), para confirmar o que sentia esfregava o corpo do paciente com uma
fina camada de argila e observava onde ela secava primeiro. Assim surgiu o
primeiro Termograma.

Durante séculos não temos registos, no Ocidente e no mundo Judaico -


Cristão ou mesmo no mundo Árabe cujos mestres como Avicena tanto
influenciaram as Escolas Médicas Europeias que nos permitam saber da
importância atribuída ás variações de temperatura, para a execução de um
diagnóstico.
É só a partir do séc. XVI que nos chegam notícias de Itália onde os mestres
vidreiros dão início à produção de instrumentos transparentes que contém
fluido.
Galileu é tido como o inventor do termoscópio (1595) que consistia num
tubo agarrado a um pequeno frasco cheio de liquido.

As variações de temperatura ao redor do frasco faziam com que o liquido


se contraísse ou expandisse , este
instrumento rudimentar não tinha escalas
nem grande precisão pois era influenciado
pelas mudanças de pressão atmosférica.

Sanctórius em 1612, em Pádua modificou o


termoscópio, criando o que podemos chamar
de primeiro termómetro criando uma escala
própria, este instrumento era usado para
determinar a temperatura corporal.

Em 1659 Boullian, modificou o termómetro


de Sanctórius introduzindo mercúrio dentro
de um tubo de vidro

Em 1660 Otto Von Guericlte sugeriu a


calibração dos termómetros em 7 graus.

A criação da primeira escala estandardizada coube ao cientista holandês


Huygens, os cientistas da época, tinham muitas incertezas acerca do ponto
de congelamento dos vários fluidos. Em 1665 Huygens propõe como
medida estandarte de calibração os pontos de ebulição e congelamento
da água. A aceitação deste sistema permitiu evitar as confusões geradas
pela prática então corrente de cada cientista ter a sua própria escala, o que
obrigava a conversões constantes, com a natural falta de rigor nas medições
efectuadas.

Em 1702 Roemer desenha uma escala num tubo de vidro fechado, o valor
mínimo da escala é o ponto de congelação da água e máximo o ponto de
ebulição. Roemer marcou a escala de acordo com as necessidades para as
suas observações meteorológicas.

Seis anos mais tarde em 1708, Gabriel Fahrenheit, após visitar Roemer,
cria a sua própria escala de temperatura, marcando como ponto mais baixo
da sua escala, a temperatura de uma mistura de gelo com sal e água, e como
ponto máximo a temperatura axilar de um homem saudável. Ele começou
por dividir a sua escala em 90ºF, marcou os 30ºF como o ponto de
descongelamento da água. Mais tarde fez uma correcção, estabelecendo o
valor de descongelação nos 32ºF, dividiu a escala em 96ºF. Marcou o valor
da água a ferver como os 212ºF.

Em 1729 Boerhaave em Leyden, aplicava as medições de temperatura


corporal, aos seus pacientes, especialmente no estudo das variações
circadianas nos idosos com febre.

André Celsius em 1742 dividiu a escala de Roemer em 100º onde 100ºC


era o ponto de congelamento e 0ºC o ponto de ebulição. Em 1750
Linnaeus reverteu a escala que se manteve até aos dias de hoje 0ºC ponto
de congelamento da água e 100ºC ponto de ebulição.

Conversão de Escalas:

ºC= (ºF-32): 1,8

ºF= (ºCx1,8) +32

A escala termométrica de André Celsius conhecida como escala


centígrado foi popularizada na Europa continental, enquanto que a escala
Fahrenheit se tornou popular na Inglaterra e nos Estados Unidos.

Até aos meados do séc. XVIII os investigadores estiveram voltados


para o desenvolvimento do termómetro, Fahrenheit em 1714 descobriu
um novo método de limpeza do mercúrio, que impedia que este se
agarrasse às paredes do vidro, esta descoberta fez com que o mercúrio se
tornasse o fluido mais usado nos termómetros.

Anton de Haen discípulo do médico Boerhaave foi o primeiro a


estabelecer e publicar as suas observações da temperatura corporal e as
suas variações em casos de febre.

Outros pequenos passos foram dados até que em 1851 Carl Wunderlich
inicia um estudo clínico sobre a importância da temperatura corporal,
estudo esse terminado em 1866 e publicado num tratado em 1871, após a
observação e estudo de mais de 25.000 pacientes. Neste tratado ele altera o
conceito de febre como doença, até então em voga, para a reconhecer como
um sintoma. O tratado de Carl Wunderlich estabelece parâmetros
importantes ainda hoje, usados em medicina:
-O conhecimento da temperatura corporal é indispensável para os
médicos.

-Todos os fenómenos da doença devem ser estudados.

-A temperatura pode ser determinada de forma precisa ao contrário


de outros fenómenos clínicos.

-A temperatura não pode ser falsificada (é objectiva).

