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MINICAP IMMUNOTYPING

Ref. 2300

2019/07
MINICAP IMMUNOTYPING - 2019/07

UTILIZAÇÃO A QUE SE DESTINA

O kit MINICAP IMMUNOTYPING (IMUNOTIPIFICAÇÃO EM MINICAP) foi concebido para a detecção e caracterização de proteínas monoclonais
(imunotipificação) em soro humano com o Sistema MINICAP da SEBIA por electroforese capilar. É utilizado em conjunto com o kit MINICAP
PROTEIN(E) 6 da SEBIA, que foi concebido para a separação de proteínas em 6 fracções principais, em ambiente de regulador de alcalinidade
(pH 9,9).
O MINICAP executa todas as sequências procedimentais automaticamente para obter um perfil de proteínas destinado a análise qualitativa. Cada
amostra de soro é misturada com anti-soros individuais especificamente anti cadeias pesadas gama (Ig G), alfa (Ig A) e mu (Ig M) e cadeias leves
kapa e lambda (livres e ligadas), respectivamente.
As proteínas, separadas em capilares de silício, são detectadas directamente pela sua absorvência a 200 nanómetros (nm).
A presença de reacções específicas com as proteínas é detectada através da análise visual dos diagramas electroforéticos.

Para utilização em diagnóstico In Vitro.

NOTA : Neste folheto de instruções, o nome "MINICAP" é utilizado para referir todos os instrumentos MINICAP e MINICAP FLEX-PIERCING.

PRINCÍPIO DO TESTE
A electroforese de proteínas é uma técnica comprovada e utilizada quotidianamente pelos laboratórios de análises clínicas para a detecção de
anormalidades nas proteínas das amostras de soro (1, 3, 5, 6, 7, 10). O Sistema MINICAP da SEBIA para electroforese capilar foi desenvolvido para
proporcionar automação total neste tipo de testes, com separação rápida e boa resolução. Em muitos aspectos, esta metodologia pode ser
considerada como estando entre a electroforese de zona clássica e a cromatografia de líquidos (1, 4, 5).
O Sistema MINICAP utiliza o princípio da electroforese capilar em solução livre. Através desta técnica, as moléculas carregadas electricamente são
separadas em função da sua mobilidade electroforética num regulador de alcalinidade (buffer) com um pH específico. A separação também ocorre
em função do pH do electrólito e do fluxo electro-osmótico (2, 9, 10).
Na electroforese capilar, as fracções anormais nos diagramas electroforéticos de proteínas de soro, principalmente as que se encontram nas zonas
das betaglobulinas ou gamaglobulinas, são sempre suspeitas de serem proteínas monoclonais (proteínas M, paraproteínas, imunoglobulinas
monoclonais) e, consequentemente, constituírem uma indicação da existência de gamopatias monoclonais. Com o procedimento de
IMUNOTIPIFICAÇÃO EM MINICAP, a imunotipificação é efectuada com anticorpos específicos para identificar estas fracções anormais.
O Sistema MINICAP possui 2 capilares que funcionam em paralelo. Neste sistema, prepara-se uma diluição de amostra que é depois injectada por
aspiração simultaneamente nas extremidades anódicas dos 2 capilares, 3 vezes consecutivas. Para a imunotipificação, obtém-se o padrão de
referência (padrão ELP) através da injecção da amostra misturada com solução ELP num capilar, o que vai proporcionar um padrão electroforético
completo das proteínas da amostra. Os padrões de anti-soro são obtidos com as 5 análises seguintes, por injecção nos capilares das amostras
previamente diluídas e misturadas com anti-soros especificamente anti cadeias pesadas gama (Ig G), alfa (Ig A) e mu (Ig M) e cadeias leves kapa e
lambda (livres e ligadas).
Em seguida, é efectuada a separação das proteínas através de alta-voltagem e a detecção directa das proteínas é efectuada a 200 nm na
extremidade catódica do capilar. Os capilares são imediatamente lavados com uma Solução de Lavagem e preparados com regulador de alcalinidade
para a análise seguinte.
A sobreposição dos padrões dos anti-soros ao padrão ELP permite visualizar a ausência e/ou a diminuição de uma fracção monoclonal no padrão
do anti-soro, o que indica uma gamopatia.

NOTA : No procedimento de IMUNOTIPIFICAÇÃO EM MINICAP, as proteínas são detectadas pela seguinte ordem, no sentido do cátodo para o
ânodo : globulinas gama, globulinas beta-2, globulinas beta-1, globulinas alpha-2, globulinas alpha-1 e albuminas, com cada zona contendo uma ou
mais proteínas. O complexo antigénio – anticorpo (entre as imunoglobulinas da amostra de soro e o anti-soro específico) possui uma grande
mobilidade anódica (entre a zona alfa-1 e a albumina ou mais anódica do que a albumina).

A imunotipificação é efectuada em quatro passos automatizados :


1. Diluição da amostra de soro com um diluente específico num recipiente de reagente. Esta diluição é feita de acordo com a concentração de
imunoglobulinas na amostra.
2. Mistura individual da diluição da amostra de soro com anti-soros específicos (2 anti-soros por cada recipiente de reagente). O complexo
antigénio – anticorpo forma-se rapidamente em meio líquido sem que haja necessidade de um passo de incubação adicional ou remoção dos
complexos imunes.
3. Três injecções consecutivas das amostras preparadas, através de aspiração simultânea para os 2 capilares nas extremidades anódicas, e
separação das proteínas por electroforese a alta-voltagem. As proteínas separadas são detectadas na extremidade catódica do capilar a
200 nanómetros (nm).
4. A sobreposição do padrão ELP aos padrões dos anti-soros (Ig G, Ig A, Ig M, Kapa e Lambda) permite caracterizar o componente monoclonal
suspeito.

REAGENTES FORNECIDOS NO KIT MINICAP IMMUNOTYPING

AVISO : Consulte as folhas de informações de segurança.

ITENS REF. 2300


Diluente de amostras (pronto a usar) 6 frascos, 4,0 mL cada
Suporte com solução ELP e tubos de anti-soro
Solução ELP (pronta a usar) 1 frasco, 1,2 mL
Imunoglobulinas de mamífero anti cadeias pesadas gama humanas (prontas a usar) 1 frasco, 1,2 mL
Imunoglobulinas de mamífero anti cadeias pesadas alfa humanas (prontas a usar) 1 frasco, 1,2 mL
Imunoglobulinas de mamífero anti cadeias pesadas mu humanas (prontas a usar) 1 frasco, 1,2 mL
Imunoglobulinas de mamífero anti cadeias leves kapa humanas (livres e ligadas) (prontas a usar) 1 frasco, 1,2 mL
Imunoglobulinas de mamífero anti cadeias leves lambda humanas (livres e ligadas) (prontas a usar) 1 frasco, 1,2 mL
Durante o transporte, o kit pode ser mantido sem refrigeração (15 a 30 ºC) durante 15 dias sem que isso produza efeitos adversos no desempenho.

- 99 - INSTRUÇÕES DE USO SEBIA - Português


MINICAP IMMUNOTYPING - 2019/07

PARA GESTÃO DE RASTREABILIDADE OTIMIZADA : Todos os reagentes de um kit devem ser utilizados em conjunto.
PARA OBTENÇÃO DOS DESEMPENHOS ESPERADOS : Devem ser seguidas as instruções do folheto incluído na embalagem.
AVISO : Não utilize água desionizada comercial, como, por exemplo, água para ferros de engomar (há o risco de provocar sérios danos nos
capilares). Utilize apenas água de qualidade ultra pura, tal como a água própria para injecções.

1. DILUENTE DE AMOSTRAS
Preparação
O diluente de amostras está pronto a usar. Contém o seguinte : solução reguladora de alcalinidade com pH 9,4 ± 0,5 ; aditivos, não nocivos nas
concentrações usadas e necessários para um desempenho óptimo.
Utilização
É um diluente específico para a diluição automática de amostras destinadas à análise de proteínas por electroforese capilar com o sistema automático
MINICAP. Permite obter uma sobreposição óptima dos padrões electroforéticos.
É próprio para ser colocado directamente no carrossel de amostras do MINICAP após a remoção da tampa do frasco. O código de barras tem de
ficar visível através das aberturas do carrossel de amostras.
Conservação, estabilidade e sinais de deterioração
Conserve o diluente de amostras à temperatura ambiente (15 a 30 °C) ou em ambiente refrigerado (2 a 8 °C). É estável até à data de expiração da
validade, indicada na caixa do kit ou nos rótulos do frasco do diluente.
O diluente de amostras não pode ser utilizado se apresentar precipitados.
NÃO CONGELAR.

2. SUPORTE COM SOLUÇÃO ELP E TUBOS DE ANTI-SORO


O suporte com solução ELP e tubos de anti-soro anti-Ig G, anti-Ig A, anti-Ig M, e anti-Kapa e anti-Lambda estão prontos a usar. Coloque-o
directamente no carrossel de amostras do MINICAP. Os códigos de barras têm de ficar visíveis através das aberturas do carrossel de amostras.
IMPORTANTE : Coloque o suporte no carrossel de amostras do MINICAP imediatamente antes de iniciar as análises e imediatamente após a
conclusão das análises. Em seguida, guarde imediatamente em ambiente refrigerado (2 – 8 °C).

2.1. SOLUÇÃO ELP


Preparação
A solução ELP está pronta a usar. Contém o seguinte : solução reguladora de alcalinidade com pH 7,4 ± 0,5 ; aditivos, não nocivos nas concentrações
usadas e necessários para um desempenho óptimo.
Para uma fácil identificação da solução ELP e para ajudar a monitorizar a sua aplicação, a solução ELP é colorida (amarela) com um corante não
nocivo, que corresponde à cor do rótulo do frasco.
Utilização
Destina-se a servir de padrão electroforético de referência das proteínas da amostra (padrão ELP).
Conservação, estabilidade e sinais de deterioração
Conserve a solução ELP em ambiente refrigerado (2 a 8 °C) no suporte. Antes da primeira utilização, é estável até ao fim da validade indicada na
caixa do kit ou nos rótulos dos frascos de solução ELP.
O frasco da solução ELP colocado no suporte e posicionado no carrossel de amostras do MINICAP mantém-se estável por um período máximo de
60 horas (acumuladas) à temperatura ambiente (15 a 30 ºC).
É imperativo que a solução ELP seja guardada imediatamente após cada utilização, em ambiente refrigerado (entre 2 e 8 ºC). Nestas
condições, mantém-se estável até à data de expiração da validade indicada no frasco da solução ELP.
IMPORTANTE : O tempo acumulado de permanência da solução ELP à temperatura ambiente não pode exceder 60 horas.
A solução ELP não pode ser utilizada se apresentar precipitados.
NÃO CONGELAR.

2.2. ANTI-SOROS
Preparação
Os anti-soros estão prontos a usar. Cada frasco contém, respectivamente : Imunoglobulinas de mamífero anti cadeias pesadas gama humanas (cor-
de-rosa), anti cadeias pesadas alfa humanas (azul-escuro), anti cadeias pesadas mu humanas (verde-amarelo), anti cadeias leves kapa humanas
(livres e ligadas), anti cadeias leves lambda humanas (livres e ligadas) e aditivos, não nocivos nas concentrações usadas, necessários para um
desempenho óptimo.
Para uma fácil identificação dos anti-soros e para ajudar a monitorizar a sua aplicação, os anti-soros são coloridos com corantes distintos e não
nocivos, que correspondem à cor dos rótulos dos frascos.
Utilização
Para imunotipificação de proteínas no sistema MINICAP.
IMPORTANTE : Os anti-soros destinam-se especificamente ao procedimento de IMUNOTIPIFICAÇÃO EM MINICAP. Não podem ser utilizados, seja
em que circunstância for, em procedimentos de imunofixação em geles de agarose e vice-versa.
Conservação, estabilidade e sinais de deterioração
Conserve os anti-soros em ambiente refrigerado (2 a 8 °C) no suporte. Antes da primeira utilização, são estáveis até ao fim da validade indicada na
caixa do kit ou nos rótulos dos frascos de anti-soro.
Os frascos de anti-soro colocados no suporte e posicionados no carrossel de amostras do MINICAP mantêm-se estáveis por um período máximo de
60 horas (acumuladas) à temperatura ambiente (15 a 30 ºC).

