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São Leopoldo
2022
NICOLE WESTHÄUSER DA SILVA
TIFANY TAILA DE OLIVEIRA
São Leopoldo
2022
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1. OBJETIVOS GERAIS
2. MATERIAIS E REAGENTES
Calibrador 04: 01 frasco com 1 mL de soro humano diluído, contendo 150 UI/mL de
anticorpos CMV IgG e 0,1% ProClin™300 como preservativo. Líquido, pronto para
uso.
Conjugado: 01 frasco com 12 mL de anticorpo anti-IgG humano marcado com
peroxidase e 0,1% ProClin™300 como preservativo. Líquido, pronto para uso.
Substrato A: 01 frasco com 8 mL de Tampão Citrato-Fosfato, contendo peróxido de
hidrogênio e 0,1% ProClin™300 como preservativo.
Substrato B: 01 frasco com 8 mL de TMB (Tetrametilbenzidina) e 0,1%
ProClin™300 como preservativo.
Solução de Bloqueio: 01 frasco com 8 mL de Ácido Sulfúrico 0,5M.
Solução de Lavagem (25X): 01 frasco com 50 mL de Tampão Tris-HCL contendo
0.1% Tween 20 e 0.1% ProClin™300 como preservativo.
3. PRINCÍPIO DA TÉCNICA
O kit CMV IgG Elisa é um teste imunoenzimático em fase sólida, baseada no princípio
indireto para a detecção qualitativa e quantitativa de anticorpos IgG contra CMV em soro ou
plasma humano. A microplaca é revestida com antígenos CMV. Durante os testes, o diluente
de amostra e as amostras são adicionados à microplaca revestida por antígenos, e esta é então
incubada. Se as amostras contiverem anticorpos IgG para a CMV, estes se ligarão aos
antígenos revestidos na microplaca formando complexos antígenos-anticorpos. Se as
amostras não contiverem anticorpos IgG para o CMV, os complexos não serão formados.
Após a incubação inicial, a microplaca é lavada para remoção de materiais não ligados. Um
conjugado enzimático anti-IgG humano é adicionado à microplaca que é incubada
novamente. O conjugado enzimático anti-IgG humano se ligará ao complexo antígeno-
anticorpo previamente formado. Após a segunda incubação, a microplaca é lavada para
remoção de materiais não ligados. Os substratos A e B são adicionados e, em seguida, a
placa é incubada produzindo uma coloração azul que indica a quantidade de anticorpos CMV
IgG presentes na amostra. A solução de ácido sulfúrico 0,5M é adicionada à microplaca para
interromper a reação, produzindo uma mudança de cor de azul para amarelo. A
intensidade da cor, que corresponde à quantidade de anticorpos CMV IgG presentes na
amostra, é medida com um leitor de microplacas em 450/630-700 nm ou 450 nm.
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O teste de ELISA (Enzyme Linked Immuno Sorbent Assay) é amplamente utilizado para
realizar diagnóstico de doenças autoimunes bem como infecciosas e alérgicas. Isso porque, a
fisiopatologia das causas supracitadas desencadeia a produção de imunoglobulinas que é a
base do teste. A enzima mais comumente usada nesta prova á a peroxidase, responsável por
catalisar a reação de desdobramento da água oxigenada (H 2O2) em H2O mais O2. Dessa
forma, esse método possibilita tanto a identificação de antígenos, quanto a de anticorpos
específicos no plasma sanguíneo. Por apresentar baixo custo e alta especificidade e
sensibilidade esse método tornou-se imprescindível para um bom diagnóstico, como por
exemplo na atual pandemia do Coronavírus. Existem inúmeras patologias que podem ser
diagnosticadas através desse método, dessa forma é fundamental o conhecimento das técnicas
bem como a interpretação do resultado oferecido.
O citomegalovírus (CMV) é um membro da família do herpes vírus. Hoje, é reconhecido
como um patógeno que afeta a todas as faixas etárias, tendo caráter endêmico em todo o
mundo e levando a graves lesões congênitas. A infecção pelo CMV causa um grande espectro
de manifestações clínicas, variando de evoluções assintomáticas e infecções subclínicas a
quadros de maior gravidade, dependendo da condição imunológica do paciente. Quando
sintomática em pacientes imunocompetentes, geralmente evolui com um quadro semelhante
ao de mononucleose, com febre, linfadenopatia, alterações hematológicas (leucopenia e
trombocitopenia) e, muitas vezes, com sinais e sintomas hepáticos, pulmonares,
gastrintestinais ou neurológicos.
A transmissão do vírus pode ocorrer por via transplacentária, saliva, contato sexual,
transplante de órgãos e transfusão sanguínea. O antígeno já pode ser detectado a partir da 4ª
semana que se segue à infecção (período de incubação). Na fase aguda, o vírus pode ser
identificado em diferentes secreções corporais. Os anticorpos da classe IgM aparecem logo no
início da fase aguda, e os da classe IgG, uma semana mais tarde. A infecção pelo CMV
apresenta maior significado clínico nas mulheres grávidas, em recém-nascidos (infecção
congênita), nos imunossuprimidos, como os casos de pacientes transplantados, portadores de
neoplasias, pós-operatório de cirurgia cardíaca, em curso de grandes agressões infecciosas e
nos indivíduos com AIDS. Para a maioria dos recém-nascidos, infecções de CMV podem ser
adquiridas antes do nascimento, durante o parto e mais tarde na vida. A infecção pode causar
graves anomalias congênitas, como microcefalia, deficiência motora e retardo mental.
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5. PROCEDIMENTOS
6. RESULTADOS E CONCLUSÕES
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QUALITATIVO
Calcular o valor do índice para se obter um resultado qualitativo.
1. Se o teste for válido, calcular o valor do cut-off subtraindo a absorbância do branco da
absorbância do Calibrador 2 (Calibrador cut-off). Veja abaixo um exemplo de cálculo
do cut-off:
Cut-off = Absorbância Cal 2 – Absorbância branco
Absorbância do branco = 0.009 Absorbância Cal 2 = 0.261
Cut-off = 0.261 – 0.009 / Cut-off = 0.252
QUANTITATIVO
Traçar a curva de calibração para obtenção de resultados quantitativos da amostra.
Subtrair a absorbância do branco de cada calibrador e lançá-las no eixo Y do gráfico
contra suas concentrações correspondentes em UI/mL no eixo X de um papel de gráfico
linear e desenhar a curva de calibração.
Nota: As amostras com absorbâncias maiores que a absorbância do calibrador 4 devem
ser previamente diluídas e testadas novamente. A concentração deve ser multiplicada
pelo fator de diluição. Leitura automatizada e cálculo podem ser realizados utilizando a
função de regressão linear.
VALORES DE REFERÊNCIA
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FIGUEIRÓ-FILHO, Ernesto Antonio et al. Freqüência das infecções pelo HIV-1, rubéola,
sífilis, toxoplasmose, citomegalovírus, herpes simples, hepatite B, hepatite C, doença de
Chagas e HTLV I/II em gestantes, do Estado de Mato Grosso do Sul. Revista da Sociedade
Brasileira de Medicina Tropical, v. 40, p. 181-187, 2007.
ORSATO, Ana Carla Nath; MANDELLI, Jéssica Zolim Andreatto; EHRHARDT, Alexandre.
PREVALÊNCIA DE ANTICORPOS IgG E IgM PARA CITOMEGALOVIRUS EM
GESTANTES. Revista de Iniciação Científica da ULBRA, v. 1, n. 15, 2
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