-Certos aumentos de temperatura indicam febre.

-O aumento de temperatura indica o grau de perigo da doença.

-O estudo da temperatura permite o estudo das leis de progressão de


algumas doenças.

-As variações térmicas durante a doença permitem entender a


evolução, mesmo antes de outros sinais. O abaixamento da
temperatura é um bom indício de recuperação. O aumento de
temperatura pode indiciar um estado de morte iminente.

-A temperatura fornece uma prova irrefutável do estado de morte.

É a partir de 1871 que a medição do calor corporal é adoptada nos


círculos médicos. A temperatura oral estabelece o padrão da
temperatura corporal.

Carl Wunderlich defendia o uso de mapas térmicos corporais de forma a


estudar-se as variações e distribuição da temperatura corporal, usando
escalas exactas (ºC ou ºF). Descobriu as semelhanças térmicas de certas
patologias e estudou as variantes térmicas provocadas pelos agentes
terapêuticos.
A termometria médica não ficou limitada a medidas da temperatura interna.
Reconhecendo as variações de temperatura em diferentes partes do corpo e
acreditando que aquelas variações eram reflectidas na superfície cutânea
Spurgin em 1857, construiu um “ Termoscópio”. Comparando a
temperatura superficial ele foi capaz de diagnosticar tumores de mama,
discernindo que o calor do tumor era vários graus superior ao tecido
periférico. Satisfeito com os resultados obtidos com o Termoscópio, ele
recomendou que este fosse usado no diagnóstico de tumores e doenças
articulares. Também Sequin defendeu o uso da temperatura superficial
como meio de diagnóstico, mas este ímpeto conceptual, teve de esperar
mais de 100 anos para ganhar aceitação.

A descoberta do fenómeno termoeléctrico por Seebeck em 1821, a criação


dos termopares permitiu o desenvolvimento de novos equipamentos,
Aldrich desenvolveu um sistema de termopares, usando arames muito
finos, com eles descobriu variações térmicas cutâneas entre os 0.2ºC e os
4,3ºC.

Hardy e Stoll estudaram o efeito das correntes de ar em volta dos sensores


termopares tentando corrigir erros de medição. Mas o mais importante
contributo de Hardy foi a demonstração do chamado efeito “Black Body”.

(Embora este assunto se vá desenvolver posteriormente o efeito “Black


Body” ou corpo negro refere-se aos aspectos de absorção ou reflexão da
energia radiante, se um objecto reflecte toda a energia do espectro da luz
visível, a sua cor é branca, se ele absorve a cor é negra. O objecto absorve
energia do espectro da luz e converte essa energia em energia térmica,
quanto mais absorve, mais converte e mais energia térmica emite. A pele
humana tem uma alta emissividade, próxima do corpo negro 96%-100%, e
em condições normais, esta emissividade é constante, pelo que alterações
da emissividade, representam alterações térmicas significativas, que devem
ser avaliadas).

Termometria Quiroprática:
O quiroprático ou quiropraxista é um profissional que faz ajustes articulares por meio de manobras manuais rápidas
para o tratamento de doenças músculo-esqueléticas, não utiliza medicamentos e nem realiza cirurgia. O profissional é
habilitado a realizar exame clínico, solicitar exames complementares para chegar a um diagnóstico e escolher o
tratamento mais adequado, encaminhando o paciente, se necessário, a profissionais de outras áreas. É uma profissão
reconhecida e muito difundida nos EUA.

Num esforço para utilizar o diferencial de temperatura como ferramenta de


diagnóstico, D.D. Palmer utilizou o dorso da mão para localizar áreas
hipertérmicas ao longo da coluna vertebral. Segundo ele estas áreas de
relativo aumento de temperatura ao redor dos tecidos podiam identificar
nervos inflamados devido à compressão ou subluxação. Esta técnica
embora subjectiva e de valor duvidoso devido à grande variedade sensitiva
do avaliador, tem sido ensinada até aos dias de hoje aos estudantes de
Quiroprática.

Talvez não haja assunto que gere mais controvérsia entre os quiropraxistas e outros profissionais da área da saúde
do que a definição do Complexo Subluxação. Segundo o Dicionário Médico Ilustrado Dorland (Dorland's Illustrated
Medical Dictionary, 1974, Saunders, Philadelphia), a SUBLUXAÇÃO é definida como uma deslocação incompleta ou
parcial. Devido a esta controvérsia, especialmente entre médicos, quiropraxistas e osteopatas, há uma tendência cada
vez maior de se utilizar o termo "Complexo Subluxação" dentro da quiropraxia. Segundo o CID -10 (Código
Internacional de Doenças), "a subluxação é uma relação aberrante entre duas estruturas articulares adjacentes que
pode ter sequelas funcionais ou patológicas, causando uma alteração nas reflexões neurofisiológicas e/ou
biomecânicas destas estruturas articulares, e/ou outros sistemas corpóreos que podem ser directamente ou
indirectamente afectados por estas estruturas."