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MINICAP IMMUNOTYPING - 2019/07

É imperativo que os anti-soros sejam guardados imediatamente após cada utilização, em ambiente refrigerado (entre 2 e 8 ºC). Nestas
condições, mantêm-se estáveis até à data de expiração da validade indicada nas etiquetas dos frascos de anti-soro.
IMPORTANTE : O tempo acumulado de permanência dos anti-soros à temperatura ambiente não pode exceder 60 horas.
Os anti-soros não podem ser utilizados se apresentarem precipitados.
NÃO CONGELAR.

NOTA : Durante um eventual transporte, a solução ELP e os anti-soros podem ser mantidos sem refrigeração (15 a 30 ºC) durante 15 dias sem que
isso produza efeitos adversos no desempenho.

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ANÁLISE DE AMOSTRAS DE SORO : PROCEDIMENTO MINICAP IMMUNOTYPING

REAGENTES NECESSÁRIOS (mas não fornecidos com o kit MINICAP IMMUNOTYPING)

AVISO : Consulte as folhas de informações de segurança.

1. KIT MINICAP PROTEIN(E) 6 (SEBIA, REF. 2203)


Apresentação, utilização, conservação, estabilidade e sinais de deterioração
Consulte as folhas de instruções que acompanham o kit.

2. ÁGUA DESTILADA OU DESIONIZADA


Utilização
Para a lavagem dos capilares do Sistema MINICAP da SEBIA para electroforese capilar.
Recomenda-se a utilização de água filtrada destilada ou desionizada (com um filtro de porosidade ≤ 0,45 μm) e com uma condutividade inferior a
3 μS/cm, que corresponde a uma resistência superior a 0,33 MΩ.cm.
Para evitar a contaminação microbiana, deve-se substituir a água todos os dias.
Para um funcionamento otimizado, adicione CLEAN PROTECT (SEBIA, REF. 2059, 1 frasco de 5 mL) a água destilada ou desionizada (consulte as
instruções de utilização do CLEAN PROTECT), ou utilize diretamente a solução CAPIprotect*, pronta a utilizar (SEBIA, REF. 2061 : 2 recipientes de
5 L de água destilada com CLEAN PROTECT).
IMPORTANTE: Antes do enchimento do recipiente de lavagem, é recomendado lavá-lo previamente com bastante água destilada ou desionizada.
* NOTA : A solução CAPIprotect também pode ser utilizada para diluir a solução de lavagem concentrada. Depois, nesse caso, a solução de lavagem
diluída poderá apresentar uma coloração amarela temporária, mais ou menos acentuada, sem quaisquer efeitos adversos no seu desempenho.

3. CAPICLEAN (PARA MINICAP) OU MINICAP FLEX-PIERCING CAPICLEAN (PARA MINICAP FLEX-PIERCING)


Composição
O frasco da solução concentrada CAPICLEAN (CAPICLEAN SEBIA, REF. 2058, 1 frasco, 25 mL, ou MINICAP FLEX-PIERCING CAPICLEAN, SEBIA
REF. 2251, 1 frasco, 25 mL) contém : enzimas proteolíticas, compostos tensioactivos e aditivos, não nocivos nas concentrações usadas e necessários
para optimizar o desempenho.
Utilização
Para a limpeza da sonda de amostras no instrumento automatizado MINICAP ou MINICAP FLEX-PIERCING da SEBIA, destinado à electroforese
capilar, durante a sequência de limpeza CAPICLEAN.
IMPORTANTE : Efectue uma sequência de limpeza CAPICLEAN pelo menos uma vez por semana e não mais do que uma vez por dia, ou após
500 análises se as efectuar num período inferior a uma semana.
Consulte os folhetos de instruções do CAPICLEAN ou do MINICAP FLEX-PIERCING CAPICLEAN, da SEBIA.
IMPORTANTE : Para uma utilização óptima da solução CAPICLEAN com os instrumentos MINICAP e MINICAP FLEX-PIERCING, é necessário
utilizar uma etiqueta de código de barras para identificar o tubo que contém a solução diluída CAPICLEAN.
Conservação, estabilidade e sinais de deterioração
Conserve a solução CAPICLEAN em ambiente refrigerado (2 a 8 °C). A solução é estável até à data de expiração da validade indicada no rótulo do
frasco. NÃO CONGELAR.
O frasco de CAPICLEAN poderá apresentar precipitado ou partículas combinadas em suspensão (flóculos), mas isso não tem efeitos adversos na
sua utilização.
Não dissolva este precipitado ou estas partículas. Recomendamos que recolha apenas o sobrenadante.
Se pretender utilizar a solução mais tarde, conserve o tubo que contém a solução diluída a uma temperatura de 2 a 8 °C. É necessário utilizá-la no
mesmo dia.

4. SOLUÇÃO DE HIPOCLORETO DE SÓDIO (para limpar a sonda de amostras)


Preparação
Prepare uma solução de hipocloreto de sódio (2 % a 3 % de cloro) diluindo 250 mL de solução clorada concentrada a 9,6 % para 1 litro com água
destilada ou desionizada fria.
Utilização
Para a limpeza da sonda de amostras no instrumento automático MINICAP ou MINICAP FLEX-PIERCING, da SEBIA, para electroforese capilar
(manutenção semanal para eliminação das proteínas absorvidas pela sonda).
Consulte o manual de instruções do MINICAP ou do MINICAP FLEX-PIERCING da SEBIA.
• Para o MINICAP, aplique num tubo de hemólise 2 mL da solução clorada diluída que tiver preparado anteriormente.
• Para o MINICAP FLEX-PIERCING, aplique num tubo de 100 mm 2 mL da solução clorada diluída que tiver preparado anteriormente.
• Coloque o tubo (identificado com um código de barras específico para a solução de hipoclorito de sódio) no carrossel de amostras deo MINICAP
ou do MINICAP FLEX-PIERCING.
• Certifique-se de que os novos recipientes de reagente são colocados no sistema de carregamento automático de recipientes do MINICAP /
MINICAP FLEX-PIERCING (surgirá uma mensagem se os recipientes de reagente não forem colocados no sistema).
• Deslize o carrossel de amostras para dentro do sistema MINICAP / MINICAP FLEX-PIERCING.
• Feche as portas do sistema MINICAP / MINICAP FLEX-PIERCING e a sequência de limpeza terá início automaticamente.
IMPORTANTE : Para uma utilização optimizada da solução de hipoclorito de sódio com os instrumentos MINICAP e MINICAP FLEX-PIERCING, é
necessário utilizar uma etiqueta de código de barras para identificar o tubo que contém a solução.
Conservação, estabilidade e sinais de deterioração
Conserve a solução clorada de trabalho à temperatura ambiente e num depósito fechado. A solução mantém-se estável durante 3 meses. Evite
armazenar em locais onde incida a luz solar directa ou perto de fontes de calor ou ignição, bem como perto de locais onde existam ácidos ou
amoníaco.

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5. SOLUÇÃO DE LAVAGEM PARA CAPILLARYS / MINICAP


Preparação
Cada frasco de solução de lavagem concentrada CAPILLARYS / MINICAP (SEBIA, REF. 2052, 2 frascos, 75 mL) deve ser diluído em até 750 mL de
água destilada ou desionizada.
No caso do sistema MINICAP, é conveniente diluir apenas 25 mL da solução concentrada para 250 mL com água destilada ou desionizada.
Após a diluição, a solução de lavagem contém uma solução alcalina com pH ≈ 12.
Utilização
Para lavar os capilares do sistema MINICAP.
IMPORTANTE : Antes de encher o depósito de solução de lavagem, é recomendável lavar a abertura do depósito, o conector e o tubo com bastante
água destilada ou desionizada, para evitar a acumulação de sais.
Conservação, estabilidade e sinais de deterioração
Conserve a solução concentrada e a solução de trabalho (diluída) em recipientes fechados, à temperatura ambiente normal ou em ambiente
refrigerado. A solução de lavagem concentrada é estável até à data de expiração da validade indicada na caixa do kit ou no rótulo do frasco da solução
de lavagem.
A solução de lavagem diluída mantém-se estável durante 3 meses.
Elimine a solução de lavagem diluída se houver alterações no seu aspecto, como, por exemplo, se ficar turva devido a contaminação microbiana.

6. BETA-MERCAPTOETANOL (BME ou 2-MERCAPTOETANOL) (não fornecido pela SEBIA)

NOTAS :
Os ensaios efectuados para validar os reagentes demonstraram que, para as diferentes soluções e utilizando um equipamento adequado para o
volume reconstituído, uma variação de ± 5 % do volume final não tem efeitos adversos na análise.
A água destilada ou desionizada utilizada para reconstituir as soluções tem de estar isenta de proliferação bacteriana e fungos (utilize um filtro ≤
0,45 μm) e com uma condutividade inferior a 3 μS/cm, que corresponde a uma resistência superior a 0,33 MΩ.cm.

EQUIPAMENTO E ACESSÓRIOS NECESSÁRIOS

1. Sistema MINICAP, SEBIA, REF. 1230, MINICAP FLEX-PIERCING, SEBIA, REF. 1232.
2. Carrossel de amostras fornecido com o MINICAP.
3. Kit de depósitos fornecidos com o MINICAP : Depósito de lavagem (para encher com água destilada ou desionizada) e depósito de resíduos.
4. Recipientes para reagentes para MINICAP / 125 (3), SEBIA, REF. 2281.
5. Tampas para depósitos de recipientes de reagentes usados, SEBIA (12 unidades), REF. 2286 : tampas para fechar os depósitos que contenham
recipientes usados.

AMOSTRAS PARA ANÁLISE

Colheita e conservação de amostras


Recomenda-se a utilização de amostras de soro fresco nas análises. Os soros devem ser colhidos de acordo com os procedimentos padrão utilizados
em análises clínicas laboratoriais.
As amostras podem ser conservadas até 10 dias a uma temperatura entre 2 e 8 ºC.
Para armazenamentos mais prolongados, as amostras devem ser congeladas a - 18 / - 30 °C dentro do prazo máximo de 8 horas após a colheita.
Os soros congelados mantêm-se estáveis durante 3 meses.
As proteínas das amostras degradam se conservadas à temperatura entre 2 e 8 °C, ou entre 15 e 30 °C, particularmente o complemento C3, cujos
parâmetros cinéticos de degradação são muito rápidos à temperatura entre 15 e 30 °C e é perfeitamente visível se ultrapassados 3 dias.
Um soro conservado entre 2 e 8 °C, ou entre 15 e 30 °C, possui uma fracção beta-2 gradualmente reduzida e que poderá apresentar-se distorcida
(com pequenas fracções adicionais, a aparecer na parte gama e/ou beta-1, após a deterioração do complemento C3) e uma fracção alfa-2, cuja forma
pode estar ligeiramente alterada.
Ultrapassados os 10 dias, a uma temperatura entre 2 e 8 °C, ou 3 dias entre 15 e 30 °C, a fracção beta-1 deforma-se, expandindo, e a fracção beta-2
diminui consideravelmente.
Dependendo das amostras, a sobreposição automática das fracções pelo software, para processamento de dados, pode ser potencialmente
perturbada, se a conservação das amostras ultrapassar os 10 dias, a uma temperatura entre 2 e 8 °C, ou os 3 dias entre 15 e 30 °C.
NOTA : Cada laboratório deve assegurar que o transporte das amostras é realizado em condições óptimas, para manutenção da sua integridade (1).

(1) ISO 15189 : Laboratórios clínicos - Requisitos de qualidade e competência.


Preparação das amostras
Utilize amostras de soro não diluídas.
Após conservação a uma temperatura de 2 a 8 °C ou congelamento, alguns soros (especialmente os que contêm crioglobulina ou criogel) podem
tornar-se viscosos ou desenvolver turvação. Se estiverem à temperatura ambiente, as amostras podem ser analisadas directamente. As amostras
que contenham imunoglobulina polimerizada podem ser utilizadas sem qualquer tratamento.
Recomendamos a observação das características do soro antes do início da análise (por exemplo, detectar sinais de hemólise, crioglobulinas ou
turvação).
Amostras a evitar
• Evite amostras de soro antigas ou que não tenham sido conservadas correctamente, porque as fracções beta poderão sofrer modificações.
• Evite amostras de plasma. O fibrinogénio migra na posição beta-2 (fica saliente em relação à posição beta-2).

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NOTA : Os tubos de recolha para amostras biológicas estão descritos na documentação da fase pré-analítica para a análise biomédica (dados
fornecidos pelos fabricantes de tubos, guias e recomendações na recolha de amostras biológicas...). Sem qualquer indicação nas instruções de
utilização sobre o tipo de tubo a usar, consultar a esta documentação e, para as dimensões do tubo a usar, consultar o documento SEBIA
"Características dos tubos a usar de acordo com o instrumento". A fase pré-analítica deve ser executada de acordo com os conhecimentos actuais,
as diferentes recomendações, incluindo as fornecidas pelos fabricantes de tubos, e regulamentos aplicáveis.

PROCEDIMENTO

O Sistema MINICAP é um instrumento multiparâmetro para análise de proteínas de soro em 2 capilares paralelos no procedimento de
IMUNOTIPIFICAÇÃO EM MINICAP, que tem a seguinte sequência :
• Leitura dos códigos de barras dos tubos de amostras de soro (até 18 tubos), dos tubos dos reagentes do kit MINICAP IMMUNOTYPING e do
carrossel de amostras.
• Diluição das amostras dos tubos primários nos recipientes dos reagentes.
• Mistura das amostras de soro diluídas com solução ELP e anti-soros específicos nos recipientes dos reagentes.
• Lavagem dos capilares.
• Injecção das amostras diluídas.
• Separação das proteínas e detecção directa das proteínas separadas nos capilares.

Os passos manuais são os seguintes :


• Colocar os tubos de amostras abertos no carrossel de amostras, nas posições 1 a 18.
• Colocar o tubo de diluente de amostras no carrossel de amostras, na posição 27.
• Prepare o suporte com a solução ELP e os tubos de anti-soro nas posições 19 a 24 do carrossel de amostras.
• Introduzir o carrossel de amostras no instrumento MINICAP.
• Retirar os tubos de amostras após a análise.
• Retirar e fechar os depósitos dos recipientes usados.

É necessário começar por efectuar a análise electroforética no sistema MINICAP com o procedimento MINICAP PROTEIN(E) 6 para se seleccionar
as amostras suspeitas de terem proteína(s) monoclonal(is) (por exemplo, com fracção ou padrão de proteína anormal).

LEIA ATENTAMENTE O MANUAL DE INSTRUÇÕES DO SISTEMA MINICAP.

I. PREPARAÇÃO DA ANÁLISE ELECTROFORÉTICA


1. Seleccione as amostras que apresentem uma fracção de proteína anormal nos diagramas electroforéticos obtidos com o procedimento
MINICAP PROTEIN(E) 6.
2. Ligue o instrumento MINICAP e o computador.
3. Para colocar o instrumento em funcionamento, coloque pelo menos um novo recipiente de reagente no sistema de carregamento automático
de recipientes do MINICAP (surgirá uma mensagem se o recipiente do reagente não for colocado no sistema).
4. Inicie o software e o instrumento começa automaticamente a funcionar.
5. Ao analisar a amostra, se existir suspeita de uma proteína monoclonal na zona gama, seleccione o programa de diluição em conformidade
com a quantidade total de imunoglobulinas na zona gama. A diluição será, então, aplicada automaticamente à amostra.
• "HYPERGAMMA" se o nível total de imunoglobulinas for > 2 g/dL (hipergamaglobulinemia) ;
• "HYPOGAMMA" se o nível total de imunoglobulinas for < 0,8 g/dL (hipogamaglobulinemia) ;
• "STANDARD" se o nível total de imunoglobulinas estiver entre 0,8 e 2 g/dL (programa de diluição por predefinição).
6. Para a análise de amostras de soro, o kit MINICAP IMMUNOTYPING deve ser utilizado com o programa de análise "IMMUNOTYPING 6" do
instrumento MINICAP e com o regulador de alcalinidade do kit MINICAP PROTEIN(E) 6. Para seleccionar o programa de análise
"IMMUNOTYPING 6" e colocar o frasco de regulador de alcalinidade do kit MINICAP PROTEIN(E) 6 na posição "B1" do instrumento, leia
atentamente o manual de instruções do MINICAP e siga as instruções que aparecerem no ecrã.
NOTA : Não é necessário substituir o frasco de regulador de alcalinidade quando se passa do procedimento MINICAP PROTEIN(E) 6 para o
procedimento MINICAP IMMUNOTYPING (e vice-versa).
7. Coloque novos recipientes de reagente no sistema de carregamento automático de recipientes do MINICAP (surgirá uma mensagem se os
recipientes de reagente não forem colocados no sistema).
8. Coloque um novo depósito para recipientes de reagente usados no MINICAP, no local destinado a este fim.
9. Verifique os níveis de enchimento dos frascos dos reagentes e adicione reagentes se for necessário. Esvazie o depósito de resíduos. Na
janela "Check reagent levels" ("Verificação dos níveis dos reagentes"), actualize os valores indicados pelo software movendo os botões de
cursor.
10. O carrossel de amostras possui 28 posições para tubos de amostras :
• Coloque até 18 tubos de mostras abertos no carrossel de amostras (posições Nº 1 a 18), certificando-se de que os códigos de barras dos
tubos ficam visíveis através das ranhuras do carrossel de amostras. Se um tubo de amostra colocado no suporte de amostras não for
previamente seleccionado, ser-lhe-á aplicado automaticamente o programa de diluição "STANDARD".
• O suporte com solução ELP e tubos de anti-soro anti-Ig G, anti-Ig A, anti-Ig M, anti-Kapa e anti-Lambda estão prontos a usar.
Introduza o suporte directamente no carrossel de amostras, nas posições da solução ELP e dos anti-soros, pegando nele pelos dois clips
das extremidades laterais ; o código de barras de cada tubo tem de ficar visível através das aberturas do carrossel de amostras.
IMPORTANTE : Antes de iniciar a análise, verifique que o suporte está bem introduzido no carrossel de amostras.
• Destape o tubo do diluente de amostras e coloque-o na posição Nº 27 (posição "Diluent / Solution" – "Diluente / Solução") ; o código de
barras do tubo tem de ficar visível através da abertura do carrossel de amostras.
IMPORTANTE : É obrigatório utilizar solução ELP e anti-soros com o mesmo número de lote em cada análise. Nunca misture anti-soros da
mesma especificidade que tenham sobrado, ou solução ELP, de dois frascos diferentes mesmo que tenham o mesmo número de lote.
IMPORTANTE : Se estiver em falta algum tubo nas posições destinadas às amostras de soro, nas posições Nº 19 a 24 (anti-soro e solução
ELP) e na posição Nº 27 (diluente de amostras), a análise não poderá iniciar e surgirá uma mensagem no ecrã.

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MINICAP IMMUNOTYPING - 2019/07

11. Deslize o carrossel de amostras para dentro do sistema MINICAP.


12. Feche as portas do sistema MINICAP e a análise terá início automaticamente.
13. Após as análises, remova o carrossel de amostras com os tubos das amostras analisadas. Remova o suporte da solução ELP e dos tubos
de anti-soro e guarde-o imediatamente em ambiente refrigerado (2 - 8 °C).
IMPORTANTE : Poderá ser observado um desvio nos padrões da solução ELP e dos anti-soros, entre as zonas alfa-2 e beta-1, se os tubos
forem deixados no instrumento por um período de tempo longo.
14. Se for necessário, retire cuidadosamente o depósito dos recipientes de reagentes usados, feche-o bem com a respectiva tampa e elimine-o.
AVISO : Os depósitos que contenham recipientes de reagentes usados com amostras biológicas têm de ser manuseados com muito
cuidado.

DILUIÇÃO - MIGRAÇÃO - DESCRIÇÃO DOS PASSOS AUTOMÁTICOS


1. Leitura dos códigos de barras dos tubos de amostras (até 18 tubos), dos tubos dos reagentes do kit MINICAP IMMUNOTYPING e do carrossel
de amostras.
2. Diluição das amostras com o diluente de amostras no recipiente de reagentes.
3. Aspiração e mistura, num recipiente de reagentes, dos 2 primeiros reagentes e da amostra diluída. Lavagem da sonda de amostras após cada
amostra. Execução do programa de diluição seleccionado para cada amostra. No caso de não ter sido seleccionado nenhum, é aplicado o
programa de diluição "STANDARD" por predefinição. A ordem de aplicação dos reagentes é a seguinte : solução ELP e anti-soros anti-Ig G,
anti-Ig A e anti-Ig M, e anti-Kapa e anti-Lambda.
4. Lavagem dos capilares.
5. Injecção das amostras diluídas juntamente com os reagentes nos capilares.
6. Migração efectuada por aplicação de uma voltagem constante durante cerca de 4 minutos, com a temperatura controlada por efeito de Peltier.
7. Detecção directa das proteínas através da leitura a 200 nm e apresentação do perfil electroforético no ecrã do sistema.

NOTA : Os passos 3 a 7 são efectuados novamente para os reagentes seguintes (anti-Ig A e anti-Ig M, e anti-Kapa e anti-lambda, por predefinição).

NOTA : Os passos descritos acima aplicam-se aos 2 primeiros reagentes (solução ELP e anti-soro anti-lg G). Para os reagentes seguintes (anti-soros
anti-Ig A, anti-Ig M, anti-Kapa e anti-Lambda), o passo 3 é executado durante as 2 análises anteriores. Os padrões electroforéticos completos
correspondentes à imunotipificação das amostras são apresentados aproximadamente 35 minutos depois.

Na janela de estado :
- A pasta "Legend" (Legenda) mostra o progresso das análises no carrossel de amostras.
- O "IT counter" (Contador IT) indica o número de análises efectuadas e apenas é apresentado no modo "capped tubes" (tubos tapados). Após a
instalação da versão do software, o contador de análises recomeça no zero. Conta a análise que está em curso e qualquer análise que tenha sido
concluída ou interrompida (após um cancelamento).
Reinicialize o contador quando os tubos estiverem vazios (utilizando o botão "reset" - reinicialização).

NOTA : Aparece um sinal de aviso intermitente na janela de estado quando tiverem sido realizadas 60 análises. Este sinal permanece visível mas
não impede as análises seguintes enquanto o contador de análises não for reinicializado.

II. RESULTADOS DA ANÁLISE


No fim da análise, cada padrão de anti-soro (Ig G, Ig A, Ig M, Kapa e Lambda) é automaticamente sobreposto ao padrão ELP. Se tiver ocorrido uma
reacção entre um componente monoclonal e um anti-soro específico, a fracção correspondente desaparece no padrão do anti-soro.
Estas comparações permitem identificar e caracterizar os componentes monoclonais.

III. FIM DA SEQUÊNCIA DE ANÁLISE


No final de cada sequência de análise, o operador tem de iniciar o procedimento de "stand by" (em espera) ou "shut down" (encerramento) do sistema
MINICAP, para que os capilares fiquem guardados em condições óptimas.
IMPORTANTE : Coloque pelo menos um novo recipiente de reagente no sistema de carregamento automático de recipientes do MINICAP (surgirá
uma mensagem se o recipiente do reagente não for colocado no sistema).

IV. ENCHIMENTO DOS DEPÓSITOS DE REAGENTES


O sistema MINICAP possui um controlo automático de reagentes.
IMPORTANTE : Consulte as instruções de substituição dos depósitos de reagentes e respeite os códigos de cor dos frascos e conectores.
Surgirá uma mensagem quando for necessário efectuar uma das seguintes tarefas :
• colocar um novo frasco de regulador de alcalinidade ; e/ou
• encher o depósito com solução de lavagem diluída ; e/ou
• encher o depósito com água destilada ou desionizada, filtrada, para lavagem dos capilares ; e/ou
• esvaziar o depósito de resíduos.