No início dos anos 20, Doss Evins, engenheiro electrónico, estudante de


J.B. Palmer desenvolveu um dispositivo sensível ao calor no qual podia
localizar semi-quantitativamente áreas para vertebrais de aumento de
calor. Embora estes equipamentos fossem utilizados alguns anos, caíram
em desuso nos anos 70 com o surgimento da Termografia clínica moderna.
O contributo dos quiropráticos foi o complemento ao mapeamento
térmico, principalmente da coluna vertebral e estruturas adjacentes.
Termografia de contacto (cristais líquidos):

Os sistemas de imagem térmica por contacto tem lugar na medicina de


hoje, principalmente na área da estética, no entanto podem ser usados para
outros fins, como termografia mamária, reumatologia, etc.

A termografia de contacto utiliza cristais de colesterol líquidos, micro


encapsulados, numa matriz plastificada flexível, que lhe confere a
maleabilidade para se adaptar às diferentes áreas do corpo, tem a aparência
de uma almofada, ou filme que se encosta às áreas a observar, com a
adaptação de uma câmara fotográfica podemos obter imagens com alguma
qualidade.

Uma das principais limitações desta técnica é a necessidade de possuir um


conjunto diversificado de matrizes de acordo com diferentes temperaturas e
tamanhos para as áreas a observar, em algumas situações este sistema pode
ficar mais dispendioso que uma câmara de infra-vermelho, com todas as
desvantagens que um sistema de contacto tem (higiene, imprecisão da
pressão exercida, mau contacto, dificuldade de gravação imagem, ausência
de software).
Termografia clínica por infra-vermelhos:

O estudo da radiação infra-vermelha começou nos finais do séc. XVI. J


Baptista Della Porta de Nápoles, ele descobriu que o frio e o calor podem
ser reflectidos por um vidro côncavo “se um homem colocar uma vela num
local e a observar através de um vidro côncavo, não só verá a luz da vela
como sentirá o calor ofender os olhos, mas o mais maravilhoso é que o
vidro não só reflectirá o calor, mas também o frio e até mesmo o som e fará
um eco”. Provost em Geneva formulou a teoria das permutas em 1790
“todos os corpos emitem radiação quanto mais alta a temperatura maior a
radiação. Quando dois corpos estão próximos um do outro o mais quente
transmite calor ao mais frio até ficarem à mesma temperatura”. Foi a partir
deste conceito que Planck´s estabeleceu a sua lei da radiação no séc. XX.
Pictet reconheceu que o corpo humano era em si mesmo uma fonte de
calor, que podia influenciar estas experiências.

Sir William Herschel:


Em 1800 William Herschel descobriu as radiações infra-vermelhas,
usando um prisma fixado numa janela tapada, de forma a projectar o
espectro da luz. Movendo termómetros através das cores do espectro do
violeta para o vermelho, registou um aumento de temperatura no final do
espectro vermelho. A este fenómeno chamou de calor negro mais tarde
renomeado por infra-vermelhos.

William Herschel demonstrou que o calor pode ser reflectido e tem um


comportamento semelhante ao da luz. Ele também fez experiências sobre a
reflexão e absorção.

Estas descobertas não se tornaram claras, até à metade do séc. XIX quando
o seu filho Sir John Herschel um pioneiro no campo da fotografia, em
1840, na tentativa de validar as experiências do seu pai, produz o primeiro
“Termograma” em papel por evaporação do álcool.

Na mesma época, Langley desenvolveu um equipamento capaz de detectar


o calor radiante de objectos vivos a uma distância superior a 400m. O
aparelho e o seu potencial uso não foram explorados nem desenvolvidos
senão cerca de 100 anos depois.

O Bolometro é um instrumento que detecta o calor radiante pela mudança


da resistência do material (bandas de platina).
Em 1929 Czeny com base nos estudos de John Herschel inventa a
“Evapografia” uma técnica capaz de imprimir radiação infra-vermelha
fotograficamente.

Após a segunda Grande Guerra Mundial, a tecnologia infra-vermelho (IR)


avançou, mas o seu uso era restrito aos militares, a Evapografia de Czeny
foi melhorada pela adição de novos componentes electrónicos. O resultado
foi um novo instrumento capaz de detectar movimentos de soldados e
navios de noite.

Em 1936 o Físico Hardy demonstra chamado efeito “Black Body”.