AVISO : Não utilize água desionizada comercial, como, por exemplo, água para ferros de engomar (há o risco de provocar sérios danos nos
capilares). Utilize apenas água de qualidade ultra pura, tal como a água própria para injecções.

IMPORTANTE : Antes de encher o depósito da solução de lavagem, é recomendável lavá-lo com bastante água destilada ou desionizada.

LEIA ATENTAMENTE O MANUAL DE INSTRUÇÕES DO SISTEMA MINICAP.

CONTROLO DE QUALIDADE
Recomenda-se a análise de um soro de controlo testado (por exemplo, Controlo IT / IF da SEBIA, Ref. 4788) após cada mudança de lote de um
reagente.
NOTA : Se necessário, o Soro de Controlo Normal, SEBIA, REF. 4785, ou o Soro de Controlo Hypergamma, SEBIA, REF. 4787, pode ser usado como
controlo negativo.

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MINICAP IMMUNOTYPING - 2019/07

RESULTADOS

Orientações para a análise de padrões :

1. Padrão de referência (padrão ELP)


• Para começar, recomenda-se um exame cuidadoso do padrão de referência (padrão ELP) para procurar eventuais anormalidades.
• Se forem detectadas algumas anormalidades na faixa ELP, deve-se anotar a posição de migração do(s) pico(s) na curva – zona alfa-2, beta,
beta-gama ou gama. Usando o padrão ELP, deve-se procurar especificamente a áreas das anormalidades comparando o padrão ELP com
cada quadro tratado – G, A, M, kapa e lambda).
• As anormalidades podem apresentar-se na forma de componentes monoclonais, biclonais, triclonais ou oligoclonais, cadeias pesadas, cadeias
leves livres, etc...

2. Examine cada quadro de imunoglobulina tratado, comparando-o com a curva do padrão de referência sobreposto
(padrão ELP). Procure a ausência ou a redução de um pico anormal :

• Ig G : A Ig G é a classe de imunoglobulinas mais abundante no soro e notar-se-á geralmente uma remoção policlonal que é normal. A normal
redução policlonal não deve ser confundida com um componente monoclonal. A remoção policlonal aparece na forma de uma redução da
fracção sem qualquer alteração na simetria da mesma fracção. A Ig G monoclonal apresentar-se-á com remoção do pico e com uma visível
alteração da simetria quando comparada com o padrão ELP.
• Ig A : A lg A existe geralmente numa concentração reduzida em comparação com a lg G. Poderá notar ligeiras reduções entre a área beta e o
início da área gama. A lg A de uma amostra normal deve aparecer de forma idêntica à do padrão ELP.
• Ig M : O padrão é semelhante ao da Ig A, excepto que a concentração é geralmente ainda mais baixa. As amostras normais apresentarão muito
pouca redução e não haverá mudança da simetria da fracção. O padrão da lg M de uma amostra normal deve aparecer de forma idêntica à do
padrão ELP.
• Kapa : Normalmente, existem numa proporção de 2 kapa para cada 1 lambda. Normalmente, poderá notar uma redução de 2/3 na fracção
gama. A remoção policlonal aparece na forma de uma redução da fracção sem qualquer alteração na simetria da mesma fracção. O
componente kapa monoclonal apresentar-se-á com remoção de um pico e com uma visível alteração da simetria quando comparada com o
padrão ELP.
• Lambda : Devido à proporção de 2 :1 entre kapa e lambda, a faixa lambda deverá apresentar uma redução global de 1/3 na fracção gama no
caso de amostras normais. A remoção policlonal aparece na forma de uma redução da fracção sem qualquer alteração na simetria da mesma
fracção. O componente lambda monoclonal apresentar-se-á com remoção de um pico e com uma visível alteração da simetria quando
comparada com o padrão ELP.

Consegue-se identificar um componente monoclonal pela observação da ausência ou remoção do(s) pico(s) anormal nos correspondentes quadros
tratados. Por exemplo, a remoção de um pico anormal em ambos os quadros tratados G e kapa pode ser um indicador da existência de um
componente monoclonal Ig G - kapa.

Interpretação da análise de amostras de soro


Ausência de um componente monoclonal
Uma amostra de soro normal ou uma amostra com hipergamaglobulinemia apresenta o desaparecimento de imunoglobulinas policlonais nos padrões
dos anti-soros (observáveis na forma de uma diminuição das fracções gama e/ou beta) sem qualquer efeito noutras fracções de proteínas (Fig. 1).
Presença de um componente monoclonal
• A presença de uma proteína monoclonal (gamopatia monoclonal) é caracterizada pelo desaparecimento de uma fracção com um dos anti-soros
anti cadeias pesadas (gama, alfa ou mu) e anti-soro anti cadeia leve kapa ou gama. O pico monoclonal detectado, geralmente agudo e visivelmente
demarcado, tem de estar localizado à mesma distância de migração que a fracção monoclonal suspeita na faixa de referência (faixa ELP) (Fig. 3
e 4).
• A ausência de reacção com qualquer um dos anti-soros anti cadeias pesadas aplicados e a reacção com um dos anti-soros anti cadeias leves
aplicados pode indicar :
a) uma gamopatia Ig D ou Ig E muito rara : deve ser confirmada com anti-soro anti cadeias pesadas delta e epsilon e procedimentos SEBIA
HYDRAGEL IF.
b) uma gamopatia de cadeia leve : deve ser confirmada com os anti-soros anti cadeias leves livres kapa ou lambda e procedimentos SEBIA
HYDRAGEL BENCE JONES ou HYDRAGEL IF.
• Quando não se observa reacção com qualquer dos anti-soros anti cadeias leves aplicados e um dos anti-soros anti cadeias pesadas reage, isso
pode indicar uma gamopatia de cadeias pesadas (gama, alfa ou mu) muito rara.
Presença de dois ou mais componentes monoclonais
Pode-se interpretar da mesma forma as amostras com dois ou mais componentes monoclonais. Em casos raros, proliferam vários clones de
células B, o que é indicado pela presença de várias bandas monoclonais reveladas pela imunotipificação :
• Uma gamopatia biclonal caracteriza-se pelo desaparecimento de duas fracções de cadeias pesadas (idênticas ou diferentes) e duas fracções de
cadeias leves (idênticas ou diferentes) (Fig. 5).
• As imunoglobulinas polimerizadas caracterizam-se pelo desaparecimento de várias fracções do mesmo tipo de cadeia pesada e do mesmo tipo de
cadeia leve.
Para confirmar a presença de uma anormalidade monoclonal, é necessário despolimerizar com beta-mercaptoetanol e repetir a imunotipificação.
Neste caso, (i) prepare uma solução de beta-mercaptoetanol a 1 % (BME, ou 2-mercaptoetanol, 2 ME) em Fluidil (SEBIA, REF. 4587, 1 frasco de
5 mL) ; (ii) com o sistema MINICAP pronto e à espera do carrossel de amostras, adicione 100 μL desta solução redutora a 300 μL de soro puro ;
(iii) agite no vortex e aguarde 15 minutos (no máximo). Em seguida, execute o procedimento normal.
IMPORTANTE : Após o tratamento de redução com beta-mercaptoetanol, a amostra tem de ser analisada sem demora ; não deve haver nenhum
tubo de amostras introduzido no Sistema MINICAP à espera de ser analisado.
Após o tratamento com beta-mercaptoetanol, a amostra apresenta apenas um componente monoclonal se existir apenas um único clone na
amostra. O tratamento de redução da amostra inclui uma degradação do complemento C3 (com elevada distorção da zona beta) e pode aparecer
uma fracção larga entre a zona alfa 1 e a albumina.
• Uma gamopatia oligoclonal caracteriza-se pelo desaparecimento de múltiplos picos ou deflecções, geralmente pequenos, com um ou mais tipos
de cadeias pesadas e dois tipos de cadeias leves (Fig. 7).

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MINICAP IMMUNOTYPING - 2019/07

Casos especiais :
• Se a fracção monoclonal não desaparecer totalmente nos padrões dos anti-soros, repita o procedimento com uma diluição mais elevada da
amostra. Seleccione o programa de diluição "STANDARD" em vez do programa "HYPOGAMMA", ou o programa de diluição "HYPERGAMMA" em
vez do programa "STANDARD".
• Amostras com componentes monoclonais a um elevado nível total de imunoglobulinas (programa de diluição "HYPERGAMMA")
Neste caso, o complexo antigénio – anticorpo é uma fracção grande e larga situada entre a albumina e a zona alfa-1. A(s) fracção(ões) podem não
desaparecer totalmente nos padrões dos anti-soros (Fig. 2).
• Amostras com componentes monoclonais polimerizados
Neste caso, o complexo antigénio – anticorpo é uma fracção grande e larga situada entre a albumina e a zona beta-1.
• Amostras que apresentam componentes monoclonais que migram para outras zonas que não a zona gama (alfa-2, beta-1 ou beta-2)
Se uma forte componente monoclonal migra numa zona que não a zona gama (alfa-2, beta-1 ou beta-2), seleccionar o programa de diluição com
base na concentração total de imunoglobulinas, conforme visto no perfil (zona gama + suspeita de proteínas monoclonais na zona alfa-2 ou beta).
• Biclonais
As biclonais podem dever-se a complexos imunes ou a gamopatias biclonais, bem como a reacções cruzadas que são muito raras (consulte o
parágrafo "Interferência e Limitações").
• Desaparecimento da lg M nos padrões de anti-soros anti-Kapa e Lambda :
No caso do desaparecimento completo simultâneo de um pico com anti-soros anti-Ig M, cadeias leves anti-Kapa e anti-Lambda, é recomendável
tratar a amostra com o agente redutor beta-mercaptoetanol (consulte o parágrafo anterior) e repetir a imunotipificação.
• No caso de múltiplas reacções simultâneas com anti cadeias pesadas G, A e M, é recomendável analisar novamente a amostra de soro,
seleccionando o modo de diluição "OPTIMIZADO".

Interferência e limitações
IMPORTANTE : Os resultados poderão ser afectados se forem utilizados outros anti-soros além dos específicos para o procedimento de
IMUNOTIPIFICAÇÃO EM MINICAP e fornecidos com o kit. Utilize apenas anti-soros específicos para o procedimento de IMUNOTIPIFICAÇÃO EM
MINICAP.
• Consulte a secção "AMOSTRAS PARA ANÁLISE".
• Devido à resolução e aos limites da sensibilidade da electroforese por zonas, é possível que alguns componentes monoclonais não sejam
detectados através deste método.
• Muitos estudos demonstraram que a reação antigénio-anticorpo é diferente entre a fase líquida e a fase de agarose. Sendo os procedimentos de
imunotipificação utilizando a eletroforese capilar totalmente executados em meio líquido, poderão ocorrer, por vezes, reações cruzadas entre
antissoros e componentes monoclonais que existam na amostra.
Não há risco de se obterem resultados falsos negativos, como a não deteção de uma gamopatia.
Lembramos que de acordo com as recomendações internacionais (Ludwig et al, 2013), a deteção e caracterização de um componente monoclonal
deve ser realizada em soro e urina e concluída através de uma quantificação das cadeias leves livres no soro. A consistência de todos os ensaios
deve ser verificada antes de qualquer conclusão definitiva.
Se um padrão levantar dúvidas, poderão ser necessárias análises adicionais utilizando os kits de imunofixação HYDRAGEL ou a análise de
amostras utilizando o modo de diluição "OTIMIZADO" ou o tratamento com beta-mercaptoetanol (consultar a secção Casos Especiais).
• Podem ser observados ligeiros desvios entre o padrão ELP e os padrões dos anti-soros sobrepostos (especialmente na zona beta-1). Estes desvios
não podem ser considerados com sendo o resultado do desaparecimento de uma fracção monoclonal num ou mais padrões dos anti-soros.
• Tal como acontece em qualquer outro método electroforético, poderá ser difícil distinguir pequenas proteínas monoclonais que migram em conjunto
com outras proteínas normais do soro. Se houver suspeitas relativamente a pequenas proteínas monoclonais, poderá ser necessário efectuar mais
testes utilizando os kits de Imunofixação HYDRAGEL da SEBIA.
• Se for detectado um componente monoclonal através do procedimento MINICAP para análise de proteínas, MINICAP PROTEIN(E) 6, e não se
conseguir caracterizar o mesmo através do procedimento de IMUNOTIPIFICAÇÃO EM MINICAP, recomenda-se a repetição da imunotipificação
da amostra, previamente tratada com beta-mercaptoetanol (ver parágrafo anterior), e, se continuar a haver incerteza, o resultado deve ser
verificado através de uma técnica de imunofixação em gel de agarose.
• Não foi detectada qualquer interferência com o procedimento de IMUNOTIPIFICAÇÃO EM MINICAP provocada por amostras de soro com elevada
concentração de colesterol (≤ 8,24 mmol/L), triglicerídeos (≤ 11,58 mmol/L) e hemoglobina (≤ 0,40 g/dL).
• As eventuais interferências provocadas pela bilirrubina não foram estudadas no procedimento de IMUNOTIPIFICAÇÃO EM MINICAP. É
aconselhável ter em consideração as características da amostra de soro ; quando houver suspeitas da presença de uma fracção interferente, é
recomendável efectuar uma contra-análise da amostra de soro ou fazer estudos complementares com outras técnicas.

Resolução de problemas
Contacte os Serviços Técnicos da SEBIA ou do fornecedor quando a análise falhar apesar de terem sido cuidadosamente seguidas as instruções
para a preparação e conservação dos materiais, assim como as instruções do procedimento.
As fichas de dados de segurança dos reagentes do kit e as informações relativas à limpeza e eliminação de resíduos, etiquetagem e regras de
segurança aplicadas pela SEBIA, embalagens para o transporte de amostras biológicas e limpeza dos instrumentos estão disponíveis no website
extranet da SEBIA : www.sebia.com.

DADOS DE DESEMPENHO

Reprodutibilidade dentro de uma sequência e entre análises diferentes


A reprodutibilidade dentro de uma sequência e entre análises diferentes ficou demonstrada em três amostras de soros patológicos diferentes, com
um componente monoclonal (Ig GL, Ig AK e Ig MK), e numa amostra de soro normal. As amostras foram analisadas em 3 sistemas MINICAP com o
procedimento de IMUNOTIPIFICAÇÃO EM MINICAP e com o programa de diluição "STANDARD", utilizando o mesmo lote de kits MINICAP
IMMUNOTYPING. Cada soro foi analisado 3 vezes em ambos os capilares de cada sistema MINICAP com um dos 6 reagentes, de acordo com a
respectiva amostra testada (solução ELP para a amostra normal, anti-soros anti-Ig G, anti-Ig A, anti-Ig M, anti-Kapa e anti-Lambda para as amostras
patológicas devido ao componente monoclonal).
Todas as repetições deram resultados idênticos tanto na mesma sequência como entre análises diferentes e os padrões corresponderam ao tipo de
cada amostra testada. Com o procedimento de IMUNOTIPIFICAÇÃO EM MINICAP, a imunotipificação permitiu caracterizar apenas um componente
monoclonal em cada amostra patológica e nenhuma fracção anormal na amostra normal.

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MINICAP IMMUNOTYPING - 2019/07

Reprodutibilidade entre análises diferentes e entre sistemas diferentes


A reprodutibilidade entre análises diferentes e entre sistemas diferentes ficou demonstrada em três amostras de soros patológicos diferentes com um
componente monoclonal (Ig GK, Ig GL e Ig MK) e com concentrações de imunoglobulinas diferentes. As amostras foram analisadas segundo o
procedimento de IMUNOTIPIFICAÇÃO EM MINICAP, tendo uma amostra (com nível total de Ig < 0,8 g/dL) sido analisada com o programa de diluição
"HYPOGAMMA", uma amostra (com nível total de Ig entre 0,8 and 2 g/dL) com o programa de diluição "STANDARD" e a restante amostra (com nível
total de Ig > 2 g/dL) com o programa de diluição "HYPERGAMMA". Estas amostras foram analisadas 3 vezes consecutivas em cada um de
3 sistemas, utilizando o mesmo lote de kits MINICAP IMMUNOTYPING.
Todas as repetições deram resultados idênticos tanto entre análises diferentes como entre sistemas diferentes e os padrões permitiram identificar
claramente os componentes monoclonais. Com o procedimento de MINICAP IMMUNOTYPING, a imunotipificação permitiu caracterizar os
componentes monoclonais esperados nas três amostras patológicas.

Reprodutibilidade entre análises e lotes diferentes


A reprodutibilidade entre análises e lotes diferentes ficou demonstrada em duas amostras de soros patológicos diferentes com um componente
monoclonal (respectivamente, Ig GK e Ig MK) e numa amostra de soro com dois componentes monoclonais (lg AL). Todas as amostras tinham um
nível de lg compreendido entre 0,8 e 2 g/dL. Estas amostras foram analisadas sucessivamente 3 vezes utilizando três lotes diferentes de kits de
MINICAP IMMUNOTYPING e o modo de diluição "STANDARD".
Todas as repetições deram resultados idênticos tanto entre análises diferentes como entre lotes diferentes e os padrões permitiram identificar
correctamente os componentes monoclonais. Com o procedimento de MINICAP IMMUNOTYPING, a imunotipificação permitiu caracterizar os
componentes monoclonais esperados nas três amostras patológicas.

Estudo de concordância
Foi efectuado um estudo de concordância em 69 amostras de soro, comparando o procedimento de IMUNOTIPIFICAÇÃO EM MINICAP com outro
sistema de imunotipificação por electroforese capilar, disponível no mercado. Os resultados do estudo foram os seguintes : Foram analisadas
57 amostras de soro patológico e 12 amostras de soro normal recorrendo a ambas as técnicas. Este estudo demonstrou 100 % de concordância
entre as duas técnicas :
• Nas 12 amostras de soro normal : concordância total.
• Nas 57 amostras de soro patológico : concordância total.
Em todos os casos, ambas as técnicas permitiram detectar e caracterizar as proteínas monoclonais (imunotipificação) no soro humano e a
concordância foi total.

Sensibilidade
Foram preparadas diluições consecutivas de três amostras de soro patológico (todas com componentes monoclonais) em soro normal. Em seguida,
analisaram-se as amostras diluídas utilizando o procedimento de IMUNOTIPIFICAÇÃO EM MINICAP.
O seguinte quadro apresenta o resumo dos resultados :

COMPONENTE MONOCLONAL CONCENTRAÇÃO (g/dL)


AMOSTRA Nº LIMITE DE DETECÇÃO (mg/dL)
TIPO (no soro original)
Alfa 25
1 Ig A, L 2,7
Lambda 25
Gama 25
2 Ig G, K 2,9
Kapa 25
Mu 25
3 Ig M, K 1,7
Kapa 25

O limite de detecção de um componente monoclonal é de aproximadamente 25 mg/dL.

NOTA : O limite de detecção pode variar em função da proximidade e da grandeza da proteína interferente. A sensibilidade tende a ser superior no
caso dos monoclonais que migrem na extremidade catódica da zona gama e tende a ser inferior no centro da zona da hipergamaglobulinemia
policlonal. O limite da detecção pode variar dependendo da posição do componente monoclonal e do fundo policlonal nas zonas gama e beta.

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MINICAP IMMUNOTYPING - 2019/07

ANÁLISE DE AMOSTRAS DE URINA : PROCEDIMENTO MINICAP IMMUNOTYPING URINE

REAGENTES NECESSÁRIOS (mas não fornecidos com o kit MINICAP IMMUNOTYPING)

ADVERTÊNCIA: Consulte as folhas de dados de segurança.

1. KIT MINICAP PROTEIN(E) 6 (SEBIA, REF. 2203)


Apresentação, utilização, conservação, estabilidade e sinais de deterioração
Consulte as folhas de instruções que acompanham o kit.

2. KIT CAPILLARYS / MINICAP URINE (SEBIA, REF. 2013)


Apresentação, conservação, estabilidade e sinais de deterioração
Consulte as folhas de instruções que acompanham o kit.
Utilização
Para a preparação de amostras de urina antes da separação das proteínas da urina humana através de electroforese capilar com o sistema MINICAP.

3. ÁGUA DESTILADA OU DESIONIZADA


Utilização
Para a lavagem dos capilares do Sistema MINICAP da SEBIA para electroforese capilar.
Recomenda-se a utilização de água filtrada destilada ou desionizada (com um filtro de porosidade ≤ 0,45 μm) e com uma condutividade inferior a
3 μS/cm, que corresponde a uma resistência superior a 0,33 MΩ.cm.
Para evitar a contaminação microbiana, deve-se substituir a água todos os dias.
Para um funcionamento otimizado, adicione CLEAN PROTECT (SEBIA, REF. 2059, 1 frasco de 5 mL) a água destilada ou desionizada (consulte as
instruções de utilização do CLEAN PROTECT), ou utilize diretamente a solução CAPIprotect*, pronta a utilizar (SEBIA, REF. 2061 : 2 recipientes de
5 L de água destilada com CLEAN PROTECT).
IMPORTANTE: Antes do enchimento do recipiente de lavagem, é recomendado lavá-lo previamente com bastante água destilada ou desionizada.
* NOTA : A solução CAPIprotect também pode ser utilizada para diluir a solução de lavagem concentrada. Depois, nesse caso, a solução de lavagem
diluída poderá apresentar uma coloração amarela temporária, mais ou menos acentuada, sem quaisquer efeitos adversos no seu desempenho.

4. CAPICLEAN (PARA MINICAP) OU MINICAP FLEX-PIERCING CAPICLEAN (PARA MINICAP FLEX-PIERCING)


Composição
O frasco da solução concentrada CAPICLEAN (CAPICLEAN SEBIA, REF. 2058, 1 frasco, 25 mL, ou MINICAP FLEX-PIERCING CAPICLEAN, SEBIA
REF. 2251, 1 frasco, 25 mL) contém : enzimas proteolíticas, compostos tensioactivos e aditivos, não nocivos nas concentrações usadas e necessários
para optimizar o desempenho.
Utilização
Para a limpeza da sonda de amostras no instrumento automatizado MINICAP ou MINICAP FLEX-PIERCING da SEBIA, destinado à electroforese
capilar, durante a sequência de limpeza CAPICLEAN.
IMPORTANTE : Efectue uma sequência de limpeza CAPICLEAN pelo menos uma vez por semana e não mais do que uma vez por dia, ou após
500 análises se as efectuar num período inferior a uma semana.
Consulte os folhetos de instruções do CAPICLEAN ou do MINICAP FLEX-PIERCING CAPICLEAN, da SEBIA.
IMPORTANTE : Para uma utilização óptima da solução CAPICLEAN com os instrumentos MINICAP e MINICAP FLEX-PIERCING, é necessário
utilizar uma etiqueta de código de barras para identificar o tubo que contém a solução diluída CAPICLEAN.
Conservação, estabilidade e sinais de deterioração
Conserve a solução CAPICLEAN em ambiente refrigerado (2 a 8 °C). A solução é estável até à data de expiração da validade indicada no rótulo do
frasco. NÃO CONGELAR.
O frasco de CAPICLEAN poderá apresentar precipitado ou partículas combinadas em suspensão (flóculos), mas isso não tem efeitos adversos na
sua utilização.
Não dissolva este precipitado ou estas partículas. Recomendamos que recolha apenas o sobrenadante.
Se pretender utilizar a solução mais tarde, conserve o tubo que contém a solução diluída a uma temperatura de 2 a 8 °C. É necessário utilizá-la no
mesmo dia.