(O efeito “Black Body” ou corpo negro refere-se aos aspectos de absorção
ou reflexão da energia radiante, se um objecto reflecte toda a energia do
espectro da luz visível, a sua cor é branca, se ele absorve a cor é negra. O
objecto absorve energia do espectro da luz e converte essa energia em
energia térmica, quanto mais absorve, mais converte e mais energia térmica
emite. A pele humana tem uma alta emissividade, próxima do corpo negro
96%-100%, e em condições normais, esta emissividade é constante, pelo
que alterações da emissividade, representam alterações térmicas
significativas, que devem ser avaliadas).
Em 1955 o Dr. Ray Lawson em Montreal no Canadá solicitou uma licença
aos militares, para estudar a possível aplicação médica deste instrumento.
Em 1956 Lawson obtêm o Baird Evapografo desclassificado
militarmente, e usa-o nas observações dos seus pacientes.

Em 1957 a sua primeira publicação (Canadian Services Medical Journal,


13, 517-524). Ele observou que a presença de cancro de mama era
reflectida por um aumento da temperatura cutânea. As suas investigações
foram desenvolvidas com a ajuda de Barnes e Rcsi, que com ele
desenvolveram os Termografos de Barnes. O equipamento consistia num
Bolometro electrónico que detectava o calor emitido e o transformava em
sinais eléctricos. Os sinais iluminavam um tubo de gás que brilhava com
uma intensidade proporcional à radiação detectada pelo equipamento. A luz
era então reflectida num filme fotográfico e produzia o termograma.

Os equipamentos foram evoluindo e dos 20 minutos necessários para a


obtenção dos primeiros termogramas, chegámos ao Pyroscan, que
produzia um termograma em 30 segundos.

A nível científico em 1960 e 1961 Loyod Williams publica “Termografia


em Medicina Geral” e “Termografia em Doenças Mamárias” (Lancet 2,
958-959 e 1378-1381).

Em 1963 Lawson e Chughtai estudam a correlação entre o aumento de


temperatura e a malignidade de um tumor. É também neste ano que se dá a
primeira conferência da Academia de Ciências de Nova York (12-13
Dezembro) onde são apresentados 27 estudos entre os quais os de J.
Gershon - Cohen o pioneiro da Termografia Americana.
Em 1965 a Termografia chega à Europa, a primeira conferência de
Termografia a 26 de Março de 1966 tem lugar em Estrasburgo.

No final dos anos 60 a empresa Sueca AGA produziu o AGA


THERMOVISION, cuja capacidade de gerar uma imagem semelhante à
televisão num tubo de raios catódicos significava um grande avanço
tecnológico. Este equipamento permitiu observações instantâneas e
reproduções simultâneas de padrões térmicos e processos termodinâmicos
do corpo humano. Esta avançada tecnologia permitiu o surgimento da
termografia médica. Muitas outras companhias rapidamente desenvolveram
instrumentos semelhantes e a termografia desenvolve-se rapidamente.

Até ao final dos anos 70 poucos documentos mostraram a relação directa


entre as imagens termograficas e os diagnósticos clínicos, no respeitante a
patologias mamárias. A falta de treino adequado má compreensão do
equipamento, uso inapropriado da tecnologia e erros de diagnóstico
levaram ao descrédito desta tecnologia por muitos profissionais médicos.

Um importante avanço na tecnologia foi o desenvolvimento dos sistemas


de Isoterma e Termoperfil, o Isoterma é um padrão de bandas coloridas
codificadas capazes de mostrar variações de temperatura de 0,1ºC.

Muitos investigadores propuseram parâmetros quantitativos, cujo mais


comum é a leitura térmica de uma determinada área e dentro desta, a
análise das variantes mínima e máxima. Collins em Bath Inglaterra (1974)
publica um trabalho sobre a artrite que ainda hoje serve de referência.

Nos Estados Unidos muitos pesquisadores começaram a usar a tecnologia


para avaliar o dorso e a coluna vertebral, encontrando em muitos pacientes
com lesões vertebrais, assimetrias térmicas para-vertebrais. Estas pesquisas
provocaram o ressurgimento do interesse pela termografia para o estudo de
outras doenças.

Os equipamentos têm evoluído até aos dias de hoje onde podemos obter
imagens em tempo real com softwares altamente sofisticados que permitem
um tratamento de imagem para melhor avaliação. Estes progressos têm
mudado radicalmente os preconceitos da classe médica em relação a esta
tecnologia, ressurgindo o seu interesse com trabalhos e publicações de
grande interesse e valor científico.

Em 2003/2004 tivemos o prazer de participar no desenvolvimento da


primeira câmara de Termografia exclusivamente desenhada para a área
clínica, esta câmara é o resultado da iniciativa empreendida entre o Dr.
Alexey Ovechkin e a companhia Italiana EDP, com a nossa colaboração
em sugestões de aperfeiçoamento de software e operacionalidade.

É a única câmara até ao momento com certificação CE para a área clínica.


Imagem Rinite com diferentes tratamentos de imagem:

Termograma normal Termograma 3D

Termograma Histograma Termograma Isoterma

Termograma Palete Dupla Termograma Geometria

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