5. SOLUÇÃO DE HIPOCLORETO DE SÓDIO (para limpar a sonda de amostras)


Preparação
Prepare uma solução de hipocloreto de sódio (2 % a 3 % de cloro) diluindo 250 mL de solução clorada concentrada a 9,6 % para 1 litro com água
destilada ou desionizada fria.
Utilização
Para a limpeza da sonda de amostras no instrumento automático MINICAP ou MINICAP FLEX-PIERCING, da SEBIA, para electroforese capilar
(manutenção semanal para eliminação das proteínas absorvidas pela sonda).
Consulte o manual de instruções do MINICAP ou do MINICAP FLEX-PIERCING da SEBIA.
• Para o MINICAP, aplique num tubo de hemólise 2 mL da solução clorada diluída que tiver preparado anteriormente.
• Para o MINICAP FLEX-PIERCING, aplique num tubo de 100 mm 2 mL da solução clorada diluída que tiver preparado anteriormente.
• Coloque o tubo (identificado com um código de barras específico para a solução de hipoclorito de sódio) no carrossel de amostras deo MINICAP
ou do MINICAP FLEX-PIERCING.
• Certifique-se de que os novos recipientes de reagente são colocados no sistema de carregamento automático de recipientes do MINICAP /
MINICAP FLEX-PIERCING (surgirá uma mensagem se os recipientes de reagente não forem colocados no sistema).
• Deslize o carrossel de amostras para dentro do sistema MINICAP / MINICAP FLEX-PIERCING.
• Feche as portas do sistema MINICAP / MINICAP FLEX-PIERCING e a sequência de limpeza terá início automaticamente.

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MINICAP IMMUNOTYPING - 2019/07

IMPORTANTE : Para uma utilização optimizada da solução de hipoclorito de sódio com os instrumentos MINICAP e MINICAP FLEX-PIERCING, é
necessário utilizar uma etiqueta de código de barras para identificar o tubo que contém a solução.
Conservação, estabilidade e sinais de deterioração
Conserve a solução clorada de trabalho à temperatura ambiente e num depósito fechado. A solução mantém-se estável durante 3 meses. Evite
armazenar em locais onde incida a luz solar directa ou perto de fontes de calor ou ignição, bem como perto de locais onde existam ácidos ou
amoníaco.

6. SOLUÇÃO DE LAVAGEM CAPILLARYS / MINICAP


Preparação
Cada frasco de solução de lavagem concentrada CAPILLARYS / MINICAP (SEBIA, REF. 2052, 2 frascos, 75 mL) deve ser diluído até ao volume de
750 mL com água destilada ou desionizada.
No caso do sistema MINICAP, é conveniente diluir apenas 25 mL da solução concentrada para 250 mL com água destilada ou desionizada.
Após a diluição, a solução de lavagem contém uma solução alcalina com pH ≈ 12.
Utilização
Para lavar os capilares do sistema MINICAP.
IMPORTANTE: Antes de encher o depósito de solução de lavagem, é recomendável lavar a abertura do depósito, o conector e o tubo com bastante
água destilada ou desionizada, para evitar a acumulação de sais.
Conservação, estabilidade e sinais de deterioração
Armazene as soluções de lavagem, concentrada e de trabalho, em recipientes fechados, à temperatura ambiente ou em frigorífico. A solução de
lavagem concentrada é estável até à data de expiração da validade indicada na caixa do kit ou no rótulo do frasco da solução de lavagem.
A solução de lavagem diluída mantém-se estável durante 3 meses.
Elimine a solução de lavagem diluída se houver alterações no seu aspecto, como, por exemplo, se ficar turva devido a contaminação microbiana.

NOTAS:
Os ensaios efectuados de validação dos reagentes demonstraram que, para as diferentes soluções e utilizando um equipamento adequado para o
volume de reconstituição, uma variação de ± 5 % do volume final não produz efeitos adversos na análise.
A água destilada ou desionizada utilizada para reconstituir as soluções tem de estar isenta de proliferação bacteriana e fungos (utilize um filtro ≤
0,45 μm) e com uma condutividade inferior a 3 μS/cm, que corresponde a uma resistência superior a 0,33 MΩ.cm.

EQUIPAMENTO E ACESSÓRIOS NECESSÁRIOS

1. Sistema MINICAP, SEBIA, REF. 1230, MINICAP FLEX-PIERCING, SEBIA, REF. 1232.
2. Carrossel de amostras fornecido com o MINICAP.
3. Kit de depósitos fornecidos com o MINICAP: Depósito de lavagem (para encher com água destilada ou desionizada) e depósito de resíduos.
4. Recipientes para reagentes para MINICAP / 125 (3), SEBIA, REF. 2281.
5. Tampas para depósitos de recipientes de reagentes usados, SEBIA (12 unidades), REF. 2286: tampas para fechar os depósitos que contenham
recipientes usados.
6. Tubos de hemólise (75 mm de altura e 13 mm de diâmetro).

AMOSTRAS PARA ANÁLISE

Colheita e conservação de amostras


A análise é realizada preferencialmente em urina fresca, recolhida ao longo de 24 horas. As amostras de urina devem ser colhidas de acordo com
os procedimentos padrão utilizados em análises clínicas laboratoriais.
As amostras de urina podem ser conservadas em ambiente refrigerado entre 2 e 8 ºC até uma semana.
Para períodos mais longos de armazenamento, é recomendado manter as amostras congeladas à temperatura de - 70 / - 80 °C (estáveis durante
um mês).
IMPORTANTE: Não conserve as amostras a - 18 / - 30 °C.
As amostras que forem descongeladas ou conservadas incorrectamente podem apresentar fracções modificadas ou fracções adicionais devido à
degradação das proteínas.
NOTA: As amostras de urina não devem ser conservadas à temperatura ambiente.
Preparação das amostras
Antes da análise, prepare as amostras de urina de acordo com o procedimento de preparação de diálise e concentração descritos no folheto incluído
com o kit CAPILLARYS / MINICAP URINE (consulte o parágrafo "Reagentes necessários mas não fornecidos").
Utilize directamente estas amostras de urina preparadas.
IMPORTANTE: A técnica de análise da urina por electroforese capilar requer 2 fases: uma fase de diálise e uma fase de concentração da amostra
de urina através de sistemas de diálise da SEBIA (tubos de 20 mL). Utilize apenas um tubo por amostra. Em seguida, a amostra de urina colhida,
dialisada e concentrada, pode ser analisada, utilizando os procedimentos MINICAP URINE e MINICAP IMMUNOTYPING URINE.
Analise as amostras de urina no prazo máximo de um dia após a sua preparação. Para limitar a absorção de proteínas pela membrana do dispositivo
de diálise e concentração (sistema de diálise da SEBIA), não é recomendável conservar a amostra no sistema de diálise após a centrifugação, mas
sim num microtubo em ambiente refrigerado (entre 2 e 8 °C).
Amostras a evitar
• Evite amostras de urina antigas, não conservadas de forma correcta, pois as fracções poderão sofrer alterações devido a desnaturação.
• Recomenda-se que se observe as características da amostra de urina após a primeira centrifugação (por exemplo, detectar sinais de hemólise ou
turvação).
• Não conserve as amostras nos dispositivos de diálise e de concentração, pois algumas proteínas poderão ligar-se à membrana.

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MINICAP IMMUNOTYPING - 2019/07

NOTA: Os tubos de recolha e os parâmetros de centrifugação para as amostras biológicas são descritos na documentação disponível na fase pré-
analítica para análise biomédica (dados fornecidos pelos fabricantes dos tubos, guias e recomendações sobre a recolha de amostras biológicas...).
Sem qualquer indicação nas instruções de utilização sobre o tipo de tubo a utilizar, ou na centrifugação, consulte esta documentação e para as
dimensões do tubo a utilizar, consulte o documento da SEBIA "Características dos tubos a utilizar de acordo com o instrumento". A fase pré-analítica
terá de ser realizada de acordo com a tecnologia mais avançada, as diferentes recomendações, incluindo as emitidas pelos fabricantes dos tubos e
os regulamentos aplicáveis.

PROCEDIMENTO

O Sistema MINICAP é um instrumento multiparâmetro para análise de proteínas na urina em 2 capilares paralelos no procedimento MINICAP
IMMUNOTYPING URINE, que tem a seguinte sequência:
• Leitura dos códigos de barras dos tubos de amostras de urina (até 18 tubos), dos tubos dos reagentes do kit MINICAP IMMUNOTYPING e do
carrossel de amostras;
• Diluição das amostras nos recipientes dos reagentes;
• Mistura das amostras de urina diluídas com solução ELP e anti-soros específicos nos recipientes dos reagentes;
• Lavagem dos capilares;
• Injecção das amostras diluídas;
• Separação das proteínas e detecção directa das proteínas separadas nos capilares.

As fases manuais incluem:


• Disposição dos microtubos (abertos) contendo as amostras a analisar nos tubos de hemólise, no carrossel de amostras nas posições 1 à 18; cada
tudo é identificado com uma etiqueta de código de barras de identificação da amostra correspondente à amostra a analisar;
• Colocar o tubo de diluente de amostras no carrossel de amostras, na posição 27;
• Preparar o suporte com a solução ELP e os tubos de anti-soro nas posições 19 a 24 do carrossel de amostras;
• Introduzir o carrossel de amostras no instrumento MINICAP;
• Retirar os tubos de amostras após a análise;
• Retirar e fechar os depósitos dos recipientes usados.

É necessário começar por efectuar a análise electroforética no sistema MINICAP com o procedimento MINICAP URINE para se seleccionar as
amostras suspeitas de terem proteína(s) monoclonal(is) (por exemplo, com fracção ou padrão de proteína anormal).

LEIA ATENTAMENTE O MANUAL DE INSTRUÇÕES DO SISTEMA MINICAP.

I. PREPARAÇÃO DA ANÁLISE ELECTROFORÉTICA


1. Seleccione as amostras que apresentem uma fracção de proteína anormal nos diagramas electroforéticos obtidos com o procedimento
MINICAP URINE.
2. Ligue o instrumento MINICAP e o computador.
3. Para colocar o instrumento em funcionamento, coloque pelo menos um novo recipiente de reagente no sistema de carregamento automático
de recipientes do MINICAP (surgirá uma mensagem se o recipiente de reagente não for colocado no sistema).
4. Inicie o software e o instrumento começa automaticamente a funcionar.
5. Para cada a mostra a analisar, determine o valor "rácio de urina" da fracção anormal a caracterizar a partir do padrão electroforético obtido
com o programa de análise "URINE" (consulte o parágrafo "Resultados da análise" no folheto incluído no kit CAPILLARYS / MINICAP URINE).
O "rácio de urina" é identificado pela proporção da área da fracção anormal em relação à área total das proteínas do Soro de Controlo Normal.
6. Seleccione o programa de diluição que será aplicado automaticamente, de acordo com o valor "rácio de urina":
• "HYPOGAMMA" se o valor "rácio de urina" é < 0,55;
• "STANDARD" se o valor "rácio de urina" está compreendido entre 0,55 e 1,55;
• "HYPERGAMMA" se o valor "rácio de urina" é > 1,55.
NOTA: Quando o valor "rácio de urina" está ± 10% afastado do valor limiar (0,55 ou 1,55), recomenda-se a selecção do programa de diluição
de acordo com a fracção anormal a caracterizar com o procedimento MINICAP IMMUNOTYPING URINE:
- para melhorar a detecção de uma fracção fraca, dilua menos a amostra de urina, seleccionando o programa de diluição «HYPOGAMMA»
em vez do «STANDARD» e «STANDARD» em vez do programa «HYPERGAMMA»;
- para melhorar a detecção de uma fracção forte, dilua mais a amostra de urina seleccionando o programa de diluição «STANDARD» em
vez do «HYPOGAMMA» e «HYPERGAMMA» em vez do programa «STANDARD»;
7. Para a análise de amostras de soro, o kit MINICAP IMMUNOTYPING deve ser utilizado com o programa de análise "IMMUNOTYPING
URINE" do instrumento MINICAP e com o regulador de alcalinidade do kit MINICAP PROTEIN(E) 6. Para seleccionar o programa de análise
"IMMUNOTYPING URINE" e colocar o frasco de regulador de alcalinidade do kit MINICAP PROTEIN(E) 6 na posição "B1" do instrumento,
leia atentamente o manual de instruções do MINICAP e siga as instruções que aparecerem no ecrã.
NOTA: Não é necessário substituir o frasco de regulador de alcalinidade quando se passa do procedimento MINICAP URINE para o
procedimento MINICAP IMMUNOTYPING URINE (e vice-versa).
8. Coloque novos recipientes de reagente no sistema de carregamento automático de recipientes do MINICAP (surgirá uma mensagem se os
recipientes de reagente não forem colocados no sistema).
9. Coloque um novo depósito para recipientes de reagentes usados no MINICAP, no local destinado a este fim.
10. Verifique os níveis de enchimento dos frascos dos reagentes e adicione reagentes se for necessário. Esvazie o depósito de resíduos. Na
janela "Check reagent levels" ("Verificação dos níveis dos reagentes"), actualize os valores indicados pelo software movendo os botões de
cursor.
11. O carrossel de amostras possui 28 posições para tubos de amostras:
• Coloque até 18 tubos de hemólise vazios (usados como suportes), identificados com as etiquetas de códigos de barras de cada doente,
no carrossel de amostras (posições 1 a 18) e, em seguida, os microtubos contendo as amostras de urina após diálise; corte a tampa de
cada microtubo antes de os utilizar. O código de barras de cada tubo tem de ficar visível através das aberturas do carrossel de amostras.
Se um tubo de amostra colocado no suporte de amostras não for previamente seleccionado, ser-lhe-á aplicado automaticamente o
programa de diluição «HYPOGAMMA».
• Guarde a tampa de cada microtubo para conservar as amostras mais tarde, caso seja necessário.

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MINICAP IMMUNOTYPING - 2019/07

IMPORTANTE: Recomenda-se a identificação de cada tubo de hemólise de suporte do microtubo que contém a amostra a analisar, com uma
etiqueta de código de barras de identificação da amostra correspondente à amostra.
• O suporte com solução ELP e tubos de anti-soro anti-Ig G, anti-Ig A, anti-Ig M, anti-Kapa e anti-Lambda estão prontos a ser usados.
Introduza o suporte directamente no carrossel de amostras, nas posições da solução ELP e dos anti-soros, pegando nele pelos dois clips
das extremidades laterais; o código de barras de cada tubo tem de ficar visível através das aberturas do carrossel de amostras.
IMPORTANTE: Antes de iniciar a análise, verifique que o suporte está bem introduzido no carrossel de amostras.
• Destape o tubo do diluente de amostras e coloque-o na posição N.º 27 (posição "Diluent / Solution" – "Diluente / Solução"); o código de
barras do tubo tem de ficar visível através da abertura do carrossel de amostras.
IMPORTANTE: É obrigatório utilizar solução ELP e anti-soros com o mesmo número de lote em cada análise. Nunca misture anti-soros da
mesma especificidade que tenham sobrado, ou solução ELP, de dois frascos diferentes mesmo que tenham o mesmo número de lote.
IMPORTANTE: Se estiver em falta algum tubo nas posições destinadas às amostras de soro, nas posições N.º 19 a 24 (anti-soro e solução
ELP) e na posição N.º 27 (diluente de amostras), a análise não poderá ser iniciada e surgirá uma mensagem no ecrã.
12. Deslize o carrossel de amostras para dentro do sistema MINICAP.
13. Feche as portas do sistema MINICAP e siga as instruções apresentadas no ecrã.
14. Após as análises, remova o carrossel de amostras com os tubos das amostras analisadas. Remova o suporte da solução ELP e dos tubos
de anti-soro e guarde-o imediatamente em ambiente refrigerado (entre 2 e 8 °C).
IMPORTANTE: Poderá ser observado um desvio nos padrões da solução ELP e dos anti-soros, entre as zonas alfa-2 e beta-1, se os tubos
forem deixados no instrumento por um período de tempo longo.
15. Se for necessário, retire cuidadosamente o depósito dos recipientes de reagentes usados, feche-o bem com a respectiva tampa e elimine-o.
ADVERTÊNCIA: Os depósitos que contenham recipientes de reagentes usados com amostras biológicas têm de ser manuseados
com muito cuidado.

DILUIÇÃO - MIGRAÇÃO - DESCRIÇÃO DOS PASSOS AUTOMÁTICOS


1. Leitura dos códigos de barras dos tubos de amostras (até 18 tubos), dos tubos dos reagentes do MINICAP IMMUNOTYPING e do carrossel de
amostras.
2. Diluição da amostra de urina após diálise com o diluente de amostras no recipiente de reagentes.
3. Aspiração e mistura, num recipiente de reagentes, dos 2 primeiros reagentes e da amostra diluída. Lavagem da sonda de amostras após cada
amostra. Execução do programa de diluição seleccionado para cada amostra. No caso de não ter sido seleccionado nenhum, é aplicado o
programa de diluição «HYPOGAMMA» por predefinição. A ordem de aplicação dos reagentes é a seguinte: solução ELP e anti-soros anti-Ig G,
anti-Ig A e anti-Ig M, e anti-Kapa e anti-Lambda.
4. Lavagem dos capilares.
5. Injecção das amostras diluídas juntamente com os reagentes nos capilares.
6. Migração efectuada por aplicação de uma voltagem constante durante cerca de 4 minutos, com a temperatura controlada por efeito de Peltier.
7. Detecção directa das proteínas através da leitura a 200 nm e apresentação do perfil electroforético no ecrã do sistema.

NOTA: Os passos 3 a 7 são efectuados novamente para os reagentes seguintes (anti-Ig A e anti-Ig M, e anti-Kapa e anti-lambda, por predefinição).
NOTA: Os passos descritos acima aplicam-se aos 2 primeiros reagentes (solução ELP e anti-soro anti-lg G). Para os reagentes seguintes (anti-soros
anti-Ig A, anti-Ig M, anti-Kapa e anti-Lambda), o passo 3 é executado durante as 2 análises anteriores. Os padrões electroforéticos completos
correspondentes à imunotipificação das amostras são apresentados aproximadamente 35 minutos depois.

Na janela de estado:
- A pasta "Legend" (Legenda) mostra o progresso das análises no carrossel de amostras.
- O "IT counter" (Contador IT) indica o número de análises efectuadas e apenas é apresentado no modo "capped tubes" (tubos tapados). Após a
instalação da versão do software, o contador de análises recomeça no zero. Conta a análise que está em curso e qualquer análise que tenha sido
concluída ou interrompida (após um cancelamento).
Reinicialize o contador quando os tubos estiverem vazios (utilizando o botão "reset" - reinicialização).

NOTA: Aparece um sinal de aviso intermitente na janela de estado quando tiverem sido realizadas 60 análises. Este sinal permanece visível mas não
impede as análises seguintes enquanto o contador de análises não for reinicializado.

II. RESULTADOS DA ANÁLISE


No fim da análise, cada padrão de anti-soro (Ig G, Ig A, Ig M, Kapa e Lambda) é automaticamente sobreposto ao padrão ELP. Se tiver ocorrido uma
reacção entre um componente monoclonal e um anti-soro específico, a fracção correspondente desaparece no padrão do anti-soro.
Estas comparações permitem identificar e caracterizar os componentes monoclonais.
No caso da análise de amostras de urina, as diferentes posições de zona das proteínas (albumina, alfa 1, alfa 2, beta e gama) são identificadas no
ecrã e no relatório de resultados.

III. FIM DA SEQUÊNCIA DE ANÁLISE


No final de cada sequência de análise, o operador tem de iniciar o procedimento de "stand by" (em espera) ou "shut down" (encerramento) do sistema
MINICAP, para que os capilares fiquem guardados em condições óptimas.
IMPORTANTE: Coloque pelo menos um novo recipiente de reagente no sistema de carregamento automático de recipientes do MINICAP (surgirá
uma mensagem se o recipiente de reagente não for colocado no sistema).

IV. ENCHIMENTO DOS DEPÓSITOS DE REAGENTES


O sistema MINICAP possui um controlo automático de reagentes.
IMPORTANTE: Consulte as instruções de substituição dos depósitos de reagentes e respeite os códigos de cor dos frascos e conectores.
Surgirá uma mensagem quando for necessário efectuar uma das seguintes tarefas:
• colocar um novo frasco de regulador de alcalinidade; e/ou
• encher o depósito com solução de lavagem diluída; e/ou
• encher o depósito com água destilada ou desionizada, filtrada, para lavagem dos capilares; e/ou
• esvaziar o depósito de resíduos.

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MINICAP IMMUNOTYPING - 2019/07

ADVERTÊNCIA: Não utilize água desionizada comercial, como, por exemplo, água para ferros de engomar (pode provocar danos graves
nos capilares). Utilize apenas água de qualidade ultra pura, como por exemplo, a água adequada a injecções.

IMPORTANTE: Antes de encher o depósito da água destinada a lavagens, é recomendável lavá-lo com bastante água destilada ou desionizada.

LEIA ATENTAMENTE O MANUAL DE INSTRUÇÕES DO SISTEMA MINICAP.

RESULTADOS

Interpretação da análise de amostras de urina

Ausência de um componente monoclonal


• Uma amostra de urina com proteinúria glomerular ou mista e imunoglobulinas policlonais apresenta o desaparecimento de imunoglobulinas
policlonais nos padrões dos anti-soros (observáveis na forma de uma diminuição das fracções gama e/ou beta) sem qualquer efeito noutras
fracções de proteínas.

Presença de um componente monoclonal


• A presença de uma imunoglobulina monoclonal completa é caracterizada pelo desaparecimento de uma fracção com um dos anti-soros
anti-cadeias pesadas (gama, alfa ou mu) e anti-soro anti-cadeia leve kapa ou gama. O pico monoclonal detectado, geralmente estreito e bem
visível, deve estar localizado na mesma posição de migração que a fracção monoclonal suspeita, verificada na pista de referência (ELP).
• A ausência de reacção com qualquer um dos anti-soros anti-cadeias pesadas aplicados e a reacção com um dos anti-soros de cadeias leves
aplicados pode indicar uma gamopatia de cadeia leve: deve ser confirmada com os anti-soros de cadeias leves livres anti-kapa ou anti-lambda e
os procedimentos SEBIA HYDRAGEL BENCE JONES ou HYDRAGEL IF.
• Quando não se observa reacção com qualquer dos anti-soros anti-cadeias leves aplicados e um dos anti-soros anti-cadeias pesadas reage, isso
pode indicar uma gamopatia de cadeias pesadas (gama, alfa ou mu) muito rara.

Presença de dois ou mais componentes monoclonais


• As imunoglobulinas polimerizadas caracterizam-se pelo desaparecimento de várias fracções do mesmo tipo de cadeia leve.

Casos especiais:
• Se a fracção monoclonal não desaparecer totalmente nos padrões dos anti-soros, repita o procedimento com uma diluição mais elevada da amostra
de urina. Seleccione o programa de diluição «STANDARD» em vez do programa «HYPOGAMMA», ou o programa de diluição «HYPERGAMMA»
em vez do programa «STANDARD».
• Amostras com componentes monoclonais a um elevado nível total de imunoglobulinas (programa de diluição «HYPERGAMMA»)
Neste caso, o complexo antigénio – anticorpo é uma fracção grande e larga situada entre a albumina e a zona alfa-1. A(s) fracção(ões) monoclinais
podem não desaparecer totalmente nos padrões dos anti-soros.
• A presença de uma imunoglobulina completa associada a uma cadeia leve livre pode ser caracterizada pelo desaparecimento de duas fracções
com um anti-soro anti-cadeia leve e o desaparecimento de apenas uma fracção com o anti-soro anti-cadeia pesada.
• Recomenda-se a selecção do programa de diluição de acordo com a fracção anormal a caracterizar, para melhorar a detecção de uma fracção
fraca ou a imunotipagem de uma fracção forte (consulte o parágrafo "Preparação da análise electroforética").

Interferência e limitações
IMPORTANTE: Os resultados poderão ser afectados se forem utilizados outros anti-soros além dos específicos para o procedimento MINICAP
IMMUNOTYPING URINE e fornecidos com o kit. Utilize apenas anti-soros específicos para o procedimento MINICAP IMMUNOTYPING URINE.
• Consulte a secção AMOSTRAS PARA ANÁLISE.
• Analise apenas amostras preparadas com os dispositivos de diálise e concentração, como os sistemas de diálise SEBIA, ou outros dispositivos
equivalentes que tenham um desempenho igual e estejam aprovados para análises clínicas.
• Uma amostra insuficiente para diálise pode levar a fracções residuais não-proteicas. Quando houver suspeita de uma fracção interferente,
recomenda-se uma nova diálise da amostra de urina. As interferências, como drogas ou sais, são eliminadas durante a fase de diálise. Se este
passo não for seguido com cuidado, poderão ser observados picos artefactais.
• A hemoglobina deve migrar em conjunto com a transferrina (fracção beta) se estiver presente na amostra de urina. Recomenda-se a observação
das características da amostra de urina após a primeira centrifugação (por exemplo, detectar sinais de glóbulos vermelhos ou hemólise na amostra
de urina).
• Muitos estudos demonstraram que a reação antigénio-anticorpo é diferente entre a fase líquida e a fase de agarose. Sendo os procedimentos de
imunotipificação utilizando a eletroforese capilar totalmente executados em meio líquido, poderão ocorrer, por vezes, reações cruzadas entre
antissoros e componentes monoclonais que existam na amostra.
Não há risco de se obterem resultados falsos negativos, como a não deteção de uma gamopatia.
Lembramos que de acordo com as recomendações internacionais (Ludwig et al, 2013), a deteção e caracterização de um componente monoclonal
deve ser realizada em soro e urina e concluída através de uma quantificação das cadeias leves livres no soro. A consistência de todos os ensaios
deve ser verificada antes de qualquer conclusão definitiva.
Se um padrão levantar dúvidas, poderão ser necessárias análises adicionais utilizando os kits de Imunofixação HYDRAGEL BENCE JONES.
• Podem ser observados ligeiros desvios entre o padrão ELP e os padrões dos anti-soros sobrepostos (especialmente na zona beta-1). Estes desvios
não podem ser considerados com sendo o resultado do desaparecimento de uma fracção monoclonal num ou mais padrões dos anti-soros.
• Devido à resolução e limites de sensibilidade da electroforese de zona, é possível que alguns componentes monoclonais não sejam detectados
com este método.
• Tal como acontece em qualquer outro método electroforético, poderá ser difícil distinguir. Se houver suspeitas relativamente a pequenas proteínas
monoclonais, poderá ser necessário efectuar mais testes utilizando os kits de Imunofixação HYDRAGEL da SEBIA.

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MINICAP IMMUNOTYPING - 2019/07

Resolução de problemas
Contacte os Serviços Técnicos da SEBIA ou do fornecedor quando a análise falhar apesar de terem sido cuidadosamente seguidas as instruções
para a preparação e conservação dos materiais, assim como as instruções do procedimento.
As fichas de dados de segurança dos reagentes do kit e as informações relativas à limpeza e eliminação de resíduos, etiquetagem e regras de
segurança aplicadas pela SEBIA, embalagens para o transporte de amostras biológicas e limpeza dos instrumentos estão disponíveis no website
extranet da SEBIA : www.sebia.com.

DADOS DE DESEMPENHO

Estudo de concordância
Foram efectuados estudos de concordância para caracterização de paraproteínas e cadeias leves livres em 39 amostras de urina patológica
diferentes (com paraproteínas ou cadeias leves livres Kapa ou Lambda), em 2 amostras com padrão policlonal e 5 amostras normais, entre o
procedimento CAPILLARYS IMMUNOTYPING URINE e um sistema de electroforese capilar disponível no mercado, destinado à imunotipificação
(procedimento de referência). Todas as 46 amostras foram analisadas recorrendo a ambas as técnicas.
Este estudo demonstrou 100% de concordância entre as 2 técnicas:
Nas 5 amostras de urina normal: concordância total.
Nas 2 amostras de urina com padrão policlonal: concordância total.
Nas 39 amostras de urina patológica: concordância total.
No que refere às amostras de urina patológica analisadas, os resultados obtidos em cada um dos procedimentos foram concordantes e detectaram-
se as mesmas bandas nas amostras patológicas em todos os sistemas.

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MINICAP IMMUNOTYPING - 2019/07

BIBLIOGRAPHIE / BIBLIOGRAPHY

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MINICAP IMMUNOTYPING - 2019/07

PHOTO

INSERTION DU SUPPORT SUR LE CARROUSEL - INSERTION OF THE RACK IN THE ROTATING SAMPLER

- 410 -
MINICAP IMMUNOTYPING - 2019/07

SCHÉMAS / FIGURES

PROFILS ÉLECTROPHORÉTIQUES DE SÉRUMS - ELECTROPHORETIC PATTERNS OF SERUM SAMPLES


Sérum Normal / Normal serum

Figure 1

ELP Ig G

Ig A Ig M

K L

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MINICAP IMMUNOTYPING - 2019/07

SCHÉMAS / FIGURES

PROFILS ÉLECTROPHORÉTIQUES DE SÉRUMS - ELECTROPHORETIC PATTERNS OF SERUM SAMPLES


Sérum Hypergamma / Hypergamma serum

Figure 2

Immun complexe
Immune complex

ELP Ig G

Ig A Ig M

Immun complexe
Immune complex
Immun complexe
Immune complex

K L

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MINICAP IMMUNOTYPING - 2019/07

SCHÉMAS / FIGURES

PROFILS ÉLECTROPHORÉTIQUES DE SÉRUMS - ELECTROPHORETIC PATTERNS OF SERUM SAMPLES


Protéine monoclonale 0,5 g/L / Monoclonal component 0.5 g/L

Figure 3

Paraprotéine éliminée / Decreased paraprotein


Paraprotéine non affectée / Not affected paraprotein

ELP Ig G

Ig A Ig M

K L

Interpretation : Ig G, Lambda

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MINICAP IMMUNOTYPING - 2019/07

SCHÉMAS / FIGURES

PROFILS ÉLECTROPHORÉTIQUES DE SÉRUMS - ELECTROPHORETIC PATTERNS OF SERUM SAMPLES


Ig G, Kappa - mode de dilution Hypergamma / Hypergamma dilution program

Figure 4
Paraprotéine éliminée / Decreased paraprotein
Paraprotéine non affectée / Not affected paraprotein

ELP Ig G

Ig A Ig M

K L
Interpretation : Ig G, Kappa

- 414 -
MINICAP IMMUNOTYPING - 2019/07

SCHÉMAS / FIGURES

PROFILS ÉLECTROPHORÉTIQUES DE SÉRUMS - ELECTROPHORETIC PATTERNS OF SERUM SAMPLES


Profil biclonal / Biclonal pattern : Ig G, Kappa + Ig M, Kappa

Figure 5

Paraprotéine éliminée / Decreased paraprotein


Paraprotéine non affectée / Not affected paraprotein

ELP Ig G

Ig A Ig M

K L
Interpretation : Ig G, Kappa + Ig M, Kappa

- 415 -
MINICAP IMMUNOTYPING - 2019/07

SCHÉMAS / FIGURES

PROFILS ÉLECTROPHORÉTIQUES DE SÉRUMS - ELECTROPHORETIC PATTERNS OF SERUM SAMPLES


Profil biclonal / Biclonal pattern : Ig G, Kappa + Ig G, Lambda

Figure 6

Paraprotéine éliminée / Decreased paraprotein


Paraprotéine non affectée / Not affected paraprotein

ELP Ig G

Ig A Ig M

K L

Interpretation : Ig G, Kappa + Ig G, Lambda

- 416 -
MINICAP IMMUNOTYPING - 2019/07

SCHÉMAS / FIGURES

PROFILS ÉLECTROPHORÉTIQUES DE SÉRUMS - ELECTROPHORETIC PATTERNS OF SERUM SAMPLES


Profil oligoclonal / Oligoclonal pattern

Figure 7

ELP Ig G

Ig A Ig M

K L

- 417 -
MINICAP IMMUNOTYPING - 2019/07

SCHÉMAS / FIGURES

PROFILS ÉLECTROPHORÉTIQUES D'URINES - ELECTROPHORETIC PATTERNS OF URINE SAMPLES


Proteine monoclonale / Monoclonal component – mode de dilution Hypogamma / Hypogamma dilution program

Figure 8
Paraprotéine éliminée / Decreased paraprotein
Paraprotéine non affectée / Not affected paraprotein

Albumin(e) Alpha 1 Alpha 2 Beta Gamma Albumin(e) Alpha 1 Alpha 2 Beta Gamma

ELP Ig G

Albumin(e) Alpha 1 Alpha 2 Beta Gamma Albumin(e) Alpha 1 Alpha 2 Beta Gamma

Ig A Ig M

Albumin(e) Alpha 1 Alpha 2 Beta Gamma Albumin(e) Alpha 1 Alpha 2 Beta Gamma

K L
Interpretation : Suspicion de chaîne légère libre Kappa (à confirmer)
Kappa free light chain suspected (to confirm)

- 418 -
MINICAP IMMUNOTYPING - 2019/07

SCHÉMAS / FIGURES

PROFILS ÉLECTROPHORÉTIQUES D'URINES - ELECTROPHORETIC PATTERNS OF URINE SAMPLES


Proteine monoclonale / Monoclonal component – mode de dilution Hypergamma / Hypergamma dilution program

Figure 9
Paraprotéine éliminée / Decreased paraprotein
Paraprotéine non affectée / Not affected paraprotein

Albumin(e) Alpha 1 Alpha 2 Beta Gamma Albumin(e) Alpha 1 Alpha 2 Beta Gamma

ELP Ig G

Albumin(e) Alpha 1 Alpha 2 Beta Gamma Albumin(e) Alpha 1 Alpha 2 Beta Gamma

Ig A Ig M

Albumin(e) Alpha 1 Alpha 2 Beta Gamma Albumin(e) Alpha 1 Alpha 2 Beta Gamma

K L

Interpretation : Suspicion de chaîne légère libre Lambda (à confirmer)


Lambda free light chain suspected (to confirm)

- 419 -
MINICAP IMMUNOTYPING - 2019/07

SCHÉMAS / FIGURES

PROFILS ÉLECTROPHORÉTIQUES D'URINES - ELECTROPHORETIC PATTERNS OF URINE SAMPLES


Profil biclonal / Biclonal pattern – mode de dilution Hypogamma / Hypogamma dilution program

Figure 10
Paraprotéine éliminée / Decreased paraprotein
Paraprotéine non affectée / Not affected paraprotein

Albumin(e) Alpha 1 Alpha 2 Beta Gamma Albumin(e) Alpha 1 Alpha 2 Beta Gamma

ELP Ig G

Albumin(e) Alpha 1 Alpha 2 Beta Gamma Albumin(e) Alpha 1 Alpha 2 Beta Gamma

Ig A Ig M

Albumin(e) Alpha 1 Alpha 2 Beta Gamma Albumin(e) Alpha 1 Alpha 2 Beta Gamma

K L
Interpretation : Ig G, Lambda + suspicion de chaîne légère libre Lambda (à confirmer)
Ig G, Lambda + Lambda free light chain suspected (to confirm)

- 420 -
Benelux SCS / Comm. V
Jan Olieslagerslaan, 41
1800 Vilvoorde
Belgique / België
Tél. : 32 (0)2 702 64 64
Fax : 32 (0)2 702 64 60
e-mail : sebia.benelux@sebia.be

Brasil.
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CEP 04602-000
São Paulo
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Fax : 55 11 3841 9816
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Münsterfeldallee, 6
36041 Fulda
Deutschland
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Fax : 49 (0)661 3 18 81
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Hispania S.A.
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